POR QUE OS TAZOS DA ELMA CHIPS SUMIRAM DO BRASIL?
0Você lembra da sensação de abrir um pacote de salgadinho da Elma Chips e torcer para encontrar um tazo raro? Naquela época, a maioria das crianças gostava mais de descobrir qual brinde vinha dentro do que comer o próprio salgadinho. Se você cresceu nos anos 90 ao começo dos anos 2000, com certeza viveu a febre dos tasos. Tinham diversas coleções, como do Line Tunes, Pokémon, Yugio, Dragon Ball Z. Os tazos da Elma Ships foram um verdadeiro sucesso e marcou uma geração que lembra até hoje de brincar, trocar com os amigos e colecionar os Tazos. Mas o que aconteceu com eles? Como uma promoção tão icônica simplesmente sumiu? E será que os Tos podem voltar? Nesse vídeo você irá descobrir a verdadeira origem dos Tasus, que diferentemente do que muitos pensam nasceu no Brasil. e entender porque eles desapareceram mesmo fazendo tanto sucesso. A história dos Tasos é muito mais complexa e antiga do que você imagina. [Música] Para quem cresceu nos anos 90 no Brasil, os tazos foram uma verdadeira febre. Eles vinham como surpresa dentro dos salgadinhos da Elma Chips e rapidamente se tornaram objeto de desejo entre crianças e adolescentes. Mas o que muita gente não sabe é que os Tasos não nasceram no Brasil. Na verdade, sua história é muito mais antiga e cheia de reviravoltas. A origem dos Tasos remonta ao século X7 no Japão, onde surgiu um jogo chamado Menco. O Menko consistia em lançar discos que podiam ser feitos de madeira ou argila no chão com o objetivo de virar o disco do oponente. Esses discos eram ricamente decorados com imagens de guerreiros, monstros e principalmente samurais. Um jogo simples, mas extremamente popular entre as crianças da época. Com o tempo, o jogo viajou pelo mundo e acabou chegando aos Estados Unidos, especialmente durante um período conturbado da história americana, a Grande Depressão. Nos anos 20, os Estados Unidos viviam uma era de ouro, com mercado de ações crescendo e muitas pessoas enriquecendo rapidamente, levando a uma superprodução de bens industriais e agrícolas. Porém, em 1929, veio o colapso, a quebra da bolsa de valores de Nova York. Uma das causas da quebra da bolsa de valores foi a facilidade de acesso ao crédito e a intensa especulação na bolsa de valores, inflando uma bolha especulativa que, ao estourar, levou a perdas massivas para os investidores. Logo, milhares de pessoas começaram a vender suas ações ao mesmo tempo e como ninguém queria comprar, os preços despencaram. E isso levou à falência de bancos, àbra de empresas e a perda total dos bens de muitas famílias. A falência de bancos e a restrição do crédito causadas pela crise dificultaram acesso a empréstimos para empresas e consumidores, agravando ainda mais a situação. Os Estados Unidos, que até então eram vistos como a maior potência econômica do mundo, entraram em uma crise profunda e o impacto foi direto também no dia a dia das crianças. Isso fez com que os brinquedos, por exemplo, se tornassem luxo. E foi nesse cenário que surgiu a ideia que mais tarde dariam origem aos tasos. Naquela época, o leite era vendido em garrafas de vidro que vinham com tampas para evitar vazamentos. Essas tampinhas começaram a chamar a atenção das crianças, principalmente por suas ilustrações, e passaram a ser usadas como brinquedo. Na década de 30, graças à influência de imigrantes japoneses, o antigo jogo do Menco ressurgiu nos Estados Unidos com uma nova cara. Em vez dos tradicionais discos de madeira, as crianças passaram a usar essas tampinhas de leite, conhecidas como milk caps. A brincadeira era simples, bastava colocar uma tampinha no chão e as outras eram jogadas por cima tentando virá-la. Quem conseguia ficava com a tampinha. O jogo se popularizou especialmente no Havaí, onde o leite ainda era distribuído em garrafas de vidro com milk caps decorados. No entanto, com o passar dos anos e a mudança na forma de armazenar o leite, os milk caps começaram a desaparecer gradualmente até praticamente sumirem por completo nas décadas seguintes. No entanto, no ano de 1991, algo inesperado aconteceu. Uma professora do Havaí, relembrando as brincadeiras da infância, resolveu ensinar o jogo aos seus alunos. O sucesso foi tão grande que rapidamente a brincadeira virou febre novamente. E esse renascimento do jogo dos mils logo daria origem ao que hoje conhecemos como Tazos. Assim como os Tos conquistaram uma nova geração, algumas ideias inovadoras também estão transformando a forma como lidamos com o nosso dinheiro, mas de um jeito ainda mais inteligente e vantajoso. Imagine um mundo onde cada compra se transforma em pontos para viagens inesquecíveis ou em cashback turbinado em dólar direto na sua conta. 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Em suas aulas, ela resolveu ensinar a seus alunos uma brincadeira usando as tampinhas de uma marca local de suco chamada POG. A ideia era simples, empilhar as tampinhas e usar outra para tentar virá-las. Quem conseguisse ficava com as tampinhas da rodada. As crianças adoraram a brincadeira. As tampinhas coloridas, decoradas com diferentes estampas despertaram interesse não só pelo jogo, mas também pela coleção. Por causa da marca do suco, os discos passaram a ser chamados de pogs. O sucesso foi tão grande que os próprios pais começaram a comprar um suco apenas para conseguir mais tampinhas para os filhos. As vendas da marca POG dispararam e a empresa percebeu que ali havia uma oportunidade de ouro. Então começaram a decorar as tampinhas com ilustrações exclusivas, transformando oficialmente em itens colecionáveis. A febre deixou de ser local e explodiu em todo o território americano. A empresa criou até um mascote oficial lançando um tabuleiro de arena e passou a licenciar personagens famosos, como os da Disney e Marvel, para estampar os pogs. Até mesmo McDonald’s entrou na onda, distribuindo os discos como brindes em seus lanches. Contudo, a transformação dos pogs em tasos, como conhecemos, só aconteceu graças à união de duas empresas gigantes. Durante a Grande Depressão, um homem visionário chamado Herman Warderley perdeu o emprego e decidiu empreender vendendo batatas fritas nas ruas. O negócio deu certo e em 1932 ele fundou a famosa marca Leis. Quase ao mesmo tempo, outro empreendedor, Charles Elmer Dollin criou sua própria marca de salgadinho de milhos afritos. No ano de 1961, essas duas empresas resolveram realizar a fusão entre elas e formaram a Freitollei, que alcançou um sucesso tão grande que passou a faturar mais de 126 milhões de dólares por ano. Esse crescimento chamou a atenção da Pepsi, que acabou comprando a Fritlei e expandindo sua atuação global. No processo de internacionalização, a Peps SchCO fez parcerias com diversas marcas locais. No Brasil, fechou com a Elma Chips e no México, com as Sabritas. A Elma Chips, por exemplo, é responsável por marcas como hoffels, chitos, fandangos, baconzitos, doritos, entre outras. Mas foi no México, no ano de 94, que o Tasus, como conhecemos, começaram a tomar forma. Dois executivos das Sabritas, Pedro Pardierna e Fabian de La Paz, buscavam novas estratégias para aumentar as vendas dos salgadinhos. E durante as pesquisas se depararam com os pogs dos Estados Unidos e acharam a ideia genial. No entanto, decidiram criar uma versão própria. A dúvida inicial era sobre qual nome eles iriam chamar os brindes. Foi então que eles levaram a proposta ao time de marketing. E com base no nome de uma brincadeira popular com tampinhas chamada Taconazo, surgiu um nome que ficaria marcado na memória de milhões de pessoas, o Taso. Assim, em 1995, os primeiros Tazos foram lançados no México com personagens dos Chin Stun Adventures. O sucesso foi imediato. As vendas dos salgadinhos cresceram mais de 50%, exatamente o que a empresa buscava. A Pepsi então enxergou uma oportunidade global e viu que era o momento perfeito para expandir os tazos para outros países. E foi assim que os tazos, depois de anos, culturas e continentes, finalmente chegaram ao Brasil e logo se tornaram uma febre nacional. A estreia dos TOS por aqui aconteceu na metade dos anos 90, um período perfeito para esse tipo de produto, uma vez que a televisão brasileira era dominada por programas infantis, desenhos e animes. Isso fez com que produtos licenciados se tornassem extremamente populares, pois as crianças queriam ter qualquer coisa relacionada aos seus personagens favoritos. Mas curiosamente, antes mesmo da chegada oficial dos Tasos, o Brasil já havia experimentado algo parecido. Em 95, a Suquita havia lançado os Cap Su Sukita, discos colecionáveis que enviam com tabuleiro para jogar com os amigos. Foi um sucesso moderado, mas acabou fuscado pela chegada dos Tasos. Logo depois, a chegada oficial dos Tasos ao Brasil aconteceu em 1997 pela Elma Chips, divisão da multinacional Pepsi Co, responsável pelos snacks populares do país, como hofflos, chitos, fandangos, doritos e baconzitos. O lançamento foi marcado pela icônica promoção Tazomania e a primeira coleção trazia os personagens do universo Line Tunes como Perna Longa, Piu Piu, Frajol e Tas. Na época, esses personagens estavam em alta graças às reprises no SBT e a um sucesso do filme Space Jen. A coleção inicial dos tazos do Line Tunes foi dividida em 40 tazos comuns, 20 super tazos e 20 mega tazos. Logo depois vieram os Master Tazos com mais de 36 modelos, completando a coleção Line Tunes com 136 tazos diferentes. A variedade de categorias, tamanhos e estampas diferentes só aumentava o desejo de completar a coleção. Na época, até a Folha de São Paulo destacou o impacto nas vendas. Os tasos impulsionaram significativamente a comercialização dos salgadinhos Elma Chips. E por conta do grande sucesso, diversas outras empresas tentaram surfar nessa onda, mas nenhuma alcançou o mesmo patamar dos Tasos e a Eoma Chips não parou por aí. Com o sucesso avaçalador dos tazos, vieram os acessórios oficiais, como o famoso porta tazo em formato de tubo, o tapetazo, uma base para jogar os tazos, a pistola de lançamento que arremessava os discos e o fichário e o Taso Mania, onde dava para organizar toda a coleção. Após o sucesso inicial, a Elma Chips lançou várias coleções que marcaram a infância de milhões. Ainda em 97 foi lançado os Tasus Arma e voa com a coleção dos Animaniaques. Essa coleção trazia tazos encaixáveis que podiam ser lançados como pequenos discos voadores. Eram cerca de 60 tazos diferentes e um álbum especial acoplável ao fichário. Já em 98, a Elma Chips inovou ainda mais com Magic Tazos e trouxe o Tiny Tom para sua coleção. O grande diferencial dos Magic Tazos era o fato deles serem holográficos, mostrando imagens diferentes ao serem movimentados. A coleção Time Ton incluiu um álbum exclusivo, um porta-aso e uma viseira personalizada. Ainda no final dos anos 90 foi lançado o Ultra Magic Tazos do Máscara, que eram holográficos e mostravam três imagens em um mesmo disco. A coleção icônica contava com 20 Ultra Magic Tazos, 20 Super Ultra Magic, gigantesos raros, bronze, prata, ouro e diamante. Um álbum exclusivo e o Pegato, um slime verde em forma de mão e pé usado para capturar os tazos durante as brincadeiras. No final da década de 90 e início dos anos 2000, devido ao grande sucesso do anime Pokémon, a Elma Ships lançou as super cartas Pokémon. Eram cartas que possuí estatísticas no estilo super trunfo, permitindo batalhas com atributos como força, velocidade e defesa. Esses brinds também eram colecionáveis e o diferencial era o fato de não serem redondas como os tazos tradicionais. Logo depois foi lançado também os Evolutas Pokémon, que tinha um formato redondo e contavam com 70 modelos, sendo 25 holográficos que mostravam a evolução do Pokémon. E se você tivesse todas as supercartas e todos os Evolutazos, completaria os 150 Pokémons da primeira geração. Nos anos 2000, aproveitando a estreia do anime Digimon na TV Globo, a Eoma Chips lançou 50 miniards colecionáveis do desenho. No ano de 2002, foi lançado durante a Copa do Mundo o Taso na Copa, que unia personagens de diferentes desenhos, como Meninas Super Poderosas, ScooDu, Tom e Jerry, entre outros. Todos com temática de futebol mexendo. Foi somente no ano de 2003 que chegou a coleção de Tazo lendária do Yio, sendo uma das mais lembradas até hoje. Ela possuía tazos holográficos no estilo Armivo Voa e também um álbum exclusive e adesivos. Ainda em 2003, a Elma Ships inovou novamente com o lançamento dos tasos de metal com personagens de Ilô, um diferencial que agradou muito os fãs. A partir de então, surgiram tazos metálicos do Bob Esponja, Spinner tazos da Liga da Justiça, que eram no estilo Beyblade, tazos do Dragon Ball Z, em que alguns brilhavam no escuro e coleções do Naruto com formatos diferentes. Apesar do enorme insucesso no Brasil, os tasos não eram exclusivos nossos. Outras coleções incríveis surgiram mundo afora, como do Cavaleiros do Zodíaco, lançado no Peru, Beyblade na Austrália e Mortal Combate em diversos países da América Central. No entanto, com o tempo, a febre foi diminuindo e assim os tazos foram desaparecendo aos poucos. Mas o que aconteceu? Por que os tazos desapareceram do nada? 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Não foi um único motivo que colocou fim aos tasos, mas sim um conjunto de fatores. A principal razão foi a mudança nas leis de publicidade infantil. Com as novas regras, passou a ser proibido direcionar propagandas e promoções a crianças. especialmente aquelas ligadas a alimentos e brinquedos. Com isso, a Elma Chip se viu obrigada a encerrar as promoções voltadas ao público infantil, tirando dos pacotes brindes com os tazasos. Além disso, os custos de licenciamento de personagens e marcas aumentaram muito e isso fez com que se tornasse muito mais difícil e muito mais caro para Elma Ships trazer figuras populares para estampar os tasos. E claro, teve também o impacto da tecnologia. Com a ascensão dos celulares, tabletes e jogos online, os brinquedos físicos perderam espaço no coração das novas gerações. Em países como México, onde os tazos nasceram, coleções continuam sendo lançadas até hoje. Por lá, as regras de publicidade são diferentes e as empresas continuam apostando em brindes dentro de salgadinhos, inclusive com novos temas e estilos. Ou seja, o maior problema não foi a falta de interesse do público, mas as regras no mercado brasileiro. No ano de 2020, para surpresa e alegria de muita gente, os tasos voltaram, só que por tempo limitado. Neste ano, a Elma Chips lançou duas novas coleções de tazos, agora voltadas para um público bem diferente. A primeira coleção foram os tazos da Champions League. Já a segunda coleção foi em homenagem aos 40 anos do icônico jogo Pac-Man, que contava com cerca de 40 tazos que possuíam códigos que liberavam Pac-Man online no site da promoção oficial. No entanto, diferente dos anos 90, a ideia da Elma Ships não era mais atingir as crianças e sim o público adulto e nostálgico, que viveu o auge dos Tazes entre os anos 90 e 2000. Muitos compraram apenas para reviver uma memória de infância ou completar uma nova coleção. Apesar do entusiasmo, essas coleções marcaram a última aparição dos tazas aqui no Brasil. Desde o relançamento de 2020, nenhuma nova coleção foi lançada e isso sugere que o investimento no licenciamento no Pac-Man e da UEFA não teve o retorno esperado, mesmo com a campanha voltada aos nostálgicos. Hoje as promoções da Elmas Chip são focadas em sorteios, prêmios em dinheiro, cupons e QR codes. Muitos ainda se perguntam se existe a possibilidade dos tasos voltarem. No entanto, a verdade é que é muito difícil que isso aconteça. Mas o que você acha? Acredita que os tazos ainda podem voltar? Deixa aí nos comentários a sua opinião e não esqueça de curtir o vídeo e se inscrever aqui no canal para apoiar nosso trabalho. E lembre-se de baixar o aplicativo da Nômade para abrir sua conta internacional. Acesse o primeiro link na descrição ou aponte a câmera do seu celular para o QR Code aqui na tela. 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