B-29 Superfortress – O Bombardeiro Gigante que MUDOU o MUNDO

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O avião mais caro da Segunda Guerra Mundial, o avião que jogou a bomba atômica no Japão. Nesse vídeo você vai conhecer o Boeing B29 Super Fortress, o avião que mudou a história do mundo. [Música] Fala pessoal do Aero, tudo bem? No final da década de 1930, enquanto o mundo estava a caminho da Segunda Guerra Mundial, a Boing já sonhava alto. Por conta das limitações de alcance do B17, a empresa começou em 1938 a trabalhar por conta própria e um projeto ousado. Um bombardeiro pressurizado com trem de pouso tricículo, capaz de voar mais longe, mais alto e com mais carga do que qualquer outra aeronave produzida até aquele momento. Já a força aérea do exército dos Estados Unidos viu a necessidade do desenvolvimento de um super bombardeiro com o início da Segunda Guerra Mundial. E aí com isso, em dezembro de 1939, foi lançado oficialmente o requerimento do avião capaz de transportar 9 toneladas de bombas com alcance de 4.300 km, capaz de voar mais de 600 km/h. No ano seguinte, em maio de 1940, a Bong apresentou o Model 345 e depois recebeu a designação de Boing XB29, competindo com os projetos Lockheit XB30, Douglas XB31 e o Consolidated XB32. Em meio a toda essa competição, a Lockhe e a Douglas logo abandonaram a disputa e a Boing e a Consolidated seguiram firme aí nesse projeto. Em dezembro de 1940, a Boing e a Consolidated receberam pedidos para construir protótipos voadores e estáticos para testes. Naquela época, onde o dinheiro parecia infinito, né, a gente tá falando aí do início da Segunda Guerra Mundial, existia uma urgência, né, no meio do conflito todo. Por isso que foram desenvolvidos dois projetos simultaneamente, sendo que o projeto da Consolidate seria uma espécie de backup caso acontecesse alguma coisa de errado com o projeto da Boing, já que o tempo não permitia nenhuma hesitação naquela época. [Música] O XB32 da Consolidated apresentava algumas características do B29, mas tinha diferenças no design das asas, da calda e no armamento. Só que o desenvolvimento desse avião foi conturbado. Vários atrasos e sérios problemas técnicos que acabaram ficando muito atrasados no cronograma. Só para você ter uma ideia da loucura que era, antes mesmo do primeiro voo do protótipo do XB29, o exército decidiu encomendar 14 aeronaves de pré-produção e mais 250 de produção e um número que chegaria a 500 unidades em 1942. No final, o projeto do XB32 acabou se tornando o consolidated B32 Dominator, com 115 unidades construídas, sem tanta relevância durante a Segunda Guerra Mundial. Só que interessante é que o plano B, né, que é esse avião, entrou pra história como mais uma nota de rodapé do grande esforço bélico americano naquela época. A fabricação do protótipo do XB29 se tornou uma das maiores operações industriais da história, sendo uma tarefa complexa que envolvia quatro fábricas de montagem. Tinham duas fábricas da BO, uma em Washington e a outra no Kansas, mais uma fábrica da Bell na Geórgia e uma fábrica da Martin no Nebraska. Isso sem contar nos mais de milhares subcontratos envolvidos no projeto, enquanto engenheiros e operários trabalhavam sem descanso. No final, o primeiro protótipo desse avião fez o primeiro voo inaugural no Boeing Field em Seattle no dia 21 de setembro de 1942, marcando um feito histórico. Já o protótipo do backup, o XB32 da Consolidated, fez o seu primeiro voo alguns dias antes, no dia 7 de setembro de 1942. Mas o caminho estava longe de ser tranquilo. O projeto era extremamente avançado para aquela época, trazendo inovações como cabine pressurizada, trem de pouso com configuração tricículo e um sofisticado sistema de torres de metralhadoras controladas remotamente. As complexidades técnicas combinadas com a corrida contra o tempo acabaram levando a atrasos, falhas e até tragédias. Ou seja, o segundo protótipo sofreu um incêndio grave logo depois do seu primeiro voo, em dezembro de 1942. Em fevereiro de 43, outro incêndio provocou a queda do avião, vitimando toda a tripulação e trabalhadores em terra. Mas apesar desses contratempos, o programa continuou. Impulsionado pela necessidade de dominar os céus do Pacífico com o receio do crescimento do Japão em meio à Segunda Guerra Mundial. [Música] Vem cá, você tá pensando em viajar agora Uma das maiores inovações do B29 Super Fortress foi a criação de um sistema de cabine pressurizada, que era um negócio inédito em bombardeiros de grande porte até então. Durante o projeto, os engenheiros da Boeing criaram dois compartimentos pressurizados pra tripulação, sendo o cockpit e a parte traseira do B29, interligados por um túnel também pressurizado que passava sobre a sessão das bombas. Essa solução permitiu que os tripulantes pudessem voar a altitudes superiores a 9.000 m, longe do alcance da maioria das defesas antiaéreas japonesas e de muitos caças inimigos. Além disso, a pressurização evitava o uso constante de máscaras de oxigênio e roupas especiais contra o frio extremo, que era uma das deficiências do antigo bombardeiro B17. Isso reduzia o cansaço dos tripulantes e melhorava também a eficiência deles, né, durante as missões longas que chegavam a durar mais de 12 horas. Só que um dos maiores desafios do projeto foi o motor R3350, que no início apresentou graves problemas de superaquecimento, exigindo instalação de defletores de ar para resfriamento e até a troca frequente de cilindros ou o motor inteiro. Enquanto isso, as constantes mudanças no projeto pressionavam ainda mais a entrega desse novo avião. Foi no meio de toda essa correria que surgiu um dos maiores ícones da engenharia aeronáutica, o B29. Eu separei aqui alguns dados técnicos para você entender o tamanho desse avião e a sua capacidade. O B29 tem 29 m de comprimento, 43,5 m de envergadura e 8,2 m de altura. O peso dele vazio era de 33 toneladas, já o peso máximo de decolagem era de 61 t. Para colocar esse gigante no ar, eram precisos quatro motores radiais R3350 que produziam mais de 3.500 cavalos cada um. E graças toda essa potência de sobra pro avião, o B29 podia alcançar a velocidade máxima de 572 km/h, que era superior até mesmo aos caças japoneses da época. Já o alcance do B29 era de 6.000 km com teto operacional de 33.600 pés ou mais ou menos 10.250 m de altitude. Além da possibilidade dele poder carregar 9.000 kg de bomba, pra própria proteção dele, foi adicionado um sistema avançado de armamento defensivo, ou seja, torres de metralhadoras controladas remotamente por diretores de mira, o que era revolucionário naquela época. eram oito metralhadoras calibre pon50 com torres controladas remotamente, mais duas metralhadoras calibre pon50 e um canhão de 20 mm na caludda. Mesmo enfrentando atrasos durante os testes, a urgência da guerra acelerou a entrada do B29 em serviço. A partir daí, se iniciou uma corrida contra o tempo para corrigir falhas, treinar tripulações e construir uma frota grande. Essas urgências levaram o general da Força Aérea, o Rap Arnold, a intervir pessoalmente. Com esforço extraordinário no primeiro semestre de 1944, ele conseguiu transformar 150 B29 recém produzidos em aviões prontos pro combate. Em meio a toda essa correria, o B29 foi nomeado Super Fortress ou Super Fortaleza, em alusão ao seu antecessor, o Boing B17 Flying Fortress ou a fortaleza voadora. Finalmente, os primeiros B29 começaram a operar no Teatro de Guerra lá do Pacífico, entrando em ação a sua grande autonomia, que permitia que ele voasse a partir das bases distantes, como as da Índia e depois das ilhas Marianas, se aproximando ao coração industrial do Japão. Ninguém era capaz de fazer aquilo naquela época. No dia 24 de novembro de 1944, depois de alguns dias de mau tempo, dezenas de B29 decolaram sem escolta e bombardearam Tókio, sendo a primeira de muitas missões que devastaram a indústria de guerra japonesa. O B29 rapidamente se tornou o terror dos céus japoneses, realizando bombardeios estratégicos, mas foram dois voos específicos que eternizaram o B29. Esse avião foi responsável por lançar as bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasak lá no Japão durante a Segunda Guerra Mundial. No dia 6 de agosto de 1945, o B29 Enola Gay lançou a primeira bomba atômica à base de urânio da história sobre Hiroshima. Ela foi apelidada de Little Boy. Três dias depois, no dia 9 de agosto, outro B29, o Boxcar lançou uma segunda bomba atômica à base de plutôio sobre Nagasak e essa foi apilidada de Fatman. Esses ataques marcaram não só a história da aviação, mas a do mundo como um todo, precipitando a rendição do Japão e pondo um fim na Segunda Guerra Mundial. Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, centenas de B29 foram aposentados, mas os que permaneceram em operação se tornaram peça fundamental da aviação estratégica americana nos primeiros anos da Guerra Fria, servindo até mesmo durante a guerra da Coreia entre 1950 e 1953. Nessas missões, o B29 enfrentou desafios novos. Além das defesas antiaéreas, ele teve que encarar caças a jato dos inimigos, algo que deixou evidente que o projeto, por mais avançado que fosse em 1944, ele já começava a se tornar obsoleto frente à nova era dos jatos. Mas uma coisa que eu quero destacar aqui é que a versatilidade desse avião fazia com que eles fossem adaptados para funções secundárias, como missão de reconhecimento fotográfico, missões de resgate marítimo e até mesmo como uma plataforma de lançamento de outros projetos, como por exemplo o Bell X1, o primeiro avião a quebrar a barreira do som, né, Mac 1. Inclusive tem vídeo do Bell X1 aqui no Aero por trás da Aviação. Algumas variantes foram criadas do B29 e a que se destaca foi a modificação para reabastecimento aéreo pela força aérea dos Estados Unidos, nomeados de KB29, tendo um papel importante no desenvolvimento do reabastecimento em voo moderno que a gente conhece hoje em dia. O projeto do B29 era tão bom que até os soviéticos fizeram engenharia reversa nesses aviões americanos e usaram isso como um modelo pro TupoLev TU4. Mas isso daí fica para um outro vídeo. Se você quiser que eu faça um vídeo sobre o teu, escreve aí nos comentários. A vida operacional do B29 chegou ao fim gradualmente durante a década de 50, à medida que ele foi sendo substituído por modelos mais novos, como o Boing B50, derivado direto do B29, e os bombardeiros a jato, como o B47 e o famoso Boing B52 Strato Fortress, que já tem vídeo aqui no Aero por trás aviação contando toda a história. Os últimos B29 foram oficialmente retirados de serviço no início da década de 1960. No final, mais de 3.900 unidades do B29 foram construídas entre 43 e 46, sendo a arma mais cara da Segunda Guerra Mundial. Só para você ter uma ideia do que que eu tô falando, na época do programa de desenvolvimento, foram gastos mais de 3 bilhões de dólares. Isso é equivalente a 54,8 bilhões de dólares atualmente. Hoje, poucos exemplares permanecem preservados em museus. O B29 Super Fortress não foi só uma máquina de guerra, mesmo enfrentando inúmeros desafios técnicos e logísticos, ele acabou desempenhando um papel decisivo no desfecho Segunda Guerra Mundial. Ele se tornou o símbolo da capacidade humana de inovar em meio ao desespero e também do preço terrível que tais inovações podem cobrar da humanidade. Ainda existem dois B29 voando e eu já tive a oportunidade de ver esses aviões lá em Ochcos, nos Estados Unidos. E o interessante é que é possível voar no B29 durante o evento lá de OHC nos Estados Unidos. Bom, é isso. Espero que você tenha gostado desse vídeo, dessa história toda incrível, desse avião que mudou os rumos da humanidade e deu o desfecho que a gente conhece da Segunda Guerra Mundial. Não deixa de curtir e compartilhar esse vídeo também. E agora eu convido você a entrar no site do nosso patrocinador, a Insider, para aproveitar os descontos para vestir a sua roupa de inverno, que pode ser usado em qualquer ocasião. Muito boa, muito confortável, leve, dá para você viajar, é bem legal, você vai gostar. QRCode tá aqui ou também o link na descrição. É isso aí. Valeu e até o próximo vídeo. [Música]

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