A escola não ensinou: A Crise de 1929 foi causada pelo estado

0
Share
Copy the link

A nossa história começa em 1913, quando políticos e banqueiros se uniram para criar um banco central, cuja função seria proteger eles contra você. A nossa história passa por 1925, quando o Winston Churchill teve que tomar uma decisão extremamente difícil que poderia falir a Inglaterra. Para evitar essa falência, um acordo secreto entre dois bancos centrais foi criado com o efeito colateral de criar uma gigantesca bolha especulativa nos anos 20. E quando uma das partes desse acordo secreto morreu, começou a contagem regressiva pro grande creche de 1929. Isso poderia ter sido evitado, sim, mas algumas pessoas que deveriam ler mises não leram. Tudo piorou quando o presidente americano da época, Herbert Hoover, resolveu tentar usar o estado para consertar a crise e com isso ele tornou tudo muito pior do que se ele não tivesse feito nada. A crise de 1929 é um dos eventos mais importantes do século XX. Economicamente, ela destruiu entre 1/3 e metade do PIB americano em apenas 4 anos. Ela levou desemprego nos Estados Unidos de 5 a 6% para 24% em alguns anos. E o desemprego só foi cair abaixo de 15% em 1940, 11 anos depois, por causa da Segunda Guerra Mundial, quando homens foram enviados pra Europa para lutar ou contratados pelas fábricas de armas. E na Europa, o impacto da economia e especialmente o fato de que isso jogou desemprego na Alemanha para 30%, certamente contribuiu com o acontecimento da Segunda Guerra Mundial. E outro dano gigantesco que passou todas as décadas e acontece até hoje é a forma que ela é ensinada. As pessoas aprendem que a crise de 29 aconteceu porque o liberalismo, o livre mercado, o capitalismo falharam espontaneamente. E o Estado então entrou intervindo e consertou isso e fez tudo ficar melhor. Só que o problema é que isso é o exato oposto da realidade. E aprender essa história errado vai levar as pessoas a defenderem as políticas que vão fazer esse tipo de coisa acontecer de novo e de novo e de novo. Então, por isso a importância desse vídeo, desse documentário, se você quiser chamar assim, rever a história, entender os fatos que aconteceram olhando nas fontes originais, o que quase ninguém faz hoje, para te mostrar não só o que aconteceu, mas os mecanismos que levaram isso a acontecer, para você ter um entendimento histórico e teórico dos fatos e a gente não repetir isso de novo. E claro, antes da gente começar, um grande agradecimento a BIPA, que é um patrocinador aqui do canal, que é uma plataforma, um aplicativo onde você pode comprar e vender bitcoins, onde você pode fazer isso de uma forma muito mais fácil no seu dia a dia e ter um cartão que você tem criptoback. Então você nem precisa, obviamente seria bom você comprar Bitcoin, mas você nem precisa necessariamente comprar isso. Você pode só usar esse cartão no seu dia a dia e receber um pouco de Bitcoin como criptoback nas suas compras e ir guardando o teu pra frente. Mas a gente volta esse assunto depois. E a escola ensina isso aqui totalmente errado, mas não por maldade dos professores. OK? Tem gente que tá querendo ensinar ideologia de esquerda, mas eu não acho que isso aqui vai convencer eles porque eles querem continuar ensinando ideologia de esquerda. Mas a maior parte dos professores, a maior parte das pessoas que ensina isso olhou fontes e autores que não olharam os fatos originais. E essas pessoas que escreveram os livros ou deram aulas para eles também não olharam pros fatos originais. É curioso como em quase 100 anos ninguém mais conferiu o que realmente aconteceu. Só se tá repetindo a versão que alguém falou, que alguém falou. E conforme a gente for avançando na série, você vai perceber: “Ah, é daqui que alguém pode concluir que foi tal coisa, mas na verdade não foi isso.” Ah, o que geralmente é ensinar nas escolas e o que você provavelmente aprendeu é uma ou uma mistura dessas quatro teses. Primeiro, a indústria europeia voltou depois da Primeira Guerra Mundial. Isso causou uma concorrência com os Estados Unidos e quebrou a indústria americana ou gerou uma crise. Isso não faz sentido porque primeiro que a indústria europeia voltou muito antes de 1929. Segundo que isso significaria que depois da Segunda Guerra Mundial teria que ter outra crise, o que não aconteceu. Terceiro, que isso significaria que só pode existir uma indústria europeia ou uma americana, mas não as duas, porque uma causaria uma crise na outra. E quarto, isso não faz sentido economicamente, porque o enriquecimento da Europa significa que agora eles têm mais dinheiro para importar produtos e serviços americanos e eles também estão produzindo mais coisas que seria mais barato para os americanos produzirem, que na verdade é a história do enriquecimento humano. Segundo, e essa tese você vai ver ao longo desse vídeo que dá para entender da onde ela veio, mas tá errada. Teve uma crise de super produção. Quer dizer, muitas coisas foram produzidas, as pessoas não conseguiram consumir, as indústrias quebraram, as pessoas foram demitidas, tudo capotou. Só que isso não explica porque que empreendedores, agricultores resolveram do nada ao mesmo tempo produzir um monte de coisa que era totalmente desnecessária. Quer dizer, eles eram geniais para chegar até o ponto de desenvolvimento e riqueza deles e daí todo mundo tomou alguma coisa na água e produziu tudo errado. Hã, terceiro, e essa explicação é só, na verdade, um xingamento. Isso é o capitalismo ou isso é o livre mercado ou isso é o liberalismo. Ele faz isso, ele produz crises assim. Isso não explica o mecanismo de como essas crises acontecem. Isso é só falar, tal coisa aconteceu perto de uma coisa que eu não gosto, portanto, a coisa que eu não gosto causou isso. E como a gente vai ver ao longo do vídeo, nem era uma era de grande pensamento, de liberdade econômica e tudo mais. Isso já tava morrendo perante a era progressista. E quarto, especuladores entraram comprando e vendendo e operando na bolsa, porque é isso que eles fazem e isso causou uma grande alta, porque motivos? E de repente todo mundo percebeu que isso não tinha valor e tudo caiu porque uau. É quase a terceira explicação de só um xingamento, mas coloca a noção de especuladores no meio, sendo que dentro de uma economia normal, especuladores têm uma função de comprar alguma coisa que alguém precisa vender agora, porque se ela pudesse vender mais tarde por um preço maior, ela venderia mais tarde por um preço maior. E é curioso que nesse ponto muitas pessoas chamariam eles então de especuladores, porque eles não estão vendendo, porque eles estão esperando um preço maior. Mas todo mundo faz isso. você não vende a sua força de trabalho pelo primeiro, pela primeira oferta que aparece, a não ser que você esteja numa situação muito difícil, você tenta esperar o um preço que é o que você acha que vale. Então, especuladores compram alguma coisa de alguém que precisa vender agora para dar saída para essa pessoa, para ela conseguir ganhar o dinheiro. E ela segura isso, imaginando que alguém vai querer comprar lá na frente e correndo o risco de estar errado para vender lá e ter um lucro na frente. Ela cumpre uma função de ajudar a liquidez do mercado. Não tem nada de errado nisso. Mas mesmo isso não explica porque que especuladores do nada iam decidir comprar um monte de coisa e perceber não e daí tudo cair. E por último, tem um mito completamente sem nenhuma base no planeta Terra, que é que o Hoover, o presidente republicano da época, era um defensor do livre mercado, o que ele mesmo diz que não, e que ele não fez nada para interferir na crise, o que ele mesmo diz que não. Então, isso suposto, vamos aos fatos, vamos para toda a teoria econômica do que realmente aconteceu. Esse vídeo é dividido em quatro partes com um bônus entre a terceira e quarta. A primeira é pra gente entender a situação econômica da Inglaterra e a importância do padrão ouro e de evitar a inflação. Pra gente poder entender no ato dois, porque que os Estados Unidos fez um acordo de desvalorizar o próprio dólar para tentar salvar a economia inglesa da falência e como isso gerou a bolha de 1929. No terceiro ato, nós vamos ver os meses um pouco antes da crise e os meses seguintes da crise, né? O grande creche foi em outubro de 1929. Então a gente vai pegar ali de maio, junho de 29 até maio- junho de 1930, aonde eu quero inclusive apresentar a tese de que não foi uma crise e sim duas, mas a gente vai entender quando chegar lá. E quarto, a gente vai analisar as intervenções do Hoover na economia e mostrar como ele piorou tudo e na verdade gerou uma segunda crise muito pior do que a primeira. Isso suposto, vamos lá. Nas palavras do Mike Shinoda, a pior parte de terminar é ter que começar de novo. E depois da Primeira Guerra Mundial, a Inglaterra tinha uma série de problemas que levou ela uma decisão extremamente dura que depois os Estados Unidos teve que consertar para eles. Para você entender porque que essa decisão precisou ser tomada, você precisa ter o contexto do que estava acontecendo na Inglaterra. Primeiro, dívida. Depois da Primeira Guerra Mundial, a Inglaterra tava com uma dívida de em torno de 130 a 140% do PIB. É um pouco difícil rastrear com precisão os dados da época. Isso é duas a três vezes a média de dívida da Inglaterra no século anterior, contando as guerras que eles entraram. 44% do gasto do governo inglês era pagar juro da dívida. E até 1937 o maior gasto do governo inglês foi pagar judo da dívida. Isso só perdeu em 37 para rearmar para entrar na Segunda Guerra Mundial. Então, gigantescos gastos públicos, grande dificuldade de reduzir gastos e cortar impostos para tentar ajudar a economia. Segundo trabalho, você tinha muita gente voltando da Primeira Guerra Mundial que ficou anos na trincheira, sem experiência de trabalho, mais totalmente deslocado. Isso sem contar mortos e feridos gravemente. O desemprego chegou a bater 10 a 12% durante o período de 1920 a 1925. E durante a crise de 1920, 21, que a gente vai entender depois, o desemprego pode ter chego a 20 ou 30% em alguns lugares. Então, muita gente desempregada e com renda baixa, falando de renda baixa, inflação. Durante a guerra, a Inglaterra imprimiu muito dinheiro, desvalorizou a sua moeda pesadamente. A inflação estimada nos 4 anos da guerra é de 100% e depois ainda teve mais inflação. Então você tem autodego, você tem alta inflação correndo o salário de quem tá trabalhando e você tem um governo que tá muito preso em pagar juros da dívida cobrando altos impostos. E aí pensa na cabeça do inglês médio. Escuta, a gente acabou de jogar uma geração inteira nas trincheiras da França por motivos de ninguém, mas nem sabe por não que a gente soubesse em algum ponto. E o que a gente ganhou em troca disso é estagnação econômica, inflação. Escuta que grande revolta popular. E outro contexto importante dos anos 20, revoluções comunistas. Pois é, quando comunistas vão pra rua e tipo fuzilam gente, prendem que eles não gostam, crise de fome, milhões de pessoas morrendo. Isso foi a realidade na Rússia e isso é o que aconteceu em outros países onde comunistas tentaram fazer esse tipo de coisa. Inclusive, um dos motivos da Alemanha ter se rendido na Primeira Guerra Mundial foi que eles perceberam que eles poderiam tomar isso internamente na Alemanha. Então eles falaram: “Olha, a gente pode perder lá fora, mas pelo menos não perde aqui dentro”. Então, era necessário uma decisão que voltaria o desenvolvimento econômico da Inglaterra, traria investimento e controlaria a inflação. E essa decisão tem um nome muito simples, voltar ao padrão ouro. Então, o que que é o padrão ouro? E isso é importante para entender toda a crise de 29 de várias formas diferentes. Nele, o dinheiro de verdade é o ouro físico depositado em bancos comerciais ou no banco central inglês, ou no caso de qualquer país. E o banco ou o estado, o banco central desse país, emite notas, papéis que são vale ouro. Mas esses papéis não têm valor em si. Ninguém realmente quer eles. Eles têm um valor porque eles são válidos para trocar por ouro que está depositado nos cofres. Então, a moeda de todos os países é, na verdade, frações ou números diferentes de como eles estão colocando o número deles em relação a ouro. E a grande vantagem desse sistema é que se você criar mais papéis, mais notas do que você tem ouro, vão perceber isso e quem tem essas notas vai falar: “Ah, eu quero o meu ouro de volta. Eu quero sacar isso e receber o meu ouro.” Porque eu sei que se todo mundo fizer isso, não vai ter para todo mundo? Então alguém vai ficar com notas que não tem nenhum valor e o todo o valor dele vai ser destruído completamente. Então eu vou sacar esse ouro imediatamente e sair daqui. E por que que é importante esse mecanismo para evitar inflação? Por dois motivos. Primeiro porque a inflação é um imposto que destrói a riqueza das pessoas. E segundo porque a inflação atrapalha o funcionamento da economia. Então primeiro, por que que a inflação é um imposto? Isso foi primeiro explicado por um economista francês chamado Cantilon, que curiosamente boa parte do que o Adam Smith fala de certo no Riqueza das Nações é só plágio do Cantilon mesmo. O Cantilon publicou o livro dele na França quando o Adam Smith estava trabalhando na França como tutor. Então ele certamente entrou em contato em contato com esse livro, tanto que muitas coisas são plágio quase literal ali. E eu tenho uma outra série sobre como Adam Smith errou várias coisas que são os muitos erros de Adam Smith, que na verdade é só uma leitura comentada do Mary Rothbard falando sobre isso na história do pensamento econômico. Não é como se eu tivesse feito essa pesquisa, mas enfim, o Cantilon explicou isso no ESI da forma dele, mas eu vou explicar de uma outra forma aqui que eu acho que fica mais fácil para fazer analogia ao longo da série como um todo. Imagina que você tem um lago e você joga uma pedra nesse lago. O que que vai acontecer? Ignora o fato que algum peixe levou uma pedrada. Não é importante pra nossa analogia. Se você for alguma coisa flutuando na superfície da água, o que vai acontecer é que vai passar uma ondinha por você. Imagina que essa onda, esse nível de água que tá passando por você, são di uhu, é nesse momento eu estou mais rico, tenho uma emoção aqui. Uhu! subiu. Essa onda vai se dissipar ao longo do lago. Ela vai ficando menorzinha conforme ela vai para longe da pedrada e conforme elas onda chega nas bordas do lago, ela vai perder a força completamente e o lago como um todo vai subir de nível mesmo que um pouquinho. Se for um lago muito grande, uma pedra pequena, muit quase imperceptível, mas alguma coisa. Se for um lago pequeno, você atacar muita pedra, eventualmente o nível de água vai subir. O nível de água é o nível de preços. A quantidade de água que que existe nesse lago continua a mesma. Imagina que essa água é a riqueza desse país. Você jogar uma pedra muda a quantidade de água? Não. Mas muda o nível da água? Sim. Muda o nível de preços. Então, quem está mais perto dessa pedrada vai levar um dia e sentir uma emoção e falar: “Uhu agora tô mais rico, estamos surfando passou”. Agora quem tá mais longe do lago não vai receber ondia nenhuma, só a água vai subir, ele vai falar: “Pô, tô mais pobre”. Porque o nível que ele tava em relação à água agora mudou. Ele tá mais baixo e fala: “Pô, agora se continuar assim, daqui a pouco eu me afogo. Meu, o que que tá acontecendo aqui?” Agora imagina a mesma coisa com dinheiro. Se existe uma economia X funcionando e o governo vai lá e joga um dinheiro novo para alguém, esse primeiro recebeu apedrado. Ele vai sair na ondinha gigante e falar: “Opa, agora eu posso pegar esse dinheiro e comprar as coisas no mercado. O preço tá o preço anterior, eu tenho dinheiro novo”. virou passeio. Conforme ele vai comprando e passando esse dinheiro para outras pessoas, a onda vai se dissipando. Então, novas pessoas vão tendo uma maior riqueza e comprando as coisas, mas o nível da água já tá começando a subir, só que ainda não foi para todo lago. Eventualmente essa onda de dinheiro vai se dissipar, não vai chegar em outras pessoas e todo mundo depois disso só vai experimentar o lago agora tá mais alto, o preço subiu, eu estou sofrendo inflação. Então esse é um processo que tira dinheiro dos últimos recebedores dessa água, dessa ondinha, e joga para perto de quem estava mais perto da pedrada, que recebe essa ondinha primeiro de riqueza. E um exemplo histórico de como imprimir dinheiro não cria riqueza, só gera inflação é justamente Portugal e Espanha colonizadores versus os outros países da Europa. Porque isso é uma coisa que me perguntava, escuta, mas se Portugal e Espanha estavam trazendo ouro para caramba e tudo mais, por que que os outros países terminaram mais ricos e hoje Espanha e Portugal são países mais pobres na Europa em relação aos outros? Qual foi? Quando a gente olha os dados do PIB, eu não vou ler tudo aqui, mas tá na tela para você, a gente vê que de fato no ano 1600, Portugal e Espanha estavam atrás dos outros países. E em 1700, depois de um século de traseer ouro, eles continuavam atrás por basicamente a mesma taxa. Você fala: “Hã, é justamente porque trazer mais ouro não enriqueceu eles. Trazer mais ouro, inclusive fez com que eles gastassem uma fortuna em marinha, proteção disso e estrutura administrativa e tudo mais. enquanto outros países, embora eles tivessem colônias, estavam focando em produção, estavam focando em de fato produzir alguma coisa ali que vai enriquecer. E é interessante que até países como a Alemanha e a Áustria que não tinham colônias também enriqueceram justamente porque não é a colonização ou a exploração de ouro, é produção que gera riqueza. E obviamente isso pode dar em uma série lá na frente sobre como esses países enriqueceram a economia do colonialismo, mas ou são outras coisas que eu quero fazer pra frente. Agora, segundo ponto, como é que a inflação dificulta o funcionamento da economia? Isso dificulta porque você como empreendedor não sabe mais o que tá acontecendo. Quanto mais alta a inflação, pior ainda, porque digamos que a inflação tá 20% ao ano, que já é bem alto. Ela é uma média. Quando você vê a inflação do IPGE média, eles estão falando assim: “Não, a gente pegou a alta dos produtos em média que a gente acha que são mais relevantes para você. Tu vai ter tomate, batata, cenoura, óculos, educação, saúde, aluguel. Fez uma conta aqui de quanto cada um deles importa para você, tirou uma média tudo e dá um número. Mas e se você não usa óculos? E se você não tem uma grande despesa de saúde porque você é mais jovem, mais saudável? E se você não gosta de tomate? a sua inflação vai ser diferente. A inflação de produtores de diferentes indústrias vai ser diferente. E daí você tem que começar a monitorar como é que tá a inflação do trabalho, como é que tá a inflação de cada um dos insumos que eu compro, de cada um dos materiais, da manutenção, como é que tá a inflação do meu produto quando eu vou vender lá na frente. Ao longo dos meses, que é o tempo que leva para eu produzir, vai ter uma inflação que eu posso não conseguir monitorar certinho. E entre eu produzir alguma coisa, que eu achava que valia isso, colocar para vender, vender lá na loja lá na frente e ser pago, talvez daqui 30, 60, 90 dias, se inflação dispara nesse período, pode ser que o dinheiro que eu recebi já não vale o que ele deveria valer. Então, quanto maior a inflação, pode muito bem acontecer de eu chegar no fim do ano, fazer a minha contabilidade e falar: “Putz, eu quebrei, eu terminei com menos dinheiro do que eu comecei”. Que história é essa? que também é um dos motivos porque foi tão difícil para Espanha e Portugal se industrializarem enquanto você tinha outros países se industrializando mais. É um dos motivos, teve várias outras políticas ali, é uma história mais complicada que essa, mas eu sou totismo em que um dia eu quero fazer um vídeo sobre isso agora. E alguém vai fazer um contador de quantos vídeos diferentes ou séries eu tô prometendo ao longo desse teu comentário, mas isso é esse canal agora, sejam bem-vindos. H, isto posto, o padrão ouro voltar, resolve o problema da inflação, resolve esse imposto inflacionário que estava empobrecendo os ingleses e ajuda muito a operar as indústrias e comércio do país. E quando você coloca isso, você traz de volta investimento, você traz dinheiro de volta pra Inglaterra e ajuda o desenvolvimento econômico deles. Contexto, vamos olhar os outros países ao redor. Bélgica, Itália e França tomaram uma crise de inflação de 50% de 1919 a 1923. Então o período pós-guerra, onde a gente tá falando aqui, sendo que a Inglaterra voltou para Dromour em 1925, Hungria, Polonial tiveram entre 1000 e 10.000% de inflação entre 1919 e 193, 1923. Aí você pode falar: “Como assim entre 1000 e 10.000?” É, ninguém já sabe, realmente. Esse é um nível de maluquice. A Alemanha tomou 1 trilhão% de inflação. Então, quando você tem todo esse causo acontecendo na Europa, se você é a moeda forte e confiável, é, você vai desenvolver sua economia. Então, precisamos voltar para padrão ouro, tá bom? Quem que decide isso? O Churchill. Sim, o Churchill nessa época era eh secretário do tesouro da Inglaterra, equivalente ao ministro da Fazenda hoje eh aqui no Brasil. E ele tinha que decidir, nós vamos voltar sim ou não? Quando? Como e a que preço? Porque vamos voltar na explicação do padrão ouro lá atrás. O dinheiro que o governo emite é só um numerozinho em relação ao ouro. Mas qual o numerozinho? Porque durante a guerra a Inglaterra imprimiu mais moeda. Então ela teria que em tese voltar a um valor da libra mais baixo em relação ao ouro. Então o que antes era, digamos 5 L para dar esse peso de ouro, tem que ser agora 10 L para dar esse mesmo peso de ouro, porque a moeda desvalorizou. Só que se você voltar no padrão desvalorizado, pode ser que as pessoas entendam que tá desvalorizando e gere mais inflação. Pode ser que a moeda perca confiança, pode ser que isso faça uma fuga de capitais, pode ser que as pessoas se preocupem. E agora a gente pode ter outra crise de inflação, mas por outro lado, se eu voltar no preço anterior, eu vou estar com uma moeda artificialmente valorizada. Eu governo tô dizendo que vale cinco para um pedacinho de ouro, quando na verdade deveria valer 10. Não que os números sejam isso exatamente, eu só um exemplo, mas se eu voltar no padrão super valorizado, digamos, de antes da guerra, isso faz com que, primeiro as minhas exportações sejam menos competitivas, porque a minha moeda tá super valorizada e segundo, isso faz com que o meu país meio que vá a falência. Por quê? Porque se a libra está super valorizada em relação ao ouro, quer dizer que tem mais libras do que tem ouro. Então, se eu pegar as libras e sacar todo o ouro, o país eventualmente quebra. E eu tenho que fazer isso porque, ah, é sacanagem com o pessoal, sim, mas se eu não fizer isso, alguém vai fazer e as libras de papel que eu tenho vão perder o valor completamente e eu vou zerar de valor. Então, eu tenho que me defender, eu tenho que sacar esse ouro. E se sacar toda a reserva de ouro na Inglaterra, ela quebra. E o Churchill decide voltar pro preço anterior da guerra com uma Libra sobrevalorizada. E muita gente criticou o Churchel para caramba sobre essa decisão. Eu também porque eu não entendia tanto. Mas quando você observa o contexto, você fala: “Cara, voltar num valor desvalorizado poderia gerar uma nova crise de inflação. Ninguém sabia como, podia gerar vários problemas. Se a gente voltar no padrão valorizado demais, tá? Pera aí. Se ao longo do tempo a Inglaterra conseguir trazer mais reservas de ouro para dentro, o que pode acontecer agora, né, porque a gente voltou pro padrão ouro, isso faz com que resolva em parte o nosso problema. E para sacar o ouro da Inglaterra e fale ela, não é tão fácil assim. As pessoas não podiam só pegar uma notinha de 10 libras e no banco falar que era o meu ouro. Eles operavam na época com uma lei de gold bullleion. Então você tinha que ter o bullion, a barra. Você teria que juntar o equivalente hoje a uns 5 ou 6 milhões de reais, levar esse dinheiro de papel num banco central da Inglaterra e falar: “Eu quero meu ouro”. Aí eles vão falar: “Calma, pera aí, eu vou ver falo, a gente já entrega, né? Per 30 dias, tal, só precis organizar aqui.” E aí você ia receber uma barra de ouro de 12 kg. E você vai fazer o que com isso agora? Você não vai depositar em nenhum banco europeu porque todos eles são palhaçado. Você não vai depositar na Inglaterra porque você acabou de sacar. Você vai depositar onde? Nos Estados Unidos. Então você tem que pegar esse ouro, entrar no navio, torcer para não rolar um Titanic, atravessar o oceano, chegar no banco americano, depositar e pegar os seus dólares. Uh, para isso acontecer, não seria instantâneo. Vai demorar anos para esse processo acontecer. Então o Churchill provavelmente pensou, cara, a gente tem tempo para consertar isso, pro ouro entrar, para um grande deixa disso e tem uma solução muito simples para esse problema aqui. E se a gente conseguir convencer os americanos a desvalorizar o dólar deles? Por qu? Porque se o dólar desvalorizar, então não vai valer a pena levar o ouro lá para pegar dólar, porque a moeda dele está zoada também. Então, ok, a gente pode ter uma cozinha suja, mas se a gente sujar deles também, todo mundo vai ter uma intoxicação alimentar igual. Então, ninguém tá errado. Se tá todo mundo errado, ninguém tá errado. E eu não sou um grande especialista de Churchill, mas eu tendo a enxergar ele como um soldado. Ele olhava para problemas e falava: “Bom, explodiu o problema aqui na frente”. Não, mas então podemos ter um problema daqui 10 anos. Não, tá, sim. A gente tem que pensar nas consequências do longo prazo. Agora, se eu não resolvi isso que tem na minha frente agora, tipo assim, tem um tanque, eu peguei a bazuca e dei nele, masch, você gastou a única bazuca que tinha. Você queria que eu batesse esse papo com o tanque, desse umas florzinhas, cantasse uma balada. Qual, qual que é a proposta aqui? Eu explodi o tanque. Ah, mas pode ter outro amanhã. Pode ter outro amanhã. Daí nós enfrentamos ele amanhã. Não tô dizendo que ele é irresponsável. Eu tô dizendo, ele tinha um problema na frente dele, ele resolveu. Ah, isso gerou um problema para alguns anos na frente, tá? A guerra continua. E agora nós precisamos convencer os americanos a desvalorizar o dólar. Mand os guri para lá. Vamos prar. Agora a parte irônica disso tudo é que não foi a Inglaterra que teve que convencer os Estados Unidos, foi os Estados Unidos que se ofereceu para desvalorizar o dólar. A Inglaterra obviamente aceitou o acordo porque falou: “Sure, por que não?” E essa desvalorização do dólar, o jeito que ela foi feita, teve o efeito colateral de armar a bolha dos anos 20, que explodiu em 1929, quando uma das pessoas que firmou o acordo morreu. Então vamos lá, tem que desvalorizar o dólar. Como? Bom, o governo americano pode só imprimir mais moeda, mas não é assim que se faz dentro de um sistema de banco central. O que realmente foi feito, tecnicamente falando, é, o Banco Central criou mais formas de ter reservas dentro dele, o que permite que bancos criem ainda mais dinheiro em cima dessas reservas. E essa nova criação de crédito aumenta artificialmente e momentaneamente a quantidade de crédito disponível, o que baixa o juro desse crédito, baixa o custo dele e isso induz empreendedores, investidores, industrialistas a investir mais, a produzir mais do que eles deveriam, porque eles só estão respondendo ao incentivo de tá barato, vou fazer, pô. E isso leva a uma expansão econômica errada, uma expansão econômica inflada, um boom, uma ilusão de desenvolvimento que na verdade é só uma ilusão. E quando esse crédito se dissipa, lembra da pedra jogada no lago que vai se dissipando? A mesma coisa. Quando isso se dissipa, tudo capota. Mas agora, por que que os Estados Unidos iam oferecer para desvalorizar o próprio dólar pra Inglaterra? B, eu acho que primeiro para poder falar pra Inglaterra, nós que salvamos, respeito, o pai, sempre tem esse lado político de ego. Segundo, bancos centrais sempre vão gostar de uma desculpa para criar mais crédito e americanos vão receber juros mais baratos, crédito mais barato, a economia desenvolve, OK? E lembrando que 1924, o ano antes da decisão da Inglaterra de voltar pro padrão ouro em 1925, era ano eleitoral. Então foi sentido pros Estados Unidos falar: “Não, pera aí, vai ficar bom para todo mundo”. Inglaterra, eu ajudo você. Aí você vira, né, um ponto de estabilidade aí na Europa, né, pro pessoal não se desentender de novo. Deu errado, mas enfim, você vira mais um ponto de estabilidade, ajuda você. A gente aqui vai expandir crédito em 1924 para ficar bom pra eleição. Todo mundo vai ficar feliz e isso já vai previamente desvalorizando o dólar para quando vocês decidirem então voltar ao padrão ouro, vocês podem voltar num ponto mais conveniente que não desvaloriza a moeda para vocês. Tá errado, mas enfim, a gente pode vocês podem voltar para esse ponto e não vai nem querer fugir ouro para cá porque nós já desvalorizemos a moeda de bate pronto, então ficou bom para todo mundo. Ah, mas bom, gerou a crise de 29. É, mas eles não sabiam disso. A teoria de ciclos econômicos, que é o que eu vou explicar para você agora, de como isso cria uma crise, ela foi escrita pelo Mises em 1912. Aí você fala, o pessoal tem 17 anos para ler, pô, ou pelo menos aqui você tá falando em 1924, 12 anos. Ele escreveu em alemão. Ele não era tão conhecido ou respeitado assim, não era uma tese conveniente. Porque geralmente quando você tem teses que dizem assim, o governo não deveria intervir, quem defende intervenção no governo nem lê essas coisas, sabe? A gente tem às vezes uma ilusão de que existe um debate, mas uma das coisas que me moldou como um produtor de conteúdo e um pensador é que e geralmente o outro lado tá pouco se lixando pro seu argumento. Eles não leram, não entenderam, não gostaram e vão te atacar com base daquilo que eles não sabem. E é isso, é geralmente o que acontece é o viés das pessoas. Inclusive, é por isso que eu acho que não se checa as fontes originais de o que que aconteceu na crise de 1929, porque ah, a gente já gostou da conclusão, que a conclusão é que o estado tem que intervir mais. Vamos conferir que tá se tá certo ou não, né? Que tipo, já concluiu o que a gente queria, tá bom? Não precisa ficar conferindo não. Em casa encontra, pô. Então, dá para imaginar que esse pessoal achou que na cabeça deles eles estavam fazendo uma coisa boa? Dá, eu consigo visualizar isso, mas gerou uma crise. Como aqui eu preciso dar os créditos, como eu já dei ao meses pela teoria de ciclos econômicos no Theory of Money and Credit. Todos esses livros vão estar na descrição ali para vocês, mas também a Mor Rothberd por ter feito toda a pesquisa de como esse acordo aconteceu, de como esse acordo entre os bancos centrais aconteceu, quem foram as pessoas responsáveis e provar que ele de fato tava ali. Isso não é tão conhecido. E um elogio, Mary Rothberd, esse cara absolutamente adorava pesquisar. Se você vai ler os livros dele, você vai ver citações de um que um cara falou numa revista sobre ferrovias no Iowa em 1974. você fala, ele foi atrás da revista, achou, comprou ela, leu e foi atrás para conferir se era isso mesmo e citou isso no Sim, esse era o nível de pesquisa que ele fazia. Ele leu as biografias de todo mundo, ele foi atrás de todos os fatos e ele tinha uma análise histórica muito boa no sentido de falar assim, políticos, pessoas que tomam decisões, eles são seres humanos também. Então você não pode só olhar a decisão do cargo dele, né? import cargo dele, o discurso que ele deu ali no púlpito falando e pensar: “Ah, deve ser isso mesmo. Não, você tem que olhar na história dessa pessoa, o que que tem, quem que são as pessoas relacionadas com ele, quem que são os interesses da onde que veio, que ele veio, de quem que ele era amigo, para você entender o contexto de porque que ele tomou essas decisões. Por isso que ele lia muito as biografias e as vidas dos caras e pegou essa tese. Então aqui a gente precisa entender a natureza do acordo entre os dois bancos centrais da Inglaterra e dos Estados Unidos para imprimir dinheiro e como essa impressão de moeda gera uma crise. Então primeiro, o acordo. O presidente do Banco Central inglês na época se chamava Montago Norman e o governador do Banco Central Americano de Nova York se chamava Benjamin Strong. É por que que é o governador do Banc, você tem o Banco Central, ele tem um presidente, depois tem sedes, são 13 hoje no total. E cada uma dessas sedes locais tem um governador, né? O presidente em baixo governador. Então, e cada uma delas faz uma atividade diferente e a de Nova York cuida de criar moeda e de criar crédito e balançar os negócio. Então, você não precisa ter o presidente do Banco Central, pode ser só o governador de Nova York, ele resolve. Então, era o acordo entre os dois. OK? OK. Esses dois já se conheciam há muito tempo. Em 1919 já tinha relatos de que eles estavam falando da ideia de criar uma conferência secreta, que a pessoa precisa ficar sabendo, entre bancos centrais para organizar a economia europeia e do mundo como um como um todo. Em 1921, Strong, presidente do governador do Banco Central do do estado de Nova York, nos Estados Unidos, ofereceu pro Montago Norma um acordo de desvalorização do dólar para já, né? Fala, vamos vocês voltarem pro padrão ouro. E curiosamente o Norma recusou na época. Em 1922, o Norman, pelo jeito, já tava feliz que de qualquer forma os Estados Unidos já estava desvalorizando a sua moeda e agradeceu isso, sendo que, na verdade, no off ele tava reclamando que os caras podiam fazer ainda mais. E em 1924 os dados do balanço do Banco Central, e isso tá no livro do Mary Rothw Americ Great Depression, que é uma das bases desse vídeo aqui, ele tem todas as tabelas lá. 1924, o Banco Central acelera ainda mais a sua política de criação de crédito para desvalorizar o dólar. Já vou explicar como isso acontece, mas isso isso intensifica em 1924, ao mesmo tempo em que, pelo jeito, já existia um entendimento entre os dois de que isso já ia acontecer. Detalhe, eles se visitavam rotineiramente, um tinha escritório no banco do outro, quase dava funfique aqui. Se alguém tiver com a vontade de escrever um canetear, uma coisa que de uma brotheragem, tá convidado. Agora, em 1925, a Inglaterra volta pro padrão ouro e só em 27 que tem uma reunião que publica, torna público a ideia de que existia um acordo. Então, alguns autores falam: “Ah, mas isso aconteceu desde 27”. Não, já dava para ver esses tipos de conversas. E o presidente do Banco Central Francês, Charles Heist, falou que um acordo para resolver isso existiu de desde mais ou menos sempre e provavelmente antes de 24. Então a gente pode dizer que em 23, 24 já tinha esse acordo para desvalorizar o dólar, impedir a fuga de ouro britânico e com isso criar um bom econômico nos Estados Unidos que levaria a crise de 1929. Vamos entrar nos detalhes. Primeiro, aos dados aqui. A quantidade de total de dinheiro em circulação na economia americana em 1921 era de 45 bilhões de dólares. E se acostumar, a gente vê, vai números pequenos aqui. Se for falar per 45 bilhões de dólares, hã, muita inflação aconteceu de lá para cá. A gente tá falando de uma época onde o orçamento do governo americano inteiro era tipo 4 bilha. Os números são muito menores, se acostume. Eu sei que é um pouco desorientador no começo, mas enfim. A quantidade de dinheiro de circulação era 45 bilhões em 1921 e subiu para 73.3 bilhões em em junho de 1929. Isso tá completamente sob o controle do Banco Central Americano. Uma adição de 28,3 bilhões de dólares uma alta de 63% da base monetária, completamente criado pelo Banco Central Americano. Isso aconteceu porque, segundo o Banco Central em Nova York criou 760 milhões de dólares a mais na sua base, não a quantidade de dinheiro total em circulação na sua base. E isso três permite que bancos comerciais criem mais moeda em cima disso, transformando esses 760 milhões nos 28.3 3 bilhões de dólares, criaram um novo crédito, abaixaram temporariamente os juros, levando as pessoas a investir e especular em cima disso. Quarto, é preciso entender que essa nova criação de crédito jamais aconteceria num livre mercado. Essa expansão que é feita pelos bancos comerciais não seria possível. E eu quero contar uma história para exemplificar isso. Quinto, esse crédito então cria esse crescimento explosivo, mas como o Banco Central para de alimentar isso eventualmente, isso dissipa, a ondinha passa, o nível do lago sobe, os juros sobem de novo e a casa cai. Justamente porque em outubro de 1928 o Benjamin Strong, presidente, aliás, governador do Banco Central de Nova York, nos Estados Unidos, morre e o acordo cai. Sétimo, isso causa então a crise, então porque o mercado fica sem essa sustentação de crédito para as empresas e para quem tá operando no mercado financeiro. Isso causa uma queda de 35 a 40% do índice da Jones em 4 meses. O índice da Jones é uma referência que eu vou usar bastante ao longo desse vídeo, porque é o índice que mede o que que tava acontecendo na bolsa, que é mais confiável que ter dados mais precisos aqui, porque ele vai juntar as ações principais, mais importantes, mais líquidas, mais fortes, falar: “Ó, isso aqui é uma foto do que tava acontecendo aqui.” Agora, entrando um pouco mais no detalhe do mecanismo do ciclo de como é gerada essa crise, que que é o que o Mises explicou no livro da ele 1912. Primeiro, juro é um preço, é um custo que você paga para ter crédito dentro da sua empresa, para você tomar crédito ou que um investidor vai falar: “Olha, eu posso ter esse rendimento na economia, então se eu vou investir na sua empresa, eu espero um retorno desse”. Então é o seu custo de ter dinheiro. Tem três coisas que são as bases da produção. Custo de crédito, custo de mão de obra e custo de bens de capital. fábrica, terreno, essas coisas assim, as coisas, os as ferramentas pelas quais você vai produzir. E esse preço do juro vai ser determinado por, como todas as coisas do mundo, oferta e demanda. Qual que é a oferta de crédito? Bom, as pessoas vão ganhar salários e elas vão economizar uma parte. Digamos aqui, todo mundo economiza em média 20%, só pra gente ter uma conta. E esse X e esses 20% de X vai tá disponível para alguém tomar emprestado. Então essa é a oferta e depois vai ter a demanda. Segundo ponto, se o governo artificialmente cria uma nova oferta de crédito via imprimir dinheiro, via permitir que bancos criem dinheiro, via várias formas diferentes que ele pode criar novo dinheiro ou estimular crédito, isso faz com que a oferta de crédito aumente, o preço dele cai e agora mais empreendedores vão falar: “Antes o juro tava, digamos 8%, aí não dá para fazer negócio nesse juro. Ah, mas agora tá três, aí dá. Então eu vou contratar, eu vou construir indústria em cima disso, eu vou começar a produzir em cima disso. Só tô reagindo ao incentivo. Depois não diga que eu fiz super produção. Eu vi o preço, eu bati em cima do preço. Você quer que eu faça o quê, pô? É o famoso quem tem dó é piano que tem pena é pato, né? Só que terceiro, esse crescimento de crédito é ilusório e temporário. Como eu expliquei antes, você joga a pedra no lago, mas crédito é criado, ele se dissipa ao longo da economia. Isso pode levar semanas, isso pode levar meses. É um pouco mais difícil levar anos, né? falando na prática das economias aí, mas numa economia muito mais antiga, talvez, mas leva aí alguns meses para isso se dissipar. Você tem inflação, o nível de preço sobe e eventualmente isso se dissipa. Quando esse dinheiro percula por toda a economia, as pessoas voltam a economizar a mesma proporção que elas economizavam antes, que antes eu falei só para chutar alguma coisa aqui, 20%. Então, a oferta de crédito expandiu, negócios foram criados, ela voltou a ser 20% do X, embora seja agora um X inflacionado, então ele é um X + Y, né? um x + 1%, e agora a gente tem 20% desse novo X aqui disponível. O preço do juro volta a ser o mesmo. Então todos os negócios que foram montados naquela taxa de juros artificialmente mais baixa quebram e a gente tem a quebradeira da crise. E tem um outro ponto importante de entender aqui na dinâmica de como isso funciona, que é esse crescimento econômico e depois o creche não acontece de maneira homogênea na economia, ele acontece adicionando camadas de complexidade na economia. Hã, isso foi abordado pelo Hik quando ele debateu o Keis nos anos 30 sobre porque que a crise aconteceu. Em tese, o Hikou debate, mas como todo mundo já queria que o governo interviste para caramba e já queria concordar com Kenis, de novo aquela coisa tipo, a gente não tá aqui para ouvir eu debater, a gente já concorda um lado e só tá fazendo o showzinho. E uma das coisas que o Hike aponta como evidência dessa teoria da que eu que eu tô ensinando para você, que é teoria de ciclos austríacos, é que vamos entender como é que é o ciclo de produção de uma economia. Você quer produzir uma casa e você vê uma árvore e você fala: “Eu quero uma casa de madeira”. Você entende que ir full Minecraft e ser a porrada nessa árvore e arrancar tábua no dente? Não é uma ideia inteligente. Então, antes de você produzir a casa, você tem que produzir um machado para derrubar a árvore, para com ele produzir as tábuas e produzir a casa. Então você tem que produzir o bem de consumo, né, a casa aqui. E antes disso você tem que produzir um machado. Então você tem um passo nessa cadeia de produção. Só que se a economia tá mais rica, né, as pessoas têm mais dinheiro, eu posso falar: “Cara, de repente fazer um negócio de produzir machado é uma boa ideia, né? Não vou só fazer o meu, posso fazer para todo mundo. Então você vai fazer isso aí. Você vai falar: “Não, pera aí, cara, tá dando muito certo esse negócio aqui, vai me investir em fazer um monte, tá? Mas é que agora tem que fazer muito mais aço, bicho. Então vai precisar de uma ciderúrgica, tá bom? Então vamos complicar, vamos colocar uma ciderúrgica. Então tem mais um passo. Além disso, tem que formar técnico para operar s ciderúrgica, precisa de engenheiro e tudo mais e precisa montar esse troço. Então precisa ter alguém que monta a peça de cederp, você vai colocando nível de complexidade. Então quando você faz esse processo de criar crédito, indústria de base tende a crescer muito mais. Quem tá fazendo esses passos cada vez mais complexos da economia cresce muito mais porque a economia se alonga nisso. Você tem um alongamento da cadeia de produção. Quando a crise bate, ela encorta de volta. Então, quem vai sofrer tende a ser quem tá produzindo bens super complexos, tipo bacia de siderúrgica aquecida com a mágica intergalática e não o cara que tá vendendo pipoca na frente da escola, porque a demanda de pipoca na frente da escola vai continuar sendo os moleques na frente da escola, enquanto as ciderúrgicas, se a ciderúrgica quebraram, bom, e aí você vai vender esses teus tua peça de ciderúrgica para quem? Quebrou também, meu filho. E é justamente esse tipo de processo que a gente vê acontecendo ao longo da crise de 29 em todos esses tipos de crises e de bons e de crises. Você tem uma economia que do nada fica super auau. Sabe quando você tem assim boom de startup, um monte de nova tecnologia, você fala: “Car, isso aqui é tudo vento, velho. De repente tudo explode.” É, você acabou de ver esse fenômeno acontecendo. E é o que aconteceu durante a crise de 29. Quem tava mais perto de indústria de base sofreu muito mais. Quem tava mais perto de consumo muito menos. Mas você fala, mas Rafael, ó, aqui nós tivemos a Pensation, o problema não é parar de alimentar essa criação de crédito, porque você falou: “Ó, joga a pedra no lago, né, o pessoal cria igual bum, aí capota tudo.” Pois se nós ligamos a metralhadora de pedra no lago nunca para, qual que é o problema? O problema é que você lembra lá atrás como eu expliquei que inflação é um imposto? Tem um motivo porque tava explicado lá atrás, porque se você continuar esse processo de ficar jogando pedra no lago, quem tá perto das pedradas vai crescer muito em riqueza, enquanto quem tá na periferia vai empobrecer. Quer ver um exemplo disso? Vamos olhar os dados americanos de 2008, né? Crise de 2008 até 2019, né? O ano prévio do COVID. Então, o maior gap que a gente tem recente de uma economia moderna fazendo exatamente isso. Governo americano e o Banco Central abaixaram juros violentamente e isso fez com que bolsas de valores cresçam crescessem gigantescamente. O Dow Jones, o mesmo índice que eu tô usando aqui na crise de 29, durante o período de 2008 até 2019, subiu 170%. Por quê? Porque ele tá muito perto, ele tá lá na boca do Banco Central, assim que cria crédito, eles vão lá, compram um monte de coisa, tudo sobe. Mas enquanto isso, o PIB per capta, então o PIB dividido por morador dos Estados Unidos subiu 14,8%. Falou: “Pera aí, então teve alguém que saiu ganhando muito mais e alguém que saiu ganhando muito menos.” Tá, mas pera aí, e o salário? Os salários reais médios do trabalhador cresceram 13,8%. Só que note, médios. Primeiro você já pode notar, pô, cresceu 13,8 abaixo do PIB. Pera aí, tem alguma coisa aqui. É, pois é. A inflação é um imposto. Mas segundo, note que isso é um é uma é um crescimento médio dos salários. Isso significa que o salário de quem tava operando no mercado financeiro, certamente cresceu muito. O salário de quem tava vendendo crepe gourmet e café a 20 com um monte de coisa gourmet na frente de Wall Street também subiu. Esse cara ganhava dinheiro. Quem tava perto desses centros financeiros ganhou dinheiro. Agora, o cara que é encanador numa cidade do interior, lá na caixa prego, que não tem nada a ver com isso, para dar a média, se todo mundo gan um monte, ele pode ser que inclusive ficou para trás, enquanto os preços todos subiram, o dele não subiu. Ele pode inclusive ter visto uma queda de salários. Se você continua nesse processo de ficar atacando pedra no lado para sempre, quem tá perto vai sempre ter um dia e tá surfando e quem tá longe só vai ver água subindo e vai eventualmente se afogar. E aí eventualmente você vai dar problemas políticos, dar problemas econômicos, mas enfim, não dá para fazer isso. Não é pera aí, pô. Como é que essa história de banco pode criar dinheiro do nada? Outra coisa que você precisa entender, reserva fracionada, que é a ideia de você só tem uma fração do dinheiro que você tem, que você alega ter em reserva. Vamos entender o seguinte, existem dois negócios que um banco pode ter. Um, ele pode te cobrar o aluguel da caixinha para você depositar o teu dinheiro lá. E segundo, ele pode pegar esse dinheiro, emprestar pros outros e rachar o retorno com você. Só que ele pode ter uma terceira ideia dele ser esperto. Ele fala: “Pera aí, esse dinheiro aqui que é para eu emprestar para os outros e dar retorno e tudo mais, o cara concordou que ele não vai sacar, ele vai deixar aqui. Mas o dinheiro da caixinha ali que ele tá pagando o aluguel? Pera aí, vamos pensar aqui de um jeito mais smart. Se eu pegar aquele dinheiro e emprestar pros outros, eu ganho juro em cima disso também. E não vai vir todo mundo sacar ao mesmo tempo, né? Então eu posso pegar e emprestar aquele dinheiro e ganhar dinheiro em cima disso também. É, espera aí. Então, quer dizer que a quantidade de dinheiro que você deve pros depositários é maior do que a que você tem em caixa. Então, se todo mundo vier e sacar, tu quebrou. Ah, mas não vai fazer todo mundo ao mesmo tempo isso, né? Ou o banco pode falar: “Não, pera, pera, pera, per, eu vou criar notas aqui do meu banco, banco do ideias radicais, emprestar por aí, falar: “Tá emprestado e o pessoal vai consumindo por aí, essas notas vão circular na economia e não vai vir todo mundo cobrar as notas aqui no dinheiro de verdade, seja ouro, dólares e tudo mais.” Mas ao mesmo tempo, né, não vai dar tanto problema. É, pois é. Numa economia livre vai dar sim. E eu não preciso ficar no argumento teórico. Eu posso te dar um exemplo prático. Aconteceu na cidade de Soft Folk, nos Estados Unidos, em 1824, de ter um banco central privado que evitava justamente esse tipo de fraude. Note, a gente tá falando 1824, padrão ouro. E nessa época não só os bancos tinham reserva de ouro dentro deles. Bancos podiam emitir as suas próprias notas dos bancos. Então não metia o dólar federal do governo americano, ele emiti o dólar do banco, da cidade do banco que eu quisesse. Sabe como a gente tem um monte de fintech startup? Imagina que cada uma delas pode criar o real com a marca deles depois. Era isso. Quer dizer que eu podia ter um banco lá longe que fala: “Ah, vou criar uns dinheiros aqui, vai circular para lá”. Pô, é 1824, cara, se as notas circularem para lá 50 km de distância, quem que vai pegar a Chaete para vir até aqui para pedir para sacar esse ouro deles aqui? Só para vamos imprimir dinheiro aqui, que se exploda, vamos fazer isso, vamos fazer negócio, vamos ganhar dinheiro, vamos fazer crédito, tudo bem. Só que a cidade de Sofolk percebeu, cara, tem um monte de banco fazendo isso. Eles juntaram com os outros bancos ali da cidade e falaram: “Cara, ó, vamos arar todo mundo aqui, fazer uma vaquinha a todo mundo. Nós vamos pegar um monte de nota desses bancos aqui, vamos pagar o frete e vamos lá cobrar os cara e vamos falir tudo esses desgraçado e vai sobrar o mercado para nós e nós vamos ganhar dinheiro em cima disso.” Eles fizeram isso e justamente faliram um monte de gente. E isso virou um negócio para esse banco. Eles ficaram mais de 30 anos fazendo isso. O negócio só caiu porque eventualmente teve a guerra civil americana em 1861, foi suspenso o padrão ouro. Então, não tinha mais como ficar redimindo os dinheiros de volta e logo depois foi proibido que bancos estaduais emitissem a sua própria moeda. Não que tivesse um problema, claramente não tinha. Já tinham inclusive descoberto a solução de como fazer essa chicagem de bancos. Mas o ponto é numa economia livre, que é o que a gente tinha até então, não teria como esses bancos ficarem criando dinheiro do nada. Então você não teria como ter essa reserva fracionária. Um ia checar o outro falar: “Não tem como”. Então não ia ter o mecanismo de crises. Essa crise então como aconteceu em 1929 seria impossível. Só que banco adora ganhar dinheiro e político adora ganhar dinheiro em influência. E aí juntou os dois e falaram: “Pera, não tá legal esse negócio. E se a gente proibir os bancos de criar dinheiro, OK? O depósito de ouro fica num banco central do governo americano, OK? E ele emite dólares, que são os dólares oficiais. E esses dólares são a reserva que a gente tem no banco. E aí eu banco, eu posso emprestar isso assim, uhu. Acima do que eu tenho, acima do que eu tenho de depósito. Não, não vai vir todo mundo sacar ao mesmo tempo. Não, mas se se vier, se vier, o Banco Central é o credor de último recurso. Então, se eu tomar uma [ __ ] chamada, se chegar todo mundo aqui em casa pedindo grana, eu ligo pro Banco Central e falo: “Socorro, eles vão criar dinheiro, vai no papel, imprime, manda para mim emprestado a um jurinho muito menor do que o que eu tava cobrando de todo mundo. Eu então pago os meus depositários, todo mundo vai receber o seu dinheiro. Ah, mas pô, criar esse dinheiro vai ser, vai gerar inflação e vai gerar imposto inflacionário.” É, mas ninguém entende o que tá acontecendo, né? Quem que vai até? Pô, levei o quê? Quase uma hora só para explicar isso aqui até você acha que o Zé das Cove ali vai saber. Ah, a gente faz isso aqui, eu banco, me salvo. Ficou bom para todos os banqueiro, ficou bom pro governo também, porque eles vão ganhar dinheiro. Ninguém vai entender que eles estão sendo roubado. E ficou bom. Isso é um fenômeno de mercado, não. Isso é livre mercado, não. Isso é corporativismo. Isso é uma aliança entre um setor produtivo e um governo para se proteger e roubar você. Não me ven a dizer que isso é livre mercado, que isso é capitalismo e tudo mais. Não, isso é corporativismo. Isso é usar o estado para roubar as pessoas. que é a função do estado, na verdade. Então, qual que é a função do Banco Central? Proteger bancos para fazerem reserva fracionada, para que eles possam imprimir isso. E o que o Banco Central faz é ter uma reserva, um requerimento de reserva, uma porcentagem. Ele falou: “Ó, você tem que ter uma X porcentagem do que você diz que você tem aqui, aqui dentro, aqui dentro com a gente”, só para garantes, mas vai ser títulos de dívida do governo americano, que eu sei que eu posso vender para qualquer pessoa que vai receber, dívida de alta qualidade, que eu sei que vai ser paga, certificados de propriedade, algumas coisas que você tá dizendo qualquer coisa, eu executo, vendo, me coloca aqui dentro do Banco Central alguma coisa que vale alguma coisa e eu te dou dinheiro em troca e eu garanto o teu resto aí e você roda tua operação aí. Pode ser? Então, se o requerimento de reserva é, digamos, 50%, um banco vai lá e deposita 1 milhão de dólares no Banco Central Americano e pode criar 2 milhões de dólares em cima disso. Se o requerimento de reserva é 5%, eu posso depositar 1 milhão de dólares no Banco Central Americano e criar 20 milhões de dólares de crédito em cima disso. Então, quando o Banco Central permite o depósito ou a criação de moeda dentro dele de mais 760 milhões de dólares, isso permite, por causa dos baixos requerimentos de reserva, que os bancos criem em cima disso 28 bilhões 300 milhões de dólares em cima disso. O mecanismo pelo qual isso foi feito e os detalhes está tudo nas tabelas, tá tudo no livro do Mar Rothberd da grande crise americana, mas isso explica o jeito que bancos, que os bancos centrais protegem essa criação de dinheiro, como isso gera inflação, como isso é um roubo em cima de você, você está sendo roubado por essa prática, mas eles saem ganhando. Então é estado sendo estado. E agora juntando todas as ideias, o que aconteceu ao longo dos anos 20, especialmente de 1923, 24 até 1928, é que o Banco Central Americano começou a aceitar novas coisas como depósitos de garantia para que bancos criem mais dinheiro. Ele abaixou requerimentos de reserva para que banhos, bancos pudessem criar mais dinheiro. Ele permitiu várias formas diferentes para que os bancos comerciais criassem mais dinheiro e ele mesmo criou mais reservas, aceitou mais coisas que sustentam mais credição de crédito lá na frente. E assim, portanto, 760 milhões de dólares viram 28 bilhões 300 que viram novo crédito na economia, que incentivam empresários, empreendedores, investidores, especuladores, o que for a operar em cima disso, porque quem tem é piano. E isso leva a um falso crescimento durante os anos 20 que é sustentado em cima desse crédito. Se o Banco Central parar essa política de criar novo crédito, ele vai dispersar e tudo vai cair. E como é que ele para? Simples. O Benjamin Strong, governador do Banco Central de Nova York, em outubro de 1928 vira camiseta de saudade, parte pra outra fase e com ele cai o acordo dos Estados Unidos de desvalorizar o dólar para tentar ajudar a Inglaterra. E aí o mercado fica assim esse crédito de sustentação e eventualmente aquilo que não tem. Agora, antes da gente entrar nos eventos da crise, nos meses anteriores e imediatamente após o Grande Creche de outubro de 1929, só uma coisa, o que a gente aprendeu até aqui é que o problema foi o estado controla a moeda, bancos controlam a moeda e por isso eles podem criar dinheiro para assim criar um imposto inflacionário, roubar você e ganhar dinheiro com isso ou ganhar louros políticos com isso. Ah, a economia tá se desenvolvendo aí, ano eleitoral, estamos comprando apoio. É, pois é. Bitcoin foi desenhado para consertar todos esses problemas. O Bitcoin, por ter no máximo 21 milhões de unidades, não pode ser criado além disso. Então, não tem como ser criado mais unidades para desvalorizar você e te tomar um imposto inflacionário. O Bitcoin impede que governos gastem excessivamente, porque como o dinheiro bom vai afastar o dinheiro ruim, isso faz com que o Bitcoin seja uma forma de reserva que vai desvalorizar a moeda de estados caso eles resolvam fazer gastos malucos e guerras ou qualquer tipo de populismo. e protege você contra esse tipo de políticas e no longo prazo cria um freio contra esse tipo de coisa. E porque o Bitcoin é controlado pela rede e não por esse ou aquele banco ou esse ou aquele governo, é uma moeda que vai se manter honesta na sua função simples de ser um meio de troca. E são por esses fatores e vários outros que eu acho que um dia a gente tem que ter um vídeo desse nível aqui também explicando isso, que o Bitcoin se valorizou tanto nos últimos anos. E se você quer comprar Bitcoin, se você quer usar isso no dia a dia, se você quer entender melhor isso, eu sugiro que você estude, um dia eu vou fazer o vídeo sobre isso, mas se você quiser comprar bitcoins, o patrocinador aqui do canal é a BIPA. A BPA é um aplicativo para fazer o uso de Bitcoin ser muito mais simples no seu dia a dia e para também facilitar você entrar no mundo Bitcoin. Eu lembro que, pô, numa década atrás, você ia usar Bitcoin, sei lá, se alguém entrasse na sala e visse o que tava acontecendo na tela, coisas iam ficar esquisitas. Parecia esquisito, era estranho. Mas hoje você pode, por exemplo, receber um Pix de alguém e receber isso na sua carteira em Bitcoin. Você pode fazer um pagamento em Bitcoin e isso chegar em Pix para alguém. Você pode ter um cartão que você usa no seu dia a dia e você pode então usar os seus bitcoins para usar suas despesas normais ou usar os seus reais normais para fazer suas despesas e receber cryptoback com isso, receber bitcoins de volta com isso, um cascalhinho lá de volta para você começar a criar alguma poupancinha, alguma coisa ali para você. Inclusive você pode lá dentro programar suas compras. Então, ah, eu não que dia que eu tenho que comprar. Se você ficar tentando otimizar isso, a chance de você passar muita dor de cabeça desnecessária, gastar comer prazol desnecessariamente e errar é grande. Então você pode, por exemplo, fazer depósitos lá, agendar suas compras e pronto. Então se você tá interessado em instalar o aplicativo da BIPA, você pode escanear esse QR code aqui ou você pode seguir o link que tá na descrição aqui do vídeo ou pinado ali nos comentários também. E você vai ter um cupom de desconto lá dentro que é o BIPA radical, onde você pode ganhar até R$ 100 de Bitcoin lá quando você tiver usando o aplicativo. Então, obrigado Bipa, por ajudar esse vídeo aqui a acontecer. E você que também tá olhando para esse vídeo falando: “É, isso aqui é um problema, é, vamos entrar logo na solução, porque se você tivesse feito isso vários anos atrás, você estaria dando mais, muito mais risada do que você tá dando hoje. Então, antes tarde do que mais tarde ainda.” Mas agora pra desgraça de 1929. Então vamos olhar os meses antes do creche que aconteceu em outubro de 1929, mas na verdade começou em setembro e os meses imediatamente após para mostrar para vocês que na verdade não teve uma crise e sim duas. Agora, falando de 1928, é curioso que o próprio Banco Central Americano atesta que ele é culpado e que foi ele que fez, porque o próprio Banco Central percebeu que tinha excessos acontecendo no mercado financeiro, que tinha excessos acontecendo na economia e que eles estavam financiando isso via expansão de crédito. Tanto que eles dão uma segurada porque eles falaram: “Pasada, se passamos”. O que de novo me deixa perplexo de como que é impressionante essa história de que ah, quem causou foi muito nada assim, o próprio Banco Central admite que eles estavam mancando uma festa que não tinha sentido. Mas enfim, o fato é que em outubro de 1928 o governador do Banco Central de Nova York, Benjamin Strong, morre e com ele cai o acordo com o Montago Norman, presidente do Banco Central Inglês, de desvalorizar o dólar para tentar ajudar a Libra inglesa a se sustentar contra uma fuga de ouro. O sucessor do Benjamin Strong não mantém esse acordo. E é fascinante, se acostumem que vocês vão ver esse gráfico bastante ao longo dos próximos episódios, dos próximos. Isso aqui é fascinante como quase imediatamente após disso a bolsa americana lateraliza. Ela tava seguindo uma tendência de alta praticamente linear desde 2023 e 24 que é condizente com essa expansão de crédito feita pelo Banco Central Americano. Então logo o cara morre, parou. Você fala: “Mas, Rafael, tô vendo que tem uma altinha ali logo depois”. O que aconteceu nos meses um pouco antes, foi que o Banco Central criou um novo tipo de título que eles aceitam para expandir base monetária lá dentro. Então, de novo, volta essa tese. Eu não vou entrar em todo o que que é uma acceptance, que é os negócios que eles aceitaram, mas fal esse negócio vocês podem depositar aqui também e aí vocês bancos podem criar crédito em cima disso e continuar a festa. Por quê? Porque o pessoal já tava reclamando, em maio já teve uma ensaiada de uma queda da bolsa. E isso provavelmente a gente não tem os dados tão granulares do que tava acontecendo na época. A galera não guardava esses dados na época era menos 20 quem que ligava para isso. Mas isso já sinalizava que tinha alguma coisa fraca. Tem essa nova criação de esse novo título que eles podem aceitar. Em algumas semanas, logo depois disso, 1,9 bilhões de dólares. Lembrando, a quantidade de dinheiro de circulação na época desse país era 73 bilhões. 1,9 bilhões são criados em 2, 3, 4 semanas ali. E é isso que financia essa última alta da bolsa nesses meses ali no meio de 1929, batendo topo de 380 pontos do índice Dow Jones em agosto de 1929. Em setembro, dali pra frente começa a ter um leve encolhimento da base monetária. Não tem mais aquela aquele boom vindo por trás de crédito para sustentar isso. O topo da base monetária foi atingido em junho de 1929 em 73 bilhões 260 milhões de dólares. E existe um certo delay entre a coisa estabilizar e cair, que é o tempo de dinheiro circular numa economia, sabe? A gente tá falando nos anos 20, tudo ainda era carta e papel, sabe? Se fosse em tempos modernos seria questão de dias ou algumas semanas. Agora naquele tempo demora um pouco mais. Então você tem o topo em junho. Ah, você ainda tem um resto da inércia levando uma alta em agosto e eventualmente em setembro começa a se manifestar a queda. Você tem uma queda de 10% do índice Dow Jones só no mês de setembro, que já seria teoricamente o começo da crise, caindo de 380 para 343 pontos. em outubro confirma a correção, que seria queda de 20% no total, mais 20% de queda, 273 pontos. Só entre a quinta-feira, 24 de outubro, e a terça-feira, 29 de outubro, 25% do valor de mercado existente é deletado. E isso é o que é chamado de terça-feira negra, né? Terça-feira, 29 de outubro, que é tida como grande dia do creche da bolsa. Mas como eu falei, já tinha uma queda acontecendo em setembro, ela continua, não foi assim, um dia todo mundo acordou e falou: “Não foi isso, você já tinha o mercado caino”. E aí a coisa se aprofundou e você já tinha sinais de fragilidade desde o falecimento do Benjamin Strong e uma queda em maio ali que se ensaiou de falar e o pessoal deu uma segurada. Então é legal ver, é muito fascinante ver como a timeline, a sequência de vento se alinha muito bem e você olha e fala: “É, temos aqui um mecanismo”. Agora, o que que causa essa queda violenta de 12% em um dia só, que foi 29 de outubro? Tô falando mais por um título de curiosidade, mas só para você saber, é o que é chamado uma chamada de margem. Hã, digamos que você toma dinheiro emprestado para investir no mercado financeiro. Você pode falar: “Pera, banco, me empresta 100zão. Aí eu vou comprar 100zão de ações e eu dou essas ações para você como garantia do meu crédito. Se a bolsa subir, eu tô ganhando. Se ela cair a partir de um certo valor, não caiu de 100, não, mas digamos, caiu abaixo de 80, você, banco, tá autorizado a executar as minhas ações e falar: “Bom, deu errado. você vai vender elas, pagar o resto do empréstimo e eu te devo o resto. Aí depois, depois a gente vê como é que a gente vai fazer esse negócio. Então, se o valor dessas ações que você comprou cair até esse nível de execução, você toma o que é chamado uma chamada de margem, que é quando o banco te chama e fala: “Você tem que cobrir a margem do resto que falta para dar esse teu valor de segurança aqui. Se você cobrir, tá tudo bem. Se você não cobrir, eles falam: “Tá bom, então a gente executa e vende aqui”. Só que vamos pensar um passo para frente. Se tem um monte de gente fazendo isso porque o crédito tava barato e tem um monte de gente com operação de crédito aberta para comprar ações, isso parecia uma ideia genial porque a bolsa só subia assim do nada. Nenhuma explicação assim, é todo mundo vai tomar crédito e investir isso. Quem não fizer é burro pô. Se tem um monte de gente fazendo isso e de repente tudo cai e a gente tá inclusive num evento aonde isso tudo está acontecendo porque justamente falta crédito no mercado para financiar o continua continuamento dessa alta. Então, significa que a galera não vai ter dinheiro para cobrir isso e que quando alguém for executado e vender as ações, isso vai causar mais uma queda, o que pode levar outro cara, tomar outra chamada de margem, executa isso, vende tudo e você tem uma causando a outra. É, isso leva a um colapso explosivo. Ah, mas isso pode acontecer no livre mercado de maneira pontual, sim. Agora, o que que levaria várias pessoas, uma massa gigantesca, a tá alavancada num negócio, a tá com crédito aberto no negócio, que todo mundo achou que era uma [ __ ] boa ideia e de repente cai? Sabe, a qualquer momento você vai ter gente tomando decisões erradas e perdendo dinheiro. Mas quando todo mundo faz isso junto, do nada você precisa de uma explicação melhor do que ah, acontece. E o que acontece nos meses seguintes é uma correção vai caindo em setembro, outubro, novembro. dezembro, mas no começo de 1930 o mercado dá uma retomada. Faz sentido porque com o vídeo até agora você pode ter criado uma impressão de que eu tô dizendo que todo o crescimento dos anos 20, de 23 a 29, foi falso. Foi uma grande mentira. Não, você vai ter dois componentes. Um é o crescimento real da economia que de fato está enriquecendo, de fato tá produzindo mais e depois você tem um outro excesso artificial falso criado por esse crédito falso extra. Se o Banco Central para de sustentar isso, isso cai, vai sobrar o que tinha de crescimento sincero ali mesmo. O que pode ser até que o pessoal seja levado um pouquinho, mas se a gente tá dizendo que a bolha começou em 23, estourou em 29, não faz sentido o mercado cair para um nível abaixo de 23. Pode ser até que momentaneamente, porque explodiu todo, todo mundo tá chamando, estamos chamada de margem, tudo mais assim, sustentadamente ao longo de semanas, meses, não pode ser que peg pisca aquela vela para baixo que todo mundo, quem viu sabe o que que é, mas não faz sentido o PIB americano, vamos esquecer então o mercado financeiro, não faz sentido o PIB cair para um ponto antes de 1923. Agora, o que a gente vê é primeiro uma estabilização nos primeiros meses de 1930, que volta o mercado mais ou menos aonde ele tava em 1927 ou 28, que é o que faz sentido. E depois disso, 85% de queda e o PIB americano cai para metade do que era em 1929, menos do que era em 1920. A bolha pode criar uma parte de um crescimento falso. Agora, destruir mais do que já estava construído. Não. Vamos dar uma parada aqui e olhar a foto. Maio de 1930. Daqui a pouco vocês vão entender por maio de 1930, mas eu tô indo aqui dentro desse período de outubro de 28 até maio de 30. Se você tirar a foto nesse mês e olhar o resultado dos últimos 10 anos, eu tô pegando 10 anos porque seria um prazo longo, que é o que a gente olharia no mercado financeiro de retornos. o seu retorno seria de 11,5% ao ano. Cara, é um retorno bem razoável. A bolsa brasileira nos últimos 20 anos em dólar deu zero. Então assim, 11,5 por ano num período de 10 anos, sendo que no meio disso teve a crise de 21 e 22, de teve a crise de 2021, teve a gripe espanhola e teve a crise de 29. Pô, cara, com a Europa tomando inflação para todo lado, tiro para cima e gritaria, você fala: “Pô, consegui 11:5 de retorno aqui”. Cara, acho difícil encontrar alguém que é reclamar disso aqui, sabe? Isso parece aquela galera que assim, Bitcoin tá a $.000, pô, quando eu escrevi essa pauta tava 100.000, agora tá 120. Bitcoin tá $.000. Aí o cara tá falando: “Puta, eu devia ter comprado quando tava 80. Eu sou muito burro, cara. Eu tinha dinheiro ali na mão, pô. Eu podia ter agendado a compra na BIPA, podia ter comprado isso. Por que que eu não comprei? Droga, agora tá assim, tá caro. Agora não vou comprar porque tá caro. Aí semana seguinte, blau, sangue na rua, cai para 80.000. Você fala: “Pô, cara, e aí você vai comprar agora?” Não, agora não quero. Trou só cai. Você você queria comprar em 80 pontos. Quer dizer, não, agora a bolsa caiu para onde ela tava. Em 1928 nós temos uma crise. Em 1928 tava todo mundo feliz, pô. 1928 tava todo mundo falando: “Ah, isso aqui uau, descobri uma nova receita. Aí agora nós estamos aqui de novo, você fala: “É o fim da humanidade”. Não, não cabe esse argumento. Então o que eu tô querendo dizer aqui é o que eu falei lá no começo. Não teve uma crise, teve duas. Vamos olhar os dados. Base monetária. O que eu tô falando aqui, a expansão de base monetária gera uma um boom falso e depois o encolhimento dela vai gerar o crédite. Tá bom? Quanto que a base monetária encolheu em 1930? 2%. OK. É o suficiente para causar uma crise? Sim. O umas quedas de liquidez momentâneas ali são suficientes para gerar o tipo de cenário que a gente viu? Sim, 100%. Puramente parar de crescer já seria o suficiente, encolher. Então, OK, isso explica uma queda de 30 a 35% em bens extremamente alavancados numa bolsa bem rudimentar, numa economia ainda não tão robusta assim? Sim, isso explica 85% de queda logo depois disso? Não. Ah, quanto que a base monetária inclui em 1931? Em torno de 10%. tá grave, mas assim existem todos os dados do livro do Milton Friedman sobre isso e o Milton Friedman tem uma tese também sobre a 29 que na verdade é complementar porque ele fala sobre depois como o Banco Central deveria ter feito mais para salvar os bancos e evitado isso. A gente discorda, mas não é o debate nesse vídeo. O ponto é que ele tem os dados ali e ele mostra que a base monetária dentro do Banco Central na verdade cresceu. O problema é que o dinheiro em circulação na economia, que é o que é criado pelos bancos, encolheu. fala: “Ué, tem vazamento no cano. O problema não é falta do Banco Central criar dinheiro. Tem sendo tem dinheiro sendo destruído lá fora ou que não tá conseguindo. É porque tem muita coisa falindo, isso destrói crédito e tudo mais. Então o problema era encanamento, não é no Banco Central e não é a bolsa. Ah, mas Rafa, só fala em mercado financeiro. Vamos olhar a economia real. Vamos olhar a economia real. O desemprego em 1929 antes da crise era de 3 a 4%. A estatística não era monitorada tão precisamente, mas 3 a 4%. Em 1930 o desemprego fechou em 6 a 7%. Tá, subiu, dobrou, mas 6 a 7% é, pô, é o melhor do Brasil. A França tá 40 anos que não consegue um desemprego abaixo de 7%. E assim, eu tenho minhas críticas e economia da França, agora eu vou falar que a França tem uma crise permanente, catombe. Não, só depois, em 1932, que o desemprego explode para 24%. Indústria, quanto que a indústria caiu? 1930, 7 a 10%. Chato, sim. Eccatomb, não. Quanto que as fazendas no comércio caíram? 15%. Chato, sim. Uma crise para entrar paraa história, não. Ah, mas teve um impacto muito pesado no setor agrícola. Sim, mas lembra aquilo que eu falei lá atrás que foi até meio extenso? Você pode ter se perguntar, Rafael, para quê? Que eu falei que quando a cadeia de produção se alonga e tudo mais e quando as coisas que produzem coisas de base vão crescer mais? Pois é, né? Produzir na agricultura as coisas de base paraa indústria é alongar a cadeia. Ampliar o uso de maquinário na agricultura, que nos anos 20 era muito relevante, é alongar a cadeia de produção, expandir para novas terras que antes não eram produtivas, mas que agora você tem muito crédito para comprar maquinária, irrigação, etc., para forçar aquilo a produzir, vai ser um sintoma desse alongamento cadeia produção? Sim. Então, quando a agricultora vai lá e toma um petardo de queda de preços de 30%, você falou: “É, é o que é razoável esperar. Mas depois que a crise se aprofunda em 31, 32, você fala: “Ué, mas por que depois? Quebra de bancos nos anos 20, porque a vida é a vida, entre 500 e 600 bancos quebravam todos os anos. 1000 bancos quebraram em 1926. Ninguém nem ninguém nunca ouviu falar de uma crise de 1926. Em 1930, 1300 bancos quebraram. uma alta de 30% em relação a 26. Sim, mas tem bancos novos sendo criados. Imagino que organicamente o novo número de falências pode subir ao longo do tempo, né? Porque tem mais banco sendo criado. Pode ser que tem um efeito de incorporação, mas é OK. Agora assim, é um uma multiplicação de duas, três vezes, não foi? Foi em 1931 que você teve 2300 falências de banco e 1932 que você teve 1500 falências de banco. A crise veio depois, lucro dos bancos, 1 bilhão dólares em 1929, 800 milhões de dólares em 1930 e só então em 32 cai para 576 milhões. Falências de empresas, 1929 tinha 3.29.000 empresas operando nos Estados Unidos. Isso cai 1,1% em 1930, que supostamente seria uau a crise de 29 para 2.994.000. E a grande queda acontece em 38 e 32, terminando em 2.782.000. Teve uma crise em 29, que no começo de 30 já tava deada e alguma coisa aconteceu em 1931. Que de novo não faz sentido. Se você tem um crescimento orgânico e um falso e você tira o falso, por que que a gente termina com resultado abaixo? E aqui que eu quero explicar para vocês que o que causou a crise de 31 e 32, o que foi responsável por deletar metade do PIB dos Estados Unidos, o que foi responsável por depois do creche de 28, de 29 e de 30 de deletar mais 85% do valor da bolsa foi o fato de que o Hoover tentou consertar a crise, intervir na economia para melhorar tudo e com isso destruiu com tudo. Mas primeiro no intermédios per favorinho aqui, eu quero explicar para você a crise de 21 ou crise de 1920, pegou os dois anos, foi uma crise causada por, de novo expansão de base monetária, crédito logo depois da Primeira Guerra Mundial, e também teve outros fatores, readequação da economia, gripe espanhola e tudo mais, mas não tanto assim. Se a gente for ver o desemprego nos Estados Unidos em 1920, e de novo, estatísticas dessa época não são tão precisas assim, mas todo mundo concorda que tava em alguma coisa ao redor de 3 a 5%, então pleno emprego tava tudo bem. Em 1921, quando bate essa crise, o desemprego dobra para 12%, que é o mesmo padrão que a gente vê na crise de 29. Bateu a crise, o desemprego dobra de 3 4 para 6 7 8. Mas aí o que acontece? O governo corta gastos, corta impostos, reduz a dívida e não faz nada fora isso. Em 1922 o desemprego era 6%, então que estava em 1920 antes da crise, em 1923, um desemprego de 2%. E aqui tem algumas variações de estatísticas e fontes diferentes. Alguns dizem que o topo do desemprego foi nove, alguns 10, 11, 12. Isso vai variar de cidade para cidade, isso vai depender de onde você tá coletando. Mas vocês entenderam o ponto? Você tem uma dobrada de desemprego e no ano seguinte, metadada seguiu. Na verdade, não é que o governo fez nada, eles reduziram gastos, dívidas e impostos. Então, vamos aos dados. O orçamento em 1920 era de 6.9 bilhões de dólares. De novo, teve muita inflação de lá para cá. ainda tinha um bom tanto aqui de orçamento restante da Primeira Guerra Mundial, por isso que foi tão fácil cair para 1921 para 5.5 bilhões, mas eles continuaram caindo para um orçamento de em torno de 3.6 bilhões em 1923 e ficaram ao redor desse número até 1929. Então é um corte de governo aí de 50%. É o tipo de coisa que o Raviar Milei na Argentina, eu ia olhar e falar: “Tá, tá aqui o meu sonho. Se bem que o resto também eu gostaria de cortar, mas pô, imagina cortar 50% do gasto. Se alguém fizesse essa proposta no Brasil do, o que que eu chamar esse cara? Mas corte de impostos caindo de 7.4 bilhões em 1920 para 4.3 bilhões em 1922, é 42% da carga tributária do país. Dado que o Brasil pagou R.6 6 trilhões deais de impostos em 2024 seria equivalente a um corte de impostos no Brasil de Rhão512 bilhões deais. Se a gente tivesse um corte de impostos de R$ 12 bilhões deais, a gente já ia agradecer. E redução de dívida. Os Estados Unidos explodiram em dívida durante a Primeira Guerra Mundial, porque é isso que acontece durante uma guerra, mas eles saíram com uma dívida de 26 bilhões em 1920, que já tava começando a cair, e ela cai para 22,3 bilhões em 1923. Então a gente tem aqui 3.7 vai 4 bilhões de dólares sendo devolvidos ao mercado. E é importante entender isso e a gente vai abordar isso no ato 4 também, porque o dinheiro de crédito que existe é aquilo que as pessoas pouparam para investir em alguma coisa. Então quando o governo começa a gastar mais e tomar dívida, ele entra competindo com o setor privado em tomar dívida. E como o governo paga com muito mais certeza do que empresas, então ele vai muitas vezes ter a prioridade nesse crédito ou empresas vão ter que pagar um juro mais alto para competir com o governo. Então ele faz com que o crédito dos outros fique primeiro mais caro e segundo mais escasso, porque pode ser que não tenha porque o governo não já puxou. Então, o fato do governo ter devolvido ao mercado de crédito quase 4 bilhões de dólares nesse período, na prática pode ser entendido como o governo colocou 4 bilhões de dólares à disposição do setor privado da economia para investimento. Levando em conta que o PIB dos Estados Unidos em 1922 foi de 74 bilhões de dólares, isso aqui é 5,4% do PIB em crédito extra, o que no Brasil seria equivalente a uns 500 ou 600 bilhões de reais. Então imagina que o governo fala assim: “Eu vou pagar de volta a minha dívida em R00, R 600 milhões deais e agora empresas no Brasil vão ter esse dinheiro a mais para poder investir, produzir e contratar.” E eu não posso encerrar isso sem perguntar, gente, por que que isso tá ensinado nas escolas? Por que que não é ensinado que teve uma crise que foi muito pesada nos Estados Unidos, que foi muito pesada na Europa também, afetou, teve vários problemas. Eu mencionei isso lá no atum quando eu tava falando dos problemas da Inglaterra, mas os Estados Unidos falaram: “Nós vamos fazer nada e cortar o governo”. e tudo melhorou mais rápido que todo mundo e eles estavam com 2% de emprego 2 anos depois. Por que que não se ensina isso, né? E talvez agora você entenda porque que pessoas defendem que defendem intervenção estatal, sejam elas de esquerda ou não, defendem que não deve existir outras formas de educação paralela, que só tem que ter um tipo de escola com o currículo decidido pelo governo para evitar desinformação e outras coisas assim, né? para ter certeza que as pessoas vão ter um ensino de qualidade. Só imagina a torta de climão que ficou se algum professor teve a coragem de passar esse vídeo numa sala de aulas. Mas é a realidade. Era exatamente esse padrão que a gente deveria esperar ver na crise de 29, talvez dois, três anos, talvez, porque talvez a proporção foi um pouco maior, foi mais tempo durante o do Banco Central criando dinheiro, mas não é razoável uma crise aonde você tem uma crise de queda de 30 a 40% e depois uma queda de 85%. Não é razoável que o seu fundo de PIB em 34, 35 seja inferior a 1919. Tem que ter alguém que entrou e destruiu tudo. E esse alguém foi o Hoover. Para mim, a parte mais insultante da historiografia da crise de 1929 é a ideia de que o Roover não fez nada, o que ele defendia livre mercado. Primeiro, ele discorda. Segundo, não existe uma fiapo de evidência que suporta isso. A única forma que você pode de alguma forma chegar a essa conclusão é pensar assim: “OK, o Hoover fez um monte de intervenções, mas o Roosvelt fez ainda muito mais no New depois.” Então, se tem um cara que matou três pessoas e outro que matou 50, o que matou três é praticamente um santo. Faz sentido? Não. Mas vamos lá. Evidências de que o Hoover era um grande intervencionista. Como eu falei primeiro, a própria biografia dele, dele falando tudo que ele fez e tudo que ele gostaria ter feito quando ele era secretário do governo em 192021 durante a crise e não conseguiu fazer. Segundo aumento do gasto público. Ele subiu o gasto do governo americano de 3.1 bilhões em 1929. Cara, olha quanta inflação teve de lá para cá. Meu Deus do céu, cara. Compre o Bitcoin. Isso subiu para 4,7 bilhões de dólares em 1932, largamente por causa de obras públicas e políticas para tentar salvar preços, para fazer com que preços subam, para sustentar a produção e tudo mais, que é o que a gente vai bater daqui a pouco. Isso é uma expansão de gasto público de 50%, sabe? Se o Hadad e o Lula vissem uma expansão de gasto de 50% em 4 anos, eles iam falar: “Companheiro, eu acho que aqui você se passou. Acho que você podia ter gasto um pouco menos aqui, cara. Vamos não se exaltar aqui. Terceiro, aumento da dívida. A dívida americana subiu de 16.9 bilhões de dólares em 1929 para 19,5 bilhões de dólares. E a dívida de estados e municípios incentivada pelo Hoover para fazer obras públicas subiu de 4,2 para 4,9 bilhões de dólares, tirando 3,3 bilhões de dólares do mercado de crédito. Lembra como eu falei lá em 19201 que a redução de dívida colocou de volta no mercado 4 bilhões? Pois bem, o Hoover tirou 3300 num momento de falta de crédito e quarto, a coroa da burrice, a tarifa Smot Hing. Vamos entrar nos dados do que aconteceu aqui. Mas antes de tudo, vamos entender uma coisa. Não só o Hoover não era um cara de livre mercado, o consenso político, empresarial, midiático e acadêmico da época não era mais livre mercado. OK. A fundação dos Estados Unidos é instituições de liberdade e propriedade privada. OK. Tinha gente que não concordava com isso lá na fundação e ao longo da sua história, inclusive até hoje, os Estados Unidos é uma das nações mais livres economicamente do mundo e com melhor proteção de direitos de propriedade privada, justiça, etc. Isso quer dizer que todo mundo a qualquer momento concorda com isso? Obviamente não. O consenso ali na época, nos anos 20, especialmente nos anos 30, lembrando os anos do bigodismo, não foi só na Alemanha, era o chamado progressismo. E é curioso, é é fascinante como hoje progressismo quer dizer o pessoal de cabelo colorido e pronomes e naquela época eu queria dizer os princípios de fascismo, tipo o contrário. Muitas vezes é meio parecido, mas não cabe aqui essa discussão. O que que era o progressismo? E aí tem dois livros que eu recomendo para você, The Progressive Era do Mary Rothberd e Liberal Reformers, que narra a origem dos reformadores políticos e econômicos e acadêmicos, que foi a galera que fez, que influenciou muito pensamento e polólice a legislação dos Estados Unidos, especialmente de 1880 paraa frente até aqui 1930, 1940. E como a origem de pensamento deles é vários pensadores que estudaram na Alemanha com vários pensadores que também ajudaram a fundamentar a ideologia do bigadismo. Então eles não eram liberais, eles eram antiliberais. Os empresários da época, se você vê as biografias dele, recomendo muito a biografia House of Morgan, do Pier Pont Morgan, do banco Jep Morgan. Ele era um banqueiro que tinha a ideia de que ele conseguia organizar as coisas. Ele ficava puto, que vivia tendo crise e tudo mais, ele tinha que resolver. Ele foi um dos principais puxadores de criar um banco central pro estado intervir na economia, intervir no sistema bancário, salvando tudo para evitar creches, porque ele tá de saco cheio disso. Ele era um cara que queria controle estatal da economia. Ele é um cara que fez lobby forte por uma agência de regulação de ferrovias para cartelizar as ferrovias, tabelar lucros, proibir descontos e monitorar quem que tava competindo fora disso. Isso não é alguém que defende livre mercado. Na academia também isso estava morrendo e não é uma coisa dos anos 30. Vamos lembrar do Woodro Wilson, o primeiro presidente acadêmico que foi o presidente durante Primeira Guerra Mundial. Ele era racista, ele era um progressista, ele cartelizou a economia americana durante a economia de guerra. Ele foi paraa Europa tentar dizer paraa Europa como é que eles vão ser. E durante o governo ele implementou segregação racial dentro do governo. E cara, ele era simpatizante da Kakaká. Sim, esse era um pessoal que queria controle estatal da economia, que queria muitas vezes milenialismo, colocando religião dentro de política para falar: “Vamos criar o reino de Deus na terra na marra, se for necessário, para fazer todo mundo ser moral, porque Jesus Cristo precisa voltar e só nós só vamos fazer ele voltar assim, totalmente torto. Não precisa de fato eu ser protestante não concordo com isso de nenhuma forma.” E era um pessoal que era racista e que era euginista. Sim, o Hoover fazia parte dessa tradição, inclusive ele era um dos mais moderados. Tanto que quando a crise aconteceu, uma das primeiras coisas que o Hoover fez foi chamar os grandes empresários e tentar coordenar com eles como que a gente vai enfrentar a crise. E todos eles acharam isso maravilhoso. Ninguém falou: “Ô, seu comunista, sai daqui”. Não, não, não. Chegou a hora da gente brilhar. Porque existia uma coisa que tá errado, mas dá para entender como eles conseguem chegar nessa nessa ideia de que assim, depois da guerra civil americana ali em 1860 até agora 1930, então 70 anos, foi idade da incorporação. Então empresas pequenas indo se unindo para formar empresas maiores e cada vez mais coordenadas, cadeias de produção maiores, empresas multinacionais. Se a tendência continuar, será que a gente não pode acabar com, tipo assim, cinco, seis empresas e o estado não é tipo só uma grande empresa? Porque agora a gente tá pensando como liderar várias fábricas e uma marinha toda que leva esse negócio. Ah, então assim como eu consigo gerir uma empresa, quem sabe o presidente consegue gerir a economia do país. Tá errado? Tá, mas você consegue ver como é que alguém chega nessa lógica? Essa era a lógica progressista que operava nessa época. A lógica de livre mercado já não estava mais brilhando. Tanto é que quando o Hoover fez o que ele fez, todo mundo concordou. Agora, as intervenções dele são várias, mas eu vou focar em algumas mais especiais para você entender o nível da que aconteceu aqui. A gente já falou de gastos de dívida e tudo mais, então eu não vou reabordar isso, mas como eu falei lá atrás, uma das primeiras coisas que ele fez foi juntar empresários e tentar fazer um grande acordão para vamos resolver as coisas aqui. E uma das coisas que ele propôs foi vamos demitir e vamos não baixar salários. Porque durante uma crise, bom, tem coisas que não é mais para eu produzir, que não faz sentido, inclusive é o ponto inteiro da teoria que eu expliquei até agora. Então, a gente deveria fechar essas linhas de produção e demitir essas pessoas. É triste, é, mas aí então como os salários vão baixar e vai ter pessoas livres, outros empreendedores podem contratar essas pessoas para fazer coisas que agora fazem sentido. Se a gente não demite eles, primeiro que salários vão continuar mais altos, então quem tá desempregado não vai conseguir emprego por causa disso, porque inclusive nós estamos numa crise. Segundo, a minha empresa vai carregar prejuízos mais do que ela deveria, insistindo em coisas que não fazem sentido. Ah, não, mas é que se a gente demitir, não demitir, não tem crise. É, se você não fosse no hospital, você não toma diagnóstico da sua doença também. Mas não é uma boa ideia. Quando elas finalmente falarem: “Cara, não dá e demitir”, vai ser pior ainda. Outra coisa, expansão de gastos com obras públicas, que gera vários problemas. Primeiro, mais gastos. 400 milhões de dólares, lembrando, gasto do governo americó, tipo 3 bi nessa época, 400 milhões de dólares em obras públicas em 1930 e um programa chegou a 1 bi logo depois em 1931 e 32. Cara, isso aqui é 20 25% do orçamento do governo federal. É muita coisa. E isso é para criar ah infraestrutura que a gente precisa. Não, mas pera, a gente acabou de discutir que a natureza da crise foi investimento irracional em coisas que não precisava ter feito, fundamentado em crédito desnecessário. E aí você vai agora endividar o governo para construir essas infraestruturas que se tivesse sentido necessidade a iniciativa privada tinha construído, porque nessa época eles podiam construir. Então vamos então se endividar durante uma crise, portanto, reduzindo a quantidade de crédito disponível para construir infraestrutura que não tem necessidade e com isso também contratar mais gente em coisas que não vão se perpetuar porque são obras temporárias, então eles não vão ter emprego logo depois disso, ou seja, cria um incentivo para ficar inventando obra pra frente. Isso também tira a gente do mercado de do mercado de pessoas que podem ser contratadas, o que é artificialmente sob salários e torna o resto mais difícil. Ah, mas Rafael, então você não quer que as pessoas tenham emprego? Vamos voltar porque eu tava falando em 1920 21. O governo não fez nada. em um ano, o desemprego tinha caído pro nível anterior. É a mesma coisa que teria acontecido aqui. Outro programa fascinante é esse aqui. É assim, não tinha ninguém na sala para falar assim: “Gá, vamos pensar um pouco. Boa parte da base eleitoral republicana era produção agrícola no interior, os eleitores deles. E a gente já viu que a produção agrícola foi muito afetada pela natureza de como foi o boom e como foi a crise. E a gente já viu que isso vai levar falências, OK? Então o que que o Hoover fez? Ele falou: “Bom, os preços agrícolas caíram, então isso gera um problema. Quando os produtores vão vender sua safra, tá muito barato e aí eles não conseguem pagar suas despesas. Então as fazendas menos produtivas, que são as que gastam mais juros, porque elas têm que tomar mais crédito, porque elas têm que comprar mais maquinário, mais irrigação, mais coisas para tentar forçar aquela terra menos produtiva a ser produtiva, elas não vão conseguir pagar os seus juros e vão falir, que é o que deveria acontecer. Lamento, mas é o que deveria acontecer. Então, vamos fazer o seguinte. nós vamos gastar dinheiro do governo para comprar a produção deles pro preço subir, de maneiras que essas fazendas improdutivas vão então ter lucro pelo menos empatar. E então nós salvamos a agricultura. Ruver, pensa dois passos pra frente. Se você tá salvando as fazendas improdutivas, o que que elas vão fazer? Continuar produzindo. Então, ano que vem você vai ter o mesmo problema. Então, você vai ter o quê? uma política constante de cobrar imposto das pessoas para comprar produção. E você vai fazer o que com a sua produção? Porque se você vender ou dar, o preço vai cair e você tá fazendo essa política justo para não cair. Então, Roover, parou. Nós estamos numa crise econômica e tu tá cobrando imposto de gente desempregada para comprar comida, para guardar num depósito para que o preço de comida para toda a população fique mais caro durante uma crise. Sim. E o que é fascinante é que o segundo passo depois disso é que se isso continua dando dinheiro, então ano seguinte vai ter outra produção. Então você tem que comprar de novo e de novo e de novo e de novo. Só em 1930 eles gastaram 100 milhões de dólares com programa de estabilização de preços na agricultura. De novo, o gasto do governo é tipo 3 B. Isso aqui é muito significativo. Isso foi crescendo em 1931, foi 200 milhões de dólares só com trigo e eles entraram em vários outros produtos. Quais? Deixa eu só te dar um apetitinho, aperitivinho aqui da lista. Trigo, algodão, milho, leite, o leginosa, laranja, figo, uva, batata, maçã, mel. Tudo isso entrou em O governo, vai comprar para reter, para segurar preço, para ver como é que a gente Beleza. O estoque do governo americano em 1932 era tão grande que em 1932 eles deram 2.3 milhões de toneladas de trigo pra Cruz Vermelha para ah, tipo, sei lá, faz alguma. Tá ficando feio, cara. A gente tem um monte de comida aqui, o pessoal tá todo des falaram. Você tem um C de proporção. Toda a produção de trigo do Brasil com agricultura moderna foi 9 milhões de toneladas em 2024. Eles deram 2,3 milhões de toneladas paraa Cruz Vermelha. Então pera aí, você ficou 3 4 anos cobrando imposto urgente durante uma crise para subir o preço de comida artificialmente para que essas pessoas tenham menos dinheiro para comer, para comprar comida, né? porque tá mais caro. E aí depois você vai jogar tudo isso na economia e doar porque vai ser usado e vai despencar os preços e daí os agricultores vão quebrar de qualquer forma. Seu absoluto animal. Às vezes o governo de fato revendi esses produtos, mas a um preço um pouco mais baixo, tomava um prejuízo, mas depois os preço subiu, a gente tentou o quê. O governo americano tomou 25 milhões de dólares de prejuízo só em UVA. OK. Imposto. Imagina se ad fizesse isso. O Hoover aumentou o imposto de renda, a maior alíquota de 29% para 63. Contexto, nessa época só as pessoas muito ricas pagavam o imposto de renda. Não era uma grande parte da população, mas as pessoas ricas são as que mais poupam, as que mais investem. Então, se você tá tributando o dobro da renda delas, vai ter menos dinheiro poupado para investir, porque isso que elas fazem. Agora só imagina se o Hadad e o Lula chegassem hoje e falar assim: “Ó, nós vamos subir, porque 29 é quase o nosso 27,5% impugindo.” Imagina que eles falam: “Olha, a reforma é nós vamos subir para 63”. Todo mundo com três neurônios ia falar: “Tá, mas qual que é a diferença disso? E literalmente comunismo?” Eu não tô entendendo. Foi o Hoover fazendo isso. E a galera diz que ele era de livre mercado. Ele subiu imposto em empresas de 12% para 13,75%. Você fala: “Ah, 1,75%. Ah, poet.” Mas é que as pessoas acham que as margens de lucro das empresas são tipo assim, 50%. Quando você vai ver, tipo assim, 10 durante uma crise cai para três, quatro, beleza? Se o governo coloca mais 2% de imposto, eles acabaram de levar metade tua margem de lucro. Cara, é grave isso aqui, mas em termos de devastação econômica, há pouca coisa na história dos Estados Unidos e é uma longa história, se equipara ao que foi a tarifa Smooth Hley. Aí você pode falar Smith Hley, que são os dois senadores que apoiaram a lei. Muitas vezes você tem essas leis que tem um ou dois senadores apoiando aí tem os nomes dos caras ali. Isso foi uma tarifa de importação imposto contra importação de produtos pros Estados Unidos em cima de 20.000 produtos. Isso subiu a tarifa média de importação de 40%, que já era alto para 60%, o que foi o maior nível da história dos Estados Unidos, exceto em 1848, quando foi aprovada uma lei que foi apelidada de tarifa das abominações. Essa foi equivalente. Ela foi aprovada em junho de 1930 e é por isso que eu fiz o corte em maio de 1930. A partir daqui, até a instalação dessas tarifas na prática e isso começar a afetar os preços dos Estados Unidos, isso destruiu a economia americana. Primeiro ao encarecer importações que são necessárias paraa operação da indústria e da produção americana no geral. E segundo porque países retaliam tarifas. Se você coloca tarifa de importação neles, eles colocam em você. Um dos maiores produtos de exportação dos Estados Unidos era produtos agrícolas. Eles tomaram tarifas e por isso perderam acesso a mercados, o que levou a falência sequencial explosiva do setor agroamericano ao longo de 1931 e 32. Por que que existe um delayzinho? Porque, de novo, estamos em 1930, comércio internacional leva tempo. Então, quando você coloca as tarifas de importação, ainda tem que esgotar os estoques internos de que você tem. Tem o tempo dos outros países retalharem as suas importações e os estoques internos dos produtos que você exportou para eles zerarem. E daí novos produtos serem enviados e serem taxados. Isso leva meses, OK? Mesmo hoje, isso leva meses. Em 1920 e cacetada ou 30 cacetada levaria mais tempo ainda. Então os efeitos disso começam a ser realmente sentidos em 1931. E então o desemprego dispara em 32 para 24 25% e a economia americana é devastada, fazendo então a queda de 85% da bolsa de maio de 1930 pra frente até o fundo que foi alcançado lá em 1935, quando coincidentemente a tarifa foi revogada e respondendo então pela destruição do restante do PIB até descer a 53 55 bilhões de dólares, que foi o fundo. Lembrando que eles estavam em cento e pouquinho bilhões em 1929, 103 bilhões em 1929. Parabéns. Praticamente metade da economia americana deletada. Fascinante isso. Pra gente ter uma noção da perda de mercados que os Estados Unidos teve, eles tiveram uma queda de 5,4 bilhões de dólares de exportações em 1929 para 2,1 bilhões de dólares em 1933, depois que os todos os países retalharam e o comércio caiu. Então essa queda de 3.3 bilhões de dólares perto do PIB deles, que chegou a ser 55 bilhões de dólares, é de em torno de 6% do PIB de comércio perdido. Vamos ter um paralelo com o Brasil. O Brasil exportou em 2024 153 bilhões de dólares de produtos agrícolas. de uma economia de 2.hões250 bilhões de dólares, o que dá 6,8% do nosso PIB. Então, o que aconteceu foi o equivalente a imagina se o agro brasileiro não exporta mais nada. Vamos nos aprofundar aqui nos dois efeitos disso. Primeiro, a perda de mercados e o que causou difalências nos Estados Unidos e depois o aumento de gastos por causa da produção americana. Primeiro, a gente já falou lá atrás que tinha um problema no agro. Ele expandiu de maneira irracional, com muito investimento, e depois teve os Estados Unidos sustentando preços, todas as políticas idiotas e tudo mais. OK, beleza? Aí agora você vai lá e perde mercados de exportação. Então os produtos que normalmente iriam para fora e não competiriam com preços internamente agora ficam dentro dos Estados Unidos e com isso jogam os preços para baixo. Oferta e demanda, oferta excessiva, vai reduzir os preços. Enquanto isso, o governo americano tem uma política de comprar para fazer o preço subir de volta, o que aumenta os gastos do governo, o que aumenta o déficit, o que aumenta a quantidade de dívida que o governo está tomando, o que reduz a quantidade de crédito que está disponível pra economia se recompor durante uma crise, que é a ausência de crédito. Parabéns. Outro efeito é que como esses fazendeiros então vão falir, vários deles quebraram, isso afeta desproporcionalmente os bancos agrícolas dos interiores. Então é por isso que você tem a ao longo de 1931 32 uma falência violenta de bancos que foi em torno de 1/3 do mercado bancário falhindo, mas só 20% de todos os depósitos, o que indica que são bancos pequenos. Sim, os bancos do interior. Os bancos do interior faliram porque os seus agricultores faliram, os bancos quebram e depois os bancos que são criedores esses bancos quebram também. Isso ajuda a explicar e dá muito contexto de porque que lá atrás eu falei lá que o Meton Freedman falou: “Pô, mas a base de dinheiro do Banco Central continua expandindo. O problema foi a base de dinheiro em circulação. Tinha um monte de quebradeira acontecendo, um monte de gente falindo, reduzindo a base monetária, destruindo dinheiro. É, principalmente bancos agrícolas no interior falindo porque agricultores perderam os mercados porque o imbecil do Hoover resolveu sancionar essa lei. E é fascinante que durante a época é raro você ter um consenso tão grande. Todo mundo falou para ele: “Não faz isso que é burrice”. Ele fez. Se eu tivesse, se eu pudesse fazer uma pergunta para ele, eu ia falar: “Por que, cara?” E depois você tem boa parte da indústria americana também exportando. De repente eles perdem esses mercados. De repente você tem muito mais produtos que ficam dentro dos Estados Unidos e agora tem que competir, abaixam preços. Então, o que não é destruído de emprego por ser de exportação, destrói empregos de concorrência porque agora tem preços muito mais baixos que a galera tá vendendo porque tem que fazer alguma coisa. Ah, mas tá vendendo a prejuízo? Bom, sim, eu posso não vender e faturar zero ou eu posso vender a prejuízo e faturar alguma coisa que me ajuda a pagar alguma coisa. Fazer o quê? Às vezes vender a prejuízo é a única decisão que te resta. E isso então ajuda a criar essa ilusão de que foi uma super produção, mas é que tinha um monte de coisa, de repente os preços desabaram porque as pessoas não conseguiam consumir tudo. Por que será? É porque agora a gente não consegue exportar. É, porque o político resolveu proibir comércio internacional, fazendo uma tarifa mais alta da história dos Estados Unidos. Do outro lado, as indústrias também importam muito. Vamos lá. Não existe indústria sem borracha. Os Estados Unidos não produz borracha. Aí você vai lá e falar: “Ah, vamos tá com uma tarifa de importação em borracha”. OK. Ah, me explica como é que a gente vai fazer pneus agora. Ah, ok. Agora todos os pneus vão ficar mais caros. Então, tudo que é transportado vai ficar mais Ah, ok. Agora tudo que eu torquenor que exige 20.000 itens. 20.000 itens não só de consumo, mas que também estavam envolídos dentro da produção industrial americana ficaram muito mais caros por causa disso. Ou tiveram que ser substituídos por outros itens piores ou embora mais caros um pouquinho menos de outros concorrentes. Isso faz com que toda a produção fique mais cara. Agora note aqui, a gente pode concluir uma coisa. O Hoover atacou as três bases de produção: custo de crédito, custo de mão de obra, custo de insumos e bens de capital. Custo de crédito ele atacou criando mais gastos, mais dívida, reduzindo a quantidade de crédito disponível. Mão de obra, ele atacou, fazendo todos aqueles conselhos, falar: “Não demitam, mantenham os salários altos e tudo mais, beleza? Então agora as empresas não vão ter mais prejuízo e quem tá desempregado não consegue ser contratado porque os salários não estão baixando. E terceiro, vamos encarecer todos os insumos de produção colocando impostos neles. O gênio conseguiu pensar quais que são todos os pilares fundamentais de uma indústria e de uma economia funcional. explode todos eles. E é por isso que eu falo que tem duas crises. A primeira foi a de 1929, que você pode dizer que tava largamente concluída na primeira metade de 1930. Quem quebrou já tinha que quebrar, os excessos estavam sendo retirados. Possivelmente você teria ainda talvez mais um ano de estagnação, alguma coisa assim, mas você teria uma repeteco do que aconteceu na crise de 1920, 1921. em 30, 31 máximo, tudo já teria voltado à normalidade. Mas o Roover ao aumentar gastos, aumentar impostos, aumentar dívida, retirando crédito de circulação e prejudicar a indústria e os setores produtivos da economia em essencialmente todas as formas possíveis, causou então a partir de maio de 1930, quando tudo já estava estabilizado, uma queda de mais 85% do mercado financeiro americano e a destruição de 40 a 50% do PIB do país. É revoltante que isso tudo de efeitos levam professores hoje a falar que o Roover era um cara livre mercado, era um liberal, ele não fez nada, ele deixou a crise acontecer e só depois quando veio Rooselt e fez obras públicas e gastou mais e subiu impostos que aí resolveu. Agora, outra coisa que eu não posso deixar passar dessa época, porque as pessoas precisam entender isso, é que, como eu falei lá atrás, existia uma ideologia progressista no governo na época, no governo, na academia, dentro do empresariado. Uma ideologia que defendia controle estatal, que defendia moralismo regulado por estado, que era anti ah liberdade individual e que era eugenista e que era racista. E essa galera usou a crise como oportunidade para implementar suas políticas. Eu quero fazer também um vídeo sobre como o governo americano perseguiu o negro, como várias leis diferentes prejudicaram a população negra, excluindo eles economicamente. O que aconteceu? Mas pra gente ficar em um aqui, para você ter o exemplo, Davis Bacon Act de 1931. Várias coisas importantes aqui. 1931, o governo americano já estava contratando muito fortemente com obras públicas, orçamentos de centenas de milhões de dólares no contexto em que o orçamento federal de 3 bi, 4 bi e um autodeso. Então as obras eram colocadas onde tinha autodesempre para contratar essas pessoas. Então o governo americano virou um grande empregador nos Estados Unidos. Essa lei dizia que em obras públicas, obras feitas pelo governo, deveriam ser pagos prevailing wages, ou seja, o salário médio, o salário que era considerado razoável, então era uma regulamentação de salário e no máximo horas 8 horas de trabalho por dia. Ou seja, só se justifica contratar as pessoas muito produtivas. As pessoas que têm mais baixa produtividade estão basicamente proibidas de serem contratadas, porque elas não vão valer esse salário, elas vão conseguir produzir isso e não vão conseguir render tudo isso em 8 horas. Quem que são essas pessoas? Bom, quando você tem escravidão, segregação feito inclusive pelo Woodro Wilson durante a Primeira Guerra Mundial, ah, que era um progressista também, quando você tem segregação geográfica que era feita dentro do zoneamento das cidades, que era feita para excluir negros do centro da cidade, jogar eles para as periferias, quando você tem menos acesso à educação, quando você tem tudo feito para prejudicar essa população, de fato, a produtividade deles vai ser mais baixa. Não porque eles são negros, mas porque teve políticas que foram feitas com intuito explícito e desenhado de manter eles na pobreza. Então, se existe um salário médio, existe um prevailing wage, vai ter o salário dos brancos e o salário dos negros. A média vai est no meio. Se eu falo que tem que pagar isso aqui, você entende que eu tô dizendo tá proibido contratar negro? E quem foi um dos criadores dessa lei? James John Davis, Davis Bacon Act. James John Davis era abertamente racista. É diferente do Wood Wilson, que simpatizava com a Kakaká, passava um ciuminho, mas falava tipo, gente, não, calma, poxa, né? O Davis abertamente falava que, poxa, que bom que a gente tem eugenia, porque agora o americano entendeu a diferença entre sangue bom e sangue ruim. Ele abertamente defendia a kakaká. Ele abertamente tinha relações com racistas. E ele usou a posição dele como senador e a posição dele como ministro do trabalho, do presidente Colge, do presidente Harding e do presidente Hoover para propor, para defender legislação desenhada para prejudicar minorias. Ele defendia políticas de imigração para não deixar entrar os indesejáveis. Então ele usou isso para falar: “Ah, é a nossa hora de criar salário mínimo”. restrições de horas de trabalho e outras coisas que fazem com que minorias não sejam empregáveis. Não é coincidência que essa é a era da ascensão de direitos trabalhistas, né, anos 30, anos 40, porque nos Estados Unidos o que você tinha era um autodempre e sindicatos de brancos e políticos brancos falavam: “Bom, se alguém vai passar fome, não vai ser a minha raça, vai ser a outra”. E eles usavam vários tipos de legislações de salários, de aonde a pessoa morava, de histórico, de várias coisas para excluir intencionalmente negros. Então, quando você vai e olha para hoje políticas iguais a essa, que tem o mesmo efeito de prejudicar minorias, o que acontece é que as pessoas que defendem isso hoje defendem porque elas não têm noção da história, elas não têm noção do que aconteceu, elas não têm noção das ideias de quem criou isso aqui e acabam defendendo políticas para tentar ajudar os pobres que na verdade foram desenhadas para manter pobre pobre. Agora isso posto, apesar de ter espancado o Roover aqui de várias formas diferentes, uma coisa eu preciso defender ele e é a coisa que o Rothb defende ele nos dois livros dele, no American’s Great Depression e no Progressive era. Teve uma linha que ele cruzou. O que eu tô te dizendo aqui é que existia um movimento basicamente protofascista nos Estados Unidos. todos os elementos base ali, antiberdade de mercado, antiberdade de indivíduo, defendendo regulação estatal, não só de como que uma indústria vai funcionar com mas de lucros, de faturamentos, de carteirização das indústrias, de organizar o comércio internacional. Existia um grupo que defendia moralidade imposta pelo Estado. Depois você tem leis de proibição de bebida, esse tipo de coisa. Existia esse grupo que falava: “Não, a gente precisa de um líder forte acima dessa coisa de legislação, constituição, essas coisas boba aí, que vai simplesmente falar que é e é isso aí. Isso é a raiz de fascismo.” E esse movimento queria que o Hoover fizesse ainda mais, embora ele tenha feito várias coisas erradas, em vários pontos ele também tentando segurar os outros. Pô, não, tô propondo 1 bilhão de obra pública. Ah, aqui tá o dois. Não, pera aí, calma, amigo. Não segurou. Ah, mas a gente tá tentando organizar aqui os caras para demitir. Vamos obrigar, vamos passar uma lei. Não, pera aí, calma. Não vamos aqui intervir na lei em como vai ser emprego, salário, etc, etc. Vamos conversar com os caras e tentar levar na boa. Por mais que ele defendesse intervencionismo em um nível muito significativo pra época, do que foi pedido dele, ele não entregou tudo. Tinha gente que queria ainda mais. Eles queriam ainda mais estado, ainda mais planejamento, ainda mais poder estatal. E quando R não entregou isso, esse grupo abandonou ele. Em 1932, ele foi pra reeleição e perdeu de uma lavada tão triste, não é só pelos resultados econômicos, mas pelo fato de que mídia, academia, grande empresária, todo mundo abandonou ele. Todo mundo queria ainda mais estado intervindo nisso. Foi 472 a 89. Os democratas conquistaram 75% da Câmara dos Deputados, 61% do Senado e 38 dos 48 estados eles levaram o governador. E na presidência venceu o democrata Franklin de Lunel Roosevelt. Com ele veio o New Deal, que era justamente entregar toda essa intervenção, planejamento e cartelização, institucionalização de racismo e eugenia e intervenção moral no país que esse grupo queria. E é fascinante que a esquerda defende ele, defende suas políticas, defende todo esse legado de fascismo, de protofascismo, que foi influenciado, que foi implementado nos Estados Unidos, comemorou quando foi colocado aqui e não sabe as origens das suas ideias. Mas aí também a gente precisa discutir o fato de como é fascinante a semelhança entre socialistas e fascistas muitas vezes, né? Mas a discussão do Roosevelt vai para outro vídeo. Agora você entendeu o que que de fato aconteceu. E eu espero que a lição que você leve para casa é primeiro, liberdade funciona, intervenção estatal não. Segundo, confira as fontes. Veja o que de fato aconteceu quando todo mundo tá falando a história. Foi isso. Dá aquele confere só para porque muitas vezes as perguntas básicas vão desmontar uma narrativa. E terceiro, saiba que a mentira em cima disso aqui, em cima de tudo que aconteceu na crise de 29 e logo depois, foi usada para justificar a expansão estatal, que prejudicou muita gente e ainda é o que essa galerinha defende hoje como uma resposta para tentar enriquecer a humanidade, sendo que não deu certo lá e não vai dar certo agora.

Comments

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *