WEG S.A. (WEGE3): Crescimento Contínuo nos Resultados do 2T25
0Olá, bem-vindos e bem-vindas ao nosso canal. A temporada de divulgação de resultados está começando com tudo, né? E hoje a gente vai falar de uma das queridinhas do mercado. Isso mesmo, a Veg. Exatamente. Uma empresa que sempre gera muita expectativa, né? Com certeza. E hoje a gente vai mergulhar fundo nos números do segundo trimestre de 2025 da VEG. Para essa análise, a gente tá usando o material que a própria empresa divulgou, o release de resultados, a apresentação da teleconferência e também as demonstrações financeiras, o ITR do segundo tri, material com flot. Então sim, o nosso objetivo aqui é bem claro, entender o que realmente aconteceu nesse trimestre, sabe? Identificar os pontos fortes, os pontos que talvez mereçam mais atenção, os desafios e, claro, discutir um pouco as perspectivas, né? O que esses números podem indicar pros próximos meses, pros próximos trimestres? Exato. E já adiantando um pouquinho, os números gerais, assim à primeira vista parecem bons, vieram fortes, mas eles escondem uma dinâmica bem interessante, principalmente quando a gente separa Brasil e mercado externo. É sempre assim, muita coisa acontecendo em paralelo. Vamos começar então pelos destaques financeiros gerais, os números principais desse segundo trimestre comparando com o mesmo período de 2024. Vamos lá. Receita operacional líquida, a Hall bateu R,2 bilhões de reais. Isso é um crescimento de 10,1% em relação ao ano passado. Um número bem expressivo de receita, né? Continua crescendo na casa dos dois dígitos. Pois é. O Ebíta, que aquela medida de geração de caixa operacional ficou em R$ 2,3 bilhões deais. Aí o crescimento foi um pouco menor, 6,5%. É um crescimento um pouco mais modesto que o da receita e isso já dá uma pista sobre as margens, né? Exatamente. E o lucro líquido, 1,6 bilhão, com uma alta bem parecida com a da receita, de 10,4%. Lucro líquido acompanhando bem a receita, o que é um bom sinal. Isso levou o lucro por ação para 0,37943, também subindo 10,4%. Então, receita e lucro crescendo juntos. Mas e as margens como ficaram? Então, como a gente já suspeitava pelo crescimento diferente do Ebítida e da Receita, a margem Ebítida teve uma leve queda na comparação anual, ficou em 22,1%, caiu 0,8 pon percentual, né? Isso em relação ao segundo trid 2024, mas é importante notar ela subir um pouquinho, 0,5 ponto percentual se a gente comparar com o primeiro trimestre deste ano de 2025. Ah, interessante essa recuperação sequencial. Sim, mostra uma certa estabilização, talvez. Agora, a margem líquida ficou praticamente estável em relação ao ano passado. Em 15,6%, subiu só 0,1 ponto percentual. OK. margens ainda muito fortes, né? Mesmo com a leve pressão na ibítida. Sem dúvida. São margens de altíssimo nível pra indústria. Mas teve um indicador que hum que chamou bastante atenção pela queda, não foi? O ROK. Esse mesmo. O retorno sobre capital investido. O HOK, caiu bastante, 4,5 pontos percentuais, fechando o trimestre em 32,9%. Quase 33%. ainda é um retorno excelente, vamos combinar, mas a queda foi relevante. O que explica isso? Basicamente o efeito do denominador crescendo mais que o numerador, digamos assim. O capital investido aumentou bastante. A veg continuou com seus investimentos, o CAPEX, e também teve o efeito das aquisições recentes entrando na conta. as aquisições pesando no capital empregado. Exato. E esse aumento do capital investido foi proporcionalmente maior do que o crescimento do NPAT, que é o lucro operacional depois dos impostos ajustado. Além disso, tem um ponto técnico importante na comparação. Qual? No segundo trimestre de 2024, a VEG teve um benefício fiscal não recorrente, um incentivo que inflou um pouco o resultado daquele período. Então, a base de comparação pro ROIK deste ano ficou mais alta. Entendi. Faz sentido. Então, a queda não é só operacional, tem esse efeito da base também. Tem esse efeito da base, mas o principal é realmente o aumento do capital investido por conta dos planos de expansão e das aquisições. A empresa tá plantando para colher lá na frente, né? Certo? Bom, vamos então desempacotar aquela diferença entre os mercados que eu mencionei lá no início, mercado interno versus mercado externo. Vamos que essa é a chave para entender o resultado. Eu acho. No Brasil a receita ficou em R,18 bilhões deais. Como eu disse, quase não saiu do lugar. Subiu só 1,0% em relação ao ano passado. Um crescimento bem tímido, né? Praticamente estável. Pois é. Agora olha o mercado externo. 6,03 bilhões de receita. uma alta de 17,3%. Bem diferente, uma diferença brutal. E mesmo se a gente olhar em dólares para tirar o efeito do câmbio, o crescimento lá fora foi de 8,2%. Ainda assim, um crescimento bem sólido. Então o que explica essa disparidade tão grande? Por que o Brasil ficou para trás? Olha, o mercado interno sentiu muito a ausência daqueles grandes projetos de energia eólica que foram entregues no segundo trimestre de 2024. Aquilo puxou muito a receita no ano passado, então a base de comparação ficou difícil. Ah, a questão da base de comparação de novo, mas agora afetando a receita interna. Isso. E além disso, a gente percebe uma certa lentidão dos investimentos industriais de forma geral no Brasil, principalmente aqueles projetos maiores de ciclo longo. O cenário de juros altos, incertezas, acaba adiando algumas decisões de investimento das empresas. Faz sentido, mas teve algo que foi bem no mercado interno. Sim, sim. O destaque positivo veio da parte de geração solar distribuída, que continua crescendo bem, e também das entregas pra área de transmissão e distribuição, o TID. Isso ajudou a compensar um pouco a queda na eólica e a lentidão do ciclo longo. OK. E lá fora, o que puxou esse crescimento tão forte? Lá fora, o cenário foi um bem mais favorável. Primeiro, o chamado ciclo curto, que são aqueles equipamentos menores, motores de baixa tensão, automação. Esse segmento se beneficiou de uma retomada da atividade industrial em vários mercados importantes, manutenção, reposição, pequenas expansões, a economia global dando sinais de melhora em alguns setores, talvez. Exato. E o outro grande motor foi a área de GTD, geração, transmissão e distribuição. A Veg fez entregas importantes, principalmente para projetos de infraestrutura de energia na América do Norte, modernização da rede, conexão de renováveis. Tem muita coisa acontecendo por lá. A transição energética e a necessidade de modernizar a infraestrutura impulsionando os negócios. Sem dúvida. E não podemos esquecer do câmbio, né? O dólar se valorizou 8,8% em relação ao real na média do trimestre, comparando com o ano passado. Isso, claro, infla a receita em reais vinda do exterior. Verdade. O câmbio sempre tem um papel relevante. E só para dar uma perspectiva, a Veg mencionou que se a gente ajustasse a receita consolidada, tirando o efeito das últimas aquisições, baratom, Rotor, SP, Volt, Reax, o crescimento orgânico teria sido de 6,3%. Ah, interessante. Então, as aquisições adicionaram aí quase quatro pontos percentuais ao crescimento total da receita. Exatamente. Mostra que a estratégia de Emnei também tá contribuindo pro crescimento do top line. OK, ficou bem clara essa dinâmica de mercados. Agora, como isso se refletiu nas quatro grandes áreas de negócio? Vamos dar uma olhada rápida nos números. Vamos lá. Equipamentos eletroeletrônicos, o EEI, que é a maior área, responsável por 48% da receita. No mercado interno cresceu 2,8%. No externo, bem mais 16,7%. Eh, segue a lógica que a gente estava discutindo, né? O mercado externo puxando bem mais forte em EEI. O ciclo curto lá fora tá resiliente, mas o ciclo longo sente um pouco as incertezas globais, com alguns adiamentos de projetos maiores. No Brasil, ciclo longo mais impactado ainda, certo? Depois vem GTD, geração transmissão e distribuição, com 40% da receita. Aqui a divisão foi mais clara ainda. No mercado interno, queda de 1,6%. No externo, alta forte de 16,1%. Perfeito. A queda interna é basicamente o efeito da base forte da eólica que a gente já falou, mas os pontos positivos foram geração solar e TID, que tiveram um bom desempenho no Brasil também. E no mercado externo de GTD. Aí foi muito forte, como mencionei, TID bombando, principalmente na América do Norte por causa dos investimentos em infraestrutura e renováveis. E também uma demanda boa por geradores, muitos deles para atender a expansão de data centers. Data centers, um mercado que tá crescendo muito, muito. As outras duas áreas são menores, né? Motores comerciais e appliance MCA, com quase 8% da receita. Essa foi bem, cresceu 1,3% no interno, que mostra uma certa estabilidade na demanda doméstica por bens de consumo que usam esses motores. E no externo, um salto de 29,5%. Nossa, quase 30%. Onde foi isso? principalmente na China e na América do Norte, segundo a empresa. Uma recuperação forte da demanda nesses mercados para esse tipo de motor. Impressionante. E por último, tintas e vernizes TLV com quase 4% da Hob. Essa também foi positiva nos dois mercados. subiu 10,8% no Brasil e 9,0% lá fora. Mostra uma demanda aquecida por tintas industriais e vernizes eletroisolantes. Então, no geral, tirando a questão de GTD no mercado interno por causa da eólica, o desempenho das áreas foi majoritariamente positivo, mas com o mercado externo brilhando muito mais. Exatamente. E isso reforça uma mensagem que a administração da VEG sempre bate na tecla, a diversificação geográfica e de negócios. Isso ajuda muito a mitigar riscos e atravessar ciclos diferentes em cada mercado ou setor. É uma estratégia que tem se provado vencedora para eles ao longo do tempo. Sem dúvida. Vamos voltar um pouco pra rentabilidade. Falamos da margem bruta, que ficou estável em 33,7% na comparação anual. O que segurou essa margem mesmo com cenários tão diferentes? Olha, alguns fatores contribuíram. Parece ter havido uma certa estabilização nos custos das principais matériaspras depois de muita volatilidade nos últimos anos. O mix de produtos vendidos também pode ter ajudado. Produtos de maior valor agregado, talvez, possivelmente. E claro, a busca contínua por eficiência operacional. Eles conseguiram manter a margem bruta, mesmo com o crescimento menor no Brasil. OK. Mas aí a margem ebítida caiu aquele 0,8 ponto percentual. Se a margem bruta ficou estável, a pressão veio debaixo das despesas operacionais, certo? Exatamente. A grande vilã, digamos assim, foram as despesas com ventas gerais e administrativas, o famoso VGNA. Elas subiram 20,2% no trimestre, bem acima da inflação e do crescimento da receita. 20% é bastante coisa. O que explica essa alta? principalmente a consolidação das despesas das empresas que foram adquiridas recentemente. Quando a Veg compra uma empresa, as despesas dela entram na conta consolidada. Além disso, a empresa mencionou custos maiores com fretes internacionais e logística. Entendi. Então, a integração das aquisições e a logística impactando as despesas e, consequentemente, a margem ebítida. Isso. O mix de produtos vendidos com mais participação do mercado externo, que às vezes tem margens um pouco diferentes, também pode ter tido alguma influência, mas o principal parece ter sido mesmo o aumento das despesas VGIA. OK? E olhando pra frente, os investimentos continuam fortes, né? O Capex no trimestre foi de 583, milhões. Sim, um volume considerável. Interessante ver a divisão. Quase 2/3, 63,4% foram investidos aqui no Brasil e o restante 36,6% no exterior. E onde estão focando esses investimentos? No Brasil, o foco principal é a expansão e modernização das fábricas de equipamentos para TID e também de motores industriais. E no exterior, o grande destaque é a construção da nova fábrica de transformadores no México. Ah, a fábrica do México estratégica para atender o mercado norte-americano, imagino. Com certeza. É um investimento chave para capturar as oportunidades que a gente comentou na área de TID na América do Norte, ligadas à infraestrutura e à transição energética. E além do Capex em máquinas e prédios, tem o investimento em inovação, né, pesquisa e desenvolvimento. No acumulado do ano até junho, eles já investiram R 673,8 milhões deais em PID. Isso representa 3,3% da receita líquida acumulada, um percentual bem relevante pra indústria. E teve aquisição recente também, né, além daquelas que já impactaram o resultado. Teve sim. Logo depois do fechamento do trimestre, em julho, eles anunciaram a compra da Heresit Protective Codings, lá nos Estados Unidos. Heresit, o que eles fazem? É uma empresa especializada em revestimentos protetivos de alta performance, principalmente para trocadores de calor e equipamentos de climatização e refrigeração. É um mercado complementar ao da Veg Tintas. Foi uma aquisição menor de 9,5 milhões de dólares, mas que fortalece o portfólio nessa área de revestimentos industriais. Interessante. Então, os investimentos em capacidade, PND e as aquisições mostram que a empresa continua pensando no longo prazo, certo? Mesmo com as incertezas do cenário atual, sem dúvida a estratégia aparece bem clara. Fortalecer a presença global, ampliar o portfólio com tecnologias complementares, como no caso da Risite ou da Rivax e Volt em automação e digitalização e expandir a capacidade produtiva para atender as demandas futuras, como do México. É uma forma de navegar essas incertezas globais que a gente vê, né, apostando na diversificação, na elovação e na expansão calculada. Exatamente. A Veg tem o histórico de fazer isso. Muito bem. Bom, acho que cobrimos bastante coisa. Vamos tentar então eh resumir os principais pontos dessa análise do segundo trimestre da veg. Vamos lá. O que ficou de mais positivo? Para mim, o crescimento contínuo da receita, né? Mesmo com o Brasil mais vagar, o mercado externo e as aquisições garantiram o avanço de dois dígitos. a rentabilidade também que continua em níveis excelentes, margem bruta, estável, margem líquida até subiu um pouquinho. Concordo e acrescentaria a forte geração de caixa operacional que foi de quase 2 bilhões no semestre. Isso dá muita flexibilidade pra empresa continuar investindo e a diversificação que a gente já falou, tanto geográfica quanto de negócios, que funciona como um belo amortecedor. As arquivições recentes também entram nos pontos positivos, né, pelo potencial estratégico. Sim, como movimentos estratégicos para fortalecer o futuro. Com certeza. OK. E do lado dos desafios ou pontos negativos, acho que o principal é a clara desaceleração no mercado interno, principalmente no ciclo longo industrial e a ausência da eólica pesaram bastante. Isso precisa ser monitorado. A queda no ROI também é um ponto de atenção, né? Embora a gente tenha entendido as razões. Sim, é um indicador importante de retorno sobre o investimento. A empresa precisa mostrar que esses novos investimentos e aquisições vão gerar o retorno esperado para reverter essa tendência de queda. E o aumento das despesas VG e A que pressionou a margem ebítida é um ponto para acompanhar para ver se é algo temporário da integração ou se vai se manter. Exato. E claro, o cenário global continua incerto, né? questões geopolíticas, inflação, juros em alguns mercados. Isso sempre pode afetar a demanda por bens de capital e grandes projetos. Verdade. Então, pensando nas perspectivas, o que a gente pode esperar? que nos próximos trimestres deve-se muito na integração eficiente dessas novas empresas adquiridas para capturar as sinergias prometidas, continuar a execução dos projetos de expansão como a fábrica do México, para tá pronta quando a demanda vier e monitorar de perto a evolução do mercado interno, né? Ver se há sinais de retomada dos investimentos. Sim, e acompanhar como o cenário geopolítico e econômico global vai impactar os negócios lá fora. Mas assim, a Veg parece bem posicionada pela sua diversificação e pela sua solidez financeira para navegar esse ambiente. Com certeza. E para finalizar, talvez uma provocação, uma questão que fica no ar. Manda. Será que a Veg vai conseguir com esses investimentos todos e as aquisições recentes reverter essa compressão do ROIK que a gente viu? e ao mesmo tempo continuar navegando esse ambiente industrial global que pode ter desacelerações, mas que também oferece oportunidades gigantescas, principalmente na transição energética. É a pergunta de milhões, né, ou melhor, de bilhões, no caso da VEG, combinar a execução eficiente dos investimentos com a captura das oportunidades da transição energética e ainda melhorar o retorno sobre o capital investido? É um desafio enorme, mas é o que o mercado espera dela. Fica aí a reflexão para quem nos acompanha. Bom, chegamos ao fim da nossa análise detalhada dos resultados do segundo trimestre de 2025 da VEG. Uma conversa muito boa, como sempre. Muito obrigada pela companhia de todos e todas que estiveram com a gente até aqui. 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