A LUTA RIBEIRINHA para SOBREVIVER na AMAZÔNIA
0[Música] a vida ribeirinha é marcado pela simplicidade pelo esforço diário e por uma conexão profunda com a terra e a floresta amazônica os ibeirinhões são povos que vivem as margens dos rios e tiram dali o sustento mantendo viva tradições que atravessam gerações entre essas tradições o cultivo da mandioca tem papel fundamental ela é a base da alimentação símbolo de resistência e cultura e da mandioca nasce um dos alimentos mais importantes da mesa amazônica a farinha muito mais que um simples acompanhamento a farinha carrega história trabalho e identidade nesse vídeo nós vamos acompanhar de perto todo o processo de produção artesanal da farinha desde a colheita no roçado até o forno onde ela ganha cor crocância e sabor será uma verdadeira imersão na rotina dos ibeirinhos e no valor dessa tradição histórica que é muito importante para a manutenção da vida nas comunidades [Música] m [Música] aqui os trabalhos começam cedo e o primeiro passo é a montagem da caixa de arrasto que será puxada pelo boi um ajudante indispensável para quem vive da roça a atração animal assim como nos tempos antigos ainda é essencial na vida dos produtores rurais aliviando esforços que antes eram feitos manualmente facilitando o transporte e o manejo das produções especialmente durante o rigoroso inverno amazônico no meio da floresta os recursos são limitados e o meu tio Zé explica como é confeccionado a canga mecanismo que faz a ligação entre o animal e a caixa de arrasto então uma canga né conhece como uma canga né você tira aqui dá o modelo aqui do pescoço do boi aí se chama de uma canga né você cata uma raiz no mato para fazer isso aqui hum aí é forte essa daqui é de balso de balso né é uma madeira aqui da região né Tinho é a madeira aqui da região mesmo fura aqui aí engancha aqui no podo do arrastar chegar onde encostar eles aqui ó mais umas cordinas aqui o boi assim de de arraste ele aguenta quantos anos assim trabalhando rapaz o a base o cara aqui ó v trabalha 4 anos 5 anos com boi aí eles já trocam né ele vai ficando cansado né é nós ficamos muito cansado aí já esse meu aqui já tô com vontade já por causa que já é muito trocando ele é o mais velho é mesmo o fato de ele ser muito velho né é porque ele foi cortado aqui na na nessa perna dele ali aí quando eu trabalho com ele ela enche perna dele aí ele fica a gente vê que ele fica mancando dentro da perna ele sofreu um acidente não foi que cortou lá o cortou ali o reeta ali na o tendão dele pessoal do dele ali de apoio né fica então vamos lá né [Música] aí ele já sabe o caminho certinho tia até a casa de farinha ele vai direto ele vai só né vai só [Música] bora para mim já mano [Música] pode cair alguma coisa tem nada bom dia minha tia bom dia tá hoje a pegada vai ser diferente né vamos pra roça vamos fazer a nossa farinha né farinha daí tá acabando né tia tem que tá acabando tem que fazer de novo porque é assim é assim acabou a gente vai lá e faz de novo aqui vai produzindo vai consumindo e e fazendo hein é o meu eu gosto de fazer farinha farinha é bom de fazer né tia processo é bom era mais difícil antes nós não tinha boi aí tinha eu tinha pena dos meninos carregar nas costas né um monte de saco pesado agora graças a Deus a gente coloca aí já deixa dentro da casa de farinha facilita muito ó aí o resto quando entregue na casa de farinha o resto fica bem mais fácil a dona Nazaré aí vai com sacutelo nas costas ele é produzido aqui mesmo pessoal pela minha tia essa espécie de mochila aí né mãe é é muito utilizado aqui no aqui o o povo do interior utiliza muito isso aqui para facilitar a carga né carregar as coisas dentro joga dentro aí é como se fosse uma mochila mesmo tem perigo de cair nada de perder nada é o famoso sacutela aqui é chama chama-se de sacutela aí pessoal e hoje eu vou matar saudade de fazer farinha que faz muitos anos já que eu não faço farinha não trabalho enfarinhado então hoje vocês vão ver eu arrancando a mandioca descascando lavando servando e imprensando são uns processos que a gente faz vocês vão ver acompanha aí [Música] [Música] durante o inverno amazônico quando as chuvas são constantes e o céu vive encoberto os ibeirinhos aproveitam ao máximo cada raro o momento de sol esses instantes de sol viram oportunidades valiosas no dia a dia da comunidade facilitando o extrativismo [Música] ribeirinho e vamos subindo aqui uma terra grande né tia é e essa é a luta né minha tia que tem que Essa é a luta quando tá no verão as coisas se tornam tudo bem mais fácil e quando tá no inverno que a gente c mandioca debaixo de chuva faz todo o processo debaixo de chuva pensa no lameiro mas é para fazer a gente tem que fazer né é a nossa sobrevivência a nossa mesmo prazer a criança não deve ter farinha tem que ter a farinha né tia tem que ter a farinha além de ser uma fonte de renda que a senhora também produz para vender né tia precisou de uma graninha mais a gente faz aí 10 12 sacos de farinha vende aí compra alguma coisa que tá faltando para casa é graças a Deus a gente produz muito roça todos os anos nós tem bastante roça e dá pra gente trabalhar o ano todo a gente vende a gente faz para comer ainda sobra a roça chega outra nova e ainda tem do ano passado do ano anterior né que todos os anos a gente tem por obrigação de plantar é um é um alimento e um meio de produção que é não pode faltar de jeito nenhum pode de jeito nenhum todos os anos é que nem estudar você tem que ir tem que fazer todos os anos a gente planta um roçado novo já tem o velho do ano passado aí é assim sucessivamente ei mana explica para eles aí que época é que tu planta a tua roça assim para dar uma roça boa eu aqui na na nossa região a gente planta a roça setembro e outubro antes desse dess desses meses aí a gente não planta a roça aqui então para nós a roça só é boa só fica grossa carregada se for no mês de outubro setembro e outubro geralmente as pessoas ainda tem uma tradição de plantar a roça na lua cheia de outubro segundo ex eu não tenho muito isso meu mar meu velho a gente não tem isso não chegou o mês de outubro é uma obrigação já de nós ter eles plantar com terreno pronto né já estamos com terreno pronto plano já pra gente plantar realmente a gente planta um feijão tirou o feijão já vai plantando a roça aproveita aí assim e aí a gente já planta o milho junto com a roça e ainda tem o processo do arroz nós vamos mostrar para vocês como é a tradição da gente aqui não planta muito arroz a gente não tem um espaço que o arroz ele é mais para baixo da terra lá ele tem que ser de uma de uma parte que tenha mais água né mais água mais úmida terra e nós não não planta arroz aqui arroz muito para vender né só consume pouco né mano pouquinho mesmo porque a gente tem até um roçadinho ali a gente vai creio que nós vamos mostrar para vocês eh mas não é muito é pouquinho a gente plantou só para tirar a semente quem sabe no outro ano a gente por essa época teveja mostrando aí um um assado grande de arroz a gente vai procurar um local que seja adequado pro arroz porque o pessoal sabe não sei para outra região planta arroz terrarada e aqui nós não tem isso né tem que ser na nossa terra e é seco o arroz não não dá não sei como não sei que ele só tem que ser na terra úmida onde tem gapó água essas coisas que aqui pessoal como vocês podem acompanhar já estamos aqui na descida do morro essa essa parte aqui da comunidade a região onde a comunidade tá localizada é uma parte que tem muito morro de terra é chamado terra firme por isso que não é propício pra plantação de de arroz para vocês terem ideia da altura ó a gente vem descendo lá de cima descendo todo esse morro e vamos lá pro final dela estamos chegando aqui pessoal na casa de farinha é como a gente conhece né mãe é é conhecida como casa de farinha a casinha que deixa todo o material de fazer a farinha aqui né e aí a gente que é o processo de fazer a farinha torrar sear prensar isso daqui são todas as etapas que que a farinha de mandioca passa pessoal para poder se transformar na farinha em si né mãe é exatamente deixa aí não mexe não aqui temos a parte que vamos cevar ela a coxa que fica a farinha ali os fornos para torrar o banana tirado na hora acabou de tirar não foi tia acabei de tirar e o nosso café da manhã vai ser aqui na casa de farinha né com ananá ananá não isso aqui é um abacaxi naná é aquele que tem um espinzinho aqui ó e a tradição né tia que principalmente pra nossa região quando tem a casa de farinha sempre tem muitas fruteiras ao redor da casa né tia isso isso aqui ajuda muito a gente vem para cá nós tem o mamão nós tem a banana tem o abacaxi fogão o fogão para nós fazer nossa comida a gente não se desse materialzinho dela de cozinha as coisinhas de cozinha aqui tem café tem açúcar tem óleo ali aí é sempre bom né tia ter ter tudo aqui porque geralmente na farinhada é você não vai em casa almoçar geralmente é aqui né o dia todo a gente passa o dia todo porque depois que arrumar tudo colocar na prensa ainda vem a a a parte mais difícil que é a lenha né é para queimar debaixo do banana cadê a banana e o bananão não minha nossa senhora do céu só que só banana tá tia mesmo a tia banana tudinho não é eu não esse daí que é o cocão né é aí que eu vou partir aqui para o cocão esse daí que é muito utilizado aqui pra mulher fazer temperar né as coisas antigamente o meu marido disse que quando morava lá no seringal mas o pai dele eles usavam isso aqui para para tudo o óleo usava na panela era o o o óleo do cocão chuca tira machuca aí esprem tira o leite aí coloca no colocava no arroz na carne tudo eles usava para tudo no lugar do óleo de hoje era óleo do cocão no caso é o leite né é que tem um leite aí ele sempre tem três bag né mano isso tá banando de vez e já depois mostra o bananalzinho meus cã tem provado no coco aí galera ó daqui é o cocão ess aqui ele ele tem um bag grande ó tem uns mais pequeno e tem ainda tem maior do que esse daqui depois a gente vai mostrar tirando né é esse daí é utilizado para pros produtos aqui né tia fazer fazer o beiju colocar no beléu na tapioca comer com farinha e açúcar minha nossa é uma delícia mugunzar coloca no mucunzá então aqui no interior pessoal a gente geralmente utiliza mais o cocão do que o Isso em vez do coco da praia a gente vai na mata e traz isso daqui que dá um gosto maravilhoso ele ele tem mais óleo é mais gorduroso né tia mais [Música] [Música] saboroso faz esse poner isso é o primeiro aí pessoal como que o meu tio fez a ponte dele aqui para poder atravessar aqui a grota é justamente pro boi conseguir passar né tia isso aí o boi passa de boi e por descer como o boi é pesado ele atola aqui dentro do do garopé e ele não consegue [Música] sair a gente faz esse trapejo aí ó rampazinha ele sobe de boa e é terra meus amigos aqui é subindo e descendo não para acabamos de descer uma grande vamos subir outra por conta dessa grota aqui e essa é a dificuldade muitas vezes diária que a minha tia tem que passar para conseguir produzir o próprio alimento como ela já falou não tem mercado então tem que plantar colher produzir e comer esse é o ciclo aqui no interior então aqui chegamos ch seu roçado isso aqui é o início no roçado que a gente arrancou a primeira parte que nós arrancamos eu plantei essa roça ela já tá desse ponto aqui ela já tá no ponto de comer já tá no ponto de comido quando nós for até levar uma mandioquinha nova ponto da mandioca pr fazer a farinha é diferente do ponto pr comer né tia ou é igual é ela pra mandioca ela ainda tá ô pra arroz pra farinha ela ainda tá fina agora pra comer cozida ela tá boa quanto o período da semana para ela ficar boa é um ano mês é é no caso a gente planta em outubro outubro novembro dezembro janeiro fevereiro março abril e maio então 5 se com 7 meses se a pessoa tiver apertado não tiver de jeito nenhum já dá uma ótima farinha né ela não tá no ponto não tá madura grossa né mas já alivia agora com 10 é o comum tá no ponto aí ela já tá boa de arrancar de produzir a farinha até porque dá uma farinha bonita ela tá antes de erar ano né uhum é sua farinha mais gostosa a das suas principais rendas é a farinha né tia isso quando a gente tava com os nossos filhos dentro de casa todo mundo trabalhava junto agora provavelmente faz diminuir a produção né aí só eu e meu velho não faz muita coisa não mas é isso né tia aqui no interior é uma satisfação grande quando vê o filho indo pra cidade né procurando dias melhores para ele né ele pediu para estudar a gente deixa de todo gosto vai pra casa de parente da minha irmã e é uma alegria grande em saber que o filho tá saindo de casa para ir procurar para estudar se formar num faculdade a gente não tem condições mas ele já sai de casa no ponto para trabalhar pro batente com 18 anos 19 anos e a gente não pode dar então se ele tem vontade ele vai correr atrás aí e é assim eu sempre disse para ele que eu não tinha dinheiro para manter eles na faculdade mas quando eles quisessem ir procurar o meio de vida melhor do que o meu deixar de estar no roçado eles podiam ir e graças a Deus eles estão fazendo isso cada um tá voando com suas próprias asas espero que dê certo na vida dele né isso querendo ou não isso aqui ao longo do dos anos vai fadigando né pois é gente que é acostumado eu hoje eu não sonho ir pra cidade não mas os filhos da gente já vem com sonho diferente eles querem conhecer querem explorar a cidade querem ir para fora achei já aqui pesado para eles eles começar desde pequenininho mas eu até no colo desde quando tava na mama ainda eu já levava pro roçado já ensinei trabalhar fuma eles não bebem eles não faz nada ilícito graças a Deus isso é o que toda mãe que vive no interior sonha né é um orgulho grande ter colocado meus três filhos no mundo e ver eles formado grande com 22 anos com 18 anos e o outro tem 20 anos e ele sai da roça pra cidade grande estão se dando bem vão estudar e para mim é um orgulho só ele estando feliz eu tô bobuiando na felicidade aí eu fico aqui na minha mata na minha lavurazinha esse aqui eu gosto eu as minhas raízes são aqui eu acho que o meu andei na cidade grande voltei pro interior porque eu acho que o meu sangue as minhas raízes não saíram daqui eu voltei para cá e eu gosto dessa vida aqui de fazer a minha farinha de vir pro meu roçado eu tô entediada em casa eu pego o meu techaçadinho venho pro meu roçado embora eu não venha limpar mas só eu andar dentro do meu roçado eu já tô de boa eu já tô tranquila com a cabeça leve volto para casa em paz porque eu sei que o que eu plantei eu tô produzindo olhando o que eu já fiz né minha vida é essa mas eu gosto da minha vidinha simples mas vivo bem aí pessoal depois do trabalho dele de chegar até aqui agora tá comendo então ele fica descansando até a gente precisar dele novamente tem sombra ali para baixo ele vai descer se quiser tomar água também ele toma e é assim a utilização do animal eu espero que vocês estejam gostando muito aí do nosso conteúdo aqui da nossa tia pra gente é uma satisfação enorme né tá participando novamente fazia muito tempo que eu não participava de uma farinhada farinhada é como a gente chama aqui quando vamos fazer a farinha para casa agora vamos pro trabalho em si desde lá da casa dela até aqui o roçado são aproximadamente uma hora é muito longe é muito desgastante e agora que o trabalho vai começar olha aí pessoal a fartura isso aí é mamão plantado nós vamos tirar para para poder comer né mãe é vamos comer uma aqui tirar diretamente do pé aí que é bom isso que é natureza isso que é fartura tão tão madurinho pessoal que estão pintado só que eu tenho até a vara né é um meio fácil de tirar uma mão é só balançar vai a balança e a para vai aí boa tu viu aparei os dois ó aí ó casadas sou boa sou boa aí ó e aí tia os prejuízos dos porcos tá estão comendo por aqui né é o mesmo aí ó foi que eles fizeram aqui ó ali mais na frente ali ó aqui nesse outro pé vamos até aqui na frente aí ó que foi que eles fizeram aqui ó nesse outro aqui ali na frente ó tudo comido ali ó aí acaba trazendo um prejuízo muito grande né muito grande exatamente porque ele come aqui ele estrag aqui porque não é nem não é nem pelo fato dele comer né ti por conta que quando ele machuca uma uma batata ele apodrece o resto do pé inteiro né é aí por isso que que a gente fica assim no caso aqui ele comeu só essa só essa batata aqui ó no caso ele comeu essa batata aqui essa outra aqui ele nem mexeu mas já tá pode aí ó aham toda podia ó aí pessoal essa outra batata ele nem mexeu ele só comeu aquela mas apodreceu tudo aquele outro pelá ele fez a mesma coisa ele comeu só uma batata e ele tá todo podre ó no caso que ele só comesse muito bem mas aí ele como um pé estraga metade né é causa prejuízo por causa disso aí não tem nem para eles e nem pro senhor né tio não nem tem para ele nem tem para mim porque se ele comer só uma batata aqui deixar sorrendesse por exemplo ele começou esse pé aqui todinho ele comeu uma batata aqui ó e repara aí ó como é que tá daqui ó todo podre ó é isso aí é o que só uma né é o que tá acontecendo pessoal por aqui tá sendo invadido pelos catitu quem faz isso aí é o Catitu né Tio é catitu esse bichinho aqui é um cupim cupim do chão que a gente chama ele tem um dente tão afiado que ele pegou aqui no meu dedo olha aí o corte que ele deu tá indo bastante sangue cortou foi só aqui só mordidinha essas presinhas dele aqui ó aí ele fez isso aqui ó parece mentira mas é verdade acabei de tirar ele pregado do meu dedo tamanho do do meu Olha aí tamanho das miinha tão grandinha hein tia essas daí mais ou menos ainda não tá das maior não mas para dar para tirou que tava dentro pr tirar né para tirar ainda tem mais grossa ainda já tira esse monte aqui aí pessoal aí começa os trabalhos é tirando e fazendo primeiro monte né tio é arranca o pé da macaxeira aí a gente corta ela todinha aqui né assim que nem a mana tá fazendo ali aí depois aqui vai o processo para descascar isso aqui é para facilitar mais gente aqui ó nas comunidades do interior a produção da farinha ainda carrega uma forte tradição os trabalhos costumam ser divididos os homens ficam responsáveis pela colheita atorragem e tarefas mais pesadas enquanto as mulheres assumem os serviços considerados mais leves mas que não deixam de ser importantes no caso da minha tia é ela quem determina o ponto da farinha e decide se está boa ou não nesse momento a palavra dela é a lei [Música] [Música] essa mandioca aqui Ó gente só que a minha irmã planta muito aqui na colônia dela a gente chama ela de molatinha roxa aí porque ela tem isso aqui ó roxinha ó mas dentro ela é branquinha do mesmo jeito e ela tem uma astra escura aqui ó ela tem astrezinha escura ela é diferente você vê que essa essa aqui ela é branca e essa cor já é diferente dessa ó por ele ela é chamada a muletinha roxa muletinha preta aí essas daí são as qualidades que a senhora tem aqui as qualidade aí tem uma curimen que é muito usada pra gente plantar em praia assim no verão é indígena né essa daí isso a curen é muito usada nos índios ela não tem esse pau aqui eles usam para fazer a caiçuma sem fiapo sem o coisa aqui ela não tem esse se que é é a curiment isso é a curiment caiçuma que nós fala é uma bebida indígena que os índios usam muito é o que eles utilizam lá eles fazem da mandioca eles mandar é mandioca fermentada mandioca fermentada eles cozinham a mandioca machuca mandioca mastiga na boca né mastiga na boca quem sabe um dia a gente vai mostrar esse processo né processo exatamente como eu tô falando aqui coloca dentro da mandioca machucada e deixa fermentar por uns três quatro dias aí ela fica fermentada coloca no sol aí eles chamam de caiçuma eles utilizam muito é uma bebida tradicional mesmo dos índios caium bêbado mesmo de verdade e dá e tem álcool quando tem álcool mesmo quando ela fermenta ela tem álcool que ele fica bêbado bêbado bom galera nós finalizamos aqui a tirada já fizemos um monte aí agora começou o processo de descascar não foi mãe foi é esse aqui o processo que eu falei para vocês que a gente ia mostrar descascar a macaxeira tem que descascar tirar essa pele dela aqui tá vendo essa pelinha aqui você tem que tirar ela por baixo assim para não deixar nenhum resí para não ficar a farinha feia porque se deixar ela a farinha não fica uma farinha de qualidade pelo menos na nossa cultura é assim na nossa cultura é assim a gente não rapa macaeira assim tem canto que o pessoal rapa e tira só esse preto só o sujo aqui não aqui a gente tem todo esse processo de descascar tirar essa casca todinha aqui assim ó aí ó tod é um processo demoroso não é bem fácil não é mas no final é gratificante porque a gente vai ter uma uma farinha boa farinha de qualidade que a gente vai comer com gosto é uma farinha bonita vai ficar branquinha e se a gente tirar essa essa parte suja aqui da gente rapar não vai ficar para nós [Música] aqui tem que ser tirada essa parte próxima é porque para cá pra nossa região o que predomina mais é a farinha branca né mãe por isso que que tem que tirar a casca dela todinha é para você fazer um produto de qualidade você tem que ter uma higienização grande descascar bem descascadinha tirar todos esses biquinhos aqui ó ela tem um biquinho uma macaeira ó isso aqui também tudo você tira isso aqui tira fora lembrando pessoal que esse daqui é o nosso jeito de fazer é a nossa cultura aqui no interior do Acre não é nós estamos mostrando a nossa cultura daqui né porque pr a gente sabe que para outras regiões é diferente né ninguém aqui tá julgando nada estamos só mostrando o nosso processo que aqui o pessoal considera como higiênico e também para ficar uma farinha de qualidade descascar ela não só rapar exatamente isso é cultural daqui da nossa região aqui do Acre e agora vamos finalizar esse processo vamos tiramos aí só essa quantidade é para poder fazer só uma saca né ti mais ou menos que vai dar e também porque é o é o que vai ser utilizado lá para comer né tia isso não é produção para vender para vender tu ainda vai essa eh a partir dessa outra semana né mana conforme o tempo aí se tiver fazendo um verão aí tu vai reunir mais algumas pessoas da nossa família a gente vai chamar o meu sobrinho para ele vir ajudar aí vocês vão fazer aí umas 10 12 sacas de farinha né vamos fazer o que der a gente tá pensando em desmanchar a roça toda a gente desmanchar que a senhora fala é tirar tudo tirar tudo isso deixar o arrancar toda a macaeira né isso a gente não tem uma base assim quantas sacas de farinha vai dar mas no na minha matemática acredito que ainda dá de 25 a 30 sacas de farinha então a gente vai chamar o meu irmão meu sobrinho para vir ajudar o meu velho torrar porque ele é sozinho né ele tem um problema no braço quando ele faz muita farinha passa o dia todinho mexendo lá na pá ele fica por causa deslocamento do braço dele né ele sente muita dor no braço então vou chamar o meu sobrinho meu irmão para vir dar uma ajuda a nós pelo menos na torrada né essa parte aqui eu faço sozinho mas o meu velho a gente vem para arranca para uma saca duas sacas agora naturalment essa daqui é a quantidade que a senhora tira para uma saca para deixar em casa gente isso isso aqui é a quantidade que eu faço para uma que tu quer dizer é baseada em 50 kg né 50 kg de farinha isso é uma saca de palhinha amarradinho na boca né costurado 50 kg de farinha isso dá de 50 45 50 kg nós já fazemos aqui farinha fina ela a gente faz para vender a gente faz fina ela pesa mais quando é pesada a dá 55 58 kg a base mesmo é 50 kg né isso então é isso aí o comum da saca de farinha pesada para para pro para que nós vende né uhum é 50 kg né 50 kg ela não mais nenhum que varia muito se a gente quiser uma farinha com bastante caroço ela pesa menos se a gente quer ela mais pesada a gente faz com menos caroço porque a gente sabe fazer esses dois processos né com mais caroço e com menos caroço aí a gente quando é para vender que é pesada a gente faz mais fina que ela pesa mais tipo ela une mais né aí ela fica mais pesada mas pro nosso consumo a gente faz sempre carçudinha por conta do açaí isso que eu pensei pra gente comer com açaí com o vinho né que tem o açaí tem abacaba tem o pato e tudo isso é bom com aquele carocinho gente tirando por cima e comendo [Música] quando nós foi já vou passar lá noinho de arroz isso aqui ó isso aqui é a gente tem que tirar essa partezinha dela aqui porque isso aqui é pau é madeira é uma madeira da mandioca mesmo sabe aí a gente vai cortar ela até sumir porque isso aqui quando você passa na peneira que vai a gente vai mostrar o processo se a gente não tirar isso aqui fica muito pó aquele pau pauzinho na farinha né então é preciso de tirar isso aqui mas geralmente isso aqui você tira quando tá lavando de parte a macaeira aí tira né melhor mas no momento ela vai ficar assim a gente vai tirar só quando tiver lavando é for para cevar a gente vai mostrar tudo isso passo a passo para você isso aqui pessoal é só o processo de descascagem não significa que a mandioca vai ser feita assim não vocês vem ó que ela tá suja tá no chão mas ela já tá com a casca retirada essa etapa aqui é assim aqui nós ainda vamos pro outro processo que é o processo de lavagem [Música] mas o o tempo passa muito ligeiro né pô hum eu fico pensando eu vou me tudo pequenininho hoje eu só mais minha ver pode minha tá começando a aparecer as abelhas né mãe toda vez que o cara vem assim né tia pro roçado sempre dá muita abelha quem já fez farinha assim tirou roça quando o sol tá quente devido o suó né da gente elas vão vão chegando vão chegando aí vão começando entrando pros óleos e a gente vai começando ficar perturbado é tanto que a gente geralmente quando a gente vem fazer farinha a gente vem cedinho que é para 8 horas 9 horas e já tá tudo no ponto e já tá voltando pra casa de farinha ele passou desse horário a tendência é essa é aumentar quanto mais a gente fica quanto mais suó pessoal tiver no nosso corpo na nossa roupa mais elas são atraídas e como a tia tá falando com sol quente ainda mais e aí pessoal queria que vocês deixassem no comentário aí né mãe como que é chamado aqui a gente chama de macaeira mas tem alguns locais que chamam de mandioca outros deim e por aí vai mas aqui a gente chama só por macaeira na verdade tô até evitando um pouco chamar para dizer que é mandioca porque mandioca praticamente todo mundo conhece né mãe mandioca é macaeira também tinha é mas a gente só chama macaeira pessoal aqui macaeira deixa aí nos comentários qual é o nome aí na localidade de vocês e também não esqueçam de colocar qual cidade vocês estão assistindo a gente estamos aqui isolado no meio da serva né meu tia é e as abelhas não param de querer cair dentro do olho da gente finalizamos o processo né dona Nazaré é o processo da descascação assim a gente já descascou toda já amarradinha no saco só esperando jogar na carroça do boi para poder levar aí aqui pessoal finalizamos agora é é esperar meu tio chegar ali com o boi para poder embarcar aqui tem baú aqui no para cá aí tá bom sim isso aí para ele é a mesma coisa dele seco né ti aí é mesma coisa de não levar nada aí aí ele vai cantinho não ele já sabe o caminho vai sozinho aí vai sozinho vai ter um na casa de farinha agora h pouco a gente tava comentando né tio sobre como que um animal bruto do campo consegue fazer isso né amar deixar ele dessa forma né aqui eu ti só colocou a carga que ele já sabe o caminho certinho até lá a casa de farinha e vai sozinho bom galera a gente deu uma parada aqui para tirar uns cacau não sei se vocês já viram desse né mãe olha aqui pessoal aqui a gente chama por cacau pupu alusão ao cupu açu né que ele parece muito pessoal uhum quebra aí mãe pra gente mostrar ele é semelhante o cupu açu só que ele é doce ó aí ó a casca dele é mole não é dura igual aquele cacau normal ó aqui ó isso aqui é a casquinha dele ó ol aí como é parece cupo a sua ó deixa aí nos comentários se vocês já comeram desse daqui rapaz galera e não tem comparação esse daqui ele é bom minha nossa né mãe muito bom olha aí ó cacau cupu açu ou cacau pupu deixa aí nos comentários se vocês já comeram desse cara e ele é bom hum [Música] [Música] depois de chegar do roçado lavamos a parte interna da caixa que vai receber as macaeiras e agora será iniciado a lavagem retirando todas as sujeiras que ficaram da etapa [Música] [Música] anterior colocamos aqui a água pr deixar ela um pouco de molho pr amolecer um pouquinho a sujeira aqui a parte do do barro que acaba ficando na hora que a gente tá descascando e daqui a pouco vamos começar a limpeza né tia isso antes de tudo o primeiro passo é a limpeza colocar a mandioca limpa dali a gente lava essa aqui lava a bola aqui de baixo aí nós vem para cá limpa tudo tudo bonitinho joga a água tudo higienizado porque tudo higienizadozinho a gente vai ser algo que vai ser para consumo né não é pro Exatamente então tem que tá tudo limpo aí a gente limpa também varre bem varridinho que aqui a gente coloca a farinha e a massa amanhã né uhum aí a gente passa o pano molhado tira toda a poeira e ali a gente joga a água também dá uma escovada isso aqui é a prensa pessoal vamos mostrar para vocês o saco da da massa hoje o o último passo a gente vai prensar né tia é deixar ela prensada que é para amanhã fazer a torragem dela aí vai escorrer uma água essa água em algumas regiões o pessoal chama tucupi nós aqui nós chamamos manipoeira é a água que sai da massa da mandioca pessoal utiliza muito para na culinária isso isso fazer fazer tacacá fazer tacá isso aqui a gente não usa não ela escorre aí ela é descartada né é pois é gente é isso aí vamos agora vamos comer alguma coisa né dá uma descansada né tia que até agora o café da manhã ainda não deu vamos tomar o café agora pessoal ali o barro da mandioca pra gente limpar ela bem limpinha aí enquanto vocês tomam o café eu vou fazendo a limpeza aqui nas coisas cafezinho meu tio cafezinho meio tarde já aqui o negócio é bruto né não tem muito tempo para Não tem muito tempo para É porque tem que aproveitar enquanto o sol tá baixo né não tá meio frio né porque sol muito quente é mais ruim né de trabalhar né tanto pra gente quanto pro animal também aí tem que ser de manhã cedo mesmo é isso aí pessoal vamos dar uma descansada igual o Ti tava falando aqui a gente começa cedo bem cedo mesmo o dia que é para não trabalhar muito tempo no sol por exemplo agora já é mais ou menos umas 10 horas já terminamos todo o trabalho aqui o trabalho que precisava de sol né que era tá lá tirando a mandioca e tal aí agora vamos só para trabalhar aqui na casa de farinha aí por isso que vamos tomar café agora e aí mãe explica um pouquinho do processo aí Nazaré olha a gente utiliza esse um paninho assim né o Zé tá passando o pé aí assim machucando para tirar só o grosso né mas a gente vai lavar isso aqui lembrando pessoal que essa aqui que o tio tá fazendo é só para tirar a maior sujeira né tio mais grosso né só o mais grosso depois a gente não entra com o pé mais não aí vai passar água e passar outra água vamos retirar essa água é ela todinha limpar de novo a mandioca né mãe e passar outra água limpa aí esse processo é feito só assim igual a mãe tá fazendo é né mãe isso para tirar assim toda a feijurinha da da terra né que fica na macaixeira só o fruto mesmo tá descascando [Aplausos] [Música] [Música] [Música] [Música] aí é o segundo processo né aí é toda a areiazinha para não ficar nada de areia já foi lavada aqui aí agora é só para tirar a última sujeirinha que ainda fica na macaira pois é gente ela fica toda assim toda limpinha bem alvinha para vocês estão vendo aqui que ela tá bem limpinha bem altinha aí aqui sim aí a gente começa vai colocar no banco aqui para [Música] sevar vai mostrar como que tira esse pau aqui de dentro ó essa essa da roça aqui mano essa preta ela mandioca boa depois de finalizar a lavagem a minha tia começa a dividir as mandiocas maiores para que possam passar pela bola a bola é um mecanismo que possui uma superfície com várias pontas ligada a um motor a combustão ou elétrico e ela é responsável por fazer a trituração da mandioca aí essas menor não essas menoras pass durante os dias de farinhada todas as refeições são feitas na casa de farinha isso se torna uma necessidade para os ribeirinhos devido à distância de suas casas permitindo economizar tempo e retomar os trabalhos poucos minutos após a refeição aí galera agora vamos pra nossa boia hora do almoço já 12:30 para daqui a pouco começar os serviços de novo tá su tá não não farinhada no interior é desse jeito se a tiver a farinhada e não tiver o rango bom tem graças mesmo não aguenta não né não é um trabalho puxado né é é bem bom assim feito na casa de farinha mesmo uma caixeirinha uma carne assada na brasa banana quiser uma garapinha de cana é só moer no o processo de cevar consiste em triturar a mandioca e transformá-la em uma massa úmida é uma etapa extremamente perigosa que requer muita atenção havendo inúmeros relatos de moradores que já se acidentaram agora tô tirando a goma pouquinho aí pessoal para quem não sabe ó é daqui que vem a goma para fazer a tapioca né tia é esse processo aqui que é feito ó tem gente que tira de outro outro jeito né usa um saco maior ou coloca numa canoa e coloca a massa toda já com a água eu não como é pouco a gente só tira o pessoal mesmo pra gente se alimentar eu tiro assim no meu saquinho eu tiro muito quando tem muita massa eu tiro bastante e aí amanhã essa água aqui vai sentar todinho amanhã é que vai est o transformado na goma né isso vai tá o polvilhozinho que é a goma e amanhã nós vamos fazer a tapioca se quiser vamos mostrar como é que faz o tapioca né e aí meu tio esse daí é um dos processos mais perigosos que tem né na hora de de servar a mandioca aí né Tinho é daí é o mais perigoso daí aconteceu vários acidentes né ah já mesmo já rolou os dedos tudinho aí na bola já você tem que ter muito cuidado né Tinho tem que ter muito cuidado senão rola todo ela vacilou três coisas é só triscar pr pra unha a cabeça do dedo ir embora né uhum tem que ter muito cuidado na forma de pegar a macaeira porque se tu pegar uma macaeira de qualquer jeito se ela quebrar a tua mão vai lá dentro acaba acaba mesmo acaba come os dedos tudinho tem que ter um todo um cuidado pega outra e vai auxiliando né exatamente você pega uma macaeira e vai auxiliando ali empurrando as outras empurrando nunca levando os dedos na direção da bola de jeito nenhum aí tem que saber a macaeira tá firme né porque se pegar uma macaeira que você no que você tá partindo ela ela ficar com uma parte quase quebrada é perigoso ela quebrar com a mão da gente lá pertinho a mão da gente vai junto e pode prestar atenção que em toda a comunidade tem alguém acidentado disso né mãe eu mesmo tenho uma cunhada que é casada com o meu irmão ela tem esses dois dedos esses três dedos dela assim cortado até aqui a junta né tem o nosso primo também um cronó né seu sobrinho exatamente meu sobrinho também todos foram exatamente na bola de bola aquele do pró ele tirou mesmo deixou na junta não foi só na bola mesmo a prima tem esses dedos dela né cortado né então gente a gente eu vou mostrar para vocês aqui o processo de colocar a massa na prensa aqui isso aqui que a gente chama prensa é isso aqui né esse toda essa parte aqui né Zé aí aqui você o Zé vai colocar essas tábuas né aí ela é assim ó ele faz um corte assim na tábua que é para na hora que ele colocar o saco com a massa da macaeira ali imprensar e a água passar tá entendendo porque se não tiver isso aqui não não dá certo não porque a água não descepoca o saco né Zé é aí não dá certo aí tem esses furinhos também que é para ajudar a passar a mãe de poeira como a minha irmã tava falando que é a água da macaxeira que que a gente chama mãe de poeira né mano tucupi pois é famoso tucupi mas para cá nós chama desse jeito é isso aí o Zé vai colocar no saco ainda aí quando ele tiver colocando aí dentro aí vocês vão ver tudo direitinho todo o processo a gente divide aqui uma um pouco aqui cada saco né aqui ó tanquezinho aqui que é o normal para ela enxugar que ela vai direto para cá agora não precisa amarrar a boca do saco não né não eu só drobo aqui ó aqui bem ajeitadinho aqui aí aqui só aí coloca o outro em cima né é coloco um aqui depois coloco outro assim na época na época que a gente era pequeno que morava com os nossos pais no seringal eu minha irmã era totalmente diferente o o jeito que se colocava a prensa né hoje tá bem moderno já tem esse saco não dá mais muito trabalho não agora antigamente dava muito trabalho porque no lugar dessas tábua aqui era para roliço assim que a gente tirava fazia tipo um chiqueirinho né todo tempo assim até subir o tanto que a gente quisesse colocar mais ou menos esse tamanho aí aqui você colocava palha dessa palha ali mesmo daquela usava daquela palha de jarina daquela daquela palmeira ali olha a gente pasta ela no meio assim aí drobava ela para ela ficar mais fechadinha né aí cortava mais ou menos esse tamanho aqui esse tamanho aqui aí colocava elas assim aí você ia colocando a massa colocava uma camada de palha aí colocava a massa de novo outra camada de palha e fazia o processo de um lado e do outro assim que era pra massa não sair para fora isso porque não existia saco não não existia saco era o único meio que tinha de imprensar a massa era desse jeito mas e dava pra gente fazer direitinho arrumava direitinho era muito dificultoso muito dificultoso aí a gente conseguia né tudo a gente dava um jeito de todo jeito a gente conseguia sobreviver com certeza alguém já viu e sabe do que eu tô falando né porque já passou por esse processo de morar no interior nos siringais antigamente eu sei que muita gente que nos assiste aí vai confirmar que de primeiro nossos pais usavam palha aí deixa nos comentários aí quem já passou por esse processo quem já viu colocar uma prensa com palha e quem já viu também assim colocando com saco deixa aí nos comentários pessoal agora tu tem que botar ela só o tanto que que nós vou colocar essa essas taas aqui não sim vou colocar salbinha aqui sab vou colocar aqui a talba hein será que dá dá bem pertinho pegar [Música] só colocou tal aqui por cima lá vou samear vou samear ela lá tem um vasinho lá assim de plástico eu vou jogar um paú terra lá terrinha também como aqui a prensa é pequena pouca massa eu vou ter que colocar mais pau aqui em cima até até alcançar aqui em cima ti é até alcançar aqui em cima esse macaco para cá pra G [Música] [Música] aqui é o macaco falado é isso aqui ó aí essa peça aqui tu levanta ela para cá quando tu abaixa ela vai acochando ó e vai prensando a massa né e vai prensando a massa ó tem aqui tu bota ela do jeito que tu quiser e tu arrocha até se pocar o saco antigamente era utilizado um era como se fosse um balanço não era que era um varão pessoal varão né exemplo aqui aqui nós estamos usando duas aqui nós chama de virne e a de quando era no varão era só uma né só uma e aqui não aqui as coisas mais tá mais fácil de primeira era mais difícil uhum aqui eu ainda lutei aqui com no varão né uhum aí tirem tem muita gente que que assiste com certeza sabe o que é o varão é tem muita gente o varão pessoal era aquele que utiliza só um apoio desse daqui e você vai colocando pressão de um lado né Ti e ele vai prensando aí vai imprensando aqui ele não tem esses dois suportes aqui ó só tem um né Tin só tem um só essa posição aqui ó é porque fica de um dia pro outro a gente pensa agora amanhã a gente vai tira e vai terminar o processo da farinha terminou o processo já vai fazendo a limpeza né tia isso a gente porque amanhã a gente vai precisar de novo dele para cevar a massa que ainda vai passar no outro processo que nós já servemos a mandioca aí amanhã a gente vai colocar a massa aqui dentro e já vai se também depois é que vai pra peneira por isso a gente já deixa tudo no pontinho limpinho aqui porque se deixar para amanhã a massa fica azeda aza aqui gente isso aqui olha isso aqui a gente aqui na nossa região a gente chama de urucum muita gente aí que eu já assiste em alguns vídeos também chama de urucum ele aqui tá só a florzinha olha aqui é só a flor ainda tá só a flor aí aqui ele já tá assim ó ó processozinho já dele ó isso aqui ó aí aqui aqui dentro ele tem o carocinho só que agora ele tá verdinho ainda e o urucum aqui é muito apreciado aqui não tem um um acri que não usa urucum dificilmente tem alguns isso aqui ó ele tem uma tinta olha isso aqui é para para temperar comida qualquer tipo de comida vai urucum isso aqui é o urucum ele tá aqui no processo de urucum ainda que é a esse aqui aí depois passa pelo ou pelo um processo coloca isso aqui para secar tira essa tinta molhe no moinho ou bate no liquidificador com a massa de trigo ou mesmo massa de farinha fininha assim aí passa aí ela molinha aí que já fica o coloral aí a gente chama coloral e outra coisa gente isso aqui os o pelo menos os achacos campo aqui eles usam muito isso aqui para se pintar os indígenas os indígenas usa muito isso aqui pr pra pintura passa no rosto de um lado pro outro assim faz uma pintura se pinta todinho passa no corpo inteiro eles ficam todo vermelhinho aí eles misturam com óleo geralmente com óleo de coco alguma coisa assim que é para fixar mais ficar bem firme e demora muitos dias para poder sair é igual como se fosse a pintura do genipo exatamente é é como se fosse a pintura do genipapo só que o genipo dá a tinta preta e esse daí dá a tinta vermelha exatamente é isso aqui eles usam na pele de segundo eles é para proteger é como se fosse um protetor solar para eles eles usam muito pro para isso né ele diz que é um protetor solar isso aqui e esse daí é a planta pessoal que dá é isso aqui é o pé do urucum ó isso aqui pra região norte é muito utilizado mas pra parte sudeste do país para outras partes do Brasil é muito apreciado o açafrão que é outra coisa é ou uma batata é o açafrão já é bem diferente só que ele é tem basicamente o mesmo sentido que é colorir a carne né deixar examente deixar o alimento com a cor só que ele não é vermelho ele é amarelo isso ele é amarelo só para vocês terem é só uma comparação para Exatamente para algumas pessoas saberem isso mesmo finalizamos o processo de hoje aqui com a nossa farinha e voltamos amanhã para mostrar o restante para vocês aqui é a goma é a tapioca feito na palha da banana [Música] [Música] ah ah [Música] เ