A Loucura do Desconhecido: Explorando O HORROR CÓSMICO (Um de Cada) | Futurices
0a ficção científica sempre adorou explorar o desconhecido viajar por outros planetas encontrar civilizações perdidas e desvendar os mistérios do universo mas esse invés de respostas a gente encontrar as verdades tão vastas e bizarras que a nossa mente simplesmente não pudesse processar pior ainda e se tivesse algo lá fora ou bem mais perto do que a gente imagina e o verdadeiro terror não fosse o que dá para ver lutar ou fugir mas perceber que a gente nunca teve controle de nada esse medo do desconhecido do incompreensível e do inevitável é a essência do horror cósmico um subgênero onde o terror vem do choque de perceber que Existem forças indecifráveis que desafiam a nossa sanidade e tão pouco se lixando pra nossa existência no um de cada de hoje eu trouxe um livro uma série um jogo e um filme que mergulham nessa sensação de paranoia e desespero dessa vertente que é uma das mais intrigantes e perturbadoras do sci-fi bora e pessoal tudo bem com vocês meu nome é bela asler eue é o futurista já deixa o seu like e inscrição se você não foi inscrito porque hoje é dia de mais um de cada dessa vez com história sobre entidades cósmicas incompreensíveis realidades distorcidas cultos sinistros bichos tentaculos com nomes impronunciáveis gente ficando a Bublé das ideias e aquela sensação maravilhosa de que somos vários nadas no universo sim o horror cósmico faz muito pela nossa autoestima né E quem praticamente definiu essa vertente foi HP of Craft um autor controverso que fez das suas alucinações pesadelos e visão torta da humanidade algo muito além do Medo convencional e foi assim que ele criou um dos seres mais icônicos da cultura pop e levando isso em consideração é claro que o livro de hoje não podia ser outro além de O Chamado de cutulo escrito pelo lovecraft em 1926 e publicado em 1928 na revista weird Tales o conto começa com a morte do George Angel um professor de antropolog que deixa para o seu sobrinho Neto uma série de documentos misteriosos sobre um culto que adora cutulo uma entidade cósmica capaz de destruir a humanidade ao ser despertada igual eu quando acordo a história é dividida em três partes onde a narrativa vai se desenrolando com relatos de pessoas que tiveram algum tipo de contato com esse culto aí então tem gente sonhando com bizarrices cultura de monstro inexplicável E é claro aquele clima de que algo catastrófico tá prestes a acontecer ou seja o chamado de tchutchuco é basicamente um livro de relatos e narrações aterrorizantes sobre entidades e fenômenos perigosos incompreensíveis mas eu acho que o que torna esse livro tão impactante é Como lovecraft mexe com a nossa percepção do que é real nessa jornada sabe ele cria um jogo de incertezas onde tanto a gente como os personagens duvidam do que é loucura e do que é verdade deixando tudo ainda mais perturbador ou seja assim como várias outras obras do autor existe aqui uma crítica à racionalidade humana e as limitações da nossa mente porque no fim fim são cientistas antropólogos detetives e policiais tentando com todas as forças dar sentido ao que não tem explicação e por fim deixando claro que para certos mistérios Às vezes a ignorância é realmente uma bênção porém ao contrário do que muitos leitores esperam o livro não é só centrado em um confronto direto com o mega monstro povo voador tá o maior terror e suspense aqui tá no processo de descoberta mesmo sabe onde cada pista parece empurrar a gente mais e mais pra ideia insustentável de de que a gente é completamente impotente diante das forças do universo O Chamado de chuko ganhou no Brasil uma versão ilustrada muito bonita pela Darkside mas eu já aviso que l lovecraft não é tarefa fácil tá a linguagem é bastante densa esse cara adora detalhar até a última firula de tudo o que para quem curte imaginar cada detalhe Especialmente quando se trata de monstros inimagináveis né pode ser uma experiência bem legal e é por isso que eu sempre falo por aqui que a gente sofre um pouco com essa leitura mas eu acho que vale muito a pena porque no fim dificilmente você vai sair leso dessas histórias sabe são cenários criaturas e sentimentos tão perturbadores que ficam ali com a gente assombrando a nossa mente por muito tempo depois de fechar o livro Se você curte uma leitura que realmente desafia o corpo e te faz repensar a realidade o chamado de cutulo vai te levar para um mundo onde verdadeiro terror não tá nos monstros que a gente pode ver mas naquilo que a gente não consegue entender e no fundo nem queria na verdade vale a pena agora a série que eu quero recomendar para vocês hoje é é uma produção que tá bem escondidinha ali na Netflix chamada arquivo 81 de 2022 a história começa com uden um restaurador de fitas que recebe a missão de restaurar gravações de 1994 que estavam Perdidas em um incêndio essas gravações são da Melody pendras uma cineasta que enquanto investiga um prédio se depara com uma série de acontecimentos envolvendo um culto que adora um ser esquisito chamado kaligo cujo despertar pode trazer um novo destino pro planeta Uau que loucura pois é arquiv 81 é baseado em um podcast de mesmo nome e foi produzida por ninguém mais do que James One né que é o mesmo cara por trás de Jogos Vorazes Invocação do Mal maligno Entre várias outras obras aclamadas de terror maligno É aclamado sim para de falar mal de maligna é muito legal e bom apesar de efeitos especiais meio capengas e personagens que poderiam ter sido melhor desenvolvidos a série traz elementos de mistério e terror psicológico mistura presente e passado de um jeito bastante peculiar e o mais importante é é definitivamente uma homenagem ao estilo lovecraftiano isso porque aqui o mal não se apresenta de forma óbvia mas sim como uma força que desafia a nossa compreensão e empurra a gente pra loucura assim como o tio lovecraft fazia com as suas entidades cósmicas além disso a série mergulha em vários clichês do subgênero como gente futucando que não devia seitas malignas fenômenos inexplicáveis conspirações sombrias e um terror que tá na percepção distorcida da realidade que os personagens enfrentam onde o medo surge não do que se vê vê mas do que se entende ou melhor do que não se consegue entender a partir daí a busca pela verdade como sempre acontece nesse tipo de história acaba se tornando uma armadilha fatal onde quanto mais se investiga pior fica a situação e o que eu gostei muito de arquiv 81 é como ela usa o formato do f footage e mistérios do passado para construir uma tensão crescente e uma atmosfera super imersiva a forma como as fitas da Melody são restauradas e se tornam uma ligação entre dimensões e as realidades paralelas da aquele de lovecraft onde tudo é mais psicológico e cheio de camadas de incerteza e paranoia apesar da primeira temporada ter terminado com um gancho muito legal a dona Netflix foi lá e fez o quê cancelou a série Pois é mas olha eu acredito que a maior parte das pontas soltas tem um fechamento legal nessa primeira temporada fora que é uma história que faz a gente questionar os mistérios infinitos do universo de uma forma bem intimista vale a pena já o jogo de horror cósmico que eu queria recomendar Hoje foi difícil de escolher viu porque existem várias opções legais que capturam a essência do subgênero que nem o chamado de kulo Amnesia sinking City e darkest Dungeon Entre várias outras Mas como eu já falei várias vezes para vocês a ideia do um de cada é sempre trazer algo diferente né algo fora da Caixa então eu resolvi trazer hoje para vocês signalis um game alemão que eu não tenho ideia se eu tô falando certo que me surpreendeu muito e representa o horror cósmico de um jeito totalmente único no jogo a gente controla a elster uma androidz inha enviada a uma estação de pesquisa abandonada para para investigar o desaparecimento de alguém mas a coisa aqui não é só resolver mistério não tá porque nessa brincadeira a elster enfrenta criaturas grotescas e um enigma completamente maluco tudo isso enquanto lida com traumas e um desespero crescente desenvolvido pela Rose Engine signales é um game independente que faz uma bela homenagem aos clássicos do Survival mas de uma forma totalmente nova e totalmente antiga também por mais contraditório que isso sui começando pela estética do jogo que é criada com gráficos retrôs de baixa Fidelidade que transportam a gente direto pra era dos jogos de PS1 e eu confesso que no começo essa ideia de gráficos em 8 bits em visão de terceira pessoa me deixaram com um pé um pouco atrás mas conforme eu fui jogando eu percebi que a simplicidade gráfica não só funciona como também intensifica ainda mais o clima de opressão do jogo já que essa estética dá uma sensação de alienação como se a gente estivesse preso em um mundo em ruínas que apesar de familiar é assustadoramente estranho a jogabilidade de signales também é super simp simples mas não se engane porque ela exige muito mais estratégia do que parece cada arma cada cartucho de bala cada curativo encontrado se torna uma pequena Vitória isso aumenta ainda mais a tensão Especialmente porque a munição é limitada e os ambientes são bem apertados então cada decisão se transforma em um dilema existencial Afinal a gente se pergunta o tempo todo o que que vale a pena salvar e o que a gente estaria disposto a deixar para trás os movimentos e os visuais são bastante limitados também O que torna tudo ainda mais tenso e nesse ponto a única crítica que eu faria é em relação aos movimentos da elster que às vezes pode ser lenta até demais me deu um certo nervoso mas nada que prejudique a experiência como um todo a trilha sonora também é outro ponto alto e cria uma atmosfera pesada com sons industriais e inconsistentes o que Coopera para uma sensação de estranhamento e claustrofobia aumentando ainda mais o cagaço de se perder e se encontrar no desconhecido mas o que realmente me pegou em signalis é como ele reformula o horror cósmico é como se o jogo tivesse pegado aquele medo que o Love Craft sabia evocar tão também da gente não entender o que que tá acontecendo de se sentir completamente impotente diante de algo muito maior e colocado tudo isso na prática então o terror não tá só nos Monstros Malditos pulando na sua cara mas naquilo que você não vê na sensação de que você tá sempre sendo observado por alguém ou por algo que você não pode compreender então atenção tá em cada passo em cada descoberta que só te faz questionar mais até perceber que a única coisa que você tem certeza é o quanto você não sabe signales é um jogo curto tá em menos de 6 horas eu conseguir zerar e Justamente por isso ele me deixou assim com um gostinho de quero mais sabe depois de mergulhar em uma história envolvente com uma trilha sonora incrível puzzles inteligentes e sensações de pavor únicas não tem como não desejar Mais uma jornada por esse universo bizarro e você consegue achar o jogo através dessas plataformas que eu vou deixar bem aqui e eu sempre sempre tento trazer para vocês obras que tenham tradução pro português BR mas dessa vez infelizmente não teve jeito gente o jogo só tá disponível em outras línguas como Inglês francês e espanhol e eu sugiro que você domine bem a língua porque para entender bem essa história a gente precisa fazer muita leitura no gamep agora se você também é um apaixonado por existia horr cósmico aqui nas terras Tupiniquins você achou errado viu meu filho porque um filme interessante que com certeza bebe muito das fontes obscuras das histórias de lovecraft é abraço de mãe de 2024 A história se passa no Rio de Janeiro durante a tempestade devastadora de 1996 onde a Ana é uma bombeira que foi chamada para evacuar um asilo prestes a desabar porém esses vovozinho aí são muito esquisitos e parecem esconder Segredos sinistros levando a Ana a se ver presa em um pesadelo muito maior do que ela jamais poderia imaginar abraço de mãe foi escrito pelo André Pereira e pela Gabriela Capelo e dirigido pelo argentino Christian Pons trazendo um olhar único pro Rô brasileiro para isso eles pegaram elementos que realmente aconteceram como a tempestade avassaladora de 96 e misturaram com algo bem mais estranho onde o que assusta é justamente o incompreensível agora o que mais me pegou em abraço de mãe foi a forma como ele se conecta com horror cósmico de uma forma bem original o filme vai além do medo de monstros e desastres e traz a ideia de que tem forças no universo que a gente simplesmente não consegue entender e o mais louco é que essas forças meio que refletem o drama da protagonista como se a luta dela com causa a redor também fosse uma batalha interna assustadora para isso vários simbolismos são bem presentes com o útero o cordão umbilical e os tentáculos se conectando com a relação da Ana com a sua mãe convidando a gente a olhar para dentro para os traumas e fantasmas e como no fim das contas enfrentar isso pode ser o primeiro passo para lidar com as dores que a gente tenta evitar por outro outro lado um dos pontos negativos para mim no filme é como os mistérios são tratados sabe eu acho super legal quando a obra não subestima a nossa inteligência e permite que a gente junte A mais B sozinho mas aqui as coisas ficam soltas demais a ponto de ficar difícil até especular sobre o que que tá rolando outra coisa que me incomodou também foi a falta de naturalidade dos diálogos Eu juro que eu não entendo porque em algumas obras nacionais os personagens falam de um jeito tão forçado e artificial porque isso acaba quebrando um pouco a imersão né e deixando os diálogos menos críveis A não ser que seja uma obra de época mas não é o caso aqui então nessa parte das falas truncadas eu confesso que eu fiquei meio agoniada apesar dessas coisinhas eu curti bastante abraço de mãe tá eu acho que é uma produção que traz algo completamente novo e ousado pro cinema de terror brasileiro explorando o horror cósmico de uma forma muito interessante e fiel também às histórias clássicas do subgênero então se você curte um horror que vai além do óbvio que mexe com a Cuca e te coloca em situações desesperadoras vale a pena conferir abraço de mãe que tá disponível lá na Netflix Mas e aí você já essas obras quais outras de horror cósmico Você já viu e recomenda me conta embaixo e se você curtiu esse vídeo não esquece do like da inscrição senão cutulo vai morder você um beijo e a gente se vê no futuro [Música]