Investi em AÇÕES e elas NÃO PARAM DE CAIR… O QUE FAZER?

0
Share
Copy the link

Quem nunca enfrentou uma desvalorização logo após aportar em determinadas ações? Exatamente. Se você está passando por isso, eu quero te mostrar aqui nesse vídeo pontos que você realmente deve levar em consideração. Já te adianto que não é porque você está enfrentando um período de rentabilidades negativas na sua carteira que automaticamente significa que as suas decisões estão equivocadas. A primeira coisa que devemos fazer é analisar o cenário macro, ou seja, toda a bolsa de valores está caindo, os ativos de uma maneira generalizada estão se desvalorizando ou eu tenho ativos na minha carteira que estão performando bem e outros que estão de maneira pontual entregando uma rentabilidade negativa. Eu já quero também frisar que não é uma rentabilidade negativa de 2 3% que significa algum problema, até porque nós estamos investindo em renda variável. O preço oscila todos os dias. Não é porque você está enxergando uma rentabilidade negativa que necessariamente precisa haver algum problema na sua carteira de investimentos. Alguma empresa está passando por algum problema de maneira alguma. Mas se eventualmente você nota que determinada empresa está realmente ali se comportando de uma maneira diferente, se desvalorizando cada vez mais, aí sim o investidor precisa ligar o sinal de alerta para entender mais especificamente o que que está impactando ali a performance daquela empresa no mercado. Por isso, nesse vídeo, eu quero utilizar o exemplo de duas empresas, a VEG, que nos últimos 12 meses acumulam uma rentabilidade negativa na casa de 20%. E também temos o Banco do Brasil, que no último ano entrega basicamente a mesma desvalorização na casa de 20%. A Veg é muito conhecida por entregar resultados excepcionais, excelentes. Tanto que se descermos a página do investidor 10 e olharmos o histórico de lucro da empresa, ano após ano, é uma empresa que vem entregando cada vez mais lucro. consequentemente o mercado embute expectativa, expectativa na entrega de resultados e se eventualmente a empresa ela entrega um resultado minimamente abaixo do que estão projetando, o mercado ele acaba batendo ali na empresa e enfrentando uma certa desvalorização, principalmente porque é uma empresa que trabalha com múltiplos elevados. Você provavelmente já deve ter escutado falar sobre o famoso indicador PL, que é basicamente pegarmos o preço da ação que está sendo negociada no mercado e dividirmos pelo seu lucro. Se a gente olhar para resultante dessa divisão, basicamente mostra pra gente o seguinte: se a empresa ela distribuísse todo o lucro que ela gera para você acionistas, você demoraria em média 23 anos para reaver aquele capital que você aplicou. Por quê? porque você acabou pagando mais caro pela empresa. Então, quanto menor o PL, né, em tese, você estaria comprando uma empresa mais barata, porque você conseguiria reaver aquele capital que você investiu em muito menos tempo, caso ela distribuísse ali todos os seus lucros para os seus acionistas. Então, justamente por ser uma empresa que trabalha com esse múltiplo elevado, qualquer resultado fora ali do que o mercado estava projetando, há espaço pro mercado vender, há espaço para certas desvalorizações. Então, quem investe em veg precisa estar ciente disso. E além disso, né, além dela, apesar dela ter entregado bons resultados, porém resultado abaixo do que estava sendo projetado, nós temos ainda a tarifa do Donald Trump, que tarifou ali os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos em 50%, essa tarifa começa a valer agora no dia 1o de agosto. E a Veg, ela exporta muito, mais de 50% da sua receita é proveniente do mercado externo. Então o mercado ele começa a projetar também qual o impacto que essas tarifas podem gerar no resultado da empresa. Mas eu já trouxe um vídeo aqui pro canal explicando que no caso mais específico da vegad Fabr lá nos Estados Unidos e isso, querendo ou não, diminui o impacto das tarifas porque ela já tem presença no mercado americano, o que diminui esse impacto, essa tarifa de 50%, por se ela já tem empresa rodando lá dentro ali dos Estados Unidos, essa tarifa de 50% não se enquadra naqueles produtos. Porém, já conseguimos perceber que sim, temos alguns motivos por trás dessa desvalorização, assim como também temos com Banco do Brasil. Banco do Brasil, ele está passando ali por um aumento da sua inadimplência, ou seja, o banco ele tem a sua carteira de crédito, onde na maior parte ele empresta para pessoas jurídicas, pro agronegócio e para pessoas físicas. Consequentemente, se a inadimplência aumenta, o banco, ele precisa fazer e aumentar as suas provisões. Que que é a provisão? É aquele resultado ali, aquele valor que ele já separa para arcar com determinados calotes que venham a acontecer. Com o rápido crescimento e expansão do agronegócio, o Banco do Brasil virou basicamente o principal financiador desse segmento do nosso país. E estamos passando por um período onde a inadimplência no setor do agronegócio tá aumentando, principalmente devido a uma taxa de juros que hoje está em 15%. Não tem como. Se a gente tem dívida cara, consequentemente aumenta-se também o risco, né, de calote, o risco de implência. Muitas pessoas falam que selique alto é bom para bancos, sim, mas até um determinado ponto, porque se a selic fica muito elevada, você aumenta a inadimplência. Se você aumenta aí na implência, você diminui o resultado do banco. E além disso, temos mais uma vez a tarifa de 50% do Donald Trump, que vai afetar diretamente os produtores, os exportadores. Então, se você diminui essa demanda externa por produtos que o Brasil exporta, automaticamente o agro ele tende a se financiar menos, a pegar menos crédito, o que também poderia vir a impactar o resultado do Banco do Brasil. Mais uma vez, nós temos duas empresas que estão sim passando por um período onde elas estão acumulando uma rentabilidade negativa, porém nós temos justificativas. Então o investidor ele precisa estar ciente. Não é porque a ação caiu de preço, que é uma oportunidade que nós devemos comprar cada vez mais. Precisamos entender o que está acontecendo para analisar se faz sentido ou não continuarmos aportando. Mas veja, são duas empresas com longo histórico, principalmente o Banco do Brasil. é um banco ali com mais de 200 anos de existência, já passou por diversos momentos aqui no nosso país, hiperinflação, ditadura, troca de moeda, enfim, é um banco bastante resiliente, assim como Veg, apesar de ser uma empresa muito mais nova, obviamente ela vem entregando resultados cada vez melhores para os seus acionistas, mas nós temos que entender que Banco do Brasil embute o risco estatal, onde ela pode sofrer ali pressões políticas, principalmente por ela ser uma grande financiadora do agronegócio, aquele crédito subsidiado com juros mais baixos. E a Veg, por outro lado, é uma empresa que o mercado cria bastante expectativa para ela, projeta resultados cada vez melhores e se eventualmente ela entrega um resultado abaixo do esperado, como ela é uma empresa negociada a múltiplos mais caros, pode ser que ela acabe também se desvalorizando. Basicamente esse seria o primeiro passo, analisar o comportamento de toda a nossa carteira para termos ali a percepção se é um movimento generalizado ou um movimento pontual para que a gente consiga ali definir e analisar o que que está impactando determinados ativos na nossa carteira. O segundo ponto, tenha um asset allocation. O que que é o asset allocation? É basicamente a forma como nós alocamos o nosso capital. Ou seja, eu tenho um patrimônio de R$ 50.000, R$ 1.000. Quantos por cento eu colocarei em renda fixa? Quantos por cento eu colocarei em ações, em fundos imobiliários? Essa divisão macro da sua carteira se chama asset allocation. Quando você define a sua estratégia, depois de nós termos essa divisão macro, nós vamos para o micro, que é a escolha dos ativos. Eu gosto sempre de mostrar que as determinantes da performance de um portfólio, de acordo com esse estudo feito lá em 1991, mostra pra gente que a principal determinante é o asset allocation, a estratégia que traçamos como nós dividimos a nossa carteira de investimento. Depois com 1.8% é o timing. O que que é o timing? Sabe aquela pessoa que quer investir e ela quer ali cravar o melhor momento de comprar determinada ação? Não, agora eu compro essa ação porque tá barato, é o melhor momento para comprar. Isso se chama market timing. Quando o investidor ele tenta acertar o melhor momento de se expor a determinado ativo, nós conseguimos ver que é uma determinante que tem um peso bem baixo ali na basicamente na performance de um portfólio. Então o que que eu, Bruna, gosto de fazer? Daí eu tô entrando aqui mais numa parte pessoal. Eu tenho um asset allocation e toda vez que eu vou realizar os meus aportes, eu gosto de dar uma olhada no percentual que eu estipulei para cada ativo na minha carteira. Ou seja, vamos supor que isso aqui é um exemplo hipotético, eu tenha BPAC 11, que é o BTG Pactual e Ta. Eu defini que eu quero ter 3% do meu patrimônio em BPAC e 3% em Taa. Vamos supor que o meu patrimônio hoje é de R$ 10.000. Eu, Bruna, já comprei sete ações de Bappa 11 com um preço médio de R$ 45 e também comprei 10 ações de Ta preço médio de 32. Porém, depois que eu fiz esse meu aporte, Peppa se desvalorizou, saiu de R$ 45, que foi o preço que eu paguei para R$ 39,36. Como ela se desvalorizou, eu tinha inicialmente 3%, mas agora BPAC representa apenas 2.76% do meu patrimônio. A ESA comprei a 32 e hoje está em 33,49. Ou seja, a meta que eu estipulei foi 3% e agora eu tenho 3,20 acima do que eu idealizei. Quando eu vou fazer os meus aportes, eu gosto basicamente de olhar a empresa que está abaixo daquele percentual que eu estipulei. Ou seja, de acordo com a minha estratégia, eu deveria aportar em BPAC, por eu desejo ter meu patrimônio e hoje eu tenho apenas 2.76. Eventualmente, quando uma empresa ela se desvaloriza, esse efeito acontece, ela começa a representar uma parcela cada vez menor do seu patrimônio, assim o oposto. Se uma empresa começa a subir, ela começa a ter um peso significativo na sua carteira de investimentos. Eu, Bruna, quanto uma empresa ela começa a ter um percentual acima do que aquele que eu estipulei, eu não cogito vender, eu cogito regularizar essa posição com novos aportes. Então, eu vou aportando em outras empresas para conseguir equilibrar toda essa posição. Mas é lógico, como eu mencionei, se é um movimento fora do padrão, se a empresa realmente está se desvalorizando, eu gosto de entender o que está acontecendo, porque apenas entendendo que nós conseguimos chegar na melhor conclusão. Mais uma vez, não é porque o preço está caindo que significa que é oportunidade e eu vou pegar todo o dinheiro que eu tenho para aportar naquela empresa. E talvez você até se pergunte: “Tá, Bruna, mas por que que você escolheu aportar utilizando essa estratégia? Eu aporto de maneira regular, ou seja, faço aportes mensais e gosto de sempre buscar ali seguir o meu asset allocation, aportar sempre naquela empresa que está para trás, naquele fundo imobiliário que está para trás do percentual que eu desnei. Existe uma estratégia conhecida como dólar costaging, que é basicamente esse tipo de comportamento. O investidor que ele não tenta fazer marketing, acertar o melhor momento de entrar no mercado, mas o que ele opta em fazer é basicamente aportar periodicamente, seja de maneira mensal, semanal, não importa a frequência, mas ele escolhe ali aquela frequência que ele quer aportar e ele segue fazendo, seguindo esse comportamento que ele idealizou. Nós temos um estudo feito, obviamente é um estudo feito no mercado americano, mas ele mostra a diferença da estratégia de comprar no fundo, ou seja, aquele investidor que sempre crava o fundo no mercado, que é teoricamente impossível, e o dólar costaging, que é aquele investidor que está aportando frequentemente, regularmente. Se dermos uma olhada ali de um estudo que começa lá na década de 80 e se estende até os dias atuais, nós temos em linha preta o dollar costing e o buy the aqui em azul. Ou seja, mesmo aquele investidor que conseguiu cravar o melhor momento de entrar no mercado, ele ainda assim teve uma rentabilidade inferior. Por que que isso aconteceu? Porque o investidor ele passou mais tempo fora do que dentro do mercado. Se o investidor ele só aporta no fundo, ele fez esses aportes pontuais que estão aqui em vermelho. O investidor que aporta regularmente, ele está sempre presente, ele está sempre exposto à variação do mercado, ou seja, ele aproveita tanto os melhores quanto os piores dias. Tem um estudo bem interessante que mostra pra gente o resultado acumulado de 2003 a 2022 daquele investidor que estava exposto ao mercado durante todos os dias, daquele investidor que perdeu os 10 melhores dias do que perdeu os 20 melhores dias, 30, 40, 50, 60 dias. Ou seja, o investidor que tenta cvaro, ele acaba passando mais tempo fora do que dentro. O que que isso culmina numa rentabilidade bem inferior? Esse estudo foi feito no mercado americano, mas também temos um estudo feito aqui no Brasil, considerando uma janela de 2000 a 2024. Ou seja, o investidor com estratégia perfeita, que teve a capacidade de cravar o fundo no mercado ao longo dos últimos 24 anos, ele acumulou um resultado final de 297.99. Em segundo lugar, foi aquele investidor que estipulou uma frequência de investimentos, ou seja, nesse caso, ele fez uma alocação anual. Então, todo o início de ano ele pegava e aportava, independentemente do preço que ele pagava. Acumulou uma rentabilidade, né, um resultado final de 252.483, nós tivemos o investidor que seguiu a manada, só aportava nas máximas do mercado e acumulou o resultado de de 202.915 1915 e tivemos aquele investidor que ficou apenas do CDI. Por mais que o investidor com a estratégia perfeita tenha saído à frente, ainda assim não foi um resultado extremamente superior para aquele investidor que fez basicamente o impossível que cravar o melhor momento de entrar no mercado. Ou seja, acima de tudo, o que é mais importante pro investidor? saber do por que ele está investindo naquelas empresas que estão na sua carteira de investimentos, entender como aquela empresa funciona, se eventualmente estiver enfrentando rentabilidades negativas, ter em mente que renda variável oscila. Porém, se está notando algum comportamento fora do normal, analise se alguma daquelas empresas realmente está passando por algum problema. Identificando esses problemas, você começa a ter noção se é viável ou não continuar aportando. Se o investidor julga um problema mais grave, ele pode ali dar uma pausa, não continuar aportando para ver como vai ser o desenrolar dessa história. Mas se ele sabe que é apenas ali um momento passageiro e ele julgar que é sim útil ele continuar aportando, ele segue o seu asset allocation, que é basicamente essa estratégia. Ele estipula um percentual que ele gostaria de se expor tanto a cada classe de ativo, renda fixa, fundos imobiliários, ações, como também aos ativos de forma específica. Eu quero ter X% em tal empresa. E a partir disso ele consegue olhar e destinar aquele aporte pra ação que está pedindo, aquela ação que está para trás. Ou seja, estipulei que eu quero ter 3% e com essa desvalorização, com todo esse movimento, eu tenho apenas 2% do meu patrimônio. Significa que pode ser útil ou destinar o meu aporte para aquela empresa. Bom, eu espero que você tenha gostado desse vídeo. Se gostou, não deixa de se inscrever aqui no canal e ativar o sininho para ficar por dentro de todos os vídeos sobre finanças e investimentos que saem por aqui. E só mais uma coisa, não custa você também deixar o seu like, porque assim o YouTube vai entender que esse vídeo foi relevante e vai recomendar para muito mais pessoas. Então, um beijo e eu te vejo no próximo vídeo.

Comments

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *