Tailândia invade o Camboja – Quem ganha essa guerra?

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Caros amigos, bem-vindos a mais um episódio de Hoje no Mundo Militar. Neste vídeo falaremos sobre a perigosa escalada das tensões entre a Tailândia e o Camboja e de qual lado teria mais vantagens em um eventual conflito em larga escala. A sua empresa pode estar escaramuças fronteiriças entre a Tailândia e o Cambója estão escalando de dia para dia, resultando em dezenas de mortos e feridos em ambos os lados da fronteira, em milhares de civis desalojados e evacuados para áreas mais seguras na retaguarda e em uma invasão limitada neste sábado, 26 de julho, com a Tailândia ocupando uma área disputada que estava sob controle cambojano. Mas antes de falarmos sobre os últimos acontecimentos, é importante conhecer as raízes de toda essa tensão. O conflito entre Tailândia e Camboja não é novo, remontando ao período do poderoso Império Kimer, que dominou a região entre os séculos 9 e XV, com toda a tensão, se intensificando ainda mais no século XIX, na era colonial, quando a França controlava o Camboja como parte da indochina francesa, com os franceses traçando mapas e delineando fronteiras que deixaram abertas grandes feridas entre aquelas duas nações. com o epicentro da questão sendo o templo de Prear, um complexo quimer do século XI no topo de uma escarpa, um local sagrado para ambos os lados. Em 1954, após a independência cambojana, tropas tailandesas ocuparam o templo alegando soberania com Camboja, levando o caso à Corte Internacional de Justiça em 1959, com a corte concedendo aos cambojanos a posse do templo, mas deixando quase 5 km² de áreas adjacentes no limbo, criando ainda mais um pretexto para novas tensões. Avançando agora para o século XX, o nacionalismo inflamou ainda mais as chamas. Em 2008, quando o templo foi listado como patrimônio mundial da UNESCO sob soberania cambojana, protestos tailandes explodiram, levando a tirotei os fronteiriços que mataram dezenas até 2011. Em 2013, a Corte Internacional confirmou mais uma vez o controle cambojano sobre o templo, alimentando ainda mais os confrontos. Como podemos ver, trata-se de um clássico caso de herança colonial misturada com identidade cultural e nacionalismo moderno, com regimes autoritários e autocráticos, mobilizando as suas respectivas sociedades para inflamar ainda mais uma questão secular de difícil resolução. Mas por que todas essas tensões explodiram justamente agora? Tudo começou no dia 28 de maio de 2025 com um confronto isolado que matou um soldado cambojano perto do templo. Em junho, o Camboja reforçou tropas na fronteira, possivelmente como preparação. E em 16 e 23 de julho, minas, alegadamente plantadas pelo Camboja mataram soldados tailandeses, levando a expulsão de embaixadores e o encerramento das fronteiras. No dia 24 de julho, a Tailândia lançou ataques aéreos com caças F16 contra bases cambojanas, alegando defesa após ataques cambojanos iniciais que atingiram um hospital tailandês batendo civis, incluindo uma criança, com Camboja contra a acusão da Tailândia de invasão premeditada, com forças tailandesas ocupando agora áreas disputadas. No Camboja, o regime de Hunmanet, filho de Hunen, que governa o país há décadas, parece estar usando o conflito para inflar o nacionalismo e distrair a sociedade de escândalos internos, como corrupção, censura e violação de direitos humanos. E na Tailândia, pressões políticas e o desejo de afirmar soberania em áreas disputadas podem estar impulsionando uma resposta mais agressiva. E quando acrescentamos nessa receita minas, drones, artilharia e caças, temos um caldeirão de combustível pronto para explodir com qualquer faísca. Por enquanto, as escaramuças estão isoladas em alguns pontos da fronteira, mas se as tensões fugirem do controle e os países mergulharem na guerra, quem estaria melhor preparado? Começando pela Tailândia, as forças armadas reais tailandesas são uma máquina de guerra bem oleada, com foco em contraurgência, mas muito bem armadas e capacitadas para a guerra convencional. estão divididas em três ramos, o exército, Força Aérea e a Marinha, que por sua vez é subdividida em fusileiros navais. É uma força relativamente grande, com cerca de 360.000 1 militares na ativa e perto de 1 milhão de reservistas, com forças vistas como bem equipadas para o contexto regional, graças a um tratado de segurança assinado com os Estados Unidos nos anos 50 e diversos acordos firmados com países de topo no setor da defesa, como Suécia, Israel e França. acordos que garantiram o fornecimento de equipamentos como Obuseiros Atimus 2000 e o Caesar, um dos mais avançados e letais do mundo, usado inclusive pela Ucrânia contra a Rússia. Em termos de blindados, operam uma grande mistura de veículos, desde blindados soviéticos antigos, passando por veículos chineses, americanos, britânicos e até mesmo ucranianos, como é o caso do BTR3. A Força Aérea tailandesa também é vista como bem equipada, com caças como JS39 Grippen nas versões C, com as versões E F prestes a chegar, reforçados por caças F16 e F5. Tendo em vista o fato de ser uma nação com uma grande costa e muitas ilhas, a Tailândia tem uma marinha relativamente poderosa, com um pequeno porta-aviões usado pelos tailandeses como porta helicóptero, com um deslocamento de 11.500 00 toneladas, quatro navios de desembarque anfíbio, sete fragatas com deslocamentos entre as 2000 e as 3700 toneladas, cinco corvetas, quatro embarcações de patrulha offshore e dezenas de navios de patrulha costeira e ribeirinha, apoiados por dezenas de lanchas. O Camborja tem forças armadas muito mais discretas, com cerca da metade do número de tropas divididos em quatro ramos. o exército, a força aérea, a Marinha e a Polícia Militar, que atua como força de reserva em tempos de guerra. Como país tem grandes vínculos com a China, os equipamentos são quase todos chineses, com centenas de blindados dos tempos soviéticos de fabrico chinês, a sua maioria bem antigos. O mesmo vale para a artilharia com nenhum sistema propriamente moderno. A Força Aérea Cambojana é muito mais limitada do que a tailandesa, com Camboja não operando nenhum avião de caça, apenas aviões e helicópteros de transporte. Em termos de marinha, a diferença para Tailândia é igualmente gritante, com o país operando apenas patrulhas ribeirinhas e costeiras. Com base nesses dados, em uma guerra em larga escala, quem teria vantagem? Baseado no que foi dito e mostrado aqui, a Tailândia estaria claramente em grande superioridade, com a sua tecnologia, força aérea e capacidades logísticas, podendo sobrecarregar o Camboja rapidamente em um conflito mais amplo. Além disso, a Tailândia tem alianças muito mais estáveis, mantendo com os Estados Unidos um tratado de segurança mútua desde 1954. E é também um aliado extrautã, o que lhe garante acesso a tecnologias militares e a exercícios que pouquíssimos países no mundo podem ter. Já o Camboja tem como aliado principal a China, mas se trata de um aliado comparativamente bem distante e basta vermos o estado atual das Forças Armadas Cambojanas. Portanto, no final, a Tailândia tem uma clara e inequívoca vantagem militar e aliados fortes e bastante presentes. O que significa que em uma guerra em grande escala, a vitória penderia claramente para o lado tailandês. Mas um conflito prolongado na selva poderia virar guerrilha, com custos humanos altos e o risco de atrair vizinhos como Vietnã e Laus. [Música] [Música] เ [Música] [Música] [Música] เฮ

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