Patriotismo oportunista de Lula; tarifaço confuso de Trump; Bitcoin salva da inflação?
0pauta que está dominando aí o tarifá do Trump contra o Brasil, a resposta do Lula, do governo brasileiro e tudo isso que, claro, tá preocupando muita gente com razão. Temos aí uma crise diplomática com os Estados Unidos, coisa que há muito tempo não havia e só que dessa vez respinga em várias indústrias, empresas que exportam para os Estados Unidos. E por mais que hoje a China seja o principal parceiro comercial do nosso país, o segundo maior continua sendo os Estados Unidos. Então, não podemos subestimar os impactos que isso tem na nossa economia e nas empresas que comercializam com os americanos. Pois bem, aqui a primeira pergunta diz o seguinte, ó: “A terío de 50% imposta pelos Estados Unidos ao Brasil tem o potencial de machucar a economia brasileira ou somos menos vulneráveis que os demais países?” Sim, tem potencial de machucar a economia brasileira. E eu quero trazer aqui até eu separei um gráfico para mostrar isto, mas antes de mostrar aqui o gráfico, é só também vale falar o seguinte, ó. Comparando com outros países, o Brasil ainda é um dos países mais fechados, comercialmente falando, de todo o planeta. de países relevantes, grandes, uma economia do nosso tamanho, com mais de 200 milhões de habitantes, nós comercializamos muito pouco com os demais países. A nossa corrente de comércio dividida pelo PIB é uma das menores do planeta comparando com os demais países. Então, nós somos bastante fechados. O nosso modelo econômico não é baseado em exportações no comércio exterior. Neste momento, uma notícia como essa até é positivo, porque não estamos tão expostos e tão vulneráveis nesse sentido, mas é por uma característica ruim da nossa economia, porque já éramos fechados. Então, não digo que é algo para comemorar, mas comparando com China, com Vietnã e outros países que dependem muito mais de exportações de comércio exterior, sem dúvida que o Brasil é menos prejudicado por tarifas do que esses países. Ainda assim, Estados Unidos aqui representa 12% das nossas exportações. Aqui são os dados de 2024. E em termos de importação, Estados Unidos 16%. Noputo geral, há um déficit comercial. Nós importamos mais os Estados Unidos do que exportamos, como eu já falei no outro vídeo, relembrando que não se trata muito de questão comercial que tá acontecendo com o Brasil, muito mais uma questão política. E a gente vai entrar novamente em alguns desses assuntos. Então sim, nós seremos prejudicados, porém comparativamente menos que outros países. Agora, setores que vão certamente já estão sentindo e isso está estampando as capas de jornais hoje, as nas redes sociais. Eu tô gravando aqui na sexta-feira, 11 de julho, por exemplo, setores de carnes e pescados que já estimam perdas com tarifat. Até tô lendo aqui eh do jornal. Por exemplo, aqui, ó, no caso de pescados, ó, mercado americano representa 80% das exportações e empresas setor já relatam cancelamento de contratos de e de envios de contêineres. Entre os frigoríficos, Minerva Foods estima que 5% sua receita em 12 meses devido à taxação. Estima uma perda, né? E aqui mais uma do uma afirmação do Eduardo Lobo naslavsk da AB Pesca. Essa taxação vai tirar nosso pescado do mercado americano. Não teremos como escoar a produção e muitas indústrias vão fechar. E outras exportadoras como Embraero, aeronave, sim, que tem quase 25% das receitas, quase 1/4 é também para os Estados Unidos, assim como Veg, Suzano de celulose devem ser afetadas. Então, as empresas vão sofrer, não é uma tarifa pequena. O que me chama a atenção para a estratégia ou a falta de estratégia, a inépsia, a incompetência de Lula e seu governo ao lidar agora com esta crise diplomática, esta crise com os Estados Unidos. Porque ao que tudo indica, o que tem sido veiculado até pelas falas do Lula, parece que vão dobrar a aposta nas manchetes de hoje. Até tá aqui no no site do Valor Econômico, por exemplo, que o Brasil pode usar a lei de reciprocidade e ir até a Organização Mundial do Comércio contra o Trump. Outra fala aqui que foi aventada é que eles querem esperar até chegar ao dia 1eo de agosto para ver se realmente eles vão tarifar em 50% as exportações brasileiras para os Estados Unidos. Vão formar um comitê de acompanhamento com empresários para para monitorar a situação. Não tem o que monitorar. tem que o governo brasileiro abrir um canal de diálogo sério, que até hoje não fez com os Estados Unidos, desde que o Trump assumiu, para lidar com essa questão e tentar suspender, remover esse tarifaço e entender o que realmente Donald Trump e o governo americano estão buscando. Mas essa atitude eu considero um enorme tiro no pé do governo brasileiro. Esperar para ver, pagar para ver. Pô, olha, a China já teve tarifa de 145% e estavam valendo 145%. Para outros países também o tarefaço estava valendo. Então não subestimem e não paguem para ver. Achar que o Trump vai não vai impor a tarifa se nada for feito. Não, pode ter certeza. Vai chegar primeiro de agosto. Se nada for feito, a tarifa estará valendo e vai prejudicar a nossa economia, as empresas que exportam e tudo mais. Então, cara, complicado. Eu vou, eu anotei alguns pontos, eu vou ler perguntas, talvez a gente vá um pouco, vou vou ir, vou ir voltar a esses temas. Então, vamos lá. Aqui, ó, essa tarifa de 50% pode ser entendida como um embargo comercial. Quais serão as consequências práticas se isso se mantiver ou piorar? 50% ainda não é um embargo comercial, mas para muitas pode inviabilizar por completo. É, e não é um embargo porque é são a as empresas que hoje exportam, então não não é uma não há uma proibição de comercialização com o Brasil, mas muitas indústrias serão inviabilizadas, pô, aumentar em 50% o preço, pô, a nossa moeda teria que se desvalorizar muito para neutralizar esta tarifa maior e as empresas americanas comprarem do Brasil. Então é assim uma tarifa muito elevada, não como foi com a China, mas agora é a maior do planeta. 50% agora é a tarifa maior que os Estados Unidos já impuseram, que é um desastre completo para nessa relação nossa, governo brasileiro com governo brasileiro. Acho que as tarifas dos Estados Unidos contra o Brasil serão adiadas ou revogadas, mas o PT possivelmente vai se beneficiar politicamente mais dessa atitude insana no Trump do que os bolsonaristas. Concorda? Bom, se serão adiados revogadas, não sabemos. É preciso que haja alguma interlocução, que haja alguma negociação, que sentem a mesa com o representante do comércio americano para que discutam o que fazer. Até o momento não há nenhum plano realmente traçado de tentar conversar com os americanos e resolver a questão. Até o momento não há nada. Politicamente, quem vai se beneficiar? Eu diria que ainda é incerto. Não sei avaliar e qualquer um que que disser que tenha a certeza quem é que isso vai beneficiar, se é Lula, se é Bolsonaro, aliado direita, não sei. Ainda até tem perguntas aqui, já vou antecipar uma sobre se pode acontecer no Brasil, o que aconteceu com o Canadá, que Trump com uma retórica tão antagonista aos canadenses, acabou facilitando a reeleição do partido que já era o incumbente lá, o agora do Mark Carney, que era então a situação e não a oposição mais à direita que tinha chances de ganhar até o Trump começar a sua retórica. suas atitudes e tarifas contra o Canadá também, aquelas coisas que ele falava de anexar o Canadá, ser o quº Estado americano, enfim, foi um tiro pela culatra e elegeu um governo que é mais aliado com a centroesquerda ou esquerda e não direita no Canadá. Será que isso pode acontecer no Brasil? Eu diria que bem menos provável, até pela distância das eleições, aqui é só no ano que vem, então até lá tem muita coisa para acontecer. Imagino que essa situação já terá sido resolvida. Então não acho que é isso que será determinante. Mas pode ser muito prejudicial, sim, até porque eu eu vejo as atitudes ali do nos perfis até do Eduardo Bolsonaro, de outros, eh, quase que agradecendo pelo tarifaço do Trump do Brasil. Ah, porque ele colocou assim, a justificativa foi a perseguição ao Bolsonaro, liberdade de expressão, etc. OK. Eu sou a favor liberado expressão e discordo do que está acontecendo no Brasil, mas aí tarifar as empresas e prejudicar toda a economia por conta disso. Será que essa então era a ferramenta de política externa que o governo Trump poderia utilizar para pressionar o governo brasileiro a reavaliar as suas posições? Eu acho que não. Então, pode ser um tiro pela culatra. Se os bolsonaristas eh foram eh culpados por estareifácil ou pressionaram por estareifácilo, acho que pode ser um grande tiro no pé. Com Trump retal no Brasil, o próximo passo serão sanções. Quem não tirou o país do dinheiro ainda é maluco. Não, sanções é algo bem mais ah severo, grave. Não estamos nessa situação, não temos uma briga tão crítica assim, não há uma situação tão crítica em termos de geopolítica. Por mais que haja esse alinhamento ideológico do nosso governo com as piores ditaduras do planeta, h, não vejo que o Brasil mereça sanções, o Brasil como um todo por conta disso. Não vejo isso acontecendo. Agora, a segunda pergunta, né? Quem não tirou o país do dinheiro ainda é maluco. Isso vale pro Brasil, vale paraos Estados Unidos, vale para todos os países. É fundamental se proteger das moedas nacionais, da do descalabro fiscal. Os Estados Unidos passou o grande pacote fiscal que pode aprofundar os déficites americanos. Enfim, este é um problema para todos os países e todo investidor deveria se planejar para não ficar sujeito a as ingerências do seu país ou da política que acaba minando o seu patrimônio e o seu dinheiro. Claro que no nosso caso brasileiro, emergentes com este governo, a situação é sempre mais crítica e requer uma atitude para ontem e não ficar aguardando e pagar para ver. Em uma possível vitória da direita nas próximas eleições, você vislumbra um cenário semelhante ao que ocorreu com Macre na Argentina, assumir com uma bomba explodindo no colo e receber os créditos da derrocada. Pode acontecer esse cenário se não tomarem as atitudes corretas. Qual foi o problema do Macrire? Ele foi gradualista no fiscal e usou a estratégia de tratamento de choque no monetário. Soltou o câmbio, deixou o câmbio flutual, o que está correto. Mas o fiscal, ele foi muito gradualista, não atacou os problemas fiscais argentinos e a bomba acabou estourando ao longo do tempo. Se aqui fizerem a mesma coisa, não vamos resolver a situação. Seja Tarcísio, seja Bolsonaro, seja quem for assumir o governo ano que vem. aqui do Deixa eu até só voltar. Tem mais perguntas agora, mas já saindo do temas. Eu quero voltar o tema porque é importante, até porque eu acompanho as notícias, acompanhei entrevistas e por incrível que pareça, a entrevista do Lula ao Jornal Nacional foi muito bem conduzidas, as perguntas muito boas pela repórter e evidencia novamente a inepscia e Lula dobrando a aposta nesta nessa tensão agora. diplomática. E claro que eu não vou reproduzir aqui a entrevista inteira, eh, mas eu quero destacar um, vou comentar alguns trechos e vou reproduzir aqui importante. Primeiro, o Lula falando sobre interferência nos assuntos de outros países, que isso não se faz, não se pode fazer. Olha, é uma hipocrisia completa, assim. Então, o Lula tá cansado de fazer isso em vários assuntos e agora se que achar que eh Trump tá fazendo isso no Brasil, por favor, hipocrisia completa. Mas sobre a questão do dólar e do Bricks, é impressionante como ele segue com esse discurso. Ele insiste em buscar uma moeda comum do dos bricks para tentar combater o dólar e se desvencidar, não precisar usar a moeda americana no comércio global. Ele segue batendo nessa tecla e não tem nem um upside, não tem nenhum retorno positivo de seguir insistindo nessa estratégia e usando essa retórica. só vai ser contraproducente para nós. Quer se desvencilhar do dólar, beleza, toma atitudes práticas nos bastidores, mas deixa essa briga para quem tem capacidade de brigar com os Estados Unidos e peitar os Estados Unidos. Não, o Brasil, a gente só tem a perder. Esse discurso só faz com que a gente contrate aí uma inimizade, o antagonismo ainda maior do Trump e com toda a sua, a o seu o seu comportamento aí errático intempestivo. Mas deixa eu colocar aqui esse trecho e aí eu continuo bem rapidinho. São 30 segundos. Vamos lá. Quarta coisa, o Brix é um agrupamento de países que trabalha em bol do sul global. Nós cansamos de ser subordinado ao norte. Nós queremos ter independência nas nossas políticas, queremos fazer comércio mais livre e as coisas estão acontecendo de forma maravilhosa, as coisas vão continuar melhorando e nós estamos discutindo inclusive a possibilidade de ter uma moeda própria ou quem sabe com as moedas de cada país, a gente fazer comércio sem precisar utilizar o dólar, porque nós não temos a máquina de rodar dólar, só os Estados Unidos que tem. E nós não precisamos, sabe, disso para fazer comércio exterior. É. É, e assim de novo, é impressionante como ele ele segue recorrendo a a essa ideia. é um grande tiro no pé e não tem por não tem por falar, até pode ter como estratégia e de certa maneira assim, o eu concordo com o Lula, tanto que eu falo sobre isso há muitos anos, emitir a moeda de reserva mundial confere os Estados Unidos um enorme privilégio. E o ideal seria que nenhum país precisasse usar o dólar e fosse obrigado a usar o dólar e tivesse alternativas. Felizmente hoje nós temos alternativas, algumas paralelas digitais, como Bitcoin. Já falei, até tem mais perguntas sobre isso, mas o próprio ouro, que é um ativo de reserva milenária, ativo monetária, já foi moeda, hoje não é, mas ainda é a parte importante das reservas internacionais de países e é um dinheiro apolítico neutro, que não pode sofrer nenhuma retaliação de outro país. Então, usem alternativas, tomem as atitudes que tenham que tomar, mas não sai em rede nacional televisão o tempo inteiro na internet, em discursos, em entrevistas falando sobre isso. Não tem porque o Lula virar o porta-voz dessa estratégia de buscar destronar o dólar, desde que outras nações façam isso, pelo menos em discurso. Então, um grande erro seguir insistindo nisso e que, por sinal, como eu falei no vídeo de ontem, eu tô gravando a sexta, publiquei o vídeo na quinta, esse é um dos grandes motivos do tarif do Trump. Pode ter a ver com a questão política que tá explícita na carta e parece ser oficial, sem dúvida. O quanto que aquilo é o principal, para mim não é o principal, mas posso estar errado. Mas essa questão de tentar minar a supremacia da moeda americana e que voltaram a falar e que o Lula, especificamente, é quase sempre o Lula que fala isso, os outros chefes de estado, Xijinpim, o da Índia, da África do Sul, Putin, pouco, Putin até fala mais, mas Putin já tá, já é um par na economia internacional, mas poucos seguem falando sobre isso tão abertamente, querendo peitar o dólar. O Brasil não tem nada a ganhar. Mas eu eu retomo o assunto porque é novamente até falando da Globo, teve um vídeo uma da da a repórter aqui falando diretamente uma correspondente da Globo em Washington lá na Casa Branca falando sobre isso no dia 9 de julho, então na quarta-feira ainda, até não tinha visto esse vídeo, eu vi agora na sexta-feira, mas corrobora o que eu eh afirmei que é uma das principais razões pelo tarifáço do Trump que ninguém estava esperando. Certamente não nesta magnitude 50%. Vou colocar aqui também rapidinho. E eu apurei aqui n governo americano que até domingo o Brasil não tava na mira de Trump. Os brasileiros também falam a mesma coisa, que o Brasil não era visto como um problema. Agora, tudo começou a mudar depois da reunião dos bricks no Rio de Janeiro, neste fim de semana, que criticou o aumento indiscriminado, unilateral de tarifas e defendeu também moedas locais em transações entre os integrantes do grupo. Trump então ameaçou, pois é, assim, o pior cego é aquele que não quer ver. Mas enfim, vamos prosseguir aqui. Tem mais perguntas. Eu acho que da entrevista, assistam a entrevista do Jornal Nacional, tá bacana, tá, foram boas perguntas. E alguns acham que até Lula não estava bem preparada e se surpreendeu. Alguns dos pontos que eu trouxe aqui, o fato também de que até o momento o governo não tinha aberto nenhum canal de comunicação assim mais fluído com o governo Trump, quase que desde o início se colocando em oposição, se contrapondo aos Estados Unidos. Para quê? Não tem por a gente fazer isso. Olha, olha como a Índia, eu sempre uso a Índia como exemplo de diplomacia mais inteligente, porque de fato eles se portam com muito mais habilidade na geopolítica, na diplomacia internacional. Eles estão no Bricks, estão fazendo acordo com os Estados Unidos, também concordam que não é preciso usar o dólar, mas não ficam falando isso aos quatro ventos como o Lula faz. Com a divulgação de uma pequena melhora da avaliação do governo somada a força da máquina pública, ano que vem risco de termos Lula em 2017 aumentou. Pode sair agora com essa questão do Trump. É possível também, né? Como podemos nos posicionar nos investimentos agora, considerando uma reeleição? Para mim, nada muda do que já deveria estar sendo feito desde sempre. Se planejar e se proteger de cenários mais adversos do Brasil. é com diversificação de investimentos de jurisdição, dinheiro fora do país, é com apostas mais assimétricas e blindadas de toda e qualquer política, de todo e qualquer regime, como é o caso do ouro, em especial o caso do Bitcoin, que eu vou falar de novo porque Bitcoin tá batendo máxima histórica aí e tem algumas perguntas sobre isso claramente. Então isso não muda nada. eh a decisão de alocação eh e e o planejamento patrimonial, ele já deve considerar a possibilidade de um cenário adverso se concretizar e não esperar com que ele se concretize. Você acha realmente seguro aplicar parte significativa do patrimônio em Bitcoin? Por ser um ativo totalmente digital no caso de uma grave crise e consequentemente essa parte do patrimônio. Vamos lá. Certamente aqui a pessoa não me segue há tanto tempo e absolutamente sim. E para mim cada vez mais o meu nível de convicção com a tese, com o ativo, com a tecnologia, com os incentivos, a resiliência, a antifragilidade do sistema, isso só tem crescido ao longo dos tempos. E com tudo que acontece no mundo das moedas nacionais, dos bancos centrais, a situação calamitosa fiscal de quase todos os países desenvolvidos, alguns emergentes, incluindo o Brasil, só me faz ter mais convicção na tese do Bitcoin e não o contrário. Então, e por isso que eu sempre, desde sempre, alguns até me, eh, ficam frustrados que eu deveria estar falando mais do Bitcoin aqui, enquanto eu falo muito do sistema legado das moedas de bancos centrais e investimentos também tradicionais, como renda fixa e ações, etc. Mas parte da minha contestação a essas críticas e não não desmereço as críticas, sempre considera bastante, é que ao mostrar o que eu chamo que é o outro lado da moeda, mostrar ou escancarar as entranhas do sistema monetário vigente, eu espero com isso conscientizar as pessoas e mostrar que olha, isso que nós temos, isso não funciona, isso é instável, isso vai te deixar pobre. Isso não vai proteger o seu patrimônio, pelo contrário, mas há uma alternativa. Então, mostrar as fragilidades do sistema tradicional, eu espero estar chamando atenção também para que alguma atitude seja tomada e que, felizmente, temos alternativas. Strike ou strife? Dúvida do qual comprar. Intenção a deixar rendendo. Para quem não sabe, esses são essas são as ações preferenciais que na verdade são uma dívida perpétua que foram emitidas pela Micro Strategy, agora Strategy do Michael Sailor. Eu tenho que fazer um novo vídeo sobre é o Sailor, porque é importante. São dívidas perpétuas. A diferença entre os dois, entre os dois instrumentos é que a Strike paga um cupom de face menor, 8%, mas é conversível em ações. O caso da Strife é uma preferencial perpétua, então uma dívida, dívida entre aspas, porque não é nunca resgatável, ela é perpétua. Dá um cupom de fácil de 10%, então o juro é maior, mas não é conversível em ações. Se você busca apenas rendimento, renda fixa lastreada em Bitcoin, para mim a strife é melhor. Só que subiu bastante assim, o Strife já não é, não tá mais rendendo esses 10% de cupom. Agora já diminuiu o juro, porque a demanda pelo papel aumentou bastante. Mas merece um vídeo mais específico sobre isso. Basta olhar na ali no pelo ticker strk ou strf dessas duas ações preferenciais da Strategy. O que esperar dessa nova etapa da guerra tarifada de Trump? Será que desta vez o maior objetivo que assentar com a China será alcançado? Pois é, essa parte que agora também eu confesso que um já era bem previsível que seria o assunto principal a partir da ali do o fim das tensões por hora Israel e Irã. E de fato, como esperado, as tarifas voltaram à cena e a todo vapor, dominando aqui as manchetes. E não apenas no Brasil. Ontem mesmo o Trump já também mandou uma carta pro Canadá que vai aumentar as tarifas em para 35%. A não ser aqueles produtos que estão isentos de um acordo comercial dos Estados Unidos e Canadá e México. Mas enfim, estão aumentando tarifa de vários parceiros. E eu confesso que esta nova etapa da guerra tarifária, ela está mais errática e mais confusa. Está difícil ter uma leitura precisa do que está acontecendo e dos objetivos de Trump, porque ainda há negociações em andamento, mas é claro que acordos comerciais eles demoram para serem detalhados, para chegarem a um consenso, para haver concessão de um lado, concessão de outro e finalmente chegarem aos termos finais, não é? Da noite pro dia. E aquele prazo de 9 de julho que venceu anteontem era talvez irreal. Foram 3 meses. Talvez alguns países estivessem pagando para ver e agora os que pagaram para ver vão pagar porque vão, as tarifas vão aumentar, mas tá tá difícil ter uma leitura mais precisa realmente dos da estratégia neste momento do Trump, porque o que ele busca, eu reitero que eu tenho dito em outros vídeos, teremos manutenção de tarifas, sim, elas não vão embora. Teremos dólar mais fraco, porque o objetivo é redução do déficit comercial dos Estados Unidos, além das questões de segurança nacional e de isolar a China ou de ou de reduzir ao máximo a dependência do mundo e dos Estados Unidos da China. E não é fácil fazer isso hoje, mas esses são os macroobjetivos do Trump. Então, eh, esse esse pensem nisso quando estiverem avaliando a estratégia do Trump ou a aparente falta de estratégia para analisar as tarifas, né? Quero aprender com você. Me ensina? Claro, ensino. E quanto maior a descentralização do governo ou dos governos, menor é o poder de estrago que um governo tem. Por isso que a centralização é sempre muito preocupante. E os países que têm mais descentralização costumam também ter um nível maior de liberdade econômica. caso da Suíça. Claro que é um país menor, mas o sistema político deles é bem interessante e é bastante descentralizado. Ninguém sabe quem é o presidente da Suíça, por exemplo. Eu confesso que eu não sei qual é o nome do presidente da Suíça e muitos suíços talvez tampouco o saibam, mas quanto mais descentralizado, quanto mais o poder estiver na municipalidade, nos bairros, na municipalidade, nos estados e por último na União, na Federação, melhora. é um um incremento, é uma salvaguarda, é um contrapeso maior contra abusos. Acha válido aconselhar pessoas que nunca tiveram Bitcoin a não comprar no topo histórico? Eu acho válido começar. Se estamos no topo histórico agora, provavelmente o aquele indicador MV RV deve estar subindo porque o Bitcoin bateu o topo histórico. Até ver como como é que está neste momento. Vamos lá, ó. Bitcoin nesse momento, máxima histórica, 18 118.000 e chegou no dia de hoje a 118.909,74. É impressionante. Então, o Bitcoin não para de subir. E é claro que para o curto prazo entrar no topo histórico é mais arriscado, porque pô, tá na alta, então a chance de ter uma correção é sempre maior. Mas quem visa o longo prazo, quem pensa em posição estrutural, inicia, começa comprando aos poucos, começa, faz uma locação, separa quanto você quer colocar e divida em parcelas, em vários pontos de entrada, várias janelas de compra e não numa única só para não ficar sempre preso a esta dúvida. Para mim, e isso, esse é o melhor conselho que eu posso dar, porque talvez o Bitcoin volte para cindo, vá para 130 e aí, ah, matava no top storico, então não valia a pena. Pode ser, a gente fica sempre remoendo isso. Então, o ideal é começar e se cair, você vai comprar mais. Essa é a ideia. Aqui a pergunta também sobre Bitcoin, 113.000 o Bitcoin, como se sente? Eu me sinto acima de tudo vindicado eh intelectualmente. Para mim essa eh um dos sentimentos que me que me traz, mas acima de tudo é ver o Bitcoin crescendo em adoção ao longo dos anos. Essa para mim a parte mais importante. Eu vou relembrar aqui um trecho do meu livro que eu sempre aqui, para quem não conhece o meu livro aqui, o Bitcoin, a moeda na era digital, que logo estaremos com uma segunda edição. Segunda, é realmente a segunda edição que já demorou, tá mais do que demorada a segunda edição. Culpa unicamente minha, é de 2014, mas ainda muito válido. Mas o que eu explico nesse livro é que o importante não é fazer dinheiro com Bitcoin, mas é fazer do Bitcoin o dinheiro. E quanto mais ele se populariza, quanto mais ele se difunde, quanto mais o preço sobe também. E a parte desse processo, mais perto ele fica de realizar este potencial que para mim é o principal. E como eu dediquei este livro ao meu filho Joaquim, escrevendo o seguinte, que está aqui nas primeiras páginas, ó, que a sua geração colha os frutos de uma moeda honesta. É sobre isso. Ô Bitcoin, pode explicar sobre a taxa Selicumulado 5,35% e como isso nos afeta em cada dia? Cara, isso nos afeta porque é o nosso dinheiro perdendo o valor. Eh, agora o Banco Central por conta deste que foi o IPSA de junho, portanto, 6 meses contínuos com a inflação acima do teto da meta. Então, a meta é 3%, o teto é 4,5. E nos últimos 6 meses, a inflação oficial se manteve acima deste limite superior da banda de tolerância. E aí, claro, o Banco Central tem que emitir a sua cartinha. Essa é a punição do Banco Central por não atingir a sua meta. Tem que emitir aqui uma carta aberta sobre o descumprimento. A meta de inflação foi enviada no dia de ontem, 10 de julho. E aqui explique algumas das razões. Nada de muito novo. Nunca a culpa é do Banco Central, obviamente é sempre dos outros. E como a culpa é dele, ele coloca em quem quiser. Mas enfim. E aí o resumo da ópera da carta é que eles reiteraram a manutenção da Selic em 15% ou em patamar contraista para que a inflação volte para o centro da meta. E a perspectiva agora ou a previsão, a esperança do Banco Central é que isso aconteça no primeiro trimestre do ano que vem, 2026. Então, cara, é muito ruim esse nível de inflação que ainda não caiu. E como afeta, pô, olha o seu custo de vida, veja o custo de alimentação, o custo para colocar comida na mesa, para pagar as contas do dia a dia, tudo isso aumentou e isso não volta atrás. Esse é o problema da a taxa de inflação. É, digamos que ano que vem a taxa de inflação o IPCA caia para 2%, ou melhor, para zero, vai ficar em 0%. Isso não significa que os preços dos alimentos, do seu aluguel, da escola, do plano de saúde, etc., que o preço desse serviço, dessas mercadorias, que esse preço vai voltar ao patamar que era um ano antes, 2 anos, tr, não vai. Depois que o dinheiro perde seu valor, o poder de compra jamais é recuperado. Ah, não, mas o salário mínimo pode ser e elevado. OK. No momento pontual, poucas pessoas conseguem ter toda a correção, apenas a do salário mínimo. E mais do que isso, como já falei no vídeo recente, até vou lembrar que edição, coloca esse vídeo aqui, como a inflação corrói o poder de compra da população e apenas atualizar o salário mínimo não recupera esta perda do poder de compra e a desigualdade de renda, a redistribuição de renda que houve durante este período. E claro que os assalariados, mais pobres são quem mais perde neste cenário. Você sabe programar ou lógica de programação? Acho importante saber. Eu sei programar ou sabia, né? Há muito tempo que eu não uso. Eh, VBA para Excel era excelente. Certamente os programadores vão dizer: “Cara, isso não é linguagem de programação, mas tudo bem. Quase linguagem de programação. Aprendi na marra. Eu sou um cara muito autodidata. Isso eu tô falando 20 anos atrás. Caramba, quando até mais, quando eu comecei na Controladoria na Tisen Group Elevadores e fui obrigado a me especializar no Excel para aumentar a minha produtividade e conseguir entregar tudo que era esperado de mim e mais um pouco. E aprendi VBA e é fantástico. E eu recomendo para qualquer um aprender programação. Lógica da programação. é um excelente exercício de raciocínio, de lógica e vá vai trazer ah ganhos para qualquer pessoa. Então aqueles que tm filho pequeno também, certamente aprender programação vai ser excelente, já é importantíssimo, mas seguirá sendo muito importante. E com as inteligências artificiais, saber programação melhora ainda, porque você consegue ser um programador ainda melhor e mais rápido utilizando e IA. Então, excelente. Qual o lugar que você mais gostou de viajar e volta sempre? Eu voltaria? Pô, são tantos, mas eu vou dizer dois 1, Japão. Fui no final de 22, não voltei ainda, mas quero muito voltar. Espetacular. E um que eu tenho ido e tenho voltado, que é a Argentina, mas não Buenos Aires especificamente, sim pro sul da Argentina, a parte mais montanhosa, a parte em que a natureza é espetacular, aquela região dos sete lagos, São Martim de Losandes, Vila Langostura, São Carlos de Barilote. Assim, toda essa parte da Patagônia, Argentina é um lugar muito especial, um dos lugares mais bonitos que eu já visitei e pretendo voltar sempre para lá. Investe em imóveis de praia, turismo interno aumenta cada ano. Não quero vender aqui, ó, #n não quero vender nada. Kakak eu não sou daqueles que defende só aluguel e jamais ter casa própria. Entendo o racional financeiro da coisa. Pode até fazer sentido, mas tem vários motivos que fazem alguém comprar o imóvel próprio, pelo menos o de moradia principal. E é o meu caso, eu compartilho muito esses motivos de segurança, tranquilidade, não ficar sujeito a ser despejado, a mudar o aluguel, enfim, tenho n motivos e eu acho que ter um imóvel próprio é excelente. Agora, um segundo imóvel na praia, na serra, etc., para mim não faz sentido. Eu prefiro alugar. Acho que financeiramente é muito mais negócio e e até em termos de aí é um pouco de estilo de vida de cada um, eu não gosto de voltar sempre para o mesmo lugar. Ou mais do que isso, eu não gosto de ter a obrigação ou ficar com o sentimento de, pô, tô com a casa na praia, tô gastando, tenho que manter e não tô usufruindo. Eu acaba tendo um sentimento de ser obrigado a estar indo pr pra casa na praia com frequência. Então, eu prefiro não ter essa obrigação. E fora dor de cabeça, manutenção, tudo isso, cara. Eu eu gosto muito mais de cara, vou alugar uma casa bacana na praia, talvez vá gastar um pouco mais possível, mas terminou o veraneio, eu fecho, fecho a chave, entrego ela, vou embora e não tenho nenhuma encucação. Ela não tem o vazamento ali, a janela quebrou, tem que pintar. Eu não quero ter essa preocupação. Então, para mim não vale a pena. E como investimento, imóveis de praia costumam ser a segunda moradia. Serra, então, que no caso aqui a redores de Porto Alegre, a serra é Gramado, Canela, é terceira moradia. Por que eu falo isso? Porque são imóveis que costumam ter uma liquidez menor. Então você pode até pode ter uma renda boa. Nem fiz cálculo nenhum, mas não também não quero ter essa dor de cabeça de ter que tá logando o imóvel. Mas sem dúvida que são imóveis com menos liquidez da praia e se for terceira moradia serra, menos liquidez ainda. Então tenha essa ciência de que se você investir num segundo ou terceiro imóvel que não seja numa metrópole, numa capital, na cidade principal, a velocidade de vendas vai ser bem baixa. É preciso estar preparado para isso. E com isso encerro mais um responde. Espero tenham gostado deste conteúdo e curtam deste domingo com suas famílias, com seus amigos. Espero tenham lavado as louças. Valeu, obrigado. [Música]