O QUE HÁ EM GÖBEKLI TEPE? Algo ENORME foi encontrado! A verdade sobre o TEMPLO mais ANTIGO do mundo!
0Goblitep é um dos sítios arqueológicos mais antigos do planeta e não há um consenso de quem o construiu, nem quando. Bom, teorias não faltam, não é não. Porém, a própria descoberta do sítio já é em si um pouco confusa, já que há algumas versões distorcidas, mas a que mais se aproxima da verdade é que ainda nos anos 1960, alguns arqueólogos estavam na região e deram de cara com algumas lajes de calcário quebradas e supuseram tratar-se de algum cemitério medieval abandonado e, por isso não deram a devida atenção. descartando o local como se não fosse importante. O fato é que somente 30 anos depois, em 1994, o fazendeiro local arava o chão quando encontrou uma enorme pedra com formato incomum, surgindo do sol. Ele então aproximou-se, tirou a terra que ainda cobria a estranha pedra e, por sorte, alguém raciocinou, né? Isso parece fazer parte de alguma coisa muito maior. Ele entrou em contato com as autoridades da cidade. Em tempo, isso foi no interior da Turquia, as quais, por sua vez, contactaram um renomado arqueólogo alemão de nome Klaus Schmith. Schmith, que trabalhava em outro sítio conhecido como Nevaliori, não muito distante, resolveu conhecer o tão comentado Gobekley. Tep. Mais tarde, ele ainda compararia Goble a outro sítio, Gursutep, dizendo que este último poderia ter um assentamento rural mais jovem, mas que poderiam ter alguma ligação, uma vez que uma das fases de Gurso TEP parece alinhar-se à linha de tempo de sua vizinha mais famosa. E é bom explicar que Gkutep é um sítio neolítico na periferia sudeste de Sanlurfa, também na Turquia, composto por quatro colinas baixas ao longo do riacho Sirim. Todas as quatro colinas estão agora cobertas por construções modernas, de modo que não são mais reconhecíveis. Ainda na década de 1990, uma equipe arqueológica alemã sob a direção de Klaus Schmith realizou sondagens nas quatro colinas e extensas escavações na segunda colina vista do leste. O fato é que cada uma das colinas foi ocupada em tempos diferentes, mas em sequência e um deles parece compartilhar a mesma linha do tempo de Gobley Tech. Quando Schmid chegou a Goble e examinou a colina, percebeu algo extraordinário, que era a presença de enormes pilares em forma de T que se projetavam do solo. Essas estruturas que tinham semelhanças com as encontradas em Nevalissori indicavam que ali havia algo muito mais antigo e monumental do que se pensava. Lideradas por Schmith, as escavações começaram em 1995 e o que foi desenterrado socou o mundo da arqueologia. A cada camada removida, revelavam-se complexos recintos circulares e ovais, com pilares megalíticos de até 5,5 m de altura e pesando várias toneladas. Muitos desses pilares são decorados com intrincadas esculturas em baixo relevo de animais selvagens. como raposas, cobras, javalis, aves e insetos, além de símbolos abstratos e até representações humanoides estilizadas. Quando o professor Smith realizou a datação rádiocarbono na estrutura da pedra, os resultados indicaram que os monólitos têm 11.600 600 anos de idade, o que é absolutamente insano se levarmos em consideração que os especialistas tradicionais acreditam que os caçadores coletores emergiram da era do gelo, depois descobriram a agricultura e só então construíram assentamentos na antiga Mesopotâmia, cerca de 6.000 anos depois da data estimulada de construção de Gobeclle TEP. Isso torna essas estruturas o mais antigo complexo monumental conhecido do mundo. Fazendo uma boa analogia, Gobeklteep é 6.000 anos mais antigo que Stonhang e 7.000 anos mais antigo que as pirâmides do Egito. Incrível, né? O que torna esse sítio ainda mais surpreendente é que ele foi construído por sociedades de caçadores coletores nômades e seminômades antes do advento da agricultura e da cerâmica. Algo que desafia completamente as teorias existentes sobre o desenvolvimento da civilização. Anteriormente, acreditava-se que grandes estruturas complexas só poderiam surgir após a sedentarização, ou seja, quando a sociedade deixa de ser nômade e passa a fixar-se em algum lugar e também do desenvolvimento da agricultura. Goblitep virou essa ideia, ou de cabeça para baixo, sugerindo que a organização social e a construção de templos podem ter precedido e até impulsionado o desenvolvimento da agricultura. Segundo consta em um dos documentos de Schmith, Goberclleep é um dos sítios neolíticos mais fascinantes do mundo. Trata-se de um T, um monte artificial que data do neolítico pré-holaria, não era usado para habitação e consiste em vários santuários na forma de recintos megalíticos circulares. Por ficar em um ponto mais alto na região, é um marco visível de longe. As enormes camadas de até 15 m nas quais está disposto foram sendo acumuladas ao longo de vários milênios numa área de cerca de 9 haares. Ainda nos dias atuais, o local não perdeu nada de seu apelo mágico. Por exemplo, uma árvore chamada pelos locais de árvore dos desejos, que fica no topo da serra, ainda é procurada pelos moradores da área circundante. Há uma lenda que corre sobre essa árvore que alguns locais ainda a praticam. Dizem na região que os antigos moradores de Gobecle Tep tinham o costume de andar ritualmente em torno dela, cada um com um pedaço de pano que depois eram amarrados aos galhos da árvore, representando um desejo que gostariam que realizassem. Certamente um costume bastante ritualístico, mas espera aí um pouquinho. Estamos falando de alguns milênios atrás. Então, é certo afirmar que essa árvore que lá se encontra não seja a mesma usada nos rituais. Num passado distante, aquele mesmo local possuía uma árvore verde maior do que as poucas plantas que existem hoje na região. O fato da árvore servir como um objeto ritualístico levantou suspeitas sobre o propósito de Gobeclleep. Será que serviu tanto de moradia quanto de um lugar sagrado? As pessoas mais tradicionais daquela região da Turquia sempre ouviram histórias de seus antepassados a respeito de Cobeclleep. Tratava-se de um lugar sagrado, na verdade um templo. E os arqueólogos não demoraram muito para descobrir que essas pessoas estão certas. Goblitep não é só um lugar místico, como também já é considerado o templo mais antigo do mundo. O mais interessante de tudo é que pouco se sabe sobre esse templo. Na verdade, estima-se que não mais que 10% do sítio tenha sido escavado. E a pergunta que não quer calar é se ainda há 90% de coisas a serem descobertas. O que pode estar enterrado sob a superfície de Goblitep. E para tornar as coisas ainda mais difíceis, dado o tempo que já estão trabalhando no local, alguns arqueólogos estimam que nesse ritmo demoraria cerca de 150 anos para escavarem toda a área. Por falar nas escavações desde 2014, com a morte do professor Klaus Schm naquele ano, elas vêm sendo cada vez mais escassas e democratizadas. Em tempos anteriores, eles só tinham 4 meses do ano, dois na primavera e outros dois durante o outono para trabalharem no sítio. Dadas as condições do clima na região. As coisas pioraram depois da morte de Schmith, talvez a pessoa mais dedicada ao antigo templo que já tenha aparecido. Nem por isso os trabalhos foram integralmente abandonados. Tanto que as novas descobertas intrigaram bastante a comunidade arqueológica, já que traz algumas novidades. Vamos, primeiramente falar sobre o que já tinham descoberto no sítio. De acordo com as escritas de Schmith, é notável que, apesar da grandeza do local, não foram encontrados quaisquer edifícios residenciais em Gobeclitep. Em vez disso, as escavações revelaram a existência de pelo menos duas fases distintas. de uma impressionante arquitetura religiosa. A camada mais antiga em particular destaca-se pela sua grandiosidade. As características centrais dessa fase são os pilares monolíticos em forma de T, cada um com um peso considerável de várias toneladas. Esses pilares foram meticulosamente erguidos para formar grandes recintos circulares. No coração de cada um desses círculos, um par de pilares se eleva imponente, dominando a paisagem. Os diâmetros desses círculos variam entre 10 e 20 m e os 10 a 12 pilares que compõem cada círculo são interligados com paredes construídas com pedras extraídas da pedreira. Schmith e sua equipe designaram os primeiros recintos descobertos nos anos iniciais das escavações como A, B, C e D. Posteriormente, outros recintos nomeados E, F e G foram identificados. Contudo, esses últimos não exibem a mesma escala monumental dos quatro primeiros e, por essa razão, não são abordados em profundidade nesse trabalho específico. Essa descrição extraída das conclusões de Schmith destaca um dos maiores enigmas de Cobecle Tep, a ausência de habitações, sugerindo que o local era primeiramente um centro cerimonial ou religioso e não um assentamento permanente. Aí é que mora a novidade. As descobertas recentes prometem mudar um pouco esse cenário. Até agora, os especialistas presumiam que Gobeklitep tinha sido construído pelos caçadores coletores nômades para servir como local de encontro para cerimônias religiosas, um verdadeiro templo. No entanto, novas evidências surgiram e, óbvio, desafiam essa teoria. Que tal? Foices de silax, pedra jamolá e resíduos de plantas e animais. São apenas algumas das coisas que foram encontradas com as novas escavações e sugerem que seus construtores podem ter se dedicado à agricultura ou ao processamento de alimentos naquele lugar, indicando que não só serviu como um templo, como também por moradia, por um período muito mais longo do que se imaginava do início. Em outras palavras, essas descobertas sugerem que os primeiros humanos podem ter começado a construir comunidades permanentes ou semipermanentes muito antes do que se pensava. Além disso, escavações recintes revelaram estátuas monumentais, elementos arquitetônicos e esculturas pintadas datadas do período neolítico pré-cerâmico do 10º ao milênio antes de C. As descobertas incluem uma notável estátua de javali pintada em Gobeclle Tep, adornada com pigmentos vermelhos, brancos e pretos, considerada uma das estátuas pintadas mais antigas do período mesolítico. Uma estátua de javali foi encontrada em um banco de pedra adornado com vários símbolos, incluindo um símbolo em forma de H, uma lua crescente, cobras e rostos humanos. Tais adornos por si só um enigma do mínimo inquietante. As pedras nas quais eles foram gravados são muito, muito duras. Seria necessário haver um instrumento com dureza ainda maior para conseguirem esculpi-las. O que será que utilizavam? Outra pedra? Olha, é bom lembrar que os instrumentos de metal, como o ferro só foram aparecer cerca de 1500 anos antes de Cristo, num período conhecido como a idade dos metais, quando o homem conheceu e passou a usar ferro, cobre e bronze, considerado o último período da pré-história. Mas além de Gobeklit Tep, há também outro sítio tão peculiar e com altas semelhanças com esse primeiro que é chamado de Carahante. descoberta em 1997. A distância entre eles é de pouco menos de 60 km e ambos fazem parte de um conjunto de sítio arqueológicos na região conhecida como Taj Tepelec ou Colinas de Pedra. Assim como em Goble, Karahan apresenta pilares em forma de T e estruturas megalíticas semelhantes. Mas alguns pesquisadores sugerem que ele pode ser ainda mais antigo. A proximidade e a semelhança entre esses sítios indicam que eles fazziam parte de uma mesma cultura ou rede de interações de caçadores coletores no neolítico pré-serã, desafiando ainda mais as noções anteriores sobre o surgimento da civilização. Até mesmo os símbolos e animais gravados nos megálitos são semelhantes. Cobras, raposas, javalis e aves são vistos em ambos os locais. Para muitos arqueólogos, não haveria motivos para construírem dois templos cerimoniais tão próximos um do outro. Portanto, a sugestão é que tenham sido mais do que locais sagrados. As escavações em Carahanteep tiveram início somente em 2019, apesar de ter sido descoberto 22 anos antes. E muito se deu à burocracia turca. Mas outros elementos influenciam dessa dificuldade em se iniciar um trabalho arqueológico, como dificuldades técnicas, natureza, clima, dinheiro para financiar a exploração, porque não fica barato, né? Entre outros detalhes. Em Carahan, além dos pilares em formas de T, também foram encontradas esculturas antropomórficas, isso é, com características humanas, sem serem humanos, decaptados e com nariz cortados. e uma notável cabeça masculina com lábios proeminentes em uma das piscinas rituais. Agora, uma coisa que chamou também a atenção dos arqueólogos foram os formatos fálicos atribuídos à maioria das esculturas, especialmente em Carap. Será que tinham algum propósito nisso ou era somente um estilo artístico? Até o momento não é possível saber. até que se encontre mais alguma pista que esclareça as várias questões que ainda pairam sobre aquelas colinas. Por que afinal Goblit é tão importante? Segundo Klaus Schmid em seu documento, a transição de sociedades não produtoras de alimentos para sociedades agrícolas ocorreu pela primeira vez durante o neolítico pré-cerâmico do Oriente Próximo. Uma das principais questões que tem ocupado a mente de gerações de arqueólogos é por as pessoas abandonaram o estilo de vida de caça e coleta e começaram a domesticar plantas e animais? Vem outras palavras. Por que a revolução neolítica ocorreu? As novas descobertas em Goblet trouxeram evidências para explicações que difermente aceita sobre essa questão. A fronteira sudeste da Turquia, dividida com a Síria, parece ter muito mais a oferecer. E vamos torcer para que conflitos e burocracias não sejam obstáculos grandes demais para o mundo ter tempo de conhecer um pouco mais sobre suas origens. Pode ser que os 90% de Goble, ainda enterrados tem umas respostas que há muito tempo estamos procurando e diz respeito aos antepassados da humanidade. E por fim, de qualquer forma, tanto para os arqueólogos como para nós apreciadores desse tipo de assunto, é muito estranho pensar que os caçadores coletores tenham construído estruturas tão magníficas em Gobecletep, como também em Carahante Tep. antes de saberem até mesmo como cultivar alimentos. Ou a história arqueológica está enganada, ou há algo muito mais misterioso por trás dessa história que talvez nunca saibamos. O que é que você pensa aí sobre Goble Tep? Será mesmo que ele pode conter a chave do nosso passado? Até a próxima. M.