Por isso que VOCÊ NÃO está FICANDO RICO com os JUROS COMPOSTOS dos seus investimentos!
0Você provavelmente já escutou a frase “Os juros compostos são a oitava maravilha do mundo”. Essa frase em questão foi atribuída ao Albert Einstein, apesar de não termos a confirmação se foi realmente ele que disse. Mas não importa muito, até porque quando estamos começando a investir, nós somos extremamente atraídos pelo tal juros compostitos, que é aquele efeito de juros sobre juros. Só que nós temos a percepção de que nós sentiremos esse efeito logo de cara. E na realidade não é bem assim. Temos três aspectos que eu gostaria de trabalhar e explicar melhor para vocês aqui nesse vídeo, que são aspectos que ditarão a velocidade do nosso processo de enriquecimento, porque muitos acreditam que apenas investir irá nos deixar rico, enquanto na realidade temos três pontos muito importantes, que é basicamente rentabilidade, capacidade de aporte e o tempo que deixamos aquele dinheiro investido. Começando pela tal rentabilidade, nós somos tentados a fazer determinadas simulações. Então, nós procuramos simuladores de juros compostos. Estou utilizando o simulador do site do investidor 10. E o primeiro erro já começa aqui. Você está vendo que a taxa de juros considerada nessa simulação foi de 15%. Por que 15%? Porque é vigente. Então, muitas pessoas costumam pegar a SELIC que está sendo trabalhada no momento e considerar como a sua rentabilidade média anual dentro dos próximos 10, 15, 20. queçá 30 anos. E esse é um erro. Por quê? A SELIC em 15% está no seu maior patamar desde 2006, ou seja, há 19 anos não presenciamos uma selic em 15%. Então, tanto quanto errado o investidor considerar que ele vai conseguir essa rentabilidade de forma consistente ao longo dos próximos 10, 15, 20 anos. Se pegarmos a selique média dos últimos 20 anos, chegaremos a um número próximo a 10%, bem inferior a essa considerada. Então, como conseguimos perceber, o resultado encontrado considerando uma taxa de juros em 15%, num período de 30 anos e um aporte de R$ 400 por mês, o investidor teria acumulado no final do período R$ 2.226.623. Então ele pensa, caramba, em 30 anos eu terei R$ 2 milhõesais. Só que a priori nós temos a percepção de valor em relação a esses 2 milhões, como se fosse valor de hoje. Então nós começamos a pensar, o que que eu consigo fazer com 2 milhões hoje? Bom, se daqui 30 anos eu consegui fazer exatamente a mesma coisa, está ótimo. Só que devemos levar em consideração a rentabilidade real. Muitas pessoas desconsideram a rentabilidade real na hora de fazer as simulações. O que que é a rentabilidade real? É o quanto realmente estamos ganhando. Por quê? Vamos supor que o investidor realmente conseguiu essa rentabilidade de 15% ao ano. Só que desses 15%, uma parte foi corroída pela inflação. Uma parte foi destinada apenas a preservar o seu valor de compra. Todo o excedente foi o crescimento real. Podemos trabalhar aqui com o crescimento real na casa de 5% e eu já vou te mostrar o por que eu escolhi esse valor de crescimento real de 5%. Vamos considerar que o investidor ele investiu de forma consistente ao longo dos próximos 30 anos e conseguiu uma rentabilidade acima da inflação em 5%. Ele teria um patrimônio a valor de hoje de R$ 326.150. Veja, em termos nominais, quando ele abrir a conta do banco e da corretora, será um valor bem expressivo, mas não podemos desconsiderar o efeito da inflação. Isso é muito importante, principalmente quando falamos de planejamento. Pensa comigo, se você realmente quer se planejar, se planejar para daqui determinado tempo desacelerar, conseguir usufruir do que o seu patrimônio está te gerando através de um fluxo de renda mensal, por exemplo, através dos dividendos, é necessário que você faça um planejamento sério. E num planejamento sério, devemos considerar a inflação. Por quê? Se o investidor ele pensa que daqui 30 anos ele terá R milhõesais a valor de hoje e quando chega lá ele percebe que esses R milhõesais, por exemplo, tem o poder de compra na casa de R$ 500.000 R$ 1.000 de hoje, aquele planejamento ele pode ter ido por água abaixo. Mas de qualquer forma nós conseguimos perceber ainda nessa simulação de juros compostos a importância do tempo. Descendo aqui um pouquinho mais para baixo da página, conseguimos perceber que mais da metade do resultado foi proveniente apenas de juros e o resto foi o que realmente saiu do nosso bolso. Mas conseguimos perceber também que no nos primeiros anos a maior parte dos nossos resultados é proveniente dos nossos aportes. Você vê que até o 10º ano basicamente o investidor tinha acumulado R$ 61.000, sendo que R8.000 saiu do bolso dele, apenas R.000 foi juros. Agora, conforme o tempo vai passando, nós percebemos que esse efeito ele passa pelo processo de exponencialização, ou seja, a cada ano que passa, a o peso dos juros sobre juros se torna cada vez mais relevante. Quando a gente chega ali no 30º ano, o resultado de R$ 326.000, R$ 144.000 saiu do bolso do investidor, enquanto R2 foi apenas em juros. Então, por isso que inicialmente nós não conseguimos perceber muito bem esse efeito de juros compostos, porque o que dita inicialmente a a velocidade do nosso processo de enriquecimento é a nossa capacidade de aporte. Lembra que eu falei com vocês que são três fatores? tempo, que nós já conseguimos perceber aqui, que quanto mais tempo nós deixamos o nosso dinheiro investido, melhor, o efeito de juros sobre juros, ele é intensificado. Então, se o investidor ele tem uma janela temporal significativa, ele vai conseguir enriquecer ao longo do tempo. Nós temos a capacidade de aporte, que é muito importante, principalmente nos primeiros anos da nossa trajetória, porque nos primeiros anos a maior parte do nosso resultado é proveniente do quanto a gente aporta. E também temos o quesito rentabilidade, que também devemos ter cuidado na hora de utilizar e fazer determinadas simulações. Como eu mencionei, utilizar uma taxa muito elevada, como por exemplo, 15%, e desconsiderar a inflação é um tanto quanto perigoso. Até que o investidor ele tenha conseguido uma rentabilidade de 15% ao ano nos nos próximos 30 anos. Vamos supor que a inflação fique na casa de 5, 6%, fazendo uma conta muito simples, uma continha de cabeça, ele teria tido uma rentabilidade acima da inflação na casa de 9% ao ano. Então aqueles R$ 2 milhões deais na realidade teriam o poder de compra de hoje de R$ 680.000. Temos que entender que a priori o principal objetivo de investir é preservar o poder de compra, o valor daquele dinheiro. É um tanto quanto notório que a cada ano que passa aquele mesmo dinheiro, aquela mesma nota, por exemplo, de R$ 100, compra cada vez menos coisas. Então, investir é buscar minimizar esse efeito e buscar também um crescimento real, um crescimento acima da inflação. E eu quero te explicar por que mais cedo no vídeo eu considerei um crescimento real. Para isso, nós temos que nos basear em alguns índices. Então, eu me baseei no histórico de rentabilidade do IBOV, que é um índice que reúne as principais empresas da bolsa de valores brasileira. Nós temos o CDI, que é aquela rentabilidade que acompanha as oscilações da taxa de juros. E temos o IMAB. O IMA B ele é um índice que basicamente mostra pra gente a performance de uma cesta de títulos do Tesouro Direto. Sabe quando você acessa o site do Tesouro Direto e você encontra o Tesouro IPCA+, que é um título indexado à inflação, ele entrega para o investidor IPCA, que é inflação, mais uma determinada taxa real? O IMAB ele vai refletir a performance de todos os títulos tesouro e PCA mais. Então eu peguei a primeira janela temporal de basicamente 30 anos desde a criação do Plano Real, onde o Ibovespa entregou uma rentabilidade acima da inflação de 5.12. Então poderíamos dizer que IBOV entregou o IPCA mais 5.12% ao ano. Foi a média. Lembrando que isso é uma média. Há anos que entrega uma uma rentabilidade superior e há anos que pode até mesmo entregar uma rentabilidade negativa. E por que que eu coloquei retorno real líquido? Porque nós estamos descontando também quaisquer efeitos que as alíquotas de imposto de renda podem trazer. Quando falamos de ações, nós temos a isenção de dividendos e a isenção em vendas de até R$ 20.000. Então, se o investidor vende até R$ 20.000, ele tem todo o ganho de capital isento. O CDI também considerei retorno real líquido. Então, eu peguei a rentabilidade do CDI, descontei a inflação e descontei a alíquota de imposto de renda. teria trazido um resultado pro investidor de IPCA + 7.67. O IMA B nós não temos um histórico tão longo assim, porém eu fiz questão de trazer essa simulação, esses dados de uma janela temporal dos últimos 21 anos, basicamente, justamente para te mostrar um efeito que ou que muitas pessoas também desconsideram. Quando você olha pro CDI nos últimos 30 anos, é plenamente comum que o investidor pense: “Bom, CDI imbatível e PCA + 7.67 67 líquido. Porém, se pegarmos uma janela temporal de 2004 a 2025, perceberemos que o CDI entregou IPCA + 3, inclusive menos do que BOV que entregou o IPCA + 3.17. Se você olha em termos brutos, CDI terá rendido mais do que BOV, mas temos que desconsiderar, descontar o imposto de renda. E o IMAB líquido também entregou IPCA mais 4.49. Então, conseguimos perceber que nos últimos 20 anos o CDI já não entregou uma rentabilidade tão acima da média assim quanto essa rentabilidade dos últimos 30 anos. E por que que eu acho válido mencionar isso? Porque quando o plano real foi criado, nós tivemos algumas distorções na taxa de juros. Olha o patamar que a CELIC trabalhava lá em lá em 94. Nós tivemos épocas ali em 98 que a CELIC chegou a 40, 45% ao ano. Então quando a gente pega de 94 a 2025 estamos considerando a SELIC nesse patamar significativamente alto. Então sim, isso traz determinadas distorções. Tanto que se diminuirmos um pouco mais, desconsiderando esses efeitos aqui, basicamente até os anos 2000, a CELIC, ela já tem um resultado real menor. E por que que deveríamos, em tese, desconsiderar essas distorões? Bom, lá em 1994, se a gente pegar a relação dívida bruta que o Brasil tinha pelo PIB, que é basicamente o somatório de toda a riqueza que o país consegue gerar, a soma de toda a produção de bens e serviços, o Brasil tinha uma proporção de 30%, ou seja, a dívida representava 30% do que era produzido no país. que se a gente for considerar hoje essa divisão, dívida bruta sobre o PIB está na casa de 76%. Então veja, naquela época você ter uns juros mais elevados, principalmente para atrair capital estrangeiro, porque a gente tinha acabado de passar por um período de hiperinflação. Então era muito importante também atrair capital estrangeiro pro país, principalmente pro dólar ficar mais controlado. A nossa dívida era muito menor em relação a hoje. Se dermos uma outra olhada aqui, perceberemos que a cada aumento de 1 ponto percentual na Selica, o custo da dívida bruta federal em cerca de R bilhões de reais. Ou seja, conseguimos perceber porque não é tão viável nós trabalharmos hoje com uma Silic na casa de 20, 25, 30% ao ano. Justamente por isso que temos que ter cuidado ao considerarmos esse CDI muito elevado, considerando desde a criação do plano real, porque percebemos que na realidade do nosso país hoje 15% já é uma taxa extremamente elevada. Então, em tese, ao longo do tempo, não é que vamos esperar que o Brasil trabalhe com taxa de juros muito baixas, mas não podemos considerar que o Brasil trabalhe com uma taxa de juros significativamente alta, porque acaba sendo insustentável. Então, se dermos uma olhada, como aqui estamos olhando índices e basicamente o índice ele mostra, ele faz uma média de desempenho de uma cesta de ativos, o investidor quando escolhe os seus próprios ativos consequentemente ele acaba tendo uma rentabilidade diferente do índice. Pode ser uma rentabilidade superior ou até mesmo inferior. Eu, na minha concepção, acredito que uma taxa real conservadora, eu acredito que isso já é uma característica minha, tá? Quando eu vou fazer determinados planejamentos, eu gosto de ser um pouco mais conservadora. Então, para mim, uma taxa de crescimento real de 5% é algo extremamente viável pro investidor. Existem investidores que irão conseguir uma rentabilidade real superior e existirão também investidores que conseguirão uma rentabilidade inferior. Então, 5%, baseado nessas médias que a gente consegue perceber, principalmente nos últimos 20 anos, eu acho um tanto quanto viável, principalmente porque, por exemplo, Ibov é um índice extremamente concentrado, principalmente em Petrobras Vale, que são empresas cíclicas. Então não é tão difícil se o investidor escolhe boas empresas, ele ter uma rentabilidade superior ao IBOV que entregou pro investidor IPCA mais 3.17. Se o investidor diversifica, se ele também tem títulos indexados à inflação, que entregou IPCA mais 4.49, se ele investe em outras economias, como por exemplo economia americana ou até mesmo em outras economias globais, ele também consegue incrementar um pouco mais esse resultado. Então acredito que na média o investidor ele consegue de forma relativamente tranquila com a carteira diversificada e PCA mais 5. Então, quando você for fazer as suas simulações, não há problema utilizar a rentabilidade nominal, que é aquela rentabilidade que você olha logo de cara, mas não deixe também de fazer as suas simulações, considerando o quanto de fato o seu patrimônio está crescendo, porque uma coisa é olharmos termos nominais, abrirmos a nossa conta e olharmos diversos dígitos. Outra coisa é nós analisarmos o poder de compra daquele patrimônio que estamos construindo. Além disso, como você deve ter percebido, o que tem muito peso no nosso processo de enriquecimento, principalmente nos primeiros anos, é a nossa capacidade de aporte. Então sim, é extremamente possível começarmos com pouco, porém é extremamente importante que conforme o tempo for passando, se você realmente quer construir um patrimônio significativo, que o investidor busque melhorar a sua capacidade de aporte, que ele tem em mente que sim, ele precisa buscar boas rentabilidades, porém rentabilidade não é tudo. Busque bons ativos para que o seu patrimônio minimamente tenha o seu valor protegido e tenha sim um crescimento real e dê tempo ao tempo. Esse efeito de juros compostos, ele será sentido de fato ao longo dos próximos anos. E eu sei que quando falamos nesse quesito tempo, algumas pessoas que são mais velhas, elas pensam: “Bom, para que que eu vou investir se eu já sou mais velha? Eu não tenho tanto tempo assim, eu não tenho uma janela de 25, 30 anos pela frente?” Só que você não pode esquecer que você, mesmo estando numa idade mais avançada, ainda consegue investir. Você pode voltar os seus esforços a buscar renda, buscar ativos geradores de renda. Então aquele investidor que tem uma janela temporal, aqueles investidores mais jovens, como eu, por exemplo, que ainda tem 25 anos, eles podem começar investir com esse pensamento de longuíssimo prazo, tendo a percepção de que os juros sobre juros serão se intensificados. Agora, se você já está numa idade mais avançada, você pode voltar os seus esforços a acumular ativos geradores de renda, ou seja, ações boas pagadoras dividendo que já te trazem essa previsibilidade, empresas mais maduras, mais sólidas, fundos imobiliários que que te gera aquela previsibilidade de renda todos os meses. Então o investidor ele já consegue usufruir de uma maneira mais rápida daquele patrimônio que ele tem. a própria renda fixa pósfixada, que acompanha as movimentações da taxa de juros, que diminui a volatilidade, ou seja, que diminui as oscilações da carteira de investimentos. Veja, há sempre tempo para começarmos a investir. É lógico, quanto mais cedo começarmos, melhor. Bom, eu espero que você tenha gostado desse vídeo. Se você gostou, não deixe de se inscrever aqui no canal e ativar o sininho para ficar por dentro de todos os vídeos sobre finanças e investimentos que saem por aqui. E só mais uma coisa, não custa você também deixar o seu like, porque assim o YouTube vai entender que esse vídeo foi relevante e vai recomendar para muito mais pessoas. Então, um beijo e eu te vejo no próximo vídeo.