9 DESCOBERTAS Bastante ESTRANHAS sobre o Antigo EGITO!
0O Egito é considerado um dos maiores museus vivos a seu aberto da atualidade e sobre isso ninguém vai contra. É nas temporadas abertas às pesquisas arqueológicas que mais e mais objetos são descobertos, trazendo à tona não só informações sobre o cotidiano daquelas pessoas há 3000 anos, como também vestígios e artefatos no mínimo curiosos e estranhos em comparação aos nossos padrões atuais. Vamos começar com [Música] um. As mãos decepadas. Serginal no Egito antigo poderia significar uma aventura no estilo Aladim, correndo em meio ao povão, derrubando coisas pelo caminho, a fim de atrapalhar os perseguidores, saltando telhados, se agarrando em cordas, enfim, toda essa coisa de filmes de aventura. No entanto, poderia terminar de uma forma ruim para o Aladim. já que teria uma ou as duas mãos decepadas. Em 2017, arqueólogos que escavavam em Avares encontraram 16 mãos humanas decepadas em quatro poços diferentes. Todas as mãos eram direitas e de tamanhos incomuns, sugerindo que pertenciam a homens. Acredita-se que esta seja a confirmação de uma prática descrita em alguns hieróglifos, em que a mão direita do inimigo era cortada como troféu e em troca o soldado recebia uma recompensa. Dois, o queijo mais antigo do mundo. Há uma polêmica muito grande em relação ao queijo mais antigo do mundo, já encontrado. Há quem diga que foi na Polônia, outros afirmam que foi na China. E por fim, há o que os arqueólogos encontraram no Egito. Já que estamos falando dos egípcios, primeiro nos concentraremos nele. Em 2018, em um túmulo de cerca de 3200 anos, arqueólogos encontraram um pote de cerâmica e dentro dele havia uma espécie de massa branca. O pote foi enviado para análises laboratoriais e em alguns meses depois veio a resposta. O conteúdo era um tipo de queijo feito a partir do leite de ovelha ou cabra. Na época desta descoberta, este foi considerado o queijo mais antigo do mundo. No entanto, em 2024, uma nova escavação feita na China mudou esse quadro e talvez tenha tomado o título de queijo mais antigo do mundo. No deserto de Taclamacã, no noroeste da China, foram encontradas tumbas da idade do bronze datadas de 3.600 anos atrás. Em algumas destas tumbas foram encontradas substâncias sobre os pescoços e cabeças dos restos mortais que, devido às condições do clima e temperatura do deserto, foram encontrados em um estado de conservação muito satisfatório, o que permitiu analisar a substância e fazer a datação com mais facilidade. As análises mostraram que a substância em questão era queijo e isso fazia parte de um ritual de sepultamento de seus mortos, depositar alimentos junto ao corpo para que o falecido se alimente em sua nova estadia. E então, será que os chineses superaram os egípcios? Três, túmulo de animais mumificados. Ok, estamos acostumados a ouvir falar sobre múmeas, mas geralmente feitas a partir de corpos humanos e não de animais. Acontece que desde o século XIX, quando as explorações egípcias começaram a se desenrolar, diversas múmias de animais já foram encontradas. O século passado, infelizmente, os arqueólogos não davam muita importância quando o achado era uma múmia de algum animal. Para se ter uma ideia, e olha só que coisa inusitada e estranha, durante os anos 1800, toneladas de gatos mumificados foram embarcados do Egito para a Inglaterra, a fim de serem transformados em fertilizantes. Isso mesmo que você ouviu. Por mais bizarro que pareça, naquele final de século, a procura por fertilizantes agrícolas era altíssima na Europa, especialmente por fosfatos. Vendo uma oportunidade de negócios, já que o Egito havia aberto as portas para a exploração de suas pirâmides e tumbas, um fazendeiro egípcio descobriu uma necrópole antiga repleta de gatos mumificados aos milhares. Essa necrópole, segundo historiadores, era um lugar sagrado para os egípcios da época que reverenciavam o deus Bastete. Então, cerca de 180.000 múmias de gatos. eram muitas, não? Pesando aproximadamente 19,5 toneladas, foram compradas por um empresário de Liverpool, enviadas para a Inglaterra. Lá elas foram trituradas e usadas como fertilizantes, juntamente com a ossos, resinas e a todo o material de embalsamamento. Ah, e se eles soubessem o valor histórico e cultural que foi transformado em adubo? Outra coisa é em relação aos animais de estimação, os pets, assim como muitas famílias da época tinham condições de preparar seus entes queridos para a vida além da morte, o mesmo faziam com seus animais de estimação. Os órgãos eram cuidadosamente removidos e envoltos por bandagens muito bem elaboradas antes de fazer o tratamento químico que mumificava o corpo. Entre os animais encontrados, momificados, os arqueólogos têm na lista cães, gatos, cobras, escorpiões, vacas, crocodilos e até mesmo um leão e um hipopótamo já foram encontrado. Ovelhas, carneiros, pássaros e seus ovos. Quase nada escapava do procedimento. É bom frisar que isso não é parte de um ritual de sacrifícios, mas sim de reavivamento, uma vez que era aplicado já sobre o corpo morto, com a crença de que ele estará vivo e bem do outro lado. Quatro. As múmias da língua de ouro. Em 2022, escavações no sítio arqueológico de Albarnaza, em Míia, Egito, revelaram um conjunto de túmulos da era pitolomaica, com diversos artefatos. Entre eles, os mais intrigantes, sem dúvida, foram as 13 línguas douradas que foram associadas às múmias destes túmulos. Junto a essas línguas douradas, foram também encontrados pregos de ouro, que simbolizam a preparação para a vida após a morte, mas especialmente para que o falecido pudesse conversar com Osiris, o deus do além, no julgamento final. Os artefatos com suas inscrições e os elaborados costumes funerários oferecem percepções valiosas sobre as crenças religiosas daquela época, um período em que se misturavam diversos tipos de práticas religiosas. Por isso é que a presença das línguas douradas em múme sugere que elas podem ter sido uma forma simbólica de garantir que o falecido pudesse falar ou interagir no pós-vida. As descobertas em Albarnaza, que também incluem túmulos com inscrições coloridas e cenas de rituais, dezenas de múme cuidadosamente organizadas e artefatos como amuletos e figuras de terracota, ressaltam a complexidade e a riqueza das práticas funerárias e religiosas do antigo Egito durante o período pitolomaico. De fato, a presença dessas línguas de ouro em particular oferece uma janela única com as práticas culturais e espirituais do período pitolomaico. Cinco. A tumba do tesoureiro de Ramsé I. Na Milenar Necrópole de Sakara, situada a cerca de 32 km a sudoeste do Cairo, um lugar repleto de mistérios antigos ou importante quebra-cabeça da antiga civilização egípcia foi revelado. O sítio de Sakara é tão rico de material arqueológico que até se tornou patrimônio mundial da humanidade pela UNESCO. E foi lá também que os arqueólogos encontraram e desenterraram o sarcófago de granito rosa, uma descoberta que reaccendeu a luz sobre o período do novo reino. Este caixão de 3200 anos, cuidadosamente trabalhado em granito rosa, pertenceu a Pitá Envia, um oficial de alto escalão que ocupou múltiplos títulos na administração durante o longo poderoso reinado de Rams II. Embora a tumba de pitá tenha sido descoberta no ano anterior, o sarcófago em si só foi revelado em 2022. As inscrições hieroglíficas no sarcófago contam a história de um homem de grande importância. Pitá Envi foi secretário real, supervisor chefe de gado e chefe do tesouro do templo de Ramsés em Tebas, além de ter sido o encarregado das oferendas divinas a todos os deuses do alto e baixo Egito. Ele era de fato o tesoureiro chefe do faraó, uma posição chave no governo de Hamsés. Contudo, quando os arqueólogos da Universidade do Cairo encontraram o sarcófago, ele estava vazio. A tampa partida sugere que o corpo mumificado de Ptá envia foi removido por ladrões de túmulos, provavelmente na antiguidade. Essa grande possibilidade pode ser confirmada pelos vestígios de resina no interior do sarcófago, que indicavam que ali havia sim uma múmia. Seis. O pássaro de Sakara. Como eu disse agora a pouco, não é à toa que Sakara se tornou patrimônio da humanidade, pois mais que um sítio arqueológico, é um verdadeiro contador de histórias antigas. E não pense que a região é pequena. Trata-se de uma área de mais de 16.200 ha ou 162 milhões de met qu. A descoberta de um artefato bastante peculiar não é de hoje. Ela foi feita em 1898, durante as escavações da tumba de um indivíduo chamado Padi Men e viria a se tornar um dos mais intrigantes e controversos artefatos do Egito antigo, o pássaro de Sakara. Inicialmente não deram muita atenção ao artefato de madeira. foi catalogado como um simples modelo de pássaro e guardado, permanecendo em grande parte esquecido até 1969, quando o Dr. Calil Messiá, um médico e arqueólogo amador egípcio, viu aquele objeto no Museu do Cairo e não mais se separou dele, de certa forma, ou pelo menos. O objeto foi analisado e datado aproximadamente do período pitolomaico, há mais de 2000 anos. Esse pequeno objeto de madeira de cicômoro mede cerca de 18 cm de comprimento e pesa apenas 39 g. É um modelo simples, quase que minimalista, mas que demonstra a habilidade do artesão egípcio antigo. O pássaro possui um design aerodinâmico com asas retas e horizontais, além de uma cauda igualmente reta. A cabeça é relativamente grande em comparação com o corpo e o bico é curvo para baixo, diferentemente dos bicos dos pássaros conhecidos. Uma característica particularmente intrigante são os pequenos orifícios na cauda, cujo propósito permanece duvidoso. A verdadeira função do pássaro de Sakara tem sido objeto de debates intensos e especulações entre estudiosos e entusiastas. Enquanto alguns o consideram um brinquedo infantil ou um modelo simbólico representando a ideia de voo, a teoria mais controversa e popularizada por Messiá é que ele seria um modelo de planador, uma evidência de tecnologia de voo avançada no Egito antigo. No entanto, vários testes foram feitos desde os anos 1970. Messiá e sua equipe construíram réplicas do pássaro, uma idêntica e a outra com a modificação na cauda para que ficasse na horizontal, como os estabilizadores de um avião. Com a modificação, o modelo planou muito bem os testes. O modelo original, no entanto, tinha um voo estável e bastante curto. Nos anos 2000, novos testes foram feitos em túneis de vento e praticamente os mesmos resultados foram obtidos. Isto é, o modelo com a modificação na calda ficou mais tempo no ar e de forma mais estável, enquanto original sempre tendia a voos irregulares e a cair de bico. Esses testes deixaram a entender que a peça estaria mais para um brinquedo, um amuleto, um objeto ornamental e até mesmo usado em rituais, mas não protótipo de aeronave. Portanto, há aqueles que sustentam que já naquela época os egípcios estavam construindo modelos conceituais de futuras aeronaves. É bom saber que estão enganados. Não há evidências diretas de tecnologia de voo no Egito antigo. Sete, objetos meteóricos e a daga celestial. Que meteoritos caem constantemente há milhares de anos na Terra? Todos nós estamos cansados de saber. O mais interessante, no caso, é ter encontrado objetos feitos usando rochas do espaço sideral, ainda no Egito antigo, há cerca de 5.000 anos. Em 1922, o arqueólogo Howard Carter adentrou pela primeira vez em uma antecâmara que, logo depois descobriu que se tratava de um tipo de cômodo lateral ao da tumba do faraó Tutankamon. Imagine só a visão deslumbrante que ele teve ao clarear o local com sua tocha e que depois deixou o mundo todo boque aberto. Na antecâmara havia carruagens douradas, tecidos de linho de altíssima qualidade, joias ornamentadas com pedras preciosas e ouro, carruagens douradas, inclusive a máscara mortuária dourada, objeto que se tornou icônico depois que foi tornado público. Entre essas maravilhas, no entanto, havia mais objetos que acabaram se tornando os pequenos astros do achado. Vários artefatos feitos de ferro foram encontrados na tumba de Tutancamo. Entre os objetos, formões de ferro encastados em cabos de madeira, um amuleto do olho de Oros, uma miniatura do que parece ser um apoio de cabeça, como também a dagas muitíssimo bem trabalhadas e ricamente ornamentadas. Isso já causou um espanto de início, uma vez que os egípcios não tinham tanto domínio assim da fundição do ferro. Mas o que mais chamou atenção foi uma daga fora do lugar, específica, com um brilho especial em sua lâmina, que denunciava que ali havia um tipo de ferro diferente do convencional. Demorou muito tempo até descobrirem do que se tratava. Análises mais recentes confirmaram que o material desta lâmina não é ferro comum. mas proveniente de um meteoro. A grande surpresa não foi só o fato de o material ter vindo do espaço sideral, mas a perfeição do trabalho de foja na lâmina. E o que tem de mais? Ora, estamos falando de Tutancam e o domínio do ferro no Egito só veio aparecer muito tempo após a morte deste faraó. Então, como a arma tão avançada e preciosa chegou às mãos de um faraó do novo império? A respeito da daga na época, Carter propôs uma teoria que inicialmente foi aceita por muitos colegas, a de que a daga devia ter sido importada ou talvez podia ter sido um presente diplomático dos ititas da Anatia, um império já conhecido por seu domínio da metalurgia primitiva. E sem que Carter poderia imaginar, a verdade surgiria mais tarde e, sem dúvida, o deixaria completamente perplexo. Em 2016, vários testes foram feitos sobre o material da daga e a aspectometria de fluorescência de raio X revelou que o material era composto por altos níveis de níquel e cobalto, o que é característico de ferro meteórico. Pode-se afirmar, portanto, que esta daga não é terrestre, mas sim um objeto celestial. Oito, blocos de notas faraônicos. Hoje em dia, é ainda comum encontrar muitas pessoas que anotam suas compras ou seus afazeres do dia em um caderninho ou uma agenda. Mais comum ainda é a pessoa anotar seus compromissos nos smartphones, que se tornaram não só excelente bloco de notas, como um fantástico assistente pessoal. Agora, como seria isso no antigo Egito? Como eles faziam para anotar as coisas? Em 2022, em Atribes, foram descobertos mais de 18.000 cacos de cerâmica, conhecidos como ostracos, que eram utilizados como meio para fazer diversos tipos de anotações, como listas de compras, registros de comércio e até mesmo rascunho e tarefas escolares dos mais jovens. Apesar de outros ostracos já terem sido encontrados nas últimas décadas, esta coleção de atribes é a maior e mais diversa, já desenterrada e oferece uma visão muito mais ampla sobre a vida cotidiana dos antigos egípcios. Nove, a barca funerária de KS. Esta é outra das mais notáveis e intactas descobertas do antigo Egito. Um navio de tamanho considerável, completo e selado em um poço, no complexo da necrópole de Gisé, aos pés da grande pirâmide, que teve sua construção datada por volta do ano 2500 aes de. Cristo. Esta magnífica embarcação foi certamente obra encomendada pelo faraó Kelps, o segundo da quarta dinastia egípcia do antigo império. A embarcação, que mede impressionantes 43,6 m de comprimento por 5,9 de largura, é considerada uma obra prima de madeira e um dos navios mais antigos, maiores e mais bem preservados da antiguidade. foi construída principalmente com tábuas de cedro do Líbano, utilizando espigas de palirios espinácistes, mais conhecida como espinhos de Jerusalém, ou coroa de espinhos. Mas não se confunda, esta planta não tem nada a ver com a nossa conhecida coroa de Cristo, a não ser pela presença de espinhos. e o que fazia uma embarcação deste tamanho praticamente no meio do deserto, a não ser pela proximidade do rio Nilo, que mesmo assim está a 64 km de distância. Aí é que mora o mistério. A história e a função exatas da barca de Kel permanecem voltas em dúvida. É do tipo conhecido como barca solar, um navio ritual destinado a transportar o rei ressuscitado como o deu sol R. através dos céus. Contudo, a barca exibe alguns sinais de ter sido usada na água. Existem teorias de que poderia ter sido uma barca funerária utilizada para transportar o corpo embalsamado do rei de Memphis para José. E então, qual destas descobertas você mais curtiu? Diga aí nos comentários. Não se esqueça de curtir. Abraços e até a próxima. M.







