O ANEL DE GIGES, mito sobre Ética, de Platão -Corte podcast OS SÓCIOS, Lúcia Helena da Nova Acrópole

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você pode contar esse mito do anel de gigiis Esse é um mito bastante interessante era um homem reconhecido na sua sociedade como muito honesto uma ocasião ele estava pastoreando as suas ovelhas teria encontrado uma espécie de um túmulo onde havia um guerreiro antigo algo assim ele tinha no dia de um anel com uma pedra e jerus retirem esse anel do dedo desse cadáver e coloca no seu próprio dedo quando ele participa das assembleias dos pastores ele percebe uma coisa curiosa que cada vez que ele vira esse essa pedra para dentro da mão ele se torna invisível as pessoas começam a perguntar entre elas onde foi os índios estava aqui agora mesmo sumiu e depois ele vira a pedra para fora volta a aparecer aí são colocadas duas possibilidades a primeira delas é que giges usando o anel como ele era um homem reconhecido como honesto depois ele quebra totalmente esse com se torna uma pessoa libertina uma pessoa desonesta uma pessoa que rompe com todas as tradições Morais da sociedade seduz a rainha mata o rei faz tudo que você possa imaginar E aí vem aquela questão fundamental que a gente sempre coloca né O que faríamos nós com esse anel de gígidos na mão basicamente uma questão que perdura ao longo da história mas Além disso Platão ainda vai mais além ele imagina o seguinte imagina a segunda possibilidade e que exiges usando esse anel continuasse tão honesto quanto ele era antes e o que as pessoas ao saber disso pensariam Imagine que a princípio em conjunto em comunidade elas elogiariam demais nossa que maravilhoso é os vídeos que o homem íntegro por medo de que ele invisível pudesse provocar algum mal a elas mais uma vez que elas estivessem a sós quando a última porta se fecha atrás delas elas diriam que tolo que idiota que esse anel tivesse na minha mão me daria muito bem Ou seja no fundo ele vai deduzir nós não amamos a justiça não amamos a ética nós praticamos simplesmente por um interesse social porque de uma certa maneira se todos somos injustos Vai que alguém tem condições maiores do que a minha é mais esperto é mais inteligente Seja lá o que for eu sofro um dano maior do que aquele que eu sou capaz de provocar portanto eu tenho prejuízo então nós fazemos um acordo entre nós eu não te roubo você não me rouba eu não te causa nenhum mal você não me causa nenhum mal mas se houver um anel de vídeos Aí que mal tem não É lógico que cada um vai tirar as suas vantagens porque eu acho interessante comentar é que a gente realmente tem esses Anéis eles existem de fato como por exemplo no pensamento humano nós achamos que é muito impunha aquilo que a gente pensa que qualquer pessoa pode pensar qualquer coisa não é visto né contemplado em sociedade portanto aí você tem o anel de giz que na verdade é uma ilusão Porque da mesma maneira que Platão fala que nós temos um plano das ideias em plano concreto tudo aquilo que vive reiteradamente no plano das ideias menciona o mundo manifestado para vir a vida portanto se você alimenta repetidamente uma ideia numa festa de atenção ela vai vir a vida e vai gerar um fato na tua vida mais cedo ou mais tarde e também um outro anel de gírias que é bastante comum que a gente pode ver em sociedade é o poder se eu tenho o poder eu me sinto numa situação Onde eu posso fazer o que eu quiser e sou totalmente protegido por esse poder não posso receber uma contrapartida à altura Então me sinto muitas vezes muito à vontade aí do que se poderia do que se deveria né para manifestar aquilo que eu sou daí que muitas vezes se pensou na história que o poder é algo que corrompe é algo que traz à tona aquilo que o homem tem de pior é uma coisa com a qual eu legitimamente não concordo não acho que seja assim existe uma frase de um escritor brasileiro que eu gosto muito que eu considero como um filósofo que é Machado de Assis Joaquim Maria Machado de Assis tinha reflexões excelentes e uma das suas frases famosas que ele dizia na marmota Fluminense ele dizia seguinte errada a frase que diz que ocasião faz o ladrão a ocasião faz o crime ladrão já nasce feito então de uma certa maneira se eu guardo dentro de mim uma intenção de tirar proveito do outro de maneira fácil o poder vai trazer à tona isso é potencializar essa minha tendência agora se eu trago dentro de mim um pacto com a minha consciência de integridade de lisura de honestidade o poder vai potencializar isso que eu tenho ele não vai inventar em mim uma falta de ética ele vai simplesmente trazer à tona aquilo que eu tenho agora como muitas vezes a nossa ética Nossa Justiça é mais uma ética de coerção do que de convicção evidentemente o poder vai potencializar uma tendência a tirar proveito das situações mas se eu tivesse dentro de mim uma ética por convicção é logicamente e eu continuaria fiel essa ética que A grande questão a grande dualidade ética que eu sempre gosto de falar nós consideramos muito com o de Hobbes no Leviatã e outros autores que nós temos um contrato social onde todos nós firmamos um hábito para tornar a vida em sociedade viável de não causarmos danos alguns aos outros só tem uma frase de um outro filósofo que eu gosto bastante é Francis Bacon ele fala sobre a esperança não tem nada a ver com a história mas tem muito a ver no final das contas ele diz que a esperança é um ótimo almoço mas um péssimo jantar na hora do jantar já era para você estar fazendo alguma coisa e não só esperando Eu também acho que esse contrato social esse pacto social é um ótimo almoço mas na hora do jantar você já deveria ter consciência social não é Ou seja a ética não deveria ser só uma coerção que você faz por medo eu desejo já deveria ser uma convicção onde as pessoas fazem pelo que são ou seja por aquilo que acreditam porque consideram que é digno de ser um ser humano agir dessa maneira porque senão nós temos exatamente o que Platão fala uma sociedade eternamente vigiada para ser ética para ser honesta para ser justa nunca chegamos uma situação de uma sociedade rígida pela Consciência Humana ou seja pela convicção ainda quando a última porta se fecha através de mim Eu continuo sendo ético existe um conto oriental que é muito bonito que fala sobre isso Será que eu posso falar não a gente falou que adorando ouvir por favor eu tenho um questionamento depois mas eu anotando aqui fica à vontade eu gosto muito dessa história e nós em Nova cropped estudamos muito também o pensamento Oriental a filosofia oriental e ela dialoga muito bem em várias ocasiões com a filosofia ocidental Como dizia o próprio Shopping Hauer né que era um grande fã de cidarta gautama o Buda e outras filosofias da vedan tem Diana existe um conto Zen que fala que havia um mosteiro Que estava quase desmoronando já era secular já era muito antigo e os molhos muitos jovens chegam para o seu mestre que estava meditando e vão conversar com ele sobre esse fato mestre pois não meus jovens que que está acontecendo é porque o mosteiro está quase desmoronando sabe a gente precisa fazer alguma coisa você tá vendo ele tá quase caindo na nossa cabeça aí o mestre aproveita dessa situação mestre encontro oriental nunca é muito confiável ele estão querendo submeter os discípulos alguma prova esse aproveita dessa situação para criar uma prova para os discípulos ele pensa olha fala É verdade vocês têm razão realmente o mosteiro está quase desmoronando a gente precisa fazer alguma coisa mas acontece que nós somos bons nos mendicantes não temos nenhum recurso de onde a gente vai tirar recursos para comprar o material necessário reformar esse mosteiro Ah tem uma ideia existe um povoado que fica aqui perto você sabe Claro gente conhece vai sempre lá pois é vocês vão lá vão e roubem tudo que vocês puderem porque assim a gente pega esse material vai no outro povoado vende e converte em material para construir o nosso mosteiro Tá certo jovem se chocam Como assim mas roubar é roubar é uma necessidade nós temos que construir o mosteiro o que que vamos fazer vocês roubam agora tem uma condição fundamental vocês não roubem se alguém nos estiver vendo se tiver alguém vendo vocês não roubem porque a fama do mosteiro Que Está Em Jogo uma fama secular portanto Só roubem se vocês não estiverem sendo vistos por ninguém os jovens meio confusos né mas enfim o mestre tá mandando um pouco de Maquiavel Zen né os filhos justificam os meios vamos lá vamos embora e foram roubar quando o mestre se levanta termina suas meditações e entra no Mosteiro tinha um jovem que tinha ficado lá ele acha aquilo estranho vira para o jovem pergunta o que você tá fazendo meu cara ele diz ué mestre eu tô fazendo que eu sou uma dor Como assim fazendo o que eu mandei seus colegas tudo foram para Cidade roubar o que que você tá fazendo aqui ele diz não mas não foi isso que o senhor mandou só mandou que eu não roubesse se estivesse alguém me vendo e eu estou me vendo o tempo todo portanto não dá para roubar eu acho isso muito interessante muito forte estamos permanentemente diante da nossa consciência se ela não nos ver não somos propriamente humanos quando a consciência nos ver nós temos a obrigação de sermos dignos da condição humana em qualquer momento antes ou depois que a última porta se fecha através de nós isso nos remeteria uma outra situação de sair do pacto social do contrato social para a consciência social para uma condição humana plena que não tenho uma ética uma moral uma justiça para inglês ver mas para si próprio voltada para si próprio tem uma passagem do Egito desculpem eu falo demais [Risadas] que é chamado de papiro de hahama Shoes onde num determinado momento ele diz o seguinte o teu nome é o nome do teu Deus gravado sobre o teu escudo o teu nome é o nome do Deus que conduz a tua barca ó Barqueiro por um momento detém o teu reino volta-te e olha para o remador que conduz para o passageiro perdão que conduz a tua barca eu acho muito interessante essa passagem de olhar para o passageiro que está no centro da tua Barca como se fosse um momento que a gente para e olha para dentro de nós mesmos para nossa essência para aquilo que nós somos ao descobrir que temos uma essência digna de respeito algo que não pode ser exposto a ser levado a qualquer lamaçal nós começamos a agir por respeito próprio por consciência própria por consideração própria aí não simplesmente porque estamos vindo sendo vistos externamente então eu acho essa que é uma concepção bastante antiga né do morada moral egípcia muito interessante Agimos para nós mesmos e não simplesmente para uma consideração social que é o que muitas vezes reage o nosso comportamento hoje uma opinião uma consideração social uma imagem construída essa ética da imagem ela é muito frágil Essa justiça da imagem é muito frágil muitas vezes acontece você já devem ter ouvido falar de uma certa sociedade que tem um determinado momento uma grande cidade sei lá um blackout um acidente qualquer e as pessoas muitas vezes muito bem vestidas de uma classe econômica privilegiada já havia Acontecido isso sai quebrando vitrines e roubando coisas porque não estão sendo vistas

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