BRASIL TAXADO, MINISTROS SANCIONADOS E BOLSONARO SILENCIADO | Cartas Na Mesa – 21/07/25

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os ataques à liberdade de expressão, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos promovidos pelo governo atual. Ele tá chamando ele de governo tanto Lula quanto também o judiciário brasileiro, né? eh termina dizendo que é minha sincera esperança que o governo do Brasil mude de rumo, pare de atacar adversários políticos e ponha fim a esse regime de censura ridículo. Estarei observando de perto. Então, e a palavra regime também tem um peso significativo, né? geralmente é algo bem eh pejorativo para se tratar de algum governo. Eh, separamos aqui um trecho de uma entrevista dada pelo Eduardo Bolsonaro na sexta-feira, entrevista CNN, em que ele fala um pouco sobre o atual momento e as futur os futuros passos de dessa situação. E aí a gente volta aqui para os primeiros comentários. Pode soltar. Porque o mundo inteiro tá dialogando com Trump. Inimigos e aliados históricos dos americanos. Só o Brasil que não. E só o Brasil tem uma tarifa de 50% por causa disso. Na carta dele ele fala mais uma vez e finalizando, né? Perseguição a Bolsonaro e seus apoiadores. Por isso que eu tenho falado, olha, a melhor sinalização é uma nichampla geral e restrita. Depois ele fala da regulamentação das bigtec, começou agora a sessão 301. Se preparem, virá a novidade dessa investigação da sessão 301 também, que visa proteger os interesses comerciais dos americanos, podendo culminar nas sanções epa, né? International Economy Emergency Power Acts. Isso vai acabar sancionando muita gente para além de Alexandre de Moraes. Ele continua depois na carta falando alguma coisa de comércio e pincelando também a questão do sistema eh do complexo industrial de censura. Para que que a gente vai pagar o preço disso se tudo isso são características de regimes autoritários? Agora, deputado, é só isso que a gente tá trabalhando e querendo evitar. Tá aí. Vou começar com o Janturco. Eh, Adriano, a grande pergunta, né, onde é que isso vai parar? Eh, e também essa atuação do Eduardo Bolsonaro lá fora, né? Ele juntamente com o jornalista Paulo Figueiredos estão ali em acesso direto com a Casa Branca e tem sido muito questionado se eles estão de acordo com essas tarifas que foram a primeira medida eh feita lá pelos Estados Unidos. Eh, você acha que faz sentido começar já com essas tarifas em vez de as sanções mais direcionadas, né, as autoridades brasileiras e o que que pode vir por aí, né? Acho que o pessoal tá até um pouco não levando muito a sério a gravidade do que pode acontecer com o Brasil. Boa noite. Olha, a meu ver, já falei semana passada e repito aqui, essa questão das tarifas tem várias camadas. Eu não acredito, não concordo, a meu ver, é bastante ingénu essa visão que a primeira camada, camada central seja essa sobre Bolsonaro. Na verdade, repito, Trump está colocando tarifas e em vários países do mundo, quase todos, na verdade, alguns mais, outros menos. Então, ele tem uma visão protecionista mesmo da economia, eh, e ele usa as tarifas, o que é uma inovação, como arma geopolítica. Então, o que está acontecendo? Banalmente, os Estados Unidos estão perdendo poder relativo, né? Eh, todo mundo já fala, faz anos da ascensão da China e vários países estão eh indo em direção à China, seja nas questões comerciais, faz tendo sempre mais laços comerciais em questões econômicas, financeiras, políticas ou até militares. O Brasil, inclusive, faz parte disso. Todo mundo sabe que cerca de 10 anos atrás os Estados Unidos era o primeiro parceiro econômico do Brasil. O segundo, porque o primeiro é a China. Então, isso que está acontecendo. Então, Trump, o que está fazendo? Está tentando utilizar eh a carta das tarifas para realinhar o xadrez geopolítico mundial, para forçar os países a se realhar mais com os Estados Unidos do que com a China. A me ver, ele está jogando um olin, um vale tudo, um é a última vez, vou apostar tudo para ver agora o que acontece para tentar ganhar. Por quê? Porque realmente se os seus não conseguirem isso agora, talvez depois será tarde demais. Então, em primeiro lugar é isso. Eh, em segundo lugar é a questão das bigtech, como Eduardo Bolsonar aqui no vídeo falou. Na verdade, além, nós temos que olhar além dos discursos e além das narrativas. Por quê? Porque o que o que você vê de fato quando você olha e conta eh os dólares, os milhões, os bilhões envolvidos, na verdade, o que pega mais é a questão das bigtech. A mesma carta de Trump fala explicitamente, por exemplo, contra o Pix do Brasil. Por que contra o Pix? Porque visto que no Brasil teve o Pix, e vale lembrar que o Brasil é um dos países mais digitalizados do mundo, que não existe Pix em outros países. Eh, o Pix, utilizando o Pix, você não usa cartão de crédito, se usa muito menos. Então, os cartões de créditos, que são todos americanos, Visa, American Express e Mastercard, estão perdendo bilhões no Brasil, sendo que o Brasil é um país muito grande. Evidentemente, ainda o WhatsApp também está desenvolvendo um método de pagamento próprio via WhatsApp. Eh, e o Pix inviabiliza isso também, porque o Pix passa via Banco Central Brasileiro. Então, é disso que se trata. Ainda eh os Estados Unidos já estão reclamando já faz tempo, tanto via embaixada, tanto via relatórios, do fechamento do mercado brasileiro, por exemplo, na questão da da saúde, eh porque não pode ter empresas estrangeiras no Brasil também na questão da mídia, também na questão da aviação e também eh questão de telecomunicações. Então se trata de empresas que querem vir aqui, que querem se instalar aqui. O Brasil é muito protecionista, muito mais que os Estados Unidos, e impede e ou dificulta essas empresas de chegar aí. Essas empresas estão pressionando o Trump para fazer tudo isso. Depois tem a questão das bigtech, redes sociais, pagamentos online, dados, etc. Então, quando você vê que é está se eh eh testando a hipótese de tirar o o sinal GPS, de tirar talvez todo internet mesmo do Brasil, etc e, tal. Por quê? Porque este é o jogo, é uma questão de dados. Os falaram explicitamente, o Brasil faz eh cria complicações para passar dados dos usuários para as empresas americanas. Então, na verdade, é isso. Eh, depois é destes dias, por exemplo, algumas duas notícias só para dar eh para contextualizar para o nosso público, né? Por exemplo, o Brasil via Bricks e via China está tentando criar uma rede de cabos submarinhos para a a telefonia, as telecomunicações e internet. O público deve saber que toda a nossa telecomunicação passa por fios submarinhos e, por exemplo, as empresas de de Elomas, que todo mundo não sabe, são via satélites, mas isso é muito residual. Então, o que está acontecendo? O Brasil quer uma linha de cabos submarinhos próprios, exatamente para não ceder a essas pressões americanas. E ainda a questão eh dos cartões de crédito, notícia desses dias que é a Union Pay, que hoje já é a o maior a empresa do maior cartão de crédito do mundo, que superou as americanas, uma empresa chinesa, está vindo no Brasil, vai começar a operar este ano até o final do ano. As indiscrireções falam. E se lembrem que o sistema de crédito social, através do qual o regime totalitário chinês eh controla todos os súditos deles, é feita exatamente via empresas deste tipo. Então que está e é uma empresa que tem, claro, evidente, eh, explícito, inclusive, tá, nas entrevistas do do do dirigentes, etc., viés eh esquerdista, progressista e alinhado à China. Então, seus querem que não eh que o Brasil não se alinhe com a China e tem outras questões também sempre nessa direção. Em cima de tudo isso chega a questão de Bolsonaro. Com certeza Trump está alinhado Bolsonaro, etc. Tal com certeza não está gostando da censura, do desrespeito do estado direito, da repressão, da perseguição política que está tendo. Mas isso eu não sei colocar em números, deve ser um 10, 20%. Vamos fazer um experimento mental, tá? Se o Brasil entregar essas questões econômicas de empresa, de abrir o mercado e de bigtech para os Estados Unidos, a meu verbo, eh, Trump e a administra a administração dele vai se contentar, porque essa é a questão principal. Achar que seja, principalmente por uma questão de princípios, não que não seja e não que seja zero, mas achar que seja principalmente por isso, a meu ver, perde eh um pouco de realismo eh da da situação atual. Eu vou ver se os outros comentaristas concordam, porque um dos argumentos de quem acha o contrário, o Jean Turco, é até o valor da tarifa, né? Você tem outros exemplos de países em que os Estados Unidos queria negociar, queria também algo em troca comercialmente. Nenhum deles recebeu uma tarifa de 50%. Depois até quando voltar para você, você pode abordar esse tema. Mas vamos seguir aqui a nossa cronologia que é o seguinte. Depois então dessa carta enviada pelo Trump ao Bolsonaro, veio a decisão, coincidentemente ou não, da Polícia Federal, né, aquela batida da Polícia Federal na casa de Bolsonaro lá em Brasília, por ordem de Alexandre de Moraes. Eh, ele passou a usar a tornozeleira eletrônica, né? Algumas restrições aqui foram determinadas na sexta-feira. Proibição de se ausentar da comarca e e usar a tornozeleira. Recolhimento domiciliar das 19 até às 6 da manhã. Tem que estar em casa. de segunda a sexta-feira e integral nos finais de semana. Proibição de se aproximar de embaixadas e consulados de países estrangeiros. Não pode conversar com embaixadores também, eh, e com os demais réus investigados, inclusive com o próprio filho, o Eduardo Bolsonaro. Não pode usar redes sociais direta ou indiretamente, nem com através de terceiros. E teve até uma novidade em relação a isso no dia de hoje que a gente já vai falar. E ele também sofreu uma busca e apreensão. Pegaram o celular, pegaram o tal do pen drive, que também hoje já saiu a notícia de que não haveria nada de relevante. O Bolsonaro chegou a sugerir que teria poderia ser algo plantado porque entrou uma pessoa no banheiro, saiu com o pen drive na mão, mas essa história também já morreu. Eh, e o interessante é que essas medidas todas foram tomadas dentro de um inquérito que é contra o Eduardo Bolsonaro pela atuação dele lá fora. E o o Jair Bolsonaro estaria ali como aquela figura de quem financia o filho para fazer as supostas ações ilegais lá fora. Eh, eu queria a opinião do Christian Lobauer. Como é que ele viu essa escalada aí, essa sequência de eventos da semana passada? sexta-feira começou com essa notícia, né, da da batida da operação da Polícia Federal e no final do dia ainda tivemos as sanções dos ministros em relação aos vistos paraa entrada nos Estados Unidos que falaremos adiante. Boa noite, Cristian Lobalur que fala com a gente lá de Santa Catarina. Isso mesmo. É isso, Renato. Boa noite a vocês todos. Um prazer estar com vocês eh aqui de Santa Catarina. Olha, eu vou te confessar que esses dias foram talvez os uns mais difíceis eh nos últimos anos que eu para você conseguir ler as coisas, acompanhar os fatos e que fazer uma interpretação serena do que vem acontecendo, né? Tô me referindo aqui às questões nacionais e as questões Brasil e Estados Unidos. estão todas relacionadas de alguma maneira, mas é muito difícil você conseguir eh encontrar causa e efeito e ter serenidade para ver o que que causou, o quê, qual é a reação de quem, por que veio nesse momento, não veio antes ou o contrário. Mas enfim, a minha impressão é primeiro eh algumas constatações. Nós estamos de fato num estado de exceção. Essas medidas do Alexandre de Moraes, elas são, nós já viemos assistindo várias anteriormente, mas essas daí elas são assim uma uma escrescência, tá certo? Não tem menor possibilidade de levar a sério sem que seja classificando essas essas medidas como absoluta absoluto estado de exceção. Você impedir um um filho de falar com o pai e vice-versa. Acho que eu nunca vi isso na minha vida. Nem no período estalinista existia isso. Nem Ma Setung fez isso. É uma coisa assim tão fora de proporção fica difícil de você eh eh explicar como é que isso acontece. Tem acontecido no Brasil. Hoje o deputado ou ontem deputado Nicolas fez uma uma intervenção, uma manifestação muito inteligente, descrevendo um pouco o que significa muito além de Bolsonaro, muito além de qualquer coisa, simpatias e antipatias que a gente teja. é um estado de exceção. Isso pode acontecer com qualquer um, em qualquer momento, com qualquer família. É um descontrole generalizado do poder no Brasil. Então essa primeira constatação que eu faço. E aí vem os aspas, os detalhes dessa relação bilateral. Eu sinceramente eu acho que o Eduardo Bolsonaro, o que ele tá fazendo é ir atrás dos interesses dele, da família dele em primeiro lugar. Ele tem direito de fazer isso, mas eu acho que ele mesmo superestima o poder que tem. Eu acho que o o reflexo no Brasil também superestima a ação tomada por ele ou a influência que ele tem. Eh, o resultado para ele e paraa família dele são muito ruins, né? O timing tá errado ou ou mas o fato é que ele não tem esse poder todo. Eu vou na linha do que o Jantruco tinha falado na semana passada. O os Estados Unidos estão se reposicionando no mundo, eles estão reconstruindo as suas relações. Gostos ou não gostemos do perfil do presidente americano, ele utiliza essa política de tarifas que tem muito pouco a ver com tarifa. É uma maneira dele pressionar todo mundo a se mostrar se é amigo ou inimigo, se se alinha ou se ou se não alinha aos seus interesses. E um abraço. Você imagina o que é a agenda do presidente americano diária? Você acha que ela o Brasil ocupa mais de 5% da agenda do presidente americano? Ou evidentemente que não? Então assim fica aqui achando que é o centro do universo. Eu acho que o o o a o que ele tá fazendo é tentando ver aonde esse país, que é o maior país da América Latina, um dos maiores países do mundo, para onde esse país tá se virando, para onde ele quer ir. E o interesse nos Estados Unidos é que ele não saia do circuito norte-americano, que ele não deixe de ser um país das Américas, um país do regime democrático ocidental, alinhado ao ocidente, que o que nós somos, né? E que que de alguma maneira os americanos na sua reordenação mundial percam o Brasil. Então acho que as medidas são nesse sentido. Ele tá jogando tudo, jogando pesado para ver se consegue conter o Brasil. Eh, e infelizmente eu digo isso não só da reação do atual governo, como também das das elites nacionais. Infelizmente o discurso da soberania pega melhor, o que nos ajuda a ver que respinga ruim no Bolsonaro e e no Eduardo Bolsonaro e o discurso da soberania fortalece o atual presidente. Nós estamos numa grande enrascada. a gente tá se distanciando da realidade brasileira, da nossa das nossas condições, das nossas potencialidades, entrando num universo obscuro, de futuro incerto. Então, o que eu concluo dessa semana da dessa desse trabalho internacional e da reação das instituições barra presidente da República que vai nas que tá como pinto no lixo, há poucas vezes eu vi o Lula numa situação se sentindo tão bem quanto essa. era tudo que ele precisava. Tá se sentindo um pinto no lixo, né? e e e a reação do judiciário na figura do do do Alexandre Moraes também tão dobrando a aposta, não estando indo pro pior caminho. Então são quatro dias, Renato, que eu poucas vezes fiquei tão eh eu nem sei como adjetivar, fiquei tão assim eh estupefato, talvez seja a palavra, porque a gente se perde completamente da análise que a gente procura fazer com seriedade aqui, com critério, né? Eh, fico com dificuldade de dizer a sua pergunta inicial foi para onde vamos? Eu só posso responder: vamos assistir os próximos capítulos com dor de barriga. Bom, você citou aí a questão de dobrar a aposta. Temos aqui breaking news. Podemos usar esse termo. Morais dá 24 horas para a defesa de Bolsonaro explicar descumprimento de cautelar sob pena de prisão imediata. Jair Bolsonaro falou com a imprensa nessa segunda-feira, saindo da Câmara dos Deputados. Vocês devem ter acompanhado, houve uma reunião lá do PL, do Partido do Bolsonaro, eh, na Câmara. Ele inicialmente falaria com a imprensa, daria uma entrevista coletiva. Primeiro ele daria uma entrevista pro jornal Metrópolis, né? Eh, tava confirmado isso. Ele desistiu por conta dessa ordem do Bolsonaro, do Morais, de que ele não pudesse dar entrevistas nas redes sociais, que fossem vincoladas depois nas redes sociais. Ele desmarcou essa entrevista. Ele ia falar nesse encontro do PL, na última hora também desistiu de falar, mas após essa entrevista coletiva, ele acabou falando ali brevemente, mostrou a tornzeleira eletrônica, deu alguns depoimentos e aí, segundo a reportagem, eh, o Morais está questionando se não houve um descumprimento, porque essas palavras dele com a imprensa foram parar nas redes sociais. Então, muita gente achando essa decisão um tanto quanto estranha, né? Porque eh se alguém pega e coloca nas redes sociais, então aí o Bolsonaro estaria descumprindo esta ordem e o Morais quer em 24 horas explicações sobre pena aí de ser preso imediatamente. Há quem diga que ele já está preso, né, de forma domiciliar, por conta das restrições que a gente já explicou. E agora, talvez, dependendo aí do que na resposta, não duvido de nada, a gente pode ter aí efetivamente essa prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, Leandro Rusel, pega aí essa notícia fresquinha, já dá o seu boa noite e comenta pra gente. Boa noite aos amigos que nos acompanham, aos amigos aqui da bancada. Agradeço pelo convite para participar. Inclusive, não sei se você viu a decisão, um dos prints que apareceu na decisão do ministro é da Brasil Paralelo, mostrando, replicando uma matéria da Metrópoles, né, que basicamente é o Bolsonaro no Congresso Nacional dando uma entrevista paraa imprensa e agora podendo ser preso para dar eh por dar, né, uma entrevista. Eh, eu acho que não há nenhuma pessoa no Brasil com mínimo de honestidade intelectual que não perceba que nós não vivemos mais uma democracia, né? Nós não vivemos mais no estado de direito. Eh, não há como interpretar de outra forma, né? Como é que você vai tomar uma decisão de prender uma pessoa porque essa pessoa deu uma entrevista? Eh, a censura ela é vedada pela Constituição Federal e pior, né, essa pessoa nem publicou, segundo a decisão, não pode publicar nas suas redes sociais, o que já é censura prévia. Ela simplesmente deu uma entrevista pra imprensa e isso seria motivo paraa sua prisão. O que nós estamos observando é um segundo nível de repressão que demonstra como esse regime já foi bastante longe, né? Eh, o pessoal da imprensa de uma maneira geral, que infelizmente em boa medida não passa de eh órgão, né, de propaganda do regime, tentam rebater essa ideia de que o Brasil não é uma democracia. Eu mesmo hoje nas redes questionei algumas pessoas, alguns jornalistas, mas veja o ponto que nós chegamos. Nós já estamos no segundo nível de repressão. Porque como é que é o primeiro nível de repressão? O primeiro nível de repressão é o seguinte: eh, você vai lá, censura, né, abre investigações, eh, prende, então, uma série de medidas para reprimir a oposição, reprimir um discurso político, que é o que nós estamos vendo já há algum tempo. Aí, obviamente que isso vai gerar uma reação. E uma das reações usuais de quem percebe que não tem mais como fazer oposição dentro do seu próprio país, que não tem mais para quem recorrer de certas decisões. E lembrando, né, que nós estamos falando aqui do Supremo, que é a última instância do judiciário brasileiro, eh o que usualmente acontece é que essas pessoas vão ao exterior para denunciar o que está acontecendo, que é exatamente o que o Eduardo Bolsonaro fez. E aí o que acontece aí? Essa denúncia que é feita no exterior é criminalizada, é tratada como crime. E as pessoas que se envolveram nessa denúncia são tratadas como traidores da pátria, coisa do gênero. Pegue a morticiário sobre o regime venezuelano e é exatamente o que aconteceu nos últimos anos. Inclusive, recentemente, o regime venezuelano passou uma nova lei que prevê 25 anos de prisão para traidores da pátria, né? O que que seria traidores da pátria? Seriam pessoas que falam mal da Venezuela no exterior ou questionam ou denunciam o regime no exterior. E isso está acontecendo no Brasil hoje, né? Porque essa medida aí contra o Bolsonaro é por conta dessa denúncia, não é o eh processo original lá da tentativa de golpe. Isso tá tomado, né? nessa decisão da tomada, no âmbito do inquérito que investiga os crimes que teriam sido cometidos pelo Eduardo Bolsonaro e pelo seu pai, enfim, por pessoas próximas. E que crime é esse, né? Seria o crime de denunciar a perseguição que estava sendo cometida. Então, é um segundo grau de repressão. Eh, e é o questionamento, né? Mas por que que esse processo tá correndo no Supremo? Por que que esse processo também está na mão do ministro eh Morais, né? Eh, então que tem interesse direto no processo como nos outros, já que agora há questão de medidas tomadas pelo governo americano, sanções contra os ministros e o próprio ministro Morais, né? Eh, por onde a gente olha para essa questão, a primeira conclusão que nós podemos chegar, e isso fica reforçado, vejam a gravidade do fato. Você pode não gostar do Trump, né? Você pode achar o que você quiser do Trump, mas o fato inexorável é o governo americano, a democracia mais longeva, o farol da liberdade do mundo, está adotando sanções contra o Brasil, seja através de tarifas, seja através de cancelamento de visto e a sinalização de outras medidas possíveis, porque não considera mais o Brasil uma democracia. não considera mais o Brasil eh um país amigo dos Estados Unidos, né? E aparentemente com uma certa razão, porque o próprio a própria decisão do ministro Moraes fala em inimigos estrangeiros. Então, é algo que não tem paralelo na história. Pela primeira vez na história do Brasil, nós temos a maior potência global definindo que o país não é mais uma democracia. E qual é o problema da dinâmica que se apresenta agora? como já foi colocado aqui eh em algumas oportunidades, o problema é o seguinte: o PT parece gostar dessa história porque identifica uma oportunidade de fazer avançar o seu plano autoritário. O PT não esconde ninguém que enxerga com inveja, né, o regime cubano, o regime venezuelano e gostaria de ter um modelo político parecido. às vezes faz menção ao regime chinês, né? Se bem que o próprio N do Supremo esses dias falou bem do regime chinês na tribuna do Supremo, mas eh o PT identifica que essa é uma oportunidade. É por isso que ele tá tão feliz, né? Tá aqui nem pinta um lixo, como foi colocado, porque ele identifica que é uma oportunidade de fazer avançar um processo que isole o Brasil e que facilite a concentração de poder e facilite aí o aumento da repressão no Brasil. Eh, então é muito difícil imaginar no curto prazo uma saída pro conflito em que os dois lados parecem estar dispostos em exponencializar esse conflito. O Trump já deixou claro que não vai retroceder e há vários sinais que ele já, inclusive, a gente já falou aqui de motivos geopolíticos e tudo mais, inclusive leva eh já esse problema como uma questão pessoal também, né? Há esse peso também, né, da percepção de Trump de que o Bolsonaro está vivendo o que o próprio Trump viveu nos Estados Unidos, não mesmo grau, mas de uma forma parecida, né, numa perseguição política por via judicial. E por outro lado, a gente tem eh o regime brasileiro na figura eh do Lula, eh dizendo, sugerindo, agindo como se tivesse gostando desse processo e não vê muito problema porque identifica ganhos políticos, ganhos até eleitorais por conta dessas medidas. Então eu acho, né, olhando assim até o comportamento do mercado e tudo mais, que as pessoas ainda não perceberam, para finalizar, né, a gravidade da situação, porque o Brasil tem uma dependência profunda dos Estados Unidos. Eh, só para ficar num dado, depois a gente pode até aprofundar. A âncora do real são os títulos do tesouro americano, 350 bilhões de dólares mais ou menos estão lá no Banco Central, começando por aí, né? Se nós temos alguma medida nesse sentido que já aconteceu no passado, por exemplo, em relação à Rússia, se bem que eu acho que no atual estágio seria improvável algo tão grave, o real já perde completamente seu valor. Já há uma ecatombe jamais vista, né, na história da economia nacional. Esse é o nível de risco que o Brasil está correndo com essa aventura autoritária que iniciou lá em 2019. Pois é. Eh, o Ruchel citou aí, né, a questão até da decisão anterior do Moraes, quando ele impôs essas restrições ao Jair Bolsonaro, falando até de um inimigo estrangeiro. A gente separou alguns trechos daquela decisão, agora tem essa nova que é pedindo as explicações. Mas na decisão anterior ele fala o seguinte: “Olha, e a ousadia criminosa parece não ter limites com as diversas postagens em redes sociais e declarações na imprensa atentatórias à soberania nacional e à independência do poder judiciário.” Eh, inclusive o Ré Jair Bolsonaro publicou postagem na Rede X divulgando o vídeo de entrevista do presidente dos Estados Unidos da América. Então ele coloca uma entrevista do Trump como uma dessas eh postagens atentatórias à soberania nacional. Eh, temos o print também, o print do print, né, que tá ali dentro da decisão do Moraes, que é a próxima imagem, que tem ali o Trump dando essa entrevista. E por esse por essa postagem aí foi um dos elementos utilizados pelo Moraes para definir aquelas sanções, aquelas restrições ao Jair Bolsonaro. Um outro trecho da decisão, então, do ministro Moraes anterior é a seguinte: é um princípio inflexível da Constituição eh a independência do poder judiciário em defesa da Constituição Brasileira. A história desse STF demonstra que jamais faltou coragem aos seus membros para repudiar as agressões contra os inimigos da soberania nacional, democracia e estado de direito, sejam inimigos nacionais, sejam inimigos estrangeiros. Então aqui dá muito bem para ter a interpretação dessa frase de que ele está declarando os Estados Unidos ou pelo menos o presidente Trump como um inimigo estrangeiro e que o STF tá fazendo então essa defesa. Eh, para terminar, eu quero passar, então, eu tinha eu tinha já comentado que o Bolsonaro daria uma entrevista ao Metrópolis hoje e acabou cancelando por orientação dos seus advogados, justamente para evitar eh uma interpretação que acabou acontecendo por conta de uma fala dele no final do dia. Mas vamos ver o depoimento da jornalista que faria essa entrevista com o Bolsonaro mais cedo do Metrópolis, contando então que ele pediu o cancelamento. Queria fazer um comentário sobre essa questão do Bolsonaro, eh, para não haver dúvidas de quem tá assistindo. Ah, mas ele tem falado aqui, tem falado ali. Eh, o Bolsonaro tem dado entrevistas em coletiva ou para veículos que não usam, né, o YouTube para sua transmissão, que é o nosso caso. Eu conversei com dois ministros do Supremo e com a alta cúpula da Polícia Federal com relação a esse temor do ex-presidente Jair Bolsonaro de ser preso se desse uma entrevista diretamente, né, veiculada no YouTube. E há sim uma dúvida por parte dos ministros com quem eu conversei, é, de que a decisão do Alexandre de Moraes não deixa muito claro, é, embora não restringja a possibilidade dele dar entrevista, da utilização de uma rede social diretamente para se veicular essa entrevista. Então, um dos ministros me disse o seguinte, que a decisão do Alexandre Moraes é para silenciar o ex-presidente Ja. Bolsonaro. Então, nesse caso, a cautela do Bolsonaro, da sua equipe de advogados, eh, estaria ali correta. Vamos ver então o detalhe dessa desse esclarecimento que o Moraes fez hoje ao longo do dia para dizer: “Olha, ele não pode dar entrevista que vá pra rede social”. a gente tem essa decisão desse esse despacho de hoje mais cedo. E aí a parte já destacada ali, olha, a medida cautelar de proibição de utilização de redes sociais diretamente ou por intermédio de terceiros imposta a Jair Bolsonaro inclui obviamente as transmissões, retransmissões ou veiculações de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas de das redes sociais de terceiros, não podendo investigado se valer desses meios para burlar a medida, sob pena de imediata revogação e decretação da prisão nos termos do artigo 312, parágrafo primeirº pá pá pá. Então é o seguinte, gente, eh não é que ele não pode dar entrevista, não é essa a decisão aqui. Ele não pode dar entrevista se alguém pegar essa entrevista e jogar numa rede social. Então vamos supor que a entrevista fosse pro Fantástico ou pro Jornal Nacional ou para alguma outra TV tradicional, né, de TV aberta mesmo, que que não seja uma rede social. Se ele desse essa entrevista, a entrevista ficasse somente no vídeo da TV e ninguém recortasse e jogasse no Twitter ou no Facebook ou no Instagram, aí tudo bem, não teria problema. Mas se alguém pegar essa entrevista e jogar numa rede social, que foi o que aconteceu hoje no final do dia com não foi nenhuma entrevista, né? foi uma declaração que ele fez ali, tava todo mundo filmando, pegaram essa declaração dele e jogaram na rede social. Pronto. Tanto é que na decisão pedindo essas explicações, como o próprio eh Leandro Ro trouxe aqui pra gente, existem ali os prints de veículos de comunicação, tem, eu já vi que tem do Estadão, todo mundo foi lá e botou o vídeo dele falando. Então essa é a prova de que ele teria descumprido essa determinação que tá aí na tela. Eh, por isso ele vai ter que se explicar. Eu tô achando que aquela frase, né, Lula preso amanhã, eu tô achando que amanhã podemos ter Bolsonaro preso após essas 24 horas. Janturco, te fiz aquela provocação eh sobre os 50%, se isso não é um sinal de que o problema do Trump é sim o Bolsonaro, não é apenas uma questão comercial. E agora também com essa notícia nova eh do Morais também indo para cima, vamos dizer assim. E certamente essa notícia vai chegar lá nos Estados Unidos. A gente colocou como pergunta aqui, né, na nossa tamb do programa, quem dará o próximo passo. Desde que começou o programa já vários passos foram dados. Sim, sim. Não, tranquilo. É, é bom discordar eventualmente nenhuma provocação. Bom, para responder, então assim, eu acredito nisso pel o seguinte motivo, repito, porque e Trump está tax tá colofa sobre todos os países, só que a diferença é que todos os países estão conseguindo negociar. O único país do planeta que não quer e não consegue negociar atualmente é o Brasil. Por exemplo, sobre o 50%, olha, a comparação perfeita neste caso é com a União Europeia. União Europeia também recebeu tarifas de 50%. Só que não vieram com este discurso ideológico estúpido. Estados Unidos, anti-americanismo, etc. Tal. Sentaram na mesa, negociaram, repito, baixaram até 30%, não zerou, não é a solução total, mas conseguiram baixar. E lá não há Bolsonaro, não há essa questão, etc. Lá a questão é explicitamente e exclusivamente, não exclusivamente, há outras questões menores, a questão da das bigtech. Então assim, eh, essa é a questão principal, né, que é a questão de quem sustenta o governo Trump, que são as BigTech, né? Lembramos que o grupo Meta, por exemplo, do Zuckenberg, dono tanto de WhatsApp como de Facebook, está sofrendo hoje um processo nos Estados Unidos para ser desmembrado. E isso depende também de uma certa influência política, né? Não que não conte nada a questão de Trump, mas é a última entre as várias questões a Milver, porque senão seria só no Brasil essas essas tarifas. Ao contrário, não é só no Brasil as tarifas, é só no Brasil algo a mais. Todos os países estão conseguindo negociar. China está negociando, inclusive o jurado, o inimigo jurado Estados Unidos estão conseguindo negociar sem eh declarações barulhentas, calados, negociando nos bastidores de forma técnica. A Índia está negociando, Malásia está negociando, Indonésia está negociando, inclusive muitos membros dos bricks estão negociando. Então assim, todo mundo está negociando aqui. Você escolheu utilizar este discurso ideológico. Por quê? porque infelizmente tem um substrato eh sociológico, político de muita gente que recebeu lavagem cerebral de anti-americanismo. E aí este discurso cola e aí eh Lula está ganhando com isso. Eh, estão vendo que as pesquisas de opinião mostram que ele está eh melhorando nas nas pesquisas de de popularidade, etc. Sobre essa questão aqui eh da essa última decisão de Morais é o enésimo absurdo, né? a enésima coisa que não tem o menor cabimento, nem jurídico, nem lógico, nem moral, né? Porque só contar como você fez a decisão já mostra o absurdo. Então assim, se ele ele pode dar entrevistas, mas e as entrevistas podem ir para os canais normais, mediáticos, mas não podem ser depois divulgadas à mesma entrevista nas redes sociais. Zero lógica do ponto de vista eh da coerência. A lógica é política, ou seja, eu quero duas coisas. eh minimizar a o impacto, a divulgação e quero eh prejudicar especificamente as redes sociais. É isso. Então, eu tô tentando minimizar a divulgação de Bolsonaro e quero prejudicar as redes sociais porque, de novo, são americanas, porque acabam favorecendo a direita, porque a direita consegue ter um mínimo de liberdade nas redes sociais, que em outros lugares não tem essa censura eh contra Bolsonaro de não poder usar as redes sociais. Eh, vamos relembrar pela Enes vez, porque eu converso com pessoas de opiniões diferentes, lei etc e tal. Eh, de novo, uma coisa seria você deixar a pessoa escrever livremente, eh, enquanto ainda está solta, ainda não há um julgado, uma decisão julgada, tem uma investigação em um processo. A pessoa então está livre e inocente até prova contrária, até o final do processo. A pessoa é livre de falar com amigos dele, assim como é livre de falar com amigos, parentes, com quem quiser, livre também de postar. E se eventualmente ele cometer um crime na postagem específica de calúnia, difamação, ele pode ser eh eh responsabilizado por aquele post específico. E essa é a liberdade normal. Então, censurar previamente, porque eu acho da minha cabeça que ele vai cometer crime, que na verdade não é, é porque ele vai usar aquilo politicamente. Isso é censura prévia. Mas agora nós estamos inovando porque não só temos censura prévia, temos também eh censura retroativa, ou seja, você não pode nem pegar um discurso passado já feito de Bolsonaro e repostar. Surreal, se comenta por si só. E ainda essa censura seletiva, como André Marcilha nesses dias hoje, acho eh falou, ou seja, nas na na nos canais mediáticos normais, tradicionais pode, nas redes sociais não pode. Então assim, obviamente sem cabimento nenhum. É claro que isso é percebido como zero estado de direito fora, é percebido como tirania pura, arbitralidade pura e ditadura pura em qualquer país do mundo democrático, porque não existe simplesmente outros países. É claro que isso eh coloca lenha na fogueira e piora a situação e mostra eh para os Estados Unidos, outros países, o nível da democracia, do estado direto atual aqui no Brasil. Mas não é exatamente a questão principal. Agora, eh, então assim, o que eu vejo que hoje é sempre mais evidente, se já não fosse bastante evidente, que na verdade estão agindo de forma política e não jurídica. É para calar Bolsonaro. Que bom que falaram, porque assim, nós sempre soubemos, né? Agora é explícito isso. É sem sem nem esconder, sem nenhuma vergonha. O normal seria ele ser processado, se cometeu algum crime, responsabilizado pelo crime que cometeu e não censura prévia, etc. Isso é agir de forma política. Hoje, a meu ver, o executivo está fraco e não consegue enfrentar sozinho os Estados Unidos. Ele precisa do STF, que é onde está o poder de verdade, e o STF que está eh jogando contra os Estados Unidos. O que eu vejo um all in dos dois lados, tanto do lado de Trump quanto do lado do Brasil, de Lula, STF. A me ver, as probabilidades de ganhar estão mais do lado de trava, porque a economia é uma economia muito maior, muito mais forte, muito mais rica e para eles é um problema muito menor. Eles podem esperar quanto quiser. O Brasil tem pressa, dia um tá chegando. Para eles, se dia um chegar e passar, o problema que vai ter é vai ter, não vai ter café brasileiro, vai comprar café colombiano, não vai ter suco de laranja brasileiro, vai comprar outro suco de laranja. Então assim, problemas menores aqui, o impacto será de bilhões de dólares. E como disse o Ruxo, acho que o mercado mesmo ainda não percebeu, né, o tamanho eh do problema que a gente pode ter pela frente. dia primeiro de agosto, como o Janturco citou, é a data limite aí para ter alguma negociação, senão a partir de primeiro de agosto passam a valer as tarifas de 50%, e tem gente dizendo até que pode ser mais, dependendo do que acontecer, inclusive agora com essas decisões que a gente acabou de mostrar e eh com essa proibição da entrevista, né, de reproduzir as entrevistas em redes sociais, muita gente lembrou do histórico do Lula enquanto esteve preso. Muitas entrevistas foram dadas. Eh, a gente tem aqui o próprio Instituto Lula fez uma reportagem colocando o seguinte: “Olha, relembre todas as entrevistas de Lula na prisão.” A próxima imagem tem um um compilado aí das entrevistas que ele deu. Eh, foi um total de 21 entrevistas, se não me engano, tem a próxima imagem que eles vão relatando ali o veículo e qual foi a entrevista. a gente não precisa ler elas aqui, mas só para ter uma ideia do do tanto de entrevista que o Lula deu enquanto esteve preso. Eh, ah, tem esse detalhe aqui, né? Ah, não, ele não tá impedido de dar entrevista, ele só não pode usar as redes sociais, nem dele, nem de ninguém para postar essas entrevistas. algo que hoje em dia, né, 2025 é um pouco impossível de se controlar, porque alguém vai pegar esse material e vai postar na rede, eh, sem que você tenha controle disso. Vamos ver o que disse hoje à tarde, então, nesse encontro do PL lá no Congresso, Congresso que oficialmente está em recesso, mas os deputados de oposição, principalmente do partido Jair Bolsonaro, do Partido Liberal, estiveram hoje lá e deram uma coletiva de imprensa em que Bolsonaro falaria, repetindo, né? achou melhor não falar, falou depois, brevemente, por conta disso, agora vai ter que se explicar. Mas vamos ver o que disse o líder do Partido Liberal, o Sóstenes Cavalcante, eh, sobre o que seriam aí os próximos passos da oposição na Câmara. Nós temos como pauta legislativa o nosso item número um e não abriremos mão na Câmara e nem no Senado de pautarmos a anistia dos presos políticos do 8 de janeiro. Este é o item um. Item dois, justiça. Vamos pedir que seja pautado a PEC 333, que muda o foro privilegiado para que esta perseguição do Supremo Tribunal Federal pare de uma vez por todas. Temos mais de 60 parlamentares respondendo processos no Supremo Tribunal Federal, além dos esdrúchulos, conhecidos inquéritos do fim do mundo, que nunca terminam, que estão todos eles centralizados na mão de um único ministro do STF e o nome dele é Alexandre de Moraes. Isso tem que acabar. Isso não é democrático, isso não é constitucional, isso fere o devido processo legal no país. Tá aí a palavra do Sóstenes e quem falou também foi a senadora da Maris Alves. Lembrando isso tudo ainda antes dessa última decisão do Moraes pedindo explicações sobre essa conversa do Bolsonaro com a imprensa. Veja o que disse a senadora. Decidimos que a pauta do Senado será o impitma do senhor ministro do Supremo Tribunal, Alexandre de Moraes. Será, será a pauta que a oposição vai trabalhar no nos próximos dias? Foi por culpa dele que nós estamos sendo tarifados. Todas as decisões dele já estão comprovadas que violaram direitos humanos. Para terminar, uma última palavra do Sósteres falando sobre novas manifestações, agora quem sabe com um novo ingrediente, né? Veja o que disse o deputado. Já está comunicado e convidamos a todo o Brasil para uma grande manifestação em todas as capitais do Brasil no domingo, dia 3 de agosto, um dia antes do início dos trabalhos legislativos. L Bauer, queria a tua visão agora. A gente pode colocar também uma foto, uma imagem dessa, eh, desse comunicado, vamos dizer assim, que o Bolsonaro fez para a imprensa. Não vamos passar o vídeo aqui para não ter problema, não termos problemas, né? Já que isso aí tá causando esse pedido, mas temos a imagem, você pode encontrar isso facilmente do Bolsonaro, ele mostrando a tornozeleira, eh, dizendo que era uma decisão injusta e tudo mais. E agora, por conta disso, ele tendo que se explicar. Cristian Lobuer, primeiro, em relação ao vídeo do ex-presidente, é, eu lógico, eu consegui assistir, não sei quantos conseguirão assistir ou não conseguirão, mas além da foto, eu vi o pronunciamento e é é muito constrangedor, né? eh uma coisa muito eh entristece a gente, porque você pode não gostar dele, pode não gostar do governo dele, mas é uma situação assim eh realmente lamentável. Assim, lamentável. E a decisão do dos do Alexandre Moraes é uma decisão que é assegu muito mais simples do que parece. Vocês ficaram agora discutindo aí, pode, mas não pode. Se for vídeo, não for vídeo. Se for YouTube. A questão é a seguinte, é para calar a boca, não é a ministra Carmen Lúcia que dizia, eh, cala a boca já acabou. Não acabou não. O seu colega aí tá fazendo a mesma coisa que você e dizia que tinha acabado. Então, é para calar a boca, sim. Se não cala a boca vai ser preso. Não é esse o recado? Que estado de de coisas é esse que a gente vive? Agora, o que nos eh nos remete a questão do do legislativo? E aí você vê, acho o pronunciamento do do deputado Sustenes, da senadora Damares, de toda do próprio Nicolas e outros deputados, eh, bem adequado. Acho que combina com o momento. Acho que é exatamente isso que o Congresso tem que fazer. Só que não são eles que vão decidir, né? que vai decidir é um outro grupo de deputados que não apareceu nenhum aí na foto, que é a grande maioria, que são uns 350 deputados que vão est ali vendo o que que eles ganham com cada movimento desses que acontece nessa aliança perversa entre judiciário e executivo. É ali que vai vir a decisão. Eu acho que isso tá acontecendo ali é ótimo. A sociedade tá esperando isso há um bom tempo. parar tudo para iniciar um processo que o Senado dirija a um impeachment de um juiz supremo, pelo menos uma inquisição, uma uma um uma uma sabatina que seja, mas eu vejo com dificuldade porque esse grupo aí não domina o Senado e muito menos a Câmara. Então, eh a gente fica, vamos ter que voltar às manifestações de rua. O nosso querido Luís Felipe sempre manifesta que o único caminho é as ruas ou de volta às ruas, como tem sido aí o movimento que parece que tá se desenhando. Mas eu ainda sinto assim uma certa dificuldade da população eh se engajar nesse de volta às ruas, porque o que a gente vê é isso que a gente tá vendo, é uma uma canetada em cima da outra num processo de estado de exceção configurado. Dentro do Congresso Nacional, a gente tem um um jogo perverso de liberação de emendas que vai definir se esse pessoal vai pender para esse discurso do Sóstonis ou vai ficar ali esperando chegar o momento aí para conseguir um pouquinho mais de recurso, considerando que as eleições estão chegando, aspas estão, está começando o processo eleitoral aí, daqui a um ano vai estar todo mundo em campanha e esses recursos todos tem uma relação direta Tô me referindo aos às emendas, uma relação direta com a construção das alianças políticas e das dos mapas eleitorais. Então, as coisas vão se encontrando. Acho muito difícil que essa agenda que o deputado Ster que eu cumprimento e e gostaria que acontecesse realmente aconteça. Acho que a gente vai continuar assistindo esse esse essa quantidade de arbitrariedades sistemáticas até o ano que vem. Por isso que eu digo, disse no começo, eh, tá muito difícil de você fazer um diagnóstico que não seja esperar um pouco o próximo capítulo com dor de barriga. É, e chama atenção também que o ministro Moraes ele não bloqueou as redes sociais do Jair Bolsonaro, ele proibiu ele de usá-las, mas diferente de outras decisões no passado em que ele bloqueava o perfil, eh, já teve de jornalistas e outros políticos, desta vez não tomou essa decisão. Talvez porque tivesse que enviar essa ordem paraas redes sociais, paraas plataformas que são americanas, eh, e talvez elas não cumprissem, né, não sabemos. optou por proibir de usar e que alguém reproduzisse ali as suas falas nas redes sociais. Como a gente disse, na prática seria uma ordem de silenciamento, né, totalmente, porque qualquer coisa que ele falar hoje, alguém pega isso e coloca na rede social, ele não tem como controlar terceiros de fazerem isso. A gente viu algo parecido até num dia de um depoimento do Felipe Martims, se não me engano, que ele não poderia aparecer em redes de terceiros também. Aí o pessoal até brincou, ah, se alguém tirar uma foto dele e postar, como é que faz, né? Eh, eu queria saber do Leandro Rus o seguinte, em cima dessa fala até do Lobuer, de achar que é difícil, né, que a Câmara, como todo centrão, né, que é quem no final das contas acaba decidindo para onde vão as coisas, que faça uma aderência, né, que a eh concorde com essas pautas colocadas ali pelo Sósteres, quem você acha que deveria que tem um peso, né, para que o Cintão tome essa atitude? Muitos falam que existe aí uma elite financeira que é quem realmente controla no fim das contas esse centrão, que deveria vir daí essa apreensão e e essa opinião de de enfrentar, né, essa situação. Eh, tem que vir dos próprios políticos. Qual que é a chave que pode fazer esse jogo mudar? Como a gente viu, por exemplo, na época do impeachment da Dilma, né? A Dilma, em tese, tinha a base do governo, governo do PT, ela tinha sido recém reeleita, mas acabou eh eh sofrendo um impeachment aí com com uma larga vantagem. Da onde você acha que vem essa força para poder adotar essas pautas que o deputado Só citou? Eh, o projeto de esquerda, ele é um projeto sempre complicado, especialmente de uma esquerda revolucionária, porque a esquerda, ao mesmo tempo que precisa destruir a economia para consolidar o poder, como aconteceu em vários países da América Latina, em outros países pelo mundo, ela precisa, ao mesmo tempo ter os meios de repressão para impedir que uma reação a essa destruição econômica retire essa esquerda do poder, que foi exatamente o que aconteceu durante a a o governo Dilma, né? Eh, não foi só Dilma, né? Temos que ser justos com ela. O Lula avançou nessa direção, a Dilma acelerou mais, o Brasil colapsou economicamente e esse centrão que você falou, que não é chavista, digamos assim, né? que é sócio do PT no governo, eu diria até sócio majoritário, mas que eh não tem esse nível de autoritarismo, né? tem um nível de ator, eles não gostam de de serem xingados nas ruas, não gostaram do que aconteceu durante a Lava-Jato, mas não me parece que tem essa postura eh chavista, especialmente no aspecto econômico. Eh, durante o governo Dilma, né, o PT não tinha os instrumentos de repressão para impedir o contram movimento, eh, impedir os protestos, impedir eh o movimento político que gerou a queda de Dilma, eh o avanço da Lava-Jato, a prisão de Lula e o Bolsonaro, né, ser aí alçado à presidência pelo voto popular. qual é o problema que nós temos hoje no Brasil e obviamente que tudo vai fazer algum efeito, né? tem a pressão popular, tem a questão midiática, a mídia já tá completamente dominada pelo regime. Eh, nós temos já um aparato de censura e perseguição que está atuando há vários anos no formato desses inquéritos, mas o centrão que é sim mantido por uma elite econômica, é união entre a velha oligarquia política com uma elite econômica, é quem vai decidir isso. E é por isso que é tão interessante esse movimento do Trump, dos americanos. O Trump o que ele faz é colocar um custo mais alto para essa elite de seguir nesse caminho anti-americano desse caminho que o Lula está traçando, né, de dar canelada nos Estados Unidos, defender o fim da hegemonia do dólar. O próprio Trump já disse que isso seria equivalente a perder uma guerra mundial. Eh, inclusive me parece que um dos estímulos do Trump é utilizar o Brasil, que parece o país mais frágil geopoliticamente, para dar um exemplo pros bricks do que acontece para quem eh defende, né, a derrubada do dólar. E o Lula foi o mais vocal em relação a isso, né? Até o chancelero russo numa entrevista disse que essa ideera do do Lula, né? Eh, então, ao colocar um custo econômico maior para essa elite, o Trump coloca a decisão nas mãos dessa elite. OK? Vocês querem seguir esse caminho da repressão política, esse caminho da censura, esse caminho eh venezuelano, esse caminho chavista que o PT está adorando, né, que vê uma possibilidade real de acontecer, o custo vai ser não ter mais relações com os Estados Unidos. A alternativa é retomar a normalidade, a mínima normalidade democrática no Brasil, porque o Trump, os americanos acreditam que com a volta à normalidade política há uma chance gigantesca do Bolsonaro ser eleito ou de alguém mais alinhado aos Estados Unidos ser eleito, acaba esse regime de censura e perseguição política. E a gente teria aí um alinhamento com os Estados Unidos, que é o que tá acontecendo, por exemplo, com o Milei, né? M lei, maior da dos Estados Unidos tá negociando um acordo que representa 80% de tarifa zero eh zero de tarifa por 80% dos produtos argentinos, uma tarifa de 10% pro restante, que seria um acordo excelente, né, frerente a outros acordos que a gente tem visto com outros países. Por quê? Porque há esse alinhamento com os Estados Unidos. Então, respondendo à pergunta, essa decisão está nas mãos dessa oligarquia política e dessa elite econômica, que muita gente chama de centrão, né, que eh está intimamente ligado para eh escolher ou seguir o caminho venezuelano de mãos dadas com o Lula e tem uma certa algumas vantagens para essa elite, né? que essa elite econômica acaba sendo blindada de concorrência internacional e tudo mais, mas aí o custo disso é abrir mão do mercado americano, eh, da conexão com os Estados Unidos. Não podemos esquecer que as empresas americanas têm dívida de 700 bilhões de dólares em dólares, né? 700 bilhões de dólares, eh 700 bilhões de dólares aqui nos Estados Unidos. Eh, e só no primeiro semestre desse ano levantou 11 bilhões de dólares. Tem ações listados da BCH Nova York. Eh, muitas empresas têm acesso ao mercado americano, dominam até o mercado americano, como a JBS, né, uma campeã nacional. Então, é essa a escolha que está na nas mãos desse pessoal, seguir o caminho que o Brasil tem adotado nos últimos anos. Não podemos achar que o Lula foi solto, saiu da cadeia, foi descondenado, chegou à presidência sem a bênção dessa elite, dessa oligarquia política. Então, querem seguir no caminho com o Lula, o custo é esse. Não querem seguir mais no caminho do Lula é que já havia sinais de que não queriam seguir nesse caminho, né? a gente tem eh essa briga, por exemplo, em torno do IOF como um sinal de um certo uma certa separação entre esquerda e centrão. Pois então é preciso acabar com essa perseguição política e deixar a eleição ser livre de fato e a direita poder eh concorrer, né, e não uma direita permitida. Esse é o jogo que nós estamos vendo no momento. Se of acontece tanta coisa que já ficou para trás também essa decisão, né? Moraes acabou ali atendendo ao pedido do governo e tem mais essa também, né? Eh, vamos colocar aqui um print dessa última decisão, então, do Moraes pedindo as explicações diante dessa desse vídeo que foi postado em redes sociais. Ele disse o seguinte: “Olha só, eh, intimem-se os advogados regularmente constituídos por Jair Bolsonaro para, no prazo de 24 horas, prestarem esclarecimento sobre o descumprimento das medidas cautelares impostas sob pena de decretação imediata de prisão do réu”, nos termos do artigo 312, parágrafo primeiro do Código de Processo Penal. Eh, ciência a PGR, ministro Alexandre de Moraes. Então, já pede ali o esclarecimento sobre o sobre o descumprimento. Já tá dizendo que foi descumprido e tá pedindo os esclarecimentos. Podemos ter então Bolsonaro preso amanhã. Eh, e talvez tendo relação com isso ou não, a Heritage Foundation, que é uma entidade internacional que acompanha, faz índice sobre democracia, sobre justiça, economia, publicou um mapa falando sobre eh a efetividade da justiça dos países. E aí tá o mapa com essas cores, né? Quanto mais verde, digamos assim, melhora a justiça do país. Você tem ali como destaque o Canadá, Austrália, alguns países da Europa, os Estados Unidos também com o verde um pouquinho mais claro, onde é vermelho eh a independência, a qualidade dos processos e a imparcialidade da justiça é mal avaliada. O Brasil tá com uma cor laranja e isso aí é relativo a 2024. Então, esse mapa foi foi publicado hoje, se eu não me engano, a gente teve acesso a ele e o Brasil não aparece bem. Vamos ver como é que eles vão avaliar depois a atuação da justiça brasileira em 2025, né, quando saiu o mapa de 2026. Falando em decisões da justiça e mais uma vez do ministro Alexandre de Moraes, ele revogou a prisão domiciliar de duas idosas que participaram das manifestações do dia 8 de janeiro. Eh, a Vildet Ferreira da Silva, de 74 anos, foi reconduzida à penitenciária feminina de Santana, em São Paulo, já está presa novamente, 74 anos, para Vildet. E a Iracina Gosh, de 72 anos, também teve a sua prisão decretada novamente, mas até o momento ainda não tinha sido reconduzida para a penitenciária. Segundo a decisão do ministro, eh as duas teriam descumprido regras relacionadas ao uso de tornozeleira eletrônica. Eh, e aí a defesa fala que houve falha de sinal, eh, que foi uma questão, um problema aí tecnológico e e não saídas não autorizadas, enfim. Então, as duas idoses aí reconduzidas para a prisão, novamente, mais de 70 anos para as duas idosas. Bom, para passar agora pro Janturco, eu quero entrar no assunto que foi a sanção de sete de oito ministros, além do ministro Morais, mais sete ministros do Supremo Tribunal Federal receberam sanções relativas ao vistos, aos vistos paraa entrada nos Estados Unidos. Tiveram os vistos revogados. Eh, segundo apurações, apenas o Luiz Fuxs, o André Mendonça e o Nunes Marques permanecem com os vistos valendo eh para visitar os Estados Unidos. Temos aí o destaque do nosso portal da Brasil Paralelo. O governo do Trump revoga a vista de Alexandre e impõe sanção aliados e familiares. Eh, Jean Turco, eu acho que como destacou acho que o o Rusel, né, mais do que o efeito de não poder entrar nos Estados Unidos, imagino que com tudo que tá acontecendo, eles não iam fazer uma viagem, existe uma mensagem, né, nesse tipo de decisão. Existe algo a mais do que simplesmente a revogação do visto. Você tá tratando ministros da Suprema Corte de um país como alguém que não pode entrar nos Estados Unidos, não tem direito a entrar nos Estados Unidos. Eu acho que essa mensagem é é essa mensagem é a mais importante, né? Perfeito. Não concordo. Não só a mensagem, mas também a mensagem para os demais, mas também a mensagem para eles, porque a meu ver, na verdade, isso pode ser só o começo. Depois disso, eh, a L Magnitsk e as investigações que estão tendo agora nos Estados Unidos podem ser aprofundadas e as sanções individuais contra essas pessoas e outras eventualmente podem até se aprofundar e piorar. Ou seja, se fala da da morte financeira chamada, né, de eh proibir eventualmente as empresas de cartões de créditos, bancos, etc., que eh que abrem contas para para essas pessoas que fazem contrato, né, com essas pessoas, negócios com essas pessoas, de operar também nos Estados Unidos do tipo, se você faz negócios com essas pessoas ao redor do mundo, não pode fazer negócios com Estados Unidos. Eh, e isso, meu velo, eu já falei eh várias vezes, eh, é muito interessante porque é o que deveria ser no sentido de isso é muito melhor que as as tarifas de forma generalizada contra contra o país, contra os produtos dos empresários, que infelizmente tem nada a ver com isso, né, alguns deles, porque isso é individual, então é um tipo de sanção muito mais mirado, muito mais sofisticado. E repito, e os Estados Unidos são o único país que consegue fazer algo deste tipo. Eh, lembrando que dessa forma tão profunda, etc., indo eventualmente também nas questões financeiras, econômicas, etc., bloqueando eventualmente contas que eles têm lá, etc. O Brasil também fez no passado, né? Então, assim, essa ideia que é, ah, ataque a soberania, etc., tal, o Brasil fez algo similar nessa tendência, não tão profundo, porque não conseguia fazer algo a mais. Agora, as tarifas ou chamadas de sanções econômicas generalizadas estão sendo eh colocadas também e aumentadas também por quê? Para tentar usar uma alavanca doméstica interna ao Brasil, do tipo, eh, eu vou prejudicar os produtores, empresários brasileiros na esperança que eles pressionem o Estado, o executivo, o legislativo, o judiciário, etc., né, para negociar e para se realhar geopoliticamente e para voltar ao respeito mínimo do estado de direito. Eh, então essa é essa essa é aposta. Agora, continuando sobre o que você mostrou aqui, Renato, algumas coisas importantes, meu velho, o seguinte, essa última decisão sobre a mulher velha que foi reconduzida a prisão, e tal, é o enésimo abuso, enésimo absurdo, né? Porque evidentemente não há nenhum perigo de reiteração do crime ali, não é uma pessoa perigosa. Eh, então assim, eh, já tem 70 anos, então está no estatuto do da da idoso, etc e tal. E é exatamente também para mostrar, né, para sinalizar a todo mundo e utilizar sempre essa linha dura, fora de qualquer bom senso comum, mínimo senso comum, né? Eh, e, eh, ainda o perigo, a meu ver, é que um dia, não sei quando, talvez todas essas decisões esdrúchulas e totalmente sem amparo nenhum possam ser revistas. E quando serão revistas todas as decisões, se serão revistas, eh, vai vai ter que ter um ressarcimento bilionário que vamos ter que pagar nós, contribuintes, pagadores de impostos para todas essas pessoas familiares deles. Último ponto sobre a questão da do funcionamento do judiciário, da lisura do judiciário, da do estado de direito, o mapa que você mostrou do Heritage Foundation. Primeiro, Heritage Foundation é uma instituição muito séria, muito respeitada no mundo. Eh, são aqueles que que produzem aquele ranking internacional que todo mundo conhece e aqui nós mostramos várias vezes sobre a liberdade econômica dos vários países, fazem um trabalho muito bom, muito sério e mostra isso, né, de como funciona ah o judiciário, dor do mundo. Agora, vejam algumas coisas. Primeiro é normal, é no sentido que eh na verdade algumas coisas que se reparam e se notam nessa neste mapa e infelizmente o judiciário ser bom e operar de forma positiva é uma exceção no mundo. São poucos países onde eh opera de forma limpa, lisa, justa, etc. Eh, infelizmente o mundo tá mais para vermelho, como vocês estão vendo, né? Eh, e lembrando então que o tal de Ocidente com todos os seus problemas, estão vendo Europa e América do Norte, obviamente e Oceânia, obviamente eh representa uma ilha feliz, porque é muito menos pior, no mínimo, que os demais países. E estes vermelhos aí são exatamente os países para os quais essa turma aí quer quer ir, com os quais quer se alinhar. Olhem, por exemplo, a Rússia, olhem, por exemplo, a China vermelha. Então, é isso que nós espera. A escolha não é difícil. entre aqueles países nos aproximar daqueles países mais verdes ou nos aproximar daqueles países mais vermelhos. Diria que os dados mostram que é assim, a escolha é simples, só a ideologia que o fusco cérebro pode levar a uma escolha diferente. Pois é. Eh, e ainda sobre essa decisão, né, eh, de revogação dos vistos que coloca o Brasil nesse mapa, eh, de, eh, repúblicas não livres, né, de nações não livres. Temos aqui o post do secretário de Estado americano, Marco Rúbio, que postou isso no dia que foi anunciada a sanção, né? disse o seguinte, o Marco Rúbio, eh, o presidente dos Estados Unidos deixou claro que seu governo responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura de expressão protegida nos Estados Unidos. A caça as bruxas política do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas que também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos. Portanto, ordenei a revogação dos vistos de Morais e seus aliados no tribunal, bem como de seus familiares próximos, com efeito imediato. Eu fico imaginando agora eh o que que essa última decisão e a provável, eu diria nesse momento, prisão do Bolsonaro amanhã por falar com a imprensa, vai causar no Marco Rúbi e no governo Trump em relação a isso, né? Se ele tá dizendo aqui, olha, eh, o governo Trump responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura de expressão protegida nos Estados Unidos. O Trump sempre dizendo que está de olho, que está componendo. Vai chegar a notícia, pelo menos que o Bolsonaro teve que se explicar por ter conversado com a imprensa e isso ter sido depois repostado, imaginando até uma prisão, eu diria, provável nesse momento, do Bolsonaro amanhã. eh, o que vai vir por aí? E aí a minha pergunta pro global era essa, né? Você tem duas figuras que não costumam recuar. Aliás, eu não me lembro delas recuando, nem Trump, nem muito menos o o Alexandre de Moraes. O Trump a gente vê alguns recuos, mas sempre daquela parte da negociação, né? que às vezes ele coloca um bode na sala, solta lá uma taxa gigantesca, o outro lado acaba cedendo um pouco, ele recua e no final ele consegue aquilo que ele queria e o outro lado ainda sai com a sensação de vencedor, né? Muita gente diz que essa é a tática dele, mas nesse caso aqui eu acho que nós temos um impasse porque não tem meio termo. Qual que seria o meio termo para essas duas posições no Bower? Não, realmente. Mas o que mais me impressiona é que a gente tá, eu até achei que você fosse comparar o Trump com Lula, porque aí a gente estaria pelo menos fazendo uma comparação entre chefes de estado ou dois presidentes de duas repúblicas importantes, mas nem isso é. Nós estamos comparando o presidente dos Estados Unidos, independente de quem ele seja, com um dos juízes do Supremo Tribunal Federal do Brasil. Então assim, eu acho que tem aqui uma uma disfunção de senso de proporção. Eu acho que os o que eu disse antes, o o presidente dos Estados Unidos deve ter uma agenda, deve aparecer de vez em quando esse assunto na frente dele, ele manda algum assessor tomar alguma decisão e assina uma cartinha. Mas assim, eu acho que os dois não vão recuar mesmo. Só que o Trump tem mais o que fazer. O Alexandre Mora está se achando o grande eh imperador universal e o resultado vai ser que se dois não cederem, acho que não vão ceder. Prejudicado mesmo vai ser o Alexandre Moraes na física e a sua família. Ainda assim, o Supremo, esses dias saiu uma um comentário, eu não sei na verdade se é se é sério ou não é, mas parece que algum dos ministros disse que ah, se não tem Estados Unidos, ainda tem Paris. E eu me eu me recordo agora também daquela frase do Celso Amorim, quem tem medo do lobo mal. É um negócio tão surreal. Quer dizer, são dois micos, dois piolhos lidando com uma estrutura de poder, independente se gostar ou não gostar, estrutura de poder que vai ter efeito sobre todo o país, né? É um negócio, um negócio assim de falta de noção. Não tem noção. O mundo inteiro, como disse aqui o Rusel, o mundo inteiro já foi negociar, já foram lá, já voltaram, todo mundo já acertou uma coisa ou outra. Esses caras estão achando que eles vão peitar porque eles vivem no outro planeta. Eles não tão, não tm conexão com a realidade da produção, da economia, da criação de riqueza, etc. Eu acho que ele não aceder não. Por outro lado, acho que ele vai começar a sentir, como já estão sentindo, os efeitos dessas dessas medidas. E o Marco Rubio é é quem tem tomado essas e me parece que ele que aplicaria a lei Magnitsk. Então, eh a chance de eles seguirem eh se eh perseguindo na a palavra não é boa perseguindo, mas atuando sobre as irregularidades que eles americanos consideram irregularidades, é não pode não pode ter dúvida. O que eu acho importante, Renato, para nosso ouvinte também não se confundir com as coisas, porque esse tema de soberania, ele ele gera uma uma um sentimento de nacional, defesa dos nossos interesses, da nossa liberdade, da nossa cultura. E não é nada disso que nós estamos falando. Os americanos estão defendendo os interesses e a soberania dos seus cidadãos e das suas empresas. Isso tem que ficar muito claro. É por isso que eles estão tomando essas decisões, porque eles estão vendo que cidadãos americanos e empresas americanas, como disse o o Jeanturco, estão sendo prejudicadas e depois, como eu tinha dito antes, os Estados Unidos não querem ver esse país tão grande, tão importante no hemisfério, perder o rumo e ir pro lado errado. É por isso que eles estão tomando essas decisões. Eles vão continuar sim. Acho que os juízes vão começar a sentir nas suas vidas privadas, vão fingir que nada tá acontecendo, vão fazer essa estufar o peito, altivez, discursos inflamados, é, retumbantes, mas a realidade é que eles vão começar a sentir sim eh que as suas vidas vão ser afetadas. Se não me engano, filhos desses de alguns, a filha do Barroso até eh filhos de outros juízes que estão nos Estados Unidos, parece que vão ter que retornar. E assim começa. Então, eh, eu acho que é uma disputa não isonômica e a chance da turma daqui perder é 100%. É, parece que a filha do Barroso, ela não mora lá. Ela mora aqui no Brasil, mas tem alguns negócios da família nos Estados Unidos que seriam prejudicados. Vamos aguardar eh para ver se realmente vai ter algum efeito isso. Falando em cancelamento de visto, a gente lembrou de um outro caso na relação Brasil e Estados Unidos, que é a nossa carta na manga de hoje. O governo Lula em 2004, governo Lula 1, cancelou o visto de um jornalista americano do New York Times, que teria feito uma reportagem, que fez uma reportagem, melhor dizendo, eh, falando que a bebida alcoólica poderia estar atrapalhando o desempenho do Lula naquela época. Temos aí a manchete. Eu acho que isso aqui é o Estadão, me parece. Tá aí, ó. Governo cancela a visto de jornalista do New York Times. Decisão é criticada pela base e pela oposição. Depois acabou voltando atrás, eh, deu novamente o visto para esse jornalista, eh, dizendo que ele se retratou e tal. O jornalista depois falou: “Olha, eu não pedi desculpa. Só falei que eh não era minha intenção ofender e tal, mas não foi um pedido de desculpas. Mas lá atrás, novamente na questão de censura, liberdade de expressão, o Lula queria mandar embora esse jornalista americano que falou que ele bebia. E a outra carta na manga, agora uma sanção dos Estados Unidos. Em 2017, os Estados Unidos impõe sanções a oito juízes do Supremo da Venezuela por usurpar o parlamento. Tá aí a coincidência, né? também oito juízes. Em abril, né, daquele ano de 2017, Maduro ordenou que Supremo privasse a Assembleia Nacional de todas as suas funções. Medida foi revogada, mas protestos continuaram. Eh, Leandro Rel, essa coincidência, coincidência não, nessa memória, né, esse resgate de outras medidas. Eh, eu acho que talvez aí com essa notícia podem vir mais sanções pro nesse caso aí pra figura dos ministros, né, no CPF mesmo. E agora pensando aqui, você não acha que a notícia da prisão do Bolsonaro por falar com a imprensa não fica meio ruim pro STF do que ele ser preso por dar um golpe de estado, como vem sendo eh dito até aqui, né? Essa é a narrativa feita que ele seria preso por isso. No fim, ele vai ser preso por dar uma entrevista dentro da Câmara dos Deputados. É, na verdade, ele tá sendo preso já uma semiprisão domiciliar por estar denunciando a perseguição contra ele, né, na figura do seu filho. E agora já teve mais uma medida que foi anunciada do Bolsonaro, do Eduardo Bolsonaro, eh ter contas bancárias bloqueadas, não poder mais eh fazer PIC, enfim, ter bens indisponibilizados. Eh, novamente, né, a figura de alguém que está fazendo denúncias internacionalmente, tá sendo alvo de novas medidas. Isso pega muito mal. Isso apenas eh reforça a ideia de que não há mais normalidade eh nessas decisões judiciais. Eh, como foi bem falado, não é nem uma questão jurídica, uma questão lógica. Como é que você pode ser preso pelo ato de outra pessoa de pegar o que você falou numa entrevista imprensa, sendo que o Brasil pela Constituição, né, pelo menos tem liberdade de expressão e é proibida a censura prévia. Você dá uma entrevista e você é preso porque algum órgão da imprensa ou alguma outra pessoa postou a seu áudio, seu vídeo na internet. Isso não faz sentido em qualquer lugar do mundo minimamente civilizado. Na verdade, eu tenho uma dificuldade muito grande aqui nos Estados Unidos de explicar o que está acontecendo em termos dessas investigações. é simplesmente inimaginável para um norte-americano, para qualquer pessoa, seja de esquerda, seja de direita, que a Suprema Corte, imagino, né, a Suprema Corte dos Estados Unidos abrindo uma investigação por iniciativa própria para identificar pessoas que criticam as decisões da Corte, as posições da Corte na internet. Não tem como isso entrar na cabeça de um americano, né? Quando eu expliquei isso para para uma advogada, amiga minha, por exemplo, ela não entendia, ela não fez vários. Mas como assim o o ministro abriu uma investigação? Sim, o ministro abriu uma investigação para investigar pessoas que estão criticando, falando mal do ministro. Ah, mas você tá você tá falando então que a justiça abriu uma investigação, a polícia abriu investigação, né? na Polícia Federal, não, a própria corte abriu a investigação. Então, quando a gente puxa esse novelo e começa lá do princípio, né, do inquérito da fake news, que na verdade não é um inquérito, é mais um ato institucional, né, porque ele tá aberto desde então, então é mais uma mudança da forma da justiça atuar. Eh, tudo é derivado dessa lógica que os ministros podem ser ao mesmo tempo vítimas, eh, investigadores, acusadores, né, e julgadores de um caso, especialmente no que se refere algo do seu interesse, né, que se alguém tá falando ou tá me criticando ou tá querendo questionar o meu próprio poder. É, então tudo que a gente vê a partir disso é cada vez mais esdrúchulo, porque já parte de uma premissa completamente errada. O Pablo Hortelado foi, né, um professor da USP que tem uma coluna no Globo, foi até o Globo para fazer uma matéria dizendo que o Supremo precisa parecer mais imparcial, né, e justificando os atos pela defesa da democracia. Isso é uma contradição em termos. Você não tem como defender a democracia se você não segue a lei, especialmente em termos criminais. Não existe mais democracia, não existe mais estado de direito se você não segue as leis para eh investigar e até mesmo para punir adversários políticos. Essa é a própria definição de ditadura, né? Então, quando às vezes os ministros, eu vi uma entrevista outro dia com o Barroso nesse sentido, não, tivemos que tomar algumas medidas porque a democracia foi eh ameaçada, né? Ora, se a democracia não tem os seus próprios instrumentos, que é a lei, que é a Constituição, eles não são suficientes para defender a democracia e você tem que sair da constituição para defender a democracia, você não está mais na democracia, né? Isso me parece lógico. E conforme esse conflito vai ficando eh mais agressivo de lado a lado, vai ficando mais evidente isso, né? Eu acho que essa decisão de hoje em termos da entrevista do Bolsonaro, não foi nenhuma entrevista, né? Foi um desabafo lá no Congresso Nacional de prendê-lo por causa disso, né? Deu 24 horas para explicar. Talvez não amanhã, mas no dia seguinte, depois da explicação, venha a prisão. Eh, se isso é observado por qualquer pessoa minimamente honesta no resto do mundo, civilizado, vai perceber que não dá, né, para aceitar esse tipo de coisa. E ainda mais dizendo que isso é pela defesa da democracia. mesmo jornais de esquerda aqui nos Estados Unidos, né, o New York Times fez várias matérias, o Washington Post já vem questionando essas decisões e essa postura e olha são jornais de esquerda, né? Então vai ficando muito difícil para os aliados do regime brasileiro continuar defendendo a ideia que o Brasil vive uma democracia. Bom, ainda sobre a situação dos ministros, né? São 11 ministros do Supremo, oito tiveram seus vistos cancelados e três permanecem imunes a isso. Eu tô falando do Fuxs, do Nunes Marques e do André Mendonça. Eh, Nunes Marques e André Mendonça, indicados por Bolsonaro. E o Fuxs, gente, que tá na primeira turma, que é a turma que tá julgando todos esses casos, né? eh comandada pelo Alexandre de Moraes. Quatro ministros já eh validaram o as restrições que foram impostas ao Bolsonaro eh da tornou eletrônica de não poder sair de casa, aquilo que a gente deu no início do programa. Então, além do próprio Morais, né, o Dino, Flávio Dino, o Cristiano Zanim e a Carmen Lúcia. O quinto ministro dessa primeira turma é justamente Luiz Fux, que já mostrou alguma divergência em outros casos. Ele, por exemplo, foi contra a prisão da Débora. Débora do Batom. Ele abriu uma divergência, acabou sendo vencido, mas ele falou: “Olha, não acho que ela tem que ser presa. Ela deu uma pena ali de 1 ano e 4 meses por depredação de patrimônio público, que nem seria transformada em prisão em regime fechado. Eh, já teve declarações dele”. dizendo que tem dúvidas se essa ação tinha que estar no Supremo, se não tinha que estar na primeira instância, porque o Jair Bolsonaro não tem foro privilegiado. E talvez estrategicamente Fux agora fica fora dessa lista de sancionados. Há quem diga que talvez seja uma estratégia para, olha, temos alguém aqui dentro que vai poder ser o caminho para tentar mudar o rumo desse julgamento. O Fuxs tem até o final do dia de hoje, até às 23:59, para dar o seu voto em relação a essas medidas. Não vai fazer diferença, já tem 4 a 0, mas é um bom sinal, né? um bom sinalizador aí para que lado o Fux vai se posicionar e talvez até para ver se essas sanções podem estar já fazendo algum efeito no posicionamento dos ministros, pelo menos não daqueles que são efetivamente eh bem contrários ali ao Jair Bolsonaro, como é o caso desses outros quatro que eu já citei. e não tá deixando de ter uma pressão para cima do flux e dos outros dois, eu diria mais até em cima do fuxo, que é esse cara que tá tá tá no meio do caminho, inclusive é com essa charge que eu vou mostrar para vocês que mostram ali, é, mostra essa essa charge o Nunes Marques, o Luiz Fuxs e o André Mendonça com a orelhinha do Mickey, ou seja, eles podem ir para os Estados Unidos. Essa charge foi feita pelo Aroeira, que é um cartoonista bem ligado à esquerda. já tá sendo compartilhada aí eh por essa imprensa que é mais alinhada, né, ao governo. E também eu poderia dizer que uma espécie de recado dado pela Daniela Lima, jornalista da Globo News. Todo mundo conhece a Daniela Lima e o tipo de trabalho que ela faz. E ela escreveu o seguinte: “Olha só, às vezes ficar fora de uma lista de sancionados não é motivo de alívio, mas de vergonha. A nossa Constituição é sábia, deu vitaliciedade, ou seja, deu cargo vitalício a alguns detentores de cargos para que suportassem o peso de não sustentar ossos, mas instituições. Um país que se julgue sério é obrigado a defender as suas. Elas são maiores do que os homens que temporariamente as as ocupam. Volto para as férias e me solidarizo com aqueles que respeitam o Brasil. H quem diga então que é um recado pros outros ministros. Olha, você que não foi sancionado, tenha vergonha porque você não tá defendendo aqui as instituições. Eh, Adriano Janturco, você acha que foi um recado? Como é que você acha que tá a cabeça do Luiz Fux agora? Eh, e ele tem que votar, né? A não ser que agora essa outra decisão ele simplesmente não se pronuncie. Não sei se isso é possível, mas há muita expectativa em torno aí do voto do Luiz Fuxs. Olha, primeiro me recuso de comentar o poo da Daniela Lima, porque realmente coitada eh sobre o resto todo, você já falou tudo, na verdade, né? Eh, é isso mesmo. Realmente três eh atuaram de forma diferente. É verdade que na maioria das vezes eh votaram em conjunto, mas é mais por espírito corporativista, provavelmente por pressões, ameaças, retaliações, etc. Mas é verdade que três às vezes votarem diferentemente e se existe a possibilidade de eh o STF ter um rumo diferente, está exatamente nos ombros destes três. André Mendonça também eu colocaria na dupla que foi um pouco mais incisivo também recentemente naquela viagem em Portugal. Ele falou também que a segundo ele o STF muitas vezes estava extrapolando de suas funções, etc. Eh, C Nunes Marques menos entre os três. Mas então me parece que a ideia é exatamente essa para sinalizar que olha, se você eh mudar de comportamento, de votos mesmo, né, se respeitar mais Leia com com instição, etc., há um caminho, eh, nem todo mundo de forma indiscriminada é sancionado. E também para tentar quebrar um pouco de fora o e o STF, ou seja, se tivessem sancionado individualmente todos eles, aí obviamente eles teriam se unido ainda mais, né? Se votar como votar xes três também leva sanções, então eles teriam também reagido como os outros estão reagindo, seja de forma dura. Ao contrário o que os seus estão eh sinalizando, que se você desrespeitar a lei nos votos, nas decisões, vai tomar sanções. Se não respeitar, estamos prontos, abertos a a não fazer as sanções, a dialogar, etc. Respeitamos suas eh suas decisões. Isso é importante também. Por quê? Porque daqui você vê que não é verdade e que seja um ataque às instituições brasileiras, senão seria um ataque a todo o STF em conjunto, em coletivo. Ao contrário, é no CPF dessas pessoas, eh, de forma específica. Então, é importante tentar quebrar eles tentando achar, mostrar essa, gerar esse tipo de incentivo e eventualmente, caso agora, por exemplo, a notícia também de hoje, que muitas coisas mudam rapidamente, né? Eh, tá tendo a pauta agora no Parlamento, no Congresso, sobre o impeachment de Alexandre de Moraes. Caso passe, não obstante, acho difícil, atualmente, eh, tem que ter alguém decano, mais eh com mais experiência, etc., também para liderar uma mudança de rota. Então, é neste sentido que eu vejo eh que eu vejo tudo isso sobre a questão da soberania. Me permita, Renato, comentar uma uma última coisa. Eh, também acho essa essa questão da eh do discurso sobre soberania muito muito importante, porque é o que politicamente está dando sustento a este governo e fez ganhar ao governo Lula eh fólogo e melhora inclusive, né, nas nas opiniões na opinião pública. Bem, o que acontece na verdade essa tal de soberania, a soberania popular, como as pessoas falam, a soberania brasileira simplesmente não existe. é um grande equívoco eh conceitual e até literal mesmo da palavra. A soberania, tecnicamente falando na essência política, é o seguinte, é soberania do Estado em cima do seu território, do seu país, da sua nação. Ou seja, repito, já falamos várias vezes, nosso público sabe, o Estado não é o país, o Estado não é a nação. Nós não fazemos parte do Estado. O Estado é o grupo de pessoas que domina um determinado território. Então são L. é o executivo, é o judiciário, é o legislativo e todos os funcionários públicos que fazem parte do Estado. Nós não fazemos parte do Estado, nós fazemos parte do país, da nação. Então o estado é o que é é é o o grupo de pessoas que domina um determinado território. Então, na verdade, quando se fala de soberania, é soberania estatal. Quando Lula, Alexandre de Moraes e outros reclamam da do suposto ataque à soberania, é o seguinte, eh, seria eventualmente um ataque a soberania deles em cima de nós. É este o ponto. E não uma soberania nossa, das pessoas. Isso simplesmente não existe. Nós ou somos eh súditos deste estado ou somos súditos de outro estado. Agora, eu prefiro ser súdito de um estado que respeite num mínimo o estado direito e os direitos mínimos fundamentais de dos súditos, dos dos cidadãos. Repito, imagino que todo mundo prefira isso. Não há nenhuma pessoa que seja em sã consciência contra o estado de direito, diretos mínimos, o justo processo, etc. É só por questões ideológicas. Muito bem. E falando sobre toda essa questão de liberdade de expressão, né, de censura e tudo mais, eu vou colocar aqui um trailer para vocês de uma próxima produção da Brasil Paralelo, que vai ser realmente muito especial. Nossa equipe foi aos Estados Unidos conversar com as maiores autoridades, digamos assim, sobre esse assunto e vem aí eh uma produção que realmente vai fazer história, eu posso dizer. Dá uma olhadinha nesse trailer para você pegar um gostinho de tudo isso que a gente tá falando aqui, elevado aí a uma potência bem alta. I began my journey into chronicling the censorship industrial complex. Conselho Federal da OAB eh repudia com veemência, especialmente as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra a economia e cidadãos brasileiros. A ordem renova o seu compromisso com a defesa incondicional da soberania nacional e do estado democrático de direito, rechaçando qualquer tentativa de interferência externa. Que mais que eles falam? Eh, a OAB se solidariza com todos os cidadãos brasileiros, alvos das sanções políticas e tributárias impostas pelo governo americano, autoridades do judiciário e do Ministério Público, empresários e trabalhadores que possam ter seus egos empregos afetados. Diante desse cenário, a OAB conclama toda a sociedade a se unir em torno da defesa da soberania brasileira, priorizando o diálogo e a diplomacia dissociados de quaisquer ideologias. Olha só, dissociados de quaisquer ideologias para fazer frentes aos ataques desferidos contra o Brasil. E aí a gente viu também logo na sequência um tweet do Felipe Santa Cruz, que você talvez não lembro desse nome, mas ele falou o seguinte: “Olha, bom dia para quem acordou sem tornozeleira”. Obviamente uma clara provocação aí, né, ao Jair Bolsonaro. Quem é Felipe Santa Cruz? É o ex-presidente do da OAB Nacional. Ele esteve no comando da OAB Nacional entre 2019 e 2022, justamente aí os anos em que Bolsonaro esteve na presidência. Esse é o ex-presidente da OAB, eh, tirando esse sarro e a OAB se pronunciando em defesa da soberania nacional. Eh, antes de trazer o nosso próximo comentário, eu quero colocar aqui Eduardo Bolsonaro dizendo que não quer fazer acordo. Mais um trecho daquela entrevista que ele deu na semana passada. falando aí sobre o que pode ver pela frente e também vamos vamos ser sinceros, não tem como fazer acordo com essa atual conjuntura aí da Suprema Corte. Se acordo desse resultado, a cartinha do Temer tinha acabado com toda a perseguição política do Brasil. Eu aprendi com Alexandre de Moraes que não se deve recuar mediante chantagem. Só que agora Alexandre Moraes, ele tá encontrando uma pessoa maior do que ele para bater de frente. Estados Unidos, né? Trump já entrou em disputas com o Canadá e ganhou. Canadá fez uma lei migratória mais rigorosa, né? Entrou em disputa, uma política entrou em disputa com o México reclamando da invasão de fitanil nos Estados Unidos. O México fez a maior apreensão de fitanil da sua história. O líder supremo do Irã, o Ali Camenei, disse que não ia parar o seu projeto nuclear. Ele foi e jogou uma bomba. Os senhores acreditam que dará certo então Alexandre de Morais, tendo o respaldo, né, tendo como coaduvante Lula para conseguir fazer o Trump recuar? Pelo amor de Deus. É, um outro exemplo eh de governante que entrou em em contraste, né, em uma briga com o Trump, foi o presidente da Colômbia, Gustavo Petro. Lá em janeiro, ele recusou receber dois aviões de extraditados dos Estados Unidos, de colombianos, mandou eles de volta pros Estados Unidos. Após esse fato, o Donald Trump twietou o seguinte, twitou não, né, colocou na rede social dele eh essa mensagem aí. Olha, fui informado que os dois voos foram recusados pelo presidente Petro e aí ele fala o seguinte: “Olha, determinei que a minha administração tome imediatamente as seguintes medidas urgentes: tarifas de 25% sobre todas as mercadorias colombianas. Daqui uma semana essas tarifas serão elevadas para 50%. Aqui no Brasil, ele já meteu logo 50. Ele botou aqui 25 e que em uma semana subiria para 50. Proibição de viagens e revogação imediata de vistos para autoridades do governo colombiano. Também já aconteceu aqui pros ministros do Supremo. Sanções de vistos para todos os membros do partido, familiares e apoiadores do governo colombiano. Insensões reforçadas na alfândiga e proteção de fronteiras de todos os cidadãos colombianos por motivo de segurança nacional. Sanções financeiras, bancárias e do tesouro com base na IEPA, lei de poderes econômicos de emergência internacional, serão totalmente impostas. Essas medidas são apenas o começo. Não permitiremos que o governo colombiano viole suas obrigações legais com relação à aceitação e ao retorno dos criminosos que eles próprios forçaram a entrar nos Estados Unidos. Então, tá aqui um exemplo daquilo que o Eduardo Bolsonaro acabou de falar no vídeo, que ele, o o Morais talvez tenha encontrado alguém aí do tamanho maior que ele nessa hora de de não retroceder, né, de não recuar. Isso aqui foi o que ele fez com o Petro. No mesmo dia, a Colômbia não só aceitou a vinda dos criminosos, como enviou um avião próprio lá pros Estados Unidos para buscar esses eh deportados. Então, não é que ele aceitou receber, ele mesmo mandou buscar e aceitou todas essas imposições do Trump. Eh, Lobower, será que a gente vai chegar nesse ponto? Será que a gente vai ter aí tarifas de 100% e outras medidas? Eu acho que estamos caminhando para esse para esse fim aí. Eu acho que o o Brasil, como é um país maior, mais complexo, tá sem pretensão e sem arrogância mais importante do que alguns outros vizinhos da América Latina, eh, e com essas lideranças que a gente tá comentando o programa de hoje todo, ele vai tentar levar nessa agenda até o ano que vem. Ele vai e vai apanhar e nós vamos sofrer com isso. Nós, os brasileiros trabalhadores, as empresas brasileiras, os cidadão, cidadãos, nós é que vamos pagar por esse, por essa arrogância, por essa, esse sonho, essa ficção que vive senhor Alexandre de Moraes, o presidente Lula, o seu governo, seus ministros e alguns parceiros aí do Supremo Tribunal, eh, eles vão eles vão continuar, vão continuar e o preço que vai pagar somos nós. Não acha que vai ter algum momento nesse governo com esse presidente, com esse Supremo e que nós vamos enviar um avião buscar os nossos prisioneiros? Não vamos fazer isso. Não, não consigo ver. Gostaria que acontecesse, mas não consigo ver. E o resultado vai ser que vai ter tarifa mais alta, vai ter mais aplicação de lei contra nós e os resultados não vão para eles. Os resultados vem para nós. Eu costumo, já disse aqui uma vez, a soberania de um país, o o Janturco fez uma explicação técnica do ponto de vista da ciência política, mas eu queria acrescentar um aspecto que a soberania também é exercida e eh pelos representantes de estado deveria ser exercida em países democráticos de acordo com a vontade e com a capacidade das pessoas e das empresas de quererem riqueza. Então eu disse aqui antes, quem vai pagar isso é o cidadão, quem vai pagar isso é a Cultral, é a Crossuco, é a Suzano, é a é a JBS, é a é a Tupi. Todas essas empresas é que vão pagar e os seus funcionários e as suas famílias que trabalham para essas empresas. Me permita fazer um um breve comentário sobre a OAB. Quem viu a OAB, Renato, no período de democratização do Brasil, OAB é uma instituição respeitadíssima, ela contribuiu para pro democratização. Tem pessoas extraordinárias, advogados extraordinários que foram parlamentares, que trataram da transição, que foram pessoas de de autoridades morais que faz fazer fizeram parte da OAB. Hoje a OAB é chapa branca. Chapa branca. Os textos dela são reproduções das comunicações do do estado brasileiro, do do atual do governo de plantão. Eu já vi de perto o que a OAB faz hoje. Os o a OAB vive de contribuição compulsória dos advogados. Se tivesse que viver de contribuição eh perigava de acabar, entendeu? chapa Branca não merece respeito. Essa essa mensagem do nosso amigo ex-presidente aí é uma uma cínte, é uma uma vergonha nacional. E me permita mais um comentário também sobre o o próximo documentário eh do nosso Brasil paralelo. Olha, esse eu eu acompanhei aí conversando com vocês em outras ocasiões o trabalho do Brasil paralelo sobre esse documentário. O que nós vamos ver é um é uma é uma uma produção feita nos Estados Unidos que poderia e deveria ter sido feita por americanos, que tá sendo feita por brasileiros. esses jovens geniais que fundaram essa casa e que são os os comandantes da do Brasil paralelo e vão ter um sucesso extraordinário lá e aqui, né? Nós vamos assistir isso aí em outubro, nós vamos ver o Brasil Paralelo dar mais um salto, porque esse a conteúdo desse trabalho e a qualidade, como sempre se faz aqui, eh o conteúdo é muito importante, ele vem exatamente no tempo que no tempo que nós estamos vivendo, né? Ele tá muito adequado ao momento histórico que nós estamos vivendo no mundo inteiro, nos Estados Unidos em particular, no Brasil também em particular. Então, cumprimentos a todos. Tenho certeza que vai ser uma uma coisa marcante, não só pro Brasil paralelo, mas para todo mundo, que é um outro patamar de comunicação, de empresa de comunicação, de organização, eh, streaming, de streaming e de plataforma de comunicação que essa essa empresa tá se transformando. E v dizer uma coisa, orgulho brasileiro, orgulho desse país, porque tá tão difícil encontrar coisas novas, inteligência, transformação. E esse documentário vai ser talvez o o o nós eh vendo a Brasil Paralelo fincando bandeira nos Estados Unidos. Vai ser uma maravilha. Parabéns. Fica o meu registro aqui. Tá aí. Muito obrigado. Lower realmente tá feito com muito capricho e só é possível graças aos nossos assinantes. Por isso, você se ainda não é assinante da BP, aproveite, clica aqui no link da descrição, aponte o celular pro QR code e venha fazer parte aqui do nosso projeto para você ter acesso às nossas produções exclusivas. Isso aqui que tá no YouTube é só um pedacinho do que a gente tem na plataforma. Você não vai se arrepender, tenho certeza. Muito bem. Eh, a gente citou aqui a chegada da Union Pay, que é um sistema de pagamentos da China aqui pro Brasil, que poderia ser uma saída aí para supostas novas sanções que virão dos Estados Unidos. Então, nós temos aqui essa notícia trazida ali eh com a seguinte manchete, né? Exclusivo. Maior operadora de cartões do mundo chinesa Union Union Pay chega ao Brasil. poderia ser uma medida que vá eh ser uma alternativa, né, para pros sistemas de pagamentos americanos. E eu comentei sobre essas possíveis novas sanções. E uma coisa que tem se falado muito é em relação à atuação do Brasil, do governo atual brasileiro, com a Rússia, com a compra dos insumos russos, que pode ser uma maneira de você suportar, né, de você dar apoio à atuação russa na guerra contra a Ucrânia. Então, eh, um senador americano vem denunciando isso, vem dizendo que Brasil, Índia e China tem feito e muita muitas compras da Rússia, principalmente do petróleo. E aí nós temos aqui um vídeo do senador Lincen Granham falando sobre isso, sendo bem direto que o Brasil pode sofrer sanções de até 100% se continuar com essas práticas. You know, Donald Trump is a Scotty cheffler of American politics and foreign diplomacy and he’s about to a whooping on your ass. What’s going to happen here is that Trump is going to impose on people that buy Russian oil, China, India, and Brazil those three countries uh buy about 80% of cheap Russian oil. That’s what keeps Putin’s war machine going. So, President Trump’s going to 100% tariff on all those countries punishing them uh for helping Putin. Putin can live through sanctions. He could give a dam about Russian soldiers. China, India pick. Talvez o pessoal também não tá prestando muita atenção nisso, mas é mais uma frente aí de problemas para o Brasil. Vamos mostrar um gráfico que traz as informações que o Brasil duplicou importações da Rússia após a guerra. Então, 2021 tá lá embaixo, né, esse gráfico com 6.2 bilhões de dólares e hoje chegando a 12.2, começou a guerra em 2021, já estamos aí com 3 anos de conflito e dobrou eh esse valor de importações do Brasil eh de petróleo russo. Leandro Rúcho, pra gente finalizar o seu comentário sobre isso também. tá nos Estados Unidos, deve estar acompanhando isso também de perto. É outra frente de atenção do governo americano nessa questão da guerra da Rússia com a Ucrânia, né? É, a gente tem que entender que nós estamos vivendo uma espécie de Guerra Fria 2.0, zero, em que há uma complexidade maior, né, do que a Primeira Guerra Fria, porque não envolve só o Ocidente versus a União Soviética, né, e os seus satélites, porque hoje o Ocidente tá bastante fragmentado, tá bastante dividido, né, mesmo dentro do mundo ocidental, a gente tem dois projetos eh diferentes de organização social. eh um encabeçado pelos Estados Unidos que estaria mais próximo eh das bases, né, da tradição ocidental, tanto econômicas quanto culturais. E nós temos a União Europeia que representa um ocidente mais socialista, né? eh uma economia eh mais dependente do estado, com muito imposto, com muita regulação, mas enfim, eh mesmo com essas diferenças, há um alinhamento automático e até necessário, por necessidade entre Estados Unidos e Europa. E nós temos do outro lado um eixo que é China, Rússia e Irã e os seus satélites. Inclusive na América Latina a gente tem Venezuela e Cuba como principais eh satélites desse eixo. E o Lula deixou bem claro o alinhamento dele com esse eixo, né, China, Irã e Rússia, ao mesmo tempo que ele vai até o Chile hoje dizendo que está defendendo a democracia, né, contra a ameaça da extrema direita, né, realmente Rússia, China e Irã são exemplos de democracia. Mas ao fazer esse alinhamento com esse eixo em relação à Rússia, a gente tem a compra do diesel russo, principalmente, que inclusive serve como uma forma de manter um preço da Petrobras desalinhado. Agora até deu uma melhorada, mas por muito tempo ficou desalinhado. E não precisar aumentar o preço do diesel no Brasil, uma espécie de tabelamento eh dos preços da Petrobras, que a Dilma já tinha feito no passado. Isso obviamente vai contra as sanções americanas. A gente tem o petróleo russo sendo escoado por Índia e sendo vendido pra China. A Índia acaba sendo intermediário para vender para outros países. E aí aqueles países que compram não ser algo de sanções americanas. Os Estados Unidos que estão endurecendo a postura com a Rússia depois de uma tentativa do Trump de chegar a um acordo de paz que por enquanto, eh, não teve êxito, né, em relação à guerra na Ucrânia. obviamente que é uma outra frente de eh conflito com os Estados Unidos, né? Então, além da questão interna, da questão eh da perseguição no Brasil e da questão do dólar, né, que o Trump bem salientou em relação aos bricks, a gente tem também a questão da Rússia e Ucrânia, que é uma questão bem sensível para o mundo ocidental e agora mais sensível ainda para os americanos, né? Eh, por onde a gente olha, a gente vê que é um problema, né? Porque não me parece que vai haver uma mudança na postura do do Lula. Eh, como você bem colocou, o governo eh colombiano, inclusive o Petro, um ex guerrilheiro comunista que chegou a presidência da Colômbia, tava lá defendendo a democracia também no Chile no encontro com o Lula. Eh, ele voltou atrás em poucas horas depois de peitar o Trump, porque basicamente a Colômbia seria destroçada por medidas desse tipo. O Brasil não tem, não é tão pequeno quanto a Colômbia, né? um país muito maior que a Colômbia, mas eh vai sofrer muito se a gente não conseguir sair desse impasse. E novamente, né, para finalizar, me parece que a solução desse impasse está nas mãos da elite política econômica brasileira, daquela oligarquia que manda no Brasil desde sempre. Eh, é esse pessoal que tem que avaliar, né? Claro que a pressão popular ajuda. É um momento de decisão pros próximos 30 ou 40 anos do Brasil. É isso que a gente tem que ter a consciência. Uma vez que se instala um regime autoritário, é muito difícil mudar, porque você vai tendo uma série de reforços, né, de ciclos autoalimentados que dificultam uma saída democrática. A própria Venezuela deixa isso claro, né? Cuba já tem aí mais de meio século, quase 70 anos de uma ditadura brutal. na Venezuela, com 90 e tantos por de rejeição, eh, o povo em massa nas ruas não consegue tirar a ditadura do do poder. Então, nós estamos num momento muito chave da história do Brasil. Eu eu coloco o momento mais grave da nossa história, porque ou esse movimento pode servir pra gente retomar um caminho, né, de liberdade, um caminho mais democrático, um caminho de rever as nossas liberdades individuais, ou existe sim um risco muito grande de aprofundar esse regime de censura e perseguição, né? Então, eu acho que é o momento de todo o brasileiro eh falar, né? eh expor aí qual é o o destino que ele prefere, o destino venezuelano ou o destino aí da liberdade, enfim, da verdadeira soberania, né? Porque soberania, na verdade, é a capacidade do povo poder eh exercer o seu poder de uma forma livre, de uma forma democrática, né? Essa é a verdadeira verdadeira soberania. Infelizmente a gente tá perdendo isso a olhos vistos. Tá aí recado importante do Leandro Rucho para finalizar o nosso programa. Queria agradecer demais a sua audiência sobre isso que o Leandro falou. Tivemos manifestações nesse final de semana, né, espontâneas, sem muito muito preparo. As pessoas foram às ruas em diversas capitais do Brasil. Vamos ver como é que esse movimento vai se comportar daqui paraa frente com tudo que vem acontecendo. A gente se despede agora com uma mensagem aqui eh sobre as nossas a nossa oferta do BP para sempre, nossa oportunidade de você se tornar um membro vitalício da Brasil Paralelo, que é por pouco tempo, tá acabando mesmo agora, pessoal. Então não perca a chance de nos ajudar aqui a seguir com o nosso trabalho e ter acesso a todas as nossas produções, beleza? Um grande abraço e até a semana que vem. Tenha todas as produções feitas pela Brasil Paralelo para sempre. Em comemoração aos 9 anos de Brasil Paralelo, estamos liberando por um tempo limitado o BP para sempre, uma condição exclusiva que te dá acesso às nossas produções originais para sempre. Você nunca mais vai precisar pagar para assistir aos nossos originais. Eu disse nunca mais. A hora de se tornar um membro vitalício é agora. Essa condição especial não será liberada por muito tempo e nem será repetida na Black Friday.

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