A Maior Cidade do Mundo Sem Conexão Terrestre

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no meio da maior floresta tropical do planeta onde os rios são as únicas estradas e a selva engole tudo ao redor existe uma cidade que desafia a lógica moderna uma cidade de meio milhão de habitantes sem nenhuma estrada ligando ao resto do mundo aqui não há como chegar de carro nenhuma rodovia tem uma conexão terrestre só se chega voando ou navegando por dias no rio Amazonas essa é Iquitos no coração da floresta peruana uma cidade viva pulsante isolada e completamente única [Música] equitos está localizada no nordeste do Peru na bacia do rio Amazonas a cerca de 1000 km de Lima na capital do [Música] país a cidade é cercada por uma muralha verde de floresta densa e cortada por três grandes rios o Amazonas o Nainai e o Itaia é uma ilha urbana em meio ao oceano de árvores não há estrada que leve até aqui o único jeito de chegar é por avião em voos que duram quase 2 horas desde Lima ou por barco em viagens que podem levar até 5 dias vindo de Manaus ou PARPA apesar desse isolamento geográfico Iquitos abriga cerca de 500.000 pessoas é a maior cidade do mundo inacessível por terra viver em Quitos é adaptar-se a um tempo diferente a cidade tem sua própria dinâmica onde o relógio obedece mais ao ritmo do rio do que das horas [Música] [Música] e aqui chegamos na Plaça de Armas de Equitos onde tem a catedral deitos e outros prédios governamentais aqui ao redor alguns até com uma arquitetura bem colonial espanhola [Música] infinito [Música] tres cambiaros apesar de parecer que é uma cidade pequena ou média ela tem já 500.000 habitantes cara fazendo assim da cidade a maior cidade do mundo sem acesso terrestre o único jeito de se chegar aqui é de barco ou de avião para você ter uma noção onde é que eu tô no meio da floresta amazônica peruana cara num calor de 40º eu tô derretendo literalmente o Equitos é uma cidade praticamente ilhada do resto do mundo os motoataques o meio de transporte mais popular se movem como enxames barulhentos entre mercados praças e becos [Música] o calor é intenso a umidade parece grudar na pele mas quem nasce aqui aprende a viver em harmonia com o clima e com a floresta bom o clima dessa cidade é muito peculiar né já deu para notar aqui não existe estação de anos aqui o rio é muito mais importante que as estações do ano né ou seja aqui se mede a estação do ano pela função do rio o vazante é de abril a outubro e o crescente de novembro a março emitos o dia começa cedo as ruas já vibram com o som das motataques são centenas delas circulando em todas as direções costurando tráfico como formigas apressadas esse barulho é o som da cidade acordando a cidade pulsa uma energia única é intensa quente barulhenta mas também surpreendentemente leve [Música] e os primeiros registros de Quitos é lá por 1700 e pouco né quando os espanhóis chegaram aqui eles já encontraram um povoado nessa região que foi da onde tudo começou eu percebi que essa parte histórica aqui tá bem mais tranquila não tem tanta gente assim e tá e não tem tanto barulho né consequentemente porque não tem tantas dessas motos e tuques ah [Música] [Aplausos] [Música] ao ir ao museu aprendi muito sobre a história dessa intrigante cidade a história de Quitos muda radicalmente no século XIX durante o ciclo da borracha de vilareja indígena à beira do rio a cidade se transformou em um polo de riqueza e ostentação barões da borracha ergueram casarões com arquitetura europeia e importaram um luxo do outro lado do oceano com o fim do ciclo da borracha a cidade mergulhou em décadas de estagnação mas nunca parou reinventou-se com o turismo comércio fluvial e uma economia baseada na criatividade de quem vive longe de tudo o Chiquitos é o principal centro urbano da Amazônia peruana uma cidade que vive entre dois mundos o da modernidade e o da selva ancestral que a envolve [Música] são muito pequeninhas né e qual é o nome de esta caua cachinaua também região de cá de Peru de Peru estamos eu entrei aqui no museu amazônico fica bem no centro histórico aqui de quitos e uma das coisas interessantes que eu aprendi aqui nesse museu é que Iquitos tem esse nome porque quando os espanhóis chegaram aqui eles se depararam com uma tribo indígena que tava aqui já e se chama Iquitos né com car né no caso e por isso que até hoje a cidade se chamaquitos a também o chamado turismo medicinal com visitantes que buscam retiros espirituais ou tratamento com plantas da floresta acompanhados por curandeiros tradicionais a cultura aqui é uma fusão vibrante de fluências indígenas hispânicas e amazônicas o guia me falou aqui que muito dessas pinturas veio da ideia da alucinação que se tem quando se toma aasca né a comida tem sabores únicos: peixe fresco dos rios frutas que só existem nessa parte do mundo e ingredientes ancestrais usados há séculos por tribos locais [Música] [Música] salona solo una mano una Probar un poquito una gotita no no primero probar assim como [Música] [Música] então é o seguinte essa comida aqui ela é típica tradicional daqui da selva amazônica peruana ela é ela vem enrolada numa folha de binalin ah ela vem enrolada numa folha e dentro tem esse arroz cozido com ovo [Música] frango ovo polho aí tem também uns umas salsas que dá para colocar no meio e é típico [Música] daqui e salarita e vem até azeitona preta no meio muito gostoso e como seama este envolvendo carne de pollo azeituna e aí tem o dia da comemoração que eles comem isso no dia dessa comemoração mas a lógico ficou muito típico agora eles comem qualquer dia né e agora não satisfeito né eu tô comendo um tamales que delícia com essa salsa aqui vermelha que é do da cebola vermelha né hum a diferença do tamales daqui pros outros países que eu tô percebendo é que o tamales daqui vai é amendoim então esse restaurante aqui que a gente tá comendo ele é bem tradicional da Amazonas mesmo cara e o Fred ele pediu jacaré cara carne de jacaré e eu pedi um peixe aqui e ele vem acompanhado com banana da terra how alligator [Música] mercado de Belém é o coração do cotidiano de Quitos com labirinto de barracas cheiros vozes e cores coruja aqui se vende de tudo peixes frescos recém-pescados carnes exóticas raízes medicinais frutas amazônicas que talvez nunca tenha visto antes algumas bancas oferecem guarias locais como suri uma larva consumida viva ou assada [Música] o mercado de Belém é o coração do cotidiano de Kidos um labirinto vivo que pulsa com o ritmo da cidade ao longo de várias ruas e vielas ela é considerada por muitos o maior mercado do céu aberto da Amazônia e possivelmente o maior da América Latina em seu estilo ali tudo está à venda é o caos organizado onde os cheiros se misturam do peixe fresco tirado dos rios aos temperos intensos usados na cozinhas locais há bancas vendendo carnes exóticas como jacaré ou tartaruga ebol é tortuga é o cheiro aqui é realmente diferenciado viu uma mistura de peixe de carne de não sei o quê de todo tipo de fruta misturada é um cheiro bem peculiar e essa parte aqui do mercado ela é basicamente que vende mais plantas fazem muitos tipos de remédios [Música] né esse lugar aqui é incrível meu são tantas plantas medicinais tantos remédios e mais ovos de tartaruga ali [Música] e ali eles tem aquela mesa inteira é tabaco secando eu fiz muitos ovos de tartarugas à venda frutas que você talvez nunca tenha visto raízes e folhas usadas em chás remédios pela medicina tradicional indígena mas não é só um lugar de compras é um retrato cultural social e até espiritual da [Música] cidade e à medida que o rio sobe na estação de chuvas parte do mercado simplesmente flutua algumas das áreas se tornam acessíveis apenas de canoa vendedores adaptam suas bancas sobre tábuas ou plataformas móveis mantendo a economia viva mesmo com os pés literalmente dentro da água toda aquela área lá embaixo ela normalmente tá ela fica largada mas como que agora é a época de seca o rio tá muito baixo e tá praticamente sem água ali e aqui a gente já tá na parte baixa do mercado Belém porque ele é tão grande né que tem duas partes a parte alta e a parte baixa e essa parte baixa é aquela parte que fica normalmente alarada por isso que a maioria das casas elas são elevadas né olha que impressionante cara essa aqui é a marca da água ó normalmente na época da chuva ela ela bate ali a água de tão alto que fica e aí todo mundo tem que subir e morar no andar de cima e o andar de baixo fica como garagem por [Música] barco e essa parte baixa aqui do mercado ela laga tanto na época de chuva que aqui se chama Nova Veneza então imagina cara toda essa rua aqui ó tudo isso aqui que eu tô andando agora normalmente fica debaixo d’água e e é questão de 1 m pelo menos de água cara incrível ó aqui a gente pode ver aqui ó maioria das casas são assim ó tem essas esses pilares que sustentam a casa pelo menos uns 2 m de altura porque a água sobe muito viu e chegamos na beira do rio infelizmente o lugar é bem sujo aqui bem [Música] poluído e a gente vai usar essa embarcação agora para cruzar o rio só não vai ser um passeio não só para cruzar o rio [Música] mesmo esse rio Itaia ele é um braço do rio Amazonas e só 1 km daqui seguindo esse rio já chega no rio Amazonas [Música] e atravessando o rio a gente chega a Vila São Ross [Música] aqui toda essa área que a gente tá andando agora é água no na época de chuva então realmente é incrível porque a gente vai dirigir agora por alguns minutos e toda essa região aqui fica debaixo de água durante a época de chuva e aqui e as casas elas começam a flutuar quando começa a encher de água elas já são todas preparadas para isso né e o pessoal daí se locomove por aqui de [Música] parque e aqui a gente pode ver como que eles colocam as casas de uma maneira eles colocam essas madeiras embaixo para quando a água subir a casa subir junto e flutuar né incrível cara a gente já tá dirigindo aqui aos 5 minutos e não para é um bairro gigantesco e imaginar que tudo isso aqui meu fica alagado fica praticamente um rio aqui né o rio ele se estende por toda sua [Música] área e aqui a gente chegou no rio Amazonas essa é a minha primeira vez que eu tenho contato com o grandioso rio Amazonas e segui o rio para aquela direção lá chega no Brasil em mais ou menos 4 dias com o barco lento né que é aquelas embarcações grandes mas se pegar o barco rápido ele disse que numas 18 a 20 horas chega lá na fronteira com o Brasil [Música] [Música] e esse aqui é o quarto que eu tô alugando agora tive que sair do hostel porque sem ar condicionado tava difícil eu não tô gastando tanto a mais assim aqui é 80 solas pela diária aqui e tem aquele bendito lá que vai me salvar a noite hoje [Música] [Música] [Música] e agora eu peguei um mototax um tuque tuque até uma praia aqui que fica uns 10 minutos da cidade e a gente passa por uma ponte meu muito massa e aí cheguei aqui agora para curtir o pô do sol nessa praia tem muita gente na água dá uma [Música] olhada a [Música] [Música] gente chega em equipos em busca de turismo não vem atrás de museus ou grandes monumentos vem atrás do imenso do inexplicável do selvagem aqui a atração principal é a própria floresta poucos minutos fora da cidade já é possível estar em plena selva amazônica navegando por rios que parecem não ter fim o silêncio da água é quebrado apenas pelo som das aves os macacos da canoa cortando o espelho líquido da floresta as expedições partem direção às reservas naturais uma das maiores áreas protegidas do Peru um mundo onde a vida floresce em múltiplas formas [Música] [Música] [Música] [Aplausos] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Aplausos] [Música] [Música] [Música] [Música] é incrível como esse rio tá baixo cara toda essa área aqui que a gente tá andando ó isso aqui normalmente fica tudo embaixo da água [Música] aqui de cima a gente consegue ver melhor que lá no meio do rio Amazonas ó tem uma enorme ilha é incrível como ele tá baixo a maior seca da história o pessoal aqui diz viu [Música] tanto é que toda essa plataforma aqui que eu tô andando agora que são muitos metros tudo isso aqui foi feito na verdade pro pessoal não andar na água né ficar em cima da água mas não tem nada de água agora [Música] [Música] ah [Música] [Música] caramba que infraestrutura o lugar hein não imaginava que aqui no meio da floresta no meio do nada ia ter um um alojamento tão legal assim [Música] e esse aqui vai ser o meu quarto de hoje à noite no meio da selva amazônica [Música] peruana bom o quarto é legal cara tem três camas aqui tudo isso para mim tem essas telas para proteger dos dos pernongos se bem que não tá tendo mosquito porque agora é época seca não chove faz meses né então não tem nenhum pernê longo não fui nenhuma vez picado nem passei repelente tem um banheiro só para mim tem também eletricidade ó tem tem luz no teto tem lugar para carregar celular dormir em lodes no meio da selva é uma experiência única sem sinal de celular sem barulho urbano só você e a mata [Música] ah [Música] [Música] [Música] m [Música] [Música] [Música] e a energia aqui é produzida através de um gerador que eles ligam certos determinados horários né mas a maioria do tempo fica desligado e incrivelmente cara tem internet aqui também nas horas que tá ligado o gerador também tem o Wi-Fi que é o Starlink caramba meu olha só isso eu tinha quatro bananas aqui ontem à noite eu coloquei nessa mesa aqui e fui dormir e hoje eu acordei uma banana inteira foi comida e a outra pela metade agora agora vem a pergunta que animal que entrou nesse quarto ontem à noite sendo que é tudo cheio de tela entrou aqui durante a noite enquanto eu dormia e comeu essas bananas [Música] stor [Música] [Música] cosa alimentos son combama o [Música] mono sabor del pescado del pescado lo que aderezar [Música] com depois de andarmos mais ou menos uns 45 minutos chegamos aqui no sítio dos macacos e essa é uma área de resgate dos macacos né que quando eles acham algum macaco com problemas Esse trazinho [Música] aqui agradeçar né [Música] [Música] isto não é cortado assim naturalmente wow [Música] [Música] [Música] e continuamos andando aí agora a gente passou por essa comunidade aí que tinha o refúgio dos macacos e agora a gente tá andando continua andando nessa trilha aqui de acordo com o Gu a gente vai chegar em outra comunidade mais para dentro ainda quanto ou seja quanto mais a gente caminha nessa trilha aqui mais para dentro da floresta amazônica a gente se mete mas tá ficando cada vez mais interessante [Música] el árbol [Música] Ah é aí [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] Enquanto o mundo corre cada vez mais rápido Quito segue ao ritmo das águas do sol das estações e talvez seja justamente isso que torna essa cidade tão fascinante ela resiste ao tempo da pressa e sim no tempo da presença porque no coração da Marfl do mundo existe uma cidade sem estradas mas com infinitos caminhos para dentro de nós [Música] [Música]

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