Ninguém sabe o que são: Eles foram encontrados por toda a Roma antiga e são um mistério

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Espalhados pela Europa antiga, esses objetos romanos de bronze continuam envoltos em mistério. Com formas perfeitas e furos estranhos. Eles surgem com frequência, mas nunca com explicação. O que são essas coisas? Um estranho objeto com 12 faces pentagonais, furos circulares em cada face e pequenos botões em cada vértice. Eles aparecem por toda parte no antigo Império Romano, mas ninguém, absolutamente ninguém sabe o que eles são. Apenas que são chamados de dodecaedros romanos. É interessante notar que, apesar do nome romano, nenhum deles realmente foi encontrado em Roma. Desde a primeira redescoberta em 1739, cerca de 120 peças foram catalogadas. Dessas, 33 apenas no Reino Unido, além de diversos outros locais, como na atual França, Alemanha, Suíça, Hungria, Bélgica, Áustria, Holanda e Luxemburgo. E todos datam do mesmo período, entre os séculos Ipo de. Cristo. Esses objetos foram feitos com precisão, conforme a análise do achado de Norton Disney, 8,6 cm 254 g. O material é tipicamente bronze com 75% cobre, 7% estanho e 18% chumbo fundido, provavelmente pelo método de cera perdida. As superfícies externas são sempre lisas, polidas, mas por dentro o metal é bruto. Os furos variam de tamanho, como se tivessem sido feitos sob medida. E os pequenos botões nos cantos não são decorativos. ao que tudo indica, foram fundidos com uma intenção funcional. Geometricamente, o docaedro é um sólido platônico cuja forma ligada desde Platão e Pitágoras à ideia de cosmos. Michael Gugenberger, arqueólogo clássico, defende que esses artefatos simbolizavam o universo com um valor muito além do uso prático. Eles apareceram em contextos diversos, desde túmulos masculinos e femininos, depósitos domésticos, pilhas de lixo, entre moedas em fortalezas militares e até junto a objetos cerimoniais. E cada descoberta reaccende o debate. Eram ferramentas práticas ou objetos cerimoniais. De todo modo, continuam sendo um dos maiores mistérios arqueológicos da história. Se são funcionais, funcional para quê? É exatamente essa pergunta que ninguém consegue responder com certeza. Várias teorias surgiram ao longo dos séculos. Algumas são plausíveis, outras completamente malucas. Uma das hipóteses mais antigas é que seriam instrumentos de medição, algo como uma régua tridimensional ou um primitivo teodolito usado para calcular distâncias. Parece improvável? Bom, nem tanto. A professora Amélia Esparavíia, do Instituto Politécnico de Turim, na Itália propôs que os dodecaedros poderiam ter sido usados como ranchers, instrumentos ópticos para estimar distâncias com base no tamanho aparente de objetos vistos através dos furos por meio de triangulação visual. Ela até construiu réplicas e fez testes, alinhando furos opostos de tamanhos diferentes. Seria possível medir com precisão razoável, sem necessidade de lentes. Contudo, a falta de padronização nos furos e a ausência de desgastes desfavorecem essa ideia. Outros pesquisadores já teorizaram que esses objetos poderiam servir para prever datas ideais de plantio. Isso mesmo. Segundo o engenheiro holandês MC Wageman, o Dorde decaedro funcionaria como pequeno calendário solar. Para isso, iniciou experimentos, apontando o objeto em direção ao sol, ao meio-dia, e observando como a luz atravessava os furos, quase como uma câmera escura. Dependendo do padrão de luz, os furos marcam dias de plantio e colheita, sendo possível estimar a melhor época do ano paraíso. Em testes com réplicas, essa técnica conseguiu determinar datas com margem de erro de apenas alguns dias. No entanto, nem todos estão convencidos dessas explicações técnicas. Afinal, de novo, sem evidências escritas ou inscrições nos próprios docaedros, tudo permanece apenas especulativo. Todo mundo pode achar qualquer coisa. Já outros acham que os dodecaedros eram, na verdade, objetos religiosos ou mágicos, inicialmente porque muitos deles foram encontrados em túmulos e junto a artefatos cerimoniais. E, de fato, a sua forma geométrica não é qualquer forma. O doe caedro, como mencionado anteriormente, é um dos cinco sólidos platônicos. Na filosofia pitagóica era considerado o mais sagrado de todos, associado ao éter, ao cosmos, ao divino. Platão dizia que o universo inteiro estava contido em um dodecaedro invisível. Seria esse objeto uma representação simbólica do universo? Um talismã, um instrumento ritualístico utilizado em cerimônias pagãs? Quem sabe? Bom, não, ninguém sabe ao certo. Há até quem diga que os dodecaedros podem estar ligados aos druidas, os sacerdotes das antigas religiões celtas, que foram perseguidos e quase exterminados pelos romanos. Talvez eles usassem os dodecaedros em rituais secretos fora da vigilância romana. Essa ideia ganha força quando lembramos que nenhum desses objetos apareceu nas áreas centrais do império, apenas nas regiões periféricas. Em 1966, um exemplar foi encontrado em uma sepultura feminina ao lado de um bastão, o que poderia sugerir algum tipo de uso cerimonial. Com isso, alguns veem o objeto como um cetro ritualístico, possivelmente ligado aos cultos celtas ou druidas. Mas e se o dodecaedro romano não fosse um instrumento científico e nem religioso? Vamos pensar se ele fosse uma ferramenta que ajudasse no desenvolvimento de correntes para alguma coisa específica de uso pessoal até mesmo militar. Você acha loucura? Mas tem gente que pensa isso. Essa, por exemplo, é a hipótese da artista Amy Gaines, que faz animais de tricô e os vende online. Ao se deparar com o objeto, ela não pensou duas vezes. Esses misteriosos objetos de 12 faces podem ter servido como uma engenhosa estrutura para produção de correntes metálicas. Isso mesmo, correntes de ouro, prata ou fios de cobre. A técnica seria inclusive conhecida como vikingnit. ou tricô viking, uma forma ancestral de ter sefios metálicos com as mãos, sem agulha, sem te, apenas com paciência, precisão e quem sabe um do decaedro. Para provar o seu ponto, Amy construiu uma réplica do objeto em impressão 3D e com palitos de madeira presos aos orifícios, começou a tecer. Comentos circulares, ela passou o fio por entre os palitos, usando os furos para guiar os laços e tensionar o padrão. Aos poucos, uma corrente metálica começou a surgir, entrincada, simétrica, resistente. E foi aí que muita coisa começou a fazer sentido. Por exemplo, por que os furos têm tamanhos diferentes para guiar a espessura e o aperto do fio. Por que há pequenos botões nos vértices para servir como âncoras no processo de tecelagem? Por que os objetos foram encontrados em muitos casos em contextos domésticos ou militares? Bom, talvez mulheres artesãs ou soldados com habilidades manuais estivessem por trás da produção. Até mesmo vestígios de cera encontrados em alguns dodecaedros ganham uma nova interpretação. A cera, por exemplo, poderia ter sido usada para lubrificar o fio, de forma a facilitar o seu deslizamento e evitar que o metal se rompesse. Faz sentido? É, faz algum sentido. A ferramenta é ideal para transformar um fio comum numa corrente valiosa, discreta, portátil, multifunção. E como toda boa ferramenta tão cotidiana que ninguém se deu ao trabalho de escrever sobre ela. E por isso mesmo, talvez aí o mistério persista. É, mas não para por aí. Já sugeriram que os dodecaedos poderiam ser castiçais, mas não há vestígios de fuligem nas peças. Seriam eles então brinquedos? Bom, cogitel para tricô de luvas, mas essa tecnologia só iria surgir no século X, muito tempo depois da data a que eles pertencem. Seriam eles então moldes de bolinhas, instrumentos de jogatina, armas improvisadas, dispositivos para lançar flechas ou então até bolas de demolição? Sim, bolas de demolição de bronze com 12 lardes furados. É cada ideia. Essas são apenas hipóteses que não se sustentam muito bem, né? não explicam, por exemplo, o porquê dos furos de tamanhos diferentes ou porque tantos foram encontrados intactos. E nenhuma consegue justificar porque esse objeto desapareceu completamente da história. É como se em algum momento alguém tivesse apagado todos os registros sobre ele. Talvez, talvez fosse algo usado apenas por alguns poucos, algo secreto, oculto. Foi pensando nisso que Matt Haven propôs a sua explicação para o mistério. Olha só, o dodeedro romano serviria como um dispositivo para codificar e decodificar mensagens secretas, uma espécie de enigma militar da Roma antiga. Interessante. Segundo ele, cada face docaedro com furos de tamanhos diferentes funcionaria como uma roleta cifrada. Você alinharia duas camadas, uma interna e outra externa, usando os botões nos vértices como uma trava ou marcação, cada combinação gerando uma letra codificada. Interessante. A cada palavra você gira o dodecaedro em um clique e o ajusta para um novo alinhamento. Ao terminar, sela a mensagem com cera dentro do objeto e imprime o lado correspondente da superfície metálica. Quando o destinatário receber o item, ele precisará bater a impressão na cera com o encaixe correspondente, montando então o próprio do caedro e começando com a decodificação. Apesar de complicada, a beleza dessa ideia está em como ela explicaria vários elementos físicos encontradas nessas peças. Os furos diferentes seriam posições distintas para alfabetos rotativos. Já os botões nos vestes seriam pontos fixos de alinhamento, a ser encontrada em alguns exemplares seria em razão do lacre protetor da mensagem e o uso de metal valioso garantiria a durabilidade e segurança, ideal para o uso militar ou diplomático. O mais fascinante dessa teoria é que ela também explicaria porque os dodecaedros foram encontrados em regiões distantes, mas nunca em Roma. Talvez porque fossem usados longe da capital, em zonas de fronteira ou onde o império precisava de silêncio, de algo secreto. O seu uso então seria um motivo contundente para serem feitos de bronze ou outros metais mais caros e não de cerâmica comum, porque não eram decorativos, eram ferramentas militares e de elite. E o motivo de em alguns exemplares arqueólogos encontrarem resíduos de ser endurecida seriam vestígios do antigo lacre que selava mensagens invisíveis por dois milênios. Será? Bom, claro, tudo isso é especulação, mas é uma especulação elegante, inteligente, que conecta forma, função e contexto. Revan até mostrou em vídeos como seria possível usar um modelo de dodecaedro com um alfabeto rotativo, letra por letra e furo por furo, com uma versão antiga da máquina enigma usada pelos nazistas. Lembra? Não sei se você assistiu aquele filme que mostra exatamente isso aí. Só que essa seria feita uma máquina feita à mão, um produto feito à mão, claro, naquela época, séculos antes da invenção do papel carbono. Ou seja, seria um sistema de comunicação altamente discreto, um aparelho de criptografia circular de 12 posições com duas camadas móveis, permitindo mensagens relativamente longas, mas sem separações marcantes no objeto. Obviamente essa teoria não resolve todos os enigmas. OK, eu concordo. Não sabemos se essas mensagens conificadas realmente existirem, nem mesmo se os doecaedros foram padronizados para esse uso. Mas ela oferece uma explicação plausível para a combinação de características físicas e contexto arqueológico, especialmente a ausência desses artefatos nos registros históricos oficiais. O que é estranho, um aparelho diferente como esse tinha que aparecer nesses registros. Mas de repente o dode decaedro não seria apenas um objeto estranho e passaria a ser uma possível peça chave na espionagem antiga, um enigma de metal dentro de outro enigma. E então, em 2023, uma nova descoberta reacendeu a chama do mistério. Durante escavações em Norther Disney, em Lincolnshire, na Inglaterra, um grupo de arqueólogos amadores encontrou um doecaedro praticamente intacto, enterrado com cuidado, medindo 8 cm e pesando 254 g, em solo cerimonial e sem nenhum indício de uso cotidiano. Os pesquisadores dizem que é a descoberta mais significativa em décadas. Por ser o quarto encontrado em contexto escavado, o achado abriu portas para análises mais rígidas e, pela primeira vez usaram tecnologias como magnometria, escaneamento 3D, espectometria e DNA de solo, de forma que dê para estudar o objeto sem destruí-lo. Com a análise da composição do bronze e ao procurar por resíduos de materiais orgânicos, eles tentarão entender se ele foi ou não usado para algo. O objeto foi até exibido no Festival de História de Lincoln em 2024. Espera-se que a continuação das escavações no mesmo local do achado possa vir a revelar mais itens correlacionados. Bom, até agora não há respostas, só perguntas. Por exemplo, quem fez esses objetos? Para quê? Porque só aparecem em certos lugares e porque nunca foram documentados. Isso é das coisas mais intrigantes. Será que eram ferramentas práticas, relíquias, religiosas, ou um código que só alguns sabiam decifrar? Bem, talvez nós nunca saibamos, né? Os dodecaedros romanos são enigmas que atravessam gerações, pedaços de bronze que, embora pequenos, carregam uma grande interrogação. Mas uma coisa é certa, quanto mais olhamos para eles, mais nos damos conta de que quanto ainda ignoramos sobre o passado. E você, o que achou de toda essa indagação, essas pesquisas? O que acha do tema? Você tem alguma informação que possa ajudar a elucidar? um pouco desses mistérios. Comente aí com a gente se você também tem uma teoria sobre o que eles são e para que servem. Muito obrigado pela sua companhia. A gente espera se ver num próximo vídeo.

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