A MODA PERIGOSA DE TOMAR REMÉDIOS DE TDAH PARA FOCAR MAIS

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No vídeo de hoje eu vou te contar tudo sobre 
a moda perigosa de usar remédios para TDAH buscando mais foco e produtividade. Remédios como Ritalina e Venvanse que começaram 
dominando os jovens do mercado financeiro, agora se espalharam para 
universidades e escolas do Brasil. Me conta aqui nos comentários se você conhece 
alguém que toma esses remédios com esse objetivo. Ou quem sabe você já tenha 
experimentado na prática… Será que eles realmente melhoram o 
foco, a concentração e a produtividade? É verdade que eles agem no 
cérebro igual à cocaína? E o mais importante, será que usar Ritalina ou 
Venvanse sem ter TDAH traz algum risco à saúde? Peraí, antes de eu te falar sobre 
os tais remédios para concentração, foca aqui porque chegou a hora de você aprender 
um novo idioma com a nossa parceira Babbel. Mas será que precisa de remédios 
como ritalina e Venvanse pra isso? Bora entender como esses remédios funcionam. Ritalina e Venvanse são medicamentos 
psicoestimulantes muito parecidos e agem em um dos principais 
mensageiros do cérebro: a dopamina. que é quem dispara a motivação e o foco. A partir de um estímulo, um primeiro 
neurônio despeja dopamina em um espaço, tentando ativar o neurônio vizinho. A dopamina se liga a esse segundo neurônio, 
que se ativa e também libera mais dopamina, propagando a mensagem de motivação pelo cérebro. Só que no cérebro de quem tem TDAH, toda essa 
comunicação da dopamina está comprometida. E isso tem tudo a ver com a ação dos 
remédios anti-TDAH que se espalharam por aí em pessoas que querem melhorar o foco. O que acontece no TDAH é que 
as moléculas captadoras de dopamina que ficam na superfície dos neurônios estão mais ativas. Isso tira a dopamina da região entre 
os neurônios de forma rápida demais. A dopamina mal é liberada e já é captada de volta, o que não deixa a mensagem 
da dopamina chegar longe para outros neurônios. O resultado é a falta de um sinal de 
motivação e dificuldade de atenção. A solução seria criar um remédio que consiga 
diminuir essa captação de dopamina nos neurônios, justamente um dos efeitos do 
metilfenidato, de nome comercial Ritalina. Ele bloqueia mais de 50% 
dos captadores de dopamina, assim a dopamina fica mais 
tempo entre os neurônios. Com mais dopamina disponível, a 
comunicação entre os neurônios melhora, melhorando também a concentração 
e o controle dos impulsos. O Venvanse, chamado pelos médicos de 
Lisdexanfetamina, faz basicamente a mesma coisa, mas com uma ação extra. Ele bloqueia os captadores de dopamina, mas 
também estimula mais liberação de dopamina no espaço entre os neurônios. É por isso que ele tem maior eficácia e seu efeito 
costuma ser mais duradouro que o da ritalina. Algumas pessoas com TDAH 
dizem que tomar esses remédios é como “fechar as várias abas 
abertas de um computador” para finalmente se concentrar e organizar 
os pensamentos de maneira eficiente. E pasme, esse é exatamente 
um dos efeitos da cocaína. Ela também faz com que a dopamina 
permaneça mais tempo entre os neurônios. É daí que vem a história de que 
ritalina e cocaína são parecidas. Mas o que muda é a intensidade dos 
efeitos, que é maior na droga ilícita. Isso, inclusive, já levou muita gente a usar 
cocaína para render mais no trabalho. Já imaginou? Agora imagina ter ao alcance das 
mãos um comprimido que pode te ajudar a se concentrar no trabalho e nos estudos, mas sem os efeitos negativos de 
uma droga pesada como a cocaína. Esse é o raciocínio problemático que está contagiando cada vez mais 
pessoas que NÃO TÊM TDAH. O uso da ritalina e de outros remédios 
parecidos tem aumentando muito em empresas, entre profissionais de finanças, 
estudantes e concurseiros. Mas será que a ritalina e o 
Venvanse são mesmo drogas leves? E será que eles realmente aumentam o foco 
e a produtividade em quem não tem TDAH? O efeito poderoso de medicamentos para melhorar 
o foco e concentração de pessoas com TDAH chamou tanto a atenção que os cientistas 
decidiram testar se eles também poderiam ser bons para pessoas… sem TDAH. Olha que interessante esse estudo aqui. Pessoas de 18 a 35 anos foram desafiadas 
em testes de memória, de planejamento e de velocidade de resposta que 
simulam problemas do dia a dia. Por exemplo, reagir a um sinal luminoso 
na tela no menor tempo possível, ou se planejar para gastar um orçamento comprando o maior número de produtos que 
cabem dentro de uma mochila. Só que, em algumas rodadas, as pessoas 
estavam sob efeito da Ritalina, em outras sob efeito do Venvanse, e em outras, elas tomavam um comprimido 
de farinha achando que estavam medicadas. O esperado era que as pessoas tivessem um 
desempenho melhor depois de tomar os remédios, afinal, eles a deixariam mais concentradas. Mas incrivelmente, não foi isso que aconteceu! Na maioria dos casos, a produtividade das 
pessoas piorou com o uso de Ritalina ou Venvanse. Bizarro, né? Isso mostra que esses remédios podem gerar o 
efeito contrário do desejado em quem não tem TDAH. Mas pra mim o mais chocante foi 
quando os cientistas avaliaram a eficiência dos participantes no trabalho. Os remédios aumentaram a quantidade de ações que 
as pessoas faziam para executar as mesmas tarefas, o que dava a impressão de que elas 
estavam conseguindo gerar mais resultado! Mas pensa aqui comigo. Parece que o 
remédio estava fazendo o seguinte: É como se você precisasse sair de um ponto 
A e chegar a um ponto B de uma cidade. Sem o remédio, você seguiria uma linha reta entre 
eles. O menor caminho, o caminho mais simples. Só que a disposição extra que 
os remédios deram, na verdade, fez as pessoas darem mais voltas na 
cidade até chegarem no mesmo ponto B. O resultado foi mais energia 
e tempo gasto na tarefa, dando a impressão de um esforço maior, uma 
sensação de motivação e dever cumprido, mas com uma entrega de trabalho ineficiente. Outros estudos viram que quem toma Ritalina sem 
ter TDAH pode até ter uma melhora na memória, mas a atenção, a capacidade de raciocínio lógico 
e habilidade de focar no que realmente importa para cada atividade continuaram iguais. Quem não tem TDAH e toma ritalina ou venvanse 
vive uma verdadeira ilusão de produtividade. Isso sem contar os riscos à 
saúde que pouca gente fala, mas eu vou te contar depois que você me prometer que vai compartilhar esse vídeo 
com alguém que usa ritalina, venvanse ou outro remédio 
para aumentar a concentração. Afinal, apesar de serem 
tratamentos aprovados para TDAH, existem sim perigos de usar esses 
remédios sem indicação médica. Eu já comentei que a ritalina e o venvanse 
têm efeitos semelhantes aos da cocaína, né. mas as semelhanças não param por aí. Eles também podem gerar dependência quando usados 
de forma errada e sem acompanhamento médico e, por isso, são remédios tarja preta. Usar esses remédios frequentemente e em altas doses sem necessidade dispara um 
mecanismo de defesa do cérebro. Ele se acostuma com a presença constante do 
remédio e passa a tolerar uma dose cada vez maior. Em um primeiro momento, aguentar doses 
maiores da substância pode parecer benéfico, mas gera um problema grave quando, por acaso, 
a pessoa não toma seu comprimido de todo dia. O cérebro sem ritalina ou venvanse, 
dispara a crise de abstinência com um desânimo extremo, falta 
de energia, irritação e apatia. É uma crise de abstinência similar à 
que acontece com dependentes de cocaína, com o cérebro tentando te mostrar que está faltando alguma coisa e que 
você precisa daquela substância. Se você tem TDAH, o fenômeno da tolerância 
pode acontecer. Mas não se desespere. Você tem um nível menor de dopamina 
no cérebro, o uso é controlado e a dosagem vai ser ajustada por um psiquiatra 
para evitar justamente as crises de abstinência e que você se torne dependente ao medicamento. É um contexto bem diferente de quem não tem TDAH. Em pessoas com níveis normais de dopamina, a ritalina e o venvanse vão 
aumentar ainda mais a dopamina de forma artificial e constante e o cérebro pode se tornar 
menos sensível aos efeitos dela. Atividades que antes eram 
prazerosas e recompensadoras como sair com os amigos, comer algum 
jantar ou sair com a sua esposa podem simplesmente parecer menos 
excitantes ou menos satisfatórias. E caso a exposição aos remédios continue, o cérebro vai ficar desregulado, a pessoa pode ter alterações de humor e 
comportamento, com maior irritabilidade, ansiedade, insônia e falta de interesse em outras pessoas. Em casos extremos, podem acontecer alucinações e psicose, quando a pessoa já não 
sabe mais o que é realidade. Ao mesmo tempo, aparecem efeitos 
colaterais em outros órgãos do corpo: perda de apetite, dores 
abdominais, náuseas, constipação… aumento da pressão arterial 
e da frequência cardíaca. Tudo isso porque você querendo melhorar 
a sua produtividade a qualquer custo, resolveu tomar um remedinho. Esses efeitos colaterais também podem 
acontecer em quem tem TDAH, mas, de novo, em um contexto de acompanhamento profissional. A verdade é que nas pessoas com TDAH, ficar sem 
a Ritalina ou Venvanse gera danos muito maiores do que os riscos que esses remédios trazem, já que 
o TDAH pode afetar a vida escolar, profissional, social e até a autoestima. Mas se você não tem o diagnóstico de TDAH, muito cuidado porque além de 
atrapalhar a sua performance, esses remédios podem te trazer riscos.

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