DRA ANA BEATRIZ NO MEU SOFÁ!

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Começando mais uma live aqui na Twitch e no YouTube, transmitindo simultaneamente, pessoal. Bom, todos os domingos trazemos um convidado mais do que especial, né? E hoje não seria diferente. Eu tô com eh muito animado pra live de hoje, porque a gente trouxe uma convidada muito bacana. A gente vai falar, vocês já sabem quem que é, né? A gente vai falar sobre saúde mental, a gente vai falar sobre eh transtornos mentais, a gente vai falar sobre eh psicopatia, a gente vai falar sobre depressão, a gente vai falar sobre vícios. Olha só, pessoal. Caramba, hein? A gente vai falar sobre suicídio também. A gente vai falar sobre, é, comportamentos autodestrutivos. Eh, né? Muito bacana. Sobre ansiedade também. Muita gente aí tem muita ansiedade, né? Quer saber como lidar. Vai falar sobre casos também de ser killers, alguns casos aí de assassinato e tudo mais, né? E vocês, pessoal, que quiserem mandar perguntas para a doutora Ana Beatriz, essa nossa convidada de hoje, né? Você que quiser mandar perguntas, você pode mandar através da donate, né, Adriana? Exatamente. Através da donate você pode conversar com ela. Então assim, tira esse momento para tirar uma dúvida que você tem no seu coração. Olha, eu preciso eh eu estou passando por um problema e tudo mais. Como que a doutora pode me ajudar, né? A gente vai falar sobre déficit de atenção também, transtorno de déficit de atenção, sobre autismo, né? Eh, masturbação compulsiva, várias várias questões que vamos levantar aqui, né? Antes de começar, pessoal, quero saber como vocês estão. Vocês estão bem? Como vocês passaram de domingo? Estão bem? Se alimentaram bem? Dormiram bem? Muito importante, né, pessoal? você dormir bem, né? Eh, se exercitaram, né? Importante também ir paraa academia, né? Eh, deixa eu ver o que o pessoal tá falando aqui, né? Doutora Ana Beatriz, bem você? Tô bem também, querido. Triste. Tô sofrendo abuso psicológico. É mesmo, Paulinho? A gente vai falar sobre isso também, né? Sobre relacionamento abusivo e tudo mais. Comi cocô. Um abraço para você, subversivo. É hoje que eu descubro se tem o mesmo TDH. Pois é, é, é. Vamos ver, né? Meu domingo foi péssimo, Felc. Eu tomei duas argulhadas nas costas no centro da Lapa, no Rio de Janeiro. Ô, Té Santos, que pena, viu, querido? Eh, fique em paz aí, né? Pois é, a preta Gil, ela faleceu, ela faleceu hoje, né? Que é que pena que Deus a tenha nos braços dele, né? Ela está num lugar melhor, com certeza. Oi. Eh, vou te mandar o link aí do chat que tá em Popout. Ah, em Popout. Ah, é? Tá. Então, sem mais delongas, vou chamar a minha convidada, Doutora Ana Beatriz. Bia, só Bia, só Bia. E aí, Bia, tudo bom? Tudo ótimo. Como você tá? Tô bem. Passamos. Tava ansiosa para vir aqui mesmo até bater nossas agendas, né? Bateu direitinho. Pois é, eu tava empolgado também para te receber porque tem tanta coisa legal. Pode, pode dar um zoomzinho mais que super del Pode dar um picozinho mais porque são, você não é de São Paulo, né? Não, sou carioca. Tem esse defeito grave, Fel. Ah, é grave. É muito grave. Meio corrigível. É. É. E e o pessoal quando quando não é de São Paulo, ele vem ele vem de eu também não é não sou de São Paulo, sou de Londrina, né? E daí vem de bate volta, faz um monte, eu fazia assim, né? Vim de bate volta, faço um monte de coisa e daí vou embora e daí eu volto pra casa. Fica sempre, você tem uma, a gente faz aquela agendinha casadinha, vai fazendo tudo, mas dá certo. É, pode se aproximar mais aqui, Bia, para encaixar ali no frame. Vamos lá, vê se deu. Boa, deu certo. Ô, Adriana, tem que jogar um pouquinho mais para mim aqui, ó. Ô, ô, Bia, como que você tá? Você tá bem? Eu tô. Olha, eu vou te dizer uma coisa. Eu sempre achei que envelhecer seria algo eh desconfortável, mas eu te confesso que depois de 50 a vida ficou muito muito melhor. Se eu soubesse envelhecido antes. É mesmo? Se me fosse possível escolher, com certeza. Por que que ficou melhor? Porque eu acho que a gente escolhe aquilo e as batalhas, a gente escolhe as guerras, a gente se torna extremamente mais seletivo e a gente tem alguma coisa dentro da gente que mostra que é muito raro algo que vai matar a gente. Tudo passa. Tudo passa. Se não passar, o tempo vai tornar aquilo desimportante e vai passar de alguma maneira. É. Ou então a gente vai passar, né? É. Faz sentido, né? Porque quando a gente é jovem, a gente acha que tudo é o fim do mundo, né? Tudo. Nossa, aconteceu algo, pi. Aconteceu algo com meu trabalho, aconteceu algo com o meu relacionamento, isso aqui é acabou minha vida. E daí você vai passando pelas fases, vai percebendo que nada, igual diziam os budistas há muito tempo atrás, né? Nada é fixo nem permanente. Isso mesmo. Daí vai passando as coisas, vai percebendo que tudo passa. Até as coisas boas, né? Até as coisas boas. Daí se a gente descobre que as coisas boas passam, é só fazer uma derivação lógica que é ruins também. É verdade. Passarão. É verdade. Ô, ô, Bian, eu tenho umas perguntinhas para você que eu tenho curiosidade em saber. Como você decidiu entrar na psiquiatria? Interessante isso, Felca. Eh, eu nem queria fazer medicina. Eu queria, eu sabia, com 16 anos, eu sabia o que eu não queria. Eu não queria engenharia, não queria medicina. E aí fui fazer minha inscrição. Eh, eu já tinha TDAH e tinha dislexia. Então, quem preenchia minha minha ficha de inscrição do vestibular era minha irmã, tem 5 anos a mais que eu, que fazia odontologia. E como eu não decidia, ela falou: “Faz odontologia que a gente trabalha junto”. Eu falei: “Ah, claro, vou fazer isso”. Aí cheguei para fazer a inscrição. Na fila, teve um garoto atrás de mim, Caio, o nome dele, chegou: “Você vai fazer o quê?” Eu falei: “Eontologia”. Ele falou: “Pô, tu não tem cara de dentista não?” Aí eu falei: “Você sabe que eu acho também que eu não tenho cara, mas eu não sei do que que eu tenho cara”. Aí ele falou: “Vou fazer medicina”. Ele: “Por que você não faz medicina?” Aí olhei, olhei, falei: “Tá bom, vou fazer esse preenche aqui para mim, porque eu sou muito ruim de fazer essas coisas, eu preenche errado.” Aí ele: “Ah, tá”. Fui peguei e preenchi. E aí cheguei em casa todo mundo, “E aí fez tudo direitinho?” Falei: “Fiz”. Aí odontologia que bacana você sua irmã? Falei: “Não, me inscrevi pra medicina, caramba, de última hora.” De última hora, que doideira. É. E aí depois que eu passei os primeiros dois anos, eu falei: “Acho que eu não escolhi isso aqui, certo? Não, mas aí no terceiro ano, porque primeiros dois anos de medicina é muita teoria, eh, anatomia, fisiologia, é muita teoria. você não vê paciente. Terceiro ano você vai pra enfermaria, você começa a conversar, fazer exame. E aí teve uma palestra que tava rolando em horário extra, que era de um psiquiatra chamado Osvaldo Saíd e era ser, estar e parecer. Hum. Achei aquilo ser estar e parecer ou parecer e parecer. E aí eu fui lá, aí ele começou a falar da mente de uma forma filosófica. Eh, o, a questão do ter, ser, estar consciente, parecer consciente, de ser consciente, ter consciência, essa consciência que é muito mais do que a mente, né? É a consciência que a gente tem de como a gente funciona, de como o cérebro funciona. Eu falei: “Cara, eu me apaixonei por aquilo”. Aí acabou aquela palestra, fui atrás dele, falei: “Gostei disso”. Aí ele falou assim, eu falei: “Como é que eu faço para começar a pensar desse jeito a medicina?” Ele falou: “Você quer trabalhar comigo? Você minha estagiária?” E ali eu fui, caramba. E aí comecei, então tudo aconteceu de forma muito natural, assim, foi programado. Que doideira. Isso é uma coisa que quando você tem seus 17 anos, né, os seus 18 anos ali, que você tá na fase de transição de sair do ensino médio para uma faculdade, isso é uma coisa de muita ansiedade para essa galera, né? É uma fase, inclusive, eu não sei se no Brasil é assim, mas eu sei que no Japão, na Coreia, esses países que tem muita pressão, é uma das fases de maior taxa de suicídio essa fase de transição, porque é uma pressão tão grande e e você, a sua história relata isso, que você foi se apaixonar pelo que você fazia depois que tava fazendo muito tempo, já tava se formando. Foi paixão. Mas aí eu lembrei de uma coisa, Fel, isso que você falou é super verdade. É, em 1990 8, no 1991, desculpe, do século passado. Hum. 91, 92. Eh, eu ganhei uma bolsa para estudar pela Vale do Rio Doce, na época ainda era uma estatal, eh, para estudar no Japão. E o tema que era da bolsa era suicídio infantil. Caramba. Suí. O suicídio infantil era enorme. Exatamente. Por isso. Eu me lembro quando eu cheguei em Tóquio, eu andava nas ruas e aí eu via famílias, aí tinha umas crianças que andavam com os pais na frente de umas crianças que andavam atrás. Mas eu achei aquilo super estranho. Aí cheguei na faculdade, falei: “Gente, eu vi uma cena. Que que é isso?” Falei assim: “São os os que repetiram de ano, eles andavam atrás na família para expor a vergonha. não podiam andar no mesmo lado. Nossa, eu para você ver 1991 isso. E hoje disparada, isso acontece e na Coreia, por exemplo, o vestibular é quase um evento nacional. Os pais vão levar os filhos, ficam lá esperando na do lado de fora. É quase uma olimpíada. Caramba. E a cobrança é imensa. O índice de suicídio por esse desempenho de estudante é muito grande. É muito grande. Pois é, que doideira, né? Porque a pelo menos aqui no Brasil a gente percebe, a gente sente na pele quando o tempo passa, que não é bem assim, né? A a o quando você tá no ensino médio, você ouve muito. Esse essa fase vai definir a sua vida. Hum. Mas a gente vê pessoa que entra numa faculdade, não gosta tanto, não se identifica, vai para outra, igual você que pensou em fazer odontologia, não se identificou ali na hora, mudou pra medicina e daí você se identificou. Então tem a vida tem um etapas para acontecer, não é tudo e ferra em fogo, sabe? Então é muito doideira porque existe uma, como a pessoa não tem uma maturidade ainda, existe uma, ela se mergulha nessa ideia que falam para ela de que aquele momento é o mais importante da vida dela. E daí tem uma pressão absurda, né? Eu acho que já foi pior, Fel, pior. Porque eu acho que já foi pior, porque hoje, por exemplo, já tem de uns 10 anos para cá, eh, se tudo der certo, você vai ter pelo menos essa geração que tá hoje com os seus 10 anos. vai ter uns cinco atividades diferentes. Essa coisa de do da minha geração que era você fazia ou engenharia ou medicina ou advocacia. Hum. Aí você tinha aquela cobrança social para para quem fosse seguir estudando. Eh, depois vieram a tecnologia, começou a tecnologia, aí também foi abrindo uma margem, mas hoje eu vejo, por exemplo, pessoas, eu mesmo, eu hoje não atendo mais. E olha que medicina é uma carreira linda, maravilhosa. Medicina é muito melhor, muito melhor do que os médicos. Eu sempre digo isso. É, é uma coisa muito mais bonita do que quem exerce. Sim, né? Meio sagrada a medicina. Eh, mas conforme eu fui andando na medicina, chegou uma hora que eu aí eu comecei a escrever, aí eu virei escritora, aí depois eu virei palestrante, aí depois em algum momento eu não me lembro como eu tava num num final de ano em Búzios e aí tava monótono, o pessoal que tava lá tava chato. E aí eu peguei um amigo meu, falei: “Vamos começar a gravar, vamos fazer um um programinha lá no YouTube chamado Mentes em Pauta”. Hum. E aí a gente começou a falar, você perguntasse assim, você planejou? Também não planejei. Eu senti uma necessidade que era a hora de fazer algo diferente. E hoje eu tô aí com o sou host podcast, né? O Pod People, que é o maior podcast de saúde mental da América Latina. É surreal isso. E a gente tá fazendo dois aninhos. A gente é baby. A gente é baby. Dois aninhos, bebezinhos aí do podcast, né? Tá vendo? é muito mais fluido as coisas na vida do que do que as pessoas, do que o próprio sistema educacional tenta imputar pra gente, né? Eh, eu eu trouxe eu trouxe algum eu trouxe dois coreanos aqui pra live e a gente conversou um pouco sobre sobre suicídio na Coreia do Sul, né? E eles falaram que a pressão é tamanha que você fazendo faculdade e se você se você dorme mais de 6 horas por dia, você é visto como preguiçoso. É isso mesmo. Você tem que fazer faculdade de manhã a o dia inteiro fazendo faculdade. Você tem que ter um trabalho, tem que fazer estágio, tem que tá ocupando o seu dia inteiro, porque e daí você tem que dormir meia-noite acordar 5. Se você dorme 6 horas, você dorme 8 horas, que é o recomendado, né? você é visto como preguiçoso. Ah, é preguiçoso, inteligente. O que é um absurdo, né? Porque assim, não dormir bem, eh, talvez seja uma das coisas que mais tira desempenho. Hum. Isso aí a gente sabe hoje, independente, o ideal é que se durma à noite, né? Mas tem gente que consegue inverter esses fusos, mas importante é dormir e dormir bem, 7, 8 horas, mas nunca. Eh, eu, eu, você falou uma coisa, na década, início da década de 90, 1990 do ano, do século passado, eh, tinha uma coisa que era moda, uma pessoa de classe média, classe média alta, você ia numa festinha assim e dentro de medicina, eh, e aí as pessoas tinha mulheres assim, aí fazia aqueles grupinhos, você chegava perto, aí chegava, ah, que que estão falando? Ah, tá. Uma vez eu tava num grupo de mulheres, uma falava assim: “Não, mas o meu tem três porque não, o meu cinco, o meu dois”. Eu falei: “Que será isso, né?” Pensei, será que são milhões? Fique quieta. Aí eu teve uma hora que perguntei a uma, falei: “Estão falando de quê?” Dois? Não, pontes de safena. Aí eu falei assim, gente, eu não tô acreditando que tava tendo competição dos maridos que tinham tantas pontes safenas, porque isso representava naquela época status. Tipo assim, o cara que infartava tinha uma ponte safena, era um trabalhador, era um cara bem sucedido, era um empresário, era um médico, trabalhava muito. Falei, gente, que sociedade a gente tá construindo e aí isso estoura hoje nesse exemplo, você me dá na Coreia. Que doideira, meu. Porque é muito aquela coisa, você trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, não cuida da saúde, daí você tem que, se você não der as pausas necessárias ali, enquanto você tá trabalhando para descansar, para ter uma um lazer, para passar o tempo família, a doença vai te tomar todo o tempo e energia que você que você não teve, não dedicou para ela, né? É, o Dailama fala muito isso, né? Que o ser humano é um bicho esquisito, né? Ele trabalha, trabalha, trabalha para ter dinheiro e depois ele gasta o dinheiro para recuperar tal saúde, que muitas vezes não é recuperável. Pois é. Pois é, meu. Que doideira, né? Mas acontece. Ô, Bia, qual que é o transtorno mais mal compreendido pelas pessoas? mais mal compreendido. Eu acho que o transtorno borderline de personalidade é um transtorno muito mal compreendido. Borderline. Borderline. Eh, um, por exemplo, eu acho que o transtorno do espectro autista também é muito mal compreendido. A gente tem aí um débito, eu digo que a medicina tem débitos. Eu acho que o transtorno do utia, né, que são o autismo, são os níveis de autismo que as pessoas falam, agora é tudo moda, não é questão de moda, que autismo é um guarda-chuva que pega muita coisa, desde de uma dificuldade eh de de socialização com dificuldades de de fala, de escrita, com transtornos associados até de convulsão, como nível três, por exemplo, que é uma pessoa totalmente dependente. ente de cuidados. Então eu diria, eu botaria esses dois. Transtorno a de personalidade borderline, bipolaridade também. Eu acho que é um transtorno mal compreendido. Bipolaridade também. O borderline, se não me engano, ele é muito difícil de diagnosticar algo assim. Ele é muito difícil pelo seguinte, primeiro que não se falava, por exemplo, eu passei a minha faculdade inteira e ninguém nunca falou de transtorno de personalidade borderline. E todo transtorno de personalidade é um pouco difícil da gente entender, porque como é um transtorno de personalidade, ele é uma forma da pessoa ser, é uma forma de enxergar o mundo e com características. Então, não é algo que eh necessariamente é patológico no sentido do transtorno que traz paraa vida da pessoa, pra vida de outros, mas no fundo, no fundo, aquilo faz parte um pouco da constituição da pessoa. Então o borderline ele ele ele, se a gente fosse colocar assim, ele tem uma instabilidade muito grande eh emocional. Então são pessoas muito hipersensíveis que podem no mesmo dia, por coisas pequenas alguém falar assim: “Ah, sua roupa não tá legal”. Aquilo pegar como uma rejeição e a pessoa ficar mal, né? Então tem muita instabilidade, por isso que confunde às vezes com bipolar, mas o bipolar ele não tem essa instabilidade eh no mesmo dia, ele tem estabilidade por períodos. Eh, outra característica do borderline muito muito marcante é a dificuldade de relacionamentos mais próximos. São pessoas muito inteligentes, são pessoas muito eh que na na forma social se dão muito bem, mas nas relações mais íntimas fica muito difícil, porque são pessoas que elas precisam se validar no outro, então elas têm uma tendência a depender da aprovação do outro. Uhum. Por isso medo da rejeição, muito medo da rejeição. E são pessoas que têm uma autopercepção muito depreciativa do tipo, não se vem como são, se vem sempre menos, sempre muito menos e que tem uma impulsividade muito grande. E uma dessas impulsividades, muitas vezes, é quando essas pessoas têm essa questão da automilação, eh, dessas tentativas de de autodestruição, né? Então, é, é uma personalidade instável, mas é uma personalidade, por exemplo, muito boa de coração. E tem muita gente que não acredita nisso. É, faz todo sentido. A a impressão que eu tenho do do Benar, me me corrija se eu tiver errado, é uma impressão de que são pessoas que sempre buscam uma intensidade muito grande em qualquer área que seja, assim. E a a imagem que me vem na cabeça, por exemplo, é Andrea Suraque. Uhum. Que ela tem transformticada. Eu, se eu não me engano, ela disse, ela falou que tem, ela realmente tem borderline e ela é uma pessoa que ela é intensa em tudo que ela faz. Então eu lembro que ela antes ela era uma uma mus ali há muito tempo atrás, né, que e ali do pânico na na na Band e tudo mais se ficava aparecendo ali e depois ela entrou, ela abandonou tudo e entrou pra igreja. Sim. E ela foi com a mesma intensidade que ela tinha antes, só que otra área. E você estabilidade, ela começou a vivenciar a questão da igreja e tudo era isso e começou a a dar da dar a pregar e tudo mais. E nossa, uma coisa com muita força e agora abandonei tudo isso. E depois abandonou a igreja e foi com a mesma intensidade para outro para outro lugar ali de produção de conteúdo adulto. Eu vi esses dias a André Surak falando que tava fazendo um um conteúdo, o o nível de da intensidade com o próprio pai. Uhum. E e com a sogra. Ele estava fazendo um conteúdo com o pai e com a sogra filmando e daí era o pai eh tendo relação com a sogra da André Surac, uma coisa de doido. E a André Surque, o filho dela tá envolvido também na na nas gravações assim. Então é tudo tão intenso que eu sinto que a pessoa, por mais desconfortável que seja essa intensidade, a pessoa sente um certo conforto eh cognitivo de estar vivendo uma coisa intensa. Eu imagino, me cor se eu tiver errado, que deriva de traumas isso daí. Eu acho que com certeza você, em geral, a gente vê uma uma história de traumas infantis, de abandono ou negligência, tá? Ou abuso. A gente tem essas questões que é muito comum. Eh, mas quando elas, é tão interessante, você falou da intensidade, é porque é tão difícil para eles terem uma estabilidade que qualquer coisa que faça sentido em algum momento, é como se eles tivessem que mergulhar profundamente daquilo e fazer daquilo umas quase um modo de viver. Hum. Então são pessoas que aderem muito facilmente a a seitas, a a coisas que pra gente a gente fala: “Nossa, é um exagero”. Sim, mas talvez exatamente por não ter essa sensação de de ser uma pessoa inteira, é como se precisasse de algo, ou cognitivamente ou afetivamente para existir. Mas é importante a gente falar isso, que isso é é o border sem tratamento. Ah, tá. Porque eu conheço pessoas com borderline que eh fizeram melhor tratamento para border. É um tipo de terapia chamada dialética. dialético. É, é uma variação da cognitivo comportamental, mas que pros borderlines a dialética ela se ela é, vamos dizer assim, a mais cientificamente provada que melhora, porque é como se você ensinasse para ele os valores, quem eles são, qual o limite que ele tem com o outro, descobrir quais são os talentos, porque assim, o border é muito intenso. Então, quando ele tá sobe, começa a descobrir seus potenciais e suas vulnerabilidades, ele não faz uma coisa pela metade, ele faz inteiro. Foi o que você falou, ele vai tão intensamente que você fala assim: “Como é que essa pessoa conseguiu e tão profundo nesse assunto?” Ela consegue, é ela ou ele também, né? Porque a gente fala muito de mulher, mas tem homens também, não é? A maioria. O o borderline também, olha que engraçado, eles são muito bons atores, né? Maravilhosos, muitos atores. O Jean Carry é tem borderline. Por que que eles são tão bons atores? Examente. Vamos raciocinar uma coisa. Se você dentro do transtorno de personalidade borderline, você tem esse vazio de se reconhecer como uma pessoa inteira, por isso a dependência eh do outro ou de crenças, né, para poder dar uma sustentação, isso para um ator é maravilhoso, porque se eu não consigo ter uma identidade, quando eu pego um papel, eu serei aquele aquele personagem. Caramba, eu posso assumir, eu serei. Eu não interpreto, eu sou aquilo. Por isso que as melhores atuações, disparadamente, são das personalidades border. Eu brinco que se não fosse o borderline, Hollywood teria outra história, seria outra história, entendeu? muito interessante, porque a pessoa, por ela não ter uma personalidade assim bem bem delimitada, estrutura, essa coisa de saber quem se é, o que para o que se destina, é como se existisse um vazio, até por conta desses traumas, né, desses abusos. Eh, é como se fosse um oco. Então, é como a pessoa precisa fazer uma conexão com crenças ou com outra pessoa para validar que ela existe. Agora você imagina isso quando você ganha um personagem e aí esse personagem chega para você, ele olha aquilo, ele vai ser aquilo. Que interessante, meu. Então, é muito muito comum o o ator ou atriz borderline eh ter um fazer de tão bem um personagem que quando acaba aquele personagem ele leva um tempo ainda sendo aquela pessoa. Mergulha completamente. Mergulha completamente. Eu eu tratei vários atores e atrizes, nunca divulguei nome, não divulgo, que eu acho que isso quando vazou alguma coisa, porque eles falaram, quiseram falar, mas isso nunca nunca aconteceu. E eu me lembro que os funcionários que trabalhavam, teve algumas que que o funcionário ligava assim: “Doutora, só para dizer que a novela acabou, mas aqui em casa ainda continua”. Caramba, meu. O café da manhã, a pessoa não consegue desligar ali, né? O café da manhã ainda é o do personagem. Ainda o personagem. Caramba, que doideira, hein, meu? Então, assim, eh, o transtorno ele, você falando assim, não sei se eu posso dizer dessa forma, mas ele ele ele o transtorno, a palavra transtorno é quando está atrapalhando exatamente a sua, o seu, né? Examente. Por exemplo, porque qual é o o critério para você dizer que a pessoa tem um transtorno mental? quando traz transtorno para a vida a sua ou das pessoas ao redor. Uhum. E o critério de tratamento também é isso, porque tem um outro conceito em transtorno mental felinte, o espectro, tudo na no transtorno mental vai desde um traço. É algo que lembra, mas não chega totalmente a a dar um diagnóstico. Tem gente que tem traço border, mas não é border. Hum. Hum. Porque para ser, eu tenho que ter uma intensidade, eu tenho que ter uma frequência, eu tenho que ter um prejuízo. Uhum. Tanto na minha vida pessoal, quanto na minha vida profissional, quanto na minha vida social, entendeu? Se não tiver prejuízo, prejuízo daí não é um transtorno, né? Não é um transtorno, é uma personalidade. São traços de personalidade. Exatamente. O você falou sobre o autismo, o hoje o homem mais rico do mundo, El Musk, ele disse que ele tem Asperger, né? Exatamente. Que nem se usa mais, né, o termo. Até porque ASP foi um cara aí muito que hoje tá hoje está cancelado no sentido, não foi um cara bacana, o perder. É, eh, então não se usa, mas foi a pessoa que descobriu isso. Hoje a gente falaria de nível um do espectro autista. Nível um. É por quê? porque são pessoas que têm dificuldade de socialização, eh, mas, eh, não tem nenhuma limitação intelectual, por exemplo. Então, e muitos, não é a maioria, podem até oo contrário, como eles têm É tão interessante que o cérebro no autismo, o cérebro quando vai se formando, ele vai com 5 meses, o cérebro tá todo formado. Depois corre, ocorre uma coisa chamada lapidação, como uma obra. A obra acaba, aí eles ficam um tempão, né, tirando o excesso de de massa, de pintura, tá, tá, tá. O céreo passa por isso até a gente nascer. nesse processo de poda, digamos assim, eh várias coisinhas que eram para ser podadas continuam ali. Então esse excesso de material acaba criando uma dificuldade de coordenação das informações. Então, por exemplo, existe uma coisa pra gente socializar, a gente tem que fazer a leitura do outro. Hum. Por exemplo, tô aqui conversando com você. Eu leio a sua face, eu tenho uma noção se você tá entendendo o que eu tô falando ou não, se tá em fadonho, se eu tô muito rápida. Isso é uma coisa que o cérebro faz automático. O que acontece no autista é que ele leva mais tempo para fazer essa leitura, essas microexpressões que a gente faz. Não é que ele não faça, ele faz, mas num tempo que prejudica a interação social dele. É um pouco mais processado alição. Exatamente. Por isso que a gente vê muitas vezes o alguém que tem tá dentro do espectro falar uma mesma coisa e você fala assim: “Nossa, mas já falou”. Aí ele repete aquilo, ele repete aquilo e a pessoa fala: “Não, essa pessoa tá fazendo isso para me provocar”. Mas não é, é uma necessidade que eles têm. de reafirmar, de organizar aquele pensamento. E também eles têm rituais de segurança, no sentido assim, eh, como eles têm uma hipersensibilidade em relação ao mundo, ao som, a excesso de de barulho, de gente, isso é muito cria muita confusão para eles. Eh, eles precisam, levam um tempo, eles precisam aquela coisa de chegar uma hora ouvir música. Eu vi uma das coisas mais lindas, né? Não sei se você conhece o Rodrigo Teaser, que é o Conheço, conheço. Cover, hoje é considerado maior cover de Michael Jackson, né? E aí eu fui a um show do Rodrigo, ele me convidou e assisti uma coisa maravilhosa na fiquei bem pertinho e tinham várias crianças autistas. Eu identifiquei de cara, hum, falei: “Nossa, mas é impressão minha”. Comecei a olhar, olhar e tinha uns que eram tão hipersensíveis, aquele som, aquilo tudo, mas tão apaixonados pelo Michael. Uhum. Eh, que eles iam com abafador de som e cantavam as músicas. E tem uma hora no show do Rodrigo Teaser que ele chama as crianças. Hum. E Michael fazia isso, né? Não sabia. Aprendia com o Rodrigo. E essas crianças sobem e cantam tudo, imitam tudo. Que fascínio é esse? dessas e vão vestidos hum de Michael Jackson. Então é uma é um fascínio e é interessante que eles vão e tem uma hora que eles homenageiam o Rodrigo falando Rodrigo e depois é Michael, Michael Michael. Que legal. E eu não entendi que fascínio é esse. Eu ainda não consegui explicar, mas eu vi isso acontecer. Eles têm um fascínio pelo Michael Jackson. Isso. E o hiperfoco ali, o hiperfoco pelo Michael Jackson e daí transborda no Rodrigo porque ele tá transborda no Rodrigo e eles vão ao show e o show demora, é um show demorado, bacana, muito bem produzido e eles curtem o tempo inteiro. Caramba, que legal, hein? Isso me impressionou assim. E eu depois eu eu entrevistei o o Rodrigo no meu podcast e ele falou várias curiosidades e ele falou que a primeira vez que ele fez isso, ele ele vou chamar as crianças como Michael, ele não sabia o que que ia acontecer. Hum. E aí depois ele foi vendo que realmente isso que eu observei lá, ele falou: “Bia, você tá certíssima. Muitos é um é um fenômeno.” E disse que o Michael tinha esse mesmo tipo de atrativo. Michel, o Michael gostava muito de crianças, né? Exatamente. Inclusive as maiores polêmicas da vida dele foi por conta disso, né? Porque algumas crianças falaram ali que o Maichael abusava delas e tudo mais, daí se pintou ele como o pedófilo, né? O Michael ele ele disse que ele sofreu examente muito por conta dessa questão do da estigma da pedofilia. Foi um sofrimento que na verdade a a fase de declínio na vida dele até a morte foi por conta dessa acusação. E interessante, né, que você vê assim o relato dos filhos. Eh, não sei, eu, eu realmente, eh, talvez tem gente fala: “Ah, talvez você seja ingênua, né?” Mas eu não acredito. Você não acredita que o Michael Jackson era pedófilo? Não acredito. Eu acho que o Michael tinha uma coisa tão infantil também, porque ele tem uma história muito traumática de de de pai, de criação. Eh, eu acho que ele em algum momento ele quis ele tinha aquela coisa de de reviver aquela infância e ele não ia reviver uma infância com o adulto, né? Eu não sei, eu ele me sempre passou uma alma delicada, tanto que você vê que ele foi definhando a partir dali a ponto de tomar propofol para dormir, né? Um anestésico que se usa em cirurgia, né? Eu acho que aquela angústia corro eu, porque se ele fosse essa pessoa tão que falam nesse aspecto, né? Não estamos falando no aspecto genial do do cantor, do compositor, do artista. Eh, ele não sentiria culpa. É, entendeu o que eu tô falando? É, ele se eu acho que quando você quando você se algum crime que você comete é exposto dessa forma, a o sentimento é mais de vergonha e não de injustiça. O Michael sentiu um sentimento de injustiça, de injustiça, né? E ele ficou tão descoordenado, né? Aquela vez que ele foi pro tribunal de pijama com guarda-chuva, você via que ele tava fora assim, né? Eu acho que para ele aquilo era que que é isso? Que que surreal é esse, né? Que coisa é essa? O o Michael, ele tem uma frase que ele diz assim: “Não adianto o que eu digo”. Porque eles optaram por por acreditar que eu sou isso. Então não adianta o que eu faço. Eles eles escolheram acreditar que eu sou isso. E ele falava e ele falava nos no digo que ele tinha, ele escrevia: “Por que que eles estão fazendo de forma muito infantil mesmo, por que estão fazendo isso comigo? Por que que eles não acreditam em mim?” Não sei sua opinião, Felca. Eu acho que não era não. Eu acho que o Michael ele tinha uma um uma talvez uma síndrome de Peterpan. Sim, sim. cara que ele queria ficar revivendo, ele queria viver uma infância que ele não teve também acho. E daí teve a aquelas questões que é você vê um homem adulto fazendo isso, é completamente questionável, completamente esquisito, que ele fazia tipo festinha do pijama com com as crianças que ele ele ele dormia, ele dormia na é como a criança, é muito comum a criança chamar para dormir em casa. v dormir em casa, vamos jogar videogame, vamos tomar sorvete. E ele fazia isso com crianças. Sim, mas eu não acho que ele tinha uma perversão, uma filia. Eu também acho que não. E se a gente resolvida? Eu acho, eu exatamente isso. Uma, uma cabeça parada no tempo que quando pôde criou a a Neverland, né? Eh, eu acho, por exemplo, se a gente for ver os grandes pedófilos, eh, é tão diferente, porque eles não têm o menor constrangimento, não tem a menor culpa, pelo contrário, né? Eh, o pedófilo e a CPI da pedofilia mostrou isso, que os primeiros são pais, padrastos, avós, eh, pessoas muito próximas. Eh, eles defendem um discurso. Eu eu vi um pai falar, tipo assim, mas se alguém ia comer, que fosse eu primeiro, tá? Um pai, meu Deus, eu não tô falando de padrasto. Então, assim, discurso eh colhido como se, tipo assim, quando era questionado, tô vendo nenhum problema, vocês estão criando problema, não tem. Meu Deus do céu, minha filha iria ser comida. Por que não pode ser comida por mim? O meu filho, meu Deus, nesse nível é uma cabeça sem culpa, é uma cabeça que vê as coisas de forma diferente, né? E eu, por exemplo, nesse aspecto, eu acho que todo pedófilo, conto mais, que que é o pedófilo conto mais? É aquele que pratica isso como, ah, mas eu dava brinquedo, não tem pedófilo que fala isso. Sim. Ah, porque eu dava, não, eu dei conforto, eu dei o picolé, eu ajudei assim, como se isso justificasse. Não, não, não entendi. A era que nem a escravidão. Ah, mas eu dava comida ao escravo, entendeu? É justificar o injustificável, né? Eu acho que o pedófilo, quanto mais ele é um psicopata. Psicopata é porque ele não tem culpa, né? E ele não consegue, ele não consegue ter mesmo a empatia de perceber que é uma criança inocente. Nenhuma, nenhuma. E não é só a criança, né? Você hoje você tem tráfico de criança e a gente sabe que por isso que é tão grave essa questão da pornografia, porque eh o que eu vi durante toda a minha vida que a pornografia começa num vídeo, daqui a pouco aquele vídeo não satisfaz mais. Uhum. Aí vão para vídeos mais sofisticados. Por quê? Porque a pornografia eh é um dos vícios que libera dopamina mais rápido. Sim. Então, que que acontece? Que se aquilo libera muito rápido, chega uma hora que você precisa de maiores estímulos para liberar mais rápido. Uhum. É, é a tal da dopamina barata. Eh, chega uma hora que começa a se inventar situações e aí se chega muito facilmente a pedofilia. Hum. E o que é mais grave, né, quem trabalha eh com a pedofilia, aquele filme Grito de Liberdade, A Voz da Liber Grito da Liberdade, eu não sei, acho que não sei o nome, mas eu sei. Ele fala sobre tráfego. É, é, aquilo é uma verdade. Aquilo é uma verdade absoluta, entendeu? Então assim, eh, eu eu tenho uma amiga, a delegada Paula Mari, que uma época era dentro dos crimes de pedofilia infantil, pedofilia, né, já infantil. Eh, e ela hoje ela tá na da parte de ambiente e ambiente e de salvar os bichinhos silvestre. Mas ela teve que tinha dias que ela ligava e falava: “Hoje eu vi isso, isso, isso”. E quando ela uma vez falou assim, você não acredita hoje uma imagem de sexo com um bebê de 8 meses tá valendo R$ 50.000. Isso é uns se anos atrás, antes da pandemia. Eles fazem vídeos. Vídeos é pornografia, aquele é pornografia infantil, né? Exatamente. Eles fazem vídeos e vendem essas imagens por R$ 50.000. Isso tudo na na deep web ali, em fórums e tudo mais, né? Ex. Não, mas uma coisa assim e muita gente grande envolvida, é mesmo, de coisas que ela contava com amiga, como até porque é muito pesado isso, né? E eu me lembro que teve uma vez que eu falei assim: “Ai, Paula, hoje eu não tô podendo ouvir também, não tá, tá doendo, né?” Eh, e pessoas grandes assim de ambiente jurídico, ambiente político, muito pesado. Por isso que eu tô falando, eu não vejo Mac com essa frieza. Não, não, eu não vi. Eu vi um homem se definhar com isso. E é muito comum a pessoa que que é pedófilo, é muito comum ele fazer isso de forma escondida, né? Sempre. O Michael ele criou um parque de diversão, né? Exatamente que as crianças iam lá, os pais liberavam. Uhum. Era, não era escondido, ele não roubava nenhuma criança. Sim, né? É. E vou falar, meu, tudo que a mídia, a sociedade fez com Michael, não, assim, é, é, é mais crença, né? É mais opinião, porque a gente não tem como saber a verdade. Como? Por isso que é, mas se ele não era pedófilo, a sociedade, a mídia falhou miseravelmente para porque mataram Michael Jackson. Exatamente. Eu eu acho que e pensa bem, na naquela época do Michael, eh, você tinha poucos artistas de projeção mundial. Sim, né? Era 5, 10 que tinham, mas ele era o maior de todos. Uhum. Eh, é como se tivessem criado um produto maravilhoso, mas não tiveram pena de matar esse produto. É, nem respeito, porque assim, provado, provado, não me conste que foi provado nada. Eu acho que ele tentou ali num provado que eu digo assim com filmagem, porque a gente sabe que pedófilo, como é que a Polícia Federal pega pedófilo? Porque eles vivem fazendo filmagem, porque a filmagem é matéria de material de venda. Sim. E tem muito conteúdo no HD, no computador, muito fácil de achar, né? O cara, o cara que é pedófilo, ele é psicopre. Exatamente. Ele e aquilo ele tem uma compulsão e aquilo é uma coisa que não é só compulsão, também é é o ganho. É uma coisa. Então assim, eh uma menina quanto mais nova, virgem, vale uma fortuna. Isso assim é é quase como se fosse uma escravidão. Então eu não tenho dúvida que a gente tá falando aqui agora. Eh, tem muitas crianças sendo traficadas e o que é pior nas áreas mais pobres, Norte, Nordeste, às vezes até no Sul, tem mãe vendendo, permitindo que isso seja feito, né? Eh, para ganhar dinheiro. É, isso é um fato. É terrível, né? Eu imagino como fica a cabeça de quem investiga isso ou mesmo psiquiatras, como que fica a cabeça mente ali, né? Porque é é tão sujo, é tão sórdido, né? Como que pode em que ponto que os que a maldade do ser humano chega nesse ponto? Sabe em que ponto que a gente que errou como humanidade? O ser humano é mal por natureza, mas isso é demais, sabe? E mas assim, Felca, ao mesmo tempo ainda é uma minoria. Eu eu eu gosto de falar isso porque assim, o percentual de psicopatas, o que que é a psicopatia? É um transtorno de personalidade no qual o outro é um objeto de uso, seja para poder, para status ou para diversão. Uhum. Isso é feito sem culpa, sem arrependimento, sem nada, né? Então é um transtorno do não sentir. Eu não sinto nada. Se eu não sinto nada em te usar, eu não tenho culpa. Hum. E por isso que eles repetem. Porque assim, por que que todo psicopata se repete? Porque a memória da gente, ele tem um sensor que quando a gente faz alguma coisa errada, cria um sistema límbico de constrangimento, de mal-estar para você não repetir. Se eu não tenho esse sistema límbico que detecta o erro ou o arrependimento ou o remorço ou a culpa, eu vou fazer de novo. O psicopata ele não tem sentimento nenhum. Depende do nível, né? tem o sentimento a ele, o ego, o a raiva, a cura, esse sentimento. Isso sim. Ele não tem um sentimento pelo outro. Ele não tem empatia, nem compaixão nenhuma. Então o outro é objeto. Agora você tem graus. Quando você fala, por exemplo, de um estelionatário, ele tem prazer em dar golpe e contar. Es, não sei se você já viu um estelonatário que deu golpe, esse golpe e de telefone, de sequestro, tô com teu filho, não sei quê. Eh, ele depois vai para um bar e conta isso do tipo assim, otário caiu, pediu para cair. Ele realmente acha que é como se ele se achasse um ser superior e por ser superior ele pode fazer isso, porque o outro pede, né? Ele fala muito isso. Pediu para ser otário, pediu. Entendeu? Ele tem orgulho. Ele tem orgulho. Todo psicopata é narcisista no sentido de se achar. Uhum. Mas nem todo narcisista é psicopata. É importante falar isso, né? Porque para ser psicopata tem que ser narcisista e perverso. Perverso também. Se você não for perverso, você já é mais um narcisista. Talvez o o a psicopatia exige a perversão. Exige a perversão. Exige o prazer com se dar mal do outro e dependendo da gravidade. Por exemplo, um cereal killer, né? Eh, o prazer dele não é exatamente matar, ele tem um ritual de tortura, de domínio da vítima. A vítima sofre muito antes de morrer. Eh, porque o que dá gozo pro psic, proial killer, não é o ato de matar ou eliminar aquela pessoa, é o ato de subjugar e decidir a hora que aquela pessoa deixa de existir. Tanto que o Ted Band, que foi durante muito tempo dos maiores e calquiller dos Estados Unidos, hoje já tem outros que passaram, mas durante muito tempo foi um foi o maior, ele dizia que no tribunal ele falava assim: “Eu sou Deus”. Aí o juiz chegou e falou assim: “Mas como você é Deus?” “Ué, eu decido a hora que a pessoa vai morrer. Quem decide a hora da pessoa morrer é Deus.” E ele falava isso como se fosse um galã. E o o Ted Band foi o primeiro e foi no quando a televisão começou a existir e aí o caso começou a ser televisionado. Ele sacou que ele podia usar a televisão, que hoje seriam as redes sociais para criar um um discurso de que ele era vítima e ele era um cara bonito na época, pro padrão da época. Você não tem ideia das doações das mulheres para pagar os melhores advogados, que ele pegava o dinheiro para fazer fugas extraordinárias, porque ele ele tirou todos os advogados, depois ele fez a defesa dele. Caramba, ele é muito interessante a história. Ele era muito inteligente. Cognitivamente eles são inteligentes, ou seja, eles sabem o que fazem, com o que fazem e na hora que fazem. É tudo eh não tem um acaso. O pedófilo, por exemplo, quando ele vai pegar uma criança, ele sabe quem é o pai, ele sabe quem é a mãe, ele sabe o horário que a criança chega, a escola que estuda, tudo, o que gosta, o que não gosta, tudo investiga a vida da da vítima, tudo não é nada por acaso. Não é assim, ah, foi ali na esquina. Uhum. Não, não foi. Então assim, é calculado, porque tem gente que fala assim: “Ah, coitado, eu já recebi mensagens assim, coitado, mas de repente ele tem um trauma e ele faz isso porque ele não se controla”. Um psicopata ele calcula o que ele faz. É, é, é muito calculado. É muito, ele manipula, calcula e faz direitinho. Não é o acaso. E o sentimento dele, pelo que pelo que você me falou, é um sentimento de dominação mesmo. Ele não tem prazer sexual, talvez. É um sentimento, mas não é o sexual como a gente. Ah, é? Não, o prazer que seria parecido com sexual é o de dominação, é de ver o outro sofrer. Eh, tanto que a Mário de Sirial Killer, eles não, se a vítima não implora para viver, ele não gosta muito. Ele quer aquela subjulação mesmo. Pelo amor de Deus, não me mata. Aí ele vai torturando, ele vai deixa e de uma maneira como se fosse um game. Hum. É como ganhar um um ganho. É uma cabeça completamente diferente. É incompreensível para quem não é. É, é difícil de compreender. Eu me lembro que Mentes Perigosas foi um livro difícil de escrever. Mentes Perigosas. Esse livro você relata, você fala sobre a os psicopatas, os serial killers e tudo mais. Exatamente. Exatamente. Com casos verdadeiros. Eh, e foi dificío, talvez tenha sido o livro mais difícil de escrever, porque todos os outros livros, por exemplo, quando eu escrevi Mentes e Manias, eu falava assim: “Como é que eu posso fazer para me botar na posição de alguém que tem toque, transtorno obsessivo compulsivo”. Então eu comecei na quando escrevi a criar rituais de tipo assim, toda 10 10 páginas que eu escrevo, eu tenho que ir na cozinha, abrir e fechar a geladeira três vezes, tomar um duas garrafinhas de água. Uhum. Gente, no no segundo dia eu não conseguia mais fazer o ritual, porque eu falava: “Ih, caramba, esqueci o ritual, eu tinha que fazer o ritual”. Mas eu sofria com aquilo falei, eu tentava sempre experimentar um pouco daquilo que eu tava escrevendo, assim dentro do que eu podia. Quando eu fui mentes perigosas, eu falei: “Não tem como eu vou ter que entender isso racionalmente, mas eu não tenho como sentir isso. Consigo, era impossível”. E dava uma certa revolta assim, sabe? E e ter que ler cada vez mais e fal: “Meu Deus, o que que é isso?” Isso aí que você vai entendendo que é o domínio do outro, é uma coisa tão animal, é como uma fera que domina, por exemplo, é como um, você já viu um tigre, por exemplo, rodeando um alce, sim, ele vai rodando, né? Ele vai quase que penizando, ele vai fazendo uma coisa eh que pro ataque e de repente quando o animal vê, ele já tá v, ele já pegou. É uma coisa bem animal. Ô Bia, quantos é muito comum o psicopata, quantos psicopatas a gente tem ao nosso redor? Assim, existe uma porcentagem, existe uma um percentual, se a gente for levar em consideração todos, tá? Leve, moderado e grave. O grave são esse são o serial Kil é grave, gravíssimo. Você tem o moderado, que eu digo que são esses caras de golpes milionários, desvios de verba, corrupção, corrupto quanto mais é um psicopata moderado. Isso é moderado. E tem o leve, que eu digo que o historianatário é leve, ele acaba com quantas vidas? Sim. Quando ele dá o golpe lá nos aposentados. Uhum. Né? aidinha do banco. Mas esse é o psicopata que eh já comete crimes. Sim, sim. Existem muitos psicopatas que não que não são pegos, né? Que não são pegos. Existem muitos psicopatas que tá no nosso dia a dia ali, às vezes ocupa um cargo de poder, um pastor, alguma coisa assim. Mas esses psicopatas são filhos, são namorados ou são namoradas, eles têm relacionamento, às vezes são pai. Como que a gente pode se preparar, se resguardar às vezes de um psicopata no nosso trabalho, às vezes nosso patrão, às vezes nosso colega de faculdade, como identificar e como se resguardar dessa dessa dessa questão do do psicopata no nosso convívio? Como identificar? Você vai ter que observar o que ele faz e não o que ele fala, que o psicopata é bom de falar. É, por exemplo, um político muito corrupto, né? Eh, e geralmente quando alguém fala, fala assim: “Ah, ele é ótimo, uma simpatia. Conheci ele, falei: “Gente, mas sempre vai ser, né? Eu sempre digo, não olho pro que a pessoa fala, vê o que ele faz, como ele trata as pessoas das quais ele não depende de nada.” Hum. Por exemplo, eu me lembro que uma vez eu desmanchei um namoro porque o cara era muito bom de papo, tá? Tá, tá. E ele foi, deu o carro pro, pro guardador do restaurante guardar e ele falou: “Vai entrando para escolher a mesa”. Eu falei, fui entrando. Aí eu esqueci a bolsa que eu sou, tenho TDAH, esqueço mesmo. Voltei. Quando eu voltei, ele tava humilhando o guardador, achei aquilo tão estranho. Aí sentou na mesa e não falou nada como se nada tivesse acontecido. Mas mas do tipo assim, cuidado, bota uma coisa para sentar no meu carro, porque o meu carro você trabalha a vida inteira e você não vai comprar esse carro. Tinha menor necessidade, caramba, de fazer aquilo. Nenhuma. Como assim? A bunda do cara ia sujar o carro dele. Sim. Couro sujo. E para você era um querido maravilhoso. Tava achando aquilo ali, achei aquilo. Falei: “Não, mas ele vai me explicar. Deve ter acontecido alguma coisa. O cara xingou ele, sei lá, eu ele pegou o cara, sei lá, pegando, arranhando o carro, alguma coisa. Aí não falou nada a noite inteira. Afinal, eu falei assim: “Você teve algum problema com guarda?” Não tive nada. Ele não viu que eu fiz o movimento de voltar e assistir. Nunca mais. Eu dei um perdido nunca mais. É. Aí a pessoa, mas Bia, só por isso? Falei, só por isso. Isso revela as pessoas. Com certeza. Se as pessoas ficassem atentas aí, né, existe muito uma questão assim, quer conhecer uma um um bom namorado, observa como que ele trata a própria mãe. Trata mãe. Exatamente, né? Eu acho que talvez foi você que disse isso. Não, eu lembro de ter visto isso agora. Eu teve eu eu tenho um amigo eh muito eh muito bacana. Eh, e ele ele ele é gay. E ele namorando um cara um dia, ele chegou, o cara, ele foi pro ele, ah, vou tomar banho, não sei que lá e tá tomando banho, tá ouvindo assim, eu já te falei, [ __ ] que eu não vou voltar. Ah, larga no meu pé, [ __ ] Mas eu trouxe assim, ele aí ele saiu do banho, falou assim: “Nossa, estava falando com quem?” Ele falou: “Não, tava falando com a minha mãe que fica me enchando o saco”. Ele falou assim: “Bia, ali, eu falei, tô com uma dor de cabeça ele para mim, nunca mais quero saber.” Depois ele trata assim, a mãe minha vez. Pois é, porque com passa o tempo, acaba a paixão, a pessoa começa a, igual você falou, né? Muito bem. Você é aquela questão de quem? Não dependo, eu não sinto nada. Agora o meu parceiro amoroso ali ainda tem uma fase de conquista. Ainda tô, ainda tô ligado, ainda tô ligado. Mas perdeu, conquistou, chegou, começou a morar junto, daí acabou, daí começa a agressão física, daí começa a virar, vivo. A escalada do uso, né? Hum. O que que é uma relação tóxica? A escalada do uso. Nenhum relacionamento tóxico, Fel começa mal. Hum. Começa bem. Por quê? Tanto começa bem, que a gente chama o bombing love, né? Tipo assim, geralmente um narcisista, um psicopata, quando começa a seduzir alguém, ele você olha, fala assim: “Gente, é maravilhosa essa pessoa, essa mulher, esse cara, eh, porque ele faz tudo, ele tem aquela coisa de fazer tudo, ele te estuda para te agradar.” Sim. Aí que que acontece? Ele vai, quando sente que você tá conquistado, ele começa a testar. Ah, eu vou dar um perdidinho, eu vou dar uma sumida. Aí ele começa a testar o quanto você aguenta esse abuso. É um prazer para ele isso. Exatamente. Tipo assim, ah, dá uma traiçãozinha aqui, ali, aí bota culpa no outro, nunca é culpa dele. Aí daqui a pouco isola a pessoa das outras pessoas. Eh, começa a dizer: “Essa roupa não tá adequada, isso não tá assim”. começa a dizer o que que é certo, o que que é errado e chega uma hora que a pessoa se habitua. E por que que a pessoa fica? Porque ela fica pensando o seguinte: “Nossa, mas no início era tão bom”. Hum. Preso no passado. Pessoa fica na esperança de que aquela fase super bacana vá voltar. E existe, eu imagino também um sentimentozinho quando a pessoa e é meio agressiva, é meio controladora, um sentimentozinho de medo também do termo, né? Porque você mesmo no seu no seu orçamento que você teve você percebeu que o cara não era bacana, não com você, mas com outra pessoa. Falou: “Esse cara pode ser assim comigo um dia ou se ele é assim com alguém, ele é assim, ele pode ser assim. Ele se mostrou capaz de fazer isso, muito natural daquela, ele foi muito natural naquela forma que era dele. Daí você se afastou naquele momento. Existem pessoas, mulheres, homens que ficam presos nessa teia por muito tempo. O que que você diria para uma pessoa que vive um relacionamento abusivo ou tá começando a achar relacionamento abusivo e tá pensando se sai, se termina? O que que você diria para essa pessoa? Olha, se esse se essa pessoa é uma pessoa abusiva, não é abusiva só com você, é abusiva também com já foi abusiva com outras pessoas, é abusiva com pessoas que convive. Então não se iluda. Essa pessoa não vai mudar por você ou através de você. Uhum. Se um dia tiver que mudar, mas não será. Porque o grande erro das pessoas que ficam numa relação abusiva é que elas acham que por amor elas vão fazer isso ou aquilo que vai sensibilizar o outro mudar e voltar a ser o que era no início. Só que tem que aquilo no início não era, era tática sim de sedução. Caramba, é muito doida a mente humana, né? É. E se você tiver uma pessoa que teve uma infância, eh, onde o, o abuso era comum, não tô falando só abuso sexual, mas o abuso e a negligência como criança foi negligenciada, eh, foi exigido coisas daquela criança que era coisas de adulto. Essa criança já aquilo já é familiar também. Sim. E o cérebro é uma maquininha muito bacana, mas ela é muito ruim para ser mestre, ela é boa para ser soldado. Que que significa? Ele trabalha muito simples. Ele trabalha assim: “Eu vou fazer tudo que é familiar, eu repito, porque gasta menos energia”. Você imagina uma máquina que tem que coordenar o o sistema circulatório, respiratório, digestão, tudo imunológico e mais o que a gente pensa e mais o que a gente faz e mais a nossa atividade física. É uma loucura. Uhum. Então ele ele preza por fazer circuitos simples e que ele possa repetir. Hum. Para economizar a energia. O hábito, né? Exatamente. O hábito, ou talvez não o hábito, que o hábito a gente constrói, mas aquilo que que foi talhado na infância, que é aquela hora que o cérebro é muito ávido de aprender, ele tende a repetir. Então, se você na infância tem um pai abusivo, seja psicológico, seja eh sexualmente, seja eh materialmente, quando isso ocorre na vida adulta, aquele padrão é familiar aquele cérebro. E a gente só muda isso quando a gente descobre que nós não somos o nosso cérebro. Porque, por exemplo, aquela coisa, penso logo existo, é bonito, mas tem um erro, porque não é penso, logo existo, eu sinto, logo existo. Hum. Porque existe um sentir acima do que eu penso. Sim. O cérebro gera os pensamentos, mas não tem opção de pensamento que você tem que você fala assim: “Que merda de pensamento é esse que eu tô tendo?” Uhum. Às vezes você não fala assim, gente, queria matar aquela pessoa, você fala que é isso? Sim. Você estranha seu pensamento, então você não é o que você pensa só. Uhum. Você é a reflexão que você tem sobre seus pensamentos. Isso chama consciência. Então, quando você descobre isso e você descobre que num relacionamento abusivo você tá repetindo padrões e você consegue falar assim: “Cara, mas eu não sou esse padrão. Isso é uma construção, um circuito. Eu tenho que abrir outros circuitos. Porque o cérebro é como se fosse uma floresta de circuitos. Quando eu começo a ter relações boas, eu começo a criar novos caminhos e posso fazer bons hábitos. Uhum. Aí a pessoa, tanto que tem pessoas de relacionamento abusivo que levam um tempo para identificar o que que é um relacionamento legal, porque começa a ter um relacionamento legal, começa a ficar com pé atrás, tipo assim, por que que você tá me tratando bem? Aí você fala assim: “Exatamente, porque aquele cérebro tá condicionado a ser maltratado.” Então assim, mas por que que você gosta de mim? Mas por que? Entendeu? Hum. Porque é um padrão que o cérebro tende. Então a gente tem que entender que nós somos muito mais do que o nosso cérebro. Quando a gente entende isso, isso precisa de conhecimento. Você não entende isso do nada. É o que eu sempre digo, se você tem dúvida, se você é o seu cérebro, vê os pensamentos que são ruins e que você fala: “Cara, eu não penso isso”. Hum. Isso é um outro nível. Isso é a tua consciência. Eu brinco que a tua consciência é um drone que te vê daqui. Acredita nisso que te vê daqui. É, faz sentido. O você falou sobre essa coisa do conforto, um conforto cognitivo ali, né? Eu eu eu estou acostumado em ser maltratado na infância, então para mim é aqui é onde eu consigo dominar melhor, por mais que seja versível, aqui eu tenho domínio, né? É útil então a gente tá escolhendo um parceiro amoroso, a gente olhar para como que funciona a personalidade dos pais. Às vezes o pai é narcisista, a gente já fala: “Opa, existe essa tem, é útil isso pegar, tô conhecendo uma menina, a mãe super narcisista”. Opa. Então, acho que talvez a a a menina que eu tô conhecendo pode ter eh se acostumado a esse funcionamento, pode reproduzir ou pode reproduzir um funcionamento ter sido vítima desse narcisismo, porque o narcisista negligencia os filhos e e filho e filhos de pais narcisistas, eles tendem a ser narcisistas também ou borderline ou eles podem, é uma possibilidade, não é uma fatalidade. Sempre digo o seguinte, o componente genético traz uma possibilidade, mas não uma fatalidade. Fatalidade você tem, por exemplo, eh eh com coisas muito raras, com coisas genéticas muito raras. A grande maioria das coisas a genética traz uma tendência, mas em sabendo disso, eu posso reverter essa tendência. Por exemplo, filhos de narcisistas em geral foram negligenciados na infância. Porque aquele pai, eu tinha um um casal que o casal era narcisista, os dois. E os filhos todos foram negligenciados porque era assim, eles estavam tão preocupados, narcisista de era forte, era forte, um caos. Porque imagina eles, pessoas eh maravilhosas, entre aspas assim, vaidosíssimas, as crianças estavam nem aí. se criaram com boas babás. Graças a Deus. Nós temos isso no Brasil que eu acho que traz uma diferença de lá de fora. Eh, mas eles eles estavam sempre viajando. E os filhos já tá lá, eles não tinham. E eles estavam mais preocupado em qual a roupa, nova coleção de não sei o quê, eu tô mais bonito que você. Assim, uma coisa nesse sentido, quem aparecia mais que o outro. E desse foram três filhos. desses três filhos, um reproduziu essa coisa narcisista. É, os outros dois foi totalmente oposto. É mesmo? foi totalmente oposto. Esses os outros dois sacaram aquilo e conseguiram manter uma distância do pai e a mãe assim, respeitavam, mas assim, não tinham nenhum vínculo do tipo, eh, eu não tenho não tenho nenhum tipo de respeito especial por pessoas que eu vi poucas vezes, né, na vida ou que nunca tava numa festa da escola, nunca tava para acolher um choro, né? Tavam em festas, né? eh se exibindo. Então, pode ocorrer isso que eu falei, dos três, dois eh tiveram muita dificuldade de escolher parceiros eh e parceiras porque eles estavam acostumados a ao abandono, a distância, a rejeição. Então eles se acostumaram. E o outro que pegou mais essa tendência de de narcisista mesmo, esse não. Esse achava maravilhoso. Se dava muito bem com os pais, porque eles falavam sempre sobre, ah, mas você precisa da nova coleção de não sei o quê, pô. Você precisa, você tem que trocar esse carro porque esse carro você chega no lugar, não tem valor nenhum. Você Então você pode acontecer. Eu ouvindo você falar assim, é bom ser psicopata, é bom ser narcisista. Parece que é tão simples, né? Porque a empatia machuca às vezes, né? Você ter empatia por alguém, por exemplo, você sentir as dores do outro, você tá sentindo dentro de você as dores do outro. O psicopata tem até uma frase do do Fernando Pessoa que diz assim: “Eh, vence quem não sente”. Quanto menos se sente, mais você fica por cima das situações. E e vendo você falar, parece que a vida do psicopata, do narciso é tão simples, se preocupar consigo próprio, com roupa, vai pisando a cabeça dos outros, vai fazendo as coisas. Como que você vê assim, como que você enxerga essa questão? Eu vejo assim no mundo que passar por cima dos outros tão competitivo, eh, traz vantagens, eh, ser psicopata deve ser muito fácil, porque eu eu passo para trás de uma pessoa, eu puxo o tapete de alguém para subir numa empresa. Eh, mas ao mesmo tempo tem uma frase que eu acho fantástica, eu não sei de que autor é, que diz o seguinte: psicopata, pensa assim, ele sabe a letra da música, mas ele não sente a melodia. Hum. Então, assim, eu eu me eu me fiz esses questionamentos quando tava escrevendo. Falei, gente, deve ser bom porque a gente não sofre com nada, né? A gente não sofre com bullying que a gente sofre ou sofreu, a gente não sofre sofrer com a injustiça. Mas também a gente não sente. Imagina, você gosta de música? Gosto. Você imagina você não sentir uma coisa com a tua música? Eles não sente. Imagina você não sentir eh tesão por est fazendo uma coisa legal que que que é só seu. Por exemplo, eu sempre fui voar de gente. Eu adoro observar. Eu quando viajo, eu não quero comprar nada. Eu quero ficar no lugar onde eu posso observar como é que as pessoas daquele lugar funcionam. Eu tenho que até ser um pouquinho mais educada, porque quando eu vou ver, eu tô tão assim que a pessoa olha para mim, eu fico que eu tô olhando para outro lugar, sabe? Porque, tipo assim, que invasão é essa? Eu sou aquela pessoa que eu tenho binóculo dentro de casa e telescópio para poder uma vez eu vi um cara espancando a mulher no jantar. É o Morava e Panema de de de binóculos. De binóculos. Tava tá, mas nunca não foi com essa intenção. Eu gostava de ficar olhando pedacinho de céu ali. Tá tá tá. Aí eu pá, cara, uma mesa de jantar super bem posta do outro lado da aqui tava meu prédio, o outro lado assim eu nunca tinha visto nada. Daqui a pouco, eu não sei se o cara tava drogado, esse cara pegou a mesa e v arrancou tudo, tudo quebrando e e a mulher falando: “Pera aí, para ele embulachava, a mulher começou sang”. Eu na minha mãe liguei pra polícia, eu era casou, eu liguei e vi, aí fiquei olhando a polícia foi um show, rapaz, um filme na vida real. A coisa depois se repetiu porque eu acho que ela tinha ali era uma relação abusiva. Depois eu fui verra, mas eu me lembro que meu marido falou o que você tá fazendo? Eu falei: “Você não tá acreditando que que eu tô vendo se lá”. Aí ele falou: “Pelo menos apaga a luz porque daqui a pouco vão ver que você”. E eu me lembro que ainda era uma época que as pessoas falavam assim: “Não se mete, não se”. Mas eu não tinha como me meter naquilo, por isso que eu tô falando, eu não tinha como não sentir aquilo. Se ela resolveu continuar com ele, tudo bem. Mas eu eu não podia dormir com sentimento de que alguém estava sendo eh covardemente espancada. Eh, e eu não ia fazer nada porque assim, me cabe fazer o que eu pude fazer. Se aquilo ela ficou, já é algo dela, né? Uhum. Eu eu só fiz assim, mandei um bilhete anônimo pelo porteiro que conhecia o porteiro do outro lado. Procure ajuda. T t t. Não sei se ela procurou. Não necessariamente comigo. Botei lá a delegacia de bulet. Botei. Eu fiz, eu me lembro que eu fiz as instruções. Mesmo no caso, né? Eu acho que eu fiz o que eu tinha que fazer. Talvez eu tenha feito pra minha consciência, né? Um psicopata observando essa cena, talvez ele ia se divertir, né? Esperar esperar que batesse meu mais, né? Acho que sim. Que doideira. Eu acho que ainda faria assim, é burro porque devia ter usado esse golpe porque era mais violento. Devia ter batido escondido. Por que que ele tá batendo em público? devia ter batido com uma toalha molhada para não deixar marca, provavelmente. Então assim, por mais que se pareça ser mais interessante ser psicopata, eh eu não gostaria, porque eu acho que as coisas mais interessantes, sei lá, eu sou uma pessoa muito emotiva, assim, eu uma das coisas que me faz chorar sempre é ver pôr do sol, mas de felicidade, não é de tristeza, não. Como tipo nascer de lua cheia, eu acho aqui alguma coisa nascer feito um sol. Uhum. E aí eu acho que essa é a vantagem de morar no Rio, né, que a gente quando vai ter lua cheia, você vai para qualquer lugar, você vai parador, tem uma galera fica ali esperando para bater palma pr pra lua que vai nascer. Eh, então isso é um hábito que a gente tem de carioca. Eu acho que é um vício carioca que a gente tem. E eu acho que deixar de sentir isso, eu gosto muito de música, por exemplo, eu não consigo me conceber sem ter essa emoção da melodia. Agora, se você falar pela vida prática no mundo que a gente vive, talvez você sofra menos. Ah, não sei se a minha consciência aguenta não. Eles são minoria, é uma vida incompleta ali, né? Eu acho o esse essa coisa do psicopata ouvir música clássica é estigma ou é verdade isso? O pesso psicopata gosta de música clássica. Não, isso é isso é muitos filmes é retratado dessa forma, né? É, mas geralmente os filmes são retratados de serial killer, né? Ah, tá. Você já notou? E o serial killer ele é ele é ritualizado. O seral killer o que que ele faz? Ele ele mata, ele tem um um ritual e em geral a música tá como um ritual de grandeza. Hum. Lembre-se que Hitler adorava música clássica, né? Teve um dos compositores, eh, que que era o ele gostava de arte, né, de pintar de arte, t, mas aquilo muito mais pela megalomania, pelo narcisismo que ele tinha, né, no sentido de eh os discursos de Hitler eram duraram duravam horas e eram pro com música clássica sobre encomenda. Era muito mais no sentido de poder do que outra coisa, não de sentir. Sim. Você vê que o os ternos, isso a gente tem que ver, né? Os ternos da do exército anemão era eram lindos, né? Hugos os você olha até hoje nunca viu um é alta, é alta costura. Aquilo tudo um poder, né? os discursos tinham eh eh cenários de ópera. Então aquilo tudo é se eles conseguiram, se o Hitler conseguiu convencer tanta gente, é porque era muito inspirador mesmo na hora. O discurso era de certa forma muito manipulado, manipulador, manipulador e usou a arte para manipular. Não tenho esse discurso que eles tinham de somos uma vítima sempre precisamos acabar porque somos uma vítima que devemos se reerguer. Na verdade, o Hitler que que que queria se reerguer eh em cima das pessoas que ele julgava na na mente perversa dele que era inferior. Com certeza. Com certeza. Então toda ditadura começa assim, né? Psicopato. Eu não tenho dúvida. É porque as pessoas falam: “Ah, mas ele gostava de arte”. Mas se você for ver, a arte foi usada em função de fazer do seu da sua ditadura uma ditadura grandiosa. Ele usou a arte a favor da das do tamanho da sua maldade. Não gostava de Ele não apreciava arte. Ele usava a arte, né, para Ele apreciava o poder. Exatamente. Exatamente. Que a arte podia trazer. É o que eu digo sempre. Por exemplo, se você for ver, eh, não existe poder exercido hoje por nenhum político que abra a mão do do da cultura como componente, seja do seu do seu poder eh favorável, democrático, ou não. Hum. Todo toda poder político, ele ele usa a cultura de alguma maneira, pro bem ou pro mal. Faz todo sentido, né? São pessoas eh inteligentes, que sabem o que estão fazendo e muito muito orgulhosas aí, muito viciadas em poder, né? Megalomania, né? Megalomania, geralmente. Bom, vamos dar uma pausa de 5 minutinhos para tomar uns refrescos, tomar umas águas para esticar a perna. A gente volta em breve. 5 minutinhos, pessoal. Voltamos, voltamos. Ô Bia, você falou sobre psicopata, sobre serial killers, né? E uma coisa que eu tenho muito curiosidade é que em vários filmes de psicopatiles é muito comum isso. Não é só filme, é uma realidade. O maníaco do Park teve isso. A Suzane Vffin teve isso. A Lise Matsunaga, Elise Matsunaga. Matsunaga. Matsunaga teve isso. O Ted Band também que é fãs. Uhum. E os homens serial killers, os homens psicopatas, eles têm fãs meninas que são apaixonadas por eles. Inclusive o Jeffre Damer, sim, que era homossexual ou era bissexual, não sei. Acho que era homossexual porque as vítimas dele eram só. Acho que era e ele homo homossexual e eles tinham fãs, meninas e eles se gabavam na cadeia, se gabavam, nossa, recebendo milhões de cartas, de declarações e tudo mais. Por quê? Vamos lá. Eh, o próprio Ted Band, aquilo que eu te falei, era uma legião de fãs, mulheres, que além de mandar cartas pedindo em casamento, se oferecendo, eh, mandavam dinheiro. Ele ganhou a fortuna para se pagar os melhores advogados na época. Eh, o maníaco do parque aqui no Brasil, né, uma realidade nossa. maníaco do parque durante muito tempo, muito tempo, foi campeão de cartas de mulheres e chegou a se casar com uma dessas mulheres que mandava cartas e não são mulheres eh tinham advogadas, tinham, não é assim, pessoas totalmente eh ah, são ingênuas. Isso é muito comum, olha que interessante, eh, pessoas que acreditam que através, por exemplo, um um ciral que tá na cadeia, ele tá lá, pessoas que precisam de outras para se completarem, para ser inteiras, tem pavor de serem traídas, suportam qualquer coisa, menos traição. Aí pensa o seguinte, o cara tá lá na cadeia de segurança máxima, ele não vai receber visita nenhuma, só eu. Então, se eu me ofereço para ser aquela mulher, eu serei única. Só que tem que ela não sabe que igual a ela existem várias. E são mulheres que tm aquele temperamento, eu vou amar ele por nós dois. E como eu vou dar a mão numa hora difícil, ele não vai ter coragem de me deixar. ing ingenuidade, uma inocência, uma ingenuidade, mas tem muita gente que raciocina assim. É inacreditável. Para você ver, campeão de cartas, mas assim, é que oferecem companhia e você não sabe o que que é uma mulher tem que se sujeitar para visitar alguém, um homem na na penitenciária. É inacreditável. É uma fila imensa, tá? É uma imensa mesmo. Tem umas que vão de um dia pro outro. Aquela fila depois tem que passar por revista, tem que pegar nua para ver se não tá com celular no no órgão genital, para ver se não tá com não sei qu com chipe. É um tanto de humilhação que assim seria quase impossível para alguém que tem uma autoestima, que tem um centro de si mesma. Eh, e aí quando chega lá é um lugar tão pequeno e sem privacidade nenhuma e tão sem conforto que somente alguém que realmente atribui eh, como é que eu vou te dizer? Cria uma realidade do tipo assim, não, aquela pessoa por amor vai mudar. E eles sabem disso. Então eles alimentam, eles usam isso. Eles usam isso. Olha a manipulação. É muita e muitas pagam dinheiro. Então ele fala assim: “Ah, mas tô precisando, a minha família tá precisando de dinheiro para arrumar um advogado. Aí manda dinheiro pra mãe, manda dinheiro para para outras pessoas”. Muitas mulheres talvez borderline nessa nessa galera. Existe, existe um grau grande, porque o que que acontece? abandono de tração, de abandono, de traição, achando que tá que tá feito ali, né? Porque eh o que que acontece? Essa parceria, apesar que tem borders que se dá com muita gente, não é isso? Mas infelizmente o psicopata ele saca o borderline muito fácil e a fragilidade, a insegurança. Então ele chega prometendo, eu nunca vou te trair, nunca vou fazer nada. Em geral, ele bota essa mulher para fazer o o o lado sujo da coisa. Então, por exemplo, um grande traficante que chega pr pra sua parceira, que não é uma, ela pensa que é única, mas são várias, e fala assim: “Fulano tá me devendo ele, ele tá na penitenciária, fulano tá me devendo. Tá, tá, tá. E eu tô preocupado porque o cara lá da do o vendedor da boca me passou a perna, tá, tá, tá. Aí eu queria até te dar um dinheiro, né, que você tem que ter lá para ajudar na escola do teu filho. Tá, tá, tá, mas não tem como fazer nada aqui. Que que ela faz? Não, mas eu vou lá para você. Por isso surgem essas lideranças de mulher, de de traficantes que passam a dominar o negócio por eles, porque ela acha que tá fazendo por amor. É o o termo mulher de bandido, né? essa coisa. Eh, não sei, para mim é muito doida assim. É o perigo, talvez, tipo, eu acho que tem, eu acho que tem uma excitação pelo perigo. Eu acho que tem essa ilusão de que, eh, eu vou ser única porque eu eu vou mostrar o quanto eu amo, eu vou fazer por ele o que ninguém fez. E eles usam isso, né? Elas acabam sendo vítimas. Teve uma uma novela que tinha a história da Bibi perigosa, né? Bibi perigosa. Era uma história real. Era uma história real. Existiu. E e ela foi e ela foi casada com um dos líderes, que era o cara que fazia a contabilidade do tráfico de drogas da Rocinha. Eh, e ele e ela era fidelíssima, fazia tudo por ele e se envolveu em todas as encrencas. Isso. Só que tem que um dia ela descobriu que ele tava traindo ela. Aí a casa caiu. Ai daí acabou porque aí ela fez. Eu não sei como ela não foi morta. É mesmo? Eu não tenho ideia como perigosa não foi morta, porque ela saiu da de lá porque ela começou a denunciar mesmo, porque aí vai daquela idealização a raiva, o ódio em comum. Daí daí a vingança na máxima. O a a a essa essas mulheres, o homem pode matar, pode roubar, sequestrar, espartejar, só não pode trair. Pode trair. Exatamente. Que doideira, meu. Exato. É uma lógica ilógica, né? Porque é uma lógica de uma emoção distorcida mesmo. Uhum. De uma afetividade distorcida. Você chegou a ver o caso que aconteceu na China agora daquela irmã, como que é o nome dela? Irmã, não. Sister Z. Sister Z. Acho que é uma coisa assim que o Davi tá postando um monte de vídeo sobre ela. Não vi. Me conta aí. É uma é uma, é Sister Hong. Sister Sister Hong era um homem hum homossexual, né? Que ele fazia cross dress cross dresser, né? Dresser. Isso era CD, né? Chama no na sigla. E ele ele pegava, transava com vários homens. Transou com vários homens. Vários homens. Vestido de mulher. Vestido de mulher. caracterizado totalmente caracterizado de mulher. E esses homens, ele esse sister, sister Hong, né, irmã Hong, ela ela ficava sempre de roupa, ela não revelava o pênis, né? Aham. E atraía esses homens para pagar coisas para ela. Aham. Então era comprava o dava presentinho, dava um saco de tangerina, dava uma coisinha, filmava todas as relações e chantagiava todas as relações. Não, e vendia na internet as imagens, vendia as imagens na internet desses homens. E daí vazou todas essas imagens e virou uma calamidade na China, porque foram mais de 1000 homens. Merda. E as as mulheres e as meninas pegando e falando assim: “Cara, você transou com a Sister Jong lá? E tem o vídeo ali de você transando e tem uma cena e tá muito viral agora porque tem umas cenas constrangedoras do da Sister Hong falando que o pênis do do mano do cara tá fedendo e tudo mais e tem que tomar banho e daí todo uma Olhação. A probabilidade dele ser psicopata é imenso. Não basta dar o dar o golpe, tem que humilhar. Sim. E fazer a cara de nojo e tudo mais. Que que é isso? O que que o por que a pessoa como que chega na pessoa fazer a a ter essa iniciativa, ter essa ideia e se maquiar e botar peruque para produzir conteúdo pornográfico e vender? Com que se passa na cabeça? Eu acho que isso é primeiro um estelionato, né? Porque se passar por uma pessoa que não se é, eh se aproveitar da das pessoas é manipulação aberta e o pior, ganhar dinheiro com isso. Então isso é de uma freeza. Isso é de uma frieza. E você vê, ele ainda conseguia ter, pelo que você tá falando aí, eu vi uma cena assim disso. É, é muito viral agora. Tá, muito viral. Eu vi, eu vi sim, vi uns três dias isso. E eu eu vi que olha o prazer dele ainda de falar: “Não, teu pinto tá fedido, você não toma banho, toma vergonha na sua cara”. Quer dizer, não basta ganhar o dinheiro, manipular. devia sentir um prazer muito grande de tipo assim que nem o estonatário, né? Tipo otário, ele devia depois ficar, como é que esse cara é tão idiota de de submeter a isso? Com certeza é um psicopata. É. E tudo que tudo que entra pra internet vira polêmica, divide lados, né? Então, alguns estão com a a irmã Hong porque tão falando que, ah, mas esses caras estão traindo a esposa deles com a irmã, com a irmã Hong e outras estão falando que, na verdade, são vítimas de por porque não sabiam que tava sendo acho o seguinte, não vão misturar. É, é porque assim, tão traindo, tão traindo, mas assim isso não elimina da irmã da sister Hong. Tá fazendo um crime de de estelionato e de uso daquele material, gente. É porque é tão engraçado, a gente vive uma polarização mundial tão grande que é tipo assim, ou é ou a sister tá certo ou os caras estão errados. Não é isso. Se eles traíram, eu acho que eles fizeram uma coisa muito ruim em relação a alguém. Uhum. A mulher, a esposa. Mas assim, isso não tira o crime que o outro cometeu contra eles. Sim. Então, porque tem gente que faz assim: “Ah, mas ele também traiu, a mulher merece”. Gente, são duas são são duas coisas diferentes. Se merece, isso é uma história dele com a mulher que se sentiu traída. O que vai fazer? Certo? Agora que essa que nesse aspecto foi vítima desse golpe, desse cara que se vestia de mulher para pegar dinheiro e para produzir material que foi que era vendido, certamente não era vendido. Isso é outro. Esse é crime também. Um psicopata, eu não tenho dúvida. O não é um psicopata em alto grau porque não matava e tudo mais, mas o estelho natário, o estelho natário ele costuma ser um psicopata. Olha, se ele usa o outro como objeto de status, poder ou diversão, que é poder, é que usava para ganhar dinheiro, usava. E para enganar, sim. E de forma repetitiva, porque o mais importante é saber se isso é forma repetitiva. Como você falou, mais de 1000, mais de 1000, que até agora apurado. Uhum. Deve vir mais. Então é repetitivo. E tem uma coisa na internet que é que é muito assim, né? É que é o conceito de do bullying. O bullying quando quando você faz uma vez, ah, antigamente você falava, ah, precisa no mínimo três situações. Quando veio o cyber bullying, quando isso cai na rede, uma se reproduz infinitas vezes. Então, já era ele 1000 ali, mas esse 1000 foi para quantas pessoas passadas? É, perdeu a conta. Pois é. E a internet ela não ela ela não consegue consegue conceber uma história onde ambos estão errados. Ela tem que escolher um lado. Um sempre tem que ser o vilão, outro sempre tem que ser o mocinho porque é muito ruim. Você não acha? Não, eu acho péssimo. Acho que a vida real é a gente a gente perdeu a capacidade de reflexão, porque eu consigo ver que esse cara não foi legal, se traiu a mulher, extra, não acho legal, mas eu não posso falar que ele mereceu ser enganado, utilizado, eh, de uma maneira eh de expor Uhum. uma coisa e esse esse material ser vendido. Isso também é muito grave. Isso é grave, isso é muito grave em proporções diferentes. Com certeza. Mas é isso que tá fal você falou uma coisa, é tão ruim a gente tá vivendo um mundo que você tem que ser ou isso ou aquilo, porque o bacana é você ter uma opinião. Eu tenho uma opinião, eu cresço, eu falo assim: “Poxa, eu não tinha pensado, Fel isso que você falou e você me acrescenta e eu te acrescento alguma coisa que você também não tinha visto por ali, né? É estar com pessoas que discorda de você, né? e ter o senso crítico. Toda vez que você vira uma notícia, tentar ver porque aquele cara tá falando aquilo, porque que esse tá falando aquilo e e montar a sua opinião, mas não num sistema de ver uma fonte só, eh, ir atrás porque alguém falou, não. A gente, eu acho que o algoritmo ele trouxe isso porque tudo é feito em sim ou não. Então, por exemplo, se você e teve na época dos dos na época da eleição presidencial, eu seguia todos os presidenciados. Sim. E aí era muito engraçado porque tinha gente que falava assim: “Não sabia que você era não sei que lá porque você segue o fulano”. Eu falei: “Eu sigo todos, eu quero ver o que eles têm para dizer. O fato de eu seguir, então vou votar em todos. Eu só posso votar em um.” O o seguin é uma ferramenta para você receber notícias, receber atualizações. Aquela pessoa tá falando. Chegou um ponto que falei, quer saber uma coisa? Não vou seguir mais ninguém. Porque todo dia era uma avalanche de você cria o material de forma tão eh te dá o trabalho de fazer pá, falando da minha área e as pessoas só falavam do outro. Ah, mas não acho. Eu tô aqui, é muito cansativo. Eu falei, gente, porque você não tem o direito de olhar para refletir mais. Ou você tá de um lado ou você tá do outro. Você vai ter que escolher. Você não pode, você não pode ponderar, você não pode refletir. Você vai dar o seu voto no no presidenciável. Você tem que, claro, entender as propósitos da pessoa, acompanhar de certa forma o que aquela pessoa tá fixe. Sim. Falou, uma proposta de um é muito interessante. Um é melhor do que outro para um determinado aspecto. Sim, né? Quantas vezes você fala, aquele político falou uma coisa que é interessante para pra questão da segurança, mas o outro falou uma coisa que é mais interessante pra questão econômica e o outro pra questão da educação. É, mas não é inútil a gente falar disso porque ninguém nunca vai entender isso. Nunca vai entender porque é o aquele aquela coisa do efeito manado, não tem que fazer. Tem, eu gosto muito da do título do livro 50 tons de cinza. Uhum. Não é, não é preto nem branco as coisas são 50 tons de cinza que tem ali no meio, né? Exatamente. É interessante. E é a verdade é essa, né? Exatamente. As pessoas não são uma coisa ou outra. Essa demonização preto ou branco, né? Ou é é você. É isso que você falou. É legal. A internet é muito intensa. Não, ou é demônio ou é ou é santo. Exatamente. Quando nós somos seres humanos. Exatamente. Seres humanos. Não é isso? Ô, ô, Bia, eu também queria falar de um caso recente agora que tá rolando agora, né? E eu e a partir desse caso, eu queria eu queria refletir, porque tá acontecendo muito isso, principalmente aqui no Brasil. Você já assistiu a série Adolescência? Assisti. É, assisti. O que que você achou da série? Eu, eu gostei muito. Tô esperando a continuação. Uhum. Que muita coisa ali ficou aberto. Sim. né? Me deu vontade de ver. E e o que eu achei interessante e na época eu fiz até um comentário sobre a série, eu gostei muito e me trouxe uma coisa que assim, existe um mundo paralelo, principalmente de crianças e adolescentes, do qual os responsáveis desconhecem. Humum. Eu não sei se você lembra da série, teve uma hora que o policial tava indo lá na escola, não sei quê, o filho do policial chegou para ele e falou assim: “Você não tá entendendo nada. O filho do policial?” Sim, lembro. Veja a palavra em céu, veja não sei o quê, procura por aí. O policial de carreira, né? E o filho chega, você tá todo errado, né? Dando a dica, pai, se você não for por aqui, você não vai achar nada. E eu fico pensando que se a gente hoje não tiver, se os pais não entenderem que existe um universo paralelo digital, que abriga adolescentes e que a adolescência é uma fase muito difícil, porque é a fase que você tá começando a deixar de ser criança, mas você ainda não é adulto, você tem que se libertar dos pais. É uma fase, é um rito de transição, adolescência e você tem que se vincular a grupos. Se isso não for muito bem feito, você vai ter grupos que você é é um vínculo que vai te dar ilusão de você tá sendo aceito num lugar que não é legal. Hum. E isso escancara que eh existem grupos muito radicais em todos os sentidos que capturam esses adolescentes muito fácil, que é fácil. Você pega, o adolescente é inseguro por natureza, ele tá mudando voz, ele tá mudando face, ele não tem ainda as habilidades eh sociais, ele vai ter que aprender, ele tem que pertencer a um grupo, ele não tem a coisa da maturidade cerebral. Então é muito fácil capturar e e a captura vem através de comunidades que são criadas. Se, e eu fico boba de ver que os pais não têm noção que existe o discover, não existe. Tinha uma que eles tinham uma conta que era secreta pros pais não verem. Eh, não tem noção nenhuma. E não tem mais como você ser um pai e uma mãe responsável sem você saber disso. Existe no no Instagram uma juíza, eh, a Vanessa Cavalieri, que ela tem um um Instagram que é protocolo eu te eu te eu te vejo. Eu eu te vejo, eu te importo. Vê vê eu me importo, eu te vejo. É Vanessa Cavaliere e ela fala isso que não. que ela é da é da vara de eu te vejo protocolo, eu te vejo que ali ela ensina aos pais, pelo amor de Deus, vocês têm que saber o mínimo o básico. E ela é uma juíza de de infância e adolescência, ela sabe a consequência que isso traz e não tem mais. Aí a pessoa fala assim: “Ah, mas eu ainda tenho que dar conta de ver isso”. Pois é, o em tempo digital tem tem que dar conta porque você não sabe, porque muitas vezes teu filho tá ali numa numa comunidade que quem tá governando aquilo é um adulto e fazendo um exércitozinho ali do do que ele quer, manipulando mesmo. Hum. Você se lembra do, talvez você não vai lembrar do do jogo da baleia azul? Lembro, lembro. Aquilo era capturado, eram, eram adultos que capturavam, eh, faziam testes para criança chegar ao ponto de se matar ou fazer tarefas. Era um sistema de captura de de terroristas. Caramba. Porque é um cara que é capaz de cumprir tudo que tá sendo dito. Não, você vai agora lá e você vai dar um um tapa lá e cortar seu amigo. O cara vai, você não sei que lá e agora você tá pronto para se matar, para provar que é isso, isso, isso. Quando via que o cara ia pra via de fato, não vou te dar uma outra coisa, uma coisa que você vai ser importante, uma causa que você vai morrer pela causa, você pega um terrorista, o que aquele jogo da baleia capturou terroristas eh ingleses. E eu não sei se cinema, na época Alqaida tinha vídeos de qualidade de cinema. É mesmo? De cinema como propaganda. Era uma coisa absurda como eles capturavam. E não eram só gente do mundo árabe, do mundo eh ali do do Oriente, não era captura de jovem de classe média da Europa, da Inglaterra. Deus. Então assim, a gente tem que parar de ver as coisas superficiais. Eh, a internet ela possibilita muito essa essa galera de existir. E você mesmo falou porque eh recentemente agora teve um caso de um de um casal adolescente que eles eles e era desses grupos aí e tudo mais e eles mataram e esquartejaram. É adolescente, sim. Esquartejaram a ex. Chamava Nicole, a vítima, né? Que Deus a tenha. E é muito recente agora. E o e tá passando ainda para, não sei, se não me engano, eles estão foragidos ainda, não, não tem as fotos e tudo mais, só que é uma banalização da violência. Agora tem uma coisa, existem jogos igual aquele aquele menino que matou o os pais e o irmãozinho lá no Rio, no Rio incentivado, mas inspirados por um jogo de ele e a namorada, ele a namorada, um jogo de de irmãos incestuosos ali que matam os próprios pais e come a carne no jogo disso, né? A historinha do jogo. E eles inspirados e essa galera tá usando essas redes, né? Eh, Twitter, forma as comunidades dele na bolha, o Discord mesmo. O Discord talvez seja um dos maiores. É o Discord. E e no Discord rola muito essa coisa de o teve até o mesmo o King, aquele King do Discord lá que foi preso, o Fantástico, fez fez até uma matéria e tudo mais e colocando luz para essa coisa de a o adolescente fica, por isso que eu falei da da série de adolescência, o adolescente fica trancado em casa, fica se nutrindo daquele material, se nutrindo daquela bolha, daquela tribo, começa a banalizar a violência até que vai pro mundo real. Exatamente. Vai numa escalada. Você enxerga isso? Porque eu vejo que antes não era tão comum. Agora toda semana tem um caso de um de um de um menino que mata os próprios pais, de adolescentes violentos. Eu acho que isso é uma variação do bale azul. começou assim, porque assim, é muito fácil você pegar adolescentes que sofrem algum tipo de de bullying, por exemplo, você ter uma ideia, eh, o índice de de suicídio na nos adolescentes, 60% tá tá ligado a bullying. Uhum. Tá. Agora, 60% dos índios de suicídio no adolescente, se você for ver a raiz, tá lá. Uhum. Tá. Eh, e o que que acontece? qualquer sistema que quer um exército de seja terroristas, seja pessoas para crime, é muito bom do adolescente. Porque se eu capto uma fragilidade, um cara que se sente rejeitado, um cara mais eh que se sente um loser, que na adolescência isso é muito pior, porque você teoricamente tem que pertencer a um grupo e não pertencer ao grupo dos populares, te faz um loser momentâneo, eh, e oferece, tipo assim, mas olha, eu vou te falar uma coisa, eu tenho um jogo, uma série de coisas aqui. Se você conseguir cumprir todas as etapas, eu posso te achar uma coisa que vai ser bem bacana. Eu te garanto que vão te respeitar. É muito fácil manipular essa coisa. Por isso que é tão difícil os pais eh se atentarem pros adolescentes escondido e tem pai que fala assim: “Ah, mas eu não me preocupo, meu filho não sai do quarto, eu fico preocupado”. Porque assim, o que tá lá fora a gente ainda tá visto. É, dá para saber, né? Não dá para saber. E hoje o que acontece é que os pais estão desconectados eh da realidade básica. Tem pai que não sabe que existem comunidades, não sabe qual que são os termos, não sabem nada. E não tem como. O filho vive uma vida paralela ali, uma segunda vida. E daí acontece que, eh, por exemplo, no caso do Se achei muito forte, no caso do da do casalzinho lá, do menino que matou os próprios pais, o combinado era matar a própria mãe da menina. Sim, sim. Ele depois iria pra Goiânia. Iria pra Goiânia matar a mãe da menina também. Esse era o combinado. E daí na prisão ali no no julgamento, pegou e falou assim: “Olha, a gente tem a mensagem da sua filha que falou pra mãe que era planejado matar.” Exatamente. A mãe deve ter ficado horrorizada. A mãe falou assim: “Não é possível. Eu não acredito nisso. A minha filha é carinhosa, a minha filha é amorosa, tira boas notas, é é estudiosa, é tranquila, sempre foi muito amorosa. Eu não acredito nisso.” Mostraram a foto, a a as mensagens, as mensagem tava lá, ficou em choque, completamente choque, perdida. Imagina o sentimento que é você que cria uma criança, cria um filho, vê o seu filho, a sua cria, que você trocou fralda falando e planejando a sua morte. É terrível. Aí você vê, né, existe um jogo disso aí. A gente não tá falando que o jogo cria isso, mas situações de vulnerabilidade, esse jogo pode suscitar certas ideias. É, tem muito essa discussão também, né? Jogos violentos e a TV defende, o Record defende, eh, vementemente é o a a influência do jogo na no no adolescente. O que que você acha disso? Jogos violentos é capaz de de influenciar um um adolescente violência? Eu acho que existem adolescentes que são mais prédispostos a sofrer essa influência muito mais facilmente, que são, por exemplo, se perguntar assim, se a gente sofre bur é mais fácil. É. Uhum. Todo adolescente vulnerabilidade, um adolescente que sofre eh preconceito, que precisa de se defender, que é mais frágil, ele é mais vulnerável. Eh, e acho que os jogos, dependendo do nível de violência, eles vão normalizando a violência para quem joga muito. E se nesse normalizar a violência chega uma hora que aquele adolescente tá numa situação frágil, se sentindo inferior, se sentindo chateado, aquilo pode ser um um combustível. Eu não sou, não posso dizer que todos os jogos farão isso em todas as personalidades, mas na adolescência é é botar gasolina para apagar fogo em alguns momentos. É, e o a pessoa que quer fazer o mal, ela vai buscar referência, inspiração em qualquer coisa. O, até o o Massacre em Columbine lá, os caras eles falaram que quem inspirou eles foram o Eminem, o artista Eminem e o Charles. Charles não é o Charles, é o aquele Manson. Manson não, mas não é o Charles Manson, é o cantor Marily Manson. Mary Manson era inspiração do pessoal de Columbia, cantor, um artista. Exatamente. Então assim, eh, acontece que você vai buscar, mas aí você vê aí é um é um grupo de fragilidade que queria mostrar poder ali. Uhum. Então, é é muito complicado porque assim, eh, adolescentes e vulnerabilidades, eles realmente acham que se não fizerem algo para serem vistos, mesmo que seja negativo, eh, serem respeitados, eles eles vão buscar isso e se tiver nessa vulnerabilidade, qualquer coisa pode influenciar. Que doideira, hein? É difícil. É um desafio. É um super desafio. E E eu sempre falei em relação ao bullying, enquanto a gente não entender, não é fazer campanha de bullying de cima para baixo, tem que fazer na horizontal. Eh, eu fiz a cartilha de antibullying, a primeira cartilha antibullying do Conselho Nacional de Justiça, que é um órgão do Supremo Tribunal Federal. E quando eu entreguei, eu cedi os direitos autorais e falei assim: “Logo no início, hoje tem que ser revisada”. Eh, gente, a gente tem que pensar em campanhas horizontais, que as próprias crianças e adolescentes façam. Então, assim, propus um concurso de categoria de de rap, de poesia, de stand de standup, de standup, de eh desse desse coisa de fazer comédia, solo, eh, botei vários, música, tudo, né? e que isso fosse uma coisa de território nacional com uma premiação, como se fosse um ótica, porque ali eu dou valor a quem tá fazendo uma campanha, né? Mas nunca saiu do papel. Aí fica difícil porque aí continua falando para quem já sabe. Por exemplo, eu falar para um professor, professor sabe. Eu falar para um pai, ele acha que sabe. Mas quem tem que saber e produzir esse conteúdo e ser valorizado por isso é o próprio adolescente. Eles têm que se envolver ativamente nos projetos envolver e ser premiado. que aí eu tiro esse essa vulnerabilidade, porque o cara que faz uma uma soft de bullying, faz uma campanha de bullying, consegue e fazer um um sket de teatro sensacional ou um rap sensacional, ele vai ter poder por outra coisa, por talento. É. E talvez o talento seja melhor poder que você pode dar a pessoa. Puxa, é verdade, né? Eu já sofri bullying. Eu também. Eu já sof. Você já sofreu bullying? É isso que eu ia perguntar. você tem uma história de porque eu acho que eh quando você sofre bullying, você adquire uma empatia pelo próximo, porque você tava na pele ali, né? Você tava sofrendo humilhação. E daí o trabalho do psiquiatra é um trabalho muito empático, né? Tem que ser de cura mesmo, de ajudar, de acompanhar a pessoa. Você já sofreu bullying, como que foi para você? Olha, me deu essa sensação porque eu nunca fiz parte da turminha de populares. Eu era aquela pessoa que gostava de ficar quietinha, gostava de ficar lendo. Eh, então eu era uma pessoa meio esquisita, né? Porque eu me interessava por coisas que a maioria não se interessava. Eu achava tão idiota ficar jogando papelzinho na cabeça do outro. Falei: “Porra, não ia que perder esse tempo.” Ficava lendo enquanto as pessoas estavam fazendo isso. E eu me lembro que aquilo eu falei: “Mas eu não tô incomodando ninguém, entendeu? Hum. Não tô incomodando, não tô querendo chamar atenção. E eu me lembro que na minha cabeça, na adolescência, eu falava assim: “Um dia eu vou fazer alguma coisa que seja tão legal, que essas pessoas vão se arrepender de não ter me visto.” que mas eu fico pensando que se alguém tivesse me oferecido naquela época, eu achava tão injusto que do tipo eh, as pessoas a algumas meninas falam assim: “Ah, se você não pertencer o grupo da gente, eh, você nunca vai ser querida, você nunca vai ter os meninos populares.” Eu falava assim: “Não tô nem pensando nisso nesse exato momento.” “Ah, não, mas você vai ver, você vai ser excluída de tudo.” falava: “Você não vai no aniversário?” Quase que eu falei, “Graças a Deus”. Entendeu? Porque eu sempre fui meio fóbica social, então eu falava: “É um bem que me faz”. Mas eu não sabia. E eu me lembro que e eu nessa vulnerabilidade eu comecei a me afastar mais, ficar mais quieta. E eu me lembro que deixei de frequentar a escola uma época assim, não aguentei de tanta de tanta perseguição por nada. Eu só queria ficar quieta, só queria ler. Eh, e aí e tirava nota boa. Não sei, talvez eu causasse algum desconforto. Uhum. E e eu me lembro que eu na minha cabeça, eu ficava assim, eu um dia vou fazer alguma coisa tão bacana que essas pessoas vão se arrepender. Mas isso era uma coisa de resiliência interna. Uhum. Tá. Mas eu fico pensando, se eu tivesse sido seduzida por alguém que falasse, [ __ ] vamos dar um jeito nisso, ó, você fizer isso aqui, essa maldade, vai provar que é que é pior que ele vai poder mostrar poder. Aquele momento de sofrimento, é porque não tinha acesso a isso tudo. Eu tive uma coisa que era uma coisa interna minha. Eu sempre digo quem sofre bullying e você tem duas possibilidades. Ou você sofre bullying, você detona, né? detona e pode até chegar ao suicídio. Ou você em algum momento você descobre um talento, cria uma resiliência e você consegue ver no futuro as coisas mudando. Para mim foi assim e eu me lembro que quando eu comecei a estouri como escritora, não sei que lá, foi muito engraçado, teve gente que me ferrou inteira encontrar com gente assim no aeroporto e falar: “Nossa”. E eu olhava, eu falava: “Cara, você é cara de pau”. Eu teve gente que eu tive esse prazer, não fui indelicada não, mas eu falei assim, se fosse você, eu não falava comigo. Você sabe que você não foi legal comigo. A pessoa chegou pedindo foto, chegou rependim? Eu falei: “Claro que eu lembro. Você me excluiu disso, disso, disso.” Agora, aqueles que que quando eu quando eu fiquei um tempo sem a aula, falou: “Pô, volta não, a gente tem que resistir. Esses caras são babaca mesmo, não sei qu tá tá”. Este quando eu encontro, cara, é um abraço. E eles falaram assim, bem que você dizia que um dia eles iam se arrepender. Quem apanha não esquece, né? Quem apanha não esquece. E quando a gente tá sofrendo humilhação e alguém estende a mão, a gente vai ser a pessoa mais fiel para aquela pessoa. Vai levar você sim, eu vou levar comigo. Isso é muito legal porque tem, mas também a gente, eu nunca quis vingança com ninguém. Eu só queria tipo assim, deixa de ser babaca. aquilo, o bullying que você sofreu, humilhação, serviu de combustível para você trazer algo pro mundo, ajudar pessoas que passam inclusive pelo que você viveu. Foi, foi tanto que, tipo assim, quando eu fui chamar fazer o a cartilha antibullying do Supremo Tribunal Federal, eu falei assim: “Cara, eu nunca pensei que chegaria a esse ponto que eu nem existia bullying. A palavra não era bullying na minha época era tipo assim, perseguição, ah, CDF e quatro olhos que usava óculos e pá pá”. Sabe? Aí eu fiquei pensando assim, quando você tem essa, mas como despertar essa resiliência? O desafio a gente tem que ajudar, dizer: “Olha, tem dois caminhos”. Uhum. Perfeito. É sempre que eu digo, o banco de quando você identifica o talento, por exemplo, eh eh o Michael Felps sofreu bullying para caramba. Chegou uma hora que deixou de ir pra escola. Aí que que aconteceu? descobriu a natação por acaso para faltar aula e aí começou a faltar aula e ia lá paraa natação. Um dia a irmã deu deu foi ele não tá indo à escola, irmã deu que el que tá indo, a irmã foi no caminho e o professor de natação falou assim: “Esse garoto tem talento”. Porque assim, quando você descobre o talento de alguém e você investe nisso, investe horas, vai dar certo. E aí aquilo que seria da violência é outra coisa, porque o prazer de ser reconhecido pelo que você faz não tem prazer igual, porque ser reconhecido por uma violência, por uma coisa, esses meninos que mataram aí a mãe, o pai planejando, cara, eles não tem noção. Se um dia eles fizessem uma coisa muito legal e e ser reconhecido por isso é outra coisa. Sabe uma frase que condensa exatamente o que você, tudo que você falou? É uma frase de Frank Sinatra. Ele diz assim: “A maior vingança é o extremo sucesso.” É verdade. Perfeito. Essa Mas é isso. Exatamente isso. Essa é a maior vingança. Você quer se vingar de quem te humilhou, de quem te te fez bullying, foque em um talento, foque num trabalho para um dia essas pessoas chegar e falar: “Cara, que desperdício que eu fiz naquele tempo de não ter a oportunidade de ter te conhecido, porque você é uma pessoa de luz, uma pessoa incrível. não se vingue batendo na pessoa ou mesmo um atentado, um massacre, uma coisa, um crime. A maior vingança é o sucesso extremo. E o sucesso extremo baseado num talento daquela pessoa, aí isso é imbatível, porque tem sucessos que são passageiros, não são sustentáveis, porque não é em cima daquilo que que você tem, algo que ressoe com seu espírito, né? PR pra gente pra gente eh fechar essa essa esse assunto do buling, que eu me interesso muito porque eu já sofri, né? Uhum. Que conselho você daria agora pro pessoal que tá sofrendo buling agora ou já sofreu e baseado na sua experiência de vida? inclusive descobrir que que você faz que é diferente dos outros ou faz melhor do que os outros, que é isso que é o talento. E dedicar horas a isso, horas, porque assim, eh, as pessoas que mais sobressaíram são pessoas que descobriram seu talento e investiram horas. Existe uma teoria que diz que qualquer coisa que você comece a fazer baseado no seu talento e que você exerça 3 horas por dia durante 10 anos, faz você chegar no topo. Hum. Em excelência. Se você fizer isso, eh, 6 horas por dia, você chega em cinco. Se você fizer 10 horas por dia, você chega antes. Então, isso é uma conta matemática de quanto o cérebro precisa exercitar esse hábito, esse caminho para você chegar, não à perfeição, mas chegar a um ponto que seja impossível não notarem. Eu diria que para ter resiliência, não cair na ciladinha de fazer coisas que vão dar manchete, mas não vão dar futuro. Nossa, perfeito. Porque tem gente hoje que tá confundindo futuro, sucesso com manchete, né? Perfeito, perfeito, perfeito. Pessoal, segue o conselho aí porque aqui no meu público tem muita gente que sofre bullying porque se identifica comigo. Tenho certeza que vai ajudar muito, viu? Vai ajudar muito, tá? Eu só queria, só tem algumas últimas perguntas. Por que tem gente que se sabota, ô Bia? Mesmo querendo muito melhorar de vida, pessoa quer melhorar, quer mudar, quer começar uma academia, quer começar a se dedicar para um trabalho que ressoa com a alma, mas não consegue. Fica no cco de sabotagem. Sabotagem. Exatamente. Porque o cérebro é é uma maquininha que ele prefere o ruim conhecido do que a possibilidade do bom que ele não conhece. Ah, se você deixar o seu cérebro sozinho, né? Se você não tomar para si a tomada de consciência que teu cérebro não é você, ele influencia muito, ele é muito bacana, mas você vai ter que conduzi-lo. Uhum. Ele vai repetir o que é confortável. Por exemplo, fazer exercício, não adianta você ficar, ai, deixa eu ter vontade. Não, você vai ter que começar a fazer sem vontade. Sim. Eh, comer uma comida melhor, você vai ter que começar a fazer sem vontade. Uhum. Porque se deixar o cérebro, ele fala: “Ah, isso aqui é gostoso e mata bem a fome”. Ele vai repetir aquilo. Então, é tão só através do conhecimento e do teu autoconhecimento, saber quem você é, o que que você faz melhor, o que que você tem para oferecer, é que você pode de fato fazer uma mudança e não esperar o motivo para mudar. muda, porque quando você começa a fazer algo, você abre dentro do cérebro novos caminhos e esses novos caminhos começa a neutralizar os outros, que em geral são autossabotagem, porque, por exemplo, o cérebro é tão burrinho que se você der para ele uma mistura de gordura e açúcar, ele vai querer sempre, que aquilo dá um prazer imediato. É o sugar dead, sugar dead é o sugar addict. Hum. Né? Você sabe que essa mistura de açúcar com gordura vicia? Sim. Não tem jeito. Agora meu cérebro vai querer aquilo. Ah, eu quero mais, quero mais. Agora se eu sei que isso é feito para viciar, pera aí, não vai ter. Eu sei a disciplina. É, é disciplina. Sabendo o que você tá fazendo é o certo, apesar do seu cérebro, quer dizer, autossabotagem é alguém que não entendeu como funciona seu cérebro e por que seu cérebro escolhe continuar fazendo errado. Porque é mais fácil, gasta menos energia. Uhum. É um caminho conhecido, né? Então a gente tem que em algum momento tomar conta disso. Por isso que eu digo, a gente não é o que pensa, a gente é o que a gente decide ser, apesar dos pensamentos. Sim. Entendeu? Então eu acho que a autossabotagem assim, comece, não espera à vontade, não espera a situação perfeita, porque quando você começa, você tá abrindo novos caminhos. É como se fosse uma floresta. Eh, o cérebro é como se fosse os caminhos neuronais são florestas, né? Se você abre um novo caminho e você pratica ele, ele não vai se fechar. Se você faz um dia, dois dias, aquele caminho se fecha. Numa floresta você não vai atrás do caminho que tá aberto. Uhum. Se você vai, ah, mas eu vou por aqui. Se Se só você for por ali, num instantinho o mato vai cobrir. É isso. Tem que abrir caminhos e persistir naqueles para neutralizar os antigos que não são mais funcionais para tua vida. Maravilha. Perfeito. Eh, ô, ô, Bia, vamos te chamar de doutora agora porque pode falar Bia só. Bia, Bia. É, eu eu costumo na verdade todo doutor. É, vamos lá. É. Ô, Bia, eh, uma pergunta que eu faço para sempre quando vem um psicólogo, já vem a a Tariana, ela não, ela não é, ela não é psicóloga. Psicólog, ela é psicanalista. Psicanalista. Isso. A Tariana e veio o acho que ela é terapeuta. Ela é terapeuta de base psicanânica. Veio também o Álvaro Machado Dias. Conhece? Não, Álvaro não. Tariane conheço. O Álvaro Machado Dias é neurocientista. Uhum. Genial. Genial. Genial no Brasil. Inteligentíssimo. Inteligentíssimo. E eu fiz essa mesma pergunta e quero perguntar agora para você. Ô, Bia, o que que você diria para alguém que tá pensando em se matar? Primeiro, eh, que é só um pensamento. Não acredite nos seus pensamentos piamente, porque eles são mutáveis. Segundo, eh, você pode não acreditar, procure ajuda, porque tudo passa até o desespero. Porque quem suicida é por desespero, não é por, ah, eu resolvi fazer um é desespero. Tanto que eu tinha pacientes que tentaram, graças a Deus, não conseguiram. E todos me falaram assim: “Durante a hora que eu me joguei, teve um que se jogou e uma árvore parou ele.” Caramba. E ele falou que quando ele tava caindo, ele falou assim: “Gente, eu não quero, eu não quero, eu não quero”. Por quê? Porque o sistema mais primitivo do nosso cérebro é sobreviver. Você tem dois circuitos no cérebro que é todos têm. É a sobrevivência e do da busca do prazer. Isso trouxe a humanidade até aqui. Sobrevivência porque eu precisava sobreviver para contar essa história e prazer porque eu precisava reproduzir. Senão a nossa espécie teria ser distinta, até porque a gente é um animalzinho muito, olha um tigre, olha um elefante, a gente não é nada, né? Então, quando você pensa no suicídio, quando você vai para uma ação, o desespero é tão grande que em algum momento, por pensamento, você desliga o sistema mais forte do cérebro humano, quer sobreviver. Por que que alguém chega perto de você para te dar um soco que você instintivamente reage? Porque esse circuito trabalha o tempo inteiro. Então o suicídio é uma coisa que é contrária à essência do funcionamento dessa máquina. E aí eu sempre digo: desespero a gente vai ter, mas assim, procura ajuda, porque as pessoas que tentaram e tiveram tempo e não morreram, todas tiveram a sensação do arrependimento porque esse sistema funcionou. Eh, eu acho que não tem nada na vida que não passe. As coisas boas passam, as ruins também passam. E a maioria das pessoas comet comete suicídio por depressão. Depressão é um transtorno, tem tratamento, não é fraqueza, não é? Pelo contrário, as pessoas que mais se preocupam e às vezes deprimem são as pessoas que talvez sejam que faz maior diferença na no mundo. Eh, tanto que suicídio em 2016, a Organização Mundial de Saúde decretou o ano de combate ao suicídio, porque naquela época, já em 2016, antes da pandemia, a cada 40 segundos, uma pessoa tirava a vida ao redor do mundo. Em 2016, a gente já tinha uma pandemia de suicídio. E diante disso, eu posso te dizer, tratar a depressão, e mais do que tratar a depressão, para combater um suicídio que ele não venha se repetir a tentativa, você tem que achar na sua vida sentido e propósito. Se você não tiver sentido tem a ver com descobrir seus talentos, por que que eu nasci? E propósito é quando você consegue botar isso em ação e e faz disso uma coisa boa pro teu crescimento e também soma na vida das pessoas. Aí cara, você é imbatível. Quando você tem sentido e propósito, você suporta qualquer como. Mesmo com depressão, se você tem um sentido e um propósito, você consegue enfrentar. com sentido. Eu digo, se você tem uma doença depressiva, você vai se tratar. Uhum. O tratamento é muito eficiente. Hoje você tem muito, você hoje não depende só de remédio, você tem estimulação magnética transcraniana, você tem que que revolucionou essa essa essa fase aguda do do tratamento aliado com remédios que realmente começaram a fazer efeito. Então você tem a neuromodulação, você tem isso. Mas eu digo, tirar da depressão é fácil. O difícil é fazer ela não se repetir, porque aí você tem que descobrir sentido e propósito. E aí é é um tem um cara, você deve ter ouvido falar, o Vittor Frankelum e que trouxe a logoterapia, foi o cara que teve no campo de concentração. No campo de concentração perdeu toda a sua família, perdeu mãe, pai, perdeu mulher grávida, perdeu todo mundo. E esse cara ainda assim conseguiu produzir a logoterapia e que fala disso, né? da em busca de sentido. O ser humano é um bicho eh muito diferenciado. Se ele não tiver sentido, ele não consegue viver plenamente. Ele ele vai ser metade. Então assim, eh eu digo pras pessoas, busque ajuda, porque o suicídio é um momento de desespero. E se a gente puder nesse momento de desespero ter acolhimento, ter tratamento e depois buscar, porque todo mundo tem sentido propósito na vida, tem que ter. A gente tem hoje são 8 bilhões de pessoas, ninguém é igual a ninguém, Fel, ninguém, nem gêmeos. Por que que a natureza criou? Podia ser tudo igual. Todo mundo tem alguma sentido e propósito na vida, mesmo que a gente não se atente para isso. É, faz todo o sentido. O sentido. Ô, ô, ô, Bia, eu queria lançar começar as donates, mas eu tenho tantas tantas acho que vai puxar algumas coisas. Vai puxar algumas. É que eu queria perguntar uma coisinha sobre o luto. Uhum. Porque o luto é um sentimento aterrador, né? Sim. Quando a gente perde alguém querido, alguém parte dessa vida, a gente sente um uma um sentimento de vazio tão grande, né? E o que que você diria? Qual conselho você diria para vivenciar o luto da perda de alguma pessoa amada de forma mais significativa ou de forma que seja menos sofrida? Que conselho você daria para alguém que está vivenciando o luto? Primeiro a gente tem que entender que o luto é um ritual, né? Eh, de despedida. Eu não tenho nada contra o luto, porque assim, eh, se você tá no luto, é sinal de que você perdeu algo que valeu a pena. Luto é privilégio de quem deixa saudade, né? Agora, o luto ele se torna uma coisa perigosa quando eu deixo de de porque assim, a tristeza do luto é assim: nunca mais vou ter aquela pessoa, nunca mais vou ouvir o sorriso, nunca mais vou ter o colo que eu tinha, eu vou sentir falta. Então assim, é a falta legítima. Eu tenho que assumir isso, não adianta negar. Agora, quando passa um tempo e eu começo assim, eu não conseguirei viver sem, eu começo a duvidar das minhas capacidades e não mais a saudade, aí esse luto pode virar depressão. Hum. Entendeu? Quando eu sinto, tipo assim, eu vou sentir falta, eu vou sentir saudade, isso é luta, é normal. Agora, quando eu começo a interpretar a vida eh que ela será impossível, porque aquela pessoa não estará mais presente, aí eu tenho que buscar ajuda, porque eh eu estou dizendo que a vida se torna impossível a partir da ausência daquela pessoa. E isso não é saudade, isso não é um luto, isso é algo que duvida da sua própria capacidade. Eu eu eu vivo meus lutos muito intensamente. Não tenho menor vergonha de dizer isso. E eu sou uma pessoa que choro muito fácil, muito fácil. Hoje mesmo quando eh vi a notícia da morte da preta Gil, me veio lágrimas nos olhos. Porque eu sempre me boto assim na posição. Eu hoje tô com 59 anos, a Preta Gil morreu com 50. Eu falei, gente, se eu tivesse morrido com 50, eu teria deixado de viver tanta coisa boa que eu vivo? Eu me boto nisso. Às vezes, quando morre uma pessoa muito jovem, eu falei: “Gente, morreu uma pessoa com 18”. Eu falo assim: “Caramba, eu não sabia nada da vida. Se eu tivesse morrido com 18 anos, eu morreria infeliz, sem saber nem que eu era infeliz.” Uhum. Então assim, eh, o luta legítimo, eh, eu acho que os amigos da preta vão passar por um luto, vão lamentar, vão sentir falta, mas a vida não se não pode se tornar impossível a partir disso, porque aí eu deixei de ter um luto fisiológico necessário para ter um uma um depressão que se encaixa no luto. É, você falou uma coisa muito interessante, que o luto é é o privilégio de quem deixou saudade, de quem deixou saudade, né? É mais sobre você lembrar-se de e de forma alegre da pessoa que que foi, né? No início é muita tristeza. Homenagem, é mais uma sobre uma homenagem do que uma sensação de perda, talvez a oportunidade primeiro é uma sensação de tristeza. Mas eu eu posso te dizer uma coisa, todos os meus outro dia eu tava eu sou muito adoro a Glória Ped, todo mundo sabe disso, é uma amiga querida com que eu tenho papos que é difícil ter com outra pessoa. E uma vez a gente tava almoçando ano passado e eu falei assim: “Glório”. Aí ela falou: “Que foi?” Ela me chama de Aninha. Foi Ana, Aninha. Eu falei assim: “Meus mortos estão cada vez mais vivos”. Ela olhou para mim e falou assim: “Como assim? Eu tô lembrando mais dos dos meus mortos queridos, mas assim, as coisas boas, as risadas, eh, de tipo assim, poxa, minha avó adorar aquilo ali. E a mãe da Glória morreu com 92 anos, Lúcida era uma pessoa muito divertida e Guguta, dona Augusta. É, e ela sempre tava com a gente conversando uma memória prodigiosa. E eu me lembro que ela falou assim: “Interessante, você tá falando que outro dia eu tava pensando nisso.” Aí eu falei assim: “E, eu fui almoçar na casa dela, falei assim: “E impressão minha ou você tá ocupando o lugar dela?” Ela falou: “Pois é, eu agora tô almoçando e tô fazendo as refeições no lugar”. Eu falei: “Então ela tá viva em você”. Pois é, isso que é o bacana quando a gente descobre que os nossos mortos estão vivos na gente. É, toda vez que eu vou ver um teatro, uma coisa nova, eu lembro de uma madrinha minha que foi que ela me levou ao teatro pela primeira vez. Ela me levou para ver o último show de Elias Regina mesmo. Eu me lembro que eu falei: “Não, a minha mãe não, ela tem prova amanhã”. Falou assim: “Mas ela já estudou. Elizina é um fenômeno, ela tem que ver.” E me levava. E eu de vez em quando, quando vou num lugar que ela estacionava o carro pra gente ao teatro no shopping da Gávia, eu eu olho assim, falei, de vez em quando eu olho o carro dela ali e falo: “Cara, que coisa boa”. É, é como se o tempo vai passando e aquela dor da perda se torna incorporação do que foi bom. Aí é aí eles ficam vivos dentro da gente. E posso te dizer, aí é bom demais. Legal. Isso é uma coisa que aconteceu comigo depois de 50. Por isso que eu tô dizendo, tá sendo bom envelhecer. Os meus mortos estão aqui, mas estão alegres. E tem uma música do Thiago York, eh, linda, que ganhou até o prêmio ano passado, ano retrasado, que ele fala: “Qual é o tempo daí? O o qual é o cheiro daí? O seu, eu não esqueci. É uma música linda. Qual é o nome, Tla, dessa música? Chagork. É, ele ganhou um prêmio que fala dessa saudade de alguém que já foi. Hum. É linda. É linda. Tudo que a fé pode tocar. Tudo que a fé pode tocar. Esta música, para quem tem um luto é maravilhosa porque é a saudade do café, é o cheiro que volta da pessoa, das lembranças. Então eu posso te dizer, se a gente passa pelo luto direitinho e a gente passa a valorizar o que foi bom, eh, essas pessoas vão estar dentro da gente, mas de forma positiva, com as qualidades. Está vivas ainda, né? Estão vivas. Exatamente. Poxa, esse é um ponto de vista que eu nunca tinha ouvido e é muito bacana, muito reconfortante mesmo. Para quem perdeu alguém, eu tenho certeza que vai ajudar muito. E eu não tô falando da boca para fora, eu tô falando de tá sentindo isso e é uma coisa muito bacana, Felco. É muito bacana. Que legal, que que bela forma de ver de ver a passagem, né? Porque a morte é uma passagem dessa vida, né? Que bela forma de ver essa passagem. E e faz todo sentido, né? você manter a memória viva. Enquanto a memória da pessoa tá viva, enquanto ainda o que ela deixou, os ensinamentos tá viva, as experiências, a pessoa ainda tá viva, mesmo que não esteja presente, as brincadeiras bobas, assim, é muito interessante isso. Eh, com o tempo só fica coisa boa. Por isso que eu digo, eu eu hoje sou uma pessoa já há bastante tempo que eu vivo para criar boas memórias. Me chame para coisas boas. Uhum. Porque assim, eu não vou perder meu tempo com coisa que não vai me dar boas memórias. Sim, né? Porque assim, e boas memórias nos outros também. Uhum. Porque todo mundo vai. A diferença que a gente não sabe. Eu brinco que nem aquele filme Sou, né? Sou que tem a fila. Às vezes alguém pula fila, às vezes você se adianta. Às vezes aquele mais novo que acha, você acha que não ia, vai na frente, aquele mais velho demora mais. Uhum. A gente não sabe a ordem da fila, mas eu vivo todo dia para poder, tipo assim, se for o último dia, tá valendo. Sim, tá valendo. Você fazer coisas hoje que o seu tempo seja bem utilizado. Com certeza. Com certeza. Por exemplo, quando a gente se falou lá no no Instagram e eu falei assim, eu eu tava tirando, eu tirei 20 dias de férias depois de 15 anos, eu só tirava cinco, cinco, oito, assim, esticando, né? feriadinho. É. E aí quando você falou, falei: “Putz, eu não vou poder, mas eu posso em julho”. Você lembra que eu falei? “Eu posso”. E eu tava muito feliz para vir aqui, porque eu falei assim: “Tem certeza que não vou lá desperdiçar meu tempo? Ah, vou fazer o tempo valer.” E tá valendo. É, tá valendo muito para você, para mim e com certeza para todo mundo que tá assistindo aí, né? E com certeza vai ajudar muita gente aí, né? Ô, vamos começar a rodar os donates. Então, tem umas perguntinhas que o pessoal colocou aí. Mandem as perguntas aí do do pessoal que tá assistindo a live aí. Boa noite, Felka. Boa noite, Dra. Ana Beatriz. Bom, primeiro de tudo, sou muito fã dos dois. Queria que a doutora falasse um pouquinho mais sobre quais as principais diferenças entre o borderline e o bipolar, porque eu estou sendo avaliada pelo meu psicólogo e ele tá em dúvida entre eu ser bipolar ou borderline. E aí ele falou para eu ir atrás de um psiquiatra para me dar um diagnóstico, né? É isso. Beijo. Como é o nome? Ela. F. F. Fê. Vamos lá, F. Boa noite. Obrigada aí. você tá assistindo a gente. Eh, vamos lá. É uma é uma dúvida muito comum, tá? Não é algo raro de acontecer. O que acontece é que na hum no borderline você tem uma instabilidade eh muito maior do que uma troca de estado de humor. No bipolar não. Você tem uma troca de humor muito marcada. Então você tem aquela fase que você fica, é acelerada. fica com pensamentos de grandeza, eh, baixa a necessidade de sono, eh, que a gente chama da da euforia ou da mania. E você tem aquela fase que é oposta, é uma depressão, é uma paralisia, é um não conseguir fazer, é um, é uma alteração de nível energético imensa, né? uma muito e outro muito baixo. Já o borderline, você não tem essa variação tão marcada por períodos. Isso acontece eh mais vezes caracterizando muito mais uma estabilidade que tá sempre ligada a um fator, por exemplo. Então é uma frustração, é a perda de um relacionamento ou uma briga ou uma sensação de rejeição que faz com que você eh fique mal, mas não necessariamente uma depressão. Agora, existem casos que você pode ter os dois associados e é um grande desafio o tratamento. Eh, por exemplo, a questão da automutilação é mais comum no borderline. Essa autopercepção sempre negativa, eh, de ser uma pessoa inadequada, de ser uma pessoa rejeitada, é muito mais do border do que do bipolar. Então assim, tem características diferentes, os tratamentos são totalmente diferentes, por isso que é preciso fazer esse diagnóstico diferencial e realmente um bom psiquiatra vai poder fazer, fechar esse diagnóstico, mas não é incomum as duas coisas e sempre lembrar para ver origem genética. Qual é a história genética na tua família? E o o que você tem, quem tem de forma semelhante, tá? Porque, por exemplo, o bipolar tem uma marcação genética maior do que o borderline. Então, você teve essa essa estrutura traumática de infância, isso fala mais a favor eh do borderline, mas é bem comum e vou te dizer, os dois quando você acerta no tratamento muda a vida. É antes e depois. Muito bom. Ten próxima pergunta. Muito legal. Bipolar PDHI feliz mandou R$ 10,73. Doutora maravilhosa, eu amo a doutora Ana Beatriz, também tenho TDH e ela me ajudou a me aceitar e aprendi o into, além de uma paixão forte por ela. Tá atendendo consulta particular. Deus abençoe geral. Eita. Foi uma declaração de amor pra doutora. Foi uma declaração paixão forte por pela doutora. Muito obrigada. Muito ob. Mas se tem, se trate. Eu tenho TDH. Tenho. É, é o tratamento para TDH é a dopamina, né? É porque o que que é o TDAH? É um cérebro que funciona mais. Eh, a gente tem o lobo frontal que funciona menos. Como o lobo frontal é o maestro da orquestra cérebro, ele filtra o excesso de pensamento, o excesso de impulso. Então, quando esse lob frontal que é movido pela dopamina funciona menos, tudo ali tá mais. Então, você pensa mais numa velocidade maior que a média. Então, você acaba começando várias coisas, não concluindo nada. Você impulsivamente toma atitudes que depois você fala: “Por que que eu fui comprar isso? por exemplo, tem a menor utilidade. Então, e isso faz com que você também, como você tem os pensamentos eh muito congestionados, digamos assim, faz com que você eh não foque a sua atenção de uma forma eh produtiva na hora que você tem que eh ter. Ao mesmo tempo, quem tem TDH, quando tem coisas que dão tesão e paixão, aí você faz o tal do hiperfoco, aí que você não consegue sair daquilo. Por isso que eu levei 15 anos para tirar 20 dias de férias. É hiperfocada. Ô doutora, você, ô Bia, você hoje você faz tratamento com com remédio do do TDH? Mas eu fiz durante uma época, usei a antiga ritalina e usei uma coisa chamada buspirona que era para ansiedade, porque o TDH ele em geral vem junto com ansiedade pela velocidade. Ele tem tem o tratamento de uso contínuo ou é só pontual? Por exemplo, vemvan, se não me engano, é pontual, né? Quando quando a coisa tá quando você precisa concentrar, toma um vemvance. É porque nem todo mundo responde a psicoestimulante. O venvance ele ele é um psicoestimulante, pode ser muito bom, mas o problema é que ele tem um efeito acumulativo, que depois ele começa da insônia, irritabilidade. Então a gente tem que ter muito cuidado que nem todo TDH precisa de psicoestimulante. Tem uns que respondem muito mais a coisas eh feito neuroedback, por exemplo, que é uma ginástica cerebral que você faz uma ginástica para o lobo frontal. O que que é o neurofeedback? É um o neurofeedback é um é você é um mapeamento cerebral que você vê a atividade cerebral elétrica em tempo real. Então você começa a trabalhar aquela atividade, pode ser através de jogos, por exemplo, pode através de filme, você começa a trabalhar aquela atividade para que você tenha mais ondas eh beta, que é onda de trabalho, você começa a desenvolver esse esse lob frontal para que ele se organize melhor. Então, neurofedback é uma neuromodulação que é muito bacana pro TDH, muito. Mas é sem sem é uma coisa de de hábitos mesmo que você vai adquirindo ali assim. Não, não existem é maquininhas que você faz maquininhas, mas não é não é com remédio nem nada, é só não o neurofeedback não. Vai vai ver onde não tá legal e vai colocar atividade que estimula. Exatamente. Exatamente. Que você pode associar a remédio também pode, não tem problema. Mas, por exemplo, quando eu tratava, eu meus meus adolescentes todos que usavam psicoestimulante, que é a Ritalina Concerta, o Venvan, nunca gostei de passar. Eh, férias eu mandava suspender. Entrou de férias mandava suspender. E eu sempre tratava a questão de você descobrir o o TDA funciona. Quando você descobre o talento dele, esse hiperfoco é levado para desenvolver sentido e propósito. É, talvez seja o o transtorno mais fácil de responder a sentido e propósito. É porque o que que acontece quando você eh faz uma coisa que já é um talento seu? Eu sempre fui voer de gente. Eu sabia que eu ia ter que ir por por aí. Não sabia o que nem como. Eh, você libera dopamina. O hiperfoco nada mais é do que a liberação de uma dopamina endógena natural que você se você conseguir direcionar o hiperfoco para algo que é produtivo e faça sentido com a sua alma, daí vira uma máquina. Aí é difícil parar, gente. É que legal, né? Que legal. Ô Adriana, roda mais um uma donatezinha aí para nós. Anônimo mandou R$ 10. Boa noite, Felca, Adriana e Ana Beatriz. Doutora, trabalho no período noturno, pois tenho muita fobia social. Só durmo de dia até nas folgas. Tudo para evitar contato humano. O que fazer para melhorar? É as pessoas aí vampiros, né? Vamos lá. Olha, fobia social. As pessoas confundem fobia social como disse assim: “Ah, a pessoa não gosta de se socializar”. Não. Fobia social, as pessoas queriam muito se socializar, mas as pessoas passam mal diante da possibilidade de socialização e principalmente de ser foco de atenção. Eu tinha muita fobia social, eu fugia da escola. Eh, e e principalmente se tivesse festa, apresentação, eu não conseguia, paralisava. Eh, então a fobia social na realidade é um tipo de ansiedade. É ansiedade de tá exposto, de tá sendo centro de atenção. Porque quando você é centro de atenção, por exemplo, que a gente tá fazendo aqui, você tá aberto a críticas. Uhum. E o a questão da fobia social é o medo dessa crítica. Toda ansiedade é medo. Então, a ansiedade social é o medo do que o outro vai pensar. Mas quando você vai trabalhando, primeiro que fobia social tem tratamento e através da psicoterapia de linha cognitivo comportamental, você vai se expondo a isso de forma gradativa. E eu torno a dizer aí quando você descobre qual o seu talento e você começa a dominar aquilo que você faz, aquilo que você vai falar e vai treinando isso, chega uma hora que isso, eu brinco que tá na veia e aí sai naturalmente. E assim o que vão falar, vai ter sempre gente na vida que vai gostar de você e vai ter sempre gente que vai te detestar. Aconteça o que acontecer. Ninguém vai agradar ninguém. Quando você parte desse princípio que você tá fazendo o que você gosta de fazer da melhor maneira, as críticas virão, mas você tá dando o teu melhor, OK? Segue, segue, porque assim, no mundo que a gente vive, se você não for criticado, você nem existe. É verdade. Então, a gente vai se acostumar com isso, mas não vai deixar de viver. Maravilha. A crítica é um termômetro, né? Exatamente. É muito preocupante você tá fazendo algo e não ninguém te critica. Significa que talvez não esteja tão bacana assim, né? Ou ninguém ou todo mundo concorda com você. Você fala: “Não é possível. Eu você porque você tem que suscitar no outro até tipo assim. Pera aí, não concordo.” Ok. Sim, sim. Tem problema nenhum. É totalmente, né? Cadê? Tem mais uma donatezinha para nós? Mais alguma perguntinha? Boa noite, Dra. Ana Beatriz. Tudo bem? Acompanha seu trabalho já faz tempo. Sou seu fã. muito mesmo. Eu sofro de ansiedade, às vezes eu tenho um pico de ansiedade, eu não sei explicar de onde vem. Eh, e eu gosto muito de aprender as coisas muito, muito, muito. E logo eu me desinteresso muito rápido também. É como se já perdesse a emoção. Seria alguma coisa, doutora, ou não? Olha que interessante. Eh, você falou de ansiedade, isso é fato, mas você falou de uma coisa que chama muito mais atenção, que você começa empolgado nas coisas e daí troca. Isso é muito mais característico de déficit de atenção e falta dopaminérgica do que da ansiedade. Me parece que a ansiedade tá acoplada aí, que é bem comum você ter déficit de atenção e transtorno de ansiedade generalizada. E esses picos de ansiedade talvez estejam dentro dessa eh desse transtorno de déficit de atenção, impulsividade, porque isso que você falou de começar e largar é muito muito típico. Eu fazia isso demais. Então assim, procura uma ajuda, procura um bom psiquiatra, porque talvez você o tempo todo teve um cérebro mais velógico, mais pensamentos e isso sobrecarrega o cérebro e dá ansiedade. E aí você só percebeu quando dá ansiedade, não percebeu esse funcionamento prévio, vale a pena dar uma investigada. É legal o e essa coisa de começa, sai, começa, sai, tudo tem que sempre vai trocando, né? Muito comum ver pessoas que começam um projeto já abandona, daí começa um outro, daí já abandona. Daí daí vai vai pulando de gal típico do TDH. É TDH isso. Muito típico. Ou então procrastina, né? Hum. Começa um troço aí vai, né? Aí só vai pro vira-va. Sabe aquela coisa assim? Aí eu quando escrevo um livro, o editor fala: “Não, faz quando você quiser entregato o prazo e me dá um prazo curto”. Sem prazo não, não adianta. E aí eu, porque essa coisa da responsabilidade do ter que dar conta, isso dá uma dopamina. É, né? É, porque tem muito aquela coisa de deixar pra última hora, né? Porque a última hora, esse última hora libera dopamina. Hum. Você fica ativado. Claro, porque aí você vai pro tudo ou nada. Aquela assim, agora eu vou, agora eu vou. Só que tem que você viver assim de virava é exaustivo. É, não vale a pena. Você envelhece. Tudo envelhece muito. Então, vale a pena você saber que é assim e criar hábito para fazer o que tem que ser feito. Você se entender, né? Você saber que você tem ex autoconhecimento e agir em cima disso, né? Você Mas você hoje quando vai escrever um livro, você consegue ter uma um hábito diário ali ou você costuma deixar ali no prazo ali no último caso? Eu me torno quase toque. Eu faço um ritual de produção para escrever. Eu abandono tudo. Eu fico 3 meses dormindo às 9 da noite, acordando às 5. Caramba. Eh, desligo o celular, desligo tudo. Aí eu come, tomo café da manhã, começo às 6:30. De 6:30 eu vou até 11:30. 11:30 eu faço um lanche, não posso nem comer comida porque senão pesa e eu não consigo estender o resto da tarde. Aí meio-dia eu como uma coisinha e leve de 11:30 meio-dia e aí vou pra segunda etapa e quando é 3 horas paro, finaliza, finalizo aquele dia, mas deixo esse dia todo pautado na véspera. Amanhã eu vou escrever isso, isso, isso, isso. E 3 horas eu paro tudo, pego a bicicleta, tenho que dar duas voltas na lagoa, que nem o maluco ouvindo eletrootango. Caramba, é todo, é todo um ritual e fechado, né? E volto para casa aí, já começo a ver que que é umaango, eletrotango, dá um barato na minha cabeça e andando de bicicleta, né? E aí, eh, volto para casa, aí que eu faço uma refeição melhorzinha, pauto o que, o que veio na cabeça quando eu tava fazendo atividade física. E aí quando é 8:30 eu já tô me retirando. Tanto que no período de escrito os amigos ligam, falam assim: “Que isso? A gente vai te ver quanto?” Falei: “Nem responda.” Fala: “Você já sabe que eu funciono”. E se não for assim, não acontece. Aí tem gente que fala assim: “Ah, mas eu eu faço assim, eu viajo”. Falei: “Para mim não funciona, gente. Esse ritual para mim me organiza”. É quase um retiro espiritual ali, né? Você se retira por três meses. É solitário. Solitário. É bem solitário. Isolamento ali que você três meses isolada do mundo, mas traz uma uma obra aí que perdura o tempo. É um hiper foco, né? É aquilo que você fica ali. Mais dons. Adriana, Gustavo Araújo mandou R$ 10. Felca, parabéns pelo seu conteld do Sou muito seu fã. Doutora, gostaria de saber quais estratégias e ou recursos naturais que posso utilizar para melhorar ansiedade. Recursos naturais. Naturais. Vamos lá. Primeira coisa, dormir bem. Não existe qualquer possibilidade, porque o sono, bem diferente do que as pessoas acham, eh, que é um um luxo, é uma necessidade. Durante o sono, a atividade cerebral é intensa e tem uma coisa, é uma faxina que ocorre durante o sono, eh, de quase desintoxicação e de selecionar o que que vai ficar de boa informação e não vai ficar. Então, o sono é necessário. Beber bastante água. Você tá falando de coisas naturais. Eu tô falando bastante. Água é 2 2,5 L por dia, pelo menos, mas é água, não é nem água com gás, nem água. Água, tá? Eh, por quê? Porque a água ela tira esse excesso de adrenalina. Hum. Legal. Que a gente tem. Não precisa muito. Quando a gente fica nervoso, o que que acontece? Quer fazer xixi toda hora. Uhum. Já é uma defesa do organismo. É alimento evita cafeína. eh evita alimentos que possam eh fazer pico de de açúcar muito rápido, porque quando você come coisas muito calóricas, principalmente a base de açúcar refinado, eh você faz um pico de açúcar. O pico de açúcar causa uma ansiedade que a gente não nota, porque causa uma agitação. E atividade física, isso aí é indiscutível. Aí você vai falar: “Ah, qual?” A que você gostar. E se não gostar, experimenta fazer que você vai ver o efeito, né? Ou aeróbica, ou musculação, ou dança. Faz uma, mas faz três meses. Não desiste antes de três meses, pelo menos três vezes na semana. Não desiste antes. E se você conseguir meditação, meditação não precisa ser uma coisa chata. Você pode meditar. Eh, eu tenho um livro chamado felicidade, ciência e prática para uma vida mais feliz, que tem um capítulo que eu faço só de falo de meditação e dou a meditação que eu faço que é facinha, pode fazer sentado, pode fazer deitado, pode fazer onde tiver que funciona e você vai fazer aquilo 8 minutos por dia. Se quiser fazer 10, ótimo. Não precisa aquela coisa que a pessoa, ah, tem gente que tem que meditar oito por dia. Não, nada disso. coisas possíveis, porque só isso já vai melhorar muito a tua vida. Maravilha. Eu senti que teve uma expectativazinha do chat de você ter fal de você falar de maconha. A maconha ajuda a ansiedade, atrapalha. Maconha ou CBD? Não, o CBD ele ajuda, né? O CBD para algumas coisas. Olha, eu diria o seguinte, eh, é tão relativo, porque o problema da maconha é que primeiro hoje você não tem uma maconha pura, né? Troço é misturado, você não sabe a procedência. A maconha pura, ela seria muito cara, né? Sim, mas a proc e não é legalizado também. E você não tem noção do que tem ali. É, a verdade é essa. Tudo onde é estocado. Ex. Onde é? E outra coisa, se você faz um uso abusivo, vai ter a questão de você começar a produzir dopamina só em função daquilo. Então, já vi muita gente querer diminuir a ansiedade com maconha e criar um outro problema, porque aí não conseguia transar sem fumar maconha, não conseguia comer porque o apetite fica condicionado, então você cria um outro problema. Então assim, não é a primeira primeira escolha. Vamos fazer as coisas básicas primeiro para depois você ver. E tem gente que se dá com maconha, tem gente que não se dá, tem gente que faz muito bad viagem ruim, bad trip, né? E a maconha tem aquela coisa, porque quando algo é muito prazeroso, e corrig se eu tiver errado, né? Com a pornografia, Uhum. Você recebe tanta dopamina que os seus reguladores ali de dopaminas ficam meio desequilibrados, não? E daí no dia a dia você não vai sentir tanto prazer porque você tá recebendo uma bomba de dopamina. vai precisando de mais, mais. É, isso é perigoso para caramba, porque daí você não vai sentir prazer na vida, só vai sentir prazer na maconha ou na outra. Exatamente. Então, ela tem o o a questão de de risco. Aí tem gente que fala assim: “Ah, mas ela não mata”. Né? Realmente ninguém morreu de overdose. Uma coisa, é uma coisa que eu que observo, mas mas você pode ficar uma pessoa um pouco a motivacional. Meu, uma coisa que eu observo, Bia, muito, muito, muito, muito, e as pessoas não falam muito sobre isso, é que como eu tô nesse, nesse meio de influência, artistas, conheço bastante artistas, assim, humoristas, cantores, é, muitos f maconha, é cigarrinho de artista que chama, né? Sim, sim. E eu percebo que o cara tá crescendo, tá prosperando, tá produzindo. Quando começa a fumar maconha e fica viciado, a pessoa não percebe. Eu sinto que ela começa a ficar meio só sobrevivendo ali, existindo. E eu vejo muito isso acontecer e posso tá errado e quero tá errado. Mas, por exemplo, posso citar um aqui? Posso citar? Não deve. Não devo, não devo. Melhor não. Mas é público, é sigilo médico. Sigilo médico. Como a live é com médico, vão fazer, mas é público. É público os aquele negócio, eles podem falar, nós não podemos. É verdade. E eu percebo que tem uma certa regressão, a pessoa vai meio que ela não tem mais aquele impulso artístico de criação, de projeto. Isso acontece mesmo ou é uma impressão minha? Olha só, isso se chama síndrome amotivacional. O que que é amotivacional? você vai perdendo a motivação pelo excesso. Hum. Por exemplo, John Len não teve isso. Posso falar John Len não teve com maconha? Teve. Se lembra? É, é claro que não é da tua geração, mas você pode dar um um Google com chat GPT também. Eh, não teve uma época que o o John Lennon e Oco ficaram deitadinho numa cama fazendo protesto pela paz. Uhum. Aquilo ali foi a base de muita maconha. muita macon o dia todo, mas muito o dia todo. Então, por isso que fez um fenômeno aquilo. E você vê que a produtividade, a criatividade vai diminuindo porque você vai perdendo a motivação. A criatividade ela precisa de impulso. Então, se você vai anestesiando, é que deu excesso de algo também. Se você vai anestesiando, você vai tirando, vai tirando muita ansiedade, porque você vai chapando, você não fica ansioso. Em compensação você perde o impulso criativo. A criatividade dá impulso. Motivacional. Isso é uma das consequências do excesso da maconha. É, caramba. E eu percebo muito isso mesmo, né? A pessoa vai começando a estar num estado, entrar num estado vegetativo. Macenha não é tão, tão inofensiva quanto vocês pensam. Não é porque tem essa descarga de dopamina. Agora, outra coisa é o CBD, quando você tem CBD que tem zero de THC, que é a a parte da maconha, ser legalizada e tudo, né? Sim. A parte da maconha que dá o delírio, que o excesso pode dar uma viagem esquisita. Isso dá improdutividade. Mas isso são casos específicos. por exemplo, eh, pacientes com teia que tem convulsão, ajuda muito. Isso é um fato, ajuda muito mesmo, né? Tem várias outras indicações, mas cada vez o desafio é qual é a dose e qual é o tipo de CBD e se qual é o teor de THC, que é a substância da cannabis que dá essa essa onda, digamos assim, essa desconexão da realidade. Mas a sua percepção é muito interessante. A motivação total, né? Pois é, porque eu via isso, não via ninguém falando e eu eu percebi, reparei assim, sabe? E fica repetitivo, né? É, já notou também. Sim. É, a pessoa fica, ela fica sobrevivendo, ela não tá mais e fica como se fosse mono, monoassunto. É, só fala de maconha. É, ou se só fala de uma coisa ligada à aquilo. É, a pessoa vê, ela não se vê, ela não se vê e você fala assim, gente, a pessoa você espera às vezes, não sei, né? Eu espero às vezes sempre que conheço alguém, tipo assim, tomara que essa pessoa fale alguma coisa que eu acho bem legal, que aquilo vai despertar um dentro de mim algum novo caminho neuronal. Eu sempre tenho essa expectativa. E a pessoa fala a mesma coisa e fica na, eu fico olhando assim, eu falei: “Gente, é, não é sustentável, né? Não é sustentável.” Mas o negócio é que a pessoa não se vê, né? né? Se o cara te conseguir encaixar na rotina é legal, mas é muito difícil porque tudo que libera dopamina causa visto. Você vai querer começar a colocar nos lugar onde não pode, daqui a pouco você vai estar fumando uma coisa para ir trabalhar. Daí aí você fuma para ter apetite para comer. Aí você fuma para poder o banheiro que começa a ficar condicionado para dormir. Aí você fuma para dormir, fuma para transar. Daqui a pouco você tá fumando para viver. É fumando maconha. Para fumar maconha. Daí acabou, né? Perfeito, perfeito. Ô, roda mais meus donate aí pra gente. Roda umas boas aí, interessantes. Júlia mandou R$ 10. Doutora, eu sempre pensei que era border, mas recentemente descobri que, na verdade, ten a HSD. Acompanho e adoro o trabalho de vocês dois. Um beijo. HSD. O que que é isso? HSD. Que que ela quis dizer? Ah, eh, altas habilidades. Altas habilidades. Superotação. Ah, superdotação. O Winderson tem superdotação, né? Total. Engraçado que o Winderson é tão visível, eu sempre saquei. Eh, e a superdotação, ela muitas vezes eh se camufla com TDH. Ela tem se camufla um pouco com essa hipersensibilidade do border. É angustiante porque é como se você visse o mundo e os outros não vissem daquela maneira e naquela velocidade. Eh, o Inderson é totalmente engraçado, nunca tive. Você você conhece o Indes? Muito inteligente. Con não é? Ele é um gênio mesmo. Assim, ele é muito além. Tem gente que fala do Inderson, assim, às vezes, eu acho que o Winderson tem essa coisa, ama e se odeia, né? Mas assim, a capacidade dele de se reinventar, o homem faz tudo, né? Vários talentos, vários talentos. Ele é multitalento e eu acho que talvez muito do sofrimento dele essa incompreensão, porque ele tá muito além. Eu tudo que aquele cara fala ou faz, eu paro para olhar. Porque assim, mesmo que nunca vi fazer coisa ruim, tem isso. Mas vamos supor que um dia faça, ainda assim será uma coisa diferente. Hum. Hum. que vale a pena ser visto. Interessante. Então assim, além de ser uma pessoa muito generosa, muito educado, eu acho um cara de muito, eu acho que o engraçado, eu acho que o a intelectualidade não o reconhece no Brasil. Eu acho que ele ele não é reconhecido como deveria ser, mas o público reconhece. Uhum. É incrível. Ele acabou de lotar agora um teatro e Manaus. Teatro não, estádio. 13.000 pessoas. estádio. Então eu acho assim, cara, que coisa assim, que coisa. E eu fico muito feliz dele ter esse reconhecimento, porque assim, ser reconhecido por colegas, OK, mas ser reconhecido por gente que nunca te viu, eh, que pega um um transporte, que paga um dinheiro para te ver, gente, isso é um carcar, eu acho. Ou alguém falar para você, mudei, você me ajudou a mudar minha vida. Nossa, isso é, infelizmente o Winderson com a superdotação, ele também tem depressão, né? Ele foi internado. Ele disse que grande parte da depressão dele é um sentimento de solidão muito profundo que ele tem, que ele não não não não vê pessoas eh não consegue trocar muita ideia com ninguém. Como que você enxerga isso assim? Por quê? Eu acho que essa esse hiper tudo, né? Essa superdotação que ele tem torna ele essa visão de mundo dele é muito difícil de ser. compartilhada numa principalmente numa coisa íntima. Deve ser muito difícil. E e ao mesmo tempo a velocidade do pensamento dele é um aquilo ali é um boing, né? Nem Ferrari. Uhum. Então eu acho que viver fora do time de todo mundo deve ser muito difícil. Deve ser muito difícil. Eu acho também que ele teve problemas até para tentar adequar. deve ter usado algumas substâncias. Eu nunca falei sobre isso com ele, mas assim que eu acho que camuflou e certas coisas deprimem. Por exemplo, tem gente que bebe para relaxar, mas o álcool, se você for ver lá que que é álcool, é uma substância depressora do sistema nervoso central. Uhum. Álcool, se você beber muito, você vai deprimir ou se você é deprimido, você vai deprimir mais. Então assim, é bem comum ter essa coisa da depressão no superdotado, ter essa exaustão ou ter essa solidão, né? É, acontece muito. E qual que é o que que você diria pro pro Winderson aí para ele, se ele tiver vendo, ele ele acompanha aqui, né? Se ele tiver vendo esse trecho, o que que você diria para confortar o coração dele ou mesmo para ele eh ter uma às vezes uma melhora no no nas crises? que ele já teve uma coragem absurda de se internar. Eu acho que foi inspirador. Ele ele teve um momento ali que ele viu que ele ele não tava legal. Uhum. Então isso eu já acho maravilhoso. Eu acho que ele devia se permitir entender o quanto tem gente que ama ele e que entende essa essa forma dele ser. 19.000 1000 pessoas, 13.000 pessoas no estádio de futebol. Cara, isso não é uma exceção. Isso tá virando uma regra na vida dele. Eu sei que não é só isso, mas isso é uma coisa muito grandiosa. É muito grandiosa. Eh, levar a alegria que ele leva pras pessoas, abrir questionamentos. Ele outro dia tava fazendo uma coisa com imagens do mágico de coisa fantástica. A Camila Pudim, né? Pamela podia. Que coisa. Quando eu eu vi aquilo, falei, eu não sei nem o que vem por aí, mas sensacional aquilo. E deu para ver que ele atua bem naquele naquele, ele faz tudo bem, ele compõe bem. Então assim, eh, eu diria para ele se se exigir menos, que tudo que ele faz já é muito bacana e ele não esperar que vai ser super compreendido e entender que às vezes as pessoas não podem ver o mundo como ele vê, porque ele tem um funcionamento diferente. Mas contar com poucos e bons amigos, que eu acho que isso é que vale. Maravilha. Bom, vamos finalizar. Já foram 3 horas de live. Tem uma donate muito especial aí para rodar ou melhor a gente porque já são meia-noite já. O pessoal tá querendo descansar. Pergunta, tem muita pergunta. Ixi, mas se não ficar rodando é até a se tem muita, muita pergunta porque eu a gente deixa a promessa que vai ter outra. Pronto. Na próxima a gente faz, a gente faz por tema. Boa. Porque aí quem quem fizer o donate a gente deixa boa. A gente deixa essas perguntas salvas. Na próxima live com a Bia a gente faz, viu? E o Inderson também, ele talvez esteja vendo isso, está convidado, viu, querido, para vir aqui no sofá. Vai ser um prazer conversar com você. Ô, Bia, você tem mais alguma última coisa que você queira falar? alguma coisa que vai ajudar aí, alguma coisa que vai eh causar às vezes uma mudança positiva e que tá ouvindo. Algo que você queira falar e para quem tá assistindo pra câmera pra gente finalizar. Olha, eu sempre digo o seguinte, eh aquilo que eu falei, viver para criar boas memórias. E outra coisa, tente inspirar as pessoas. Se a gente passar uma vida inteira sem ter inspirado uma pessoa, a gente viveu errado. É isso. Perfeito. Bia, gostou de participar? Adorei. Que bom. Eu gostei muito de receber você também. Pessoal, um beijo para vocês. Voltem amanhã. Bom descanso para cada um de vocês e tchau.

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