CASO RAFAEL WINQUES – QUANDO A JUSTIÇA COMEÇOU A DESCONFIAR DE ALEXANDRA (A MÃE) #crime

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A gente vai entrar daqui a pouco na dinâmica do crime, mas eu queria ainda entender um pouco mais o o o a construção da da cabeça da Alexandra, né? Eh, vocês conversaram com o filho dela, o Anderson, sobre eh para saber como era o dia a dia da casa. Ele foi aberto, não foi? O que que ele trouxe de elementos? Veja, na época do crime, o Anderson, ele era adolescente, né? Ele tinha menos de 18 anos. Então, para que ele fosse ouvido, foram tomadas uma série de de cuidados, que são cuidados que decorrem da lei, né, para ele não sofrer nenhum tipo de violência em razão de ter sido testemunha aí de um de um crime de homicídio. Então, o Anderson, ele foi ouvido durante a instrução ã do inquérito policial duas vezes. Nessas duas vezes, ele foi ouvido através de um depoimento diferenciado, tá? um depoimento especial que foi tomado e ele foi ouvido por uma perita eh da Polícia Civil que é especializada em ouvir crianças e adolescentes. A oitiva dela foi dele foi exclusivamente com esta pessoa. O delegado não participou, nenhum outro agente policial participou. foi só essa pessoa que tem essa eh designação especial para ouvir crianças e adolescentes que fez essa oitiva dele. Num primeiro momento, o Anderson traz uma série de elementos, tá, acerca da dinâmica dos fatos, eh acerca, enfim, ã, de toda a situação que envolveu, conta à noite, o que que ele teria ouvido, os barulhos, como é que foi essa dinâmica da noite, né, anterior ali do dia 14. Aí ele conta com detalhes e tudo mais. E num uma segunda vez ele traz mais elementos, elementos mais aprofundados, digamos assim, com relação à dinâmica dos fatos. Então o que que o Anderson conta num primeiro momento? Ele conta que estavam todos tava tudo certo, né? Inclusive ele nesse primeiro momento ele começa negando ter escutado qualquer coisa. Depois ele então evolui dizendo: “Não, eu escutei alguns barulhos, barulhos da pia, barulho de água, barulho do da porta do quarto do Rafael e barulho da porta da casa eh do tinha uma chave com um chaveiro.” Então, o barulho que o chaveiro fazia quando era girado. É, até porque é uma é uma casa pequena, né, doutora? Dá para não é uma mansão de 300.000 m², então qualquer barulho ali é possível se ouvir. É. eram três quartos, né? Até pras pessoas entenderem, eram três quartos, os quartos todos em linha assim, terra, né? Casa terria. Madeira, uma casa terria, um piso só, três quartos e linha, eh, o da Alexandra, o do Rafael e o do Anderson. As divisórias eram de madeira, as divisórias internas, né? A casa era de material, mas as divisórias do quarto eram de madeira. Eh, além desses três quartos, tinha a sala, a cozinha conjugada com a sala, né? Pequena assim. um banheiro e uma dispensa ao lado da do banheiro. A casa era bem bem pequena mesmo. Então não era uma casa que fosse impossível ouvir os barulhos. Nessa noite o Anderson, ele também tava jogando, assistindo vídeos, enfim, com o fone. Que horas isso tudo acontece? Mais ou menos pelo celular. Pelo celular do Rafael dá para saber o hora que ele desliga para imaginar até este momento ele ficou vivo ou não. Que horas que acontece? a última movimentação de WhatsApp dele que a gente conseguiu, porque nós fazemos a quebra do da movimentação de WhatsApp, né? Nós vamos não tem como interceptar conversas de WhatsApp, mas a gente consegue eh fazer a quebrar a movimentação desses dados. Então, a quebra da movimentação dos dados do Rafael indicou que o último acesso dele foi por volta de meiaite:30 do dia 15. E o Anderson ficou jogando até que horas? Eli, vocês, não sei se vocês viram o celular, alguma coisa ou que ele fala isso, ele ficou até por volta das 4 da manhã. Uau! É, ele ficou a madrugada inteira ouvindo, enfim, assistindo vídeos e e acordado, né? Só que ele tava com fone de ouvido e ele, enfim, tava assistindo, ouvindo coisas e então ali abafa um pouco a questão da movimentação. Sim. Mas o que que o Anderson traz numa dessas escutas dele? que em razão dele estar com essa dinâmica de fone de ouvido e embaixo das cobertas, né? Porque aí também tem um componente interessante da da Alexandra enquanto mãe. O Anderson traz que ele tava embaixo das cobertas para abafar a luminosidade do celular, porque como uma casa pequena, as divisórias são de de madeira, né? A mãe poderia verificar e a mãe não queria que nem ele nem o Rafael ficassem no celular até tarde. Era uma determinação dela. Tá certa como mãe? Tá certo? OK. Não se discute isso. Então ele se cobria para abafar essa luminosidade, né? E tava com um fone de ouvido. Então essas condições, obviamente que elas dificultam, que se pertenham uma percepção, eh, do que tá acontecendo. Então, o que que ele traz como relato? que ele ouvia eh barulhos altos e que nesta noite ele ouviu ã por volta de 10:30, 11 horas por aí a mãe gritando com o Rafael, porque o Rafael estaria jogando e dentro desse jogo eles gritam, eles falam alto, enfim, isso incomodava ela. Esse era um dos motivos que incomodavam muito Alexandre. Então, o Rafael estaria jogando, estaria falando alto, gritando, teria dado um grito. E a mãe então se irrita com ele e diz para ele que não é para ele ã jogar e nem fazer mais nada. E ela faz isso gritando. Esses são relatos do Anderson que teria ouvido isso. Então ele traz essa informação e diz que isso já vinha acontecendo há algum tempo, que a mãe já vinha se irritando com o Rafael há algum tempo, que ela já vinha trazendo, fazendo gritos e tal com ele há algum tempo, porque ele não estava obedecendo ela nessas ordens de largar o celular, não jogar, não gritar ao celular, porque ela gostava durante a noite, principalmente de ter um ambiente mais tranquilo dentro da casa. Então, como ele já vinha desobedecendo, né, ele estava, ela estava gritando com ele e isso vinha, enfim, trazendo aí um desconforto, porque Alexandre estava se sentindo incomodada pelo fato de não estar sendo atendida pelo filho com relação a esse fato, tá? E isso vem muito ao encontro de uma informação que eu tive quando estive na casa dela. Porque ali depois do desaparecimento da do Rafael na semana, imediatamente depois do desaparecimento dele, eu estive na casa dela. Rafael desaparece na na sexta-feira. Na quinta-feira eu fui na casa da Alexandra. Naquele momento, Alexandre não era uma suspeita, ela era uma mãe com um filho desaparecido. Então, eu estive na casa porque tava muito preocupada realmente assim com a falta de informação que nós tínhamos, né? Era uma cidade, é uma cidade muito pequena, é uma cidade que não tem muitas vias de acesso, todas as câmeras já tinham sido revistas, buscadas as imagens. Ninguém tinha visto o Rafael de nenhuma forma, ninguém tinha visto ele passar em nenhum local, né? E isso acaba chamando a atenção da gente, assim, paralelamente a isso, Alexandra vinha se vinha demonstrando estar muito tranquila com a situação, né? Todas as vezes que ela ela era ela ouvida assim, ela trazia uma tranquilidade, uma calma que quem é mãe aí, quem é mãe talvez possa entender melhor assim, a gente só de imaginar ficar meia hora longe do filho, a gente se desespera. Ela tava dias já e tava tranquila. Então eu fui na casa para conversar com ela. Eu queria entender melhor, eu queria conhecer o local, eu queria ver onde é que ela morava, queria conhecer a casa, queria conhecer ela, queria conhecer o Anderson, né? E fiquei mais de uma hora conversando com ela dentro da casa dela, sentada na frente dela. Eu e ela, uma servidora do Ministério Público, o Anderson e apenas nós. E além de tudo, a gente foi acompanhada por um dos nossos vigilantes para indicar o local, porque eu não conhecia muito bem a cidade ali onde é que ela morava. Então, estávamos tranquilas e em segurança dentro da casa dela naquele momento. E durante essa conversa, Alexandra trouxe uma situação que me chamou muita atenção. Ela diz, ennem conversando e tal, dis, não, eh, os meus filhos eles me obedecem. Se, por exemplo, eu disser para eles que eles não devem assistir televisão, eu posso pegar o controle. E aí ela faz o gesto, pega o controle da televisão, eu posso pegar o controle da televisão e colocar nessa mesinha que era uma mesinha de centro baixa, que eu tenho certeza absoluta que eles não vão pegar esse controle e ligar a televisão. Isso me bateu assim de uma forma muito contundente. Eu pensei que ela tem esse grau de dominação sobre os filhos, um adolescente, um pré-adolescente, né? E eu sou mãe, tenho filhos e a gente sabe que as coisas não são assim em casa, a gente não consegue assim esse grau de obediência a menos que exista alguma coisa por trás disso. Então isso me tocou assim de uma forma, não, pera aí, tem alguma coisa que não tá certa mesmo aqui. E aí quando eu eu saí da casa me despedir, né, ela inclusive fez uma brincadeira dizendo: “Ah, eu sempre falo pro Anderson rindo, né? H, que daqui a pouco o Rafael vai entrar a porta dentro dando risada e dizendo que foi tudo uma brincadeira. Tá, mas como que alguém faz uma brincadeira aí, uma semana de filho desaparecido, dá risada e tal, né? não derrama uma lágrima, traz essa informação. Enfim, eu saí da casa da Alexandra com uma um desconforto muito grande. Tanto que eu ligo para um colega e digo: “Olha, tem alguma coisa que não tá certa, tem alguma coisa que não tá certa nessa família, nesse núcleo familiar, né?” E aí a gente caminha para na segunda-feira seguinte ela apontar o local do É. E ela tem uma coisa narcisista muito forte, né? nos vídeos que ela aparece falando logo no logo no começo, que aí não era um caso nacional, um menino desapareceu ali naquela região. Foi um foi um assunto daquele daquele local, inclusive por ser uma época de pandemia que não tinha muita notícia e tudo mais. Ela, a não ser a própria pandemia era a única notícia. E ela e você percebe e que ela começa a gostar, né, de aparecer. Ela tem esse narcisismo. É, é visível isso? Você que esteve tão próxima a ela. É, sim, sim. Ela estava sempre muito bem arrumada, sabe? Isso chama atenção, porque ela tá sempre arrumada, cabelo arrumado, por vezes maquiada, a roupa sempre alinhada, pode ser uma característica, pode. Mas volto a repetir, naquele momento, diante daquele contexto, daquela situação do teu filho desaparecido, você vai se preocupar com a tua aparência, não é? Não é fugir demais do do o senso comum nessa hora é a melhor coisa. Por exemplo, eu entrevistei entrevisto a Lucinha do caso Beatriz Angélica, no caso já de anos, a mulher continua destruída assim, você vê que a vaidade e era uma mulher super vaidosa. Aí você pega a Monique do Henri Borel, Alexandra, você começa a orar fala assim, mas não tem como que uma pessoa se arruma para ir pra delegacia ou como uma pessoa tá arrumada porque vem câmera por aí, né? Então ela se dá dá essas escorregadas. O, só para terminar com o Anderson, ele em momento nenhum fala que o irmão apanhava ou que tinha essa dominação muito forte na casa. Ele só aponta isso. A minha mãe tava incomodada porque o Rafael estava em começando a entrar em choque com ela. É isso. Exatamente. Assim, existem relatos, né, de que, enfim, ela eventualmente castigava ou eh utilizava a correção através eh dos meios físicos, mas assim, muito esporadicamente. E ele mesmo traz o relato, ai porque a gente aprontava demais e a mãe se descontrolava e acabava dando uma chinelada, mas depois ela se arrependia. É, coisas assim. Sim, não que a violência em qualquer gênero seja tolerável, né? Mas não nada muito de espancamento, alguma coisa mais grave, uma chinelada, um tapa, alguma coisa do gênero, mas assim, de forma muito esporádica, não existia, não existem relatos de que ela era agressiva. Quem traz esse relato é o Rodrigo, né? E inclusive foi um jur o Rodrigo, pai do Rafael. Pai do Rafael. No j que ela era uma mãe agressiva com Rafael. Ele conv ele conviveu com ele quantos anos eles foram casados? Quanto tempo ele conviveu em família? Eles foram casados durante, deixa eu pensar, cerca de 8, 9 anos. Então bastante tempo. Ele conviveu com a Alexandra junto com um filho que ela já tinha e junto com o filho que ele vai ter. E como que ele que ele caracteriza Alexandra como mãe? A família, ele não traz assim, ele não traz relatos da Alexandra como a mãe, mam má mãe, tá? em nenhum momento assim, ele traz esses relatos, tanto na delegacia, ele não traz essas informações que ela era uma mãe ruim, né? Ela era muito exigente, sim, tem essa informação e ele traz alguns episódios assim dele dela ter agredido os filhos, mas isso também de uma forma muito esporádica, não era uma característica dela ser uma mãe violenta fisicamente. Não, uma coisa, uma coisa uma mãe dá uma chinelada na bunda, outra coisa a mãe dá um tapa na cara do do filho. São coisas são são ações muito diferentes. Ai, mas ele não via ela como uma pessoa sediadora, não traz esse ponto assim, não fala disso. Não, não, não, não, não. Nem, nem o namorado dela. Não, não. Porque uma coisa que é muito, tá sendo muito comum são esses casais em loucura ou maldade a dois. A lá, menina Sofia da mãe com padrasto, o próprio Henri Borel de novo, a Isabela Nardone, onde você tem a madrasta e o pai, o pai, a a mãe e o padrasto. Então o o padrasto foi descartado como esse namorado foi descartado como coautor. Sim, sim. Esse era um bom dasto, digamos assim. Ele era, ele é uma pessoa muito boa. Ele é efetivamente uma pessoa muito boa. Ele se envolveu muito nas buscas do Rafael, assim, ele moveu céus e terras, fez cartazes, espalhou cartazes, fez buscas incessantes, sabe? ele teve um prejuízo pessoal muito grande em razão da exposição. Eh, foi, claro, obviamente investigado, o celular dele foi olhado, todas as as diligências necessárias foram feitas, mas, sem sombra de dúvida, ele foi descartado logo de início por não ter nenhum tipo de envolvimento, até porque ele não estava no local do crime, né? Esse padraço, ele trabalhava na época num hotel, numa cidade vizinha. Então, nessa noite ele estava no hotel, tem as registro das câmeras de segurança que ele estava lá. Então, ele não tem envolvimento nenhum com o crime. Ele, na verdade, foi mais uma vítima, porque ele também acabou sendo exposto e teve consequências graves. E quem acompanhou o depoimento dele no júri viu eh o quanto ele se emocionou, o quanto era verdadeiro o sentimento que ele trazia pelo Rafael. Ele realmente tinha uma vinculação afetiva muito grande tanto com Rafael quanto com o Anderson, que é o filho mais velho. É, ela pede inclus, ele pede inclusive para que ela fale a verdade, né? Ele falha, chega a hora que fale. A mãe da da Alexandra, o irmão trouxeram algum elemento sobre o dia a dia da casa dela, o da Alexandra, ou para todo mundo foi uma surpresa quando tudo se esclareceu? Olha, ã, nesse período inicial, nesses 10 dias antes do encontro do corpo, né, a mãe e o irmão não trouxeram nenhum tipo de informação. Eles não viram nada, eles não ouviram nada, eles não ouvem nenhum tipo de movimentação, né? A mãe traz essa mesma narrativa, que ela chega em casa e ela vai até a casa da Alexandra para conversar com ela a respeito de umas dívidas, para convidar ela para ir sanar umas dívidas que elas tinham no comércio, né? Então ela se depara com essa situação. A desconfiança da dona Isaíde era que Alexandra e o Rodrigo pudessem estar ensaiando um retorno ao convívio e pretendendo fugir da cidade, né, que era uma situação que já tinha acontecido, assim, eles anoiteciam e não amanheciam, né, em razão eh de algumas situações eh financeiras e dívidas e tudo mais. Então a dona Ah, entendi. Eles iam fugir mesmo. Eles iam fugir de responsabilidades, tá? É. É. A dona Zisa de tinha essa desconfiança, ela trazia essa desconfiança que eles pudessem fugir juntos, né? E que pudessem ter então mandado o Rafael antes para facilitar a fuga, digamos assim, da família, né? Mas isso obviamente não se confirmou, não tinha nenhuma expectativa nem de retorno deles e nenhuma conversa deles nesse sentido, até porque na época eles não conversavam assim, conversavam eh exclusivamente em razão de algumas questões do Rafael pontuais e e apenas isso, não tinha nenhuma expectativa de retorno do relacionamento. Essa era a única desconfiança em que a dona Isaíde trazia em razão do histórico de vida da Alexandra e do Rodrigo. Então ela fala isso tanto na delegacia quanto ela fala para uma vizinha, né, que é uma vizinha que mora exatamente ao lado parede colada praticamente para da Alexandra, né? E que essa pessoa também traz esse relato tanto na delegacia quanto em juízo, tá? E aí, ah, fala, desculpa, eu te cortei. Não, não. E eu só ia complementar que os irmãos não trazem nada mais assim, os irmãos, né? principalmente aquele, o Alberto que deu o depoimento na do júri, o que é o coitado que foi indicado no começo como assassino do sobrinho. Não, esse é o outro. Não, não. O outro, o outro irmão, o outro irmão, tá? Eh, que foi o que deu o depoimento no júrio, o Alberto. Ele, ele traz assim notícias no sentido de não saber o que que tinha acontecido. Ele se empenhou muito nas buscas, né? Dava para ver que era um tio que tava realmente preocupado, procurando eh saber. Ele trocava mensagens com o Alexandre dizendo que eh ele dormia de noite pensando no que poderia ter acontecido e não conseguia encontrar nenhuma pista, ou seja, não tinha visto nem ouvido nada também naquela noite, nem nas noites anteriores, né? Então, esses elementos assim, eles foram levando à construção de que realmente assim o Delair, que era o padrado da mãe, não tinha envolvimento, a avó não tinha envolvimento, os tios, nenhum dos dois tinham envolvimento, né? o Anderson pela própria construção, muitas pessoas acabaram questionando o envolvimento dele, mas ele efetivamente não teve envolvimento, né? Eles além de ã terem o o conteúdo dos celulares quebrados, né, com quebras autorizadas, eles estavam com interceptação telefônica. A Alexandra, o Delaío, Rodrigo, Anderson, durante todo o período ali, até depois da prisão da Alexandre. Então, acho que a interceptação ela foi implementada, se eu não me engano, dia 17 ou 18 de maio, assim, logo imediatamente após o desaparecimento do Rafael e ela perdurou até 25 ou 26 de maio, tá? Então, toda a fase do desaparecimento tava sendo interceptada e acompanhada pela polícia, né? Então é bem importante que a gente traga essas informações. Claro, porque em razão até da dinamicidade do júri, do pouco tempo que a gente tem, apesar de ter durado três dias, é pouco tempo ainda, porque tem muita coisa no processo, a polícia ela foi muito diligente. polícia usou tudo, todos os meios possíveis de investigação, quebra de dados, interceptação telefônica, captação eh ambiental das conversas, né? perícias. Todas as perícias possíveis de serem realizadas foram realizadas. Reprodução simulada dos fatos, luminol, tudo foi feito para se buscar, né, efetivamente quem teria praticado o crime. E se chegou à conclusão que a Alexandra era a autora do crime e em razão disso é exatamente em razão disso é que ela foi condenada. A gente vai falar do crime e deixa só para do do Anderson, só para entender os telefone os telefones dela, do Anderson e do então namorado dela foram tinham durante as buscas do do Rafael que estavam sendo interceptadas, porque havia uma possibilidade de eles estarem escondendo alguma coisa. Isso já é normal da polícia fazer também, né? Normal. Era uma das linhas da investigação, né? O que que a polícia tinha como linhas de investigação? Fuga, né? fuga voluntária, fuga involuntária, ou seja, sequestro, eh, rapto, rapto para fins sexuais, ã, o envolvimento de pessoas de fora do núcleo familiar com desaparecimento e o envolvimento de pessoas de dentro do núcleo familiar com desaparecimento. Todas as linhas possíveis estavam sendo investigadas. Então, em razão dessa investigação, é que se interceptou, né, os celulares das pessoas, a mãe e o irmão, que estavam dentro da casa, da mesma casa, o padraço que era a pessoa que tinha proximidade de assim, dia não, tava na casa e o pai que era uma das pessoas que tinham, né, poderiam ter algum tipo de envolvimento até em razão dessa indicação da ter assumido. Enfim, aquela história que o Anderson conta no julgamento que ele foi abusado pelo pai do Rafael e tudo mais. Foi falado isso à época do desaparecido, como ele como desaparecido, Rafael como desaparecido. Não, essa história ela surge a primeira vez durante a instrução do processo, quando o Anderson é ouvido em juízo, durante a instrução. Então, quando ele traz essa história em juízo, né, automaticamente nós pedimos a instauração do inquérito policial para apurar os fatos, porque isso é uma atitude de pra que a gente toma. né? Nós somos fiscais da lei, o Ministério Público é o fiscalimento da lei. Tendo conhecimento da prática de um crime, eh, é natural que a gente busque ã a apuração do fato. Então, nós pedimos naquele momento para ser instaurado o inquérito policial. H, o delegado instaura o inquérito policial, ele faz a investigação e o delegado nos devolve esse inquérito policial sem indiciamento, ou seja, ele não chega a uma conclusão a respeito da veracidade daqueles fatos, né? Nós baixamos pedindo algumas diligências complementares, o delegado fez essas diligências complementares e nos devolveu novamente sem indiciamento, tá? Então, nesse momento, eu tô já não respondo mais pro Planalto. Eu não sei o que que o colega lá eh como é que ele vai proceder, mas até onde eu tenho conhecimento, o o inquérito foi devolvido sem esse indiciamento porque não se chegou a uma um fundo de veracidade a respeito do que foi relatado. Ah.

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