A Impactante Vida de SERGIO OLIVA – O Único que Venceu Arnold (Documentário)
0Um esporte onde todos competem para alcançar a perfeição. Houve um que parecia ter nascido com ela. Sérgio Liva foi o primeiro fenômeno do físicoturismo, pois o físico redefiniu completamente os padrões de fisiculturismo da época e se tornou o único homem da história que derrotou um certo jogo austrío no palco do Mundo. Mas justo quando estava no topo do mundo, tudo desabou. Desde ser castigado e silenciado durante décadas até sofrer cinco disparos nas mãos de sua própria esposa. Seu corpo desafiou a lógica, mas sua história desafiou ao sistema. Sergio Oliva. Sérgio Oliva nasceu em 4 de julho de 41 em Pinander Rio, um município humilde nos arredores de Havânia Cuba. Era o quarto de 22 irmãos e aprendeu desde muito pequeno valor do trabalho duro. Seu pai, o homem severo, mas justo, levantava-se todos os dias antes de o amanhecer para trabalhar nos canivais. Sérgio o acompanhava desde os 12 anos sobre o sol escaldante, com as mãos cobertas de bolhas. Não havia opção. Em sua casa, só se comia se trabalhasse. E Sérgio trabalhava no campo. Aprendeu mais que a cortar cana. Aprendeu a resistir e além do cansaço. Sérgio era mais forte que as outras crianças, maior e com maturidade pouco comum para sua idade. Aos 16 anos, seu pai, convencido de que o futuro nos campos era limitado, levou a listar-se no exército de Fugêncio Batista, o líder e ditador de Cuba. Daquele momento. Sérgio não tinha papéis nem documentos oficiais que comprovassem sua idade, mas o recrutador olhou de cima a baixo e não hesitou, pois era alto e já tinha uma experiência forte e uma estrutura imponente. efeito para as forças armadas e com a revolução presta a estourar, Batista precisava de homens. Durante seu tempo como soldado, Sérgio encontrou uma disciplina que se encaixava em sua personalidade: obediência, treinamento físico e estrutura, e desfrutava da ordem que a vida no exército lhe trazia. visualizavam a carreira com militar, mas isso não duraria muito, pois em 59 filho de Castro, que liderava oposição ao regime de Batista, conseguiu derrubá-lo e o exército foi desmantelado. Embora a Revolução Cubana também soubesse lutar e vencer batalhas nesse campo, muitos soldados foram deslocados e incluídos. Entre eles, Sérgio, o que antes era um plano de vida, desmoronou de uma hora para outra. Passou a ser mais um jovem desempregado nas praias de Havana. Vio dos dias passarem sem rumo. Até que um dia o amigo convidou para o ginásio local de autorofilismo. Sérgio aceitou e conhecê-lo. Era um lugar modésto, com poucas barras enferrujadas e discos maltratados, mas algo acendeu nele. Aqueles ferros tinham uma linguagem que ele entendia. Seu corro respondeu como se estivesse esperando por aquele momento toda a sua vida. Em se meses, estava levantando mais de 180 kg nas máquinas. Os treinadores não podiam acreditar. A seleção nacional cubana não demorou a recrutá-lo para a equipe e representar o país nos jogos pan-americanos de 61 em Kingston. E assim, sem procurar, havia encontrado uma nova identidade. Já não era apenas rei soldado, agora era um atleta, um representante de seu país. Mas mas o que ninguém imaginava era que sua passagem pela equipe olímpica seria apenas o primeiro ato de uma história muito maior. Antes de ir aos Jogos Pan-Americanos na Jamaica, Sérgio falou com seu pai e lhe disse que não regressaria e que era muito provável que não veria novamente. Seu pai simplesmente respondeu para ele não olhar para trás, pois entendeu perfeitamente o que Sérgio tinha planejado. Sobre o regime de Castro, ninguém confiava em ninguém. Por isso, na Jamaica, os atletas cubanos eram vigiados por enviados diretamente pelo regime. Sérgio conquistou a confiança de um deles e na manhã do evento disse-lhe que sairia para caminhar para relaxar. E assim que teve oportunidade, saiu correndo, mas não em direção estádio, e sim em direção embaixada dos Estados Unidos. correu como se sua vida dependesse disso. Em certo sentido, assim era. Chegou a embaixada coberto de suol, com o coração disparado, bateu na porta e pediu asilo político. Sérgio havia desertado. Após sua fuga da Jamaica, Sérgio, como muitos de seus compatriotas, foi transferido para Miami. Havia escapado o comunismo, sim, mas o que esperava era um capitalismo cru, com jornadas longas, salários baixos e um idioma que ele não entendia. Não havia glória nem medalhas, apenas trabalhos humildes e ruas desconhecidas. Sérgio ainda era um jovem anônimo, vivendo em um quarto pequeno e trabalhando como reparador de televisões. Havia deixado para trás sua pátria, sua família e assim lhe dava uma grande liberdade, pois agora ele podia se reinventar. Em 63, Sérgio ouviu falar de uma cidade mais ao norte, onde, segundo lhe disseram, havia muitas oportunidades de trabalho. O nome dessa cidade lhe chamou atenção, pois dizia que soava musical, Chicago. Isso foi suficiente. Fez as malas e pegou o ônibus. A partir desse momento, Chicago não era apenas o seu lar, mas também um beço de transformação. Depois de anos de incerteza, Sérgio finalmente sentia que podia respirar em Chicago. Desfrutava da vida noturna, sair para dançar, ouvir músicas, caminhar e conhecer as pessoas. Era um novo começo e pela primeira vez em muito tempo, Sérgio se permitia desfrutá-lo. No entanto, a cidade dos ventos não era gentil com ninguém, a menos ainda com imigrantes afrocaribenho, sem inglês e sem conexões. Sérgio encontrou um trabalho em uma fundação de aço, onde passava até 10 horas diárias sobre o calor infernal. O ambiente erau, mas ele estava acostumado a isso, à dureza, ao peso e ao calor. Foi então que ouviu falar do YMCA de Ducan, um ginásio local que era conhecido como a meca do músculo do Milwest, pois ali frequentavam fisculturistas e levantadores de pesos profissionais. Ali conheceu Bob Geider, um dos nomes mais respeitado ao fisiculturismo amador da época. Gaida viu emgio ao que poucos podiam compreender naquele momento. Uma estrutura corporal fora deste mundo. Ombros largos e cintura estreita não era apenas força, era simetria, proporção e genética pura. Paul Bidel o tom sua tutela e o introduziu ao mundo do físico turismo. Mudou seu foco de treinamento de fusão bruta e autobilismo para focada no fisculturismo real e no controle de peso. E Sérgio, como havia feito antes do autorofilismo, absorveu tudo com a facilidade impressionante. Trabalhava 10 horas na fundição, depois passava mais 3 horas no ginásio. Ainda sem falar bem inglês, Sérgio começou a competir em 1963, onde perdeu sua primeira competição, o m Chicalo, em parte pelo idioma, mas também, como ele mesmo relataria depois, pela cor de sua pele. Na época, o juiz da Aú, que foi uma das primeiras federações de fisiculturismo, ainda favoreci brancos e consideravam eles bem apeçoados, pois eles representavam a América correta. Sérgio não se encaixava nesse modo, mas isso não deteve. Votou no ano seguinte com fisco ainda mais impressionante, fazendo com que os juízes fossem forçados a lhe dar a vitória. Depois vê o Mr. América Júnior, mas o título absoluto, que todos queriam continuava fora de seu alcance. Cada vez que subiu o palco, seu fiz foi claramente superior, mas os juízes continuavam procurando desculpas. Sempre havia outro que apresentava melhor imagem no país. Foi então que Sérgio tomou outra decisão radical, decidiu abandonar essa federação e tentar sorte na IFBB, uma nova federação que apenas começava a crescer sob a liderança de dois irmãos, Ben e Joe Aider. Ali pelo menos, prometeram que o julgariam pelo fisco e não pelo seu sutaque e nem pela cor e sua pele. De fato, pelo menos por enquanto, foi uma decisão acertada. Em 1966, ele ganhou Mr. World da IFBB. No mesmo ano, estreou no recém- criado Mister Olímpia, ficando em terceiro lugar. O que mais impressionava em Sérgio não era apenas sua rapidez para melhorar, mas era como ele fazia. Somava quilos de músculo, como se seu corro pedisse aos gritos. Sua cintura permanecia igualmente estreita, enquanto seus braços, costas e pernas cresciam em níveis que ninguém havia visto. Inclusive, seus antebraços e manturrilhas eram impressionantes. Sérgio Livia não parecia um homem, parecia um mito, como ele mesmo disse. E assim nasceu seu apelido, não porque ele inventasse façanhas, mas porque seu físico não parecia um real. No ano de 1967, o palco de Nova York foi testemunha de algo para o qual tanto juízes quanto até os fãs não estavam preparados para ver. Era como se o mitológico tivesse descido do Olimpo para mostrar todos o que era possível. Sua cintura media apenas 29 polegadas, exatamente o mesmo que suas coxas. Seus braços pareciam maiores que sua cabeça e sua pos de duplo bíceps deixava os fotógrafos sem a. Ninguém daquele palco, nem mesmos melhores do momento, podiam competir com sua simetria, seu volume e sua presença. Arold Pool ficou em segundo lugar, Chypes em terceiro e David Drapper em quarto. No ano seguinte, ninguém, ninguém se atreveu a desafiá-lo. Em 1968, Sérgio ganhou M Olímpia sem oposição. Literalmente não houve rivais. Nenhum fisoculturista se apresentou à competição. Diante da ausência dos demais, Olivia realizou as puzzes clássicas para os espectadores que compareceram ao vento. Joe Yer lhe entregou um cheque de 1.000 e o troféu que o credenciava como campeão. Mas nas sombras alguém se preparava. Um jovem austríco de 21 anos havia chegado recentemente nos Estados Unidos com o único objetivo ser o melhor do mundo. Em 1969, depois de treinar como nunca em sua vida, Aren Sches nega se apresentou numa história límp decidida a derrubar livra. A Arnold já era um jovem com futuro promissor e seu nome já começava a ganhar popularidade, pois já havia ganhado Mistério Europa e tinha três vitórias consecutivas com o M Universo. Além de mostrar uma personalidade muito carismática, assim, esta era uma batalha que todos queriam ver e a audiência estava muito dividida. A tensão estava nas alturas. Arlod estava em excelente forma, definido e proporcional. Mas quando Sérgio subiu ao palco, o mito voltou a ganhar vida. Sérgio não precisava de luzes se o físico falava por si mesmo. Por trás do palco, Arnold observava. Mas quando Sérgio estendeu suessais a sua frente, Arnold soube imediatamente que havia perdido. Anos mais tarde, o próprio Arden Schesneger escreveria em seu livro A educação do fisoculturismo que vê Sérgio aquela noite foi um dos momentos mais intimidantes de toda sua carreira. admitiu que perdeu competição antes mesmo de subir o palo e não por falta de músculo, mas porque Sérgio já o havia vencido mentalmente. Naquela noite de 1969, Sérgio Olivia se tornou o único homem da história vencer Arnas nega no Mber. Nenhum outro o faria esse feito jamais. Naquele mesmo ano, Arond viajou a Chicago com a intenção de entender o que tornava seu rival tão especial. queria vê-lo treinar de perto e o que encontrou o deixou sem palavras. Sérgio, ele manejava pesos ridículos com a facilidade incrível, enquanto Arnold treinava peito com 315 libras. Já Sérgio fazia repetições altas com mais de 400 libras no supino, como se isso fosse nada. O que mais impressionou Arden não foi sua força, simu metabolismo. É uma época onde a maioria do fisoculturista se matava com detitas baixas em carboidrato para se definirem, Sérgio não fazia dieta nenhuma, comia o que queria, inclusive em preparação para as competições, hambúrgueres, cachorro quentes e refrigerantes. E ainda assim chegava ao palco com a definição em tamanho que simplesmente não podiam ser explicados. Aquela visita a Chicago não só confirmou a força e a disciplina de Sérgio, mas também semeou o grande respeito de Sérgio em Arnold. E ele entendeu que estava diante de alguém único, alguém que não podia copiar nem superar com simples carisma ou estratégia. E apesar de terem sido rivais palco entre treinamentos e conversas naquele ginásio de Chicago, começou a crescer uma relação da admiração multa por um tempo até mesmo com uma amizade. Mas o que se seguiu foi muito mais com a rivalidade, foi um choque de muitos. Arnold era a cara do novo físicoturismo, comercial, carismático e pulsionado pela mídia, apoiado por Joe Eder. Era um físico perfeito para asist. Sérgio, por outro lado, era um exilado, um rebelde, não falava um idioma, não fazia amigos facilmente e não seguia as regras do julgo miliard. Era puro músculo, pura força e puro instinto. Era o antagonista ideal. [Música] Foi sua derrota para Sérgio no M Olímpia de 1969, An ficou decidido de que isso jamais aconteceria novamente. E embora Arnold fosse presunçoso e tivesse um ego gigantesco, algo que não podia se negar era sua determinação inabaláfel. Por isso, ele se preparou como nunca antes em 1970. E nesse mesmo ano, Sérgio perdeu sua coroa de mistura olímpia para Arn Schesneger. Embora para muitos essa derrota nunca tenha sido totalmente justa, naquela época Joeida já apostava todo o seu império na figura de Arn Schesnega. Ainda assim, Sérgio não se rendeu. Em 1972, voltou a enfrentar o Arnold no M Olímpia, desta vez em Alemanha. Esta foi uma das competições mais esperada, pois as pessoas estavam ansiosas para ver os dois lado a lado, sem mencionar que naquele palco se reuniria uma das formações mais impressionantes, uma formação da história da era dourada, nada menos que quatro vencedores do Mistura Olímpia, presentes ou futuros, Arnold e Sérgio, Frank Zen e Franco Colombo. E Franco Colombo, além também de Sérgio no Bret. Sérgio apresentou dos melhores físicos de toda sua carreira, aumentou seu tamanho muscular e melhorou seu condicionamento. Sua cintura era menor do que nunca, suas pernas maiores do que as de qualquer competidor da época. Realmente era o pacote completo e, no entanto, novamente ficou em segundo lugar atrás de Harley. Muitos consideram que aquela foi uma das decisões mais controversas da história do MP. O próprio Joed foi apontado como responsável por trás dessa vitória de Arnold. Afinal era seu protegido e seu produto estrela. Sérgio e outros fisiculturistas da época sabiam disso. Inclusive naquela competição, colocaram fundo escuro no palco. Dessa forma, Arnold se destacar mais pela sua pele branca, enquanto os competidores de Pela Negra se clamfari com o fundo, dando uma vantagem óptica a Arnold. E dizem que isso foi a pedido do próprio Arnold. Depois de Olímpia de 72 na Alemanha, Sérgio Lívia desceu do palco sabendo que não havia perdido pelo seu físico, mas por política. O que deveria ser uma celebração da excelência física e do espírito competitivo havia se tornado um espetáculo dirigido por interesses comerciais. Ju havia transformado M L em sua joia da coroa e Arn Schesnega era o rosto de seu império. Arne não era apenas um grande atleta, era um investimento, um projeto e para esse projeto Sérgio era uma ameaça. Oliva entendeu o jogo. Sabia que enquanto Arnold continuasse competido, não importava com massivo, se métrico ou seco lhe se apresentasse, ele não seria favorecido. Assim decidiu entrar uma competição de outra federação, a WBG de Darian Luring, onde eram organizadas competições como Mister Olympus, uma versão paralela do Mr. Olímpia ou poderia dizer uma imitação de Mr. Olímpia. Aqui Sérgio dominou facilmente a competição, mas isso traria um alto custo. Em 1973, semanas antes do M Olímpia em Nova York, algum dos melhores fisiculturistas viajaram indo em direção para Tijuana, México, para participar do mistoo internacional, um evento pensado principalmente para armadores. Aí naquele dia algo inesperado aconteceu. Sérgio apareceu surpreendentemente para competir e arrasou completamente. Entre os presentes estavam Jed Arnold e Fran Colombo, que haviam viajado da Califórnia para ver o evento. Enquanto Sérgio estava no palco, ele desafiou Arnold diretamente a subir ao palco e demonstrar quem era realmente o melhor físico do mundo. Joiden interveio, argumentando que milhares de pessoas já haviam comprado ingressos para ver o confronto em Nova York e que seria injusto resolvê-lo em Tijuana. Além disso, o ID rapidamente convenceu Arold a não aceitar o desafio. Muitos acreditam que Joed estava protegendo Arnold de uma possível derrota e de que sua imagem fosse prejudicada. Assim, em vez de Arne, Franco Colombo subiu para enfrentar Sérgio, mas Sérgio dominou claramente a comparação. O promotor do evento levantou ambos os braços e declarou confronto como empate, embora tanto público quanto Sérgio soubesse que realmente havia vencido. Pouco depois, a IFB suspendeu Sérgio, alegando que ele havia competido com uma federação rival no ano anterior, pois o Zueide havia estabelecido essa regra recentemente, que impedia que atletas da IFBB participassem de federações rivais. Essa suspensão excluiu completamente Sérgio do M Olímpia de 73, deixando o caminho livre para que Arnold conquistasse o seu quarto título. Ironicamente, naquela competição estavam presentes os jornalistas Charles Gines e George Butley, que mais tarde criaram um documentário dizendo que se Sérgio tivesse estado em Nova York, é muito provável que sua imagem tivesse sido parte fundamental do icônico documentário. Meses tarde, uma entrevista na televisão nacional, Sérgio finalmente explodiu. acusou publicamente a FBB de corrupção, afirmando que os concursos estavam arranjados e que Joer escolheu juízes para garantir as vitórias de Arn. Isso foi o que terminou de romper completamente a relação entre Sérgio e os irmãos Wader. Para muitos, isso teria significado o fim de sua carreira, mas não para Sérgio. Ele não precisava da aprovação de Wade para continuar sendo mito. Seguiu competindo na WBBG, onde ganhou várias vezes, mas a motivação já não era a mesma. No palco da WBG não estava AR, não estavam os holofotes da imprensa, nem os lucrativos contratos. Durante esses anos, Sérgio continuou sendo uma lenda viva em Chicago. Era um íncone, não apenas por seu físico, mas por sua atitude desafiadora. Era impossível não notá-lo. Sempre vestia camisas justas, calças sociais, chapéu e cores chamativas. Mas havia um detalhe que se tornou icônico. Ele tinha que mandar cortar as mangas de sua camisas porque seu bíp simplesmente não cabiam. Também usava anes dourados, correntes e o medalhão dourado e que pendiam como símbolo de realiza urbana. Sérgio não era apenas uma lenda nas academias, era um personagem completo dentro e fora do palco. Em 1976, Sérgio se juntou ao Departamento de Polícia de Chicago, patrulhando as ruas do bairro de Hogperk. usava seu uniforme feito sobre medida, porque nenhum tamanho padrão podia conter aquele corpo descomunal, que também contribuiu para que sua imagem se tornasse ainda mais lendária. E assim os anos se passaram e a FBB continuou crescendo. Arnold se tornou estrela de cinema e uma nova geração de físiculturistas tomou o pau. Mas entre todos os nomes novos, nenhum ofuscavo de Sérgio Livra. Os jovens podiam ter fiscos impressionantes, mas Sérgio continuava sendo o único que venceu Arnold e esse título ninguém lhe tiraria. Muitos fãs queriam vê-lo de volta na FBB e eventualmente, como acontece como todos os mitos, o ciclo deveria se fechar e esse retorno estava muito mais perto do que ele imaginava. Passaram mais de 10 anos desde a última vez que Sérgio pisou em um palco da IFBB, desde aquele polêmico Olímpia de 72, em que muitos seguroam que lhe roubaram título e o incidente de 73 em Tiju Joana. Joy, consciente do valor histórico emocional de Oliva, lhe propôs algo que muitos acreditavam impossível: retornar FBB e competir novamente no Mr. Olímpia, Sérgio Assisdor. Então, em 1984, o mito retornou. tinha 43 anos. Se o culpo já não era o mesmo. [Aplausos] Suas articulações, sua recuperação, sua potência, tudo havia mudado. Mas sua presença, seu carisma e sua estrutura permaneciam intactos. Treinou com a disciplina e em silêncio, como sempre fez. E quando chegou o dia, o palco era o mesmo onde havia começado, Nova York. Naquela noite, o público não foi apenas para ver uma competição, para ver o momento histórico, para ver o homem que derrotou Arne Chuas nega. Quando Sérgio subiu ao palco, a multidão se levantou. Não importava quem era os favoritos do ano, todos os olhos estavam postos nele, mesmo com mais de quatro décadas sobre seus ombros, seu físico era imponente. Mas o correu inesperado, oitavo lugar. Olava, o silêncio foi seguido por uma explosão de vaias que não tardaram a encher o recinto. O público não aceitava. Sabia que não se tratava de uma simples pontuação. Tratava-se de justiça e de respeito. Sérgio estava visivelmente zangado, pois tinha um temperamento forte. Se alguém tinha motivos para descer do palco e não olhar para trás, era ele. Mas então ocorreu outro momento inesquecível. Sua esposa Arlin subiu ao palco com seu bebê nos braços. Entregou o filho Sérgio Júnior e tudo mudou. Com o filho nos braços, Sérgio se aproximou do microfone. O público ainda o aclamava e em vez de responder com raiva, ele respondeu com dignidade. E seu físico, embora ainda majestoso, começava a mostrar sinais do tempo. E então chegou o golpe final. Em 1986, enquanto Sérgio se preparava para a competição, uma discussão doméstica com sua esposa Arlen terminou a tragédia. Arlen lhe disparou cinco vezes com revólver calibre 38. Uma das balas quase perfurou seu fígado e, no entanto, Sérgio sobreviveu, dirigindo-se sozinho ao hospital. Demonstrou mais uma vez que seu corpo e seu espírito eram indestrutíveis. Mais tarde, sua esposa Arlin revelaria que agiu em defesa pessoal, pois Sérgio a havia agredido fisicamente. Esse foi o fim definitivo da sua carreira competitiva. Em 95, Sérgio, de 54 anos de idade, foi convidado para o ano 30 do aniversário do Mr. Olímpia, junto com todos os outros fisiculturistas que haviam ganhado o título. Esse foi um momento icônico onde, apesar da relação conflituosa que teve com Jo depois de quase três décadas, finalmente foi reconhecido e homenageado pelo próprio RER, inclusive por Aron. Sérgio continuaria trabalhando para o Departamento de Polícia de Chicago até 2003. Embora lamentavelmente os últimos anos da sua vida não tenham sido fáceis. Com passados anos, o corpo que uma vez fez tremer os palcos foi cedendo. As decisões e o desgaste físico acumulado começaram a cobrar seu preço. Sérgio Liva, o homem que uma vez foi considerado inhumano por sua estrutura corporal, começou a mostrar sinais de fragilidade. Teve que se submeter a 17 cirurgias incluindo varas no joelho, cotovelhos e ombro. Além disso, teve um acidente automobilístico que deixou com complicações severas e durante sua recuperação contraiu infecção, pelo qual perdeu muito peso e com ele grande parte da musculatura que havia construído durante décadas também foi pro ralo. Acima de tudo, foi diagnosticado com insuficiência renal, uma máquina de diálise até que em 12 de novembro de 2012, aos 71 anos de idade, Sérgio Liv faleceu em sua cidade adotiva, Chicago. Deixou este mundo, mas não se antes deixar sua marca em todos que um dia sonharam em ser maiores, mais fortes e mais livres. A influência de Sérgio Lívia não se limitou apenas ao fisiculturismo, inclusive teve presença na cultura popular, como por exemplo no anime e mangá de BAC, onde aparece um personagem chamado Biscuito Oliva. Seu nome, aparência, inclusive sua personalidade são diretamente inspirados em SO representam como um homem fora do comum, com físico impressionante e o título do homem mais forte dos Estados Unidos que o torna praticamente intocável. A história de Sérgio Liva não se trata apenas de músculos e troféus. Trata-se de um menino que trabalhou nos canais, de o homem que venceu o sistema e de alguém que jamais se drobou e pediu desculpas por ser quem era.







