NUNCA Sairemos do SISTEMA SOLAR e Esse é o Motivo…
0[Música] imagine uma nave partindo da Terra agora mesmo com destino à estrela mais próxima enquanto você assiste a este vídeo essa nave aceleraria lentamente no vácuo escuro cruzando os confins do sistema solar horas virariam dias dias virariam décadas e mesmo assim ao final de tudo isso ela ainda estaria apenas começando sua jornada [Música] não estamos falando de planetas vizinhos como Marte ou luas distantes como Titã estamos falando de sair de fato do nosso quintal cósmico de romper os limites do sistema solar e cruzar o vazio até outras estrelas mas por que com toda a nossa tecnologia ainda não demos esse passo porque mesmo com foguetes sondas e avanços extraordinários sair do sistema solar ainda é um feito inalcançável prepare-se neste vídeo vamos encarar de frente os maiores obstáculos da exploração interestelar vamos falar sobre distâncias absurdas energia fora da nossa capacidade atual limites da física do corpo humano e o mais assustador do próprio tempo [Música] [Música] desde o final da década de 1950 a humanidade vem conquistando marcos impressionantes na corrida espacial o lançamento do Sputnik em 1957 marcou o início dessa era apenas 4 anos depois Yuri Gagaren tornou-se o primeiro humano a orbitar a Terra o ápice daquele período foi em 1969 quando Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram na lua com a missão Apolo X [Música] décadas depois enviamos sondas para Marte orbitadores para Júpiter e Saturno e exploradores robóticos como Voyager 1 e 2 que agora se encontram nos limites do espaço interestelar voyager 1 lançado em 1977 está hoje a mais de 24 bilhões de quilômetros da Terra parece impressionante e é mas quando falamos de viajar até outra estrela isso ainda é absolutamente nada é como dar um passo fora de casa quando o destino real está a milhares de quilômetros de distância a verdade é que apesar dos nossos feitos ainda estamos confinados a um pequeno reduto do espaço terra a Lua e alguns planetas próximos são apenas as primeiras páginas de um livro gigantesco que ainda não conseguimos ler [Música] o problema fundamental é a distância o sistema solar por si só já é colossal a distância entre a Terra e o Sol é de aproximadamente 150 milhões de quilômetros conhecida como uma unidade astronômica ua para termos uma ideia do quão longas são essas jornadas considere o Voyager 1 ele levou mais de 40 anos para ultrapassar a helopausa a fronteira teórica do sistema solar e mesmo assim ele ainda não alcançou nenhuma outra estrela a estrela mais próxima da Terra próxima Centauri parte do sistema Alfa Centauri está a 4,24 anos luz de distância um único ano luz equivale a cerca de 9,46 trilhões de quilômetros multiplique isso por quatro e imagine o desafio se enviássemos uma nave de uma aeronave comercial como o Boing 747 levaríamos cerca de 5 milhões de anos para chegar lá mesmo a Voyagerum com sua velocidade de aproximadamente 61.000 1000 km/h levaria mais de 70.000 anos essa é a escala com a qual estamos lidando e não é exagero são cálculos reais baseados na física que conhecemos hoje [Música] para tentar superar essas distâncias precisaríamos acelerar nossas naves a velocidades absurdas mas aí surge um novo problema a energia necessária para isso as tecnologias de propulsão atuais são extremamente limitadas os foguetes químicos baseados na combustão de hidrogênio e oxigênio são eficazes para escapar da gravidade terrestre e realizar viagens interplanetárias mas são absolutamente ineficientes para voos interestelares quanto maior a distância mais combustível seria necessário e levar esse combustível junto torna a missão exponencialmente mais difícil além disso o rendimento energético desses sistemas está longe de ser suficiente para alcançar sequer 1% da velocidade da luz e mesmo outras alternativas mais promissoras como a propulsão iônica que acelera partículas eletricamente carregadas ainda geram uma força mínima elas são úteis para missões de longa duração e baixo consumo mas incapazes de gerar o impulso necessário para alcançar outras estrelas em tempo hábil [Música] muitas esperanças estão sendo depositadas em tecnologias mais ousadas a propulsão por fusão nuclear por exemplo utiliza a mesma reação que alimenta o Sol para gerar energia em teoria isso permitiria acelerar uma nave a uma fração significativa da velocidade da luz mas a realidade é que ainda estamos muito longe de dominar a fusão de forma segura e controlada e mesmo que conseguíssemos desenvolver um reator compacto e confiável para uma nave espacial exigiria décadas de avanços outro conceito é o de velas solares ou a laser que usariam pressão de fótons para empurrar naves em alta velocidade o projeto Breakthrough Starshot explora essa ideia: enviar microssondas impulsionadas por lasers poderosos da Terra se tudo desse certo essas sondas poderiam atingir até 20% da velocidade da luz e chegar à próxima centaure em apenas 20 anos mas mesmo esse plano enfrenta enormes desafios: precisão de disparo resistência dos materiais e o maior de todos como frear a nave quando ela chegar [Música] a propulsão é apenas um dos problemas o fornecimento de energia também se torna um pesadelo conforme nos afastamos do sol a energia solar essencial em missões como as de Marte ou Júpiter torna-se inútil além de 30 unidades astronômicas onde a intensidade da luz é mínima [Música] isso obriga o uso de geradores nucleares como os RTGs geradores termoelétricos de rádio isótopos utilizados nas Voyagers e na Missão Cassine mas mesmo esses geradores têm limitações sua potência é baixa e sua vida útil é restrita há algumas décadas para manter sistemas funcionando por centenas de anos precisaríamos de fontes de energia mais eficientes duráveis e seguras algo que ainda não temos [Música] e mesmo com toda essa infraestrutura ainda haveria o maior desafio de todos manter a vida humana em condições suportáveis durante uma jornada interestelar [Música] o corpo humano simplesmente não foi feito para o espaço a exposição prolongada à radiação cósmica pode causar danos graves ao DNA aumentar os riscos de câncer e afetar o sistema nervoso além disso a ausência de gravidade afeta músculos e ossos levando à perda de densidade óssea e atrofia muscular [Música] astronautas em missões longas já precisam fazer exercícios intensos diariamente para mitigar esses efeitos agora imagine isso por décadas ou séculos não só o corpo sofre mas também a mente o isolamento a solidão a monotonia e a desconexão com a Terra poderiam causar problemas psicológicos profundos projetos como o Mars 500 que simulou o confinamento por mais de 500 dias mostraram que a saúde mental é uma das grandes barreiras da exploração espacial e nem falamos ainda da comunicação [Música] uma mensagem enviada de próxima Centauri levaria mais de 4 anos para chegar à Terra e mais 4 anos para receber uma resposta isso elimina qualquer possibilidade de suporte em tempo real [Música] como alternativa cientistas cogitam soluções como naves geracionais grandes habitates espaciais autossuficientes onde várias gerações viveriam e morreriam durante o trajeto mas isso levanta dilemas éticos profundos as gerações futuras não teriam escolhido participar da missão teriam nascido dentro de um objetivo imposto por antepassados [Música] outra ideia é a hibernação criogênica onde os tripulantes dormiriam por séculos até chegarem ao destino embora sedutora na ficção científica essa tecnologia está longe de se tornar real não sabemos como preservar um corpo humano vivo por tanto tempo sem causar danos irreversíveis mesmo com as melhores intenções todos os nossos planos esbarram em uma limitação inegociável o tempo [Música] a teoria da relatividade de Einstein nos diz que o tempo é relativo em velocidades próximas a da luz o tempo desacelera para quem está em movimento isso é chamado de dilatação temporal em uma viagem a 90% da velocidade da luz o tempo dentro da nave passaria mais devagar que na Terra assim os tripulantes poderiam envelhecer apenas alguns anos enquanto décadas ou séculos se passariam aqui isso significa que mesmo que uma missão fosse possível seria uma jornada sem volta os viajantes nunca mais veriam seus entes queridos sua cultura ou seu mundo a humanidade que conheciam teria mudado para sempre e isso destrói o conceito de civilização interestelar como o imaginado em obras como Star Trek onde planetas se comunicam e trocam recursos a física infelizmente não permite isso é por isso que talvez nunca encontremos outra civilização essa pode ser a resposta mais plausível ao paradoxo de Fermi se o universo é tão grande e cheio de estrelas por que nunca encontramos outras formas de vida inteligente a resposta pode ser simples porque ninguém consegue sair de casa as distâncias são grandes demais as limitações da física são implacáveis mesmo civilizações que evoluíram bilhões de anos antes de nós podem ter enfrentado os mesmos dilemas e fracassado a verdade dura é que podemos estar todos presos cada um em seu próprio jardim cósmico explorando apenas os limites do que é possível alcançar com nossas ferramentas [Música] mas será mesmo que a física é um limite definitivo ou será que ainda existe alguma brecha alguma teoria não compreendida que possa nos permitir romper o impossível será que o universo esconde segredos sobre o tempo o espaço e a energia que ainda não descobrimos se sim talvez estejamos apenas no início de uma longa jornada e quem sabe um dia o impossível de hoje seja a realidade de amanhã enquanto isso nosso desafio é continuar explorando aprendendo expandindo os limites do nosso conhecimento mesmo que isso signifique permanecer por enquanto aqui no nosso próprio quintal estelar você acredita que um dia seremos capazes de sair do sistema solar deixe sua opinião nos comentários e não se esqueça de se inscrever no canal e deixar o like até a próxima [Música]