A CASA DAS MORTES REPETIDAS- RELATO DE UMA MALDIÇÃO QUE ATINGIU 3 GERAÇÕES

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[Música] Oi, oi, gente. Sejam muito bem-vindos ao meu canal. Eu sou a Leandra e eu conto relatos sobrenaturais aqui todos os dias para vocês. Bom, se você caiu aqui de para-quedas, eu também conto relatos mais curtos lá no meu TikTok, no meu Instagram e essas redes sociais estão aqui embaixo na descrição do vídeo. Se por um acaso você tiver aí algum relato sobrenatural para me enviar, os relatos devem ser enviados pro e-mail que também fica aqui embaixo na descrição. E bom, gente, como vocês sabem, eu não gosto de enrolar aqui na introdução, então já vamos para o relato de hoje. Mas antes, não se esqueça de se inscrever no canal, caso você ainda não seja inscrito, é de curtir o vídeo agora no início, porque ajuda muito a divulgar o vídeo aqui na plataforma e hypar o vídeo se tiver aparecendo aí essa opção para você. Agora sim, recadinhos dados. Vamos ao relato de hoje. Lembrando que esse relato é esse vídeo, né, é com apenas um único relato porque é um relato grande. Então, se você tiver aí algum relato bem grande, bem extenso que aconteceu com você ou com a sua família e às vezes você fica sem jeito de mandar porque é um relato muito grande, é uma história muito comprida, não tem problema, porque agora tem um quadro especialmente para esse tipo de relato grande. Então, manda pro canal, tá? O e-mail tá aqui embaixo na descrição. Bom, agora sim, chega de conversa fiada, né? E vamos pro relato de hoje, o que é o que importa. E esse relato, gente, ele se chama A casa das mortes repetidas. E assim, gente, esse esse relato eu não li ele todo, mas eu sei que ele é um pouco é sensível, vai falar um pouco de morte, essas coisas. Então, assim, se você for um pouco sensível a isso, eh, inclusive eu fiquei até com um pouco de gastura com a primeira morte que eu vi, porque eu li um pouquinho. Então, assim, já deixo aí o alerta para vocês, tá? É um é um relato um pouco gasturento, sabe? Bom, eu tenho gastura desses tipos de coisa, mas enfim. Vamos pro relato. A casa das mortes repetidas. Eh, oi a todos. É bom Li, você pode me chamar de Mateus e hoje com a ajuda da minha mãe, vamos escrever sobre a história de uma casa que está na e está na minha família há anos, ou melhor, né, está na minha família há gerações e que é uma casa amaldiçoada. Como eu sei que você não gosta de enrolação, vamos ao que importa. O começo. Ele botou assim como um subtítulo, sabe? O começo. Eu não sei se aqui é exatamente o ponto onde tudo começa, mas é a história mais antiga, é mais antiga que sabemos sobre a casa. Nessas terras onde a casa está localizada hoje em dia, em um passado extremamente distante, essas terras pertenciam a um homem e sua esposa. Eles eram negros lhe e por isso havia muito preconceito em relação à posse deles sobre o terreno. Tipo, resumindo, por eles serem negros nessa época eles não podiam ter tantas terras. Então, as pessoas até falavam que essas terras não eram deles e que eles tinham roubado de alguém. Mas nada a ver, era só puro racismo da época. Então, por algum motivo que não sabemos qual, o meu tataravô achou de bom tom simplesmente invadir as terras desse homem, que, é claro, lutou contra isso, mas, infelizmente ele acabou falecendo no local durante a briga, pois o meu tataravô Liandra deu uma martelada em sua cabeça. Falei com vocês, é, é bem gastorento, gente, pelo amor de Deus. Ai, matar uma pessoa martelada. Ai, que gastura. Enfim, Leandra, não me pergunte porque ele fez isso, porque ele queria tanto essas terras, sabe? Porque não sabemos. Isso aconteceu há muitos anos e eu só coloquei na história porque vai fazer sentido lá na frente. Então, dando continuidade, essa foi a primeira geração da minha família que viveu naquelas terras e na casa. E nessa época os meus tataravós tiveram cinco filhos. dois homens e três mulheres. E sim, eles utilizavam a mesma casa que o casal de negros eh utilizava antes. O meu tataravô apenas reformou para deixar a casa mais luxuosa, digamos assim. E eles, por serem de família assim, com muitos atributos pra época, casaram as filhas muito bem, com homens de posse, sabe? logo fazendo com que as filhas não precisassem ali de ajuda financeira. Então, o meu tataravô dividiu o terreno em dois para ser partilhado ali com o meu bisavô, Joaquim e o irmão dele, Manuel. Porém, Manuel ficou com o lado que estava a casa. E por mais que Joaquim tivesse dinheiro para construir uma casa igual ali do seu lado, ele simplesmente não aceitava. E aqui vai um parênteses lei. Eu não sei e o que de fato fez os dois brigarem tanto, sendo que o terreno foi dividido de forma igual. Joaquim tinha dinheiro, como eu disse. Então, eu e minha mãe temos uma pequena teoria de que talvez era a energia da casa que influenciava a briga dos dois, mas não temos certeza disso. Então, fechando aqui o parênteses, vamos dar continuidade à história. No começo era só implicância. Depois vieram as cercas mexidas, a conversa ali atravessada, os almoços que terminava em portas batendo e gritaria. E foi assim durante muitos anos e se intensificaram ainda mais quando os meus tataravós faleceram. Parece que eles brigavam, mas ainda assim respeitava eh assim os pais, sabe? Então tinha um limite essas brigas. E nessa época os meus tatara-vós moravam já na cidade há muitos anos por conta da saúde debilitada. Minha tataravó morreu e cerca de um ano depois o meu tataravô também. Até que em uns meses depois da morte, né, do meu tataravô, aconteceu outra tragédia naquelas terras. Era um domingo, f de tarde, a luz baixa entrava ali pelas frestas da casa principal e eles discutiam desde cedo por causa de um alinhamento de cerca. As vozes começaram a se alterar, tanto que atravessou o corredor e desembocou na sala. E aí começou aquele Você acha que manda aqui? Disse Manuel, que já estava vermelho há um passo à frente. Eu não acho, Manuel. Eu sei. Joaquim disse ali de forma dura e sem recuar. Aí o primeiro empurrão veio torto, o segundo com força, uma cadeira arrastou, a mesa raspou o piso, o relógio da parede tremeu e a discussão virou uma briga daquelas. Foi soco, chute, é corpo contramóvel, assim, foi terrível. E o cheiro de madeira antiga começou a se misturar com o cheiro de suor e sangue. Joaquim abriu o braço em um corte bem feio. Manuel tentou levantar num impulso ruim, mas acabou caindo novamente. Bateu a cabeça com força na quina eh na quina pesada de um móvel. Houve então um silêncio e Manuel morreu ali no chão da sala, no papel ali da causa da morte, né? Ficou com uma fatalidade durante uma briga. Na família de Manuel virou outra coisa, um crime. O filho dele, Antônio, que era adolescente na época, guardou a versão que lhe cabia e guardou ódio, muito ódio. E guardem bem essa informação. Nos anos seguintes, meu bisavô se fechou. Virou um homem de rotina curta, quase sem falar. Cuidava ali do terreno, consertava o que precisava e dormia pouco. Enquanto a casa, Bom, Li, a casa acabou ficando para o meu bisavô. Sim, ele conseguiu finalmente o que ele tanto queria, pois a família de Manuel achou melhor se mudar dali. E a casa que nunca teve um clima bom, mesmo antes dessa segunda tragédia acontecer, ficou ainda pior. E várias coisas assombradas aconteciam dentro daquele lugar. Ficou um clima tenso, sabe? Como se o ar por dentro da casa tivesse espessado. Até que se passaram 15 anos e veio a visita. 15 anos depois, Antônio apareceu, disse no portão que queria conversar, entre aspas. Joaquim deixou ele entrar. Eles se sentaram na sala, a mesma sala, onde tudo aconteceu 15 anos atrás, e começou a dizer: “Eu carreguei muita coisa desde aquele dia.” Antônio dizia com voz baixa. Eu também. Mais do que você é mais do que você imagina”, disse meu avô. Porém, não houve reconciliação. Antônio então colocou a mão no bolso, puxou uma arma e atirou. Joaquim caiu no mesmo cômodo onde o irmão tinha caído. Ciclo fechado com um estampido seco. Antônio foi preso e no depoimento disse uma frase que ficou nos registros e depois ficou até em mim. Ele disse: “Eu não aguentava mais, seu policial, ouvir o meu pai pedindo por justiça.” Antônio, então, por não parecer uma pessoa sã das ideias, acabou ficando muitos anos preso no que se chamava na época de reformatório, eh, por conta ali de não estar bem das suas faculdades mentais e ficou lá até as suas mortes, que é até a sua morte, que ocorreu uns bons anos depois. E sim, eh, meu bisavô faleceu com um tiro na cabeça e quem presenciou contou depois que foi uma cena pavorosa, pois tinha miolos e sangue para tudo quanto é lado. E bom, após a segunda tragédia, o meu bisavô continuou morando. Ah, não, perdão. A minha bisavó, já tava até estranhando, a minha bisavó continuou morando na casa com seus 12 filhos, até porque não tinham para onde ir. E ela relatava que a casa antes da morte ali de seu esposo, eh, que já era perturbado, onde muitas coisas sobrenaturais já aconteciam diariamente, agora estava ainda pior. Os acontecimentos sobrenaturais eram tão intensos que era quase que insuportável morar ali, mas ela não tinha o que fazer. Mas enfim, dando continuidade, vamos para a próxima geração da minha família, a do meu avô. Meu avô Francisco era o mais velho ali dos filhos com 16 anos na época em que seu pai faleceu. Então, por conta da situação, ele teve que tomar as rédias e ajudar a sua mãe a criar seus irmãos. e por isso foi o último a se casar e a ter filhos, já que a sua prioridade era garantir que eh o garantir, né, que os outros irmãos já estivessem bem encaminhados pra vida. E assim foi. E quando só restou ele e sua mãe dentro de casa, a mãe passou a casa para seu nome, já que, segundo ela, nada mais justo, já que foi ele que a ajudou a criar as crianças. E a Leandra, é até interessante mencionar que, lembra que antes eram dois terrenos porque foi dividido e daí começou toda a briga? Pois bem, quando meu avô passou a ter posse do local, ele transformou tudo em um terreno só novamente. E isso foi possível porque por parte é por parte da outra família, porque sim, eles são brigados até hoje e não se falam por conta dessa situação de décadas atrás. Então, segundo, né, o meu o meu avô, na época ele fez isso porque não morava ninguém ali a anos. Mas era mentira, Leandra. Muitos anos depois foi descoberto que, na verdade, tinha parentes morando nessa casa. Porém, meu avô os expulsou. E, como era uma família composta apenas pela mãe e seus filhos, não teve nenhum homem para ir de contra a ele. Meu avô então destruiu a casa e tudo virou curral. Eu sei que pode estar um pouco confuso, então eu vou tentar explicar. Quando o irmão de meu bisavô morreu e ele tomou a casa para ele, que era o que ele tanto queria, meio que houve uma troca, mas isso não foi feito no papel. Então, como meu bisavô passou a morar naquela casa, a outra família foi pra casa que era ali do meu do irmão do meu bisavô. Espero que esteja dando para entender. Sim, eu entendi. Só que com toda a certeza essa mulher com as crianças não devia ser, por exemplo, e os filhos do irmão do bisavô, porque aí as datas não batiam. Já devia ser outra geração também da família, né? Mas enfim, eu entendi. Espero que vocês estejam entendendo também. Enfim, e aí o meu avô e a minha avó se casaram tarde pra época. E isso foi porque, como eu expliquei, o meu meu avô explicou os seus irmãos crescerem, estarem ali encaminhados paraa vida. Então, ele já estava ali com seus 30 anos quando eh tanto ele quanto a minha avó estavam com 30 anos quando casaram. E é por isso que só tiveram dois filhos, minha mãe e o meu tio Beto. Em 2004, minha avó, com seus 40 anos, se tornou avó de sua, pois sua filha do primeiro casamento, havia ganhado uma linda menininha. Então, por conta disso, ela foi passar uns dias na casa de sua filha e meu avô ficou sozinho na fazenda com as crianças. E minha mãe conta que esse dia foi traumático. Um homem que meu avô havia mandado embora simplesmente apareceu com uma espingarda e começou a correr atrás do meu avô atirando nele. Um dos tiros acertou com tudo eh na sua cabeça, mas como ele estava próximo à casa, ele conseguiu entrar. E o meu avô só não morreu ali naquele momento, porque como ele correu para dentro de casa, meu tio rapidamente fechou a porta e o homem não conseguiu entrar. Meu avô teve que passar por algumas cirurgias, ficou meses internado, mas quando teve alta estava com algumas limitações e por isso tiveram que ir morar na cidade, porque no campo ficava inviável para eles. As atividades no sítio continuavam, mas a casa em si ficou fechada por muitos e muitos anos. O local gerava a renda deles. Então, por isso vender não era uma opção. O meu avô e ele tinha ali as suas limitações, mas ele andava e fazia tudo sozinho. Só não tinha mais pique pro campo, sabe? E ele viveu bastante ainda. Ele viveu até o ano de 2012, que foi quando ele faleceu. E a casa ficou pra minha mãe, já que meu tio não quis e minha avó muito menos. E nessa época o local ele já estava completamente fechado há muito tempo. Assim, nada mais funcionava lá, nem as atividades agrícolas, elas já haviam se encerrado uns 4 anos antes, pois os meus avós decidiram investir em outras coisas que dava menos dor de cabeça, sabe? E bom, apesar de ser da minha mãe, ela nunca ia lá e deixava fechado mesmo e estava pensando se vendia ou não. E ficou por isso durante muitos anos. até o ano de 2020, que foi quando ela se decidiu ali se separar do meu pai. Então, com o divórcio, ela logo pensou que aquele local seria vendido para ela comprar uma casa pra gente, né? já que a casa em que morávamos era dele, do meu pai, então ela que teve que sair. E eu e a minha irmã fomos atrás dela, é claro. Moramos de aluguel por uns três meses e isso li foi bem no início ali de 2020. Então foi quando a pandemia começou e nessa época nós dividíamos o aluguel com um amigo da minha mãe, só que assim, eles não tinham nada não, tá bom? Eh, o rapaz inclusive era até gay, era uma pessoa maravilhosa. Inclusive durante os meses que moramos juntos, ele foi muito mais meu pai do que o meu pai de verdade. Tenho um carinho muito grande por ele. Mas enfim, porém, por conta ali da pandemia e sem trabalho fixo, não dava mais para eles pagarem o aluguel daquela casa em que estávamos. E aí, Li, adivinha só para onde? E para onde nós fomos? Isso mesmo, a casa do sítio. E segundo minha mãe, ah, é só por uns meses até eu conseguir vender. Bom, Li, foi o que ela disse, né? E enfim, a intenção dela era organizar o local e vender e com o dinheiro comprar a nossa própria casa. E o amigo dela foi junto, porque ele também não tinha onde morar e não ia conseguir pagar um aluguel sozinho. E eu lembro ali que a primeira vez que eu entrei naquela casa, o ar me pareceu parado. Eu sei que pode parecer estranho, mas para mim pareceu ser a primeira vez em que eu pisava lá. Sendo que quando eu era criança ali na minha infância, eu já tinha ido lá em alguns churrascos que a minha família fazia no passado, naquele local. Só que isso já fazia tantos anos que eu não me recordava que a energia daquele lugar era tão pesado daquele jeito, sabe? Não era mofo apenas, era um tipo de, sei lá, um troço que entrava junto ali com o nariz, sabe? Era um negócio horrível. Mas enfim, a gente precisava dar um jeito naquele local. A situação já era bem ruim, então não dava para poder ficar reclamando muito. E os primeiros dias foram assim de arrumação, né? porque tínhamos que é organizar o lugar. Então, lavamos tudo, abrimos as janelas, deixamos o sol entrar, sabe, para ver se mudava um pouco aquele ar. Começamos a comprar algumas tintas. Tinha que ser uma reforma assim bem da boa, sabe? Porque o lugar estava caindo aos pedaços. O problema ali é que por mais que a gente mexesse mudasse, renovasse uma coisa ou outra, a casa assim, a energia não mudava, sabe? E foi aí que começaram as coisas estranhas. Eram portas batendo sozinhas, pratos que voam, gente. Sim, os pratos se arremessavam sozinhos contra a parede ou até contra a gente em algumas vezes. E uma coisa que era terrível era um barulho miúdo e constante que a gente ouvia, como se fosse alguém murmurando alguma coisa, mas a gente não entendia o que era. E esse barulho parecia sair de dentro das paredes, debaixo ali do do chão, vinha de todos os lugares. Lembro também de passos leves que aconteciam no corredor, sendo que muitas das vezes a gente estava todo mundo ali num certo cômodo e era como se os passos estivessem outro, como se tivesse mais gente pela casa, só que não tinha ninguém. Lembro de uma certa vez também que um copo foi arremessado na minha irmã. Às vezes, se a gente colocava uma coisa em um determinado local, você podia assim contar que aquilo não estaria mais ali algumas horas depois. Essas atividades sobrenaturais eram tão frenéticas que a gente já estava até ficando acostumado com essas manifestações. Para vocês terem uma ideia, eu lembro que a minha mãe dizia que ouvia duas vozes baixas discutindo no quintal. O meu tio, que era assim que eu chamava ele, tá ali, mas era o amigo da minha mãe. O meu tio, que era assim um pouco mais cético e não sabia do histórico da casa, dizia que era só o vento. Minha mãe não contrariava ele, só ficava atento. Eu não havia mencionado isso antes, mas diante de todos os acontecimentos sobrenaturais, ele sempre tentava assim buscar uma outra uma outra alternativa. E até hoje eu não sei se é porque ele era cético ou se é porque ele não tinha para onde ir, não queria dar o braço a torcer que aquele local tinha alguma coisa de errado, sabe? Mas ele não acreditava muito, apesar de que escutava os passos, ele presenciou um dos prços, um dos pratos serem arremessados. Então ele via, mas fingia que não e sempre arrumava uma desculpa. Mas enfim, foram seis meses infernais naquela casa, mas pelo menos, né, a reforma havia terminado e a minha mãe finalmente pôde colocar a casa e o terreno à venda. E eu falo que foram seis meses infernais, Li, porque agora vai acontecer assim o pior de tudo que a gente poderia presenciar ali. Eu lembro como se fosse ontem. Era um sábado e o amigo da minha mãe havia subido no telhado para poder trocar umas telhas que haviam sido quebradas em uma tempestade há uns dias atrás. Eu estava no quintal andando de bicicleta, não tava pensando em nada muito importante e foi quando algo, sabe, como se fosse uma intuição, mandando eu me virar. E nisso que eu me viro, eu vejo a seguin a a seguinte cena. O amigo da minha mãe deslizou pelo telhado como se fosse uma sombra, sabe? Riscando ali o beiral. E depois veio o impacto. Ele caiu de costas em um ângulo bem difícil de se explicar. O laudo mais tarde diria acidente, mas eu eu sei o que eu vi. Leandra, com toda a certeza do mundo, aquilo não foi um acidente. Eu vi uma sombra negra e alta empurrar ele lá de cima e obviamente ele não resistiu. Era muito alto. A queda foi muito feia. Eu nem vou especificar muito aqui, mas assim, Li, a cabeça dele abriu por completo. Não, não tinha nem como ele sobreviver. E sim, mais uma vez um acidente envolvendo a cabeça de alguém. No velório, a minha mãe assim estava inconsolável. Ela gritava, ela chorava. E durante muito tempo ela se sentiu culpada pela morte do amigo, pois ela sabia da fama da casa. Ela já havia morado ali, já sabia como o lugar funcionava e mesmo assim retornou para lá. Mas depois de muita terapia, ela entendeu que não tinha o que ela fazer. A gente precisava de um teto, a gente não podia morar na rua, era a única casa que tinha. Enfim, tivemos que voltar para casa uns dias depois, após o velório. Não fomos de primeira porque a minha mãe estava com certo asco do lugar. Então, ficamos um tempo na casa de minha avó, mas depois tivemos que retornar. Minha mãe então, assim, desesperada, abaixou o preço para ver se o local era vendido de uma vez por todas, mas lei nunca dava certo. Teve um comprador que quase assinou, mas aí ele sofreu um acidente de carro dias antes e o dinheiro que ele ia dar de entrada, ele teve que comprar outro carro. Teve um outro que desistiu de última hora. Ele era espírita ali e disse que sonhou com a casa e que aquele lugar não era nada bom. A venda ela sempre emperrava no último passo. O terreno parecia puxar a corrente de volta, sabe? E não tinha muito o que se fazer. sem a venda, sem o dinheiro, tínhamos que continuar morando ali. Então, moramos por mais seis meses e ao todo foi um ano e um mês morando naquele inferno. E não pense que após a morte do amigo dela, as coisas cessaram, porque não ainda se intensificaram. Passamos por coisas terríveis naquela casa ali. Lembro de uma certa vez de que algo puxou ali o cabelo da minha mãe com tanta, mas tanta força e arremessou ela com tanta força contra a parede que ela quebrou o braço. Constantemente as coisas eram arremessadas na minha irmã. Eu não sei o que tinha naquela casa, o que que aquele espírito tinha ali, que ele não gostava da minha irmã. Até eu não gostava muito dela na mes nessa época. Ela era uma adolescentezinha muito rebelde, mas o negócio assim machucava muito ela, a ponto de que ela acordava com várias manchas roxas pelo corpo. Eu lembro até de que nessa mesma época eu vi aquele filme de invocação do mal, o primeiro, e eu vi no filme que aquilo poderia ser algo ruim, querendo se apossar da pessoa. E eu e minha mãe ficamos muito preocupados de que de uma hora para outra aquilo, sei lá, entrasse nela, né? Acho que ele tava falando da irmã. Mas enfim, não tinha muito o que fazer. Ninguém comprava a casa. Até que comigo não acontecia essas coisas. O que tava lá não gostava muito de mulher. Então, comigo não acontecia nada demais, mas eu presenciava as manifestações, só não me machucava. Até que após esses outros seis meses ali completando um ano e quase indo para um ano e dois meses, como eu falei, as coisas já estavam melhorando pro nosso lado. Eh, o meu pai começou a pagar ali uma pensão pra gente, o que já ajudava muito, e as coisas foram ficando mais flexíveis em relação à pandemia. Então, minha mãe teve seu trabalho de volta, passando assim a ganhar um salário novamente. E aí, com o salário e mais o valor da pensão, a gente conseguia passar eh conseguia pagar um aluguel mais barato, o que pra gente assim já era um alívio. Qualquer casa servia contando eh contando que não fosse aquela casa. Então, finalmente conseguimos sair de lá. Ai, lembro até hoje, respiramos aliviados quando fizemos a mudança. Então, assim, fomos vivendo sem falar muito ali no assunto e foi aquilo, a casa assim nunca foi vendida, ninguém comprava aquele lugar. Porém, é aquilo, né? As contas, os impostos, os papéis não somem sozinhos. Então começou a acumular muitas dívidas e o local estava no nome da minha mãe. Então decidimos resolver definitivamente essa história de uma vez por todas. Lembro que minha mãe foi atrás eh de um advogado e começamos a resolver a papelada. Então, com a ajuda desse advogado que minha mãe contratou, começamos a vasculhar pelas coisas. Eh, papéis antigos, né? gavetas, caixas que tinham na garagem da casa para ver se encontrávamos alguma coisa, alguma coisa de útil. Então, no fundo de uma caixa que tava muito empoerada, por sinal, encontramos uns documentos antigos, umas certidões, esboço ali da planta e um processo esquecido que era a disputa entre Joaquim e Manuel lá do início do relato e foi uma disputa que nunca tinha sido concluída no cartório. Então, Sly, na época, eh, antes, eu não sei o que que eles estavam tentando fazer, mas pelo que eu entendi, a disputa era que meu bisavô queria a casa, então, tipo, na justiça tava isso, os dois brigando ali pela casa, só que não fazia muito sentido. É, realmente, gente, que que esses dois estava querendo, galera? Eu acho que eles estava com muito tempo sobrando e começaram a arrumar sarna para se coçar, porque gente, não faz sentido. O o cara, tipo, o Joaquim tinha a casa dele, ele tava querendo pegar a casa do do Manuel na justiça. E tipo, ai gente, enfim, só que isso nunca eh foi concluído, até porque Manuel faleceu e aí depois Joaquim pegou a casa e o resto da história vocês já sabem. Então, no papel a briga ainda pulsava. Eu não sei como lhe, mas na minha mente veio meio que como um estalo que aquilo deveria ser resolvido, que talvez aquilo tivesse ali uma carga energética que fazia com que todo local fosse amaldiçoado por conta daquela situação, sabe? Como se tivesse um bloqueio, sabe? sem um acerto legal, sem uma venda correta, sem o certo ser feito. Então, decidimos que íamos resolver essa situação. Mas havia uma outra coisa, uma sensação constante de que a casa precisava que a briga continuasse. Era como se ela, o espírito que tivesse ali, alimentar, se alimentasse do assunto pendente, sabe? Todas as vezes que a gente tentava dar um passo para tentar resolver, voltava ali, ó, duas, três casas. E a gente só conseguiu eh resolver essa situação na base de muita oração e muita firmeza ali por parte da minha mãe e também muito cansaço. Eh, conseguimos entrar em contato com os parentes distantes ali de Manuel, que era o que estavam vivos, né, na época. Isso foi no ano de 2023, tá? ali quando decidimos, né, dar um fim nisso tudo. Então, assim, com muito custo, conseguimos contatar com alguns parentes de Manuel e foi aí que chegamos ao contato de quem assim deveria receber alguma coisa da venda do terreno ou sabe a pessoa que deveria resolver a situação. Já que esse rapaz, que aqui vou chamar ele de Pedro, era tipo como se fosse a minha mãe, só que ele era é filho, ele era tipo, não, como assim, gente? Pera aí que eu tô tentando entender para explicar para vocês. Ah, tá. Era como se o Manuel fosse bisavô desse desse menino, desse Pedro que eles encontraram, entendeu? Era tipo como se fosse a mãe do rapaz que tá contando a história, porém do outro lado da história, entendeu? Eh, entendi. Enfim, eh, ele veio com a filha, veio um pouco cismado, chegaram no fim da tarde e o motivo da cisma ali eu dou até razão, pois ele nos explicou uma parte da história que a gente não conhecia. Meu bisavô, ele aparentemente foi um homem terrível. Então, quando Emanuel foi morto, porque sim, chegamos à conclusão de que ele foi assassinado, não tem outra explicação. Durante a briga, meu bisavô empurrou, mas assim, talvez ele não queria que Emanuel tivesse morrido, mas eles estavam brigando, né? Enfim. Então ele contou que após a morte de Manuel, eles viveram tempos difíceis, pois foram expulsos do lugar pelo meu bisavô. Enfim, aquela, só confirmando aquela história que eu já mencionei, que a gente já tinha quase certeza, né, de que era o que tinha acontecido. Eu só sei que o homem olhou a fachada por alguns segundos e ele não sentiu uma sensação muito boa, não. Ele disse que se vendesse teria interesse em ficar com uma parte sim, mas que não queria morar ali em hipótese alguma. Ele, como uma pessoa eh sensitiva, sentia muita dor, muita angústia vindo daquele lugar. E a filha dele também sussurrou que sentia um ar pesado ali. Minha mãe fez um gesto, um gesto curto para que entrassem dentro da casa. sentamos ali na sala e começamos pela parte prática, delimitação, por eh porcentagens, propostas, mas o o aquele assunto antigo tinha vida própria. E logo as frases foram trocando de roupa e virando acusações. Era um, essa casa devia ter sido nossa para cá, era um vocês sumiram por 40 anos e aparecem assim para lá e aquela briga. E começou ele de um lado, minha mãe do outro. Aí começaram a elevar a voz, aquela coisa toda. Até que eu levantei, dei um grito de de basta e falei pros dois que era o que a casa queria, que queria que aquela situação não fosse resolvida. Eles pararam ali por algum silêncio e, né, meio que consentiram, sabe? Porque até os mais céticos quando entravam naquela casa percebiam que tinha algo de errado ali. Até que o relógio da parede, que já estava há anos parado, não funcionava, deu um estalo seco ali. Lembro que a filha dele olhou pro relógio meio que inquieta, encostou os dedos ali no braço do pai. O homem abriu a boca para poder quê? Calma aí, gente. Pera aí que eu tomei dois sustos. Um susto foi que eu não imaginava que ia acontecer isso aqui. Dois porque o meu vizinho começou a bater martelo ali e eu achei que foi na porta e eu Ai gente, ó. Vocês acham que eu me assusto? Lendo esses negócios eu me assusto sim. Ainda mais quando eu tô sozinha em casa, gente. Tô passada. Calma aí, calma aí. Eh, o pai dela, né, o homem abriu a boca para falar alguma coisa, mas do nada ele colocou a mão na sua cabeça e deu um grito e caiu no chão. Ali mesmo tentamos socorro, mas não deu tempo. A gente nem sabia o que estava acontecendo. Chamamos uma ambulância, mas já era tarde demais. A filha chorava, gritava. Foi uma coisa muito, muito bizarra. E no final das contas ele teve eh, se eu não me engano, foi um aneurisma, foi alguma coisa na cabeça. E ele era novo ali, assim como a minha eh como a minha mãe, não fazia sentido nenhum aquela morte. A filha eh foi embora no mesmo dia. O corpo foi levado, né, para ser sepultado, enterrado na cidade onde eles moravam. E acabou que assim, a filha não quis voltar para tratar de nada. Diante de todo o histórico da casa, diante do que aconteceu com o Pedro, a família não quis mais saber de nada a respeito da casa. A única coisa que ocorreu foi que eles mandaram um advogado que só nos respondia ali por e-mail, nem atendia as nossas ligações e que quando o local fosse vendido, eles só queriam parte. E aí li com muito custo, depois ali de todos os documentos entregues, assinaturas, pendências sanadas, a parte legal por fim andou e depois finalmente conseguimos vender. E foi vendido para um homem que construiu tipo uma fábrica, alguma coisa de tijolos lá no local. Eu não sei ao certo o que é, mas a venda foi feita no início do ano passado de 2025, no mês de janeiro. Até hoje o local ainda está em construção, mas pelo que eu sei, eh, está andando conforme tem que ser. Nada atrapalha a obra ou coisa do tipo. E aparentemente, pelo pouco que eu sei, nada de sobrenatural fica lá meio que atentando, sabe? A casa já não existe mais hoje em dia. Eu não sei se talvez por termos resolvido aquele processo pendente tenha, sei lá, sanado o que tinha ali, não sei. Mas aparentemente as atividades sobrenaturais pararam por lá. Bom, mas eu não sei ao certo porque eu também não tenho interesse de saber. Eu tenho pavor daquele lugar, assim como todo mundo da minha família, como do outro lado também da família que não quer contato. E bom, Li, esse foi o relato. Eu espero muito que você leia e me desculpa pelo texto muito grande, né? Eu sei que ficou grande, eu tentei resumir ao máximo, mas tinha que deixar tudo muito bem explicado. E foi, como mencionado lá no início do relato, a gente não sabe se tudo começou lá com o meu tataravô que fez aquela maldade ou se desde aquela época já havia algo ali que fez o meu tataravô e o casal brigar. Mas sabe, eu acho que tudo começou no meu tataravô. Não tem outra explicação. Ele era um homem ruim e começou tudo isso. Gente, maldição hereditária é algo que realmente existe e é extremamente perigoso e nós temos que ter muito cuidado. Eu hesitei um pouco se, né, enviava ou não esse relato, mas eu achei muito interessante enviar depois de um comentário que você fez no final de um dos relatos que você leu, onde você diz que ao menor sinal de uma manifestação sobrenatural, as pessoas devem sair daquele local. E eu concordo com você e quis trazer este relato para ficar como uma forma de alerta. E sim, gente, no menor sinal de que tenha algo sobrenatural, saia do lugar. Algumas manifestações são leves, coisas que geram histórias até interessantes, mas outras não, como as manifestações dessa casa, desse terreno. Lá levou vidas de pessoas inocentes, pessoas que não mereciam o triste fim que teve. Até o amigo da minha mãe, que nem era de sangue, nem era da nossa família, vamos dizer assim, morreu e ele não era da nossa família. Ou seja, a casa não poupava ninguém. É isso, Li. Se por um acaso você escolher ler este relato, um grande beijo e manda um beijo pra gente, ó. Um beijo, tá? Muito obrigada por ter enviado o relato. E aí, gente, realmente realmente e eu também acho que deve ter eh deve ter começado com seu tataravô. E assim, por n motivos, eh, eu acho que não só por ter morrido uma pessoa, assim, porque foi uma morte triste, mas não acredito que tenha sido só por causa disso, sabe? Porque tenha tido ali uma morte triste. Eu acho que talvez até o próprio casal tenha amaldiçoado o lugar e isso é muito comum de acontecer. E assim, minhas minhas sinceras opiniões, eu não julgo o casal de ter amaldiçoado o lugar porque querendo ou não, eh, a gente não sabe se foi um lugar que eles lutaram tanto para conseguir, né? Às vezes foi uma herança que o casal recebeu e e era isso, né? Mas às vezes eles podem ter trabalhado muito e aí simplesmente vem uma pessoa lá e vapo pega e toma como se fosse a coisa mais normal do mundo. Isso também não é justo. Então é até compreensível quando esse tipo de situação ocorre a pessoa ir lá e amaldiçoar esraguejar o lugar. Então acredito também que tenha acontecido ali com o seu e começado com o seu tataravô. E realmente, né, gente, que fique de um alerta. Não vou me estender muito nos comentários, mas que fique de alerta, né? É o que eu sempre falo, no menor sinal de algo sobrenatural, gente, saia do lugar. Assim como também no menor no menor sinal de que você sente que tá lidando com uma pessoa ruim, tira ela da sua vida, porque a gente não sabe do que essas manifestações são capazes, do que as pessoas são capazes. Então, ó, é melhor longe do que perto atentando, né? Então é isso, espero que vocês tenham gostado desse relato. Eh, mais uma vez muito obrigada ao rapaz que enviou a mãe dele também, que se disponibilizou em nos contar a história. E é isso, um grande beijo, tchau tchau. E eu vejo vocês no próximo vídeo.

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