A estratégia silenciosa contra a Teologia da Libertação
0Eu acho que são dois pontos. João Paulo I na América Latina houve a preocupação do combate à teologia da libertação, mas ele também aplicou a a mesma teoria que ele aplicou na segunda viagem dele paraa Varsóvia, na Polônia, naqueles nove dias, de enaltecer e restabelecer a conexão dos fiéis com a sua religião, com o cristianismo. Eh, muitos, ele sabia que muitos eram aqueles católicos de BGE. Ah, eu vou à missa de vez em quando. Ah, eu e quando você tem uma visita dessa magnitude? Eh, e eu entrevistei muitas pessoas pro meu documentário no sentido pessoas que eram jovens naquela época e que visitaram, que foram até ah missas campais do Papa. Eu entrevistei um policial militar que fez a segurança do Papa. Eu entrevistei um outro policial militar que tava apenas assim no cordão e eles me relataram que quando João Paulo I passou devagar, havia uma luz nos olhos dele muito diferente, muito diferente. Eh, esses dois policiais que eu entrevistei disseram assim, eh, ele tava olhando para uma multidão de gente, mas eu tenho certeza que ele olhou para mim e ele olhou fundo nos meus olhos. Ele olhou fundo na minha alma. E essas pessoas foram modificadas para sempre. Elas nunca mais foram as mesmas pessoas depois desse contato com João Paulo I. Nós católicos acreditamos, né, que, né, os papas são a representação de Jesus, né, na terra. E João Paulo tinha alguma coisa a mais. Eh, muitos acreditam e um desses policiais me disse, eh, para mim ele era Jesus na terra ali na minha frente, porque o a maneira como como ele olhou pra gente era diferente. Então, quando você faz, estabelece essa essa conexão de novo com o mundo metafísico que ele tanto propunha, eu acho que ele sabia dessa capacidade de puxar o seu rebanho apenas no olhar, no toque, quanto mais falando numa missa campal para 1 milhão de pessoas, para 500.000 pessoas, porque ah as pessoas que mergulharam nessa fase de João Paulo II como Papa aqui no Brasil são pessoas que não saíram mais da Igreja Católica. Então, algo muito poderoso aconteceu nas passagens dele por aqui. Eh, então ele tinha a preocupação da teologia da libertação, mas o fortalecimento da fé, ele sabia que o próprio fortalecimento da fé, isso apenas seria o suficiente paraa repressão da teologia da libertação para aquele mal. Às vezes você não precisa combater o mal diretamente, de maneira enfática para que ele se esfaleça, mas você pode fortalecer a maior arma contra esse mal, que será uma um combate muito mais eficiente. E eu acho que que é isso que ele acreditou. [Música] [Música]