NAJI NAHAS: o homem que QUEBROU A BOLSA do Rio de Janeiro
0Nagi narraço, o homem que quebrou a bolsa do Rio de Janeiro. Imagine você chegar a ter 7% da Petrobras e 12% da Vale e praticamente fal uma bolsa de valores inteira. Não, a gente não tá falando do Thanos. Esse é o Gênios da Bolsa, um programa semanal que conta a história e a metodologia dos principais nomes do mercado financeiro. E hoje Nagina Ras, um libanês de aparência tranquila, mas que usou uma brecha entre empréstimos bancários, contratos futuros e falta de regulamentação para se tornar uma lenda viva e extremamente controversa do mercado financeiro brasileiro. Eu sou Mateus Malheiros, esse aqui é o Aquamen e você tá no canal da UVP Capital. Pode pegar o seu drink favorito, inclusive saúde, porque hoje é a história dele que eu vou te contar. Naginaras nasceu no Líbano, cresceu no Egito e estudou em Londres, fluente em árabe, inglês e francês. Ele começou muito cedo no mercado financeiro internacional, tanto que antes de chegar ao Brasil, na raja tinha se envolvido uma grande confusão nos Estados Unidos ligada ao caso dos irmãos Hunt. Pois é, aqueles mesos que tentaram dominar o mercado mundial de prata nos anos 70 e dizem que na ras foi o elo entre os Hant e os membros da família Real Saudita, que estavam interessados em concentrar boa parte de toda a prata do mundo. E o plano genial deles foi comprar quase toda a prata do mercado com objetivo de gerar escassez e lucrar bilhões com isso. Mas claro, né, que o governo dos Estados Unidos acabou intervindo nessa transação e o esquema desmoronou e o narrácio foi o quê? Banido da bolsa americana e condenado a pagar 2$ 250.000. E foi aí que o nosso Brasilzão surgiu no radar do investidor. Em 69, com apenas 22 anos, o Narage desembarcou por aqui com herança avaliada em cerca de 50 milhões de dólares, que em 1969 era uma fortuna, não que não seja hoje, mas era muito mais. E com esse dinheiro ele abriu empresas, comprou fazendas, criou cavalos de raça, coelhos para exportação e claro, começou a operar pesadíssimo na bolsa de valores com um grupo extremamente diversificado. Ele foi da agricultura às finanças. No final dos anos 80, no meio de todo aquele caos, um furdúncio econômico brasileiro, que ele encontrou o ambiente perfeito, hiperinflação, instabilidade política e uma economia completamente descontrolada. Só para vocês terem uma ideia, a inflação no Brasil em 89 chegou a quase 2.000 ao ano, ou seja, os preços dobravam a cada dois ou três meses. E com isso, o brasileiro comum passou a procurar maneiras de proteger o dinheiro e muita gente, inclusive a classe média, começou a investir, ou melhor, especular na bolsa. Inclusive, nesse cenário de pré-inflação, legal a gente destacar como isso criou uma certa cultura nos brasileiros que a gente vive hoje em dia, que é o quê? A compra do mês? Por que que você tem essa ideia de, pô, virou um mês, que é o dinheiro na conta, vai todo mundo encher o carrinho de mercado e fazer compra o mês inteiro, porque naquela época o seu salário no começo do mês mal comprava metade eh do que ele compraria no final do mês. Então você tinha que aproveitar ao máximo o seu poder de compra antes que fosse depreciado por essa inflação que tava muito acelerada. Você tinha no mercado pessoas que eram contratadas para diariamente ficar rodando o mercado só atualizando os preços dos produtos de tão rápido que era esse processo de depreciação do poder de compra. Então a gente vê as influências disso até hoje na nossa cultura e nesses aspectos comportamentais. Mas aí foi nesse cenário que o Naras ele criou o seu esquema genial. Claro, se ele não fosse absolutamente irresponsável, ele operava com contratos futuros, que são de fato instrumentos legítimos do mercado que permitem você comprar ou vender ativos no futuro por um preço acordado hoje. Por exemplo, ele comprava hoje um contrato que dava o direito de comprar ações da Petrobras daqui a 30 dias por R$ 100. Mas se ação tiver valendo 130 nesse dia, ele vai exercer esse direito de compra por 100 e vai vender no mercado por 130. Pronto, você tem um lucro de R$ 30 para ação. Mas o Naras pegou e levou esse conceito ao extremo, fazendo milhões de contratos com dinheiro emprestado dos bancos. Ou seja, nem o dinheiro dele era. Ele tava emprestando, operando com dinheiro que ele não tinha. E mais, ele comprava as ações também do mercado à vista, o que elevava artificialmente os preços. E daí com essa valorização ele gerava lucro imediato com os contratos futuros. E aí com esse lucro ele tinha o quê? Mais crédito que ele usava para repetir todo o processo. Era uma bola de neve financeira. E aí ele usava recibos de pagamento como colaterais para pegar mais empréstimos. E às vezes nem sequer o ativo tinha sido pago de fato. Era como você hipotecar uma casa que tem construção. E sabe qual que foi o principal erro dele? Assim como a maioria dos investidores, ele não quis ficar rico devagar. No mercado, empresas pequenas e que conseguem se adaptar podem se beneficiar de crises, enquanto as gigantes e muito centralizadas tendem a quebrar quando o ambiente muda muito rápido, porque não consegue acompanhar esse dinamismo. E esse conceito aplicado ao mercado financeiro significa o quê? que você investidor precisar ter múltiplas fontes de renda, evitar ter dívidas que possam te destruir, testar ideias em pequena escala antes de se comprometer totalmente e viver abaixo do seu padrão financeiro. Buscar redundância a invés de eficiência total. E ninguém quer ficar rico devagar. Essa é a grande verdade. Todo mundo só quer apertar um botão e pronto, fica rico. Mas isso não existe. Ou pelo menos, eu nunca vi isso acontecer. E olha que eu tô nesse mercado há anos. Se você conhece um jeito mágico, vai lá, mas quiser fazer as coisas do jeito certo, escuta isso aqui. Você quer aprender de verdade? Quer ter coragem para investir agora, mesmo quando todo mundo ao seu redor tá com medo? Então entra no site.com.br, clica no botão e faz sua análise de perfil. É simples, rápido, começa com um questionário, poucas perguntas, mas muita gente trava até aí com preguiça de responder. Só que se você responder, a gente vai conseguir te ajudar. E a UVP vai te ensinar uma estratégia sólida, uma estratégia pensada para você realmente ganhar dinheiro de forma consistente ao longo do tempo. Nada de atalhos, nada de promessas vazias. Vamos ser realista. Não é mágica. Se você ganha um salário mínimo e acha que vai entrar na UVP e ficar rico do dia pra noite, sinto muito, mas não vai acontecer. Agora, se você é uma pessoa que ganha mais de 4.500 por mês, aí sim dá para construir patrimônio passo a passo e de forma inteligente. Se você ganha 15.000 1000, esse processo já é mais rápido. E se você ganha 50.000, mais rápido ainda. Mas de novo, não é loteria, é estratégia. Não se iluda achando que vai comprar o curso da UVP e sair andando de Ferrari. Isso é fantasia. O que a gente entrega aqui é construção de riqueza de verdade. É construção de patrimônio sólido. Mas isso leva tempo e funciona. Se você entendeu isso e se você quer fazer do jeito certo, clica no link, preenche o formulário. A gente tá começando uma nova turma agora e a VP vai te ensinar a investir com estratégia no Brasil e no mundo inteiro. E no auge, o Naras dominou cerca de 70% do mercado futuro de ações no Brasil. É como se ele controlasse literalmente o placar de uma partida de futebol. apostasse no resultado dela e ainda fosse o árbitro. Então, a das frases lendárias dele era: “Você vai comprar meia hora de petro para mim?” Ou seja, comprar Petrobras por 30 minutos seguidos, independentemente do preço, só para manipular o mercado, gerar um efeito em cadeia, levar o preço para cima e fazer ele lucrar duas vezes, tanto na alta forçada quanto no exercício do contrato futuro. Para vocês terem uma ideia, só em abril de 88, o Naras movimentou mais de 10 milhões de ações da Petrobras, o que representava 60% do volume negociado na bolsa do Rio naquele dia. Ou seja, tiro na rasa da bolsa diminui mais pela metade do volume que é operado no mercado futuro. Mas claro, toda bolha vai chorar algum dia. E o presidente da então Bovespa, na época, Eduardo Rocha de Azevedo, percebeu o tamanho dessa manipulação e aí nos bastidores ele articulou para que os principais bancos cortassem o crédito do Naras. E qual que foi o resultado disso? Os cheques milionários dele começaram a voltar sem fundo. As corretoras que intermediavam as compras não tinham como cobrir os rombos e uma delas, a Genô, faliu literalmente da noite pro dia por causa de um único investidor. Por fim, a Bovespa confiscou a carteira do Narras, avaliada em cerca de 490 milhões de dólares. E a bolsa do Rio, a BVRJ, que era onde ele fazia a maior parte de suas operações por causa da regulamentação frouxa, chegou a perder mais de 30% em um único dia e nunca mais se recuperou. Até que em 2000 ela foi extinta oficialmente. Naras foi condenado a apenas um ano de prisão domiciliar, mas ele nunca chegou a realmente ficar longe dos holofotes. Tanto que nos anos 2000 ele voltou às manchetes na operação sraha, suspeito de lavagem de dinheiro e corrupção ativa. Foram apreendidos documentos e computadores nos seus escritórios, mas o caso se arrastou tanto na justiça que não houve nenhuma condenação definitiva. E hoje narrar sustenta a versão de que ele foi na realidade a vítima de um golpe da Bovespa que teria agido para concentrar poder e eliminar a concorrência do Rio de Janeiro, né? A Bovespa, para quem não sabe, é bolsa de valores do estado de São Paulo, que acabou se fundida aí com outras empresas, com a bolsa do Rio, com a SETIP. E hoje a gente tem a B3, né, Brasil Bolsa Balcão, que é quem opera a nossa bolsa de valores aqui no Brasil. Tanto que o Naras afirma, abre aspas, se não fosse aquele golpe, o homem mais rico da América Latina não seria o Carlos Slimin, seria eu. Fecha aspas. É o que Na Rasa afirma nas suas entrevistas. E estima-se que hoje a sua fortuna chegaria a 1 bilhão de dólares em valores corrigidos. Só que tudo isso desapareceu quase que da noite pro dia. Hoje ele vive confortavelmente e opera de forma bem discreta no mercado imobiliário. Ô Malheiros, eu acho que chegou aquela hora de analisar a carteira do nosso seguidor, não é? Muito bem lembrado. Então que nem no último vídeo, a gente vai continuar analisando as carteiras aí de vocês. Então mande no meu Instagram @eumateusmalheiros, se você tem uma carteira acima de 500.000 que eu posso comentar nela em um dos vídeos aqui desse quadro, o Gênios da Bolsa. Então vamos lá. Aqui a gente tem a carteira aproximadamente 3.3 milhões, tá? O quê? 38% em renda fixa, vamos avaliar com calma isso aqui. 6.000% em fundos e aqui tá o problema. 41% em COI, 9% em estruturados. Então isso aqui já explica o porque que essa carteira foi mandada pra análise. Ah, tá indo mal. Explica bastante coisa. Então aqui nos ativos de renda fixa, né? que a gente tem que tomar cuidado. Você vê que ntnb para 2055 e 2050, ou seja, títulos do tesouro extremamente longos. Isso aí, o que você tem que tomar cuidado, apesar de ser renda fixa, por ser um título com uma duration que a gente fala muito muito elevada, eles sofrem muito com marcação mercado. Então isso aqui você pode não achar, mas é mais volátil do que uma ação se você pegar em uma empresa perene, um banco, uma empresa de energia, por exemplo. Isso pode explicar eh em partes o porquê do seu portfólio tá indo mal. Quando a gente vai ver aqui os préfixados, mesma coisa. A gente vê aqui uns ativos bem longos, né? 2033, 2031, que tem um uma posição significativa da carteira e acabam sofrendo com marcação mercado, principalmente ambiente de alta de juros. Então, a gente tem aqui as taxas, né, por volta de 12% ao ano, enquanto o tesouro direto tá pagando mais de 15. Qual que é o resultado disso aí? Juro subiu, ativo se desvalorizou na marcação mercado, tá perdendo dinheiro dessa forma. E aqui nos pósfixados, né? Eh, mesma coisa. A gente vê aqui algo um pouco longo, então eu diria para tomar um pouco de cuidado com a liquidez nessa carteira. Se você pegar aqui os fundos de investimento, aqui tem uns fundos setipados, né? Fundo fundo de desenvolvimento. Então são ativos que você tem que tomar cuidado por quê? Tem pouca liquidez. Então se você quiser se desfazer deles, vai ter que orçar com a corretora, vai ter que fazer a cotação e normalmente entra um spread no meio disso aí. Tome muito cuidado com isso aí. E você tem aqui alguns SS de private equory que às vezes eles podem ter uma proposta boa, que é pegar o seu dinheiro e vai investir em empresas privadas. Só que você tem que lembrar que são ativos de longuíssimo prazo. A gente fala que tem uma curva J. Então, começa desvalorizando e depois que a empresa vai se recuperando, eh, começa a gerar um resultado. Para isso, o fundo fazer um exit, ou seja, vender a sua participação e trazer um resultado. Só que são fundos que t uma taxa muito alta, que podem comer grande parte dos retornos e a única coisa que você pode avaliar neles é quem é o gestor. Na realidade, não tem como você comparar com Ibovespa e ou olhar as empresas do portfólio, porque são empresas privadas e o fundo não investe em ativos líquidos. Ou seja, é só para investidores que realmente confiam na gestão e sabem o que estão fazendo. E aqui a gente vê na carteira de renda variável um monte de derivativos. Que que são isso? caiu bem aqui em linha com o nosso vídeo do RAS, inclusive porque esses derivativos são esses contratos que dão o direito de você comprar ou vender um ativo em uma data futura por um determinado preço, ou seja, por especulação. Mas aqui cois não precisa nem comentar 40% da carteira em ativos com spread muito alto, com taxas ali ocultas e que acabam não trazendo retorno pro investidor. Inclusive spread, COI, tem aqui um monte de produto estruturado na carteira. E produto estruturado, inclusive é só um COI com nome diferente, mas é a mesma coisa. E o que explica? Essa carteira tá estruturada dessa forma. Ela veio de uma assessoria, de uma corretora que eu não vou falar o nome, uma assessoria remunerada por comissão, o modelo Comission Based. Então o fundamento disso aí é quanto pior o produto for, mais o assessor ou a pessoa que te indicou ele vai ganhar de dinheiro, vai ganhar de comissão. Então você vê que COI, né, 40% da carteira em COI, 10% estruturados, por quê? paga muito dinheiro aí para quem tá indicando. Quando você vem para modelo de consultoria, isso é algo que não acontece com você, porque a preocupação do seu consultor é te fazer ganhar mais dinheiro, crescer mais a sua carteira, para aí sim a gente conseguir ganhar mais junto com você. Ou seja, quando você ganha, a gente também tá ganhando junto. E se você perde é ruim pra gente. E claro, você ainda tem todo o cashback de rebate, spreads e um monte de cobrança embutida que tem e você nem vê. Tá assessoria existe graça. Você simplesmente paga de outro jeito. Você paga no produto, em produtos piores, ao invés de pagar um valor fixo na sua conta, né, num serviço sem conflito de interesse, que seria uma consultoria. E finalizando aqui a gente vê a carteira, né, fundos imobiliários e ações. A gente vê só um ativo aqui que tem um fundamento, né, um pouco melhor e uma diversificação muito baixa. Então é que pode ser tomada atenção. Mas no geral essa carteira aqui e fica numa situação bem delicada porque grande parte da carteira dela tá locar em títulos longos ou ativos sem liquidez e a gente tá no momento de juros elevados do mercado. Então, por hora, é, seria uma ideia de monitorar um pouco isso que tá acontecendo e aguardar a oportunidade para você dar saída desses produtos ou os vencimentos deles para ir realocando de uma forma muito mais eficiente e seguindo a nossa metodologia. Mas e aí, o que que você achou da história do Nadina Rassço? Ele foi um gênio incompreendido ou um vilã do mercado? Deixa aqui nos comentários a sua opinião. E se você curte história surpreendente sobre o mundo das finanças, já deixa o like nesse vídeo e se inscreva aqui no canal. que toda semana tem conteúdo novo e direto ao ponto para você entender de vez como que o dinheiro se move no Brasil e no mundo. Um abraço e até a próxima.