A guerra da União Soviética em Angola!

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เฮ Comunidade da escola do canal Arte da Guerra. Seja membro de uma comunidade pioneira no Brasil que oferece um ambiente virtual dedicado ao debate profissional e aprofundado sobre defesa e geopolítica. Assine agora, participe e diferencie-se nos debates sobre os desafios do mundo contemporâneo. Comunidade EADG, um espaço exclusivo para debates estratégicos. lá combatente do canal Tag. Tudo tranquilo aí? Tá me ouvindo aí, Coutinho? Perfeitamente. Tá chegando aí, tá? Boa noite aí. Boa noite, coronel. Gente, deixa eu eu falar uma coisa para vocês. Hoje eu tenho o prazer de trazer aqui para vocês aquele que eu considero, você já sabe, eu não preciso nem dizer, mas tem sempre gente nova na live, né? O coronel Coutinho, para mim um dos melhores analistas e comentaristas militares do Brasil, tá? A gente tem assim, graças a Deus, nós conseguimos juntar uma pleiad aí de estrelas mesmo da análise militar na nossa comunidade. Eu falo sempre que não é o arte da guerra, é o arte da guerra e parceiros. E o coronel Coutinho que fala russo, já foi adido na Rússia, conhece muito a Ucrânia, esteve em Angola também, tá? Ele tem um Telegram excelente que é o Guerra Russoana. O link se encontra aqui na descrição, tá? Como Coutinho é veterano de dois países assim que eu acho interessantíssimo pro estudo da geopolítica, que é Angola e Rússia, a gente troca muita figurinha, né? Eh, ele falou: “Ô, Robson Maora, queria fazer uma apresentação lá sobre Angola.” Falei: “O dia que você quiser”. E calhou, a gente conseguiu aí trazer ele hoje aqui, tá? De maneira que, Coutinho, seja bem-vindo a Bod, o show é seu. E eu peço, gente, já antes de começar a live, o Telegram do Coronel Coutinho se encontra aqui na descrição, vamos se inscrever lá, tá? Que vocês vão ter atualizado aí nos estudos da geopolítica com aquele que eu considero um dos melhores analistas do Brasil. Coutinho, show é teu. Bom, obrigado, comandante. Agradeço aí a as palavras, como sempre e cumprimento a toda a nossa assistência, essa assistência enorme aí do do canal Arte da Guerra, que é realmente uma um grupo diferenciado e que tem feito bastante diferença aí eh no nos estudos dos temas geopolíticos, nos estudos de tema de defesa. Eu me sinto muito honrado cada vez que venho aqui eh ao Arte da Guerra participar das lives do comandante Farinado. Então é, fico muito feliz, realmente. Cumprimento a todos, uma boa noite para todos aí. Bem, então é como o comandante falou, né? Eu tenho essa experiência também em Angola. Eu participei de duas missões de pais em Angola. em Angola uma missão chamada Unaven 3 e depois uma missão chamada Monua. Unavenem 3 eh foi uma missão assim mais pesada, né? A gente vive que teve tropa brasileira lá. Eu não fazia parte da tropa brasileira, eu era eu era do staff da ONU. Eh, não não tava ligado à tropa brasileira, pelo contrário, eu tava ligado a uma tropa ucraniana. De vez em quando eu comento isso aqui, né? que eu fiquei ligado a uma tropa ucraniana lá, uma tropa de engenharia que tava dentro da minha área de responsabilidade. Eu era assim o coordenador do apoio logístico, né? E também tinha uma um um esquadrão de helicópteros russo, tá? E isso eu tô falando em ídos de 1996, 97. Eu sempre destaco isso aqui, porque isso foi logo a seguir do fim da União Soviética, né? Tô falando aí de 5 se anos depois. do fim da União Soviética, né, 5 anos, que terminou em 91, 92, né? Tô falando aqui de 96, cão assim, era muito recente. Então, praticamente eu tive em contato com dois duas tropas soviéticas ainda, né? que inclusive, por exemplo, a tropa ucraniana que eu fiquei quase três, 4 meses lá ligar diretamente convivendo com ele no dia a dia, morando dentro do dessa dessa unidade que era uma companhia de engenharia de pontes da Ucrânia. Eh, e era interessante porque muit aprendi muita coisa com eles. Na época eu já estudava russo e aprendi muita coisa com eles. Por exemplo, que o exército soviético, a, o idioma oficial do exército soviético era russo, né? né? Então, todo mundo falava russo. Eu vi o pessoal falando alguma coisa ucraniano lá de vez em quando. Eu até pedi pro pessoal falar, era como se fosse assim para mim, né? Na época não não falava tão bem assim em russo. Eu fiquei bom em russo depois dessa minha experiência lá, nessa imersão total que eu fiquei junto com eles lá. Eles não falavam inglês, não falava outro idioma, não falava português. Então eu eu até fiquei lá mais tempo justamente por isso, porque o intérprete deles era um um capitão e esse capitão pegou malária e teve que ser evacuado. Então eles ficaram incomunicáveis porque eles só falavam russo ou ucraniano, né? E precisava de alguém lá para ajudar a fazer os relatórios e etc. Então eu fiquei lá esse período até esse capitão poder voltar, que demorou um bom tempo, ele teve que ele teve uma uma malária muito séria. Bom, então eu vou falar sobre essa minha experiência em Angola, mas assim de um aspecto que é muito pouco falado e conhecido, que é a época da independência de Angola, que eu não peguei lá, eu não vivi essa época. Eu tive lá em, como eu falei, em 96, 97, né? A independência de Angola foi na década de 70, né, 75, 76 por aí. Eu não estava lá, obviamente. Mas, mas eh por cargas diversas contingências do destino, eu fui testemunha de algumas coisas que me acenderam a luz para a forma como a Angola adquiriu a sua independência, tá? E é sobre isso que a gente vai falar hoje. Vai falar sobre o período da independência de Angola, o Brasil em relação a isso, tá? O Brasil em relação a isso e a União Soviética em relação a isso, tá certo? Então, eh essas Angola, Brasil, União Soviética em tempos de Guerra Fria, tá? Porque o Brasil em tempos de Guerra Fria recon foi o primeiro país a reconhecer independente de Angola. inclusive no dia da solenidade lá de declaração de independência, o único, vamos dizer, diplomata que não era, vamos dizer, africano, que não era russo ou da que era do Ocidente, vamos dizer assim, era do Brasil, porque foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola. O que que o Brasil tava fazendo ali, né, no MPLA, em Luanda, num movimento que era claramente apoiado pela União Soviética. Isso em tempos de guerra fria. É isso que a gente vai falar um pouco aqui hoje, tá certo, comandante? Então, se normalmente eu faço um break aqui agora, caso que tem alguma coisa para falar. Não, eu só vou pedir, pessoal. Gente, olha só, vou pedir o de sempre. Vamos dar o like, compartilhar, botar nos grupos de Telegram, WhatsApp, Facebook. E eu peço uma um favor especial para mim. Não vou pedir nem pro coronel Coutinho, não vou pedir para mim, é um favor para mim que vocês estão fazendo, que se inscrever no Telegram do nosso amigo Coronel Coutinho. Por que que eu falo isso, gente? Coutinho não tá aqui à toa. Tá aqui porque é bom para caramba. Eu falo sempre isso, pessoal que a gente traz aqui, eh, eu não tô fazendo nenhum favor para eles. O cara tá aqui que é bom, ele é ele é melhor que eu. Essa que é verdade. Eu, a turma que eu trago aqui é o pessoal que eu sei que é melhor que eu, gente. Então, vamos se inscrever. Vocês vão ganhar muito com isso. É a verdade. Vocês vão ganhar, tão ganhando muito com isso. Vocês vão aprender muito. Na nossa época de garoto, Cotinho, a gente é contemporâneo, a gente não tinha essa oportunidade que vocês têm hoje, gente. Eu vi o profissional com essa bagagem, com essa experiência toda falar para vocês. Então, aproveitem isso aí. O que a gente pede para vocês é apenas isso, é o engajamento de vocês. Coutinho, hoje eu sou só operador de picap, o show é teu aí. Não, eu quero quero lançar a mão também dos seus conhecimentos. comandante teve recentemente lá em na Rússia, né? Ele teve contato com com a Associação de Veteranos de Angola, que eu tenho, diga des passagem aqui, eu tenho honra de fazer parte da Associação de Veteranos de Angola. Eh, vou comentar sobre isso aqui também um pouquinho mais para frente, comandante, se puder passar então o primeiro os nossos slides, aí eu sempre preparo alguns slides assim pra gente pra gente colocar, deixa eu só mostrar os livros aqui pro pessoal Ctinho, aí eu eu já coloco você aqui na na tela aqui. Gente, eu tive lá na Rússia, eu ganhei do título do Sputnick esses livros aqui, Batalha Histórica de Kifandongo, tá? Isso aqui é escrito pro russo Sergei Colomim. É a Associação de Veteranos de Angola. Aí o os herdeiros do kifangondo. É interessantíssimo. Isso que não tem literatura disso aqui no Brasil, tá? E a União Soviética e Cuba na guerra em Angola. É uma guerra que precisa ser descoberta pelos brasileiros. Hoje vocês vão ter uma oportunidade maravilhosa aí de ver o coronel Coutinho falar isso. Coutinho, tá contigo aí? Deixa eu só colocar aqui. Pera aí, deixa eu acertar as picaps aí. Opa, pera aí, pera aí. Pronto. É teu show. Então, então, deixa eu só mostrar aqui. Eu também tenho uma na minha biblioteca aqui algumas coisas. Tá em russo, né? Mas é algum esse livro aqui. Bom, isso que tá escrito aqui significa nós estivemos juntos em Angola em 1975 a 92, que é o a história de toda a participação de de uma missão russa, né, que teve lá nesse período. Bom, então nós vamos falar aqui sobre Guerra Fria, o Brasil e Angola. Esse é o nosso tema geral aqui, como eu já tinha adiantado. E para introduzir esse tema, eu gostaria de apresentar dois. Comandante, é o eu sei que acho que o arte da guerra tem um desconto aí na para comprar livros na Amazon, alguma coisa assim, não tem? Tem. É, não é que é um descontohinho, os livros que a gente que o pessoal compra eh revertem aí para nós temos uma comissão no Arte da Guerra, a Amazon Stino uma comissão que a gente usa para muita coisa aqui no canal. Só, só para vocês ter uma base, gente, vou contar um negócio para vocês. Existe um programa chamado Team Fic, que a gente usa ele para manter escola. Esse programa é R$200 por mês, gente. Manter um canal, se você quer fazer uma coisa profissional, é fazer capa, tudo custa dinheiro fazer um canal, gente. Fazer capa custa dinheiro. Você manter a escola num hospedada custa dinheiro. Então, a gente usa esses essas verbas da Amazon, etc. para essas atividades. Mas fala, Coutinho, desculpa aí, que que você queria? Não, não. Então, já vou fazer uma propaganda aqui passar o próximo slide. Dois livros aqui que eu recomendo imensamente para todos. Esses dois livros aqui. Um se chama a espada e o e o escudo, que é o símbolo da KGB, né? E o segundo é esse The World was going our way, ou seja, levando o mundo à nossa maneira. Os dois livros são são sobre a KGB. Tá. Não sei se você já ouviu falar desse dessa pessoa aí chamada Vasili Mitrokin. Já ouviu falar dele? Não. Eh, comandante Vasili Mitrok é uma pessoa, para quem quer conhecer tudo do período da Guerra Fria, tem que conhecer a história de Vasili Mitroken. Vasili Mitroken, ele escreveu, foi coautor desses dois livros. O primeiro deles, esse o a a espada e o escudo, ele foi o primeiro volume e ele conta a história de tudo que ocorreu entre a KGB e Estados Unidos e eh e a atuação da KGB nos Estados Unidos e no Ocidente, na Europa, vamos dizer assim, Europa OTAN, vamos dizer assim. E aí depois na segunda fase foi escrito o segundo livro que se chama Levando o Mundo à nossa maneira, que era as relações da KGB com os países do terceiro mundo, tá? Mas ele me trokem, ele não escreveu esse livro sozinho, ele ele escreveu uma parceria com esse autor chamado Christoph Andrew, que eu conheço ele, já até mandei, troquei mensagem com ele, que eu fiquei tão interessado depois que li isso, que eu queria obter mais informações, porque nesse volume dois aí, que eu recomendo muito vocês comprarem ela na Amazon, tá em inglês, infelizmente não, esse livro não existe em português, infelizmente. Eh, esse livro ele ele foi coautor, o coautor do Vasili Mitrov Andrew, que é um pesquisador de de Cambridge. E esses os chamados arquivos Mitroken estão hoje guardados lá na biblioteca da Universidade de Cambridge, no Estados na na no Reino Unido. E e assim, tem muitas informações que eu queria saber sobre o Brasil dessa época e que não estão escritos no livro. Eu falei pessoalmente, eu mandei um e-mail para ele, ele quis falar comigo, conversei com o Christoph Andrew e ele me disse e falou: “Olha, eu não botei tudo que tinha do Brasil porque tinha muita coisa para falar, outras coisas mais importantes, mas tá tudo lá nos arquivos, nos arquivos de Kenj, é só ir lá e pesquisar esses arquivos hoje estão tão eh disponíveis para pesquisa, tá? Então, eh, esse, essa história do Vasilen, ela é muito, muito, muitíssimo importante. Eh, comandante, tá tá na escuta aí? Se puder, pode falar, pode falar. Eu só tô, se puder só passar o próximo próximo slide, mas senão eu vou vou adiantando aqui. Vamos lá. Não, vamos lá. Eu tô aqui do lado. É que como eu tô manejando a biblioteca aqui, eu tô eh evito colocar a câmera, mas eu você falar que eu tô aqui do lado, tá bom? Então aqui eu tô falando, quem que é esse Vasili Mitroken, afinal de contas que eu tô falando? Vasili, ele era um arquivista da KGB, ou seja, ele era um funcionário burocrático, ele não era um operacional, ele não era um cara de inteligência, ele era o cara que guardava os documentos, relatórios, ele era o arquivista, vamos dizer assim, tá? E ele trabalhava num departamento específico que era o chamado primeiro eh diretório principal. O primeiro diretório principal da KGB era responsável pela inteligência externa da KGB. Em 72, no meio, no aul da Guerra Fria, foi feita uma reforma lá no no Lubianca, que é o prédio da Cajeb Moscou. Ela existe até hoje. Foi feita uma reforma lá, ele teve que tirar os arquivos e levar para outro lugar e depois trazer tudo de volta. Nessa de tirar lá e trazer tudo de volta, ele começou a ler todos aqueles documentos que estavam arquivados lá, tá? Ele teve tempo para fazer isso. E nessa de lê tudo aquilo, aqueles arquivos da KGB todinhos, de todos os arquivos da KGB, da inteligência externa da KGB, todo tudo que foi produzido em termos de inteligência tava lá. Naquela época não tinha muitos computadores, aquela coisa toda, não tava digitalizado, era papel. E ele começou a tomar nota de tudo. Ele copiou todos esses arquivos, grande parte aquilo que ele achava que era mais importante. Ele copiou manuscrito os esses documentos e foi copiando isso e copiando e passou vários anos copiando à mão todos aqueles arquivos ali e levava pracha dele. Ele tinha uma dacha próxima coacha era aquela como se fosse um sítio, né? Um terreno, um lotezinho com uma casinha ali que os russos f um final de semana desde a época da União Soviética. Soviético ia para lá passar uma carne, fazer um, sei lá, plantar uma coisinha. E normalmente todo mundo tinha uma Dascha. E ele fez um arquivo lá na Dacha, um arquivo paralelo da KGB, com milhares de documentos, milhares. E com o colapso da União Soviética em 1991, ele viu ali uma oportunidade, não sei se para ganhar dinheiro ou qual foi o ideal dele. Lá na história dele, ele conta que foi por idealismo, porque ele não concordava com o comunismo, etc. Mas o fato é que ele pegou eh os primeiros países em 91 que ficaram independentes foram os países bálticos, né? E era como se fosse a União Europeia. Você saía de um lugar para outro, aí não tinha fronteira, não tinha nada. você morava na União Soviética, você se deslocava, ele se deslocou até a Letônia, a cidade rica, tá? Com esses arquivos dentro da num carro dele, num trab de um lado daquele ali, e foi lá, se mandou lá paraa Riga com todo aqueles arquivos numa caixa, em seis caixas, e chegou lá e foi na embaixada dos Estados Unidos e falou que queria oferecer aqueles documentos. O pessoal dos Estados Unidos ficou desconfiada e disse: “Não quis conversa com ele”. Aí ele falou: “Caramba, o pessoal não quis meu material não quis nem olhar”. E aí ele foi na embaixada do Reino Unido. E aí na embaixada do Reino Unido, o pessoal falou: “Não, traz aí alguma coisa pra gente dar uma olhada”. E ele trouxe. Quando o pessoal viu que ele tinha, imediatamente ele foi recebeu, vamos dizer assim, uma proteção lá, né? Ele foi, ele reuniram a família dele toda lá e depois ele foi, vamos dizer assim, extraído, filtrado da da Letônia e foi lá para Londres com todo aquele arquivo de tudo que a, vamos dizer assim, a KGB tinha produzido durante toda a Guerra Fria sobre todos os assuntos que possam imaginar. E como eu disse, esses arquivos hoje estão disponíveis para consulta na Universidade de Cambridge. Essa é considerada a maior e mais abrangente, vamos dizer assim, eh fonte de inteligência jamais subtraída de qualquer situação na história da inteligência de qualquer país que se possa imaginar. É porque simplesmente ele ele transmitiu toda a informação que existia, tá? Então é considerado o maior vazamento de inteligência de todos os tempos. Mas isso na Rússia não fez muita diferença porque a União Soviética, na Rússia não, na União Soviética, porque a União Soviética tá acabando mesmo, Guerra Fria, ninguém deu muita bola para isso. Mas o fato que esse é um documento histórico importantíssimo, importantíssimo. E como eu disse, né, esses fruto desses arquivos aí foram publicados aqueles dois livros. O primeiro livro, como mostrei, ele trata das questões do ocidente e o segundo livro trata do terceiro mundo. E como eu falei, do terceiro mundo, ele trata de África, trata de América Latina, coisa que nos interessa. E e aí o segundo livro que eu recomendo muito vocês lerem, se tiverem a oportunidade de comprar e adquirir, vale muito a pena, porque vocês vão entender muita coisa do que aconteceu naquele período. Você podia passar o próximo slide, por favor, comandante. Bom, então vou falar desse livro aí que é o volume dois, né, que é o o mundo indo à nossa maneira, né? Então, vamos dizer, o escudo e a espada no Brasil, eu chamo isso, né? Ou seja, a KGB atuando no Brasil entre 68 e 75, que é quando eles ele elaborou esses esses esses arquivos, vamos dizer assim, dele. Eu vou mostrar aqui no próximo slide, como a gente puder passar, talvez fique pequeno aí, mas eu vou vou ler alguns trechos que eu separei do livro. Então, primeiro aqui ele dizia o seguinte, que o Brasil era um país importante por volta de 74, tá em inglês aí, mas eu vou traduzindo aqui, lembro, era uma das cinco principais prioridades da União Soviética na América Latina. É, então ele assim, ele falou que era um um país grande, ele ele faz elogios aqui, né? Os relatórios faziam elogio dizendo que o Brasil era uma potência do futuro. Olha só, a União Soviética falando isso em 74, né? eh tava adquirindo características importantes e estava, vamos dizer assim, cada vez mais se engajando em questões da geopolítica internacional, da arena global, tá? O único problema que eles tinham, segundo aí, é que eles tinham uma limitação, porque nós estamos na Guerra Fria, então eles tinham uma existia embaixada da União Soviética aqui no Brasil. Quem conhece Brasília sabe que a embaixada da União Soviética fica bem do lado ali da eslanada dos três poderes, do lado da embaixada americana. São as embaixadas mais bem localizadas que tem aqui em Brasília são embaixad Rússia hoje, né, que na época era da União Soviética e da dos Estados Unidos, tá? E a única dificuldade que eles tinham é que eles tinham pouca gente aqui por limitações de efeito. Todo mundo sabe que quando você tem embaixadas em dois entre países, existe um limite de pessoal que você pode locar ali de embaixad de de diplomatas e outros cargos, né? O pessoal de inteligência sempre tá ali no meio. E particularmente esse livro ele entra muito em detalhe a respeito de como é que a KGB estava, vamos dizer assim, altamente infiltrada nos setores teoricamente diplomáticos da sua embaixada, tá? Eles tinham dificuldade de locar pessoal da KGB aqui no Brasil por limitações de efetivo, por pelo acordo que existia entre a União Soviética na época e o Brasil. Lembrando que nós estava na época da Guerra Fria, né? Bom, ele cita aqui também que uma fata interessante, interessantíssima, isso aí um uma parte bastante extensa lá do livro, que a principal fonte de inteligência que eles tinham eram inteligência de sinais. Eles tinham uma estação de monitoramento que funcionava na embaixada da União Soviética aqui em Brasília, ali dentro da embaixada que monitorava, que fica praticamente logo atrás da do nosso Itamarati, hoje em dia, no Ministério das Relações Exteriores. E ali eles monitoravam todo o fluxo dos que na diplomacia se chama dos telegramas, né? tudo que vem e sai de mensagens criptografadas entre as nossas embaixadas no mundo inteiro e aqui, tá certo? Isso se chama na linguagem diplomática telegrama. Então eles eles tinham acesso completo e absoluto a tudo que transmitia. Segundo lá o se diz no livro, esses as chaves criptográficas eles tinham conseguido por meio de de alguns embaixadores e vou falar nisso depois, tá? E então eles cita lá no livro que tinham mais de 19.000 mensagens que eles tinham capturado entre nosso Itamarati e suas embaixadas, tá? Sendo que dessas 19.000 tinha 2.000 telegramas que eram confidenciais, tá certo? Era a principal fonte de inteligência que eles tinham aqui no Brasil. Mas também eles tinham outra intelig, como eu falei de embaixador, eles tinham um embaixador que era que trabalhava para CGB, o nosso embaixador que trabalhava para CGB e que eh ele foi, vamos dizer, recrutado quando ele estava numa embaixada no exterior, onde tinha grande ligação. Ele não diz qual é o país, mas segundo ele tinha grande ligação com a União Soviética. E ele foi recrutado lá e veio e começou a trabalhar para KGB, nosso embaixador. Provavelmente foi ele que cedeu as chaves criptográficas, porque ele tinha um embaixado e também começou a recrutar outros diplomatas brasileiros para trabalhar também para KGB, pelo menos ele cita lá três. Pois não, só um minutinho. Aí vocês verem o nível de infiltração que a KGB tinha, gente, até aqui no Brasil. Ah, é só para vocês verem. Esses caras não brincavam em serviço, não. Desculpa te interromper, Cotinho. Não, não. Pois é. Não brincava em serviço. E esse o codome dessa embaixadora Isot, não sei o que que significava isso, mas o fato é o seguinte. E ele era um agente pago. Ele lá diz que ele era um agente pago, tá certo? Ele não tava ali por por ideologia nem nada, ele era pago por isso, tá? E aí ele uma outra parte lá, ele começa a falar da liderança brasileira, inclusive do Goblido, Cout Silva, general Golberi do Cout Silva, que foi chefe do SNI brasileiro e foi justamente ele, fazendo um parêntese aqui, né, o arquiteto da nossa, do nosso pragmatismo responsável, que era, vamos dizer assim, a tônica da nossa diplomacia na época. E isso que levou o nosso reconhecimento da independência de Angola naquela época. totalmente fora da curva. Só para quem não conhece, Gover Coto Silva foi um geopolítico, ele era militar, ele na época ele era general, mas desde coronel ele trabalhava na ESG, ele foi, vamos dizer, o responsável por implementar eh o estudo de geopolítica na ESG, desenvolver estratégias na ESG para que serem implantadas no governo. Por exemplo, o plano quinquenal do Jcelino Kubichek, aqueles planos quinquenais que o Jcelino Kubichek tinha para desenvolvimento do país. Surgiram lá na ESG sobre a inspiração de Goberi desde essa época, eu tô falando de década final da década de 50, tá? E aí influenciou o governo Jcelino, influenciou a mudança da capital para Brasília e depois o o Goberil foi chefe do SNI e depois ele foi chefe da Casa Civil. Nessa época, 74, a partir de 74, 75, ele era chefe da casa civil do governo Ernesto Gaiso. Então ele fala lá que e fala especificamente que o Goberi tinha contatos com a União Soviética, provavelmente contatos esses que nunca ouvi relatos por aí, mas já suspeitava que haveriam. Ou seja, essa questão do reconhecimento de Angola era uma coisa que estava nos escritos de Golberi, ou seja, ele tinha uma visão geopolítica. Ele era um geopolítico, ele era um alguém da teoria, desenvolvedor de teoria geopolítica. Ele tem vários livros escritos. Vou falar nesses livros daqui depois mais pro final. Mas ele ele, vamos dizer, ao longo de nossa história, nós tivemos pouquíssimos geopolíticos que transpegaram a teoria geopolítica e levaram paraa nossa estratégia de país para criar uma grande estratégia. Golberi fez isso, tá? Ober fez isso. Nós tivemos outros, por exemplo, eu poderia citar Pandia Lojas, mas lá na época do Pandia Lójas nem se falava muito em geopolítica. Na começou-se a falar em geopolítica na época de Pandacaló. O primeiro livro de geopolítica escrito no Brasil nos anos 30 foi prefaciado por Pandiaca Lógica. Esse livro foi de autoria do Mário Travaços, que também era militar, tá? Foi o primeiro livro de geopolítico, projeção continental do Brasil. primeiro livro de geopolítico escrito aqui no Brasil, prefaciado por pan de Caló. Então são e Panal foi ministro na fazenda, ministro da guerra. Então ele ele ele foi um outro que migrou conhecimentos geopolíticos para a estratégia do país, coisa que nós não temos hoje mais. Nós não temos mais nenhuma escola geopolítica nacional e muito menos grande estratégia, tá? E muito menos grande estratégia. Nessa época aqui que eu tô falando, nós tínhamos, nós estávamos em tempos de Goblido do Couto Silva na Casa Civil, um cara que criou uma grande estratégia pro Brasil. Eu vou falar nisso mais para frente um pouco. Então isso é o livro. Vou fecha o capítulo do livro, não vou falar mais do livro, vamos falar do que que aconteceu nessa época. Depois vai passar, com Vamos lá. Hoje eu tô só de operador de picap aqui, gente. Então separei algumas fot. Então aqui, ó. Tá vendo? Tá vendo? Aqui tem um mapa no meio que mostra Angola e aí tem áreas que estavam dividid em Angola, não tá dando para ver ainda, mas tem áreas aí que são controladas pela Frente Nacional de Libertação de Angola, que ficava mais ao norte, tá? ali pro lado de cabina ali ao norte de Luanda, uma área mais central que estava com o MPLA, que era aliado, vamos dizer que era de esquerda comunista, né, aliado à União Soviética e de Sul, o o a UNITA que era ligada, apoiada pelos Estados Unidos e apoiada pela África do Sul, tá? Ou seja, a UNITA tinha tropas da África do Sul, o MPLA tinha tropas também, só que não era da União Soviética. Existiu uma missão militar da do da União Soviética lá em Angola apoiando, mas era só de coordenação, era fornecimento de material, custos, etc. A tropa mesmo era cubana, tá? Vinha de Cuba. Então assim, tinha uma tropa do MPLA apoiada por Cuba, uma tropa da UNITA, União Nacional pela Independência Total de Angola, apoiada pelos Estados Unidos. Ou seja, Angola era um palco muito importante da Guerra Fria, tá? E por que que nessa confusão toda o Brasil ficou do lado da União Soviética, né? Por que que o Brasil ficou do lado da União Soviética? Gás e Goblberi do CTO Silva de um lado. Do outro lado eu botei uma foto aí, tá vendo? Era o o ministro da defesa de Angola. De um lado dele teve o chefe da missão militar eh da União Soviética, que era um general soviético. Do outro lado tava um general cubano, que era o chefe das tropas cubanas e do outro lado ali um civil era o embaixador da União Soviética em Angola. Por que que o Brasil foi para esse lado? E por que que o Brasil não apoiou a UNITA, que era eh francamente apoiada pelos Estados Unidos? Estamos plena Guerra Fria, tá? Vamos descer um pouco aí então. Próximo slide, por favor. quiser interromper aí para algum comentário, comandante, não, não. O show é teu aí, tá maravilhoso. Tô aprendendo muito aqui. Uma noite de grande aprendizado aqui na nossa comunidade, gente. Bom, então vamos falar do contexto geopolítico de Angola, naqueles ídolos aí de 74, 75, tá? Angola era um território estratégico da Guerra Fria, tá? estrategíssimo, porque a partir de Angola, a partir daí houve diversos outros movimentos apoiados pela União Soviética e tal. Moçambique foi outro caso, mas outros tantos aí mais no no Sael, né, etc. Mas vamos nos ater que no caso de Angola era um palco importantíssimo da Guerra Fria, o apoio, como eu falei, o apoio soviético para o MPLA, Movimento Popular paraa Libertação de Angola, com José Eduardo dos Santos, né? no hoje até há pouco tempo ainda tava lá na presidência e o apoio americano a UNITA, tá? Que a UNITA era apoiada, vamos dizer assim, pelos Estados Unidos, como eu falei, tinha tropas da África do Sul combatendo em Angola. A UNITA quase, naquele mapinha que eu mostrei anterior, quase a UNITA chegou em Luanda. Quase que o UNITA conquistou Luanda. Esteve um passo de conquistar Luanda foi quando chegaram as tropas cubanas. Aí a partir daí, eh, o MPLA conseguiu conter o avanço da UNITA e reverter esse avanço, tá certo? Bom, a presença militar cubana era coordenada com a KGB e eu vou entrar nesse detalhe aí e aí eu vou chegar lá na Associação dos Veteranos de Angola, tá? E a atuação da KGB em Angola. Aí volto lá o nosso livro do Mitroken, tá? que tem lá um capítulo inteiro dedicado à Angola. Então, a tinha apoio direto ao Impliar, fornecimento de treinamento, fornecimento de armamentos, fornecimento de logística, campanhas de propaganda e desinformação. Angola como base influência soviética em todo o Atlântico Sul. Tá? Esse era o quadro. Por que o Brasil apoiou isso? Vamos em frente. Poder passar o próximo slide? Pode passar o próximo slide. Então vamos ver aqui como é que era, como é que era a nossa política externa nessa época. Era o pragmatismo responsável que eu falei que foi, vamos dizer assim, gestado com todo o trabalho de uma vida de Goberi Cout Silva desde os anos 50 lá na ESG e chegando no governo, tá? Ele era conhecido como o mago ou bruxo, né, pessoal? Era o apelido que ele tinha, né? Eh, porque ele era, vamos dizer, o célebro, vamos dizer assim, do governo do governo da estratégia, né, do governo Gais. Então, ele buscava o protagonismo no terceiro mundo e aproximação com a África. E aí vem um fator interessante que isso surgiu em algumas conversas com as pessoas do associação de veteranos. Particularmente, eu vou falar aqui uma pessoa lá que que era presidente da época que eu estava lá, presidente da Associação de Veteranos de Angola, uma pessoa chamada eh Stanislave Chuva No vou falar mais sobre ele aqui, mas muito que eu vou começar a falar a partir de agora foi fruto dessas conversas com Stanislav Schuva, que era o presidente da associação de veteranos. A guerrilha no Brasil foi derrotada em 1974, você lembrar disso aí, né? Guerrel lá do Araguaia, que tava lá no Marabá, naquela região ali, né? Ela foi derrotada em 74, justamente nesse período onde essas conversas para a independência de Angola estavam em alta rotatividade entre Brasil e União Soviética, tá? E veja bem, eh, eu não tô querendo, eu não estou querendo afirmar aqui que a União Soviética forneceu algumas informações importantes pro lado, vamos dizer assim, do governo do Brasil aquela época em relação a essa guerrilha. Mas é muito provável que sim. É muito provável que sim. Eu não tenho como provar isso porque nem no livro do Mitrock e nem nas conversas que eu tive com Stor Laço Chuva nove, ele me abriu isso assim com todas as letras. Mas por isso que eu queria um dia, se eu tivesse essa oportunidade de ir lá pesquisar esses arquivos que estão lá na Universidade de Cambridge, porque lá tem essa resposta. Ô Coutinho, mas você sabe que isso que você tá falando é de todo improvável, não, gente. O jogo geopolítico é um jogo sujo, tá? Você pode ter uma guerrilha aí apoiando. Se ela não interessar mais, meu amigo, se sobre subiu um interesse, apareceu um interesse maior, aí o pessoal te rifa numa boa. Eu não duvido disso não, viu? É, eu assim suspeito de tudo que eu estudei esse tempo todo que essa guerreira no Brasil foi rifada e em troco disso o Brasil apoiou a independência de Angola. Bom, mas vamos continuar aqui. Justamente nessa época que eu tô falando, foi criada uma representação especial do Brasil em Luanda, em Angola, na sede do MPLA, tá? Não tinha embaixada. A Angola não era independente ainda e tinha uma representação especial. Ela foi criada em 22 de março de 1975, mas é eh nosso pessoal já esteve lá antes disso. Justamente. Eu tô falando que a guerrilha aqui terminou, foi derrotada, né, em 1974, assim com um passe de mágica, né, todo mundo foi pego assim de uma hora para outra. Bom, o reconhecimento brasileiro da independência ocorreu em 11 de novembro de 1975, ou seja, logo depois, né? Então, a nossa representação lá precedeu quase um ano a independência de Angola, tá? Os angolanos sequer tinham declarado independência ainda. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer o governo do MPLA. Como eu falei na cerimônia lá, o único ocidental que tava lá, vamos dizer assim, que não era o lado, vamos dizer, da Guerra Fria ocidente, era o brasileiro, era representação brasileira. A a decisão, essa decisão foi tomada no governo Ernesto Geser Civil, que eu já tava falando aqui. E essa nossa escritório de representação foi transformado numa embaixada em somente em 1976. Puder passar a próxima eh slide, por favor, comandante? Olá. E aí vamos falar de algumas personalidades importantes, tá? que, vamos dizer assim, os nomes não constam lá no livro do Mitroken. Talvez constar lá em Cambridge, talvez possa encontrar esses nomes. Mas o esse o chefe desse escritório de representação do Brasil em Luanda era um um embaixador chamado Ovídio de Andrade Melo. O vídeo de Andrade Melo, a gente vai falar um pouco dele mais paraa frente aqui, tá? para entender qual foi o que que o vídeo de Andrade Mé teve a ver com essa história toda. E outra pessoa importante é justamente Stanislaves Chuva. É esse que eu falei que era presidente da Associação dos Veteranos de Angola, que tá nessa foto aí, esse esse de camisa branca aí que tá aparecendo na, vamos dizer na extrema direita aí dessa foto que tá apresentada. Standes lá Silva e é o vídeo de Andrade Melo. São pessoas chaves em tudo isso que aconteceu aí, tá? Não conheci o vídeo Andrade Melo, mas conheci Stanislav Chuva Noo e tive longas conversas com ele. Tá certo? Pode passar, por favor, a próxima imagem. Então vamos falar um pouco do vídeo de Andrade Melo. Ele era embaixador, tá? Foi chefe do escritório de representação e ficou lá até a criação da embaixada em 1976. Ou seja, ele chegou lá antes da independência de Angola e fez toda a coordenação, tá? Eles é, ele era os olhos e ouvidos da nossa diplomacia lá em Angola. Ele puxando a da memória aí do nosso livro do Mitroken, que eu já citei, que o embaixador que havia sido coptado pela KGB havia trabalhado numa embaixada onde tinha muito contato com, vamos dizer, com os países da cortina de ferro. O ovítio de Andrade Mélio, ele trabalhou na embaixada de Argel, na Argélia, que era um país à época com estreitas relações com o bloco soviético e era considerado o principal centro de articulação da independência dos países de africanos naquela época. Então ele trabalhava lá na nossa representação diplomática em Argel. Ele é um grande candidato para ser um daqueles diplomatas que eu citei ali lá, ou quer dizer, eu citei, não, né, que o Mitroen citou no livro dele, tá certo? E em 1975 ele foi designado chefe do escritório de representação do Brasil em Angola, ou seja, chefe do escritório de representação do Brasil junto à MPLA, porque não era Angola não era independente ainda. Angola tava dividida por três aí, né? Existiam três frentes. Holden Roberto com a Frente Nacional Libertação da Angola, o o MPLA e a UNITA, tá? E o e quem sucedeu lá foi um embaixador, sim, o Rodolfo Godói de Souza Dantas, que foi o primeiro embaixador em Angola, mas ele só assumiu em maio de 76, ou seja, desde que ele chegou lá, no começo de 75, o vídeo, ele ficou como na prática o embaixador de fato até maio de 76 ele ficou lá, tá certo? Depois ele saiu. Bom, esse é o vídeo de Andrade Melo. Ele é uma pessoa central em tudo isso que aconteceu aí. Não tenho dúvida nenhuma disso. Poder passar o próximo slide, por favor? Vamos ver um pouquinho aqui sobre Stanislav Chuva no essa foto aí. Conhece essa pessoa de boné aí, comandante? Pô, tá parecendo o Raul Castro, né? Não sei se é que parece, parece. É o Raul Castro. E quem tá do lado dele? El Tino, Eltino. E do lado dele tem um jovenzinho ali sorrindo, né, de camiseta de manga. Esse é o Stanislav Chuva Nova. Esse essa foto ficava no escritório dele lá na na Associação de Veterano de Angola. Eu cheguei o dia para professor, eu chamava ele de professor Stanislá. Falei: “Professor, que foto é essa?” Ele falou assim: “Ah, isso foi no dia que eu inaugurei a escola de inteligência lá em Cuba. Eu criei a a escola de inteligência em Cuba, ou seja, Stand Chuva. A partir desse dia, eu já sabia que o Stan Lava Chuva no era da KGB. Eu já suspeitava disso, mas depois disso não teve menor dúvida mais. Tá certo? Standislav Silvanov. Ele participou da instalação da missão soviética em Cuba em a partir de 1960. Organizou a escola de inteligência em Cuba. A partir daí, em novembro de 1966, aí ele começou a me contar a história dele lá em Cuba. Ele falou que em em 66 o Chegevara decidiu ir para Bolívia e ele foi radicalmente contra. Ele achava que o que o o Tiagevara não deveria ir paraa Bolívia, que ele ia correr um sério risco lá. E o o Chegevara rompeu relações com ele, achou que ele tava fazendo fofoca lá junto o o Fidel Castro, R Castel e tal. E aí queimou o filme do do Stand Chuva no em Cuba. E o Stand Chuva, ele teve que sair de Cuba em função dessa briga que ele teve com Tiagevada. Olha só o nível dessa pessoa, Stanzel Chovanal, que eu conheci hoje, ele deve ter um 80. Outro dia eu falei com ele assim, ele já na época que eu conversava com ele já tinha mais de 80 anos. Hoje eu tentei falar com ele ao telefone outro dia, é difícil porque ele já tá com a memória, ele fala muito, ele tem uma memória sensacional, mas ele começa a falar e não para. Aí você liga para ele, ele começa a falar, falar, falar, falar, falar, falar, falar, falar, e não dá. É impossível falar com ele. Mas assim, eh, pela função da idade, talvez, né? E ele tá apaixonado pel negócio de bricks. Ele só fala em bricks. Bom, mas aí você fala, começa um assunto com ele, daqui a pouco ele muda para assunto pro bricks. Então, bom, ele é essa cara e ele foi obrigado a deixar Cuba depois que ele brigou com Chegevara. Em 68 ele vem pro Brasil. Em 1968 ele vem pro Brasil. E lembra daquilo que eu falei lá do relatório do Mitroken? havia problema de pessoal na embaixada aqui. Então ele veio como adido cultural da União Soviética no Brasil, a função dele como se ele fosse diplomata, adido cultural da União Soviética no Brasil, Stanislave, chuva no tá certo? Poder passar o próximo slide, por favor? Com gente, vamos dar o like, vamos compartilhar uma live de altíssimo aprendizado. Tá sendo um deleite essa live aí. Então pessoal, vamos vamos dar o like, vamos compartilhar, tá? O pessoal que puder ajudar com super sticker, o super chat, eu falo sempre o seguinte, quando você dá um super sticker no super chat, mesmo que é R$ 1, R$ 2, gente, R$ 99, mas o motor do algoritmo do YouTube vai entender que a live tá sendo apreciada, vocês ajudam o crescimento do canal. Tá contigo aí, Pinho? Obrigado. Bom, então eu vi alguns comentários aí dizendo, ah, o pessoal, essa aula tá, o pessoal tá falando coisa impressionante. O pessoal não viu nada ainda. Est lá chuva no veio para cá. Segunda parte que você não vai conseguir falar tudo hoje. É, não, não tem não. Já já tô caminhando já pro final. O Stanis Lev chuva nova, ele veio pro Brasil como adido cultural. Vocês já ouviram falar do festival de Gramado? Sim. Já ouviam falar do festival de Gramado? Sabe quem criou o festival? Quem deu a ideia de criar o festival de Gramado? Stanislave chuva no pelo menos segundo ele me disse. E aí eu fui para pesquisar que é que começou esse festival de Gramado, 69, a época que tava no Brasil, tá? Então ele não tava mentindo para mim. Eh, ele falou também, você já ouviu falar de um tal de Mequinho, conhece Mequinho, que era o o principal enxadrista que o Brasil tinha? Nós não tivemos nenhum outro, né? Foi o primeiro e único enxadrista que nós tivemos aqui. Ele falou: “Você conhece já ouviu falar do Mequinho?” Falei: “Já, claro”. O mequinho, jogador de xadrez. Pois é, eu que levei o Mequinho para ser jogador de xadrez naquela época. Aí eu fui pesquisar a vida do Mequinho. Tem uma declaração do Mequinho aqui, ó. Essa essa reportagem tá no hque, nosso gambito da rainha. Brasil teve ídolo mundial de xadrez na Guerra Fria. Eu falei: “Caraca, o Chão tava falando a verdade comigo, ele não tirou isso do, ele não inventou esse negócio do alto dos 80 anos dele.” E aí tem uma nessa reportagem do Wall tá dizendo o seguinte: 69. Algumas vezes Mequinho queixou-se de perseguição da KGB, o serviço secreto da União Soviética. Porque que acontece? Que que ele fala? Eles estavam tentando pressionar o o Mequim para fazer um jogo com um enchadrista russo qualquer lá no meio da Guerra Fria. E parece que o governo não queria e jantou uma confusão. Então assim, tanto que depois disso aí o Mequin parece que tá vivo até hoje, deve ter 80 e tantos anos, não sei se ainda tá, mas até onde eu sei não é uma pessoa que é um arquivo de informações aí. Mequin. Então veja, festival de gramado 1969. 1969 Mequinho, tudo aquilo que o chuva estân lá, chuva nova me falou. aconteceu de verdade, tá? Então, veja bem, mas ele não trabal, mas ele era da KGB, ele tava ali nas horas vagas, ele fazia essas, ele me, ele me disse que conhecia e era amigo pessoal de Jorge Amado. Era, como ele era Dido cultural, ele conhecia todo o pessoal da área cultural do Brasil, pessoal, escritores, novelistas, ele conhecia todo mundo, tá? E era da KGB. Bom, pode passar aí que acontece depois disso, essa, justamente nessa época foi gerida toda aquela história de reconhecer a independência de Angola e de derrotar guerrilho no Brasil, justamente nessa época que ele estava aqui no Brasil, que ele ficou no Brasil até 74, justamente quando a guerrilha foi derrotada, tá? por coincidência ou não, o fato é que ele estava aqui. E em 74 ele encerrou seus trabalhos aqui no Brasil e foi para Angola, ou seja, ele saiu de Cuba, veio pro Brasil, em 74 ele foi para Angola e ele foi pro membro de foi como membro da missão da União Soviética lá em Angola, que foi criada em 1974. Olha, a missão da União Soviética foi criada em 74. A missão do Brasil lá foi criada em 75, um ano depois, só para controle. Eh, e foi instalado oficialmente nesse ano de 1975, junto com a missão brasileira lá, junto com aquele embaixador Ovídeio. O Ovío e o Chuva nove foram para Angola exatamente no mesmo período, só para só por coincidência. E o chuva no permaneceu lá até 1991. Permaneceu aí agora. E a e foi uma das pasagem interessante que ele conversei com ele, ele me contando porque ele tava lá em Angola quando a União Soviética tava acabando e ele vendo aquelas coisas, ouvindo, ouvindo aquelas coisas na mídia, essas coisas toda acontecendo lá e eles ficaram lá. Eles chegou uma época que eles pararam de receber informações, chegaram pararam de receber ordens, pararam de receber diretrizes de Moscou porque a União Soviética tinha acabado. Só que tinha uma missão da União Soviética lá em Angola. E aí um belo dia ele falou que reuniram lá e falou assim: “Olha, pessoal, acho que acabou, vamos embora. Cada um cuida de si a partir de agora porque acho que acabou isso aqui. Foi assim que acabou a missão da União Soviética e Angola, tá? em 1991, dezembro de 1991, porque eles se reuniram lá e falou: “Ah, daqui não vai mais paraa frente não, vamos embora, acabou, não tem mais nada que fazer aqui não.” 91, União Soviético já era independente, a Angola já era independente, tudo mais, né? Engraçado que nessa época Stanislave Chuva foi contratado pelo Brasil, inclusive ele anda com um brasão do Brasil aqui. Ele foi contratado pela, na época, eu não me lembro antes da antes, teve uma época que tinha a Serviço Nacional de Informações, o SNI, depois houve um outro órgão entre entre o SNI e o que é hoje a BIM. Não me lembro bem o nome do do órgão, não. Era até o embaixador que era o que era o coordenador desse órgão lá. Me deu um branco aqui na memória. Mas o Stanislav Chuva foi contratado pelo Brasil para ser agente, para ser informante, vamos dizer assim, desse órgão que existiu entre o e eh no final no governo ali na época do, vamos dizer assim, seria do governo Sarnei ali, vamos dizer assim, tá certo? Ele foi contratado como membro dessa, ele inclusive ele tem o brasãozinho que ele bota na lapela quando ele vai em eventos na embaixada brasileira lá. Ele usava isso, ele não vai mais porque ele ach tava com muita idade, tá? E além disso, ele é membro, fundador e presidente da Associação dos Veteranos de Angola. Então é nessas fotos que tem aí, né? Tem foto dele lá no tempo que ele chegou em Angolas, 74, mais para frente um pouco. E aí tá nessa foto aí falando com algumas esse aí já como presidente da Associação dos Veteranos. Essa Associação dos Veteranos de Angola, ela é muito poderosa hoje na Rússia. Se vocês forem, tem até uma foto que eu coloquei no no teu zap depois de eu apresentei a a eu mandei para você no zap comente, eu mandei o a palestra, tem uma foto lá de um de um de uma pessoa assim sentada numa mesa de terna e gravata. Aquela pessoa ali se chama eh eh é um dos negociadores da da Rússia nessa negociação com a Ucrânia hoje aqui. Chama-se Alexander Fomim. Alexander Fomim, ele era, trabalhava na missão de Angola. Para quem não sabe, lá, por exemplo, ele era militar, mas ele era militar intérprete. Existe a Universidade de Moscou, Universidade Militar de Moscou que forma os intérpretes. É uma arma, não é um uma especialidade, não é temporário, é uma arma como se fosse infantaria, cavalaria, tem intérprete. O Fomim é intérprete, a arma dele é intérprete. E os intérpretes normalmente são utilizados. Esse aí, esse do meio aí, Alexandra Fominho, conheço ele pessoalmente, tem o telefone dele aqui no meu celular, não funciona mais porque acho que ele não tá mais lá, porque ele era também da Associação de Veteranos de Angola. O pessoal que trabalhou como intérprete nessa área em Angola, hoje tá todo em posições chaves do governo Putin. O Alexander Fomim é o principal deles. Ele tá sentado aí. Essa foto foi tirada hoje na negociação lá em Istambul, tá? Alexander Fomin, conheço ele pessoalmente, tá? fala português melhor do que eu. Adoro o Brasil. Tá certo, Alexandra Fuminha é dessa época aí junto do quem me apresentou ele foi o Stanislav Chuva no tá certo? Bom, puder voltar lá o slide, então eh vamos lá. Então essa aí é é a figura do Stanislav Chuva nova. Então já vamos caminhando aqui pro final. Já são 9 horas também, não vou prolongar demais. Aqui eu botei essa essas essa imagem aí das minhas. Essas são as medalhas que eu ganhei em missões de paz, tá? Tem duas aí, aquelas amarelas e azuis ali são em Angola, das duas missões que eu participei, daven e da Monua. Aquela azulzinha ali mais à direita é da Minustá no Haiti. E a primeira foi uma medalha que eu ganhei dos russos quando eu tive na missão em Angola. E por que eu ganhei essa medalha da justamente da Associação dos Veteranos de Angola? Eu ganhei essa medalha deles. Por isso que eu sou, vamos dizer, membro honorário da Associação dos Veteranos de Angola. Eu vou explicar porquê. Nesse livro aí do embaixador Tarrista da Franceira, Brasil 60 anos, conta uma passagem que eu participei. Esse livro Brasil Six Year, tem em português também. Eh, e aí fala: “Dentre os vários incidentes que ocorreu envolvendo a a Monua, que era a missão que eu participava envolvendo pessoal da UNITA. Tá? Em 97, um helicóptero da Monua. Lembra que eu falei que os helicópteros lá eram russos, né? Eu falei que tinha um esquadrão de helicópteros russos lá na minha área. Um helicóptero foi detido em na cidade de Calibuti. A borda havia um time de observadores com militar brasileiro que é Jordneles do e e eu fiquei responsável para fazer a negociação com a UNITA para libertar esse esse helicóptero, tá? Fiz vários contatos, fui em vários lugares, falei com várias lideranças e para falar com a Nita era assim, você tinha que pegar a bicicleta, passar uma senha, pegar um cavalo e chegar para chegar lá na sede da Unita, porque elas eram guerrilha, tá? E para uma para uma informação chegar de um ponto a outro demorava um tempão, tá? Então eu tive que até que essa informação chegasse para libertar aquele pessoal, tentar fazer a negociação com as autoridades da UNITA para libertar aquele negócio, demandou um tempo. E eu fiz essa negociação pessoalmente, tá? E quase fui derrubado. Eu fui, quando eu descobri, quando surgiu a notícia que o helicóptero tinha sumido, nós tínhamos um avião lá também. Eu peguei o avião e fui no último ponto que o helicóptero tinha feito contato. E chegamos lá, sobrevoamos local, tava ali o helicóptero parado no meio de uma praça. E eu tenho essa foto. Eu tirei uma foto com minha máquina na época aqua, aquelas máquinas de filme da época, né? E gerou o flash e eu esqueci de tirar o flash, sei lá, não sabia. Tava no flash automático, eu tirei com flash. O pessoal que tava embaixo, depois eu não sabia disso, falou que o o pessoal chegou a dar ordem para apontar o RPG, porque o avião tava voando baixo para bater o o quando eu tirei a foto, eles chegaram a dar a ordem para bater o avião que eu tava, porque eu tinha tirado aquela foto, não sabia disso. Fiquei sabendo disso depois. Os russos sabiam disso. E aí os russos e aí com essa foto foi meu argumento para poder liberar esse helicóptero e e junto à liderança da da porque surgiu várias informações lá de que tinha aquele pessoal tava indo lá fazer reconhecimento e depois passava pro governo que era a UNOU tava trabalhando pro MPLA e não sei mais o quê. Tá aí acabou, a gente desfez toda por causa dessa foto que eu tirei e consegui resgatar o pessoal. Então, tá aí, por causa desse incidente, eu ganhei aquela medalha lá da Associação de Veteranos de Angola, tá certo? Foi só para vocês entenderem. Então, vamos para algumas considerações finais, comandante. Próximo slide. Falar um pouco aqui de que que a gente pode tirar de ensinamento de tudo isso aí, né? Da obra do nosso Golberido Contin Silva, ele tem esse mapinha aí. Esse mapinha é um globo terrestre com Brasil no centro, tá? Isso tá no livro do Goberido Cout Silva, tá? Ele escreveu esse livro em 1959, antes de tudo isso aí acontecer. E quando a gente vai na estratégia nacional de Defesa, quando a gente vê aquela ideia do entorno estratégico brasileiro, quem for lá vai saber entorno estratégico brasileiro, que é o a América do Sul, o a área do Caribe, o litoral atlântico da África e e Antártica. Olha ali esse que ele chamava de miciclo. O hemiciclo interior que é esse aí que tá bem no centro que eu tô apontando com a linha vermelha aí é justamente o nossa entorno estratégico de hoje que é a nossa estratégia nacional de defesa aponta. Isso não surgiu da cabeça de algum dominar agora do MD ou de sei lá na época da estratégia nacional de defesa foi feito. Isso foi feito pelo Goblito C Silva. Foi um uma das heranças do Goblito C Silva. Ele achava que o a África era importante, era uma área de interesse direto nosso, tá? E ele temia mais a doutrina Monro do que a União Soviética, tá? Ele temia mais a doutrina Monre do que a União Soviética. Se o Brasil quisesse ser alguma coisa grande, ele tinha que sair da doutrina M. Essa era a ideia do Gober do Cout Silva, tá? Então isso aí nós estamos falando de 59, Escola Superior de Guerra, tá? Foi por isso que o Brasil se posicionou daquela forma. A forma como ele agiu isso, as negociações que foram feitas, a gente teria que fazer uma pesquisa grande nesses arquivos de Kenv lá. A gente ia chegar em muitas informações importantes. O Christoph Andrews que eu falei com ele, ele só tem muita coisa lá. Vocês t que pesquisar porque eu não pesquisei isso tudo porque eu eu já deu dois volumes. Se eu fosse escrever só o Brasil, eu ia dar um volume só do Brasil e tinha 500 países para falar. Tá certo? Então, eh, essa é uma consideração importante. Outra consideração também, se puder passar o próximo slide, é o último, eu prometo, comandante. Já são 21:06 aí, não quero me estender mais. O pessoal tá tá maravilhado aí. Você vai ter que fazer uma segunda parte desse negócio. Bom, primeira coisa, a importância de uma escola geopolítica nacional. Nós não temos mais uma escola de geopolítica nacional. A escola de geopolítica nacional morreu com galvia de Copo Silva e não surgiu nada depois dele porque primeiro geopolítica virou palavrão aí, né? Geopolítica virou palavrão durante um certo tempo, depois que acabou a a Guerra Fria, particularmente, né? A geopolítica virou um palavrão e hoje ela tá renascendo. O estudo da geopolítica. A gente precisa precisa voltar a ter uma escola geopolítica nacional. Sem uma escola geopolítica nacional, a gente não vai ter uma estratégia, uma grande estratégia brasileira. E a gente vai ficar batendo cabeça aí em guerra comercial, batendo cabeça no bricks, batendo cabeça em qualquer coisa que você falar. A única, qual que é o, vamos dizer, a nossa razão de ser da nossa política externa. Pode ver, ah, eu comércio, a gente exporta, a gente importa e não sei o quê. Mas o que que a gente quer com isso? O que que a gente quer ser no mundo, né? Faltam uma escola geopolítica nacional. Você não consegue agradar todo mundo, tá? Se você quiser agradar todo mundo, você não vai ser nada, tá? Essa é é o triste fato. Nós não temos uma escola geopolítica nacional. Isso vai demandar muitos anos para para nascer uma, tá? Para nascer uma escola geopolítica nacional que dê fundamento pra gente montar uma grande estratégia. que a única coisa que a gente tem de grande estratégia que sobrou é o entorno estratégico brasileiro, que tá na nossa estratégia nacional de Defesa, que foi fruto de um estudo todo que foi feito por Goberito Silva quando ele falava da Antártica e hoje nós estamos na Antártica quando falava da África, como falava do Caribe, como falava da América Latina, tá? Que começou lá nos anos 30 com Mário Travaço, quando escreveu projeção continental do Brasil, tá? E eu diria ainda começou com José Bonifácio. Eh, pô, mas não tinha geopolítica no tempo não se falava, não existia esse termo geopolítica no tempo do José Vanifácio, mas se você lê o que o José Bonifácio escreveu, eram ideias geopolíticas, mudança da capital do Brasil pro interior. Tem um tratado do José Bonifácio, chama Lembranças e Apontamentos do governo provisório da província de São Paulo. foi, ele não foi paraas cortes de Lisboa em 1815. O Brasil ficou virou Reino Unido, né? Em 1815. Muita gente não sabe, mas o Brasil virou Reino Unido em 1915 por persa. Napoleão perdeu a guerra, foi feita a conferência de Viena, Portugal participou, pessoal chamou Portugal lá no canto e diz: “Ó, pera aí, você é o único país aqui dessa parada aqui que tá lá na numa colônia. Você não, se você quiser continuar aqui, você não pode estar na colônia mais. Por isso, Dom João VI decreto transformando o Brasil em Reino Unido. Ou seja, o Brasil deixou de ser colônia em 1815, não foi com a independência em 22. Brasil era um Reino Unido, que nem Canadá, que nem Austrália, tá? Então assim, eh teoricamente se você pegar esse decreto do Dom João VI de 1815, que declara o Brasil Reino Unido, ele fala assim, começa com esses termos aqui, em decorrência dos acertos tomados na conferência de Viena, resolvo declarar o Brasil Reino Unido, foi por pressão externa, tá certo? Então, José Bonifácio tava participando dessas coisas todas aí, tá? E depois as cores de Lisboa, a questão da mudança, quem deu a ideia de que dar o nome de da capital de Brasília foi José Bonifácio, tá? Foi José Bonifácio. Ele deu duas sugestões, Brasília e Petrópole, e acabou virando Brasília, tá? O outro que também, essas três personalidades que eu tô falando aqui agora, foram os três únicas pessoas que eu já disse que o Golbery foi uma delas, né? que mesclou teoria geopolítica com a estratégia nacional, com a grande estratégia. José Bonifácio foi um deles, tá? Por isso que ele é conhecido como patriarca da nossa independência. Pandia já foi outro. Panalo ele escreveu diversos livros importantes. Brasil é a sociedade das Nações. Escreveu em 1919. Brasil e a Sociedade das Nações. É um livro geopolítico. Não tinha esse conceito de geopolítica nessa época, tá? Em 1800, 1917 ele teve um novo ruso econômico. Ele ele foi ministro da fazenda. Na época que ele foi ministro da fazenda, ele fez um decreto que aumentou o orçamento das Forças Armadas da época, tá? Aumentou os orçamentos e criou ferrovias, criou linhas de telégrafo, tudo. O fundo era ocupação militar, tá? As ferrovias, por exemplo, quando você vai lá para Campo Grande, aquela ferrovia que tinha lá, que hoje tá praticamente destruída, foi obra de Pandacalojas, tá? pro sul, as telegráficas de Rondon, tá? Isso não surgiu de nada, não. Surgiu da cabeça do Pandiacalojas, tá? Porque ele tinha essa visão geopolítica. Ele escreveu muito sobre isso. E quando ele foi pro governo, inicialmente como ministro da fazenda e depois como ministro da guerra, ele foi ministro da guerra, tá? Ele revolucionou. Tanto que tem muitos quartéis do Brasil aí que do exército que chamam quartéis calógeras. Por quê? Porque foi ele que construiu a maioria dos quartéis que tem por aí pelo Brasil, tá? Pandacaló é o outro escreveu diversos livros e ele prefaciou, lembra que eu falei do primeiro livro sobre geopolítica publicado no Brasil em 1931 de Mário Travaso. Quem escreveu o prefácio foi pan de lógicas, tá? Então ele pandó na vida dele, ele teve contato com esse termo geopolítico. Tanto que o segundo livro o vamos dizer o livro quando foi publicado ao livro do Mário Travaso, ele chamava-se aspectos geográficos sul-americanos. Mas depois, por sugestão do Pandacalogja, ele mudou o nome para projeção continental do Brasil. A segunda edição desse livro já chamava Projeção Continental do Brasil, porque já era um conceito muito geopolítico, tá? E Gmerica, já falei aqui, né? Desde a ESG, no final dos anos 50, os planos que anagem junto aíque, a execução da mudança para Brasília, essas ideias que o Jcelino teve, mas tinha gente por trás trabalhando nisso aí, tá certo? Ele escreveu um livro chamado Geopolítica do Brasil em 1952, tá? Depois teve várias reedições, tá? Aquele mapinha que eu mostrei ali é desse livro, não tem mais edição disso aí. Tem que comprar em Cebo. Quem quiser comprar esse livro tem que comprar em CEO. Foi chefe do SNI, Serviço Nacional de Informações. Foi ministro chefe da Casa Civil em 74, 81, quando toda essa coisa que eu mostrei aqui hoje aconteceu, tá? Ele foi pai do pragmatismo responsável e pai da abertura democrática. Simplesmente isso, porque ele tinha essa visão geopolítica, tá certo? Isso não era uma questão política interna, isso era uma questão para ele era uma questão geopolítica. Tá bom, comandante, era isso. Eu quiser quiser mais alguma coisa tiver alguma pergunta aí que queira destacar, alguma coisa aqui para comentar. Não, eu vou eu vou só te agradecer, Coutinho, porque a gente vai para uma live agora sobre a situação de Pokrovsk com o Rodolfo. Mas eu só queria te pedir o seguinte, só mostrar um negócio aqui pro pessoal, gente. Olha, eh, para quem não pera aí, deixa eu só achar aqui. Para quem é do Rio de Janeiro, eu vou colocar um negócio interessante para vocês, tá? O o SNI começou onde hoje? Eu não sei se tá lá ainda, né? Tem uma loja chamado Casa da Borracha ali perto da Praça Tiradentes. Primeiro escritório do SNI foi ali. Eles pegaram móveis assim. Isso o Gberi com os dos adiant dos dos eh dos manuscritos que ele deixou, né, daquele livro do como é que chama? do Hélio Gaspar, ele conta isso. Daí eles pegaram, foi um negócio assim extremamente improvisado, quase não tinha orçamento, precisou pedir móveis para outras outras repartições. Aí começ começou ali na caça da Bord, depois cresceu e se tornou uma coisa que pouca gente sabe, um dos maiores serviços de inteligência do hemisfério ocidental, mas isso a gente vai deixar para as próximas lives. Cinho, quero te agradecer e dizer o seguinte, que eu sei que o teu conhecimento não cabe numa live, isso eu tô cansado de saber. Então vamos ver se a gente faz outras nesse mesmo mesma pegada porque tá maravilhoso. Quem perdeu essa live, olha gente, ser sincero, foi uma aula de aprendi muito aqui. O Coutinho é um cara que a gente tem muito para tirar dele, ele tem muito oferecer pra nossa comunidade. Então já vai pensando num num segundo desdobramento desse assunto aqui que foi fascinante. OK. Tá, estamos, estamos à disposição. É assunto realmente tem muitos pontos aqui que podiam ser de mais aprofundados e tal. A gente pode conversar sobre isso mais paraa frente. Ó, deixa eu falar uma coisa para vocês. Eh, a gente vai agora para essa live aqui, ó. Essa live aqui com o Dr. Rodolfo Tersa. Essa aqui a gente já tá indo para ela, tá? Ó, essa aqui, ó. Tá? A gente vai uma live sobre Pocrovsk. Agora a gente tá indo aí pro Dr. ouvir o Dr. Rodolfo. Coutinho, quero te agradecer mais uma vez, tá, camarada? Pedir pro pessoal seguir aí o coronel Coutinho no canal dele do Telegram, tá? Eu vou entrar na live do Rodolfo agora, mas depois eu bato um papo contigo. Se eu não falar hoje vai acabar à tarde, mas eu falo amanhã, tá bom? Eu gost agradecer a todo mundo aí. Eu t olhando aqui o no no nos comentários aqui, né, nos chat aqui, muitas comentários positivos a respeito daí aqueles que nos acompanharam, aqueles que ainda vão acompanhar, porque não puderam ver tudo agora ou ver depois. E fico à disposição de todos lá no meu canal do Telegram. Tô sempre lá todo dia de manhã. Quem quiser, eu sempre digo, quem quiser começar o dia bem informado, dá lá paraas 8 horas da manhã, pode ver lá que vai ter informações geopolíticas do que tá acontecendo no mundo, situação de Angola, de de Ucrânia. Então tem sempre lá esses comentários, tá certo, comandante? Obrigado mais uma vez. E eu que te agradeço aí, Coutinho. Vamos seguir tudo que ele falou do do canal dele, o assine embaixo, gente. O link tá aqui na descrição, tá? E o não só o link para o canal do Coronel Coutinho, mas também pros cursos que ele fez aqui com a gente no Arte da Guerra, que eu acho que quem não conhecia ele hoje viu aí pelo padrão da live, tá? A qualidade do nosso combatente aí, um grande abraço para você, tá, camarada? Obrigado aí pela aula. Foi um show. Obrigado. Vamos lá pra live do Dr. Rodolfo agora, gente. เฮ เฮ M.

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