“EU NÃO RECONHECIA MEU FILHO” A DOR DE UMA MÃE PARA O ÚLTIMO ADEUS DO FILHO MORTO PELO PAI

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Como que descobriram? Como como que o Gabriel morreu? E como descobriram que o Gabriel morreu? Quando foi depois, o vizinho dele fez um vídeo. O primeiro vídeo que foi feito, o vizinho dele fez um vídeo no celular sem que o pai percebesse. Aí o pai relata o seguinte vídeo que aí depois muda a história todinha. Quando chega um advogado na história para defender ele, a história foi toda modificada. O vizinho, graças a Deus, fez um vídeo sem que ele percebesse. Assim que chegou que todo mundo começou a saber que ele tinha matado a criança. Aí o pai dele relata o seguinte com um filho. Ele tava dentro de casa, deu um surto dele e pediu para todo mundo sair de dentro de casa. Todo mundo saiu de dentro de casa. O irmão dele morava no sítio, na mesma terra, pegado com a casa. É feito no mesmo terreiro a casa. E pediu que todo mundo saísse em casa. Todo mundo com medo correu e deixou o menino com ele. Quando começar essa história eu eu dá até um tranco na garganta. Não, imagina toma água porque ele deixou o menino, correram com medo dele e quando foi no outro dia, a mãe dele foi chamar Gabriel e não saiu ninguém. E ele falou, e a mãe dele viu que o menino tava morto. Vê logo. Aí ele disse que que quando chegou de manhã que foi chamar ele, ele disse que tinha matado o menino porque umas vozes mandaram ele matar. E ele assim que conversou com ele, ele viu o menino estava lá estirado, mas o bichinho é tão bom. Aí no vídeo ele fala assim: “Agora ele perdeu tudo na vida”. Foi como eles não tiveram nenhuma dó do da criança na cama. Ele perdeu tudo, tudo porque ela agora perdeu a plantação que ele tinha, perdeu tudo na vida. Mas nem o momento ele fala que ele perdeu o filho ou perdeu o neto. Só falou sim, só falou da questão material que ele perdeu, acabou com a vida que ele perdeu a questão material, coisa que ele tinha. Aí, segundo ele, quando ele abriu a porta, ele saiu fugindo com a faca na mão e ninguém conseguiu segurar ele. O delegado, eu falei com o delegado e o delegado começou a fazer umas perguntas para mim se ele tinha arma. Eu digo, eles tinham uma arma escondida na caixa d’água. Na época, quando eu ia para eles tinham uma arma. E com certeza. Aí o delegado até confirmou comigo assim, ele aí eu disse: “Doutor, quem deu fugir a ele foi o pai”. Aí ele falou: “Não dá para ver que essa história tá mal contada”. Aí fui, aí teve o velório. Eu não, tudo, a questão em mim, Gabriel, tudo sempre foi um tabu de todos os lados. Fui várias vezes atrás do delegado depois do velório perguntado o que foi que ele tinha matado o Gabriel, se tinham se tinham prendido, como é? Toda vez que eu ia, deixa eu o esse esse delegado que estava, ele estava fazendo tudo certinho. Até no dia ele falou que ia fazer um pedido de prisão para o pai e pra mãe também, porque foram missam tudo dentro de casa, deixaram o menino morrer. Segundo eles alegaram que ele tava com com depressão. Mas se tava com depressão, por que deixou a criança com ele? Por que não me chamou? Foi todo isso que eu quero também. Não. E por que foi tanto, foi tão a fundo de querer ter o Gabriel o tempo inteiro com ele. Se ele tá em depressão, ele nem quer ter o menino. Ah, não. E outra coisa, como é que você vê agredindo uma criança e corre todo mundo dentro de casa? Não, não faz nada. Não tem lógico. Aí esse delegado disse: “Eu eu tô”. Aí no outro dia eu fui lá, teve o o veló, o menino ficou totalmente deformado. Eu não reconheci aquele corpo como meu filho de jeito nenhum. Ele tava deformado como o no rosto, no corpo. Quem foi disse que passou cinco dias sem poder dormir porque a cena era terrível. Minhas amigas mesmo disseram que se arrependeu do dia que entrou naquele dia para olhar aquele caixão. Foi assim, foi aberto ele. Eu só fiz me levaram a pú para mim ver, mas eu só fiz olhar e tirei o rosto ligeiro que eu não, eu não consegui ver a cena. Parecia tipo, eu não sei te explicar, não tinha nada a ver com com meu filho. Tava com do rápido que olhar assim, tinha um corte na testa. O menino cabelo tava de outra cor que não tinha nada a ver. alaranjado, muito inchado, todo cheio de hematoma. O corpo todinho tava parecendo um, é como se ele tivesse estado de decomposição. Não sei explicar. Ter sido, é, o caixão teria que ter sido fechado, mas foi aberto. E aí, então se ele tinha marcas de violência, além de tudo tinha, tinha uma marca aqui, um corte todo tava todo cheio de matando no corpo todinho. A causa morte dele é qual? Deu trabalho para mim descobrir a causa da morte. Deu muito trabalho. Eu tive que botar advogada para poder pedir a causa para mim da morte, que eu passei quase uns três ou mais meses sem saber o que foi que aconteceu. Foi construição. Ou seja, aquilo que ele fez um dia na tua frente, ele fez de novo. Só os dois. Repetiu de novo que eu acredito que ele ia fazer naquele dia. Não sei porque algo me disse que iria ser naquele dia e eu ainda tive chance de salvar. Só que como ele me denunciou para mim não poder ir mais na casa dele salvar a criança, os a polícia me proibiu de ir na casa dele. Sim. De salvar a criança. E aí você teve o o a tristeza de perceber que o teu filho tinha morrido, o autor de tudo fugido. O que que acontece depois? Como é que foi a parte da quando quando encontram ele e o que que acontece com ele? O que acontece? No dia que ele fugiu, que aí eu todo mundo começou uma música, nem sabia. O pessoal aqui de Gujos começou que conhecia Gabriel que ele era muito simpático, todo mundo amava ele, começou a procurar em todos os lugares o criminoso. A polícia também começou só um ser procurar. Eu meu irmão louca comecei a procurar ele também no carro que minha intenção era só pegar ele atrás dele para ele me dizer da minha cara que realmente era tudo mentira. Ele aí aconteceu ver uma pessoa que teve um surto, ele soube muito bem pegar a roupa dele. Teve um surto, mas no surto ele soube pegar a roupinha dele, passar o ferro, tomar banho, trocar de roupa, colocar o celular e o documento dele numa sacola e fugir. Vê como ele foi inteligente. É um surto. É um surto racional. Ele tá surtado, mas tem um racional junto. É. Isso começou esperou para fugir quando o pai chegou. Por isso que esse delegado até falou: “Não, vou também ver o que foi que aconteceu, porque o pai dele e a mãe dele vai ter que explicar isso tudo direitinho aqui, porque eu também acredito que deram fogo a ele.” Aí Deus é tão bom que ele fugiu para uma cidade já tava longe da cidade dele, já tava bem longe a pé. Segundo ele fugiu a pé. Aí o ele foi pediu comida a um morador nessa cidade que ele tava pequenininha. Quando o senhor entrou dentro de e pediu um carregador emprestado, foi o que disseram pra gente quando o morador botou a comida para ele, que foi foi botar a comida para ele que ele pegou o carregador, ele fugiu com o carregador do homem, porque ele se ligou que o rapaz conheceu ele na cidade, reconheceu ele. Graças a esse rapaz que reconheceu ele, que ele foi pedir comida nessa casa em um carregador emprestado para carregar o celular. E graças à população que começou reconhecer ele na cidade, que ele tava numa praça com a bolsinha de lado esperando alguém para fugir da ele, ligaram pra polícia e fizeram a denúncia que ele estava na praça de tal lugar. Aí a polícia foi, pegou ele e trouxe pra delegacia. O que eu fico mais assim é que no dia que o policial prendeu ele, que eu fui lá saber se ele tinha pegado ele ou não, 3 horas da manhã, que eu já tava, eu tipo, eu não fiquei parada no segundo, eu ficava doida correndo de rua em rua, bairro em bairro, andando que não uma louca no meio da cidade e ninguém conseguia me segurar. Eh, quando na elegacia, eu percebi que um dos policial me deu um toque assim, como se ele piscou o olho para mim. Eu achei estranho porque o policial disse que não tinha encontrado ele até então. Eu digo gente, não encontrou ele até agora que eu tô me procureiando que ninguém encontrou não. Aí foi me embora. Quando eu chegia sair na porta, o policial piscou o olho para mim. Eu achei estranho, sabe que eu perdi meu filho. E piscar o olho, isso é um sinal de alguma coisa. Aí eu fui e voltei. Saí abrindo todas as portas ligeiro, para ver se ouvia alguma coisa. Quando abri uma das portas, ele estava lá. Agora o que eu achei incrível são duas perguntas que eu me faço até hoje. Ele estava sentado, para quem teve um surto, tava todo engumadinho, uma roupinha toda limpa, não tinha um pingo de gruto, porque segundo eles ele saiu fugindo de de sítio a sítio a pé até chegar a cidade muito longe, mas não tinha uma sujeira. A roupa era branca, lembro como hoje, camisa verde e camisa branca, limpinha. Foi o que eu observei logo. E outra coisa que eu até hoje eu fico sem entender foi que eu perguntei a ele, eh, foi verdade que você matou Gabriel? Aí e eu na espera dele dizer que não. Aí ele disse: “Hum, foi assim que aconteceu? Eh, eu cheguei em casa de manhã, tomei café, senti um cheiro muito forte no meu lado e uma um espírito disse que era para me uma pessoa me disse que era umas vozes dis que era para me matar e eu matei. Aí eu me desesperei a eh em cima dele para agredir tudo e me tiraram. Aí depois eu disse, “Pera aí que eu vou eu tenho que raciinar. Agora o delegado agora me disse que já aprenderam sua mãe e seu pai agora. Aí ele se desajeitou da cadeira, ficou nervosa, disse: “Não, de jeito nenhum. Pode tirar minha família desse jogo. Pode tirar minha família, porque eu já assumi o caso sozinho. Até hoje isso ficou na minha cabeça. Por que ele disse, eu assumi o caso sozinho? Eu não, isso aí não me nunca saiu também da minha cabeça essa frase. Sim, é a frase que ele dá no final é estranha. O que o que eu entendo até agitação pelo fato de que eu assumi sozinho não significa eu fiz sozinho. É, eu não achei estranho porque mas a investigação não chegou nos pais dele não. Aí depois aí quando che quando o de manhã eu fui na delegacia, o delegado isso todo dia aí em brejão. Aí nesse no outro dia que eu enterrei o meu filho, no outro dia eu fui na delegacia e o delegado disse que ia fazer as o nomezinho que ele chama petição para para prender o pai, alguma coisa assim. A mãe quando foi no outro dia, é quando foi no outro dia, aí eu disse: “Tá certo, então amanhã eu vim saber como é que está a como é que tá o que vocês já aprenderam. Quando foi no outro dia que eu cheguei na delegacia, já me disseram que o delegado mudou. Tiraram o delegado do caso. Eu não lembro mais o nome do delegado. Não é mais o delegado falando de tal. Mudaram o delegado. Eu digo, tá certo? Se mudaram, então deixa falar com o delegado novo. Não, porque o delegado tá ocupado, não vai poder falar com você hoje. Aí fui outro dia, foi outros dias. Resumindo, mudou três delegados e todos os três delegados eu não consegui mais falar mais com nenhum desses porque quando eu ia não tava, quando eu ia tava ocupado, quando eu ia tava em reunião, quando eu ia não podia conversar e de lá para cá mudaram três delegados. Nenhum não resolveu nada. Isso aconteceu em 2018. Ele foi julgado, não foi? só foi julgado por eh, eu tinha, se eu não me engano, quatro advogadas que conseguiram para mim e as quatro advogadas ficou com um caso. Muita gente na época quis fazer entrevista comigo, muito programa procurou para fazer entrevista e nenhuma delas deixava porque dizia que eu não poderia expor o caso. O pessoal aqui na aqui em Guar queriam fazer uma passeata também não deixaram porque disse que não ia não ia ser bom tanto para investigação como para mim ia me expor demais. Resumindo, perdi várias entrevistas porque eu queria expor mesmo o caso você perdeu a exposição para que o caso exposto tivesse mais força isso. Entrei numa depressão e determinado uma amiga minha ligou para mim, eu disse: “Mulher, eu não tô conseguindo mais viver. Eu vou tirar minha vida porque já faz esse tempo todinho, acho que fazia qu uns três, 4 anos que ele tava preso e eu não tenho, não sei nada. Toda vez que eu vou atrás da advogada, elas não sabem explicar nada, elas não me dizem nada, diz que para procurar saber e eu tô desesperada. Eu sei que não vai ter justiça e eu vou tirar minha vida porque eu tô eu tô sem respirar. Eu não tô conseguindo mais respirar. O aqueta na que tá entrando dentro do meu corpo tá doendo na minha alma porque eu não quero mais viver. Aí ela, não, pelo amor de Deus, espera mais um pouco, me dá só uma semana que eu vou resolver alguma coisa aqui, a gente vai conseguir justiça. Aí, tá certo, eu só fui esperar uma semana porque eu confio em você, você é minha amiga. Aí ela foi e criou esse Instagram de Gabriel pra gente pedir justiça. Aí depois que ela criou o Instagram de Gabriel, um amigo meu, época de faculdade, que hoje é advogado, ligou para mim no domingo perguntando o que era que tava acontecendo, que eu tava que eu disse que tava pedindo, que eu fiz até um vídeo para para o, como é o nome, meu pai do céu, o Ministério Público me ajudar, porque eu não sabia o que era que tava acontecendo. Ele disse: “Não, Rosalina, não existe isso. Você tem quatro advogad e elas têm que saber de alguma coisa. Qual o número do processo? Eu digo, como assim número do processo? O número do processo. Eu digo, eu não sei porque elas não me disseram até hoje. Número do processo, eu não tenho número do processo. Como é que você que é dono do processo não tem o número do processo? Por que ninguém me deu o número do processo? Sério que ela conseguiam resolver tudo? Aí você conseguiu a aí andou mais ele ac Então, e aí o julgamento dele foi por incapaz. É isso? Ele foi julgado por por ele. Aí teve esse julgamento. Aí já tava marcado o julgamento. Eu nem sabia. Esse meu amigo foi descobriu que já ia ser o julgamento. Eu digo, mas como se ninguém me avisou nada? Nossa senhora. Já tá aqui marcando julgamento. Ele conseguiu. Nem eu sabia que ele ia ser julgado. Aí foi feito o exame. Pediu para fazer exame de sanidade mental. Sanidade mental. Isso. E embora que eu vou ser sincera, eu não confio porque ele sempre teve ajeitadinho de todos os lados. Sempre quando a gente brigava, a família dele sempre dizia que não adiantava fazer o que fosse porque ele tem gente grande por ele. Então nada que eu fizer atinge ele. E tem razão. Aí fez eu que ele tinha que ele tinha sanidade mental, só que aí eu não confiei, achei tão estranho. Eu digo: “Pois pronto, depois eu quero outro”. Mas aí me convenceram que era melhor ficar com aquele mesmo, que seria mais seguro para mim. Porque se caso não desse que ele não fosse insano, aí ele ia sair mais rápido. Eu vi: “Então tudo bem, eu vou ficar com esse.” Aí ficou acordada que ele só poderia sair se o psiquiatra de três a tr anos ia fazer uma reavaliação e o psiquiatra ia ver se ele podia sair ou não. Aí agora não existe mais. Eh, esses lugar que tem manicário, pronto, ele está solto. Só vem saber que ele está solto, porque numa das entrevistas umas da repórter procurou saber se ele já tava livre e ela viu que ele tá livre de do ano passado, de abril do ano passado. E nisso, eh, o, eles tiveram a consideração de me avisar que ele está solto, ou seja, ele já terminou, já está solto. Ele ficou, ele ficou de 2018 a 2023 preso. É 2023. Isso é porque ela disse que olhou lá e ele já tá solto desde o ano passado, de abril do ano passado. E você nunca mais encontrou com ele? Ele não te procurou? Não, porque eh não, se ele me vê, eu não sei se ele, né? Porque assim, tipo, eu não encontrei com ele, mas ele já tá solto, ou seja, o ministério não teve nem Eu procurei saber várias vezes sempre fui barrada, disse que não podia, só poderia saber lá onde ele tava internado se ele tava solto ou não, mas graças a essa repórter ela conseguiu saber para mim e se ela não tivesse me dito, nem eu sabia que ele estava solto. Ou seja, ele tinha me matado, eu ia ter a surpresa de encontrar ele do nada ele me matar e não tá nem aí. Você tem medo? Você tá com, você tem medo de encontrar com ele? Com certeza. Porque no dia que ele matou meu filho, a história que ficou, que a tia dele contou pra minha mãe, que todo mundo contou, é que ele saiu dizendo que ia me matar também, que ele veio me matar no sábado, só que eu não estava. Eu nesse dia eu demorei na loja porque a gente ficou até tarde e eu cheguei tarde, ele esperou na esquina, esperou, esperou, eu não cheguei, ele foi se embora. E no domingo ele matou Gabriel e saiu dizendo de casa que também ia me matar, que ele sempre me dizia: “Se você eh o meu filho só vai ser criado por mim, então você não vai arrumar mais ninguém. Se você arrumar qualquer pessoa, eu mato você e mato ele.” Só que eu vou levar na brincadeira, né? Só para fazer medo. Resumindo, eh, eu vou deixar aqui bem exposto na gravação que se acontecer qualquer coisa comigo, vai ser a mesma coisa que aconteceu com o meu filho, não vai dar em nada. Do mesmo jeito que aconteceu com o Conselho Tutelar, não dei em nada. Eu saí pela mentirosa porque, segundo eles perderam as papeladas no Conselho Tutelar das vezes que eu fui lá e das acusações que eu vi. Espero que teve um problema lá e perderam meu meus tudo que eu fui para lá, tudo que eu levei de prova, perderam tudo do nada.

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