10 anos de Ideias Radicais
0Alguns meses atrás, o meu professor de xadrez me falou uma coisa que culminou em amanhã 18 horas da tarde, quinta-feira, será lançado o vídeo de 1929. A crise de 1929 completamente refeito, 1 hora 40 de conteúdo de um estilo mais documentário que eu absolutamente adorei fazer. E eu passei pelo processo ao longo dos últimos meses de não só parar de odiar o YouTube, mas de gostar de fazer isso de novo. Então, várias coisas aqui. Eu quero conversar sobre isso no contexto de é o canal fez 10 anos de existência. H, eu nem percebi ao longo de muito tempo, mas sim. Primeiro, o vídeo 1929 existe. Se você é um assinante do canal, agora você pode pagar R$ 19,90 por mês. Você pode já assistir o vídeo. Ele não tá na versão 100% final. Vou subir ela daqui algumas horas. Ainda tem algumas coisinhas para finalizar, mas você pode se tornar um assinante do canal agora e já assistir ele. E eu vou precisar disso, desses assinantes, desse apoio, para poder contratar editores, porque agora eu quero ter conteúdo mais nesse estilo 30 minutos a 1 hora30. de uma coisa mais documentário, educação profundo e não mais só o vídeo do dia de dia a coisa que ai alguém falou alguma coisa blá. E porque esse é o conteúdo que eu gostaria de ter feito o tempo todo ao longo desses anos, é o que eu deveria ter feito. E é o que eu quero conversar com vocês sobre também duas lições muito importantes que eu aprendi ao longo desses últimos anos, que eu acho que podem ser muito úteis para vocês pessoalmente, profissionalmente e que não vou dizer que mudaram o conteúdo que eu quero fazer, o que vai acontecer aqui noas radicais, mas me convenceram a fazer o que eu meio que já queria fazer, que eu também quero conversar com vocês sobre o que é isso e o que isso significa e como vai isso indo pra frente. E também por último falar sobre eleições 2026. Algumas pessoas querem que eu concorra ou acham que isso vai acontecer. Eu quero explicar por não. Então vamos lá. Ah, e assinantes do canal agora também vão ter acesso a leituras comentadas, que é quando eu pego algum livro e faço 5 a 10 vídeos analisando ele muito mais profundamente, como uma aula mesmo. Eu gosto muito de fazer esse tipo de conteúdo, mas o YouTube absolutamente odeio esse tipo de conteúdo. Então, meu ponto é, se você tá disposto a ver 10 a 15 horas de conteúdo sobre isso, isso é muito mais caro para você do que 20 pila mensalmente. Então você pode ter um ser um assinante, vê esses vídeos antecipadamente, eh, esses documentários e tudo mais, vê as leituras comentadas e tá ajudando a ter um editor aqui e tudo mais, porque o processo de fazer esses vídeos de casinho para você fazer uma coisa direito. Tipo, eu editei o vídeo de 1929, eu saí dele tipo tremendo. Hã, foi um trabalho de 30 horas de edição que eu fiz ao longo de dois ou três dias que não foi de uma maneira saudável, mas enfim. Quando você tá tendo uma aula de xadrez, como é que isso funciona? Porque eu sei que isso é estranho para algumas pessoas, certo? Geralmente o que acontece é que vocês estão analisando um jogo ou uma posição, tipo peças estão de um jeito e o professor tá ali explicando algum conceito que aquilo ali ilustra, tipo ah, essa peça é melhor aqui, por que que isso aqui é melhor do que isso? Por que esse movimento aqui ou o que que a gente deveria refletir aqui? E você tá discutindo e tentando aprender como avaliar as coisas e como tomar decisões, certo? Então é uma grande conversa de 1 hora, 2 horas sobre um jogo ou vários jogos, enfim. Hã, e eu faço aulas já tem alguns meses, hã, e depois de alguns dois meses mais ou menos, fazendo aulas, hã, o meu professor falou para mim e assim contexto, o meu professor é um grande mestre de xadrez, existem só tipo 1800 desses views hoje. Para, eu não consigo descrever para você o quão absolutamente absurdo de difícil é ser um grande mestre de xadrez. Tipo, isso é uma mente absolutamente única, não só na capacidade de entender o jogo, mas de autocontrole emocional, de dedicação, de concentração, de foco, de quando uma pessoa dessas fala alguma coisa, você cala essa [ __ ] dessa boca e ouve. Tipo, mesmo que seja sobre um assunto que ele não sabe nada, o quando uma mente dessas reflete sobre alguma coisa, você fica tipo, cara, sei lá, provavelmente vai sair alguma coisa útil, sabe? E outra coisa assim, o meu professor Els P, que é um excelentíssimo jogador e o que eu tô falando não é o que ele me falou, literalmente, eu falo talvez de um jeito um pouco mais babaca, ele é uma das pessoas mais legais e mais doces que eu já conheci na minha vida. Então, por favor, não fique com uma impressão de que ele é babaca. Mas ele falou para mim o seguinte: “Ã, o que você conversa de xadrez, né, o nível de reflexão e preocupações e coisas que você tá ponderando na sua cabeça sobre o que tá acontecendo é muito melhor do que o nível de xadrez que você tá jogando.” Isso foi uma bicicuda na minha alma tão profunda, porque basicamente o que ele quis dizer de uma forma extremamente doce e sutil e carinhosa comigo foi: “Não dá para entender porque que você é ruim assim. E ele começou a investigar os meus jogos e ele descobriu uma coisa. Ele falou: “Cara, você não pensa quando você joga, você tem tempo no relógio. Os jogos que eu tava jogando eram jogos de 15 minutos. Então você tem 15 minutos no total, mais 10 segundos a cada movimento que você faz para fazer um movimento. Então você pode gastar no mínimo 10 segundos para fazer o movimento, pensando sobre isso. E tem posições mais complexas onde você pode parar por alguns minutos e refletir sobre o que fazer”. Ele falou: “Cara, você tá jogando todos os seus movimentos com 6 a 8 segundos sem pensar e eles são ruins. Tipo, você entende um monte de coisa, você entende xadriz bem, você tem todo esse conhecimento e daí você tá enfiando isso no seu cu e não usando isso e jogando movimentos ruins rápidos”. Ele não falou isso literalmente, mas esse é o ponto. E eu pensei: “OK, ele provavelmente tá certo”, mas eu não faço isso só em xadrez. E aí ele quis entender, mas mas por quê? Será que é só um hábito e tudo mais? E daí a gente conversou um pouco mais sobre o que tava acontecendo e eu gravei alguns vídeos sobre tipo o que que eu tava pensando nos jogos e tudo mais. E eu fiz uma descoberta absolutamente fascinante. Aparentemente estar se xingando pesadamente na sua cabeça o tempo todo não é normal. Eu não sabia disso, porque o que que acontecia quando eu tava jogando? Eu jogava algumas coisas e de repente tinha alguma, sei lá, tava indo meio mal e eu ficava pensando, seu mais absoluto animal. Se alguém te agredisse na rua aleatoriamente por causa disso, você merece. Você podia ter estudado isso aqui nove vezes ao longo da semana passada. E ao invés disso, você, porque você é um absoluto merda, não consegue fazer isso, porque você não tem nenhuma capacidade de nada. E aí você não ã e não estudou isso, aí você chega aqui e faz isso aqui e depois fica puto. E daí você não consegue alcançar nada de valor na sua vida porque você é um lixo. E isso era tipo o meu raciocínio constante jogando, tipo, sempre. E daí eu ficava tipo: “Ah, agora eu preciso fazer alguma coisa. Isso. Ah, isso foi ruim. Tá vendo? Por que que eu faço isso comigo mesmo? Por que que eu me submeto a isso, sabe? Hã, e aparentemente isso não só não é normal, isso não é saudável. E aí ele falou uma coisa tipo, cara, por que que você não para de fazer isso? E começa a pensar no seu próximo lance, sei lá. E quando eu comecei a incorporar isso, tipo assim, isso levou um mês para eu incorporar na minha cabeça e começar a fazer isso assim. Eu melhorei tão rápido, tipo, ele me sugeriu isso. Eu tava assim 10000 e lutando. Eu tô 1500. Tipo, 300 pontos de distância, que é o que eu ganhei em os últimos 4 meses, é o equivalente, tipo, dois jogadores de 300 pontos de distância, é quase o equivalente a fazendo uma analogia, eu poderia dar um tapão na bunda da sua namorada e você viraria para mim e me agradeceria que eu acho ela bonita. E não tem nada que você poderia fazer além disso. Hã, então assim, tem como você aprender o suficiente para ter essa evolução em nível de qualidade de jogo em três, qu meses? Não, talvez assim, se você tipo só faz isso da vida, mas altamente improvável. O único problema era que eu tinha desenvolvido tantos complexos na minha cabeça de alto ódio que o meu maior problema era o mesmo. E curiosamente isso coincidiu com o fato de que alguns meses atrás eu fui num neurologista e eu falei: “Cara, eu preciso de uma resposta. Eu sou autista ou eu só sou esquisito assim mesmo?” E long story short, eu só sou esquisito assim mesmo. Mas no processo todo de diagnóstico e de avaliação e tudo mais, várias coisas foram descobertas. E uma delas foi, eu tive o diagnóstico clínico sobre isso de tipo assim, sim, cara, você se odeia de várias formas diferentes. Isso não é saudável nem normal. Você precisa fazer parar de fazer isso porque assim, nenhum dos profissionais aqui já viu algum nível desse tanto em, tipo assim, você é muito bom em várias coisas e essa daqui você poderia, tipo, competir oligpicamente para E isso foi lá por março e eu comecei a entreter na minha cabeça, nesse ponto, a ideia de que talvez eu não seja absolutamente horrível e literalmente que tudo que eu faço. Eu não acreditava nisso, sinceramente, mas eu falei, vamos, vamos me iludir. E uma das coisas que aconteceu foi, por exemplo, eu comecei a criar muito mais no Instagram. Eu tentei voltar a criar conteúdo aqui no YouTube em fevereiro e eu odiei o processo todo porque eu passei a realmente odiar isso aqui muito intensamente ao longo dos últimos anos por causa desse formato de vídeo do dia que eu acho que eu não tava ensinando nada de útil, que não tinha nenhuma reflexão. A maior parte dos meus vídeos nos últimos 5 anos, assim, eu eu não realmente ensinei nada e eu odeio isso. E eu tava pensando, tipo, isso é o resto da minha vida, minha carreira, que lixo. Eu quero ensinar, eu quero educar pessoas, eu quero contar histórias e tudo mais e eu não tô fazendo nada disso. Hum. E aí eu falei: “Cara, eu larguei e fui fazer Instagram”. E não só eu tava melhorando em várias coisas da minha vida, porque eu tava incorporando esses conselhos que ele me deu, que são bem óbvios quando você parar para pensar, mas mesmo assim, tipo, eu precisava de alguém desse nível para me ouvir, para eu não pensar assim: “Não, você é um completo idiota, Danice”. Tipo, precisava ser alguém nesse nível que eu respeito para falar. É, se você fala, provavelmente você tá certo por onde tô, eu tô errado. E eu comecei a fazer Instagram muito bem e começou a crescer e um monte de vídeos viralizaram, até o Bolos me copiou, um monte de gente começou a fazer cópias disso e eu comecei a perceber e e começaram a aprender com isso. Eu falei: “Cara, pera, eu consegui adaptar esse formato e e muito bem em algumas semanas. Não, pera. Isso quer dizer que eu sou inteligente e tenho habilidades e sou capaz de criar coisas que prestam? Não, não, deve ser um engano, certo? Mas e eu consegui monetizar inclusive o meu Instagram ao ponto em que hoje 90% do meu faturamento pessoalmente direto ou indiretamente vem do Instagram. O YouTube hoje virou uma forma elaborada de perder dinheiro, mas pensando de outra forma, eu tava livre, tipo, eu não preciso mais fazer o vídeo do dia, eu não preciso fazer nada, eu posso só fazer os vídeos que eu quero, da forma que eu quero. E e [ __ ] eu tô livre. E isso foi muito libertador pessoalmente para mim. Isso foi ali por maio que isso aconteceu. Foi depois do fórum da Liberdade, é, foi em maio, provavelmente, hã, que que isso tudo virou. E aí eu parei quase completamente de fazer vídeos e comecei só a fazer o que eu queria. E eu comecei a falar: “Não, pera, então eu posso finalmente fazer o que eu quero”. Porque uma das coisas que me irritou muito sobre meu conteúdo nos últimos anos é que essa porcaria de vida do dia e tipo assim, não entendo isso como tipo se um ataque contra o Peter um cápsula. Eu admiro o Ricardo profissionalmente no nível que você [ __ ] que pariu, sabe? Eh, mas não é o conteúdo que eu gosto de fazer o que eu gosto de assistir. Eu eu passei, eu sempre assisto canais tipo Cool Worlds ou a Dr. Beck ou Astrom, que são canais de astronomia, que são vídeos mais densos de tipo meia hora de conhecimento. Eu sempre assisto vídeos de história ou de economia ou de várias coisas assim que são nesse range de vídeos mais editados, vídeos mais produzidos, vídeos com maior conhecimento com aprendizado. Eu não quero saber da fofoca de hoje. Tipo, eu realmente profundamente não me importo. Eu não tô dizendo que não é importante, eu não tô dizendo que não é relevante. Eu só tô dizendo que você lembra o que que aconteceu na política quarta-feira, três semanas atrás? Não. Exatamente. As coisas que vão mudar a nossa sociedade e você como pessoa e o mundo e tudo mais, não são o que aconteceu hoje. São lições, são valores, são aprendizados, são conhecimentos, são Você entende? E era isso que eu queria fazer. E eu falei: “Cara, finalmente eu posso fazer isso. Eu posso fazer um vídeo por semana, se eu tiver um editor para me ajudar. em que eu pesquiso profundamente, ensino alguma coisa, mostro alguma coisa de história para vocês e todos os vídeos vocês vão sair pensando: “Agora eu melhorei como indivíduo por causa disso aqui, que é o que eu queria fazer. Então agora eu posso fazer isso? Então é agora isso vai acontecer”. E eu fiz o vídeo de 1929 só para provar para mim que eu consigo fazer isso. E eu fiquei pensando, mas espera, eu vou pegar tipo basicamente o maior meme do canal e e vou no de primeiro fazer isso porque vai que vai, tipo, não seria melhor eu pegar outros conteúdos e fazer isso primeiro e ficar bom nisso e depois refazer? Eu falei: “Não, eu preciso tirar esse fantasma da minha frente, eu preciso matar essa merda”. Hã, isso é uma das coisas que eu mais me arrependo de de como fico. E quase tudo que eu produzi até hoje. Hã, mas essa foi uma coisa que realmente eu falei, cara, que isso é tão importante você fez uma coisa tão merda, por quê? Eu falei: “Não, vou refazer isso direito”. E foi dias escrevendo e eu de repente olhei e falei: “Cara, eu eu verdade. Eu gosto disso. Eu não sei há quanto tempo que não acontecido. Eu esqueci de almoçar e esqueci de jantar e perceber tipo: “Ah, são 10:30 da noite, por isso que eu tô tremendo, eu tô com fome. Ah, ah, eu achei que eu dor de cabeça eu fosse de outra coisa, mas não. É só que, tipo, eu preciso me alimentar. Ah, deixa eu ir jantar ou sei lá, almoçar. e e e eu olhar pro texto e falar: “Cara, tem informação aqui, eu tô gostando de fazer isso, tô me divertindo, tem uau.” E depois que eu terminei o texto, eu fiquei duas semanas com medo de começar a gravar, de falar: “Eu vou cagar isso aqui tudo de alguma forma. De alguma forma, mas eu me convenci, comecei a gravar, eu tive que regravar tipo três vezes por causa de áudio ruim, um monte de coisa. Ah, e o processo de edição foi [ __ ] trabalheira, porque eu fiz de um jeito que realmente me prejudicou. Mas enfim, aprendizados. Nos próximos não vai ser isso. Mas eu terminei ele sábado agora, ele já está disponível para os doadores, inclusive vários doadores já assistiram, deu feedbacks muito bons. Eu olhei e falei: “Vamos lá, os vídeos que eu fiz nos últimos 5 anos, eu dividiria em duas categorias. Aqueles que eu pediria desculpas para vocês que eles existiram e os outros que eu acho que são só ruins.” Isso, isso exclui, tipo, os meus últimos meses, vai, tipo, de abril para cá. Todos os vídeos que eu produzi nos últimos 5 anos até abril, separaria nessas duas categorias. E quando eu olhei nesse vídeo de 29, eu olhei e falei: “Cara, isso aqui tá bom. Eu eu estou com orgulho que isso existe”. Vocês têm noção há quanto tempo isso não acontece? Só tem dois outros vídeos recentes que foram isso, que foram os dois vídeos recentes que eu fiz, que um foi sobre tipo como que o Brasil chegou nesse ponto por causa de chandão, ditadura, blá blá blá, e outro que eu fiz falando sobre que a execução não ficou tão boa assim, mas foi tipo o primeiro que eu tava fazendo nisso, ele foi um grande ensaio nisso que foi sobre por que o estado prefere financiar coisas como funk, não coisas como xadrez. E eu tô falando de valores e uma evolução darwiniana do estado ali dentro. E eu falei: “Cara, eu gosto de fazer isso”. E eu tô com várias outras ideias. Eu quero fazer isso e isso é o meu conteúdo pra frente agora. E não só em português, eu também voltei. Eh, não voltei porque eu eu comecei um pouquinho um canal em inglês, mas abandonei, mas eu vou eu vou fazer um canal em inglês. Tem várias discussões que eu quero fazer, tem vários temas que eu quero discutir que brasileiros não se importam, deveriam, mas o fato é que eles não se importam e que por que são muito bons? Por que que eu só faria isso em português? Tipo assim, desculpa todo mundo que fala só português. Hã, vocês podem ter ter com assistir com legendas, eu suponho. E a e as coisas de Brasil vão estar aqui, porque resto do mundo não se importa com o Brasil, porque desculpa ofender as pessoas, mas assim, o Brasil é irrelevante internacionalmente, ninguém se importa. Hum, mas eu vou fazer esse canal para falar isso também, porque há vários anos eu sinto esse chamado para fazer conteúdo em inglês e eu não atendi ele, que é a minha segunda lição aqui. Eu de várias formas, inclusive aqui eu coloco teologicamente, me senti chamado a fazer esse tipo de conteúdo instrutivo educativo, a fazer conteúdo inglês, a e perseguir outras coisas. E eu sempre me convencia que não, tipo, eu tinha um instinto e é curioso que eu tenho esse problema no xadrez hoje, inclusive, eh, instintivamente eu olho para alguma coisa e falo: “Eu deveria estar fazendo isso”. E eu passo um longo tempo me convencendo que não. E aí eu não faço isso e faço outra coisa porque alguém plá e enquanto eu não gosto disso e depois de dois anos eu olho e falo: “Eu devia só ter só feito aquilo que por que que eu eu sinto esse chamado muito grande a fazer conteúdo em inglês. Então vai ter vídeos nesse outro canal em inglês também, o link vai tá na descrição. Eu sinto chamado para fazer esse conteúdo mais educativo, porque eu sinto realmente muito falta disso. E eu sei que era isso que eu devia estar fazendo há no mínimo 5 anos. Mas ao longo desse tempo todo eu me desconvenci a fazer isso e me forcei a fazer várias coisas que eu não queria por causa de eu me odeio. Não tem nenhuma outra justificativa melhor do que isso. Hum. E e eu não confiava no que eu no que eu não acreditava assim ideologicamente, mas no que acreditava de análise de o que eu deveria estar fazendo, o que inclusive me motivou a concorrer assim. E eu debati bastante na minha cabeça se devia entrar nesse assunto ou não resolvi que sim, porque transparência desculpa todo mundo que foi um doador e um apoiador da campanha ou que votou em mim ou que acreditou nisso e tudo mais, mas assim, eu não queria ganhar, eu não era o meu sonho. Sabe o que aconteceu? Um cristão não está autorizado a cometer suicídio. E se eu fizesse isso também minha mãe ia ficar sozinha. Então, mas eu também não tenho nenhuma, não tinha até o fim de 2024 nenhuma vontade de nada. Tipo, você me falou assim: “Nossa, Rafael, você acabou de ganhar essas coisas de patrimônio e riqueza. Eu só ia olhar e falar: “Ah, mais uma responsabilidade e um jeito que eu vou encontrar de decepcionar todo mundo”. Certo? Tipo, eu não, você falou assim: “Ah, você ganhou toda essa fortuna e coisas aqui, eu ia olhar e falar: “Você entende que eu vou destruir tudo isso aqui de alguma forma fantástica e decepcionar todo mundo? E isso aqui é um evento ruim e todas as pessoas vão sair prejudicadas por causa disso, né?” Tipo, essa era a minha mentalidade de 2000 20 até 2024. Então, porque eu não tinha nenhuma nada de nada, eu falei: “Bom, ah, sei lá, vamos pular nesse modor de carne que é mandato. É uma das piores coisas que você pode fazer com você mesmo pessoalmente. Desculpa quem quer concorrer, mas vocês sabem disso. Mas já que eu não tenho vontade de nada, vamos pelo menos fazer isso, né? Tipo, tomar esse sacrifício pela galera, eu quero, não, mas eu quero alguma coisa. Não, então vou fazer isso. Esse foi o meu raciocínio inteiro. Só que daí eu percebi que não, eu não quero fazer isso e não, não é meu sonho. Tipo, hoje eu ajudo vários mandatários em todos os níveis a fazer várias coisas, a implementar várias coisas, várias coisas que ã vocês se preocupam de várias formas. Eu tô trabalhando no backstage para ajudar a acontecer ou para imped. Eu só não posso entrar em detalhes nisso, por isso que eu não fico falando muito sobre. Ah, e eu tive um sucesso bem considerável com isso, o que eu deveria ter ouvido como um sinal de que é isso que eu deveria estar fazendo e não concorrendo mal. Mas é, mas eu não tenho a menor vontade de estar em mandato, tipo, não é para isso que eu nasci, não acho que é para isso que Deus me botou na terra. Ã, não é o que eu gosto de fazer. E o momento que me deu uma estalada de Rafael, você devia tá fazendo isso. Foi num show do Linking Park, de todas as coisas do mundo. H, o Linken Park voltou e eu fui assistir eles no Alians Park. Eu tava assistindo o show e tentando não chorar. E aí eu percebi, falou, tem 40.000 pessoas nesse estádio assistindo esse show, tentando não chorar. Trocou, vocalista? trocou porque o anterior morreu e eles trouxeram uma vocalista que é diferente, mas não tem como ser igual, não existe voltar. E e ao longo da carreira deles, né, você teve os primeiros CDs que foram uma coisa, depois você teve outros CDs que foram outra e teve gente que não gostei, teve gente que depois aprendeu e viu e tudo mais e teve que trocar o vocalista e algumas pessoas da banda trocaram e tá todo mundo aqui, a gente tá adorando todas as músicas, tem 25 rodinhas de gente pogando, tá todo mundo surtando, tentando não chorar. Isso aqui tá sendo fantástico. Ninguém se importa com o passado. Ninguém se importa. Tipo assim, passou, foi isso aqui está maravilhoso. Eu nasci para ser umbardo, eu nasci para fazer esse tipo de coisa. Eu nasci para criar, para educar, para inspirar pessoas. Eu não, eu não nasci para, eu não fui colocado por Deus nessa terra para ter um mandato. Eu odeio essas pessoas. Eu não, eu não quero fazer isso. Eu não tenho nenhum minha experição fazer isso. E é possível voltar de isso tudo e tá aqui. Isso acontece. Eu deveria fazer isso. É, é curioso como essas coisas são, sabe? É curioso como ao longo de 10 anos de uma carreira, obviamente você vai cometer vários erros, você vai cometer vários aprendizados, mas no fim das contas as duas lições são: “Para de ficar remoendo do passado, tipo, ah, sim, você errou um movimento no jogo de xadriz até agora. Não tem como voltar. Agora você olha pro tabuleiro e fala: “Hum, o que eu deveria estar fazendo agora?” É isso. Inclusive, eu tive um jogo hoje aonde, tipo, antes de eu gravar isso aqui, em que alguns meses atrás eu ia ter socado a mesa, tacado o monitor na parede, ir embora e ficado puto pelo resto do dia. E aí eu olhei e falei: “Não, pera, Rafael, para Sim, você perdeu um cavalo, mas olha pro tabuleiro, tenta ganhar. Tenta ganhar. Olha para isso. Que que você vai fazer agora, [ __ ] É, é matin 13. E eu realmente calculei ele, não os 13 movimentos, mas eu olhei e falei: “Tem é essa sequência e depois tem várias coisas que vai postergar no meio, mas ele morreu, acabou, eu ganhei.” Ah, e era. Hum. Para de ficar se xingando, pensa no próximo movimento e confia no teu instinto. Se eu só tivesse feito isso, só tivesse confiado no meu instinto, ao invés de fazer o que eu acho que o que eu acho que falta ou o que eu acho que os outros gostariam ou blá blá blá ou tivesse me convid se eu só tivesse confiado no meu instinto, tô ter uma posição muito melhor agora. Mas eu acho que assim é impossível, especialmente sem ninguém profissional nisso para me aconselhar. É, não é razoável esperar que as pessoas tenham uma carreira perfeita. Eu lembro de uma, tem um powerlifter chama Dave Tate que ele fala que existe um, entre você virar bom e excelente, existe um gap de 5 a 20 anos que ele chamava de the void, que é onde você já é muito bom no que você faz. Eu você sente que você tá andando de lado, às vezes para trás e você sente um vazio e você não sabe o que tá fazendo. E de repente ao longo de todas essas coisas que você juntou nesse período de vazio, coisas clicam na sua cabeça e você fica tipo: “Ah, e daí você vira a curva para ser excelente.” O que a maior parte dos profissionais não vai fazer na vida. Inclusive, se eu fizer isso ao longo da minha vida, eu vou ficar muito feliz. Eu acho que eu ainda tô nesse void e eu entendo o propósito dele. Eu não fico mais [ __ ] eu não remolo mais isso, eu não tenho mais raiva disso. Eu tinha muita raiva disso e de mim mesmo. Mas eu aprendi essas lições e agora eu vou fazer o que eu sempre quis fazer. Eu não quero ser o Ravier Lei do movimento. Não tenho menor interesse nisso. Desculpa quem gostaria que eu fosse, mas é a realidade. Eu não tenho menor interesso. Eu tenho interesse de ser o carro no movimento. Eu tenho interesse de ensinar, de criar, de mudar coisas na cabeça de vocês e de plantar não só o o amor por liberdade, mas o amor por valores e por um desenvolvimento humano na cabeça das pessoas. O último evento para fechar isso aqui aconteceu agora em junho. Eu fui para Ecton University, que é no Ecton Institute lá em Grand Rapids, Michigan. E eu poderia ter tido esse insight ano passado se eu não tivesse com a cabeça tão focada em campanha como eu tava. Na verdade não tava tão focado assim, mas e e assim eu fiz uma campanha séria, tipo, voltando lá para trás um pouquinho, eu fiz uma campanha séria. Eu não tava tipo fazendo de qualquer jeito. Eu realmente só falei: “Ó, Deus, o seguinte, você quer que eu me eleja? Vou fazer a sério.” Aí tu decide, cara. É isso. Hã, e obrigado todo mundo que doou, sabe? Obrigado todo mundo que par, eu tenho eu tenho um imenso orgulho de que eu fui o maior número de fui vaquinha com o maior número de CPFs doadores de vereador de 2024 inteiro. E eu não sei se dá história, eu não conferi de outros anos, eu não sei, mas se foi, eu vou ficar muito feliz com isso. Tipo, obrigado a todo mundo, mas e eu tava levando a sério, só que não era meu sonho. Vocês entendem isso. Sério, eu tenho medo de de alguma forma parecer que eu tô falando pra galera, tipo, [ __ ] tudo que você Não, não é isso. Mas voltando, hã, o que que é Acton University? E o Act Institute, ele existe basicamente o acton instituto para dizer o seguinte, ó, liberdade é muito importante, é um valor muito importante, é um pilar fundamental da sociedade, do desenvolvimento humano. Não existem humanos de verdade, inclusive teologicamente sem liberdade. Mas também existe uma coisa muito importante que são os valores de o que que você vai fazer com a sua vida, de como você vai se desenvolver, de o que você acredita, de que você faz com você mesmo, de como você é como pessoa, como na sua família e na sua sociedade e na criação de instituições. E bons valores em indivíduos, em grupos, instituições, numa sociedade são que fazem ela ser bela e próspera também. Sem liberdade, você nunca vai ter uma sociedade com bons valores. E sem bons valores, as pessoas de liberdade vão jogá-la fora, porque elas não vão entender o valor disso. Elas vão usar isso para fins autodestrutivos. O que falando assim, você fica meio tipo, como é que alguém faria o argumento contrário disso? Às vezes eu fico pensando, é um exercício interessante, mas partir de o entendimento disso, dessa frase, dessas frases relativamente simples para criar conteúdo, explicando isso de várias formas diferentes e colocar isso na cabeça das pessoas, é isso que eu quero fazer. E o existe para isso e e isso ajudou muito a responder um vazio que eu sempre senti, porque eu sempre tive um apreço por desenvolvimento pessoal, por aprender, por criar. Eu acho que eu virei libertário em boa parte por isso, porque eu percebi que a maior barreira para eu me desenvolver como pessoa e fazer o que eu gostaria é os outros achando que eu tenho que sustentar eles ou me impedindo de fazer as minhas coisas porque eles não gostam. Eu fiquei tipo, quem autorizou vocês fazer isso, seus [ __ ] sabe? É, eu acho que isso que me puxou a ser libertário, mas eu nunca consegui conectar isso muito bem, porque inclusive nos últimos nos últimos anos, eu não tinha muito tempo para pensar ou ler sobre isso, porque eu tava muito preso fazendo a [ __ ] do vídeo do do dia. Existe uma crítica de conservadores alibertários que eles estão certos, mas primeiro que a gente não muitas vezes entende isso suficiente para entender a crítica deles e segundo que muitos conservadores fazem essa crítica de uma maneira tosca ou mal executada ou simplesmente papaca. E daí a gente não ouve isso porque, cara, olha o jeito que você tá falando, não quero nem saber o que você tá falando. Mas a verdade é que hã existe uma crítica de conservadores de que libertários parece que a galera só quer tipo não pagar imposto para uma maconha e ficar gritando na rua. Tipo que não existe uma discussão sobre valores, tipo, o que que a gente vai fazer com isso? Eles estão certos. Só que muitas vezes acontece de não só às vezes isso ser feito de uma falado de uma forma extremamente babaca, tipo derrogatória, hã, que s que é um problema do conservadorismo brasileiro no geral, mas devago. Mas muitas vezes libertários por e não é libertários, mas porque o brasileiro médio nem sabe mais o que isso significa. a gente ouve isso, fica tipo sabe, a fusão dos dois faz muito sentido. Inclusive o nome desse movimento tem nome, se chama fusionismo. E provavelmente você é um fusionista e nem sabia, inclusive, mas isso é outra discussão. O ponto, eu quero ensinar essas duas coisas, eu quero contar as histórias disso, eu quero explorar isso e ser quem tá discutindo isso, porque o meta do YouTube é muito irritante, o meta de redes sociais é muito irritante. O jeito que você mais facilmente cresce hoje em termos de visualizações, faturamento, etc. É só falar coisa do dia. Fala do Bolsonaro o tempo todo, falo do Lula o tempo todo, falo do o tempo todo, falo da J o tempo todo. Tá, mas daqui 5 anos, o que que isso daqui 10 anos? O que que importa qualquer um desses vídeos ou desses conteúdos? Nada. Então é irritante que você tem esse incentivo, sabe? Mas eu não ligo para isso. Eu não não tô dizendo que não é importante. As pessoas têm que falar sobre isso, mas não é para todo mundo só falar disso. E eu quero estar do lado de ser a discussão inspiradora. Uma das coisas que eu mais sinto falta no mundo, no Brasil hoje, não só no Brasil, mas no mundo hoje, é algum lugar de luz no meio desse hã que é esse mundo hoje, sabe? que você olha e fala: “Cara, isso aqui me dá uma esperança, que me dá uma vontade de virar a direção. Eu acho que isso tá faltando”. Em parte, eu acho isso, acho que acontece que as pessoas ficaram tão sem referências que elas já não sabem, mas nem dá nome o que tá faltando. Tipo, você sente intrinsecamente dentro da sua alma que falta alguma coisa, mas você não sabe mais nem o que pedir, sabe? Hã, e em parte também tem o incentivo desse meta de redes sociais, aonde você tox falar da coisa do dia, dá muito mais sucesso. H, tem poucos canais, poucos produtores de conteúdo no geral. Não tô nem falando só de libertarianismo direito, mas tem poucos canais eh no geral de produtores de conteúdos que quebram isso e você provavelmente tá pensando em três ou quatro agora na sua cabeça porque você tá tipo: “Ah, sim, esse cara com absurdador veio”. Sim. E se você não tá pensando em alguns nessas na tua cabeça agora, você deveria, porque talvez é isso que tá te fazendo falta na vida. Mas eu acho que esse é o meu papel e esse o que eu quero fazer, não só em português, mas em inglês. Vai demorar, acho que uns dois anos para um negócio todo em inglês funcionar, mas é o que eu quero fazer. Eu não tenho mais nenhum mínimo interesse em concorrer. E eu tô feliz que eu agora não só parei de odiar, mas eu voltei a gostar de produzir conteúdo. Se vocês quiserem ajudar nisso, eu preciso contratar editores para fazer tudo isso acontecer. Tipo, eu consigo fazer uma velocidade mais lenta com eu editando. Mas se você se torna um assinante do canal, isso ajuda bastante a ter os editores para isso acontecer mais rápido. E é, vamos trabalhar que eu tenho que fazer os últimos detalhezinhos da série de 29. Co?