O Insano plano de Portugal para tentar dobrar o seu território

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Este aqui é Portugal, um pequeno país na Península Ibérica, que pelo seu tamanho e pela falta de recursos naturais buscou expandir o seu domínio e se tornou um dos maiores colonizadores da história. E hoje em dia, apesar de tudo, o país é muito pequeno, tanto que a sua vizinha à Espanha é cinco vezes maior que ele. Mas se o plano de Portugal der certo, o país poderá se tornar o 16º maior do mundo. E para isso acontecer, não precisará de uma única guerra ou invasão. E para entendermos tudo isto, temos que analisar algumas coisas escondidas em sua história. Agora temos outro canal sobre mega construções que estão ocorrendo pelo mundo. Depois que terminar esse aqui, dá um pulinho na descrição que já tem um vídeo novo te esperando lá. Mais de 600 anos atrás, Portugal se tornou pioneiro na expansão de seu território. O país controlava regiões em quatro continentes diferentes, além da Europa, que iam do norte da Oceania, Sudeste da Ásia e, por fim, a África e a América do Sul. O império se espalhou por um vasto número de territórios que hoje fazem parte de 53 países diferentes. E o que marcou o início da expansão territorial marítima portuguesa foi a tomada de Celta em 1415, além da descoberta das ilhas da Madeira em 1418 e dos Açores em 1427, que de início serviram para colonização e exploração agropecuária, mas que atualmente tem um papel mais importante do que você imagina, servindo de base para esse novo plano. Mas eventualmente o declínio do império português foi inevitável. Portugal perdeu suas colônias entre os anos de 1945 e 1999. Ano esse que foi marcado com a devolução da soberania sobre Macau, a sua última colônia, na costa da China. Mas nem tudo foi perdido. A República Portuguesa possui mais dois territórios autônomos. São eles o arquipélago da Madeira, que fica perto das Ilhas Canárias Espanholas, e o arquipélago dos Açores, que fica no meio do Atlântico. E de acordo com o tratado internacional de zonas econômicas exclusivas, cada país tem direito a reivindicar 370 km das águas oceânicas à sua costa, podendo explorar essa região com direitos exclusivos de uso e licenciamento dos recursos naturais abaixo da superfície do mar para atividades como a mineração. E esse é o mesmo motivo pelo qual o Japão, por exemplo, tem um direito à exploração das ilhas na Ásia Oriental. ou o próprio Brasil tem direito a explorar os 370 km da sua costa, além das ilhas do arquipélago de Trindade e a ilha de Fernando de Noronha. E no caso de Portugal, atualmente o país tem acesso a uma imensa zona econômica e exclusiva, graças a essas duas ilhas e o seu território continental, com os Açores, por exemplo, possuindo mais de 950 km² para exploração, enquanto na Ilha da Madeira pode ser explorado quase 450 km². No total, a zona econômica exclusiva de Portugal é a quarta maior da Europa e a 21ª do mundo. Foi então que legisladores portugueses encontraram uma forma de expandir ainda mais o seu território marítimo através de um artigo presente na Convenção das Nações Unidas sobre o direito ao mar, que permite de forma legal com que o país estenda a sua zona econômica exclusiva, que vai desde a sua linha costeira nacional até o limite de sua plataforma continental. E foi nesse ponto que Portugal teve sorte. A plataforma continental é basicamente uma porção geográfica de um continente que está submersa relativamente em Águas Rasas e a plataforma continental próxima a Portugal é imensa. Então, em 2005, o governo de Lisboa preparou um pedido à Comissão das Nações Unidas sobre extensão dos limites da plataforma continental, que aumentava esse limite para um total de 648 km. Se validado, Portugal poderá mais que dobrar o seu território, reivindicando mais de 2.1 milhões de quilômetros quadrados, tornando Portugal um dos maiores países do mundo, com um total de 3.8 milhões de km qu. Para termos uma noção, isso é 1 milhão de quilômetros quadrados maior que a área continental da Argentina, o oitavo maior país do mundo. E com todo esse território, além de poderem explorar riquezas minerais, como zinco, cobre, ouro e outros recursos naturais, o governo espera aumentar o potencial comercial do seu país, construindo portos capazes de receber grandes cargueiros intercontinentais e, posteriormente, conectar essa rede com o restante da Europa, já que possuem uma posição privilegiada que ocupa a encruzilhada das principais rotas marítimas do mundo. Por exemplo, é exatamente aqui no estreito de Gibraltar que passam mais de 120.000 1 navios todos os anos e o estreito fica quase na mesma latitude das ilhas portuguesas, dando a Portugal uma posição extremamente estratégica em relação ao resto do mundo, com o país podendo desenvolver postos avançados de pesquisa e turismo. Inclusive, essa vantagem estratégica a partir das ilhas acontece também no mar do sul da China, onde a própria China construiu centenas de ilhas por todo ele e nelas instalou dezenas de bases militares e postos avançados que lhe deram uma vantagem estratégica. Mas como implementar tudo isso de forma organizada e ao mesmo tempo tentar atrair os olhares dos investidores de todo o mundo de acordo com o plano de Portugal, construindo algo sólido, com metas e interesses claros. E foi exatamente isso que eles fizeram. Esse plano ficou conhecido como ENM ou Estratégia Nacional para o Mar, que tinha como prazo para sua execução o ano de 2013 a 2020. A estratégia tem cinco grandes objetivos. Mas tem um específico que chama mais atenção, o de aumentar em 50% a contribuição do setor marítimo para o PIB nacional até o fim do prazo, com os portugueses atingindo a meta. E o setor da economia portuguesa ligado à exploração marítima já estava muito aquecido e nos anos pré-pandemia estava com crescimento anual de 8.7%. No entanto, o sucesso do plano ainda se baseia na reivindicação da plataforma continental, que até então não teve um veredito e nem é possível fazer uma previsão sobre a conclusão, principalmente pelo ritmo de trabalho da comissão que delimita os limites internacionais. Mas existem países que são contra o plano de Portugal, como o Reino Unido, as ilhas Cook, a Islândia, a África do Sul, Papua, Nova Guiné e as ilhas Salomão. Eles não estão aceitando as recomendações e criticando expressamente a comissão, mas Portugal continuará a prosseguir com a implementação da sua estratégia para o desenvolvimento sustentável do mar, que parece estar funcionando. que nesse ano de 2022, segundo a Comissão Europeia, Portugal será o país que mais crescerá na Europa, com uma alta em seu PIB de os 5.8%. Já o seu plano de ação teve uma atualização para a próxima década com 185 novas medidas, sendo 30 consideradas primordiais pelo seu potencial multiplicador. E é surpreendente como um país tão pequeno conquistou tanta coisa pelo mundo, mas em pouquíssimo tempo perdeu tudo. E mesmo assim hoje está tentando se reerguer aos poucos e conquistando seu espaço novamente. E esse foi o exato motivo pelo qual Portugal pode dobrar o seu território e não precisará de uma única guerra ou invasão. Eu vim te lembrar de assistir esse vídeo aqui. É um mega projeto que você vai gostar de conhecer. É o primeiro link na descrição. [Música]

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