A Geografia Surpreendente dos Fusos Horários

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Você já parou para imaginar porque o ano novo chega primeiro na Austrália e não no Brasil? Enquanto o relógio marca meia-noite de primeiro de janeiro em Sydney, em São Paulo, ainda são 11 da manhã do dia 31 de dezembro. A explicação para isso está em dois conceitos fundamentais: os fusos horários e a linha internacional de data, essa linha imaginária que determina onde um dia termina e o outro começa e por consequência define qual parte do planeta está no futuro e qual ainda vive no passado. Os fusos horários e a linha internacional de data estão presentes em nossas vidas, influenciando em várias situações, como assistir a um evento esportivo, fazer uma viagem e até mesmo na virada do ano. Mas como os fusos horários e a linha internacional de data funcionam? É isto que vamos ver neste vídeo. Em primeiro lugar, temos que entender que a posição da Terra em relação ao Sol tem implicações diretas no tempo de cada região. Girando em torno de seu próprio eixo, o planeta Terra completa uma rotação inteira a cada 24 horas aproximadamente. A hora e o calendário local dependem essencialmente do fuso horário e da região do globo em que você está. Como a Terra é uma esfera de 360º, ela pode ser dividida em 24 fusos horários, um para cada hora do dia. Cada fuso corresponde a 15º de longitude. Então, se nos movermos 15º para o leste, teremos que adiantar uma hora ao relógio e ao nos deslocarmos 15º para oeste, teremos que atrasar 1 hora. São 12 fusos horários no hemisfério ocidental e 12 no hemisfério oriental, totalizando às 24 horas do dia. Esse padrão, conhecido como Tempo Universal Coordenado ou UTC estabelece o Meridiano de Greenwich em Londres, na Inglaterra, como ponto de partida a 0 grau de longitude. Os horários ao redor do mundo são calculados com base nesta linha. O ponto diretamente oposto a ele, do outro lado da Terra, a 180º de longitude, está o antimeridiano. É ele que serve como base para a linha internacional de data. Apesar de estarem relacionados, há diferenças significativas entre os dois conceitos. De um modo mais simples, o meridiano de Green serve para calcular o horário e a linha internacional de data serve para definir qual dia da semana nós estamos. Então vamos explorar um pouco mais a linha internacional de data. É nesse ponto próximo dos 180º de longitude que ocorre o reinício da contagem do tempo. Ou seja, é exatamente onde acontece a passagem de um dia para o outro, à meia-noite no horário local. Como vimos, o planeta está dividido em dois hemisférios. O ocidental que se estende do Meridiano de Grimit até o Oceano Pacífico, e o hemisfério oriental, que se estende do Grimitch até o extremo leste da Ásia. A diferença de tempo de um lado para o outro da linha internacional de data é de um dia. Isto significa que se você cruzar a linha do ocidental para o oriental, você saltará um dia no calendário. Por outro lado, se você cruzar a linha do lado oriental para o ocidental, você voltará um dia. Por exemplo, um voo de Santiago no Chile para Sydney, na Austrália, tem duração de aproximadamente 15 horas. Se ele partir às 8 da manhã do dia 5 de abril, deveria chegar por volta das 11 da noite do mesmo dia. Mas por causa da linha internacional de data, que resulta em uma enorme diferença no tempo, ele chegará em Sydney apenas à 1 da tarde do dia 6. Já na volta, o avião sai de Sydney às 3 da tarde do dia 20 de abril, voa por cerca de 13 horas e chega em Santiago por volta das 2 da tarde do mesmo dia, 1 hora antes do horário de partida. Algo mais bizarro ocorre aqui nas ilhas de Omedes, que estão separadas por menos de 4 km de distância. Mas por estarem em lados opostos da linha internacional de data, a diferença difuso horário entre elas é de 21 horas. Isto significa que, enquanto na Diomedes maior são 10 da manhã de quarta-feira, na Diomedes menor ainda serão 1 da tarde de terça-feira. Agora que entendemos a importância da linha internacional de data, vamos explorar um pouco melhor como o sistema de fusos horários se aplica em algumas partes do mundo. Mas antes de continuar, vamos fazer uma rápida parada para falar do MB, o patrocinador deste vídeo. Pois da mesma forma que os fusos horários são importantes para organizar o tempo, diversificar seu patrimônio também é fundamental para se proteger de crises econômicas. Ao distribuir seus investimentos em diferentes ativos, como Bitcoin, Etheréum e renda fixa, você aumenta suas chances de crescimento financeiro no longo prazo. É por isso que o MB, maior plataforma de ativos digitais da América Latina, com mais de 4 milhões de clientes, está com uma promoção exclusiva para te ajudar a dar o primeiro passo no universo dos ativos digitais. Abra sua conta gratuitamente no MB. 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Quanto mais a leste ou a oeste, maior será o fuso horário em relação ao Greenwich. O antimeridiano está exatamente do lado oposto, a 180º de longitude. E a linha internacional de data, por sua vez, está baseada no antimeridiano e possui estes desvios para evitar que países e territórios próximos sejam divididos por dois dias diferentes. Porém, o sistema não é formado por linhas retas. Isto porque atualmente existem 38 fusos horários. Pois apesar de existir uma base internacional, a realidade é que cada país pode adotar um fuso horário que seja mais adequado para atender as suas necessidades, seja por motivos comerciais, políticos ou até por mera conveniência. Normalmente isto está relacionado à sua posição geográfica, que lhe garanta uma rotina mais funcional para a vida econômica, administrativa e social. Se você está em São Paulo, em Salvador ou no Rio de Janeiro, seu fuso horário é o UTC -3, que abrange a maior parte da população brasileira. Perceba que o fuso horário destas cidades, o UTC -3, se refere ao fato de estar 3 horas a menos que o Meridiano de Green em Londres, na Inglaterra. Atualmente, o Brasil possui quatro fusos horários diferentes. Digo atualmente porque, como vimos, isto pode mudar dependendo apenas de decisões internas de cada país. Os Estados Unidos, por sua vez, possuem 11 fusos horários. Isto porque, além de seu território continental, o país possui vários territórios, como o Havaí, Samoa Americana, Ilha Holland, Guam e Ilhas Marianas do Norte. Quando amanhecer às 7 da manhã em Guan, ainda serão 4 da tarde do dia anterior em Nova York. A Rússia, por sua vez, é o maior país em área terrestre, com territórios que começam no Leste Europeu em Caliningrado, que utiliza o fuso horário UTC+2, e se estende até o extremo oriente no Okrug autônomo de Tucukotka, no UTC+1. Já a China adota um único fuso horário para todo o país, mas como seu território é imenso, isto gera alguns problemas, pois em regiões mais ao oeste do país, o sol nasce por volta de 10 horas da manhã, o que gera alguns transtornos para a vida local. Outros países utilizam horários fracionados, como a Índia, que adotou o fuso horário UTC, mais 5:30. Note que além de não utilizar um fuso horário inteiro, o país optou por um único padrão para todo o seu território, impactando em problemas semelhantes aos que vimos na China. Já a Austrália é um caso à parte, com três fusos horários que se dividem em inteiros e fracionados, como por exemplo na região central de Adelaide a Darwin, que utiliza o UTC mais 9:30. Mas se você achava que os fusos horários fracionados em meia hora já eram estranhos, o Nepal resolveu deixar as coisas ainda um pouco mais complicadas e adotou um dos fusos horários mais incomuns do mundo, o UTC, mais 5:45. Mas provavelmente você deve estar se perguntando por usar um fuso horário tão quebrado? Por que não arredondar para 6 ou mesmo 5 horas? Isto se deve por dois fatores principais. O primeiro é por uma questão científica, pois o UTC mais 5:45 reflete uma melhor precisão geográfica em relação a sua capital Katimandu. E o segundo é simbólico, uma forma de se destacar da Índia e Bangladesh, como símbolo de independência cultural e orgulho nacional. Como vimos, essas adaptações ocorrem por razões internas e devido às inúmeras adaptações, há um momento no dia em que três datas diferentes estão acontecendo simultaneamente no planeta. Por exemplo, enquanto ainda é dia 18 nas ilhas Hland, já é dia 19 em Londres e dia 20 nas ilhas Line em Kiribat. E por falar em Kiribate, esta pequena nação insular composta por 33 ilhas espalhadas pelo Pacífico se localiza exatamente na parte mais bizarra da linha internacional de data. Mas existe uma explicação para isto. Até 1979, estas ilhas eram colônias britânicas e americanas. Após sua independência, surgiu um problema, pois a linha internacional de data separava as ilhas, o que significava que o novo país vivia em dois dias diferentes ao mesmo tempo, tornando a administração nacional quase impossível. Foi então que em 1995 o governo de Kiribati decidiu enquadrar todo o seu território dentro do mesmo calendário, simplesmente arrastando a linha imaginária para leste, de modo a incluir todas as suas ilhas no mesmo dia, gerando esta forma estranha na linha internacional de data, que frequentemente vemos nos mapas. Assim, a parte oriental do país pulou diretamente de 30 de dezembro parao de janeiro. Desta forma, podemos dizer que o 31 de dezembro de 1994 jamais existiu nestas ilhas do leste do Quiribate. 5 anos depois, essa decisão iria ficar para a história e Kiribati se tornou o primeiro país a ver o nascer do sol no novo milênio, um título que atraiu a atenção da mídia mundial e do turismo na passagem do ano de 1999. para o ano 2000. Mas um fato curioso é que, apesar de Kiribate estar geograficamente próximo do Havaí, agora o país vive praticamente um dia inteiro à frente do estado norte-americano. Mas Kiribate não foi o único país a optar por avançar um dia no calendário. Durante mais de um século, Samoa permaneceu do lado oriental da linha internacional de data, seguindo o calendário dos Estados Unidos e alinhada ao fuso horário da sua vizinha Samoa americana. Mas com o tempo, suas relações comerciais se voltaram para Austrália, Nova Zelândia e China. Quando era sexta-feira em Samoa, já era sábado nesses países e quando chegava o domingo samoano, já era segunda-feira do outro lado. Ou seja, Samoa perdia dois dias úteis por semana nas trocas comerciais com seus principais parceiros. Foi então que em 2011 o governo de Samoa decidiu que o país, juntamente com seus mais de 180.000 1000 habitantes da época deveriam se alinhar com o calendário da Austrália e Nova Zelândia, saltando diretamente do dia 29 para o dia 31 de dezembro e passou de UTC -11 para o UTC + 13. Com isso, apesar de Samoa e Samoa americana estarem separadas por apenas 70 km, há uma diferença difuso horário de 24 horas entre elas. Enquanto são 9 da manhã de segunda-feira em Samoa, ainda são 9 da manhã de domingo na Samoa americana. Mas nós ainda não mencionamos a questão do horário de verão. Durante os meses de verão, alguns países adiantam o relógio em uma hora para aproveitar melhor a luz do dia e economizar energia. O Brasil utilizou o horário de verão por muitos anos, mas como estamos próximos da linha do Equador, a variação da luz solar entre o verão e o inverno não é tão significativa como nos países do norte do Globo. O governo brasileiro decidiu encerrar a prática em 2019. Além disto, muitos países também têm deixado de utilizar o horário de verão por considerar que ele traz mais problemas do que benefícios para a sociedade. Assim, os fusos horários e a linha internacional de data são essenciais para organizar o tempo do planeta. Eles demonstram como a humanidade precisou se adaptar para criar um sistema que nos permite sincronizar nossas atividades, facilitando o comércio, a comunicação e as viagens entre diferentes regiões do mundo. Sem os fusos horários e a linha internacional de data, seria praticamente impossível coordenar a vida moderna como conhecemos. Se você gostou deste vídeo, deixe o seu like e compartilhe com seus amigos. 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