O Sofrimento Inimaginável dos Infectados em The Last Of Us

0
Share
Copy the link

Talvez você nunca tenha parado para pensar o quanto a temática de infectados do The Last of é uma ideia muito bem pensada e principalmente como ela é terrivelmente assustadora. [Música] Diferente dos zumbis estúpidos do The Walking Dead, que são basicamente mortos vivos, né? Controlado ali, se não me engano, pelo um vírus. Então, mesmo se a pessoa vier ao óbito, ela vai renascer como zumbi. Não a alma da pessoa em si, mas simplesmente o seu corpo ali sendo arrastado por instintos primitivos. Delast, a história é bem diferente. Vários usuários começaram a perceber como os infectados parecem estar em um constante estado de sofrimento, quase como se a pessoa ainda estivesse ali dentro, sem controle de si mesma. E isso é simplesmente perturbador, cara. Você [Música] pode ouvir claramente que, principalmente os runners, né, o primeiro estágio da infecção, eles parecem muito com criaturas em agonia. Você consegue ouvir ele gemendo, chorando, né? como se fosse realmente um estado de dor muito profundo, [Música] pois o próprio jogo ele mostra que o fungo ele vai crescendo ali por dentro da cabeça do hospedeiro, chega ao ponto que separa o rosto dela em duas partes. É sinistro pensar que aquilo um dia foi um ser humano. E aí que vem um dos conceitos mais bizarros, né? senão o mais bizarro que eu já vi em um jogo, a consciência dos infectados. [Música] Então, fungo corticeps, ele toma controle do corpo pouco a pouco, como se sequestrasse o cérebro e mantivesse a pessoa presa dentro de si mesma. É como se a mente estivesse acorrentada, assistindo ao próprio corpo cometer atrocidades sem poder reagir. Por isso que ouv esses gritos, gemidos e até mesmo o choro dos runners é tão bizarro. Talvez seja o último resquício da pessoa tentando resistir ao parasita, implorando para ser libertada. E aqui chega a parte que eu creio que seja a pior de todas. Alguns usuários do Red, até mesmo lendo comentários aqui do YouTube, eles elataram ter ouvido os infectados pronunciarem certas palavras, né? Eu vou ser sincero, na minha jogatina, eu não lembro de ter ouvido isso, mas se você ouviu, por favor, coloca aqui embaixo, cara, que vou tirar um tempinho para ler os comentários. Mas nesses vídeos aqui que a galera posta, tipo, é mulher infectada chorando, você até consegue ouvir algo que parece com uma palavra, né? Talvez seja uma palavra em inglês. Dê uma olhada. Quando você sai da zona de quarentena com a TES, lá no começo do jogo, você se depara com o primeiro contato real com infectados, né? Tirando obviamente o início. E tem uma mulher que tá comendo uma carniça lá, né? Você consegue ouvir claramente que ela parece vomitar o que tá comendo. Como se realmente não quisesse fazer aquilo, né? Foi então que algumas pessoas comentaram que nesse caso ela podia estar recém transformada, né, ali da zona de quarentena e tá consumindo uma pessoa que ela reconhecia como um amigo, um colega ou até mesmo um familiar, cara. Bem pesado, né? Esse cara aqui também fez uma observação bem interessante. Ele colocou ali o título, né? Infectados podem implorar por suas vidas. Por mais que eles não façam isso tão intensamente como os humanos, você consegue ver ali por uns segundos como eles mudam a expressão facial e colocam a mão ali perto da cabeça, né, do rosto, como um instinto mesmo de autodefesa. Isso reforça ainda mais que ainda existe um resquício de humano ali dentro. [Música] Na série, também tem um momento que a L tá ali observando o infectado que tá preso em um esmoronamento, né? Eu não sei se vocês conseguiram perceber a humanidade desse infectado. Ele acompanha a faca dela com os olhos. Ele nem faz aquela gritaria que os primeiros infectados fazem, né? Uma cena medonha, cara. Até certa vez fala que prefere morrer do que se transformar em uma dessas coisas. Com certeza ela tem medo de ainda estar consciente depois de se transformar. Não é à toa que ela se sacrifica ao ser mordida pro infectado. Porém, uma das partes mais tocantes disso tudo é a conversa com Sena, um garoto muito novo que tinha sido mordido na perna. Então ele conversa com a L aquele diálogo, cara, que é algo bem doloroso, né? Ele se questiona se as pessoas já morreram ou se elas estão conscientes sem controle do seu próprio corpo. Bizarro. Dessas coisas aí fora. E se as pessoas ainda estiverem dentro delas? E se elas estiverem presas sem controle do seu próprio corpo? Tenho medo que isso aconteça comigo. Aí depois tem a cena do que eles descobrem, né, que ele tava infectado, porque ele ataca L. E, cara, para mim, essa é sem dúvidas um dos momentos mais chocantes da história dos videogames. Me isso aqui, cara. Não. E dizem que o dois é pesado ainda, né? Mas isso aqui, cara, merda. É só culpa. Não é culpa de ninguém, Henry. É só culpa. Éão. A meu Deus. Para analisarmos mais profundamente essa questão, basta olhar o corticeps na vida real. Insetos como formigas, o fungo invade o corpo e consome partes do tecido, mas preserva áreas essenciais do cérebro enquanto toma controle dos músculos e do sistema nervoso. O resultado é a formiga, né, continuando viva e consciente, mas o corpo dela, né, interno tá sendo manipulado como uma marionete. É para levar o fungo a um local ideal para se espalhar, né, para reproduzir. Agora pensa nesse conceito aplicado a humanos em Delastopas. Se o cordiceeps seguisse o mesmo patrão que as formigas, isso significa que a pessoa infectada continua consciente dentro do próprio corpo, vendo e sentindo tudo enquanto o fungo transforma a força e ataca outros. A ideia de perder totalmente o controle enquanto ainda está acordado é mais assustador do que simplesmente morrer. Isso transforma os infectados de fans em algo ainda mais trágico e horrível. [Música] O cordiceps é uma das ideias mais repulsivas de se imaginar. Ele invade o corpo do hospedeiro e começa a se alimentar de dentro para fora. Então ele não para de incomodar ali quando o hospedeiro morre. Quem dera, né? Ele fica espalhando os seus filamentos fúngicos como raízes por músculos, órgãos e até o cérebro, né? Imagina o cheiro disso aqui, cara, misturado com mofo, porque o fungo literalmente está decompondo o corpo vivo enquanto se espalha. E o pior é que ele se reproduz melhor em lugares quentes e úmidos, criando um ambiente perfeito para crescer sem parar. Então, imagina você caminhar para um cenário desse, cara. Essa coisa crescendo, rompendo a pele, transformando o que um dia foi uma pessoa em uma colônia grotesca de esporos e contaminam tudo ao redor. Sinistro. Então, recapitulando aqui, nos runners tudo indica que o hospeder continua consciente. Nos stalkers talvez ainda existam momentos de lucidez, pequenos flashes em que a pessoa percebe o que se tornou antes de ser engolida pelo delírio. Mas o mais bizarro dessa fase é o comportamento deles. Os infectados não te atacam de forma direta, eles se escondem, né? Esperam o momento certo para avançar, quase como se estivessem armando uma emboscada. Seria isso fundo desenvolvendo uma espécie de inteligência própria? Ou será que o hospedeiro, já completamente dominado e fora de si, está agindo de maneira instintiva? Talvez seja uma mistura cruel dos dois. A mente humana retorcida e corrompida, unida ao impulso biológico do corticeps de se reproduzir a qualquer custo. Já nos Clickers, eu creio que é o fim definitivo. Nessa fase não há mais nada da pessoa que um dia existiu. O Cepps tomou o controle absoluto. O crânio é literalmente partido ao meio. Sem dúvida são um dos inimigos mais assustadores dos jogos. Tem momento que você chega a fazer careta jogando isso, cara. É medonho assim. você indo por trás dele ali tentando pegar ele quietinho pr os outros não ver. E esse som que ele produz parece até algo mais animalesco, mas se você parar para ouvir com atenção, né, parece mais com um ranger de uma garganta deformada ou algo assim. Eu creio que a parte mais assustadora dos clicers não é o perigo que eles representam, mas o fato de terem sido alguém em algum momento, um ser humano com lembranças, sentimentos e vontades. [Música] E aí a gente chega nos bloers e nos shamblers, né, cara? Simplesmente são grotescos. Nos bloers o fungo já consumiu o corpo por completo, né? Eles passaram anos infectados e o corticeps foi criando camadas e mais camadas de placas no corpo, como se fosse uma armadura mesmo feita por fungos. Eles parecem ter uma força absurda, ao ponto que se eles te pegar, cara, você vê essa animação grotesca aí do Joel. Então, por isso que esse conceito para mim é tão pesado, né? Como eu falei, a gente não tá falando daqueles zumbis estúpidos andando por aí sem Roma. Estamos falando de pessoas que em algum nível ainda estão lá dentro, presas no próprio corpo, sentindo o fungo crescer por dentro e assistindo impotentes enquanto atacam quem amam. Isso transforma toda a narrativa em algo muito mais cruel e trágico, porque o terror aqui não é físico, é existencial. A ideia de perder a si mesmo aos poucos, de continuar acordado enquanto é transformado em um monstro é uma das, senão a ideia mais perturbadora, já explorado em um jogo. [Música] [Música]

Comments

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *