FERNANDO ULRICH: COMO INVESTIR SEU DINHEIRO ANTES DA BOMBA DE 2026 ESTOURAR | Os Economistas 192
0[Música] [Música] Boa noite, senhoras e senhores. Sejam muito bem-vindos e bem-vindas a mais um episódio dos Economistas Podcast. Para quem não me conhece, meu nome é Guilherme Cadonhoto, sou economista, analista de investimentos. Estou aqui com Ricardo, que também não é Ricardo, tem um currículo muito semelhante aí, só que é uma experiência um pouco maior, né? Os caros. Certo. Certíssimo. Ricardo, eu tô percebendo que você tá um pouco, você tá mais bonito hoje, você tá mais elegante, você tá mais sofisticado. Que que tá acontecendo, cara? Me levaram para Bonitosa. Não, não, não foi isso que aconteceu. Só vestimenta, correta, correto. Não sei se vocês perceberam, mas hoje estamos estreando aqui uma nova parceria dos Economistas Podcast com a Reis. E hoje estamos trajados, certo? De Reis e Ricardão, de cabeça aos pés. Cabeça aos pés. Inclusive, ó, tem marca aqui, tem presente pra galera que acompanha os economistas fielmente vai ter cupom de desconto. Mas se você não conhece a Raz, a Raz é uma marca nacional muito conhecida pelo quê? pelos seus tênis, né? Mas ela também tem roupa, acessório, óculos, mochila, que inclusive já estamos usando. Já estamos entrar lá no na na sala de análise e a mochila da Ro para um, para outro, carteira, óculos de sol, pessoal vem. Então, os produtos são de extrema qualidade para quem é ambicioso, para quem é sofisticado, homens elegantes assim como nós, certo, Ricardão? Tá vendo só? Bem-sucedidos. Tentamos, né, Guilherme? Tentamos. Tentamos ser bem sucedidos. Tentamos. Tentamos. Boa. Mas se você não conhece a Raz, sugiro que você vá lá no site dos caras, digite, os produtos são muito bons, de altíssima qualidade e muito bonito também, tá? Senão a gente não tá usando. Ó que beleza aí, ó. Show, top, hein? Aí, ainda se você é baixinho ainda ajuda a dar um som elevação aí, tá? Tem um tem um upzinho aqui, ó. Exatamente. Tá. Agora, ó, seguinte, o cupom para você aproveitar, se você se interessar por algum produto lá da Reis, é os Economistas, tudo junto, tá? Você vai ter 15% de desconto em todos os produtos da Reis, inclusive 15%. Show, hein? 15% é o quê? Um ano inteiro de Selic. Ó lá. Tá vendo? Tá vendo? E você já tem o cupom aqui. Beleza. Bruta, tá? Bruta, bruta. Show, Ricardão. Hoje vamos falar do quê? Cenário eô. Meu Deus do céu. Porque toda vez emocionante, parece é uma coisa, parece que é uma coisa louca, né? Parece que todo ano de eleição parece que a gente começa a gastar mais. Mas é bagunça para lá e para cá. Parece que as coisas começam a melhorar pro povo. Mas será que pergunta perplexo? Quem poderia imaginar? Será que isso é sustentável a média de longo prazo? Bom, para responder essa pergunta, estamos aqui com um convidado excepcional que é Fernando Urix pela segunda vez aqui nos economistas. Fernando, muito obrigado por aceitar o nosso convite, participar aqui dos economistas. Uma honra receber você, cara. Muito obrigado pelo convite. É um prazer também, uma honra estar aqui falando de um assunto que é super bacana, agradável. animado, vai deixar todo mundo bastante otimista aqui. Preparado? Vamos lá. Boa, boa. Vamos lá. Ó, Fernando, pessoal também da Rey te mandou um presente aqui, tá? Um tênis novo da galera aí que a gente inclusive tá usando aqui, que é o RS Avant marrom, tá? Espero que você não tem esse problema de altura, né? Então, para dar aquela elevação, mas enfim, é um tênis muito bonito, confortável. Espero que você curta aí. Bacana, né? Bacana. Bonito, tá bonito, velho. Apresentação 10 aqui, hein? Apresentação 10, né? A gente costuma dizer, eu e a Nicole, minha esposa, que é tipo quando você abre um produto assim, ele é bem bonitinho, é, é tipo Apple, caixinha satisfatória, né? Boa. Obrigado. Imagina que isso. Então, de novo, hein, os economistas lá, o cupom na Raz para você garantir 15% de desconto. Fernandão, bora lá, cara, começar o nosso bate-papo aqui. A gente tá caminhando pro final do terceiro ano de mandato do presidente Lula. Muito provavelmente, né, no último episódio que a gente recebeu aqui, o Richard BC, que foi analista de analista político da XP por muitos anos, trabalhou em Brasília agora, aí saiu do não compite, saiu da quarentena lá do governo e pôde meio que desenhar o cenário econômico aí pra gente, o que a gente espera pros embates do ano que vem. Sim. E aí meio que ele cravou e falou: “Ó, cara, ano que vem é Lula, Lula qu aí pr pra reeleição, não tem mais essa.” E aí, antes da gente começar a falar o que a gente espera para 2026, queria que você tentasse trazer um panorama de de um balanço do governo Lula até aqui, porque a gente tá indo pro final do terceiro ano, pô, último ano normalmente, né? Governo tá focado em reeleição. Estamos na campanha, inclusive é algo que o Richard falou, né? A gente já tá nas eleições 2026, mas queria que a gente fizesse um balanço do terceiro governo Lula até o terceiro mandato do Lula até aqui, porque, pô, se a gente for pegar indicadores econômicos, né? Eh, e é isso muito que a gente vê sendo propagado por aí, pô. Taxa de desemprego na mínima histórica, inflação, querendo ou não, não tá num patamar histórico muito alto, tá refecendo aí recentemente, o dólar caindo. Então, a percepção, aprovação inclusive do governo Lula melhorando, desaprovação para mim, né, desando, despiora. Então, cara, parece hoje a sensação, né, para quem tá acompanhando, tal, às vezes pega um sinal aqui, uma notícia aqui, ali, parece que as coisas estão indo bem. Então, queria um ponto, um pouco da sua leitura de como que a gente pode avaliar esse terceiro mandato do Lula à frente do Brasil até aqui, né? A grande marca desse governo, eu diria que é a expansão fiscal. Nesse momento, talvez a gente possa definir como uma deterioração fiscal que está sob controle, mas perceba o que eu falei, é uma deterioração fiscal. Por que que eu digo isso? Porque a dívida segue subindo, dívida PIB segue subindo. O perfil da dívida nesses tr anos, quase 3 anos completos de governo, ele piorou sob vários aspectos, especialmente na nos instrumentos que o governo precisou recorrer para conseguir rolar a dívida. O que significa que depende muito mais agora de LFT, tesouro Silic é praticamente metade da dívida pública e é um título de curta duração. Então dívida de curto prazo e com taxa pós-fixada. Sobe a SELIC, o governo tem mais despesa com juros, então piora o déficit fiscal. Outro tipo de instrumento que também aumentou nesses últimos 3 anos, a na na composição da dívida, tesouro PCA, então o que paga a inflação. E a inflação, embora não esteja aumentando, pô, ao redor de 5% ao ano por mais de 2 anos, é inflação para burro, é muito alto. E e então isso também machuca o a despesa com juros do governo. o melhor instrumento para rolar a dívida pública, que é o as ntns, então tesouro pré, esse, infelizmente o governo não consegue mais colocar mercado no montante que seria mais confortável para essa rolagem da dívida e nem nos prazos de vencimento. Tanto que essa é a dívida mais curta ainda. Quase ninguém aceita financiar o governo. Há uma taxa pré por 5, 7, 10 anos, como acontece com os países desenvolvidos. Então, o perfil da dívida vem se deteriorando e a dívida sobre o PIB vem aumentando. E por que que a dívida aumenta? Porque o déficit fiscal ainda está muito elevado. E é que a gente precisa voltar um pouco e relembrar o que aconteceu ali no primeiro ano deste novo mandato do Lula, Lula 3, em que houve uma expansão fiscal brutal. Aquele primeiro ano, 2023, cara, foi impressionante. Houve uma, o primeiro o Bolsa Família, auxílio Brasil, que voltou a ser Bolsa Família, que já tinha sido turbinado no último ano do Bolsonaro, praticamente duplicaram o montante os desembolsos de Bolsa Família em 2022, em relação a 21. E quando Lula assume, eles duplicaram mais uma vez, até mais que duplicaram. Então, acabaram 2023 com cerca de 170 ou 175 bilhões deais com Bolsa Família naquele ano. E isso prossegue. Então, o déficit que foi brutal em 23, em 24 foi um pouco menos, mas ainda tivemos um déficit primário. E agora em 2020, e aí aliás, 2024, não, e agora 2025, nos últimos 12 meses, voltamos a apresentar um déficit fiscal primário, porque aumentaram novamente os os desembolsos com precatórios. O governo conseguiu controlar, postergou, mas em julho já teve um pagamento enorme de precatórios em agosto também. Então, voltamos a uma situação de déficit primário. E aí, qual é o o arranjo institucional do atual governo para controlar o fiscal, para evitar que a coisa desarran por completo? o arcabolso fiscal, famigerado, arcabolso fiscal, que a época quando ele foi primeiro anunciado, eu sempre fui muito crítico porque naquele PowerPoint que o o o tesouro preparou as pressas, cara, claramente alguma coisa temos que mostrar, coloca isso aí, mostra pro mercado e vamos embora. Era uma carta branca, pode gastar quase sem nenhuma trava, sem nenhuma penalidade, sem nenhuma forma de de contingenciar e conseguir retornar algum equilíbrio e manter a trajetória da dívida estável. Felizmente aquilo mudou, mas ainda assim permitiu um avanço do gasto público. Tanto é que o Arcabolso, por lei, ele garante um piso do crescimento real das despesas de 2,5%. Então, ainda assim, as despesas estão avançando. A expansão fiscal pelo lado do gasto, ela continua e o arcabolso, ele é insuficiente para conseguir controlar a trajetória da dívida, mesmo cumprindo o arcabolso. E como há também uma banda de meta fiscal e o governo agora já não persegue mais o centro da meta, ele tá se balizando pela banda inferior, cara. É o aquele é o be minimum. é o mínimo necessário pra coisa não desarr completo. Até o TCU já criticou o governo porque viu, cara, vocês estão perseguindo, a meta já é relativamente frouxa, tem um monte de despesa que fica fora da meta. Uhum. E ainda assim vocês estão agora perseguindo a banda inferior, o piso da meta, pô. Então essa é a marca e na inflação teta, né? E a inflação também. Excelente ponto. Então, a meta fiscal é o piso da meta e a a meta de inflação, estamos na no limite superior da meta. Então, realmente é uma situação complicada e que a gente entra 2026, já estamos em plena campanha e é impossível o governo frear gasto em plena campanha. E a gente tem visto aí todas as iniciativas recentes e projetos e discursos. é no sentido de mais assistencialismo, mais populismo, aí vai ser com o gás, aí vai ser com a tarifa elétrica, aí com transporte, não sei. Eh, só que as contas vão seguir se deteriorando e não adianta conseguir via legislativo ou judiciário, a forma que for, se excluir uma despesa do arcabolso fiscal, OK, pode cumprir legalmente, cara, mas a conta tá no vermelho, vai ter que tirar dinheiro de algum lugar. Então, e o cenário fiscal ele é bem complicado e qualquer que seja o governo para 2027, cara, a situação é será calamitosa. Legal. Sabe uma uma coisa que eu anotei aqui que vale a gente perguntar? Acho que o perfil da dívida tem uma pergunta aqui para você, mas essa esse lance da inflação, sempre que a gente fala de inflação, a gente divide muito eh a população, normalmente as pessoas que não acompanham tanto isso, né? Porque às vezes a pessoa pensa: “Ah, pô, mas ô Fernando, vamos lá. O que a galera normalmente me oferece é um cenário onde eu tenho uma inflação um pouco mais pressionada de 5, 6%, mas cara como ampliação de benefício social, no final das contas, uma tentativa de de algum modo de colocar mais dinheiro no meu bolso e outro cenário é uma inflação de 3% sem isso. Então, pô, 5% de inflação ou 3% de inflação faz diferença pro pro bem-estar da população no geral? Porque eu acho que é muito isso que a pessoa pensa. Ela fala: “Ah, se ampliar o benefício social, a inflação é de 5 se não ampliar é de trê”. O cara falou 2% a mais, 10% a mais por ano. Você esquece, me dá esse benefício aqui que se dando na inflação. Então, como é que é essa inflação um pouco mais pressionada? Parece um pouco mais pressionada. Ela no final das contas vai trazer uma um impacto negativo na vida das pessoas. Primeiro de tudo, a inflação ela vai corroendo o salário do trabalhador, o poder de compra do nosso dinheiro e quanto mais alta a taxa de inflação, assim como juros compostos t um impacto relevante no médio e longo prazo, uma inflação alta também vai tendo um impacto muito relevante, porque significa que o dinheiro está perdendo o valor a cada ano a taxas crescentes. E chega daqui 2, 3, 5 anos, o que o seu salário comprava lá atrás é muito menos agora. E os preços não voltam para patamares anteriores. Seu dinheiro não não vale. O poder de compra perdido jamais é reposto. Ah, meu salário mínimo pode ser reajustado. OK, é reajustado, às vezes é eh anualmente, às vezes tem uma defasagem maior e nunca há uma recomposição perfeita do seu poder de compra. né? Porque aquilo, o que você perdeu, que você foi eh sofreu de corrosão no seu salário, ficou para trás, não tem como ser recomposto. E mais, a própria inflação oficial e PCA é uma média nacional. Então, o que talvez no Nordeste o salário se desvalorizou por conta da inflação, é maior do que no interior paulista, do que é no Manaus. Então é uma média nacional e cada pessoa tem o seu padrão de consumo, a sua cesta de consumo familiar e que difere. Então o próprio PCA seria uma medida muito imperfeita para não ser para não dizer que ela não subestima a real perda de poder de compra do dinheiro. Aí o assistencialismo, a gente começa a entrar numa um círculo vicioso e numa economia insustentável. Ah, tá. A inflação deixa correr solta. Aí eu tento com dar um anestésico aqui, um paliativo, dou um assistencialismo com a outra mão. Então, o governo aqui rouba com uma mão pela inflação e tento devolver com assistencialismo, comprando votos, comprando apoio popular, só que não é uma receita de sucesso, pode dar certo durante algum tempo, mas quanto mais essas políticas vão sendo perpetuadas, mais a economia se torna insustentável, porque isso não é, não representa uma economia que está produzindo mais. O ideal seria, cara, crescimento econômico e que o trabalhador tenha mais renda para poder consumir e não que dependa de ajuda do governo. Essa, cara, é a receita do fracasso. E a gente pode chegar daqui alguns anos em que temos uma bomba gigantesca e aí desatar esse nó que fica muito difícil. Uhum. E e por isso, quanto mais a gente atrasa as reformas e desarmar essas bombas, mais complicado fica. é um pouco a situação que a Argentina hoje vive, chegar numa inflação mais de 200% quando assim que o Milei assumiu, porque desatar esses assistencialismos e a bomba fiscal. E não é, eu tô foquei agora em assistencialismo porque foi a pergunta, mas cara, o fiscal tem muita coisa para cortar antes do assistencialismo, muita coisa. E aí é aí tem temos é é privilégio, é enfim, aí é Uhum. A lista é enorme, mas claro, precisa vontade política, precisa uma visão clara de que isso é necessário. Legal. É um um ponto legal que você tocou, né, que é a cesta de compras, pô. A gente vai ver o IP, eu sempre costumo dizer, o IPCA, ele é uma excelente métrica para pegar uma média nacional, mas ele é péssimo individualmente para qualquer um. Claro. Ninguém vai ter uma cesta de consumo igual do IPA. Ninguém, ninguém, ninguém no Brasil, tá? você tem lá 1% da sua renda em passagem aérea, 1% em compra de veículos novos, seminovos. Então assim, é uma cesta excelente para trazer uma visão do que tá acontecendo na média com país continental, como é o Brasil, mas é péssimo para medir a inflação individual de qualquer pessoa no Brasil, o que é, pô, contraditório, às vezes a pessoa não consegue entender. E e só para, deixa eu voltar para complementar um pouco a resposta, porque eu tenho visto esse esse debate sempre ressurge em tempos de inflação mais alta. Ah, não temos que aumentar a meta de inflação, porque se se forçar um juros tão elevado, vai forçar uma recessão. Isso é ruim pra economia. Sem dúvida que é ruim, mas aumentar a meta de inflação e manter essa inflação vai seguir prejudicando especialmente os trabalhadores e gerando essa situação insustentável que eu disse que daqui a pouco vai chegaremos no momento em que o ajuste ele é ainda maior. Uhum. E hoje essa essa selique nesse patamar é terrível. A gente tá vendo aí um monte de empresa tendo problemas. 15%, imagina quem tá endividado com o CDI mais qualquer coisa. Já é absurdo o CD. absurdo. CD mais qualquer coisa, cara, é a corda no pescoço. Só que a gente deveria buscar uma economia que produzisse mais, que se tornasse mais produtiva e a gente ataca a inflação pelo lado da oferta, economia produzindo mais, gerando mais renda, mais bens e serviços e não tentando frear a demanda, que realmente é seria a pior forma de controlar a inflação. Então, é mais importante atuar pelo lado da oferta do que pelo lado da demanda. É, porém a ferramenta que o Banco Central tem é demanda, é juro, é freando demanda. Só que a gente tá nessa, é uma política bipolar, porque a gente tem o fiscal pisando no acelerador e aí o Banco Central pisando no freio com 15%, cara. É, é o pior mix de política possível. E normalmente é sempre assim, né? Você pegar os últimos 20 e poucos anos do Brasil, 70% das vezes foi assim. É carro de autoescola. A, talvez a tem alguém acelerando e o outro tá freando do lado. Exato. A, talvez a exceção tenham sido os dois anos ali com Bolsonaro, 2019, 20, mas depois também veio a pandemia, aí desarranjou por completo. Mas eh tá difícil ver um um mix de política mais saudável pro longo prazo. Legal. Sabe uma um ponto que você tocou muito importante que é o Pel inclusive ele foi questionado em uma conferência do Fed quando perguntaram: “Olha, você tá falando que você, pô, tem que subir os juros, tem que manter os juros elevados, porque o emprego, o mercado de trabalho tá muito aquecido, significa, né, perguntando, lógico, Uhum. meio tentando colocar o cara na parede, jogando a casca de banana, significa então que você é contra o emprego, você é contra o trabalho das pessoas?” Ele falou: “Não, seguinte, né? Se a gente não fizer alguma coisa agora, não esfriar a economia agora, essa inflação ela tende a se reforçar e a médio e longo prazo isso vai ser muito pior pra sociedade no geral do que tentar segurar a atividade econômica agora de maneira pontual. Então, pô, ele foi muito claro e o presidente do Banco Central dos Estados Unidos, né? Então, acho que dá pra gente prender alguma coisa olhando lá, talvez não tudo, mas olhando lá, né, o o que inclusive o presidente do Banco Central Americano falou. E não faz muito tempo isso daí, não. Mas uma coisa que eu queria te perguntar também foi muito desse perfil da dívida, que você falou o seguinte, perfil da dívida no Brasil nesses anos de governo Lula, ele ele piorou muito. E um ponto interessante é esse aumento do da participação de LFT, né, do tesouro SELIC, que você deve conhecer. do pós fixado. Eu lembro quando eu entrei no mercado e e todo ano, né, tem o PAF, que é o plano anual de financiamento do Tesouro Nacional e ele joga, eita, e ele joga lá os percentuais que ele quer para de cada uma das classes, né? pré-fixado, indexado a inflação e o pós fixado. Cara, assim, quando eu entrei no mercado, sei lá, era, pô, 30% ali, 30 baixos por pós fixado. Você falou agora que tá quase metade da dívida pública tá em pós fixado. Quais são as consequências negativas de você ter uma dívida pública muito mais em pósfixado do que em préfixado, indexado em inflação? E o pior, né, é que às vezes a gente não sente a consequência. Agora a consequência ela pode demorar, como quase tudo que o executivo faz, ela pode demorar a se refletir, né? Eh, então quais seria a consequência de você ter essa essa essa dívida muito atrelada a LFT, ao Tesouro Celique, ao pósfixado? Vamos usar o exemplo de uma família, alguém que tomou uma dívida para comprar sua casa. Aí foi lá no banco, assinou o contrato e a taxa é pós-fixada, ela varia de acordo com alguma referência, digamos o CDI, taxa Selicá em 2019, 2020, para usar um caso extremo, pô, a Celic tava chegou a dois, né? 2%. Que maravilha. Uma foi uma grande alucinação coletiva ali do Banco Central. Mas enfim, 2%, assinei o contrato, pô, 2%. Ah, taxa pósfixada, pô, tá 2%, pá, muito, pô. Excelente. Beleza, passa o primeiro ano, pô, já aumentou 2%, agora tá 3%, aumentou minha despesa com juro, minha parcela agora tá mais cara. Aí passo ter segundo, terceiro ano, quarto ano, seria que tá em 15%, o que antes eu pagava 2%, agora tá em 15%. A minha despesa com juros aumentou brutalmente. Então o serviço da dívida tá muito mais alto, tá comendo muito mais da minha renda. Porque eu imaginava que ia ser um cenário lá atrás, agora mudou porque o juro subiu e o meu custo subiu. A mesma coisa vale pro governo. Quando ele tem a dívida atrelada a SELIC, que é o tesouro SELIC, o LFT, quando o Banco Central aumenta a CELIC, isso na hora reflete no na despesa com juros pro governo. Então aumenta a despesa de juros do governo. Uhum. Outro ponto importante é que não apenas o juro aumenta, mas também é uma dívida que o governo costuma colocar mercado com prazos mais curtos, 1 2, 3 anos. Então, se olhar o prazo de vencimento médio das LFTs também é mais curto. E sendo mais curto, o governo vai ter uma necessidade de caixa maior. Então ele tem as despesas correntes, mas também tem a despesa para amortizar o principal. Como é que ele amortiza o principal? Emitindo nova dívida. Por isso que a gente diz que o próprio Delf Neto já falava isso há muito tempo, que a dívida pública não se paga, ela se rola. Como você fala, a rolagem da dívida é isso. Eu nunca pago a dívida, eu emito nova dívida para pagar a dívida passada. Só que eu tô emitindo nova dívida com juro muito alto, que é a CELIC atual. E eu não tenho conseguido, eu governo não tenho conseguido colocar com prazos mais alongados porque o mercado não aceita. E e esse é o problema que agora tem o governo, que com essa situação fiscal, com esse nível de dívida, não há confiança para financiar o governo com taxas mais baixas ou prazos mais longos ou taxas pré-fixadas, que seria o ideal. Só pro pessoal entender, quem tá nos assistindo a diferença de perfil de dívida. Então, no Brasil hoje metade por cent praticamente é pósfixado. 5 anos atrás a gente tinha conseguido melhorar bastante, tava em torno de 30%, 35%, então piorou. Mais dependente de LFT. No exterior, taxa pósfixada e atrelada à inflação para pegar os Estados Unidos, por exemplo, não chega nem a 10%. Uhum. Sim, é irrisório, é praticamente tudo pré-fixado. Isso dá pro governo uma tranquilidade muito maior. Quando teve a pandemia e os juros foram todos lá para baixo, praticamente famílias conseguiram refinanciar, empresas refinanciaram e governos também emitiram muita dívida porque os déficits foram enormes, mas com taxas baixas, prazos mais longos. Então eles têm dão uma tranquilidade, uma folga financeira pelo menos para gerenciar essa dívida. Mas se você tá com a corda no pescoço que a dívida é curta e o juro tá alto, cara, você fica sem espaço de manobra para gerenciar o seu caixa. Esse é o perigo então da dívida pública, em que muito se fala só do déficit primário, o déficit nominal, que é considero juros, mas se a gente colocar nessa conta o desembolso para amortizar a dívida, o que eu chamo que é o déficit real, isso vai para mais de 20% do PIB. Uhum. que é é necessidade de caixa mesmo. Isso é muito alto. Eu lembro que lá atrás, quando a Grécia teve problema de fiscal, né, a crise dos PQS, crise de dívida soberana do euro, né, foi Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha. Grécia que acabou desencadeando, mas acabou arrastando vários para um cenário de estress. A Grécia era o país que tinha essa métrica, a pior de todas, déficit primário, nominal. E aí o déficit também considerando a amortização da dívida era acima de 20% e que é a situação que o Brasil costuma se encontrar por anos a fio. Então está sempre com a corda no pescoço para essa rolagem da dívida. E enquanto a gente não a gente entrou numa trajetória de melhora do perfil, mas depois da recessão de 2014 com a pandemia isso foi pro vinagre, especialmente aí nos últimos dois anos. Hum. Então tem muita coisa para melhorar, para trazer uma tranquilidade maior e para permitir também que juros baixem, tudo mais, né? Legal. Tem dois pontos que acho que legal que você comentou aqui. O quando o tesouro, né, o governo ele emite pré-fixado, você tem uma visibilidade de quanto você vai pagar de despesa de juros, né? Total, total. Pô, pô, tô emitindo aqui a 5% ao ano. Eu já sei. Não é que você não precisa estudar nada, você precisa ser um aluno do segunda série, você consegue calcular do do fundamental, você consegue calcular quanto vai ser sua despesa de juros nos próximos anos. Quando você tem um pós fixado, você não sabe, né? Se a inflação sobe, só que vai crescer. Então, incerteza com relação à dívida pública é sempre muito ruim. No final cobra um prêmio maior para você emitir mais dívida. E acho que tem um outro ponto e é muito legal que eu eu costumo dizer isso. Se vocês entrarem lá no site do Banco Central e for lá no eh taxa de juros, transmissão da política, canais de transmissão da política monetária, vai ter um negócio interessante, porque que que é canal de transmissão? É como que o juro ele vai afetar a atividade econômica, né, para assegurar a a inflação. E um deles tá lá que é o efeito riqueza. O que que é esse efeito riqueza? Quando você sobe os juros, normalmente os o que diz a teoria, né, que a teoria ela foi muito desenvolvida lá fora, você sobe os juros, os papéis pré-fixados, indexados à inflação, eles se desvalorizam. Então, todo mundo, todas as empresas, todas as pessoas que têm esses títulos em mãos, eles se vem mais pobres, eles têm um efeito de riqueza reverso. Ele fala: “Ué, eu tinha aqui 100.000 de patrimônio, o governo subiu juros, eu tô com 95, tô com 90.000 de patrimônio, né? Então, meu patrimônio caiu. Opa, vou segurar a despesa. Primeira coisa que você faz, você vê seu patrimônio saindo de 100.000 para 90.000, você fala: “Ih, cara, eu ia comprar lá um celular novo, vou dar uma segurada”. Então você tem um impacto, né, no redução de consumo pelo efeito riqueza, sensação nas pessoas. Quando você tem pós fixado, você gera no efeito riqueza contrário. Você tem lá R$ 100.000, o governo foi, deu um choque de juros, levou a taxa de juro de 15 para 20, batendo na madeira aqui. Que que vai acontecer? Você tem o patrimônio de 100.000. A única coisa que difere é que ele começa a crescer uma taxa mais rápida. Você não teve o impacto negativo, o efeito riqueza negativo que normalmente você tem países que tem pré-fixados, indexados em inflação na sua maior parte ali na composição da dívida pública, você passa a se sentir mais rico, mais rica a cada dia que passa. Ou seja, tem um efeito contrário, né, em um dos canais muito importantes de transmissão da política monetária para as pessoas você ter muita LFT, né, muito tesouro FELIC ali como parte da sua dívida pública. Mas fechando esse esse esse parêntese aqui, posso só fazer uma parte que mencionou o Powel e Estados Unidos, porque é curioso como nesse momento assim é uma situação global, assim, um problema fiscal. Sim. é global, é geracional. E nesse momento os próprios Estados Unidos estão com déficit ainda muito elevado aí na casa dos 2 trilhões de dólares. A dívida já passou os 37 trilhões. E eles também tão com problema de rolagem de dívida, porque lá não é lá o problema não é taxa pós-fixada, mas sim muitos muito dependente de títulos de curto prazo. Uhum. Então, a Janethy Allen, que tava antes como a secretária do tesouro no governo Biden, eles durante a pandemia acabaram muito dependentes de emissão de títulos de curto prazo até um ano, que são chamados TBills, né? Tudo que vence abaixo de um ano é chamado TBills, Treasury Bills. E isso no momento que o juro tava abaixo, excelente, mas como a rolagem é de curto prazo, pô, aumentou também a taxa básica americana, agora preciso emitir o novo uma nova dívida. Qual é o juro do momento, cara? Tá pagando 4,5 agora. Uhum. Então esse é um problema que o governo americano tem nesse momento. É um dos grandes desafios do Scott Bessent, o secretário do tesouro atual, como também conseguir rolar a dívida americana sem ser tão pressionado pelos juros. Outro motivo pelo qual eles querem forçar o pau, abaixa esse juro logo a marretada, porque lá é parece tá o mundo inteiro no mesmo barco fiscal, alguns piores que outros. Certamente os emergentes sofrem mais porque não não tem moedas de reserva, não são demandadas mundo afora, como é o caso do Brasil. Mas cara, o fiscal hoje tá degringolado mundo afora. É, e é interessante porque se você pega dívida PIB de vários país, você fala assim: “Pô, deixa eu ver aqui acompanhar a dívida PIB do Brasil aí nos últimos 5, 10 anos, você vê crescendo.” Se você pegar outros países, tá acontecendo um movimento semelhante, né? Não é um problema exclusivamente do Brasil. É, às vezes sempre que a gente fala isso, tem que tomar cuidado, porque as pessoas pensam, tá vendo, Gui? Não é um problema. Se todo mundo tá fazendo, não é um problema. Pois se fosse um problema, ninguém ia tá fazendo. A tempestade é para todos. Alguns estão em ates, outros em botes salva vida. Exatamente. Mas a tempestade é para todos. Mas e me parece que o o seio fiscal ele tá no centro para todos. Claro, claro. Para todos. E aí você num num no começo da nossa conversa, Fernando, trouxe, olha, o assistencialismo é um ponto que a gente precisa tratar, mas não é o principal ponto. Talvez não seja nem o primeiro ponto a ser tratado no no fiscal. E aí, se me permite, eu queria virar a chave pro fiscal agora, Fernando. Ah, você agora Fernando é o ministro da Fazenda, outro Fernando agora, né? Se assistencialismo não é o primeiro, onde você, qual é o primeiro que você atacaria? Quais os primeiros que você atacaria paraa gente ter uma solução, se não definitiva, porque acho que definitivo é algo muito forte, mas para que a gente pudesse eh entrar num num ritmo em que fiscal e monetário falem a mesma língua. Não precise um acelerar e outro frear. Vamos lá. A primeira opção seria apresentar minha carta de renúncia, mas não. Vamos deixar essa opção de fora por enquanto. Ah. na parte de assim aquelas despesas por fundo eleitoral, fundo não tem essas despesas tem tanta coisa ali que dá para cortar. Previdência já precisamos de outra reforma para ontem aquela reforma que incrível, né? Faz quanto tempo a 5 anos nem isso. Aham. Já foi pro espaço. Precisamos de nova reforma. A reforma administrativa é muito gasto, é muito penduricalo, é muito privilégio. E aí não, aí normalmente me responde: “Ah, mas aí tem que passar pelo Congresso, aí é uma briga difícil”. Não tem dúvida. Mas se não atacar isso em nenhum momento, cara, não tem como resolver, não tem. Aí, ah, então tem cortar educação, saúde, não, também tem isso. Pode deixar para depois, cara. Tem muita coisa antes que dá pra gente atacar, mas é preciso uma análise minuciosa e realmente enfrentar e acabar com esses privilégios, porque não tem saída. É difícil, é, mas se não começa, por isso que para mim o ponto de largada é essencial da seguinte forma, um ajuste fiscal não se faz com aumento de impostos, portanto tem que atacar o lado do gasto e isso é innegociável. E se a administração que entra não começa com esse discurso, com essa visão, é muito difícil. Por isso que sem entrar no agora na Argentina, mas falando para mim essa visão clara do Milei que esse era o problema raiz da Argentina, certíssimo, ele conseguiu mudar a opinião popular, a visão dos cidadãos argentinos de que é preciso atacar esse problema. Então isso precisaria ser feito aqui no Brasil. Eu, se fosse ministro da Fazenda, eu tentaria trazer essa clareza, essa consciência para todos. Executivo, legislativo, judiciário e opinião popular. É preciso fazer isso para ontem. Isso por um lado. Além disso, vamos diminuir o tamanho do estado. Olha a quantidade de ativos que o estado tem que poderiam ser vendidos, não eh naquela forma pejorativa, a privataria e vender a preço de banana. Não, cara, dá para dá para sanear empresas, conseguir empresas públicas que pelo menos fiquem ali no break even e parem de dar prejuízos que voltaram a dar várias estatais, mas tem recorde, inclusive, recorde inclusive, mas tem muitas empresas, se não a vasta maioria, eu diria que a a quase a totalidade, que poderiam ser vendidas. Isso gera caixa pro governo que pode amortizar a dívida, reduz o endividamento. E então você dá um sinal de diminuir o tamanho de estado, fazer caixa, arrecadar, ao mesmo tempo voltar com um arcab um arcabolso virou uma palavra horrível, então vou tirar o arcaboo do vocabulário. Voltar com um marco e um ambiente de investimento de negócios mais atrativo, chamar capital estrangeiro. que a gente tem de infraestrutura para desenvolver aqui ainda, cara. A oportunidade não falta, mas falta um caminho claro de segurança jurídica, de incentivos para atrair capital, não apenas estrangeiro, mas doméstico também. Apenas esse choque assim de perspectiva e de caminho, cara, já muda para caramba. Uhum. Juro futuro já ia cair. Assim, tudo entra numa espiral positiva, num círculo virtuoso em que aí você consegue gerenciar melhor a dívida, a CELIC começa a cair, a inflação também, mas é preciso atacar por essas vias. Não tem mágica. E aí eu sei que é muitas vezes os liberais, libertários são cobrados disso. Agora como é que vocês resolvem, pô? Os caras fazem tudo errado e agora a bomba sua resolve aí. O receituário, ele é simples, direto e é claro. Executar politicamente é muito difícil, mas se não conscientizar a população, empresariado, intelectuais e todos no governo em sentido amplo, todos os poderes, cara, não tem como fazer. Não tem, não tem, não tem bala de prata, ah, uma reforminha aqui, um retalho, cara, pode atrasar o inevitável, mas não resolve. Excelente. O, acho que tem um ponto interessante que é casando dois momentos de fala, tu agora e uma anterior, que o primeiro ano do mandato é chave total, que é quando você chega com capital político, né, para ante as casas do Congresso, você conseguir se impor, inclusive na mesa de negociação, né? E Milei chegou com um capital político muito forte, por isso deu um choque violento na economia argentina, né? E que Lula fez no primeiro ano de governo com o capital político que tinha, putz, abriu a torneira do fiscal. Abriu a torneira do fiscal. Acho que isso daí explica claramente a razão de termos chegados a chegado ao ponto que chegamos, onde para 2027, o primeiro ano do próximo presidente, ele estará numa encruzilhada que bem, eu quero ver quem é que vai querer assumir essa bucha. Alguns até ministros atuais do governo já falaram que para 27 vai ter é necessário um ajuste. A Simone Tebet falou isso e assim não precisa ser não precisa ser nenhuma mente brilhante para enxergar o óbvio. Cara, vejam os números. É, tá claro. Deixa eu só fazer um também uma parte anterior que a gente falou da comparação com os Estados Unidos, que isso eu vejo que ah, ainda tem confusão. Por exemplo, dívida PIB, a gente insiste em usar uma métrica que só a gente considera. Nós desconsideramos os títulos na carteira do Banco Central. Uhum. E a nossa dívida PIB vai para 77%, se eu não tô enganado. Todo o restante do planeta não usa essa metodologia. Se a gente se adequasse à metodologia internacional, a nossa dívida PIB iria para 90 99. Caraca, por Estados Unidos a 120 e poucos, a gente seria 99, sendo que, como eu comentei, o nosso perfil de dívida é pior tanto em títulos que a gente emite, mais posado em inflação. E o nosso prazo médio é 4 anos. Prazo médio da dívida. Imagina que a cada 4 anos a gente tem que pagar trilhões de dólares para amortizar toda a dívida. É o prazo médio da dívida brasileira. Estados Unidos, por sem moeda de reserva, depender muito de Treasuries, hoje tá com uma dívida, um prazo médio bem curto, ao redor de 5 anos e meio ou até pouco, um pouco mais, 6 anos. Mas se olhar Reino Unido, pô, mais de 14 anos, Alemanha ao redor de 8 9 anos, Japão acima de 10 anos, isso traz muito mais tranquilidade, né? E, e tem um ponto legal, porque e é sempre, eu sempre gosto de trazer esse ponto de novo, porque eu sei lá, às vezes são pessoas novas que estão nos assistindo, não é, são sempre as mesmas pessoas. E a galera tem uma visão de que, cara, se os Estados Unidos devem 120% do PIB, o Japão 200% do PIB e os caras não quebraram lá, pô, essa é a historinha que o Fernando tá contando aqui, o R tá contando, o Gui, o Ricardo tá contando, esses os liberais estão contando, cara, porque tá vendo, esses caras não quebraram. E eu sempre falo, olha, tem um uma coisa muito diferente que é o juro estrutural desses caras, né? Então os Estados Unidos com juros de 4% ele já tá sufocando a economia, já tá ali desacelerando a economia. A gente já vê sinais claros de desaquecimento no mercado de trabalho nos Estados Unidos. Pô, teve uma um bom refecimento da inflação por lá. O Banco Central Americano tá cortando os juros por lá, tem expectativa de continuar cortando. Então, quando você tem uma dívida de 100% do seu PIB, mas ela tá crescendo, ó, 3, 4% ao ano, não tem grande problema. Agora, quando você deve 100% do seu PIB e tá crescendo, e não é que tá crescendo agora pontualmente, que ela vai voltar para três, para quatro, não, que ela cresce hoje a 15 e na melhor das expectativas, no próximo ano vai continuar crescendo a 12, 12,5, cara, isso é um problema muitíssíssimo maior do que o do Japão, que tá com 200% do PIB e o seu juro tá lá em um, pô, e 1,5, entendeu? Então são são perfis de países completamente diferentes. Então você deveria desconsiderar a opinião de qualquer um que fala: “Você tá vendo o Japão? Os Estados Unidos eles devem muito mais do que o Brasil. Então esse papo aí de liberal que quer controlar dívida eh dívida PIB não cola.” Cara, se o cara falar isso, desconsidera qualquer opinião que essa pessoa emita. Porque assim, o básico é você entender que Brasil tem um juro neutro, né? que é o necessário para segurar a inflação ali na sua meta, muito diferente de Estados Unidos e de Japão. E esses caras eles têm um benefício por isso que é podem se endividar mais, tá? Não, a gente não adianta a gente olhar pro Brasil e querer fazer a mesma coisa. Eu costumo fazer um um paralelo, né? É como se uma pessoa que tem um salário de 5.000, ela fala: “Pô, beleza, então eu tenho uma renda de 60.000 no ano, vou pegar uma dívida de 60.000 no ano”. ele querer se comparar com um cara que tem uma receita de 1 milhão por mês. Fala: “Pô, esse cara ali ele deve 12 milhões, ele tem uma dívida de 12 milhões.” Só que, meu amigo, pro cara reduzir alguma coisa do seu orçamento, sobrar mais para ele conseguir pagar, as condições de empréstimo, de financiamento que ele consegue são muito mais atrativas do que você ganhando 5.000. A dívida americana, a dívida de países desenvolvidos tem muito mais demanda, especialmente americana, porque é moeda de reserva. Hoje nós temos não apenas bancos centrais que encarteiram a a dívida americana como reserva, mas fundos de multim money market fund, fundos de liquidez, mundo aa que tem muito treasury no seu balanço. Agora, quais fundos globais que estão encarteirando LFT? Tem, pô. Exato. Não, um ponto legal mesmo. Inclusive, né, o as treasuries, a galera fala de treasury, pô, tá perdendo o aspecto de reserva de valor, mas cara, querendo ou não, você vai lá nas stable coins, né, o SDT, teter e tudo mais, a a a o que garante lá o dólar são treasuries, pô. Então assim, é o mercado cripto inclusive tá enxerga ainda Treasury como um boa reserva de valor, né? É anâncora de reserva de valor que tá sendo usado. É ancora de reserva de valor que tá sendo usado. Mas o ouro tá batendo recordo e Bitcoin. O ouro já tá em 4.000. Bateu hoje de manhã tá gravando esse esse essa conversa. Não, o ouro acho que segundo ou terceiro ano consecutivo deve ser o melhor ativo que a gente tem na nossa carteira. O ativo que mais valoriza na minha posição é a minha aliança. Exato. Boa. Agora o Rich, é, antes da gente ir só pra 2026, especificamente, é só uma observação que eu queria fazer, a galera fala assim: “Ah, mas pô, tem que tributar mais, porque o pessoal o Brasil tem uma carga tributária de 34% do PIB, é média do CDE, é comparável com um país desenvolvido, com qualidade de serviço público horrível, é segurança ruim, educação ruim, infraestrutura ruim, aí você tá aí defendendo para aumentar imposto, pelo amor de Deus. Tipo assim, a gente já tem comparável com com país desenvolvido e tu tá aí batendo tambor para para aumentar imposto. [ __ ] pelo amor de Deus, assim, não faz sentido, tá, cara? E aí eu sempre quando eu vejo que alguém fala: “Ah, não, a carga tributária do Brasil não é muito alta não. O cara compara com tipo Dinamarca, com eh Noruega, sabe? Tipo assim, ó, você tá vendo esses caras Finlândia, esses caras tem uma carga tributária muito mais alta, pô. legal, faz essa comparação. Mas um o desemprego, eu tava lendo o jornal Estadão esse final de semana e aí eu li um dado interessante que duas 2,1 milhões de pessoas no Brasil, eles trabalham em aplicativos, então transporte ou entrega de comida. E aí se a gente somar isso com outro dado, que é o quê? O dado desemprego no Brasil, a gente vê primeiro, né? Vamos contextualizar o que é desemprego. Desemprego, desempregada é a pessoa que tá em idade ativa e tá procurando emprego. Se ela não tá, ela não entra nessa estatística. Exato. 6 milhões de pessoas mais ou menos estão nessa estatística, né? Ou seja, idade ativa para trabalhar e procurando emprego. E a gente tá com desemprego nas mínimas históricas. Queria perguntar, esse número para você, ele é comparável ao que a gente tinha 10 anos atrás, por exemplo, a gente tá vivendo condições semelhantes ou tem fatores por trás aqui que podem nos ajudar a explicar essa desemprego mínimo, mesmo quando acho que uma percepção de que a economia não tá bem no Brasil, né? rendimento médio das pessoas, pô, apesar tá tá subindo, não, você vê que tá nos últimos 10 anos, 11 anos, desde 2014, ele tá basicamente estagnado enquanto outros países estão crescendo, até emergentes, enfim, tem alguma coisa por trás dessa taxa de desemprego mínima aí que explique essa mínima histórica que parece que tá tudo bem, mas quando a gente olha ao nosso redor e tudo mais, parece que não tá tão legal? Eu diria que a gente precisa de uma pesquisa mais a fundo sobre os níveis de desemprego, sobre emprego em geral. Você mencionou esse fator hoje de aplicativo, mas não é apenas isso, até voltando ao assistencialismo, eh é um benefício que está distorcendo a o a mão de obra Brasil afora, aqueles dados que alguns estados têm mais beneficiários do Bolsa Família do que carteira assinada. É, isso é alarmante. Uhum. Eh, então hoje a gente vê que essas ajudas, transferências de renda também estão distorcendo o mercado de trabalho e que acaba distorcendo a própria visão da taxa de desemprego. Que que que que realmente isso está representando? É, é um dado fiel da realidade do mercado de trabalho ou não? E ainda nos nos nas transferências de renda, é um cenário que acaba prejudicando a empregabilidade, porque um quem é beneficiário hoje, e eu não não tô entrando no mérito se eh se o cara é preguiçoso, não quer trabalhar, não esqueçam isso. É simplesmente natureza humana. Se o cara recebe o benefício e muitas vezes nem o benefício é suficiente para ter uma vida mais digna, porque é um auxílio, mas cara, não é uma renda excelente, é um auxílio. Ele não quebra mão do auxílio, ele vai buscar emprego, ele consegue algum bico, alguma coisa, ele prefere não assinar carteira, então vira um trabalhador informal e que traz um passivo trabalhista pro empregador que acaba também, olha que que eu faço se eu não em algumas regiões, é, esse é o nível assim, não tem mão de obra, ou eu contrato dessa maneira e corro o risco trabalhista ou simplesmente não contrato. Então, e esse nível de auxílio que hoje a gente vê, ele está deformando o mercado de trabalho no Brasil, mas é uma conversa muito difícil de ter pelo óbvio, assim, muitas pessoas estão sendo beneficiadas, mas como resolver esse problema? Não sei. Eh, talvez tenha que ser algo mais ah gradual, mas sem dúvida que quando a gente analisa desemprego, não dá para dissociar o nível de emprego, carteira assinada, informalidade com assistencialismo. Tudo isso faz parte do mix, do resultado final, né? Legal. Agora, né, cara, queria te perguntar sobre a última eh eh aprovação unânime na Câmara dos Deputados da isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000. Nos mandatos anteriores do Lula tinha sempre uma grande bandeira que era por Bolsa Família, o Fome Zero lá atrás, né? programas assistenciais que deram muito certo e tão vivos e com uma marca e a pessoa pensa em Lula, pensa em Bolsa Família, alguns anos pensava em fome zero até hoje. Eh, e eu tô sentindo que essa vai ser a grande bandeira que o Lula vem para 2026, mas a gente vai discutir ainda. Mas a minha pergunta é, é como é que você vê essa essa correção, essa isenção, né, de quem de imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000? E acho que o outro ponto importante que você já deixou bem claro aqui, né? É, a gente precisa, a gente não tem espaço para ficar de fiscal aqui, muito fiscal. Nossa situação fiscal, ela é complicada. E como é que você vê o lado da compensação? Onde isso deve ser compensado, né? Essa perda de arrecadação deve ser compensada. Como é que você vê essa medida? Foi uma boa medida? Foi uma medida fácil? Tava defasado? Já deveria ter feito isso há muito tempo? Vamos lá por partes. Primeiro, sim, defendo isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000. Iria além, defenderia, ou melhor, a eliminação do imposto de renda para pessoa física. haveria formas de compensar essa perda de arrecadação simplesmente pelo lado do gasto. Cara, se a gente voltasse ao nível de gasto de 3 anos atrás, já estaria compensado essa eliminação do imposto de renda. Ah, que que eu vi de errado com essa essa reforma que passou? Primeiro, pô, a atualização tava defasada há muito tempo e agora vai continuar defasada porque não há ainda o mecanismo de atualizar os R$ 5.000. com inflação de 5%, daqui 10, 12 anos a gente vai ter um monte de super ricos, porque cara, simplesmente o salário nominal vai ter aumentado para caramba, só compra muito menos do que hoje compra. Então o correto, que era até uma um destaque do novo, do partido novo, era ter uma atualização anual, cara. Atualização anual pra faixa de imposto de renda, atualização anual pro imposto mínimo também lá que que quem ganha hoje mais de R$ 50.000 por mês ou R$ 600.000 R000 por ano, tudo deveria seguir a inflação, ser corrigido monetariamente, porque senão você tá novamente roubando a população via imposto inflacionário. E esse é o mais descarado. Aliás, até falando de mercado de ações também, os R$ 20.000 de isenção de vendas mensais, cara, isso é de 90 e poucos, cara, pelo amor de Deus. Então a gente, o governo e aí governos lato senso vai, não apenas esse, atualiza monetariamente só aquilo que lhe convém e não que seria o correto para um país que tem uma inflação elevada. A gente pode voltar à discussões. Ah, mas então a gente tá estamos indexando novamente a economia. Sim, o problema tá na inflação, então vamos derrubar a inflação para não ter que indexar a economia, né? O problema começa na inflação, não na indexação. Então essa parte mim ficou para trás e espero que consigam alterar agora quando for debatido no Senado para que a correção anual seja válida pro para ambos. Tudo que foi agora nessa reforma, tanto paraa isenção de até 5.000 quanto pro restante paraas rendas maiores, atualização anual. E a compensação, eh, é claro que eu discordo porque novamente é a gente só mudar a vítima tributária, tira de um e coloca no colo do outro quando deveria ser sempre pelo lado do gasto. Então aí não é o que eu já reiterei, não tem porque eu ficar reprisando aqui, mas é isso. compensação de perda recadação, cara, tem que ser pro lado do gasto e não manter a, como é que se diz, a neutralidade tributária, tira de um e coloca no colo do outro. É, e é, e é importante, né, porque às vezes a pessoa não tem essa percepção, ela fala o seguinte: “Ah, pelo amor de Deus, porque a gente tá falando de muito dinheiro, pessoal. A gente tá falando aqui de mais ou menos R bilhões deais, não é que você fala pegar o orçamento brasileiro é ínfimo, tá? E aí você pega o o o fundo partidário paraa campanha eleitoral, a gente tá falando da casa de R$ 5 bilhões deais, cara. Olha a falta de prioridade. E aí não tô falando de o governo X, YZ, mas da nossa classe política com os problemas que a gente tá enfrentando. Não seria melhor zerar essa porcaria de fundo imobiliário ou se ela reduzir muito e já compensar uma boa fundo eleitoral? Ela é exato. Eh, e pô, você compensar uma boa parte dessa dessa perda de arrecadação. Nossa CL emenda parlamentar, emenda parlamentar na casa de qu dezenas de bilhões de reais. E a gente tá falando aqui, pô, não, vamos fazer o seguinte, vamos continuar dando mais dinheiro para os políticos e a gente vai e tributa o o consumidor, a população. É isso que a gente tá fazendo há muito tempo. E aí são os efeitos perversos a mais, talvez médio, longo prazo, que você aumentar também a tributação de dividendos, cara, você tá penalizando porque o imposto de renda pessoa jurídica que já existe, que é alto para burro. Olha, alíquota de lucro de quem tá em lucro presumido. Lucro presumido, presume que haja lucro, mas muita gente consegue ter um lucro mínimo, mas tá lá, o governo já tem a parte dele garantida. com lucro ou não tá garantido, mas é a o sinal que passa para o empreendedor, para quem investe no país. Cara, eu vou sendo cada vez mais penalizado. Isso vai expulsando o capital do país. Então, mais a longo prazo, isso vai deprimir investimento, que vai deprimir crescimento de emprego, de renda, de produtividade. E é uma consequência muito ruim pra economia, mas que não se vê em de zero, se vê mais a longo prazo. Sim. Entre 2017 e 2020, a gente, eu e minha esposa e sócios, a gente teve eh dois estabelecimentos na em a área de beleza e tudo mais. A gente chegou a ter, acho que 10, 12 funcionários e tudo mais. Cara, veio a pandemia, cara, o o mercado de beleza, né, e tudo mais, ele degringolou total, desapareceu, desapareceu. E ah, não é delivery, não tem nada, né? Ah, você fica nessa alguns meses tentando e tal, esquece. E e é engraçado porque nesse período, né, a gente, eu fui resolver, eu comento com os analistas aqui, né, que eu tô pagando o os impostos que eu fiquei devendo até agora. Aí você veja só, pô, eu tô pagando impostos da pandemia, tava lá gerando 12 empregos, né, e tal, prejuízo, tendo que colocar, tirar dinheiro da do meu trabalho para ir colocando, fazendo o negócio sobreviver devendo impostos. Pô, impostos não, mas é porque você tem lucro, cara, que você tem o mínimo de faturamento aqui, você presume que a gente a sua margem de lucro seja essa. Então, toma isso aqui de imposto. Ninguém considerou que um aluguel tá 100%, nem nada, né? O o a remuneração de todo mundo tá 100%. Fiquei devendo uma carambha de imposto que não teve desconto algum, teve multa e eu tô pagando até agora para quê? Pro cara pegar R$ 5 bilhões de reais em um ano eleitoral e gastar com santinho, pô. Gastar com peça publicitária. E ó, que loucura. Sabe quando que eu vou falar assim: “Não, pera aí que agora eu vou empreender no Brasil, eu vou aqui abrir mais salões, vou construir aqui um negócio excepcional, meu amigo. A o trauma que o empreendedor no Brasil ele pega depois que ele vê como é que funciona é absurdo. Tem que ser assim guerreiro para você voltar a empreender no Brasil depois de uma de passar por uma situação como essa. E a gente não vai entrar nem no mérito de quem é a gráfica onde ele vai imprimir o santinho. Não, a gente não vai entrar nem nesse mérito. Nem esse mérito. Mas boa. É, agora vamos lá porque tem uma nova proposta. A gente tá falando aqui agora de isenção de transporte público gratuito. Cara, como que você vê isso? Porque assim, eu já só lembro ditado da minha avó, né, de boas intenções, o inferno tá cheio. Como é que vai funcionar esse negócio aí de transporte público gratuito para todos? E vamos lá, né? Se não sei se você já se aprofundou um pouco no assunto, eu particularmente não tive tempo, mas onde que a gente tem transporte público gratuito, né? Isso já deu certo em algum lugar? Eh, como é que ou deu errado em alguns outros lugares? Como é que funciona isso? Universal, né? Porque pequenas iniciativas a gente já tem hoje no Brasil. Mas universal, cara, é uma ideia brilhante para se reeleger, assim, vai dar, pode dar muito certo para esse sentido, sem dúvida. Agora você coloca um um serviço gratuito. Primeiro, não é gratuito. Alguém tá pagando o salário do eh motorista, tá pagando a gasolina, o diesel do ônibus, a empresa, enfim, alguém está pagando essa conta. Quem é que está pagando? O governo. Bom, o governo não tem dinheiro dele próprio, ele arrecada dos cidadãos tributando. Então, nós todos pagamos esta conta. Só que tem um outro incentivo perverso. Ao você tornar um serviço gratuito ou uma mercadoria qualquer, você tá aumentando a demanda por aquela mercadoria, porque agora o mecanismo preço, cara, não existe. A demanda vai ser infinita. Eu não, eu eu não preciso pagar. Ninguém sabe que tá pagando por imposto, ninguém percebe isso. Então você aumenta a demanda por um serviço, portanto vai gerar mais custo ainda pro governo, vai sair mais caro. Então é também um mais um gasto bomba relógio. E o problema pior ainda depois é que agora vamos, digamos que passa uma proposta como essa aí tá gerando daqui alguns anos um prejuízo enorme. Como é que você desfaz isso? Nossa. Aí e o protesto manifestação popular, não, agora tarifa de transporte público não mais vai ser gratuita, cara. Vai ser um caos. Então, e esse é o é a parte perversa também do desse tipo de assistencialismo e é populismo descarado, porque depois disfazer isso é muito difícil. Uhum. O o Milei teve esse problema lá porque na Argentina o transporte público tava muito subsidiado e gerou muito prejuízo para para o governo. Era uma das fontes também de não era a principal, mas era uma das fontes de buraco fiscal. Mas cara, tem e lá nem tava gratuito, era só muito subsidiado. Uhum. Mas cara, não é receita de sucesso, é só, cara, empurra com a barriga e depois a gente vê. Cara, esse esse é um problema do Brasil, né? O que tudo que a gente quer fazer, a gente quer fazer universal, né? Aí eu, pô, transporte público gratuito universal, pô, pega lá o cara que é estudante, tem baixa renda, comprovou, o cara tem baixa renda, velho. Vou dar o transporte público gratuito para essa pessoa agora. Por que que você quer dar o transporte gratuito para mim, pro Ricardo, pro UR? Pô, faz sentido? E é isso. Se não tiver que pagar, eu, Ricardo, Ur, a gente vai começar a cogitar. Caramba, tô gastando aqui, [ __ ] milão de de por mês de de gasolina. Ah, o que que pode dar? Superlotação transporte público é do metrô e tudo. Aí o cara que deveria ser beneficiado por essa medida pode ser prejudicado. Agora não consegue mais pegar o ônibus na hora que ele queria. Tem que esperar ter que acordar mais cedo porque o ônibus tá lotado, o serviço ficou pior. É, então é aquela história de boas intenções e o inferno tá cheio. Uhum. Então espero que não passe dessa forma. Se se for para ajudar quem precisa, algum sistema de voucher, alguma coisa, é que aí o cidadão gasta o próprio recurso como ele bem entender, mas não, como você falou, universal, cara, eu não preciso de transporte público. Uhum. Não seria correto. Então vamos ver, vamos ver como é que mais essa vai avançar agora, né? Perfeito. E aí, cara, a gente vai pro eh eh cenário de 2027, 26 ou 27, assim, acho que 2026. Acho que a gente já pintou aqui, né? 2026 é maquininha do dinheiro a todo vapor. Você acha que tem alguma outra, algum outro ponto crítico que possa surgir no meio do caminho? São essas iniciativas pontuais, que o crítico que eu vejo é esses 90 bi estimado aqui, eh, de gasto com esse tipo de proposta? É, acho que essa, esse é o cenário base, vai ter mais expansão fiscal. Esse é o cenário base. E difícil ver algo que possa frear isso, sabe? Difícil ver algo agora que possa frear. Juro, já tá num patamar que é muito restritivo, cara. Aumentar mais do que isso, cara, não adianta. Uhum. Não tem muito o que fazer via juro. Que outro sinal de mercado poderia fazer o governo pelo menos se conter? Cara, dólar voltando a disparar, alguma crise de confiança, juro longo, disparando mais de novo. Poderia ser um sinal, mas mesmo hoje o cenário externo ele é muito favorável pra gente também, para emergentes, porque o próprio governo americano está com uma política velada de enfraquecimento do dólar ou de fortalecimento das demais moedas em relação ao dólar. Isso tá beneficiando a gente também. dólar esse ano vem se desvalorizando. Então tá assim, isso até é algo positivo assim que o cenário externo tá ajudando a gente. Mas difícil ver uma mudança assim nesse nessa expansão fiscal. Você acha que essa relação aí de Lula, esse breve namoro aí de Luly Trump, ele ele ele dura a química? A química dura esse essa essa relação ou são visões de mundo muito distintas assim? Esses dias eu recebi o aquele meme do cara que tá olhando para uma outra mulher na rua e a namorada aí o Bolsonaro olhando assim pro Trump. O Trump olhando pro Lula assim. Ah, isso é primeiro é diplomacia. Um Trump é um cara muito esperto e ele sabe lidar dessa maneira quando tem que lidar. e fizeram acho que aí o o governo brasileiro também foi inteligente em não cair numa armadilha de uma reunião presencial lá no salão oval, porque ali acho que teria sido horrível para Lula, mas a visão de mundo, o alinhamento ideológico, as alianças com os países não podia ser mais diferente, né? Lula tá aqui, é for de São Paulo, é Venezuela, é Kirchner, é Evo Morales, é o Correia no assim, é são as figuras da pior estirpe, na minha humilde opinião. Eh, ditadura dos AOLAS no Irã, enfim, aquilo que a gente já sabe. Cara, isso não é é o oposto de Trump. Então, acho que é uma maneira de mais lidar com o Lula no curto prazo, mas não vejo nenhuma aliança estratégica ou o governo americano aliviando o que ele já impôs de sanções agora ou o próprio tarifá. Tomara que tire o tarifá porque acho que é só prejudica americanos e brasileiros também. Uhum. Agora, com relação a ao possível desenho das eleições, o UR, eh, cara, a gente tá caminhando aqui para o cenário que é Lule Tarcío, né? Ah, Lule Ratinho Júnior é uma outra possibilidade, mas o que a gente enxerga probabilidade maior é de Lula enfrentar o Tarcísio, né? O Tarcismo enfrentar o Lula nas eleições de 2026. Hoje, como é que tá a sua visão para esse embate? você diria que tem uma probabilidade maior de um ou de outro vencer esse esse essas eleições de 2026? Acho que tá muito cedo ainda para fazer alguma previsão. Eu não sou analista político. Eu tento acompanhar quem entende mais da política dos bastidores, da articulação dos partidos. Vejo que não há uma certeza que Lula vai concorrer. Então isso não é, tá já certo, é morto, sem Lula vai concorrer. Não tem uma incerteza aí. Talvez não seja a maior probabilidade, mas há uma probabilidade que ele não concorra. Aí do lado do da oposição hoje a maior probabilidade é Tarcísio. Bom, segundo ele não já falou algumas vezes que não. Eu diria que aí é uma boa esperança e articulação e alguma movimentação até de vários partidos de centro, centro direita e governadores também para fazer essa essa frente ampla de oposição ao governo. Mas é cedo para dizer, a gente vai ter que esperar mais para ano que vem. Uhum. Como é que as coisas se desenham até, se eu não me engano, até maio que a gente tem a Sim, abril, né, que o Tarciso precisaria precisa sair do governo. Acho que agora é muita especulação, tem muita coisa, muita água para rolar debaixo dessa ponte, qualquer especulação é difícil, mas para mim uma manutenção do atual governo seria muito ruim paraa nossa economia, assim, seria um sinais de preocupação, porque eu não vejo nenhuma mudança no controle fiscal, no ambiente de negócios, em trazer mais investimentos pro país para melhorar realmente os os problemas de forma assim sustentável e não só com bandade aqui e ali. Então, espero que tenhamos uma mudança ano que vem. Fernando, assim, um ponto você coloca, eu concordo que em algum momento você tem um alguma probabilidade de Lula não ir. E aí os meus os meus dois centavos de contribuição, eu acredito que isso seja olhando pro cenário atual, ah, ainda que falte 100 anos para eleição, né, porque é muito tempo, ainda tem muita coisa, muita água passar debaixo da ponte, é um risco mais caudal, essa é uma situação muito mais caudal do que de fato aconteceu. Na tua opinião, este, isto se materializando é por uma questão mais de saúde vitalidade? Esse é o fator chave? Ou tem alguma outra coisa que poderia fazer com que Lula, mesmo sentindo-se em condições de encarar mais um mandato, eh, não topasse ir para essa para esse pleito eleitoral de 26. Eu vejo da seguinte maneira, eu tentando me colocar nos sapatos de Lula, entendendo um pouco da sua personalidade. Belos sapatos caríssimos ante passagem, seu ego. Enfim, saúde é um fator, cara. O fiscal, por mais que ele defenda essa pauta, ele tá vendo que a coisa tá ficando ruim. Ele não poderia ser Lula em 27. Cada vez mais insustentável isso. Então seria uma uma bomba relógio para ele ter que desarmar. A rejeição dele tá muito alta. Por mais que tenha despiorado recentemente, ainda é uma uma rejeição muito alta. É difícil se eleger com esse nível de rejeição. Ele tem o seu ego, o seu legado pessoal. concorrer a uma eleição com chance de derrota e perder. Acho que seria para ele uma um fim político terrível. Então, acho se ele pesasse tudo isso, claro que não precisa ver como é que as coisas vão se desenrolar até lá, mas eu vejo que tem um cenário que é bem possível de chegar lá em março, abril e ele vê essa situação, cara, a rejeição tá alta, inflação tá alta, fiscal, cara, vai estourar esse negócio ano que vem. Eh, se bolso, acho que até a chance maior dele concorrer, não tendo nenhum Bolsonaro aí na na oposição, a chance então dele, eu eu Lula percebendo, cara, a chance de eu não ganhar também ela existe, não é mínima. Ah, será que vale a pena? É minha saúde, pô, já tô com vai fazer 80 anos agora, final do mês. Ah, será que vale a pena correr esse risco aqui e manchar o meu legado? Lula, pai dos pobres, salvador da pátria? É, quem sabe a gente sai no topo, vamos no all time high. OK, ó. Entrego a faixa, boa sorte. Fiz o que eu tinha que fazer, tirei o Bolsonaro 2022, agora e a bomba é pro próximo. Então, eu acho que tem vários argumentos que a gente poderia explorar que justificariam aí uma saída do Lula do pleito. Legal. E aí eu eu começo a entrar em assim, eu acho que Lula ele não criou até hoje nenhum sucessor relevante, digamos assim, né? Você acha que é pouco é pouco tempo para ele criar um sucessor competitivo paraa eleição presidencial ou você não duvida? Me parece que a safra da direita, que é uma safra inclusive mais jovem, é uma safra muito boa. Essa safra de governadores é uma safra boa. Tarcísio, Ratinho, enfim, né? Eh, e a por outro lado, o o lulupetismo não tem sucessores, né? Então também tem fica essa como fica essa questão, tirando simplesmente eu concordo noos pontos quando você olha Lula, mas existe um entorno, né? Existe a esquerda em torno do Lula. E e aí eu eu se se fosse de esquerda e vendo esse cenário eleitoral estaria bem preocupado justamente por isso. É um pouco, não tem alternativa viável. Ou não tem o Lula não concorre, não tem sucessor. Hadad acho que nem quer concorrer. Já perdeu uma eleição. Ah, Bolos acho tem uma rejeição talvez maior do que Lula. É muito, é mais polarizado ainda. Que outro o Alkmin agora também agora tá desse lado que qual é o lado que ele vai. é mais camaleão. Então, cara, eu confesso também há uma inquietação pela esquerda de quem seria o candidato se Lula não for. Uhum. Interessante. Agora falando de 2027, o Rich, né? Porque a gente tem uma situação, hoje a gente já tá aí, né, pelas métricas brasileiras do Piniquins, 77, 78% de dívida PIB, pela métrica internacional se aproximando de 100% de dívida PIB. Eh, qual que é o cenário para 2027, né? Acho que aí tem os nossos espectadores aqui, eles são dois, a galera que quer saber da economia real, a galera quer saber do mercado. Então, quais as possibilidades de cenário para 2027, dado que a gente vai chegar com a dívida PIB, óbvio, lá mais alta do que ela tá hoje e, óbvio, né, numa situação fiscal complicadíssima que não vai ser fácil. gasto obrigatório já dominando 100% do orçamento, muita coisa para se discutir. Brasília deve est fervendo. Como é que você enxerga esse cenário de mercado de investimento eh para 2027? Porque hoje a gente enxerga é taxa muito alta, parece que é oportunidade, tesoura e PCA pagando níveis recordes chegou lá muito, tá muito perto do que tava na no ápice ali do stress da Dilma. Eh, como é que você enxerga essa oportunidade de mercado e como que a economia deve responder também nesse em 2027? Complicado. Vamos pegar bola bola de cristal agora. aqui. Ah, o cenário doméstico tem todos esses riscos que a gente tá debatendo aqui e uma manutenção de governo. Então, eh, e há uma continuidade para 2027, traria mais receio, mais preocupação e pode conter aí altas mais expressivas das ações na bolsa brasileira. E acho que isso seria ruim, mas desde o que eu falei, acho que poderia contar altas mais expressivas. Talvez mesmo com uma continuação, a nossa bolsa possa seguir performando bem, as empresas conseguindo entregar resultados e as ações valorizando, porque aí para mim entra o ponto que é importante do cenário externo. Uhum. O dólar muitas vezes é a variável estrutural que ajuda o mundo todo para o bem e para o mal. Tá? Dólar forte, juro alto nos Estados Unidos, machuca o mundo inteiro. Dólar fraco, juro baixo lá fora, ajuda o mundo inteiro, especialmente emergentes. E quando a gente analisa o Brasil em janelas assim de mais longo prazo e até comparando com a força do dólar pelo dólar index, é impressionante. Os momentos que o dólar se enfraqueceu pra gente foi excelente. Talvez a última grande janela assim de desvalorização do dólar foi ali até o pré-crise de 2008. Uhum. E cara, economia bombando, cenário externo muito favorável pra gente, capital entrando, viramos grau de investimento. É verdade que a equipe econômica com o governo Lula 1 e do fez muita coisa correta, resolveu o perfil da dívida, era muito dívida externa, praticamente pagamos super á primário, economia ajudou, primário, fizeram muitas políticas eh apropriadas para aquele momento e que ajudaram a nossa economia e dólar muito fraco. Agora é possível que a gente entre de novo nesse ciclo de dólares se enfraquecendo. É a política que que o Trump está buscando. E se isso continua, a gente pode ser favorecido mesmo com o fiscal se deteriorando, mesmo com preocupação da dívida pública. Então a gente pode e até porque o nosso ponto de partida é falando das ações brasileiras, ainda tá num num patamar bem depreciado, né? Olhando aí o valuation da bolsa, preço, lucro de várias e tanto Small Caps quanto Ibovespa, mesmo Ibovespa, tirando o Petro, ainda tá num patamar historicamente baixo, quase um desvio padrão abaixo da média histórica. Então teria espaço apenas um um um repricing aí de valuation para as ações seguirem subindo. Ô, e se há uma mudança aí de governo, eu eu vejo que pode dar um gás de otimismo pra bolsa subir muito mais, muito mais. Eu sempre condiciono essa minha análise a o desastre completo. Então, se não houver o desarranjo completo do fiscal, do tipo, cara, azar, se entrar uma agenda assim, azar, vamos pisar no acelerador, deixa o câmbio correr, deixa a inflação correr, Turquia, Turquia, cara, se não for isso, cara, aí eu acho que e essa minha análise é válida. Pode subir as ações mesmo na continuidade do governo e muito mais se houver alternância. Agora, se for terra arrasada, cara, eh, aí é para mim é dinheiro fora do país, cada vez mais. Eh, dólar, é ouro, é Bitcoin, são ativos de proteção. Legal. E falando de economia real, né? Porque a gente sabe que o mercado às vezes ele, a gente você falou assim, ó, a gente pode surfar, mas você focou muito no no impacto dos ativos e tal. E aí, isso aí traria, você acha uma um impacto positivo também na no dia a dia das pessoas, na economia? Eu só veria, por exemplo, empresas investindo mais, contratando, atividade, pô, acelerando. Esse mercado de trabalho aí parece tá faz desemprego e eh voltando a cair. Que que você acha? A continuidade eu vejo como mais traiçoeira nesse sentido, mais difícil de ver uma guinada assim de atividade econômica, porque dependeria mais de condições estruturais, começando por uma expectativa clara de fiscal, que permitiria queda da também da taxa de juros, que possibilitaria mais investimentos e aí crescimento sustentável da economia. Por isso que eu vejo que um choque de confiança numa mudança de governo ser excelente exatamente para isso, para destravar mesmo a economia, trazer mais otimismo, mais perspectiva e cara, posso investir o o Brasil não vai virar Venezuela, não vai virar Argentina, a gente consegue mudar o nosso rumo. Então, vale a pena manter as empresas aqui, investir no Brasil, ampliar a capacidade, gerar emprego, gerar renda. Eu vejo esse ciclo virtuoso muito claro com uma mudança de governo. Legal. E mesmo nesse cenário aí, nessa, né, Ur, essa incerteza, você vai lá na B3 e aperta o sininho da bolsa ali. Qual que é que como é que a galera tá vendo aqui falando? Pô, UR fez o IPO, a gente já tava achando que você tinha feito os IPO voltaram. Como é que é que você tava lá na B3 apertando o botão? Pois é, é a mais nova empresa na bolsa brasileira em vários anos, a Orange BTC. e é a primeira empresa do Brasil, da América Latina voltada totalmente ao Bitcoin. E e sim, tivemos na B3 para fazer ali a cerimônia tocar o sinino. Não foi um IPO clássico, na verdade a Orange BTC adquiriu uma empresa listada e aí fez a incorporação da empresa, uma espécie de IPO reverso, e aí listou suas empresas, as suas ações na bolsa que começaram a ser negociadas no dia 7 de outubro. Então tá lá com o ticker OBTC3. Uhum. E eu faço parte do conselho da empresa, sou investidor também e tô no conselho da empresa. E a ideia, a missão da empresa é acelerar a adoção do padrão Bitcoin no Brasil e na América Latina. E a empresa começa com dois pilares bem claros de atuação. Primeiro, a tesouraria de Bitcoin. Então, a empresa já nasce com uma reserva de mais de 3.650s no seu balanço. Caraca. Então já tá o valor de mercado cerca de R$ 4 bilhões deais e com objetivo de replicar a mesma estratégia que o Michael Sailor iniciou nos Estados Unidos com a strategy que antes se chamava micro Strategy, agora se chama strategy. Não dá para chamar de micro mais, né? É, agora já deixou de ser micro há bastante tempo, cara. É, tá, vale 100 bilhões de dólares. Uhum. E e o outro pilar de atuação é na parte educacional para educar o mercado, investidores e para que as pessoas entendam usuários investidores, mercado, governos, enfim, realmente num sentido mais amplo. O que é essa tecnologia? Qual o seu potencial? Como pode transformar a economia, a sociedade, quais são as utilidades? Então, a parte educacional, onde eu vou contribuir bastante também, esse vai ser o foco, eh, realmente difundir a ideia de um ativo digital descentralizado, que não depende de governos, que tem muita transparência, muita clareza e que, na nossa humíde opinião tem tudo aí para seguir crescendo em adoção e valorização também, como a gente viu nos últimos anos. Legal. E aí na parte da da tesouraria, é a estratégia essa que está sendo consagrada pelo Sailor usando o mercado de capitais. Então teremos emissões de ações, emissões de instrumentos de dívida, enfim, formas que a gente consegue captar recursos para aumentar bitcoins por ação. É, essa é a métrica principal para gerar valor pro acionista, quantidade de bitcoins por ação. Então esse vai ser o o norte da empresa. Legal. Legal. E uma uma pergunta, né, porque a gente acompanha muito as pessoas analistas de cripto e tudo mais, ele tem sempre aquela estamos no verão, cripto, estamos no inverno crio. E agora, né, uma boa parte dos analistas falam: “Olha, gente, tá meio que no final aí do ciclo positivo do Bitcoin.” E perguntando na minha decisão de negócio de vocês mesmo, mas eh vocês acreditam nesse inverno cripto, ele pode vir ou isso daí indifere para vocês porque vocês querem acumular mais bitcoins? Somos totalmente agnósticos com relação a isso. A gente, primeiro, nós não estamos para surfar um ciclo, cara, é, é longo prazo. A gente entende que é uma tecnologia fundacional, transformadora, como foi a internet e que estará com a gente pelo restante das nossas vidas. E a gente quer ajudar a estabelecer, a consolidar essa tecnologia e o ativo Bitcoin como capital digital deste século de todas as formas possíveis. Portanto, um ciclo de mercado, o preço agora pode estar esticado no curto prazo, pode ter o inverno e o preço cai, indiferente pra gente. E o objetivo seguirá sendo aumentar bitcoins por ação. Então se o preço subir para 130.000, dólar 150 200 1 milhão, seguiremos comprando sempre e quando trouxer valor pro acionista. Então, aumentando bitcoins por ação, não importa preço. Ah, caiu para 60.000 também não importa. Não vai tentar vender para recprar depois. Não é nada, não é trade. Não estamos fazendo time de mercado. Isso é extremamente difícil, não é o nosso core e não é o nosso objetivo. Legal. Então, a tesouraria da da HBTC é diferente de uma tesouraria de banco, né? Porque a tesouraria de banco, ela fica ali tentando operar, comprar, vender, gerar dinheiro, tal. Não, a tesouraria de vocês é encartear. Exato. Então, o trabalho mais fácil do tesoureiro. Só vai ter boleta de compra. Só tem boleta de compra. Isso. Pastinha lá, boletas de venda vazia. Tá desativada a boleta de venda vazia. Desativaram, né? Segurança ali. Pô, legal, cara. Show de bola. Queria agradecer a sua participação, Orti. Tem mais alguma coisa? Você que passar aí alguma coisa para para finalizar essa bate? Aproveitando isso, o ensejo final, acho que o pessoal quiser conhecer mais, o site da empresa já tá disponível. Orangebtc orange com j e o ticker da empresa também. Ass já estão disponíveis na B3. E como sempre, cara, estudem, entendam, leiam o site, leiam os documentos, entendam do que se trata e vai ser muito bacana poder ajudar a educar mais o mercado sobre esse ativo do século XX. E quem quiser seguir nas redes também, Fernando Urris no YouTube, Instagram urris.Fernando e no Twitter x Fernando Urris, tudo junto. Tô sempre lá dando alguns pitacos. Show, cara. Parabéns aí pela iniciativa, né? Acho que de novo, eu falei aqui, a gente tá, eu falei do trauma aqui, né, do empreendedorismo, mas a gente já tá aqui de novo, né, Ricardo? Como empreendendo aí de novo, então parabendor, empreendedor é teimoso, né, cara? Vai tentando encontrar algum lugar ali, né? Mas, cara, parabéns pela iniciativa. A gente deseja, obviamente, sucesso para vocês. Depois vamos acompanhar mais de perto aí o trabalho de vocês, claro. E a gente pode fazer outros podcasts, chamar para discutir mais sobre o trabalho de vocês aqui nos economistas, tá? E de novo, lembrando você que a Raz, mais nova patrocinadora aqui, ó, Homens Elegantes, certo? Eh, parceira dos Economistas. E você que é nosso telespectador ou tá nos escutando pelo Spotify, tem 15% de desconto lá com o cupom Os economistas. Beleza? Você vai conseguir andar aqui tão bonito quanto a gente. Acho que isso joga contra, hein? Você vai, você andar mais bonito do que a você andar mais bonito que a gente. Tá bom, beleza. Então, muito obrigado pela sua participação de novo, muito obrigado pela presença, Ricardão. Estamos junto mais uma vez. Bora, até a próxima. Ciao. Ciao. [Música]







