O Plano Secreto Que Está Mudando a Economia do Brasil!
0olha só que dado assustador em 2023 pela primeira vez o serrado desmatou mais que a Amazônia sabia disso e adivinha onde quase 75% dessa devastação aconteceu numa região chamado Matopiba já ouviu falar matopiba parece nome de remédio não é mesmo mas é a sigla para Maranhão Tocantins Piauí Bahia quatro estados que juntos formam a mais nova e talvez a mais polêmica fronteira agrícola do Brasil uma área imensa maior que muitos países bem no coração do sererrado neste vídeo a gente vai mergulhar fundo nessa história vamos entender como essa região antes vista como pobre e esquecida virou a bola da vez do agronegócio como esses quatro estados estão silenciosamente redesenhando não só o mapa da agricultura mas a própria economia brasileira mas a que custo [Música] mas de onde surgiu essa ideia de Matopiba a história mais antiga do que parece lá pelos anos 80 e 90 o pessoal da Embrapa nossa empresa de pesquisa agropecuária começou a olhar diferente para essa vasta área do serrado uma região que muita gente achava que não servia para muita coisa era uma terra barata meio esquecida entre o Nordeste e a Amazônia um imenso tapete verde mas não como a floresta densa é o sererrado com suas árvores tortuosas campos abertos e um clima bem marcado chove muito numa época e depois vem uma grande seca e o solo era um grande desafio ácido e pobre em nutrientes precisava de correção e tecnologia para virar lavoura mas a tipografia essa sim era um convite extensas áreas planas perfeitas para as máquinas agrícolas gigantescas que estavam chegando muitos produtores do Sul e Sudeste principalmente gaúchos e paranaenses começaram a migrar para lá gente que já tinha experiência com soja milho e algodão e que viu no MatoPiba uma oportunidade de expandir de encontrar terras mais acessíveis do que nas suas regiões de origem foi uma espécie de nova fronteira uma aposta eles não vieram sozinhos trouxeram na bagagem a tecnologia o conhecimento e manejo de solo do cerrado que já tinha sido testado no Centro-Oeste e claro muito investimento grandes grupos agrícolas alguns até com capital estrangeiro também farejaram a oportunidade e começaram a comprar grandes extensões de terra ao mesmo tempo cooperativas começaram a se formar como a COAPA lá no Tocantins juntando os produtores locais e regionais para ganhar força compartilhar conhecimento e estrutura como silos para guardar a produção foi assim aos poucos que essa revolução silenciosa começou a tomar forma uma mistura de migração investimento pesado tecnologia adaptada e a própria vocação da Terra que apesar dos desafios se mostrou incrivelmente produtiva quando bem manejada mas essa chegada não foi só festa né como a gente vai ver ela também trouxe um rastro de problemas [Música] então essa turma chegou a tecnologia desembarcou e o matopiba começou a bombar mas como isso se traduz em números a soja por exemplo na safra de 2022 2023 colheu quase 19 milhões de toneladas isso é mais de 12% de toda a soja do Brasil saindo de lá e não é só soja não tem milho e muito algodão aliás o oeste da Bahia que faz parte da região já é o segundo maior produtor de algodão do país já bem perto do Mato Grosso imagina só uma região que era cerrado quase intocada virando potência agrícola nesse nível entre 2010 e 2020 a produção de grãos cresceu segundo o Ministério da Agricultura cerca de 37% hoje quase 10% de tudo que o Brasil colhe em grãos e fibras vem do MatoPiba e para onde vai tudo isso boa parte pega o navio e vai embora principalmente para China e Europa ou seja o que acontece lá mexe diretamente com a nossa balança comercial com o dinheiro que entra no país mas produzir essa montanha de grãos é uma coisa tirar-la de lá é outra história concorda é aí que entra a questão de infraestrutura você já prou para pensar como essa safra toda viaja pois é a logística é o grande gargalo por muito tempo era só caminhão sofrendo em estrada de terra só que as coisas estão mudando devagar mas estão os portos lá do norte como Itaqui em São Luís no Maranhão viraram peças chave e tá aqui hoje é o quarto maior porto público do Brasil em movimentação em agosto de 2024 bateu recorde movimentando quase 4 milhões de toneladas num único mês principalmente de soja e milho e tem investimento pesado rolando mais de 350 milhões desde 2012 e um consórcio privado está botando mais de 1,6 bilhão para quase dobrar a capacidade até 2027 é dinheiro para caramba e as ferrovias lembra daquelas promessas antigas parece que agora vai o governo incluiu no novo parque a ideia de conectar a ferrovia transnordestina com a norte-ul lá perto de Balsas no Maranhão um polo de grãos e tem a Fiol a ferrovia de integração oeste leste que deve ligar barreiras na Bahia a Figueirópolis no Tocantins encontrando a norte-ul também a previsão é de entregar isso até 2027 imagina um alívio no custo de frete quando o trem começar a aptar por lá só que ainda falta muito as estradas ainda são muito carentes e a logística precisa de muita estrutura há gargalos enormes e é aquela história o interior ainda depende demais do caminhão e a falta de armazém para guardar a safra faz o preço subir e a tecnologia no campo essa está voando esquece aquela imagem de Jeca Tatu nas grandes fazendas do Matopiba o negócio é agricultura 4.0 trator que anda sozinho guiado por GPS drone sobrevoando a lavoura para ver onde precisa de mais adubo ou água sensor no solo mandando informação pro celular do agrônomo é tecnologia de ponta para produzir mais com menos para ser mais eficiente tem até startup as AGTEx oferecendo aplicativo para gerenciar a fazenda inteira mas aí vem a pergunta: tecnologia chega para todo mundo infelizmente não existe um abismo digital no campo enquanto as mega fazendas usam satélite o pequeno produtor mal tem sinal para mandar um zap como ele vai usar um software na nuvem e quem vai operar essas máquinas complexas falta muita gente capacitada arap e outros órgãos tentam ajudar levando conhecimento mas a desigualdade tecnológica ainda é gritante mas apesar desses avanços a conta ambiental ainda está muito alta lembra daquele dado do começo do sererrado desmatando mais que a Amazônia pois é o Matopiba é o epicentro disso em 2023 quase metade de todo o desmatamento do Brasil aconteceu lá foram mais de 850.000 1000 haares de vegetação nativa virando fumaça um aumento de quase 60% em relação ao ano anterior é tanta destruição que tem gente dizendo que o Matopiba virou sinônimo de devastação e no meio dessa corrida pelo ouro verde quem fica para trás as comunidades tradicionais indígenas quilambolas geraizeiros quebradeiras de coco gente que vive ali há séculos em harmonia com o serrado mas que muitas vezes não tem o papel da terra a Embrapa identificou só 34 territórios quilambolas titulados mas existem centenas de comunidades esperando reconhecimento essa lentidão abre a porta para a grilagem para a expulsão a Comissão Pastoral da Terra a CPT denuncia a violência no campo explodiu no Matopiba em 2024 aumentaram os registros de desmatamento ilegal em áreas de comunidade destruição de roçados de suexistência ameaças de expulsão os principais alvos posseiros indígenas e quilambolas e quem está por trás disso segundo a CPT fazendeiros grileiros muitas vezes com a vista grossa das autoridades chegam a usar métodos cruéis como jogar agrotóxico de avião em cima das casas e plantações para forçar o povo a sair já pensou usar veneno como arma química é um paradoxo cruel de um lado agromoderno high-tech batendo recorde de produção do outro comunidades sendo espremidas perdendo seu chão sua cultura sua água limpa uma riqueza que cresce mas que não chega para todo mundo e deixa um rastro de destruição e conflito será que tem como mudar esse jogo e daqui pra frente o que esperar do Matopiba as projeções são de mais crescimento muito mais o Ministério da Agricultura calcula que a produção de grãos por lá pode dobrar até 2030 chegando a quase 33 milhões de toneladas isso significaria quase 9 milhões de hectares plantados é quase como se um novo país agrícola surgisse dentro do Brasil mas crescer assim nesse ritmo traz riscos enormes o clima já tá mudando a gente sente na pele secas mais longas chuvas mais concentradas como fica a agricultura num cenário desses e a pressão lá de fora a Europa por exemplo já avisou não quer mais comprar produto que venha de área desmatada ou seja o agro do Matopiba vai ter que comprovar que é limpo que não está destruindo o serrado senão perde o mercado e aí como que faz o futuro do Matopiba está em disputa de um lado a força do agronegócio querendo produzir mais expandir e lucrar do outro a urgência de conservar o que resta do serrado de proteger as águas a biodiversidade e de respeitar as comunidades que vivem lá gerações será que dá para conciliar será que o Matopiba pode virar um exemplo de agricultura que produz muito mas que também cuida do meio ambiente das pessoas eu fico na dúvida deixe sua opinião nos comentários aliás já que a gente está falando sobre futuro deixa eu te dar uma dica rápida tem um curso de investimentos bem direto ao ponto ideal para quem quer aprender a investir com segurança mesmo começando do zero e só para deixar claro não tem nada a ver com tigrinho aposta ou promessa de dinheiro fácil é conteúdo sério mas explicado de forma simples escaneia o Qcode na tela ou clique no link da descrição para entender melhor muito obrigado pela sua atenção considere deixar seu like e se inscrever no canal para acompanhar mais vídeos como esse até a próxima um abraço