Trilhos do Desenvolvimento Episódio 9 – A Ferrovia em Mato Grosso

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[Música] a nossa empresa começou aqui no Mato Grosso em 1982 a gente veio do Rio Grande do Sul cidade de Cruzalta e já baseamos aqui em Rondonópolis posteriormente anos depois a gente expandiu nossos negócios nossas fazendas para outras regiões do médio norte região de Sorriso região de Sinope Ipiranga mas a nossa base ainda continua sendo aqui em Rondonópolis ah eu cheguei ainda na guri aqui eu cheguei aqui com 18 anos de idade e aí eu fui para Cuiabá fazer engenharia elétrica me formei engenheiro eletricista após sair da faculdade eu já entrei na área agrícola né já entrei na no tínhamos fazenda aqui e a gente já plantava soja então desde 82 a gente planta soja no Mato Grosso esse ano já foi completadas 40 safras então a gente planta soja planta milho e também cria gato essas é as três atividades do nosso grupo é o grupo familiar é um irmão de sócios e os filhos eh eh já que seria a terceira geração já estão inseridos no negócio hoje as fazendas são geridas e gerenciadas e tocadas por eles são quatro meninos e os quatros fizeram engenharia agronômica são engenheiros agrônomos e hoje eles estão à frente do negócio praticamente eu e meu irmão que começamos lá atrás eh a gente participa do conselho consultivo simplesmente mas o dia a dia é tocada já pelos pelos meninos da segunda geração vocês entenderem como é que uma economia normalmente ela começa sendo muito dependente do setor primário e aí a gente já com essa vinda do pessoal do agro começou a desenvolver outras regiões no estado e Rondonópolis pelo pelo entroncamento das rodovias por esse favorecimento da posição geográfica da cidade acabou que a gente já startou pra pra indústria e aí nos anos 80 e anos 90 nós tivemos um forte investimento industrial inclusive até hoje nós somos o maior polo industrial de Mato Grosso não tem nenhuma cidade mais industrializada do que Rondonópolis somos nós nós recebemos na época a Sadia uma baita de uma planta aqui na cidade a Ceval também uma de uma planta e e aí muitas algodoeiras a a região de de Campo Verde sempre foi muito forte no plantil de algodão e tudo nós também éramos na época muito forte a nossa aqui na região e aí muitas algodoeiras então nós nos tornamos uma um forte polo industrial setor de de cerealistas arroz feijão todas essas questões e aí depois a a a DM comprou a a Sadia a Bung comprou a CEVAL e hoje nós temos para você ter uma ideia a a maior planta da ADM no mundo não vou dizer que é a maior esmagadora de de grãos do mundo porque na China tem as maiores mas não é da ADM adm é uma multinacional norte-americana a maior planta dela tá em Rondonópolis e a maior planta da América do Sul acho que da América Latina da da Bung também tá em Rondonópolis a soma dessas duas unidades faz Rondonópolis ser o maior polo esmagador de grãos do Brasil naturalmente se é do Brasil é da América do Sul pelo menos né então nossa a cidade é a maior polo esmagador de grãos do do Brasil e aí a gente tem cervejaria Petrópolis enfim a gente tem uma série de outras indústrias que que fortalecem essa essa pegada nossa que é a economia de segundo setor né já é o setor secundário da economia que é a transformação da produção eh a gente formou um grupo hoje eh a gente atua em vários municípios aqui no estado com várias fazendas né e basicamente o carro chefe nosso é a produção de soja que é a primeira safra a segunda safra nossa é milho e aí nós temos uma terceira safra que também complementa que seria a pecuária a gente faz uma pecuária eh semiintensiva semiconfinamento e a gente optou por isso eh particularmente por ser as mesmas atividades uma e junto com a outra uma completa a outra então o nosso grupo atua na região de Rondonópolis e atuamos também na região do Médio Norte a região de Sinópolis Sorriso Ipiranga a atuação do grupo basicamente é nessas regiões hoje no Mato Grosso o maior problema nosso que nós enfrentamos aqui no Mato Grosso era logística o Mato Grosso se você olhar no mapa nós estamos no centro da América do Sul eh o centro o marco é lá em Chapados dos Guimarães então nós somos o estado da federação mais ecodistante dos portos então a gente produzia e grande parte da nossa produção e da nossa renda o a logística tomava o frete tomava devido à distâncias de Rondonpoles para Santos uns 10 anos atrás eh eh se instalou em Rondonopes a ferrovia vinda de Santos então nós temos um uma ferrovia aqui dentro de Rondonópolis tocada pela Rua e ela faz a ligação ferroviária de Rondonópolis para Santos isso melhorou muito o nosso frente então nós já começamos a sair daquele da daquelas daqueles problemas que nós tínhamos depender só de caminhão e já abriu outras outras oportunidades para nós hoje nós hoje nós temos opções de caminhão e a ferrovia ao mesmo tempo o Mato Grosso foi desenvolvendo também saídas de portos então foi criado o porto de de de lá em Porto Velho em Rondônia é a opção do Mato Grosso hoje a parte oeste sai pro Porto Velho e a parte e a parte do médio norte criou a opção por Melituba então também nós temos escoamento e hidroviários Porto Velho e Mirituba está acontecendo outras ferrovias também essa própria ferrovia de Rondonópolis ela está se expandindo e vai chegar até Lucas e tá entrando também uma ferrovia de de Goiás e vai até Lucas também passando para Barro do Garça então os problemas que nós tínhamos lá atrás que que nós enfrentamos estradas ruins e foram bastantes amenizados eh inclusive com a duplicação da3 que ela não tá concluída ainda né mas a parte que foi concluída que seria Rondonópolis até posto Gil ajudou bastante a Suam também então isso nos nos trouxe nos proporcionou uma rentabilidade muito melhor na nossa atividade então de uns anos para cá assim aqueles problemas iniciais foram bastante sanados lógico que temos muito que avançar ainda né temos muitos problemas pela frente mas acredito que daqui paraa frente vai ser mais fácil do que foi anteriormente e hoje cerca de 70% da nossa economia depende do setor de serviço então a ideia então é uma é um movimento natural que não é o extrato assim a o retrato do estado de Mato Grosso ainda mas que vai ser no futuro que vai ser no futuro isso não quer dizer que a gente vai matar a agricultura a agricultura em Rondonópolis ela chegou no seu ponto máximo e para para o setor de indústria se tornar mais importante que a agricultura não teve que diminuir a produção agrícola diminuir o o protagonismo tudo bem mas o o nível de produção é o mesmo correto simplesmente a indústria que era quase nada foi crescendo e ela chegou no ponto dela não tinha como crescer mais aí depois veio o serviço cresceu muito mais que a indústria muito mais que a agricultura e pecuária sem ter que a indústria diminuir pelo contrário a indústria tá crescendo mas os serviços crescem uma velocidade muito maior em média em média o o número que inclusive a a Rumo tem eh quando ela vai pra cidade eles eles trazem esses números a cidade ela cresce em torno de 40% a partir da implantação então a cidade tem lá eh 200.000 habitantes ela vai para 280.000 habitantes com a chegada já com tudo que movimenta no entorno ela já cresce a cidade cresce em 40% em número de população essa é uma estimativa e isso foi prejudicial para Alaraguaia a Taquari quando com a saída que na época era LL não era Rumo que operava a ferrovia aqui no estado então eles tiveram um prejuízo muito grande lá mas a a a rumo tem uma pegada diferente de de abordagem nesses quesitos eles estão eles estão crescendo mas esse é um crescimento importante e para você ter uma ideia hoje 1/3 da nossa arrecadação aproximadamente 1/3 vem das das empresas que estão instaladas lá no terminal e essa esse mesmo percentual em torno aí de 35% que dá um pouquinho mais que 1/3 da nossa economia o nosso PIB hoje tá instalado lá então é uma coisa assim que representa muito para Rondonópolis e a gente tem certeza que a expansão dos trilhos pro norte do estado vão colaborar para que o que acontece que aconteceu em Rondonópolis nesse nessa transição indústria e serviços isso vai se se distribuir aí também e se expandir pro resto do estado é quando a gente chegou aqui há 30 anos 40 anos atrás a gente veio com a ideia só de produzir grãos e exportar nossos grãos pro mercado interno ou pro mercado internacional passado essa fase ela vem uma fase agora de de industrializar os nossos produtos não mais vender nossos produtos primários e sim beneficiar aqui dentro e vender já manufaturado para fora isso agrega valor no produto e diminui o custo de frete também então a ideia por exemplo quando você leva uma tonelada de de soja para fora você tem um custo de de 1000 kg quando você leva por exemplo eh 1000 kg de carne você tá levando um produto com valor muito mais agregado então você tá diluindo o custo do frete então eu acho que a segunda fase do Mato Grosso agora realmente é é a agroindustrialização utilizar nossos produtos primários transformar nossos produtos primários em carne em embutidos em vários produtos que é feito aqui já e levar esses produtos já beneficiado para fora exportar já beneficiado eu acho que isso é um caminho sem volta e que todos eh estamos pensando e querendo você vai observar a Nova Mutum que ainda é uma cidade muito dependente da da agricultura uma cidade que tem no seu entorno muita muita produção agrícola embora eles tenham lá já duas duas plantas de de etanol de milho eles hoje eles produzem a impasa e a FS Bioenergia eh produz etanol de milho uma produção monstruosa lá em Namutum e eles têm a excelência que é produção de suinos derivados de suinos então Novutum vai já vai se despontar é como se fosse Rondonópolis em 1995 1996 é Nova Mutum hoje e aí você vai olhar para Nova Mutum não vai demorar eh não vai demorar vai demorar porque vai demorar uns 10 anos para chegar mas não vai demorar 20 anos nova vai ser uma Rondonópolis é é a minha a minha previsão eu imagino até porque eu gosto muito também daquela região gosto de Nova Mutum o estado vai crescer nós vamos continuar crescendo provavelmente numa velocidade menor que Sinop Nova Mutum mas nós vamos crescer também [Música] [Música]

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