HUMORISTAS INVADIRAM A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SP

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O humorista Léo Lins foi condenado a mais de 8 anos de prisão e multa milionária por piadas consideradas preconceituosas durante um show de standup. Danilo Gentilho foi condenado em ação que nós movemos contra ele em 2016 no crime de julho. Agora você já levou processo por causa de de piada. Processo já já tem processo. A justiça de São Paulo condenou o Danilo Gentile a pagar R$ 20.000 numa indenização para a deputada federal Samia Bonfim do PSOL de São Paulo. A decisão aponta que o Gentile cometeu gordofobia contra parlamentar. Eu já quase fui preso três vezes no Brasil por causa de piada. A justiça de São Paulo condenou o humorista Léo Lins a 8 anos e 3 meses de prisão por piadas preconceituosas. Danilo Gentile, gosta dele, nazista. Da hora. Eu já consegui pedido de prisão do governo anterior e do atual. Quando Vind Diesel dá um soque a alguém, o Ministério Público não denuncia ele por agressão. Quando um homem baixa uma mulher de uma novela da Globo, você não denuncia ele por violência doméstica. Então quando um humorista conta uma piada, ele está contando uma piada. Se tá na lei e é crime, não tem condenar. Ah, cala boca. Quando o Léo Lins escolheu o conteúdo do standup que ele fez, ele deveria saber que era grande a chance ser enquadrado no Código Penal, ainda mais depois de divulgar o show na internet. Depende do lado que você tá, vão te cancelar, velho. Eu não vejo ali, no caso do trabalho do do Léo Lins, é nada que ele esteja induzindo alguém a praticar o racismo. Ah, eu não gosto de morir, cara. Muito simples você não assistir. E aí estão me ameaçando de morte, tão pedindo minha minha prisão. Ô, o apelido dele era paçoca, cara. Na verdade virou paçoca. O apelido era amendoim. Depois que ele foi atropelado, virou paçoca. Eu nunca iria a um show desse cara. Ai, Lula. Eu entra a questão da ideologia e eu fico assim naquela desgraça daqu daqueles MBL e aí peão só mete pau em todo mundo, tá ligado? Dos MBL. E aí o demônio começa com medo dentro de mim. Quando a gente colocar na mesma caixinha, aí o Oruan faz música em apologiar o comando vermelho e o Leurins faz uma piada. E aí? Aí nada, meu irmão. Prender cara comediante por causa de piada é um bagulho um pouco absurdo. E isso é o começo do fim, tá? Isso aqui é o começo do fim. Dizer o que pode, o que não pode fazer. Confia. 8 anos de cadeia. 8 anos é uma extrema de uma maluquice do [ __ ] Na humildade. Vocês ficaram doido. Essa é a segunda vez aqui no Brasil que um comediante é condenado à cadeia em primeira instância. Isso aconteceu durante o nazismo. Comediantes eram perseguidos por fazer piada sobre o regime. A mesma coisa aconteceu na União Soviética com Stalin, onde contar piada sobre o governo era a traição. As pessoas estão sacando, as pessoas estão se vacinando hoje. As pessoas sabem ler o jornal. Espero que o Leonins, claro, reverta nas nas instâncias superiores e que essa aberração não evolu [Aplausos] [Música] [Aplausos] antes que eles sejam presos, né? Tô aprovando várias leis de endurecimento penal, então eles vão ter uma vida bastante difícil quando eles sejam presos. É claro que quando eu faço a lei, eu tô pensando, né, em ladrão, estuprador e tal, no final vai ser pro Leéo Lins, né? Porque é quem vai preso. Para quem não sabe, aliás, Léo, essa é uma boa para os seus shows. Tá prestes a ser solto maníaco do parques, foi condenado a 200, mas como a pena máxima aqui é de 30, ele tá solto, diz que vai trocar de nome, é um novo homem. Então na escalação dos presídios brasileiros, sai maníaco do parque, entra Léo Lins, tem uma mudança qualitativa muito grande. Mas só dizer para vocês que prazer tá aqui. A gente vive realmente tempos sombrios em relação à liberdade de expressão, né? Quando você vê que a perseguição que o aparato do Ministério Público e da Polícia tá mais preocupado em perseguir o humorista do que em manter preso o maníaco do parque ou de perseguir. Lá em Brasília tem um caso que é o o canibal matou a namorada, depois comeu o coração dela, né? Mas aparentemente o estado brasileiro tá mais preocupado com piadas. Hoje todo mundo quer dar pitaco dizer o que que é o comédia. Todo mundo sabe, isso não é comédia, isso não é humor. Eh, mas não é bem assim que as coisas funcionam. O humor é muito eh pessoal. Tem coisa que eu posso achar engraçado que vocês não bom. Basicamente se a gente tivesse vivendo tempos normais no nosso país, a gente teria chamado esse pessoal aqui para contar piada, para fazer humor, pra gente dar risada do que eles vão falar. Só que hoje a gente tá aqui para fazer um pouco mais do que isso, para reafirmar algo que se a gente estivesse no momento normal, não precisaria ser reafirmado. Que um país que solta traficante, estupor, bandido, tudo que não presta, inclusive político corrupto e prende humorista e condena um humorista a 8 anos de prisão, não pode ser tratado como um país sério. É importante falar sobre a liberdade do humor e as pessoas entenderem que a pessoa física é diferente da pessoa jurídica como um ator de cinema, como um ator de musical, como qualquer outra coisa. A comédia é muito crua, né? O standup, principalmente, ele é muito cru, né? É a nossa cara, é a nossa roupa, é é o nosso jeito, mas não necessariamente a nossa identidade. A gente é só uma uma hipérbole aí que rola no cotidiano. Enfim, acho importantíssimo esse debate. É tudo do lado de vocês. Muito obrigado. Acho tanto o trabalho do Guto quanto do Pinho brilhante na Câmara. É, muito obrigado. E é isso. E que enrascada que tu te meteu aí, né, Lins? Independente daquilo que vem a acontecer contigo nas próximas semanas, nos próximos meses, eu quero te dizer que estamos todos no mesmo barco. Não vou falar navio por questões óbvias, né? Porque me lembra na Vios Negreiros e isso me traz memórias não muito positivas, mas nós estamos todos no mesmo barco. Algumas coisas são ditas, são mentirosas. A primeira coisa de que quando se fala de comédia se ofende não é humor. Isso é algo que tem que ser derrubado. Tava lendo no livro que chama A história do riso escánio e fala que a palavra comédia vem de comódia, que era um um cortejo grego onde os comodoói, que seria o equivalente a comediante hoje, falava impropérios, absurdos, saganava as pessoas. Então, tá na essência da origem da comédia, ofender. E ofender pode ser algo precioso para você, que pode ser algo de fato relevante, como a orientação sexual, questão racial, ou pode ser o time de futebol. O grande problema não é a ofensa em si, é achar que o estado é o regulador do que pode ser falado e o que não pode ser falado em uma peça artística. A gente não tá pedindo para que uma pessoa eh fale coisas racistas no mundo ou que defenda a criação de um partido nazista ou que fale isso sem um laudo. Mas eu tô aqui por princípio da comédia, da liberdade artística e dizer isso, cara, viva comédia, porque hoje a gente tem aqui um comediante Gui Teixeira, que ele não é famoso ainda, em breve será, mas que tá sendo acusado de racismo, um homem negro, pobre, feio, sozinho e é vítima desse sistema que quer calar. Isso vale para que? Pro contraditório também, para comediantes de esquerda. Falem o que querem, só de liberdade de falar e o público decide. Negros, judeus, indígenas, surdos, cadeirantes, idosos, LGBT e obesos. Parabéns, Léo Lins. Você realmente é um cara extremamente inclusivo. Você só esqueceu, né, de de uma minoria aí, né, dos anões do Artur do Val. Infelizmente no Brasil a gente tem que explicar o óbvio. A Carminha da Avenida Brasil, a atriz quando ela interpretou, quando ela saiu na rua, ela foi presa porque ela matou uma pessoa na novela? Não, né? Porque ele estava Não, isso aí não, não foi. Porque ela estava encenando. O Léo Lins, quando ele sobe num palco, quando ele fala sua piada, quando ele faz um texto, ele está encenando. Diferente do Oruan que é propagandista da empresa familiar do pai dele, que é o Comando Vermelho. Infelizmente no Brasil a gente tem que falar o óbvio, né? E hoje em dia qualquer piada virou um crime e o crime pra justiça é uma piada. Tempos invertidos. se a piada é pesada ou se não é, se toda piada tem um alvo, mas não importa se a piada é pesada ou não, não cabe uma condenação, o cara ser preso 8 anos e meio quase. Condenação essa que o estúo deveria ter e muitas vezes não tem, mas sai pela porta da frente. Então a gente tá chegando no momento em que a liberdade de expressão virou seletiva. Você só tem liberdade de expressão se falar o que quem manda escolhe. Léo, estamos com você. Espero que nada te aconteça de mais grave, mais do que já aconteceu, mas a gente tá junto, meu irmão. Um show de standup comedy é ficção, é uma apresentação artística. E eu não poderia pensar diferente porque, e aqui vou me valer do argumento identitário, né? Porque eu sou uma pessoa negra e eu sou uma pessoa negra que carrega na sua pele um histórico, né? um histórico de quase 350 anos de escravidão no Brasil, em que a liberdade de uma parcela considerável da população brasileira era tolida, retirada, né, proibida. O escrava não podia falar, um escrava não podia estudar, né? O escrava não podia aprender a ler. Eu sei que naquele momento e em todos os momentos em que aquelas pessoas se manifestaram e por tudo que elas lutaram enquanto elas lutaram, elas lutaram pela liberdade. E não era só a liberdade de não ser mais escravo, não estar mais acorrentado, não estar mais no domínio de uma outra pessoa, sobre o domínio de uma outra pessoa, mas foi também pela liberdade de poder se expressar, de poder falar, né, de poder emitir as suas opiniões, de poder escrever. Nunca uma pessoa negra no Brasil ou nos Estados Unidos ou em qualquer outro país em que a escravidão foi vigente, deveria sequer imaginar eh querer censurar uma pessoa porque ela disse algo. E não importa se isso é ofensivo para você, para fulano, para cicrano, para belano, as pessoas têm que ter o direito de falar, porque não ter o direito para falar já custou muito caro para pessoas como eu. O que acontece hoje é que um comediante virou um perigo nacional. A gente sobe no palco com o microfone, mas parece que tá segurando uma granada. Você faz uma piada, no dia seguinte acorda com três notificações, uma intimação, um processo e milhares de um fóum. E aí vem a pergunta: até onde o humor pode ir? Não dá para esquecer que hoje em dia o problema nem é mais o que você fala no palco, é o que alguém corta, posta fora de contexto e manda para uma tia indignada que compartilha com a legenda. Olha o absurdo. Vira especialista em liberdade de expressão em 15 segundos de um corte no TikTok. O que eu defendo aqui é simples, que a gente pare de confundir piada com crime, que entenda que rir de um tema não significa rir de uma pessoa e que o juiz seja o riso, porque quando a plateia ri é sinal que a piada cumpriu o seu papel. En galera pinta ele como escroto pelas coisas, pelas piadas que ele faz em palco, pega uns cortes e coloca. Só que pelo contrário, é um dos caras mais legais, mais bacanas que tem nos bastidores. Então acho que essa questão criminal, acho que se de repente falou de alguém em específico no palco, ah, você quer processar civilmente a pessoa por algum problema, acho que é válido, cabe, entendeu? Agora, essa questão de eh criminalmente, né, ser condenado a 8 anos, eh, na minha concepção, na minha opinião, vai um pouco além, né? Vai muito além. Então, né, de leira, que que você acha? também concordo. Se as coisas hoje recaem muito sobre o Leo Lins, é porque ele é ele é referência, né? Só se taca pedra em árvore que dá fruta, entendeu? A verdade é essa. Todos os shows que eu fui lotados do Léo e vejo também quando ele posta os stories, tal, tudo lotado no pouco, de acordo com a minha relevância muito menor, mas o pouco eu puder auxiliar de alguma forma, conte comigo aí, beleza? Falar que a comédia tem que prender o humorista, isso aí é um absurdo. O Leéo Lins pode ser preso por tantas outras coisas, né, mas não por fazer piadas. Léo Lins para mim é um professor na comédia standup, porque eu li os livros dele para poder fazer comédia e assistir os shows dele, assistir vários shows para poder fazer comédia standup. Isso é uma vergonha, calar a boca do palhaço isso é uma vergonha pro Brasil. Qual que é o limite do humor? Sempre perguntam isso. E eu pergunto para vocês, qual é o limite da toga? O que fede mais? A toga ou? Espero que por essa eu não seja preso. O o Léo Lins, o Danilo Gentil, entre outros humoristas também foi perseguido pela direita e pela esquerda, né? Infelizmente eles tm mesmos mods operantes e é mods. E por isso eu resolvi também criticar os os dois nas minhas redes sociais. Vocês sabem porque Bolsonaro não luta box? É porque ele não sabe dar um golpe. Mas o Lula aguenta mais de 20 assaltos. Liberdade de expressão, uma coisa muito importante que tá sendo nos tirada ultimamente e o humorista tá sendo perseguido. Uma coisa que antigamente a gente chamava de entretenimento, agora tá sendo levada como crime e é muito ruim viver num país onde você não pode fazer uma piada de mau gosto. É ou não é? Aliás, a piada ela tem que ter liberdade para tocar todas as pessoas, não é verdade? Então eu acho que pessoas que não têm senso de humor não podem ficar julgando as pessoas que têm senso de humor do que que elas podem rir ou do que que elas não podem rir. Ah, nessa boca, perdão. Boa noite, pessoal. Tudo bem? Bom, ainda bem que vocês estão bem. Ó, eu queria agradecer primeiramente a perdão, a Guto, agradecer o pessoal por ter chamado eu. É muito difícil hoje em dia com síndrome de Toré ser chamado para alguma coisa, mas acho que Deus abençoe eu com essa síndrome, porque desde pequeno eu tenho essa porcaria, né? E qual que é o fundamento assim, a base do standup? É o quê? primeira pessoa, ela brinca com ela mesma, né, dos defeitos dela, as coisas, dos defeitos, dos problemas dela, para depois ela fazer zoação com as outras pessoas, né? E nisso eu não aceitava, porque eu fiquei 7 anos trancado dentro do meu quarto com vergonha da síndrome, né, da pessoa que eu sou. Esqueci que ia falar esque Ah, lembrei. Cala a boca, chupa de Kev. Perdão, desculpa, macaco. Perdão. Então, eu juro, eu juro. Ah, eu juro, eu juro. É verdade, é verdade. Cabeludo, perdão. E e o standup, cara, ol muito importante na minha vida, porque primeiro eu conheci o o Danilo, né? Sou grato demais pela porta que ele abriu pra gente ali no no Roda Solta. A gente sabe que é lógico, não é por questão de de piada, né? Eles arrumam um meio para ferrar o cara por causa do do que ele pensa a respeito, talvez de política, de qualquer outra coisa, né? Você não faz o L, você toma no cu. A verdade é essa, tá? É, infelizmente é ladrão, perdão. Então assim, careca do Est, perdão, vai tomar, perdão, espírito Alexandre, desculpa. Então assim, é verdade. Juro por Deus, cala a boca também. A minha concepção da Torete começou a mudar o meu modo de pensar a respeito da minha situação. E tudo isso por causa do standup, entendeu? Por causa da piada, por causa do humor, que foi o que mudou de verdade mesmo, galera, que foi realmente, lógico, primeiramente é Deus, né, que me ajudou. Sou evangelho. Cala a boca. Perdão, respeita Deus. Oi, Deus. [ __ ] ele é pequeno mesmo, Artur, né, velho? Caral, Artur, eu tava vendo. Ah, isso aí não foi tique, não, hein? Não, eu tô falando. Faça não, hein. É que você é pequeno. Achei que você era maior bombadão, [ __ ] Mostrar o que é grande. Ai, que delícia, cachorro. Sabia que ele mordia fronha. Tá, então vai tomar no seu. Perdão. 8 anos. Desculpa. Oito anos é tranquilo. Tá de boa. Passa rápido, viu, Léo? Tá de boa. 7 anos trancado, confinado dentro do meu quarto. 8 anos é de boa. Ih, vai tranquilo, [ __ ] Brincadeira. Brincadeira. É um absurdo isso, né, gente? que a primeira o cara vai ser preso porque fez uma piada, [ __ ] Peão roubando não sei quantos. Ah, falando em roubo. Ah, eu vou falar, eu vou. Perdão. Um buca tava falando aí. Dá licença, não atrapalha. Gordo chato do [ __ ] Perdão. Eu te amo, gordo. Você vê a vagabund da janja, perdão. Aí você vê assim. É, é verdade. É verdade. É brincadeira. O negócio é sério. Ai, a janja bem que eu tenho lento lá. Ah, essa boca. Perdão. Oi. Vou virar. Você vai ver. Vou fazer parte da MBL. Vai por É bom que tem, é bom que tem lá o do G. Ah, bom, é bom. Quero agradecer o MBL e que um dia todos nós possamos ter o coração aberto pra piada, ter o coração disposto a reconhecer o talento do Léo Lins de verdade mesmo. O cara é talentoso demais, velho. Nou que festa show para [ __ ] velho. Pô, você é [ __ ] Eu sou seu fã, irmão. Ó, eu sei que eu não sou nada e não tem nada, mas se um dia você quiser contar comigo, pode ficar à sua disposição. Verdade, Goguto, de verdade. Obrigado, Muca. Muito obrigado, de verdade, eu te amo. Ô, ô, Barba Branca, obrigado. Deus abençoe. O cara, eu amo seus vídeos demais. Você é [ __ ] Você, você é [ __ ] Só precisa parar de xingar os caras papão. Gostar de você. É, mas verdade, gente. Muito obrigado. Deus abençoe. Eu não quero parar de falar. Valeu. Bom, deo, eu tenho certeza que você inaugurou várias palavras que nunca foram faladas num púlpito aqui na LP. Então, parabéns por isso, né? Muito além de vocês que são só fãs. Eu sou fã e tenho a oportunidade de dividir o carro por algumas horas com Léo, dele contribuir com a minha vida e de eventualmente ele ajudar até no aniversário do meu filho. Então, quando ele é cancelado e alguém prejudica o trabalho dele e o ganho dele, não prejudica só ele, prejudica todas as pessoas que trabalham com ele e todas as pessoas que se curam pelo trabalho dele como de leira. Eu fui uma pessoa que fui curada por ele, que trabalho com ele e que fui ajudado por ele. Então eu devo muito a esse cara e se todo mundo conhecesse, saberia o quanto incrível ele é. Obrigado, gente. Assim, acho que acho que ninguém aqui tem mais lugar de fala para dizer isso do que eu, né? Tô no lugar onde fui caçado por um áudio privado, sem crime. E o que que eu vi acontecer comigo naquele momento? Rafinha Abass uma vez, cara, ele fez aquela piada com a Vanessa Camargo e pegou mal porque ela não gostou e o patrocinador do programa não sei que e tarará. E aí eu lembro bem, cara, da atitude do Marco Luke. No meio da confusão toda, não sei quê, o Marco Luk foi lá, fizeram uma entrevista com ele, eu admirava o cara, pô, você assiste os caras, não seiq quecer lá bancada, pô, aquela interação, a galera maió legal, tal, e o Marco Luk deu aquela, não deu aquela empurrada, mas deu aquela, sabe, só aquela umbradinha pro cara na fogueira. Marco Luk falou o seguinte: “Porra, meu, ó, esse tipo de humor aí que o Rafinha Bastos faz, né, eu não gosto muito de fazer, né? Eu gosto mais de tirar sarro de mim mesmo, né? Eu acho que é mais saudável quando você tira sarro de si mesmo, sabe? Quando dá aquela sinalizada de virtude de leve, né? O cara não condena. Quando eu mandei o áudio aqui, eu sabia, ã, que o papel dos meus inimigos, o papel dos meus oponentes era justamente aproveitar um escorregão meu para tentar me ferrar. Isso aí é do jogo. O que que a gente nunca espera e o que que aconteceu comigo? A galera que dizia estar ao meu lado, inclusive hoje gente que a rota liberdade de imprensa, liberdade de expressão, né, no Congresso Nacional, não sei o que lá, articulou pelas costas a minha cassação. E eu lembro de um nome que nem vou citar aqui, que nem tá aqui mais, né, um cara irrelevante, mas vários caras, inclusive do partido novo, que diziam para mim: “Pô, Artur, tamo junto, o cara que passou Natal na minha casa com meu pai ali, [ __ ] tamo junto, irmão, você é maor amigo, demorou.” E na hora que o bicho pegou, o cara, [ __ ] meu, tenho que ir lá voltar tua cassação, né? A pressão tá demais, né? Então, quando eu vi o que aconteceu com o Leéo Lins e eu vi aquele aquele vacilão lá do clube do Mió, como é o nome dele mesmo? O Patrick Maia e tantos outros, né? Dando aquela sinalizada de virtude, não, o humor só é humor quando não ofende ninguém. E sem entrar no mérito específico do humor, porque todo mundo já falou disso daqui, eu acho, eu acho que tem uma coisa para além disso que a gente tem que entender do que a gente quer ser como ser humano, velho. Que tipo de pessoa você quer ser? Você vai ser aquele lixo? E não tem outra expressão, desculpa falar a palavrão aqui. Você vai ser o [ __ ] que a hora que o Calo apertar, você vai dar aquela empurradinha de leve no teu brother, na fogueira para você sinalizar virtude publicamente e você vai ser o cara que vai estar até o fim. Então, quando eu olho para meus amigos do MBL aqui, cara, eu vejo gente que quando eu eu joguei uma bomba atômica no meu movimento, a galera falou: “Meu irmão, se for para queimar, nós vamos queimar junto, velho. Dá mão aqui, nós estamos junto de verdade.” Isso não tem preço. Isso constrói história. Isso constrói uma militância, uma galera que independente da popularidade, independente do hype, o cara tá junto com você naquela trilha, irmão, nós não vamos desviar. Não interessa o que aconteça aqui. Se ninguém trair a causa, se ninguém enfiar mão no bolso do alheio para roubar dinheiro, nós vamos estar junto na hora boa e na hora ruim. Isso vale muito mais do que a polêmica do momento. Seja o cara que, velho, eu vou defender o que eu acredito independente das consequências. Beleza? É isso. Obrigado, gente. Somos todos contra a censura. Não é a ficava com, mas infelizmente não sou bolsonarista porque se eu fosse de fato a enfim aqui teria 10 vezes mais pessoas e seriam todas imbecis. Mas o que eu quero colocar aqui, acho que o Artur foi muito engraçado porque o Artur falou de improviso aqui, a gente acaba sempre falando de improviso e ele acabou entrando numa coisa que para mim é é muito importante, que é o comportamento de homem, né? Porque o que a gente pega no caso do Léo Lins e o que a gente pega sobre a perseguição que acontece no humor tem um paralelo com aquilo que a gente faz na política. Hombridade é sobre sustentar a posição. E quando eu vi cancelamento do Léo, cancelamentos teve com Danil ou cancelamentos com outros que estão aqui presentes, inclusive existe dentro da comédia um comportamento recorrente que é qual o nome daquilo lá? O Fábio Porchaca. Para mim é assim é um invertebrado. O homem é uma minhoca. O Fábio, a primeira reação que o cara tem é procurar se validar como um humor possível e um humor adequado. Logo, sendo humor possível e humor adequado, ele torna todo mundo que pratica o não humor, de acordo com ele, como inadequado e o passível de ser punido. Diz o Yung que tem 12 tipos, dois, 12 arquétipos fundamentais. Um deles é o do Bobo da Corte. E a ideia do bobo da corte e o poder do bobo da corte é que a ele é permitido o poder de rir, inclusive daqueles que exercem poder. Isso é uma é uma válvula de escape. Isso é um veículo que permite que você sem o uso da violência demonstre que todo o rigor, toda a pompa, toda a hierarquia, toda ordem, ela também é ridícula, porque em grande medida ela é uma convenção e ela é uma fingição. Então quando o bobo da corte ri do rei, é para demonstrar que todo aquele ritual que envolve o rei é um ritual de mentira, é bobo, é tolo, é tosco. E que por mais que nós tenhamos que respeitar isso no fim do dia, porque a gente precisa das hierarquias, toda hierarquia que se torna muito dura, muito rígida, muito estática, ela precisa cair. E toda sociedade saudável permite isso. A ideia de que você vai culpar o palhaço, bobo da corte, aquele que faz rir, é justamente dentro de uma ordem ilegítima, o exercício de um tipo de violência que nega ao outro apontar o que já tá muito óbvio, que é a ideia de que o rei tá num. E quem é o rei nesse jogo? Isso não tá acontecendo só no Brasil, em várias sociedades ditas democráticas do Ocidente. A perseguição contra o humor e contra opiniões políticas inadequadas está acontecendo na Inglaterra, tá acontecendo agora. E o padrão disso é um padrão bastante eh específico. Em geral, em nome dos direitos humanos e é sempre em nome dos direitos humanos fundamentais e a garantia desses direitos humanos de minorias, a burocracia e o judiciário se colocam na posição de arbitrar o que pode ser dito, o que não pode ser dito. Eles passam inclusive por cima das legislações e eles começam a falar: “Olha, eu terei que criar essa exceção. Você não pode fazer piada sobre A, sobre B, sobre C. E eu crio essa proibição porque eu estou defendendo no fim do dia algo que é apriorístico, algo que vem antes do texto da lei ou das convenções sociais nossas, que são os ditos direitos humanos. Então, a ideia de que em nome dos direitos humanos você pode fazer tudo, inclusive violar direitos humanos, se tornou a base das tais democracias que a gente vive. E o primeiro sempre a morrer, o primeiro sempre a ser alvo é o humorista. Porque o palhaço, antes de tudo, ele é visto como frágil, ele é visto como alguém que não vai causar dor física. Às vezes, sim, né, de lheira assim, se Mas a ideia de que o humor ele machuca e ele fere simbolicamente, mas que ele não machuca fisicamente, portanto, ele não derruba o rei ah por meio da espada, mas sim por meio da língua, por meio da fala, faz com que atacá-lo primeiro tenha menos dano e que se torne um recado para os demais. A gente não pode aceitar isso. Quando a nossa sociedade começa a perseguir os humoristas, significa que no fim do dia a ordem política que tá estabelecida, ela está com medo de cair. E ela tá com medo de cair não só por causa da piada do humorista, que às vezes não tem nem nada a ver com o que tá acontecendo, com o poder estabelecido. Eu nem sei se o Léo tá sendo perseguido porque ele fez alguma piada com o político, mas o político precisa calar o Léo, porque a ideia do Léo no fim do dia é atacar as vacas sagradas e todos os símbolos que são criados para justificar o poder excessivo de figuras que nem deveriam estar naquele lugar. Um ministro do STF que hoje dá um despacho e equipara tudo a racismo, a injúria racial, porque aí assim que tá funcionando, né? Você fez uma piada de gordo, isso é equiparado a injúria racial, portanto você tem que ser preso e é um crime infiançável. E aí você vai fazendo todas as derivadas disso. Os ministros do Supremo que começaram com isso, morente o Barroso, que é o pai do neoconstitucionalismo no Brasil, eles começaram a criar essas derivadas e começaram a acumular poder. O acúmulo desse poder nessa sociedade é o acúmulo tirânico que de alguma maneira a gente vai ter que enfrentar. Por mais que a gente acha ridículo aqueles bolsonaristas que estão lá em Brasília ou que a gente ache ridículo determinados agentes políticos que estão perdidos por aí, eles não são nem de longe maiores dos problemas. O petista patético com aqueles homens minhoca que fazem humor permitido. Não vou fazer humor permitido, eu não vou ofender ninguém, eu farei um humor que é construtivo. Esse cara também não é o problema. Ambos a gente pode chamar de burro, covarde, frágeis, a gente chama do que quiser. O poder estabelecido tá na burocracia. O poder estabelecido não é eleito. O poder estabelecido é invisível. E o poder estabelecido vai primeiro calar. Antes de tudo, ele vai calar. E o nosso papel como grupo, e aí esse é um ponto, eu falo aqui como representante de um grupo político, o nosso papel como grupo é entender que hoje, hoje nós não dispomos de força para derrotar eles. E nós vamos precisar acumular essa força, nos unindo, defendendo as pessoas certas nos lugares certos e nas horas certas até que a correlação de força se altere. Eles atacaram novamente, como eu disse primeiro, quem são os palhaços, quem são os que apontam o ridículo do jogo. E, portanto, essa é a primeira grande defesa, a primeira grande defesa intransigente que a gente vai ter que fazer. Nós vamos ficar com Mouro até o fim e nós vamos não vamos permitir nem só que não prendam o Léo Lins, não vamos permitir que derrubem os programas deles, não vamos permitir que leis estúpidas passem e não vamos permitir que a nova religião que a burocracia quer nos colocar, que elege quem são as vagas sagradas e elegem quem são os vilões perfeitos, possa se estabelecer. Isso aqui é uma verdadeira rebelião e ela começa antes de tudo com uma piada. Então eu agradeço demais os humoristas que estão aqui, tá? E coloco aqui o nosso compromisso de continuar lutando essa luta. Muito obrigado galera. Valeu. Permanecendo firme aí, né, na liberdade de expressão que a gente não deixa essa liberdade retrair. Um abraço para vocês aí. Valeu. Valeu. Acho que não tá ligando tanto assim que você vai ser preso não, né? Tamamos junto. Eu vou acabar sendo companheiro de cela dele, por isso que ele não tá. É, esse dia vai chegar. Boa noite, felinas. Boa. Seguinte, eu vi o boa noite que vocês deram para todo mundo e se o meu boa noite não for mais alto que vocês deram para todas essas pessoas brancas, eu vou implorar pra juíza que condenou o Léo Lins condenar todos vocês para assim estrutural. Pode ser? Então vamos lá. Boa noite, felinas. Boa noite. Calma. Dileira não quer ser condenado de jeito nenhum. Pelo jeito, você não tem nenhuma condenação ainda. Graças a Deus. Eu não acreditava. Ó, nem dá pr Scar. Quem aí veio no meu evento de prestação de contas? Levanta a mão. Ó, uma galera. Mas para quem não veio, vou falar por 30 segundos que eu expliquei. Eu expliquei que eu sou o deputado mais econômico da história do estado de São Paulo, o deputado que mais aprovou projetos, o que mais protocolou projetos, que mais participa de CPIs, o que mais participa de comissões, o que mais participa de frentes parlamentares e também o mais econômico. Agora vamos falar o que mais interessa, que é o caso Leonins. Desde o início do mandato, eu sempre me preocupei com as liberdades, né? Eu sou liberal, sempre me preocupei com as liberdades, sobretudo a liberdade econômica, privatizações, redução do poder do Estado perante a nossa economia, enfim, todas aquelas coisas do liberalismo econômico. Mas não existe liberalismo sem liberdade de expressão. Não existe liberdade de expressão sem liberdade do humor. A história, o Renan falou brevemente disso. A história nos mostra que sempre que alguém tenta ferir a democracia, ela começa ferindo os humoristas. Quando a gente pega a história da Alemanha nazista, eles começaram perseguindo cabarés, clubes de comédia e humoristas. a gente pega a história de Cuba, até hoje em Cuba e o humor político ele é proibido. Na Venezuela o humor é liberado, mas o humor político é proibido. Ou seja, o maior medo de ditaduras é sobretudo os humorías. E aí, evidentemente, veio essa polêmica com o Leéo Lins. Eu assisti o documentário, o documentário não, o episódio, né, o programa do Léo Lins, em que ele foi condenado. Achei maravilhoso. Postei nas minhas redes sociais que eu achei maravilhoso. E logo então veio a condenação. E com a condenação veio com e com o processo veio a mensagem do Léo para eu ser uma das pessoas para ser testemunha no caso dele, porque era um episódio de humor negro, né? É um humorista em cima do palco fazendo uma piada e evidentemente não pode ter crime nesse caso. Uma curiosidade, né? Eu fui lá, prestei meu depoimento e eu lembro de ter saído antes de falar com o Leo Lins, eu saí, eu olhei pros meus advogados, falei: “Cara, esse cara vai tomar”. Sabe quando você tá num processo, você olha pro git, fala: “Hum, esse cara vai ser condenado”. Pelo jeito que vi as perguntas para mim e depois para ele, eu falei: “Ele cara será condenado”. Uma curiosidade, não sei se vocês sabem, é, o Deleira tá me poupando, cara. Eu tô muito em paz, graças a Deus. Eh, uma curiosidade, a presidente do maior fã clube do Leo Lins é uma mulher negra. Aí eu saí de lá, fiquei pensando: “Caraca, o cara ele vai ser condenado dentre várias coisas também por racismo. A presidente do fã clube dele que a testemunha é uma mulher negra, ele trouxe como testemunha um deputado negro e uma juíza branca vai condenar ele por um processo que ninguém ficou ofendido. A justiça ficou ofendida, mas não teve um cara negro, por exemplo, que falou: “Ó, Leo Lins é racista”. não, a justiça vai condenar ele com essas testemunhas. E condenado ele foi, evidentemente, no país em que e o Zedce se vai poder disputar a próxima eleição e o Leolins tem uma condenação de prisão de pagamento milionário. Enfim, mas de todo modo, uma coisa que eu nunca gosto de fazer e eu sempre me incomodei, sobretudo no governo Bolsonaro, é quando um político que tem a caneta na mão, ele reclama de um problema da sociedade em que ele pode basicamente solucionar. Então, se nós temos um problema de liberdade de expressão, de liberdade de humor e eu sou um deputado que eu posso fazer algo para melhorar esse ecossistema, a nossa função como parlamentar é, além de representar vocês nas palavras, é também nas ações. Eu gostaria de ler, é muito curto o projeto de lei que é minha equipe jurídica, inclusive quer uma salva de palmas para essa equipe jurídica que fez o projeto maravilhoso. Bom, o projeto de lei, não vou falar o número de 7/2025, que em breve estará na imprensa, dispõe sobre zonas livres de censura para o humor. Aleia Legislativa do Estado de São Paulo decreta, artigo primeiro, os comediantes, estabelecimentos em que eles se apresentem não sofrerão qualquer sanção de órgão estatal por conta do conteúdo das piadas. Parágrafo único. A proteção não abrange o ato de putar de maneira falsa e objetiva crime a outra. E não se trata de um projeto que é para uma classe específica, para uma categoria, para humoristas ou comediantes. É um projeto para toda a sociedade, porque garante os direitos de todo mundo salvaguardados de poder rir, opinar, questionar em uma sociedade livre. Se eu como parlamentar tenho a humanidade parlamentar, ou seja, posso subir na tribuna da assembleia e falar o que eu quiser e não posso ser punido porque eu fale, humorista quando sobe no palco para fazer uma piada tem que ter algo parecido. Então eu espero que esse projeto seja aprovado em breve e que finalmente os humoristas podem fazer o que eles querem fazer, que apenas piadas e que a justiça gaste o seu tempo, a sua verba e a sua energia prendendo bandido vagabundo, que é o que tem que fazer o nosso judiciário. E antes eu também separei, né? Gostaria inclusive primeiro agradecer a Genaína, o Romaioli, todo mundo que tá aí do MMDC. E eu articulei com eles um prêmio para o Léo Lins. E aí Amanda, Amanda tá aí ainda que sempre já recebeu várias honrarias do MDC. Esse foi uma honraria que eu nunca vi. Falei: “Caraca, eles separaram uma honraria maravilhosa”. E eu até estudei certinho como é que eu ia falar dessa honraria, mas eu prefiro ler também a descrição que eles colocaram para você ver a importância dessa honraria que o Léo vai receber agora. é o troféu Tudo por São Paulo, que ele reconhece os relevantes serviços prestados por Vossa Senhoria ao culto da memória, a preservação da história e ao apoio incondicional prestado à liberdade artística e à nossa sociedade. E é com essa grande honraria que a gente vai parabenizar o Leonis por todo esse trabalho a partir de agora. [Música] [Aplausos] E a missão da minha vida é representar vocês. E sempre que eu tiver voz, que eu tiver mandato, que eu tiver energia, que eu tiver essa equipe maravilhosa, essa família maravilhosa e que eu tiver vocês, eu sempre vou representar vocês em defesa da liberdade e do movimento Brasil Livre. Agora com vocês, ele o maior um dos maiores humoristas do mundo, certeza que é um dos maiores humoristas do Brasil e que virou, né? Eh, por causa de uma maldade da justiça também um símbolo da liberdade no Brasil. Com vocês, Leon. Legal. Olha o assédio, hein? Olha o assédio. Obrigado. Obrigado. Obrigado presença de todos. Eh, eu, bom, não vim aqui contar piada. Ah, quando eu faço isso no palco, eu já sou preso, que dirá fora, né? Eh, agradeço muito aí ao Guto, não só pelo evento, mas por ter topado e lá depor a meu favor, eh, pelo resultado do julgamento, um péssimo depoimento. Escolher melhor as testemunhas na próxima. Obrigado. Parabéns, parabéns pelo evento. Eh, lutar pela liberdade de expressão. Eh, mas não só o evento, né? Parabéns por juntar esse elenco aqui na ALP, cara. O cara tá usando a câmera da Assembleia Legislativa para gravar um episódio do Theo Office Brasil, cara. E realmente obrigado. Obrigado. A, eu tive um um apoio que eu não esperava eh com essa condenação. Eh, 8 anos, 3 meses e 9 dias, mais uma multa de quase 2 milhões por causa de piada. Eh, realmente eu jamais imaginaria uma condenação dessa. Eh, você tem o caso aí, acho que do do Gilmar Mendes, que foi condenado há 7 anos e 11 meses, né, pelo caso do Mençalão. Você tem um caso de um estudo de vulnerável onde a pessoa confessou o crime que pegou acho que 7 anos e 4 meses. Você tem um cara que matou a esposa, pegou 8 anos e 2 meses, ainda ganhei por um. E você tem, então assim, a gente tá falando de de homicídio, de pedia, tem um caso de estudo, pegou 8 anos, corrupção, todos com pena inferior a contar piada num palco, como eu sempre falo, mono tem limite o ambiente. Sim. Eh, o comediante a gente transgride normas, né? Eu vou aproveitar inclusive fazer um paralelo então com Dileira que tá aqui, eh, a pessoa que tem turete, eh, o comediante, a gente é muito próximo, né? O meu laudo é o palco. É isso. Eh, ninguém vai prender alguém que tem turete por causa do que ele fala. Você compreende o até hoje, até hoje. Aguarde, aguarde, aguarde. É isso. Eh, como Cos comentou aqui também, a comédia vem de você violar normas, né? O humor vem de uma palavra também latina, que é o humor, em que era o equilíbrio de fluidos no corpo. Quando você tava com isso em desequilíbrio, quando a pessoa tava agindo fora da normalidade, ela estava humorista. Então, desde a concepção tanto de humorista quanto comédia, alguém que tá fora da normalidade, violando normas, eh, a Turete fica engraçada por isso, porque ninguém espera que alguém chegue aqui e xingue o Alexandre de Morais, como ele fez. E aí fica engraçado porque você tá violando uma norma, né? No caso dele é por um algo no CTEX pré-frontal, onde ele perde esse filtro social, o comediante utiliza o palco para poder violar essas normas sociais eh num espaço onde há um contrato simbólico, que ali a gente tá fazendo isso de forma fictícia e para entreter. Eu acho triste a gente ter que explicar esse tipo de coisa hoje em dia. Eh, eu acho que a gente vem atravessando um momento de muita intolerância, né, principalmente agora nesses últimos 5000 anos. E e é triste ver que a intolerância, por mais que o tempo passe, a intolerância não cessa no máximo muda de aparência, né? Se a gente recuar alguns séculos para uma época chamada Idade das Trevas, a fogueira da Idade Média é o cancelamento de hoje em dia. Os inquisidores são os canceladores e aquele que não abaixa a cabeça pra ideologia dominante no poder é uma bruxa que tem que ser queimada e removida da sociedade. E eu sou completamente contra isso. Hoje fala-se tanto em diversidade, mas não quer em diversidade de pensamento, né? Todo mundo tem que pensar igual. fala ser tanto em respeito às minorias, mas a menor minoria é o indivíduo. E se esse não pensar do jeito que querem também vai ser desrespeitado, por mais que ele pertença a uma dessas ditas minorias, né? E no fundo acaba tudo sendo sempre uma disputa por poder, como sempre foi, e continua sendo. Eh, vou dar um exemplo rápido para vocês. E um dos meus processos tá citado, ah, ele ainda utiliza a palavra humor negro reforçando racismo na sociedade, uma palavra racista. [ __ ] é sério. Eu eu aprendi sempre a ir pesquisar antes de sair falando, né? principalmente algo tão sério, documento pedindo prisão de uma pessoa por um crime infiançável. Essa palavra surgiu na década de 30 na França, eh, num livro chamado Antologia del Monoará, que na tradução virou antology of black humor no nosso português, antologia do humor negro. E é uma coletânia de contos de diversos autores sobre assuntos variados. Então, ou seja, não tem uma origem racista, mas ficaram três, 4, 5 anos repetindo essa mentira até virar uma verdade. E aí você fala: “E agora há poucos meses, deve ter um ano agora, estreia lá na Globo, um programa chamado Humor Negro”. Ou seja, no ao mesmo tempo, uma palavra no meu caso, tá no processo minha acusão de racismo, tá estampada num programa da Globo. Então, como eu falei, no fundo, a disputa é para ver quem tem o poder de dizer o que pode ser dito, o que não pode, quem pode, quem não pode, qual palavra é racista e qual não é, por mais que seja a mesma palavra. E algumas pessoas que às vezes estão de outro lado e dizem agir de maneira diferente, às vezes não percebe que não é tão diferente assim. Eu já vi cristão conservador que fala: “Ah, hoje tá todo mundo muito sensível, muito mimimi, né? Eu não vejo problema em piada com minoria”. É só não mexer com religião ou travestir a teu discordo de você, né? Então, no fundo, cada um quer que o seu limite seja o da sociedade e aí não vai funcionar nunca. Se você escolhe qual censura é válida, você tá contra a liberdade de expressão. Obrigado a presença de todos. Obrigado, Gutos. Obrigado mesmo, viu? Obrigado. Obrigado. Obrigado. Obrigado. [Música]

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