Como um BILIONÁRIO ITALIANO mudou essa cidade no Paraná?

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A história do bilionário italiano que se mudou para o Brasil criou um verdadeiro império com suas fábricas e chegou a ser o quinto homem mais rico do planeta. Ele saiu do interior da Itália com muitos sonhos e ideias. No Brasil ergueu fábricas, gerou empregos e influenciou o rumo de muitas cidades. Seu legado industrial a indecou em paredes antigas e na memória dos que testemunharam essa transformação. Um destino onde a natureza, com suas belas cachoeiras tem atraído o olhar de muitos apaixonados pelo ecoturismo. Mas nem só de passado vive esse lugar. Entre montanhas e rios surgem paisagens que surpreendem e acolhem. As cachoeiras escondidas, o verde abundante e a força das águas revelam um destino perfeito para quem busca conexão com a natureza e novas experiências. Sejam bem-vindos a Jaguariaíva, no interior do estado do Paraná. Eu sou Mateus Boa Sorte. A partir de agora convido você para viajar comigo sem nem levantar do sofá da sua sala. [Música] Boa sorte, viajante. Boa sorte, minha gente. Nosso destino do dia é Jaguariava no Paraná, distante 234 km da capital do estado Curitiba. Localizada na Meso região Centro Oriental do Paraná, com área de 1447 km². e população estimada em 36.231 habitantes, surgiu no século X7 como ponto estratégico das antigas rotas de tropeiros. Ao longo do tempo, cresceu entre rios, vales e serras, ganhando status de cidade em 1908. Hoje equilibra traços de passado e modernidade, com forte presença cultural e papel importante no cenário econômico do estado, uma cidade moldada por diferentes ciclos. [Música] No final do século XIX, o Brasil apostava na expansão ferroviária como caminho para o desenvolvimento. Cidades estrategicamente posicionadas passaram a receber os trilhos do Progresso. Era uma tentativa de conectar regiões distantes e escoar riquezas naturais. Jaguar, graças à sua localização, foi uma das beneficiadas com essa infraestrutura, o que viria a moldar seu destino nas décadas seguintes. [Música] No final do século XIX, né, Dom Pedro I, o nosso imperador, acaba traindo para o Brasil a questão da Ferroviária para basicamente ligar o país como um todo. que de mais moderno havia de meio transporte à época, né? E já Guareíva acaba também sendo beneficiada como várias cidades do país, por estar numa situação geográfica considerável, com a proximidade com São Paulo e também por consequência eh da nossa capital Curitiba. [Música] A chegada do trem não trouxe apenas passageiros e cargas. Ela abriu caminho para que novas possibilidades econômicas fossem enxergadas por grandes investidores e um deles, vindo da Itália viria transformar a história da cidade. Mas antes de aportar por aqui, ele já trazia consigo um legado familiar que o ligava à produção suína e à visão de mercado. [Música] O Francesco, ele saiu da cidade de Costelabate, na Itália, e lá ele trabalhava já com envazamento de banho de porco, né? Eh, nesse momento, né, ali no final eh do século XIX, o Brasil começa a tentar atrair migrantes aqui pro nosso país, né, fazendo propaganda de que era o país do futuro, que tinha emprego e terra para todos. Então, ele se sente atraído com essa ideia e acaba vindo pro Brasil, né, vende o que ele tem lá na Itália. acaba vindo com a família para o Brasil. [Música] Em sua terra natal, o trabalho com banha e porcos era parte da cultura familiar. No Brasil, esse conhecimento encontrou o solo fértil, contínuo, comercial e ousadia. Ele identificou uma oportunidade de mercado que poucos enxergavam. Não é à toa que Conde Francesco Matarazo construiu uma fortuna que o fez ser o quinto homem mais rico do mundo em determinado período. Sua cerca de 365 empresas, uma para cada dia do ano, devem muito a uma ideia que embarcou consigo na Itália e transformou um hábito de consumo no Brasil. presunto, salame, linguiça, mortadela, carne de porco. Isso era um pouco do mix de produtos aqui do frigorífico. Mas antes desse local existir, Matarazo já havia feito fama e ajudado a desenvolver os seus negócios no Brasil com uma brilhante ideia. Até então, grande parte do consumo de banha feito no nosso país vinha de importação dos Estados Unidos. naquela época em barris, em tonéis muito grandes. Foi aí quando ele percebeu que se ele tivesse embalagens menores, mais ou menos assim, com 1 kg, as pessoas poderiam comprar em menor quantidade e com maior frequência. uma relação que veio com ele desde a Itália, uma família que já tinha o costume de trabalhar com porcos na Europa e que por aqui teve uma história ampla de desenvolvimento e de sucesso econômico. [Música] Entre as muitas possibilidades de instalação, uma cidade em especial parecia reunir todos os elementos que um grande projeto industrial exigia: estrutura logística, recursos naturais e matériapra abundante. Algo essencial, já que um dos seus lemas era que o segredo estava na compra e não na venda. O aceno político local fez o restante do trabalho e assim a decisão foi tomada. Jaguaríva entraria de vez no mapa das grandes iniciativas industriais do Brasil. Rafael, agora, por que que o Matarazo escolhe o município de Jaguariaíva para colocar essa fábrica, para tocar suas operações aqui nessa região do Paraná? Olha, Mateus, foram três fatores principais. O primeiro deles era a ferrovia. ferrovia estava já instalada na cidade, ele precisava escoar a futura produção, né? Principalmente a banha de porco, que era primeiro produto que ele se prontificou a fazer aqui dentro. Então, a ferrovia já estava instalada, ele constrói ao complexo Fabril, logo, né, nos fundos atrás da da antiga estação. Segundo, água em abundância. A cidade é cortada é por dois rios, ela tem toda uma riqueza hídrica, ele precisava. Mas para que esta água? para futuramente gerar energia, construir usinas hidroelétricas e por consequência gerar energia. E a terceiro deles, né, o terceiro fator é a a criação de suinos na região, né, o pessoal criava muitos muitos porcos, né, então ele tinha matériapra para a sua produção na fábrica. E como é que ele fica sabendo da cidade? Na verdade, há um jogo político no contexto, né? Ele ia para a cidade de Tomazina, né? Havia um apelo no norte safrista naquele contexto todo, mas naquele momento não foi tão bem acolhido, digamos assim, no sentido de abertura de portas. nós vamos facilitar o acesso não aconteceu. Na ocasião aqui em Jaguaríva, a força política local da época eh atraiu o conde para conhecer, né, essa localidade. Como eu falei, analisando esses três fatores, ele esse é o local ideal para construir um grande frigorífero. Grandes ideias precisam de estrutura e gente capacitada. E foi exatamente isso que aconteceu no início do século XX, quando um enorme projeto começou a tomar forma no interior do Paraná. Trabalhadores vindos de várias partes do mundo e um ritmo acelerado de obras davam o tom de uma cidade que estava prestes a ser redesenhada. [Música] O frigorífico iniciou a construção em 1918. Você veja bem o tamanho do do prédio. Em 2 anos eles colocou funcion frigorí para funcionar. Vinha gente especializada eh do mundo inteiro lá da Itália, da Alemanha, Polônia, para dar início às atividades do frigorífico, entendeu? em 1964, aí houve a paralização definitiva e o prédio foi esvaziado e adaptado alguma parte para essa tecelagem de fiação de juta e Rami. Entendeu? [Música] Com a inauguração da fábrica, a cidade assistiu a uma verdadeira revolução. O fluxo de operários aumentava, a economia ganhava força e o cotidiano mudava. Mas o que realmente impressionava era o número de empregos gerados e a movimentação dentro daquele gigantesco complexo. Um novo tempo se iniciava e já aiava jamais seria a mesma. Você falou em operários, quantas pessoas chegaram a trabalhar aqui? Olha, a gente tem conhecimento aí até 800 pessoas de forma direta e indireta dentro da fábrica como um todo, né? Eh, os números eles acabam é uma hora maiores, outra hora menores, de acordo com a mão de obra fabril aqui dentro. mais acima de 500 operários era o maior que ele tinha aqui, era mais comum, né, dentro da da instalação como um todo. [Música] Onde há oportunidades, há crescimento e os números falam por si. Com mais empregos, surgem novas famílias, bairros, escolas e uma dinâmica urbana totalmente renovada. O impacto social e demográfico de uma indústria pode ultrapassar os muros da fábrica e influenciar toda a formação de uma cidade. [Música] A fábrica colaborou muito para o desenvolvimento econômico e também populacional aqui do município. Afinal, eram muitas vagas de emprego que precisavam ser ocupadas. Era necessário ter mão de obra. Para você ter uma ideia, em 1900, a população do local era de cerca de 3.800 habitantes. 20 anos depois, um crescimento de quase 400%, quando jáíva alcançou os 15.000 moradores. Muitos anos se passaram desde a fase áurea da indústria. Hoje, os galpões e estruturas que um dia operaram em ritmo intenso abrigam novas histórias. O passado se entrelaça com o presente em espaços que foram ressignificados pela cidade. E o que antes era produção, hoje é cultura, serviço e convivência. Onde no passado funcionou a indústria Matarazo, hoje em dia abriga algumas pequenas empresas aqui da cidade, pequenas fábricas, setores da administração pública e esse interessante cine teatro que a comunidade tem a oportunidade de ver peças, filmes e que segue no cotidiano do município, fazendo parte das histórias futuras que estão sendo escritas por aqui. [Música] Algumas heranças permanecem vivas não apenas nos galpões, mas também nas memórias preservadas. Uma casa centenária construída pela família que iniciou tudo, guarda relíquias, fotografias e detalhes arquitetônicos que revelam o modo de vida de uma época e funciona como um museu que permite um verdadeiro mergulho na história local. Bom, nós temos aqui essa casa eh que foi mandada construir pela família Matarazo há 101 anos atrás. Então, o nosso maior acervo é a casa, né? Nós temos também eh fotografias referentes a o antigo funcionamento da fábrica, mas eu acho que a casa sim é o maior acervo que nós temos, a maior experiência que nós podemos proporcionar pros visitantes. A casa ela chama atenção até hoje porque é uma casa centenária, né? E já naquela época era uma casa que possuia sanitários, que não era comum aqui em Jaguaríva. Somente pessoas da alta sociedade tinham. E essa casa já possui cinco banheiros no total. Desses cinco banheiros, três possuem banheira. Mas a história do município não se resume ao ciclo industrial. Antes mesmo das fábricas, havia caminhos percorridos por homens que transportavam riquezas sobre o lombo de mulas. E é essa memória mais antiga, ligada ao troperismo, que também encontra espaço de celebração e estudo dentro do museu. [Música] Dia 12 de maio é considerado o dia do tropeiro em Jaguareiva. Esse dia tem a ver também com a data de falecimento do considerado fundador da cidade, Luciano Carneiro Lobo. Então, Jaguaríva, Castro, Piraí do Sul, era uma grande fazenda, um grande latifúndio. E aqui os tropeiros invernavam as tropas de mulas. Então essa região dos Campos Gerais era um lugar bastante importante antes dessas mulas serem comercializadas em Sorocaba, porque aqui elas comiam, ficavam fortes para serem vendidas mais tarde em São Paulo. Então toda essa ideia que a gente tem da cidade hoje, anteriormente foram esses pousos do dos tropeiros. Então, antes como uma pequena aldeia, depois um pequeno povoado e mais tarde também se deu a ideia de uma cidade. Então, esses primórdios de uma ideia que a gente tem de urbanização se deu lá atrás com os tropeiros também. Com o fim da era Matarazo, Jaguaraiíva teve que se reinventar e encontrou numa nova vocação florestal e industrial o impulso necessário para seguir crescendo. As mudanças vieram acompanhadas de novos investimentos e uma transformação no perfil produtivo da cidade. [Música] [Aplausos] Então, após a evolução do processo Fabril com Matarados, o Jaguar IVA, no finalzinho início, na verdade dos anos 1960, recebeu incentivos do governo federal para o plantio de de novas florestas, na sua grande maioria, florestas de pinos. E essas florestas atraíram já no final dos anos 1970, início de 80, a primeira fábrica até então, né, eh, produtora de pr imprensa do país, a maior, digas de passagem, foi quando a cidade muda totalmente eh o seu viés até então ligado à ferrovia e à indústrias do Matarazo para um processo industrial de maior porte voltado à madeira, né? Primeiramente, desdobrou-se as florestas plantadas, utilizou-se aquela madeira para a produção do papel jornal, né? Ali 85 a inauguração da fábrica e posteriormente atraindo outros empreendimentos para trabalhar para esta empresa, mas todas elas voltado ao ramo madeireiro, né? com o crescimento da das florestas plantadas de pinos e eucalipto. Da ferrovia ao ciclo da madeira, passando por imigrantes, tropeiros e operários, Jaguariava construiu uma história rica e cheia de recomeços. É o tipo de lugar onde o passado ainda respira, mas sem deixar de olhar pra frente. Uma cidade moldada pela coragem de quem decidiu investir, trabalhar e ficar. [Música] [Aplausos] As paisagens de Jaguaríva são marcadas por contrastes. De um lado, paredões naturais formados há milhões de anos. De outro, plantações de pinos que revelam a força da atividade madeireira local. Em meio a isso, formações únicas, como a pedra da taça surpreendem os visitantes. O canion do Vale do Codó, esculpido pelo tempo e pela água, revela toda a grandiosidade da escarpa devoniana. Entre as curvas do relevo, trilhas e mirantes que oferecem vistas de tirar o fôlego. A natureza aqui não só impressiona pela beleza, mas também ensina sobre o passado geológico e o presente da região. [Música] Bom, e o trecho final já quase chegando no nosso destino. Tem também a Companhia do Rio, que a gente vai ver logo mais em frente, onde o carro passa nessa formação aqui rochosa. E a gente já vai tendo aí mais experiências, a gente já vai degustando um pouco mais dessa jornada. Subimos alguns trechos que você já viu consideráveis em imagens. O carro resistiu bem e agora tá pertinho. Daqui a pouco a gente chega para mostrar mais para você. [Música] O carro segue firme pelo trecho mais estreito. Rocha de um lado, barranco do outro. Desafios que vão sendo vencidos pelo experiente guia de turismo G. André. [Música] Vocês já acompanharam aí como é que foi a emocionante jornada até aqui. De fato, uma primeira experiência muito positiva. O carro é guerreiro, viu, Jeandré? Exato. Guerreiro. Chegamos bem. Chegamos bem e já vivenciamos um primeiro momento muito especial também. Já mostramos o mirante e agora a gente chega em que ponto do nosso passeio? Agora a gente chega a mais um ponto no canon Vale do Codó. Canon, primeiro canon do rio Juaríva. E aqui esse trecho a gente vai fazer o rio Butchá e as cachoeiras do rio Butchá, onde é possível a gente e visitar a cachoeira do butá próximo, ver ela de um mirante e depois as cachoeiras acima temos até pontos para banho. Banho esse que a essa época do ano a água deve estar bem gelada, né? Exato. Essa época a água aí tá em torno de 17, 18º, então já não é uma água agradável pr banho. Mas lógico que tem os mais corajosos que mesmo nessa época aí enfrentam água gelada. Bom, eu eu tenho um pé atrás com água fria. Você que tá assistindo, quando vier aqui vai poder tomar a decisão. Mas no verão é tranquilo. No verão é muito bom. Ela não é uma água tão gelada e chegando aí após o almoço, a água fica numa temperatura bastante agradável. em dia dias quentes aí a 30º a a água já aí vai est em torno de 23 24º, o que é um banho bastante refrescante, é bastante agradável. E essa nossa caminhada, mais ou menos, qual a extensão dela? A gente agora caminha em torno de 1 km para visitar esses esses atrativos que eu que eu falei. Bom, eu convido você para conhecer mais esse pedacinho do município com a gente. [Música] A trilha que acompanha o rio é leve, cercada por vegetação nativa e sons que acalmam. E a cada novo passo, a paisagem muda, apresentando boas surpresas aos nossos olhos. [Música] Os caminhos por aqui já são atrativos. Seja o de carro que eu já comentei, que tem seus tons de adrenalina, de emoção, de superação, seja aqui na pequena caminhada a pé, muito tranquilo, acessível pra maior parte das pessoas. E o rio Bá, quando vai permeando os nossos caminhos, quando vai, quando os nossos caminhos vão se encontrando com ele, vai nos brindando com belas cenas naturais como essas, as pequenas cascatas, o barulho de água bom de se ouvir e vai aumentando a curiosidade para que logo em breve a gente veja as suas bonitas cachoeiras e que eu tenho certeza que pela amostra do que tá sendo evidenciado, vão ser quedas d’água muito bonitas e que Eu tenho certeza que vão gerar grandes e belíssimas imagens. [Música] Antes de seguirmos até a cachoeira, vale observar as paredes que nos cercam. Essas formações rochosas guardam milhões de anos e ajudam a explicar como surgia o cenário que hoje encanta quem passa por aqui. [Música] Aqui os arenitos que a gente observa aqui nessa região são da era devoniana. Faz parte essa região da escarpa devoniana, da área de proteção da escarpa devoniana. E Jaguar IVA possui a mai porção de arenito de todos os municípios que fazem parte da escarpa devoniana. Então aqui a faixa de arenito chega a 15 km de extensão e também a espessura, ele tem em torno de 100 m de espessura aqui nessa região. E o Vale do Rodó, ele é o primeiro canion formado no rio Jaguaríva. E o rio Jaguar, ele nasce no extremo sul do município, no primeiro planalto, numa região de rochas graníticas, e corre os paredões da escarpa devoniana, formando o primeiro kênion do rio Jaguaraíva, que é o Vale do Codó. Enquanto caminhamos, a mata revela sinais de equilíbrio ambiental. O ar puro, os liquens nas árvores, o som da água. É um ambiente que convida ao silêncio e à escuta, um mergulho sensorial em plena natureza. [Música] Em nossos episódios, sempre que nós estamos caminhando pela natureza e eu encontro esse tipo de coloração vermelha nas árvores, eu gosto de falar sobre isso com você. Isso é um tipo de liquen que ele só se desenvolve em lugares onde há uma grande pureza do ar, um lugar onde a poluição do ar não tenha causado e prejuízos a esse pequeno e a essa região onde a gente tá. Aqui eu tenho uma palmeira, mas existem várias árvores. A gente tá mostrando isso em imagens para você. muitas árvores com isso daqui que é mais um ponto positivo, mais uma das possibilidades que você fazendo essa trilha, você tem realmente uma conexão muito íntima com uma natureza muito pura. [Música] A última cachoeira do rio Butiá surge emoldurada pelo Kenion. A queda com seus 30 m de altura impressiona tanto pela força quanto pelo isolamento. Não há acesso fácil à base, mas o visual do alto já compensa. [Música] Bom, André, chegamos aqui na cachoeira. Realmente um lugar muito bonito. E essa queda são quantos metros de altura? To de 30 m. Aqui a queda. Ela é a última cachoeira do rio Butá. A gente não consegue ter acesso à parte de baixo, né? Não, não consegue. Apenas fazendo o rapel, mas é, você não tem muita facilidade pra sair da como você pode observar, tem muita rocha solta lá embaixo e você não tem uma trilha que seja acessível para chegar até a base da cachoeira. E até chegar esse ponto aqui, o rio Butá, ele nasce onde? Já percorreu mais ou menos que distância? Ele exato. Ele nasce 15 km. Ele nasce na fazenda Três Leões e corre pela fazenda Juraíva até eh aqui a margem do canon, do Vale do Codó. [Música] Ao ver a água despencando, já dá para entender porque esse lugar é tão especial. O silêncio só é quebrado pelo som da queda. Um momento de contemplação daqueles que ficam na memória. [Música] Finalizando nossa visita e ainda dentro da área da reserva, dois nomes imponentes anunciam paisagens que fazem jus a realeza, as cachoeiras do trono e do rei. O acesso é feito por trilha guiada em meio à mata e cada parada revela quedas d’água cristalinas emolduradas por paredões e vegetação nativa. É o tipo do passeio que combina beleza, silêncio e respeito à natureza. Um privilégio para quem busca conexão e autenticidade em cada passo. [Música] Na beira do rio e cercada de verde, a pousada cháas é um convite ao descanso com simplicidade e charme. Os quartos t varanda, lareira ou ar- condicionado. E o café da manhã reforça o clima de casa. Tem jardins, trelhas, redário, espaço para piquenique e até parceria com guias locais. Ideal para quem quer acordar com o canto dos passarinhos e dormir ouvindo o som tranquilo das águas, correndo ali por perto. Vindo para Jaguaria Iva. Essa é a sugestão de hospedagem do Boa Sorte Viajante. [Música] Parque Rui Cunha é um daqueles lugares que combinam natureza e aconchego. O som da água correndo, o canto dos pássaros e o cheiro de mato fresco criam um ambiente perfeito para relembrar tradições. Entre árvores e bancos de madeira, a calmaria do parque convida a desacelerar. E foi aqui, cercados por esse cenário tranquilo, que a gente acendeu o fogão à lenha e preparou um prato típico que atravessou os séculos e ainda alimenta memórias. [Música] Se tem uma comida que representa bem o tropeirismo dessa região é a quirerada, também conhecido como quirera. A receita é antiga, de origem simples, mas cheia de significado. Mistura tradição, praticidade e sabor. e começa com ingredientes que fizeram parte do cotidiano de quem desbravou o Brasil com a tropa. Vamos entender melhor o que vai nessa panela cheia de história. [Música] Então, nós usamos aqui a os defumados, né, que é a costelinha defumada, a linguiça defumada e o bacon. É, logicamente, na época e substituía, lógico, a a carne defumada, né, que é o mesmo sabor. Então, a gente tá fazendo aqui esse prato para deixar o mais fiel possível, como era de época. Daí, além dos defumados, vai a a carne suína mesmo, crua, né, que foi adicionado, eh, cebola, tomate e o e o cheiro verde. E alho também é um tempero bem simples, mas é o que tinha na época, né? Não, não tinha muita muitas opções. No fogão, o cheiro da lenha queima junto com a memória de um tempo em que cozinhar era resistência. O barulho da colher de pau riscando o fundo da panela acompanha um preparo que exige paciência, olho atento e mão firme. E antes mesmo da primeira garfada, a gente já sente que ali tem mais do que comida, tem história. Esse prato aqui, ele era feito pelo, era preparado pelos tropeiros na época, eh, do mercado de mulas, né, que eles saíam do Rio Grande do Sul e vinham para Sorocaba, no mercado de Sorocaba. Essa viagem, ela durava em torno de 3 a 4 meses e eles percorriam cerca de 1500 km. Então, eh, esse prato ele era, os ingredientes, eh, eram muito fáceis de se encontrar, que a carne suína, né, os defumados. E eles também traziam eh junto com a com a com a tropa lá, eles traziam essas carnes salgadas, o shark, o até mesmo a a as carnes suínas defumadas, né, na nas cangalhas, no no lombo do das mulas. Então, eh, esse prato aqui é ele é ele é meio rápido de de de fazer o preparo. Então, era isso, era a facilidade com que os tropeiros eh arrumavam os ingredientes para poder preparar o prato. [Música] Depois de tudo bem misturado e cozido no fogo lento, o prato ganha corpo e aroma. A textura da quirera se junta à maciez da carne enquanto o cheiro invade a cozinha. Mas o melhor vem agora, o momento de sentar, partilhar e provar. Porque comida boa não é só para nutrir, é para reunir, fazer sorrir e lembrar que tradição também se come, se celebra e se transmite à mesa. Senhoras e senhores, depois de vocês acompanharem o passo a passo desse saboro preparo na companhia do fogão à lenha, chegamos na hora boa, né? Opa! Essa é a hora gostosa, rapaz. Essa é a hora que o povo que tá em casa manda mensagem, fala: “Mateus, que vontade”. Mas é fácil, só vir para cá, organizar direitinho? Com certeza que dá certo o negócio. Claro que dá. Melhor do que a gente falar sobre comida é comer comida. Bora. Posso servir? Fica à vontade. Vou servir uma dosezinha desse negócio aqui. É assim mesmo que serve? Tô na tô no caminho certo aqui. Claro, claro. Ainda temos uma paçoquinha aqui. Eu vou deixar você ir ir com sua. Aliás, deixa eu ir aqui na sua medida aqui também. Vai lá. Você já foi um uma excelente anfitrião ali na beirada do fogão. Eh, coisa boa. Eu eu posso botar a a paçoquinha junto? Pode. Uai. Todo baiano gosta de farinha, né? Gosto. E ele aqui para me homenagear ainda trouxe uma pimenta. Ó, rapaz. E vocês não tem tanto costume de pimenta aqui, né? Então, eu gosto, particularmente eu gosto. E assisti um teus vídeos e daí eu tive no mercado e falou: “Ó, vou levar uma pimenta lá pro Mateus, ele gosta de pimenta”. Muito obrigado, viu? OK. A tal da pimentinha. Hum. Eu, o meu toque aqui que a gente tava falando é o coento, né? É isso aqui feito lá em casa. Eu ainda jogava um coentinho. Então, no sul aqui não temos o o costume de comer coentro. Aqui é mais o cheiro verde, a salsinha, a cebolinha, que dá um verde bonito, né? Exatamente. É, o verde é o mesmo, só que o sabor é diferenciado. Vamos, vamos experimentar. Já botei uma pimentinha aqui. Também eu vou pegar uma pimentinha também, Mateus. Bote aí. Cheiroso, viu? Gosto de sentir cheiro de comida. Vai lá, rapaz. Isso aqui é gostoso, viu? E trem bom no mundo. Ave Maria. De 0 a 10, 11. Que negócio especial, viu? Posso dizer para você de casa que o negócio é, ó, bom demais. Agora nós temos uma missão aqui agora. Sabe qual é? Qual? Ó o tamanho dessa panela, então. E hoje ainda tem uma plateia aqui, ó. Porque nessas horas não tem cinco pessoas na plateia aqui, doido para que a gente acabe logo esse negócio para poder merendar. Vamos pra luta. Bora lá. Bora pra luta que o negócio aqui é, ó, daquele jeito. Os meninos bora comer. Daqui a pouco eu volto porque nesse pedacinho especial do Paraná não falta coisa bonita e coisa boa para mostrar para você. Mas de barriga cheia. Daqui a pouco eu tô de volta. Vamos embora pra luta. Bora. [Música] Em meio a paredes, mata nativa e águas cristalinas, o Parque Municipal Lago Azul é um santuário natural. O espaço abriga trilhas ecológicas, cachoeiras e áreas de preservação com acesso controlado. Um cenário que atrai aventureiros e famílias em busca de contato com a natureza. A estrutura é pensada para oferecer segurança e contemplação. Cada canto do parque revela paisagens de tirar o fôlego e convida o visitante a desacelerar, respirar fundo e se reconectar. Então, esse aqui é o Lago Azul, é o ponto turístico mais visitado de Jaguaraíba e ele é a fo do rio Lajado Grande. Aqui logo à frente a o o Ribeirão Lajado Grande, ele já deságua no rio Jaguaríva, tá? Lago Azul tem em torno de 20 m de altura a cachoeira. Acima aqui no parque você tem a cachoeira vel da Noiva e a cachoeira das andorinhas, que também são atrativos que são visitados, possível de visitação, mas somente com guio. É, aqui no Lago Azul tem uma atividade conhecida, bastante procurada aqui na região, que é o Aquatrecking do Lago Azul, que faz a a atividade aqui na Cachoeira do Lago Azul e também na Cachoeira das andurinhas e no vel da noiva. A grandiosidade do parque não está só na paisagem, mas também na forma como ele preserva a história natural e incentiva o turismo sustentável. Quem visita o Lago Azul sai com mais do que boas fotos. Leva a sensação de ter vivido um pedaço raro da natureza paranaense. Guias locais ajudam a manter o equilíbrio entre o uso e a proteção, garantindo que essa beleza continue encantando gerações. é um daqueles lugares que ficam na memória. [Música] Em Jaguaríva, a paisagem não precisa de filtro e a comida não precisa de invenção. Tudo tem gosto de origem. A cachoeira cai como sempre caiu. O fogão esquenta como sempre esquentou. E a vida segue firme, sem pressa de ser outra coisa. O tropeiro virou memória, mas deixou marca na panela e no caminho. A gente veio, registrou, comeu bem e aprendeu. Porque tem lugar que ensina mais que um livro. Basta chegar, escutar e respeitar o tempo que ele tem. Se você assistiu esse vídeo até aqui, escreva nos comentários cidade de riquezas pra gente saber que curtiu o nosso trabalho. Isso ajuda bastante na divulgação do canal. [Música] Boa sorte, viajante. No próximo episódio, Boa Sorte Viajante desembarca pela primeira vez no estado do Acre e vai revelar algumas das faces desse belo estado brasileiro. Nossa primeira parada é Rio Branco, uma capital cheia de histórias interessantes, boa gente, comida saborosa e muita natureza. Aproveite para se inscrever aqui no canal e acompanhar as reportagens que o Boa Sorte Viajante prepara toda semana. Se você viu pela TV, pega aí o seu celular e abra o vídeo para deixar um like, o famoso joinha. Eu sou Mateus Boa Sorte e esse foi o nosso programa de hoje. Que o nosso bom Deus abençoe sempre a sua caminhada. Um abraço. Tchau. Tua sorte me agente.

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