quando a censura passa do limite

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Você sabia que o primeiro MadMex foi banido da França por 4 anos depois do lançamento? As autoridades culturais exigiram cortes de cenas consideradas violentas demais. George Miller recusou-se a alterar sua obra, resultando na classificação do filme como X, permitindo exibição apenas em cinemas pornográficos. Após as reavaliações, MadMex foi reclassificado para maiores de 16 anos nos anos 90 e posteriormente para maiores de 12 anos, reconhecendo que esse filme é estilizado com uma atmosfera não realista. E, portanto, hoje até mesmo a namorada do Leonardo DiCaprio pode assistir esse clássico. Mas essa evolução na classificação de MadMex só nos mostra como que os critérios da censura também mudam com o passar do tempo. E essa censura pode acontecer até mesmo em países extremamente democráticos e progressistas, como a China. Em 2008, a China baniu o bem-sucedido filme francês A Riviera não é aqui do Denny Boom, que quebrou recordes de bilheteria na França com mais de 20 milhões de entradas. Apesar da popularidade internacional, o filme foi completamente proibido na China. O motivo da censura se concentra em uma sequência em que o personagem do Denny Boom, um carteiro, aparece visivelmente embriagado durante uma entrega postal ao lado do ator Cadmer. A cena é considerada problemática para os chineses porque mostra um funcionário público embriagado no serviço, o que é algo impensável para os chineses e indispensável para os brasileiros. Na mesma linha, lembra de 7 anos no Tibé, aquele filme de 97 com Brad Pitt, onde ele se muda pro Tibé e se apaixona por uma tibetana e sai caçar o pé grande no Himalaia ou alguma coisa assim. Eu não faço ideia sobre o que que é esse filme, porque eu nunca o assisti, mas ele também é proibido na China. Esse filme dirigido por Jean Jaqu e estrelado por Brad Pitt foi banido na China por retratar a invasão chinesa do Tibet na década de 1950. A representação da ocupação chinesa foi considerada ofensiva pelo governo. Como consequência, AN e Pitt foram proibidos de entrar no país e seus filmes seguintes, como até mesmo o Clube da Luta de 99, não foram exibidos. Curiosamente, o clube da luta só foi liberado na China em 2021, mas com um final alternativo. Spoiler, a versão oficial substitui a destruição dos prédios por uma mensagem textual, dizendo que a polícia impediu o atentado e prendeu os responsáveis. Afinal, vai que eles passam o final original e isso começa a dar um pouquinho de ideia na cabeça das pessoas na China, né? Mas após forte pressão dos cinéfilos, eles acabaram liberando a versão original, onde tudo é explodido no final mesmo. Os chineses podem ter carros baratos, salários altos e aprender várias técnicas de kungifu, mas eles estão sofrendo com a censura. Eu não sofro com esses problemas, porque apesar da minha proficiência em mandarim e kung fu, eu moro no Brasil e aqui a gente tem um infiltrados de 2006 de Marte N Corses vencedor de quatro Oscars também foi proibido adivinha onde? Adivinha onde? Adivinha onde? Na China. O motivo, uma breve cena mostrando criminosos chineses comprando ilegalmente microprocessadores. A Comissão de Censura exigiu que a cena fosse removida, mas os distribuidores norte-americanos recusaram-se a alterar o roteiro, resultando na proibição total. Talvez você tenha percebido que recentemente é muito improvável que você vai encontrar algum vilão chinês sendo retratado em algum filme, justamente porque a China proibiu a existência de vilões chineses. Se o Brasil proibisse a existência de vilões brasileiros, talvez a gente não tivesse o Senado, o que faria com que a gente parasse de discutir por política e voltasse a discutir por causa de futebol, algo que ninguém quer. Além de censura por conteúdo político, a China também põe cotas rígidas. Por exemplo, duas vezes por semana, os cinemas têm que exibir filmes que exaltem o Partido Comunista. Porque quando uma coisa é muito boa, você precisa forçar as pessoas a verem, senão elas não vão perceber quão boa é essa coisa. Outro exemplo marcante é Christopher Robbin, um reencontro inesquecível de 2018, que é um filme sobre ursinho P. E ele foi censurado na China porque as pessoas começaram a comparar o ursinho P com o presidente Xiping. E ele não ficou feliz com essa comparação, apesar deles serem extremamente parecidos. E desde então qualquer conteúdo relacionado ao personagem é vetado no país, incluindo o filme de terror Ursinho Pangel de 2023. Um filme que, na verdade, deveria ser proibido no mundo todo de tão ruim que ele é, mas continua sendo o retrato mais realista do Xping. Mas outros países extremamente democráticos também fazem censura com a arte, como aconteceu com a maioria dos países do Oriente Médio, que censuraram o filme do Borá. Borá de 2006 do Sasha Bron Cohen foi banido em quase todos os países árabes, com exceção do Líbano, além da China, Rússia e diversas nações africanas. A comédia foi acusada de xenofobia e em sexto, motivo do sucesso desse filme no estado americano de Utá. Além disso, o retrato fictício do Kazaquistão como um país atrasado e bárbaro quase provocou um incidente diplomático real. Inicialmente, o presidente Kazak no Sultan Nazarbayev proibiu o filme, mas posteriormente revu sua decisão e permitiu a venda dos DVDs. O governo chegou a adotar o bordão Very Nice como slogan turístico oficial após constatar que o filme multiplicou por 10 o número de vistos concedidos ao país. E se você acha que é só a sua mulher que não gosta que você fique vendo a Galgador, saiba que ela também não pode ser vista na maioria dos países do Oriente Médio. Salgadô, israelense e ex-catente das Forças Armadas de Defesa de Israel, foi alvo de boicotes e censuras em países como Irã, Palestina, Argélia, Líbano, Tunísia e Kuwaite. Filmes estrelados por ela, como Mulher Maravilha de 2017 e Morte no Lilo de 2022, entre outros, foram proibidos por associarem sua imagem à política do Estado de Israel. O Brasil já teve muitos casos de censura no passado, mas a gente já superou isso porque a gente não vive numa ditadura, apesar de que recentemente tentaram boicotar o filme do Danilo Gentile como se tornar o pior aluno da escola por acharem que o vilão era vilanesco demais. Eu ainda não assisti esse filme do Danilo Gentile. Na verdade, eu ainda não assisti nenhum filme do Danilo Gentille. Então eu vou assistir e em breve eu vou dar minha opinião sobre esse filme e direi se ele deve ou não ser banido para sempre do planeta Terra. Censura é sempre algo extremamente perigoso, porque o poder da censura tá sempre na mão do governo. E governos podem usar a censura para simplesmente evitar que pessoas falem mal do governo, evitar opiniões divergentes. E toda vez que a censura acontece, a gente tem que ficar de olho, porque isso é uma demonstração clara de que algo está errado na liberdade de expressão e na democracia. É claro, se você não gosta de um determinado filme, você simplesmente pode não assistir. Você não precisa pedir para que ele desapareça. Se existe público para esse filme, se ele não tá quebrando nenhuma lei, ele simplesmente pode esse existir. Agora, pedir para que esse filme não exista, não seja distribuído para que ninguém veja, isso é censura. Isso é um assunto bem delicado. Eu tratei parcialmente no meu vídeo onde eu falo sobre é o filme Jango Livre e por que ele tem sido tão usado para tratar sobre o caso do humorista Léo Lins e o decreto de sua prisão. Então se você quer entender um pouquinho mais sobre esse vespiro, dá uma olhada nesse vídeo aqui. Um forte abraço. Я vedert.

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