“Nicolás Maduro é um líder terrorista e o seu regime não representa a Venezuela!” – EUA

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Caros amigos, bem-vindos a mais um episódio de Hoje no Mundo Militar. Neste vídeo falaremos sobre uma declaração do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rúbio, que confirmou que Nicolás Maduro lhe dera um cartel narcoterrorista e que o seu regime não é o legítimo governo da Venezuela. Neste sábado, 26 de julho, o escritório de controle de ativos estrangeiros do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou a classificação do cartel de Los Soles, uma ampla e muito poderosa rede criminosa baseada na Venezuela como uma organização narcoterrorista, anunciando, por isso, sanções contra essa organização e elementos ligados a ela, como militares e políticos venezuelanos, e até mesmo Nicolás Maduro, visto agora pelos Estados Unidos como um líder terrorista. Segundo o Departamento do Tesouro, o Cartel de Maduro facilita o narcoterrorismo, colaborando com grupos como o Trem de Arágua e o Cartel de Sinaloa, ambos recentemente rotulados como organizações terroristas estrangeiras pelo governo americano. É importante reparar que Nicolás Maduro foi explicitamente nomeado como chefe dessa entidade. E neste domingo, 27 de julho, o secretário de Estado, Marco Rúbio, confirmou essas informações em uma declaração oficial, afirmando que Maduro não é o presidente legítimo, que o seu regime não representa o governo venezuelano e que ele está sendo processado por liderar o cartel. Isso reforça a posição dos Estados Unidos de 2019, quando deixaram de reconhecer Maduro como chefe de estado. Uma posição confirmada especialmente após as eleições presidenciais de 2024. Só relembrando rapidamente, nas eleições de 28 de julho de 2024, Nicolás Maduro recebeu apenas 30,4% dos votos contra os 68,7% do vencedor Edmundo González. No entanto, sem apresentar nenhuma prova ou evidência, como por exemplo, os boletins gerados pelas máquinas de voto, Maduro, que controla o judiciário venezuelano, se autodeclarou vencedor. Uma vitória prontamente reconhecida por outras ditaduras, como a Rússia de Vladimir Putin, o Irã do Ayatolá Camenei, a Coreia do Norte de Kim John 1 e Cuba de Miguel Dias Canel. O Brasil mantém uma posição dúbia e, apesar de não ter reconhecido oficialmente a vitória de Maduro, não o acusa de fraude. As eleições fraudulentas de julho de 2024 e as manifestações de repúdio que se seguiram serviram como justificativa para Maduro aumentar ainda mais a repressão e a perseguição da oposição venezuelana, prendendo mais de 2.000 pessoas e obrigando Edmundo Gonzales a fugir da Venezuela, exilando-se na Espanha. Essa não é a primeira vez em que Maduro enfrenta acusações semelhantes, tendo sido indiciada em 2020 por narcoterrorismo nos Estados Unidos, ligado ao cartel de Losoles e a colaboração com as FARCK, um grupo guerrileiro colombiano que usava o tráfico de drogas como principal meio para se financiar. Mas a designação de 2025 eleva o tom, pois agora é uma classificação formal como terrorista, alinhada a uma política mais agressiva da administração Trump, que em janeiro de 2025 emitiu uma ordem executiva para designar cartéis mexicanos e latino-americanos como organizações terroristas. Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, todos os principais membros de alto escalão do regime de Nicolás Maduro participam no cartel de Losoles, desde figuras do judiciário, como Michel Moreno, do Supremo Tribunal, até figuras das Forças Armadas, como Vladimir Padrino Lopes, ministro da defesa. Todos eles diretamente ligados à direção e organização do cartel. Trata-se de uma estratégia elaborada por Maduro com dois objetivos principais, com o primeiro sendo de enriquecer o seu círculo mais próximo de colaboradores e com o segundo sendo de envolvê-los diretamente em uma organização criminosa, aumentando assim a sua própria segurança como o ditador. Pois todos eles sabem que se Nicolás Maduro for derrubado, todos eles serão presos, julgados e condenados pelo governo que assumir a Venezuela. Segundo a acusação americana, o objetivo do cartel de Los Soles é inundar os Estados Unidos com drogas, gerando receitas multimilionárias e contribuindo para a terrível crise social que o consumo de drogas está gerando naquele país, com dezenas de milhares de famílias destruídas todos os anos. Mas especificamente com relação à classificação de Maduro como líder terrorista, o que efetivamente pode acontecer agora? As implicações imediatas são econômicas e diplomáticas, com designações desse tipo, isolando financeiramente os envolvidos, congelando ativos nos Estados Unidos, proibindo transações e restringindo viagens, mesmo aquelas vistas até agora como estatais. Para Maduro, isso intensifica sanções já existentes, impedindo-o de viajar para os Estados Unidos como chefe de estado, como fez em outras ocasiões para reuniões na ONU. O tesouro dos Estados Unidos já sancionou líderes do Tremerágua e do Sinaloa, expondo redes de lavagem de dinheiro e financiamento terrorista. E na Venezuela, isso pode enfraquecer o regime que depende de receitas do narcotráfico e alianças com cartéis. Mas a grande questão é militar. Com Maduro classificado como líder terrorista e não como chefe de estado, Washington poderia justificar ações mais diretas com ataques de precisão para eliminá-lo. Historicamente, os Estados Unidos usam designações terroristas para autorizar operações letais fora de zonas de guerra tradicionais, com exemplos incluindo o ataque de drone que eliminou Kazim Soleimani em 2020 em Bagdad, líder da força Cudes iraniana ou os ataques contra Osama bin Laden e Abu Bakri Al Bagdad, operações baseadas na lei de autorização para uso de força militar de 2001, que permite ações contra terroristas sem a declaração de guerra. Atacar e eliminar um chefe de estado seria algo sem precedentes na história moderna dos Estados Unidos e poderia gerar complicações legais profundas para Donald Trump. Mas atacar um líder terrorista, que é como Nicolas Maduro é visto agora por Washington, é algo quase corriqueiro nos Estados Unidos. Mas mesmo assim, como eu disse há pouco, ditadores como Putin, Camenei, King John 1, reconheceram Maduro como presidente legítimo da Venezuela, o que significa que um ataque visando a sua eliminação, poderia ser visto por esses países como uma agressão a um estado soberano. Relatórios indicam que designações de cartéis como organizações terroristas abrem ferramentas bem mais amplas, como vigilância ampliada, compartilhamento de inteligência e potencialmente ataques de precisão preventivos. O que significa que essa possibilidade contra Maduro não está descartada. Em outras palavras, designações terroristas despolitizam alvos, permitindo operações sob leis antiterrorismo em vez de direito internacional de guerra, o que, na prática coloca um grande alvo nas costas de Maduro, permitindo aos Estados Unidos eliminá-lo sem que Trump enfrente acusações internas de ter atacado um chefe de estado. O fato é que a administração Trump, com Rúbio à frente parece focada em pressão máxima via sanções e deportações contra cartéis de drogas. E como Maduro é o líder de um dos maiores cartéis de drogas com atuação direta nos Estados Unidos, podemos deduzir que para Washington ele é hoje um alvo prioritário a eliminar. Mas há também outras vias que podem ser exploradas pelos Estados Unidos, como um apoio ainda maior à oposição venezuelana ou a criação de coalizões internacionais. Mas a verdade é que Maduro, rotulado agora como terrorista, estará ainda mais isolado dos Estados Unidos e dos seus aliados mais próximos, podendo mesmo ser visto como um alvo prioritário a eliminar. E se ainda não está inscrito no canal, inscreva-se já e acione o sino das notificações para não perder nenhuma novidade.

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