đ„ Vaza Toga estaÌ de volta! Veja os documentos contra Moraes que ningueÌm quis publicar đ±
0OlĂĄ, olĂĄ, a Vasa Toga 2 chegou. Eu sou AndrĂ© Marcilha, advogado constitucionalista, especialista em liberdade de expressĂŁo e vou falar um pouco com vocĂȘs sobre isso, atĂ© porque essa matĂ©ria do Michael Schelenberger, do Eli Vieira e do Davi Ăgap contou com a minha participação, porque eu fui um dos especialistas entrevistados pela matĂ©ria e posso dizer que eh uma repulsa imensa me tomou conta quando eu vi esse material. Ă impressionante a desumanidade eh que parece havia dentro do gabinete do ministro Morais e atĂ© mesmo eh aquilo contagiava os seus assessores. Parece que essa desumanidade nĂŁo Ă© sĂł dele. Ă muito lamentĂĄvel perceber que essa matĂ©ria expĂ”e que existia uma cĂ©lula, um uma um uma espĂ©cie de nĂșcleo paralelo, uma força tarefa dentro do gabinete do ministro, eh, para classificar, para certificar ideologicamente, politicamente os rĂ©us do dia 8. EntĂŁo, quando a pessoa era presa, era essa era a sequĂȘncia. a pessoa ia pra audiĂȘncia de custĂłdia e eles faziam uma espĂ©cie de um fichamento ideolĂłgico com quem que a pessoa eh vasculhava ali nas redes sociais, via quem apoiava, em que em que evento foi, que tipo de fala teve e faziam ali um fichamento ideolĂłgico, algo que se vocĂȘ for buscar na histĂłria, vocĂȘ vai encontrar nos regimes mais autoritĂĄrios e e fascistas que jĂĄ existiram. vocĂȘ vai encontrar na Alemanha da Segunda Guerra, eh, a a getetização, o carimbar ideolĂłgico, o carimbar de pessoas que sĂŁo vistas como diferentes na a ItĂĄlia eh fascista. Esse tipo de coisa estava nesses locais. Mas nĂłs tivemos, pelo visto, isso dentro do Brasil e dentro do judiciĂĄrio e dentro da mais alta corte nossa, lamentavelmente. EntĂŁo, o que acontecia era isso. A pessoa era fichada ideologicamente, politicamente, a depender da sua ideologia polĂtica. claramente, a depender de se era bolsonarista, se era de direita, ela recebia ou nĂŁo a prisĂŁo na audiĂȘncia de custĂłdia, era mantida ou nĂŁo presa. HĂĄ relatos, eh, e inclusive isso foi eh fartamente eh exposto na matĂ©ria de eh inclusive assessores do ministro que chegaram a dizer as pessoas cada um vai receber o que merece, ou seja, a prisĂŁo, nĂ©? Quer dizer, cada um vai receber o que merece, ou seja, a prisĂŁo. VocĂȘ acha que tem isenção, que tem imparcialidade em alguĂ©m assim? VocĂȘ acha que uma pessoa dessa Ă© capaz de julgar e de assessorar um juiz que julga? E tudo acelerado. Dizem tambĂ©m, faça acelerado, porque o tempo do ministro Ă© um tempo que nĂŁo espera. O ministro tem pressa. Ă dessa forma que se julgam as pessoas. E, de novo, julgam-se com base em quĂȘ? na ideologia, na polĂtica, na visĂŁo polĂtica que as pessoas tinham, pois era isso que era certificado, era essa busca que se fazia com esse tipo de certificação, de classificação das pessoas. As pessoas eram eh espĂ©cies que mereciam ou nĂŁo um julgamento justo a depender da ideologia polĂtica que tinham. Isso, olha, Ă© de uma baixeza, nĂŁo apenas jurĂdica, mas tambĂ©m moral muito grande, lamentavelmente. E, eh, fica claro que esse nĂșcleo, portanto, funcionava de forma irregular, de forma ilegal, de forma inconstitucional, eh de forma autoritĂĄria, de forma sensĂłria, enfim, tudo de errado eh que possa se dizer. Por quĂȘ? Porque um juiz ou um tribunal nĂŁo pode ter um nĂșcleo de acusação. Um juiz ou um tribunal nĂŁo pode ter uma força tarefa para acusar. Quem tem que fazer isso Ă© o MinistĂ©rio PĂșblico. E se um juiz ou um tribunal acusam, eles corrompem a sua função de juiz isento e distante e passam a exercer a função do MinistĂ©rio PĂșblico. Ou seja, corrompem a sua função e corrompe a função do outro tambĂ©m. Ou seja, a função do juiz e a do MinistĂ©rio PĂșblico ficam corrompidas pela existĂȘncia de um grupo como esse, pela existĂȘncia desse tipo de certificação ou de um nĂșcleo paralelo que faça ou fizesse esse tipo de certificação. E isso corrompe, obviamente por consequĂȘncia o Estado inteiro. Isso corrompe, portanto, a tal da democracia que eles disseram tanto e tanto e tanto que estavam salvando. Salvando. Ă, agora a gente vĂȘ. E eu fico eh estarrecido como de alguma maneira uma parte da mĂdia, como de alguma maneira uma parte bem significativa da advocacia, eh, faz vistas grossas a isso. Continuam repercutindo o discurso de que e a democracia foi salva por esse tipo de atitude ou por esse tipo de pessoa ou de autoridade pĂșblica. E Ă© incrĂvel que dentro do Brasil a gente ainda tenha pessoas que na Lava-Jato, grupos, como o grupo prerrogativas, por exemplo, que lĂĄ na Lava-Jato dizia: “Olha, eh, o garantismo precisa existir e agora e eh vem pessoas sendo tratadas dessa maneira e e nĂŁo dizem nada. CadĂȘ o garantismo? Onde estĂŁo os defensores do garantismo?” EntĂŁo, infelizmente, o Brasil ele funciona da seguinte forma. Se vocĂȘ concorda ideologicamente com a censura, com com a pessoa censurada, com a pessoa que estĂĄ sofrendo autoritarismo, que estĂĄ sofrendo as maiores abominaçÔes, se vocĂȘ ideologicamente Ă© a favor de quem estĂĄ corrompendo eh o Estado, vocĂȘ justifica qualquer coisa, vocĂȘ topa qualquer coisa. Dentro desse paĂs nĂŁo se defendem valores, infelizmente. Ou pelo menos as pessoas que a gente tem visto por aĂ, eh, esquietas, acho que sĂŁo assim, nĂŁo se defendem valores e sim interesses. Se interessa vocĂȘ o abuso, vocĂȘ bate palma pro abusador. Essas pessoas estĂŁo salvando a democracia. DĂĄ para alguĂ©m ainda acreditar nisso? Acho difĂcil. Se vocĂȘ gostou desse conteĂșdo, curte, compartilha. AnĂĄlises como essa sĂŁo sempre feitas aqui no canal. Conte pros seus amigos e conteos seus inimigos tambĂ©m se vocĂȘ nĂŁo gostou. Ă isso. AtĂ© mais.