A NOVA MISSÃO DO KIM

0
Share
Copy the link

[Música] Bem-vindo ao Não é imprensa. Hoje temos a alegria de gravar aqui com Kim Catagui nosso deputado mais estrangeiro da Câmara dos Deputados e a minha querida Laí Boveto que tá estreando hoje na nossa na nossa telinha do Nem. Então seja bem-vinda também Laí. Tudo bem com vocês? Como é que vocês estão? Tudo certo, tudo tranquilo. Sobrevivi essa semana. Quem é o seguinte, eh, queria começar já, já vamos direto pr pra questão do partido missão. Vocês acabaram de, de conseguir aí registrar o partido, já tá tudo certo a questão do partido? Como é que tá essa situação? É, na realidade, a parte mais difícil já foi, né, que você validar as assinaturas que foram coletadas e ter elas reconhecidas pelos cartórios eleitorais. Mas ainda falta a homologação no TSE, que é basicamente o TSE dizendo se o estatuto tá OK ou você precisa mudar alguma coisa. Se precisar mudar alguma coisa, ele dá prazo pra gente mudar e e homologo. Mas tirando esse aspecto mais formal, né, o mais difícil mesmo que validar as assinaturas nos nos cartórios eleitorais, essa fase já passou. De todo modo, eh, a gente tem a segurança do partido tá pronto para disputar a eleição do ano que vem. Então, ano que vem vai ter, vocês vão est causando aí na eleição, né? Teremos, teremos candidato a presidente, queremos eleger uma bancada de deputados federais, então vamos ter uma boa atuação. Será que vai ser o Danilo? A pergunta que todo mundo faz, se ele quiser, nós estamos com as portas abertas aí. Eu acho que seria assim, pelo menos as redes de televisão lucrariam bastante com a audiência dos debates eleitorais se o Danilo fosse candidato. OK. Deixa eu te eh o o vocês tm algum modelo de partido ou vocês criaram da experiência do MBL? Como é que foi a criação desse partido no sentido estrutural mesmo? Porque eh até eu vejo vocês falando muito em live que que, por exemplo, Bolsonaro lá tentaram fazer o o partido deles e não conseguiram tal, mas vocês parece que criaram um método aí que que mais profissional até em relação a a captar assinaturas e tudo mais, mas a estruturação do partido mesmo, se vocês têm agora, né, que vocês vão vão vão ter o partido efetivado, eh tem algum modelo que vocês seguem ou vocês tiraram da própria cabeça da própria experiência. É, não, em relação à formação prática do partido, né? Eh, acho que principal diferença pro Bolsonaro é que ele tava afiando muito a criação do partido na popularidade dele e em fazer grandes eventos. Só que para você fazer um evento com 1000 pessoas dá muito trabalho e leva algum tempo para organizar. Por mais que você consiga garantir essas 1000 pessoas quando você é presidente da República, eh, 1000 assinaturas não são nada, né? eh na constituição de um partido em que você precisa coletar 850, 900.000 assinaturas para ter no final 550.000 validadas. Então, o que a gente fez foi basicamente o seguinte e outros partidos geralmente contratavam empresas, só que muitas dessas empresas eh como se pagava por assinatura, o sujeito ia lá e falsificava, pegava, comprava banco de dados, ia lá na Sé, comprava um chip cheio do CPF, colocava os dados do cara e ia falsificava a assinatura dele, o que dava muita rejeição nos cartórios eleitorais, né? No nosso caso, quem coletou foi a nossa militância, então a gente que de fato queria que o partido and partido andasse, né? eh e não tava interessado só em receber dinheiro pela coleta da assinatura. E e foi um trabalho em em praticamente todos os estados que a gente tem núcleos bem estruturados da MBL e constante. Em relação à à estratégia partidária, programática do partido, eh eu acho que eh nós aprendemos com a esquerda, né? Aprendemos com a esquerda eh eh ter um plano, né, de longo prazo, de construção de bases, né, para então você disputar eleições maior maiores, né? Isso não significa que não disputaremos eleições maiores antes de termos uma base estruturada, né? Como eu acabei de dizer para você, a gente vai ter candidato a presidente, mas eh o que as esquerdas fizeram com muita habilidade foi criar um campo fértil para suas ideias eh nas universidades, né, nos veículos de imprensa, construir militância eh eh tanto estudantil como militância partidária, ter eh eh escolas de formação de quadros, né? você vê hoje, eh, que eu posso discordar até a alma de ideologias do PCDB, mas eu reconheço que o PCDB se esforça mais para colocar sua doutrina na sua militância, na sua juventude, do que o PL, que não tem nenhuma escola programática para incutir nenhuma ideia, mesmo porque trata-se do partido do Valdemar, né, e e a ideia dele a gente conheceu no mensalão. Eh, então eu acho que em termos de estruturação de base de partido, eh eh a inspiração é a a estruturação da esquerda enquanto forma, obviamente não enquanto conteúdo, qual a gente diverge quase que completamente, mas eh para fazer um paralelo, né, o PT no seu pior momento, né, eh quando o Lula tava preso e Bolsonaro foi eleito presidente, foi o partido que elegeu a maior bancada de deputados federais no seu pior momento em 18. Isso mostra que mesmo sem Lula, mesmo sem um candidato a presidente forte, mesmo com partido desgastado, a construção de bases deles foram tão sólidas que no pior momento eles tinham a maior bancada, né, maior do que a bancada do próprio presidente da República eleito. Então, acho que essa consistência, né, eh eh essa e esses alicerces muito bem colocados, eh isso sem dúvida nenhuma, é é um modelo bem-sucedido, não à toa que o PT foi o partido que mais governou o país eh eh desde a nova república, né, desde da redemocratização. Então, nesse sentido, eh eh eu acho que essa essa esse é o é a inspiração. Agora sobre partido político em si, mais filosoficamente falando, acho que é uma coisa simples, mas que se perdeu no Brasil ali desde do eh eh é uma coisa que a gente resgata de Burk, né, que eh formação de um partido político, né, um grupo de pessoas que têm as mesmas inspirações, os mesmos valores, os mesmos princípios e se unem para disputar o poder e implementar aquelas ideias que eles acreditam. Eh, isso é um partido político. Infelizmente, essa noção de partido político se perdeu no Brasil há muito tempo, porque a maioria esmagadora dos partidos são partidos do centrão que não tem programa, não tem ideia, não tem projeto, né? Meu próprio partido hoje, União Brasil, é um partido que tem três ministros no governo. Eu sou de oposição junto com outros 15 parlamentares, com Mendonça Filho, com Paulo Paulo Enei Avelino, com a Rosângela Moro e tem mais outros tantos deputados que não são base do governo, mas votam de acordo com eh eh pauta a pauta, né? Não não estão sempre votando com o governo. Geralmente negociam para votar a maioria com o governo, mas não não tem uma adesão automática. Isso não é um partido político, né? Eh, eh, é um ajuntamento ali de interesses e diversos em que as pessoas se unem só para formar uma chapa e ter consciente para se eleger, mas não tem conteúdo programático nenhum. Então, nesse sentido mais filosófico, né, a formação do nosso partido é a formação clássica burqueana, né? E quais são os princípios? Falou de princípios aí que que se perdeu, né, talvez nas estruturas partidárias, dos princípios que vocês seguem? Olha, eu acho que o o a missão é um partido que tem como primeiro como como forma, e eu acho que a forma nos diferencia antes do que o conteúdo, da defesa de uma mudança radical e radicalmente e assumida como radical, né? Nós queremos rasgar completamente a Constituição de 88, começar uma Constituição do zero, né? tem um programa muito duro de segurança pública e tem, então tem um pilar fundamental de lei e ordem, né? eh eh que tá na na alma do partido, a adesão nesse programa radical de segurança pública de um enfrentamento e e literalmente de uma guerra declarada ao crime organizado. E eu reforço literalmente porque não é retórico. Nós não estamos falando de guerra ao crime organizado, de simplesmente colocarmos a polícia para combater muito duramente o PCC, o Comando Vermelho. não é uma declaração de guerra como se de fato, né, eh eh nós tivéssemos um Paraguai, por exemplo, invadindo o Rio de Janeiro e dominando metade do território, tendo bandeira, tendo índo próprio, tendo forças armadas, que de fato é o que é o que são as facções criminosas no Brasil. e por inimigo estrangeiro, considerando as facções criminosas inimigos estrangeiros, eles não têm os mesmos direitos e as mesmas garantias, inclusive em processos judiciais de um cidadão brasileiro comum, porque eles são um inimigo eh estrangeiro eh a ser abatido, a ser expulso. E assim devem ser tratados com enfrentamento, não só por parte da polícia, mas também com o emprego das forças armadas para se fazer esse enfrentamento. e adoção de uma doutrina que aqui faz eh advogado da Pulo de Metro, mas que eh funciona, né, nos países em que é aplicado, que é o direito penal do inimigo. É não só você considerar o crime que foi cometido, mas também o contexto geral, né? Ou seja, a que que facção esse sujeito tá ligado? Se ele é um faccionado, ele já não tem mais uma vez os mesmos direitos, as mesmas garantias de um cidadão comum, porque existe um um porque ele é um um inimigo declarado do Estado, ele é um inimigo declarado daquele que tem o monopólio do uso legítimo da força e que, portanto, ele precisa ser combatido não apenas como cidadão comum que cometeu um erro, né, mas que eh eh como um inimigo a ser combatido do ponto de vista econômico, né? eh que eu acho que é outro pilar fundamental eh do movimento, eh também uma mudança radical, assim, tirando qualquer tipo de vinculação orçamentária que a gente tenha na nossa Constituição. Então nós estamos à beira de um colapso, né? Pela primeira vez o Brasil tem o risco de ter shutdown, que é quando você não tem dinheiro para pagar conta de luz, de água pros ministérios. Em 2027, o orçamento obrigatório, né? Ou seja, os gastos que o presidente da República é obrigados, é obrigado a fazer pela própria, pelo próprio texto da Constituição, vão chegar em 100%. Ou seja, o presidente da República não vai governar sobre 1 centavo. Hoje já a o presidente da República já governa sobre apenas 8%, são as despesas discricionárias, que é para onde ele escolhe onde vai. E muitas políticas, inclusive vitrines aí do dos governos petistas são pagas com verbas discricionárias. Farmácia Popular, Minha Casa, Minha Vida, CAP, CNPq, eh, o próprio pé de meia, enfim. Eh, eh, já é um absurdo, né, que o presidente da República, a cada R$ 100 que a gente tenha de imposto, ele governe sobre R$ 8 apenas, eh, sem poder rever a qualidade do dos 92 é um lixo, como de fato a maioria do do emprego dos 92 é um lixo, ele não pode rever mesmo que ele queira, né? Hoje nós estamos com um governo que não quer, mas se a gente tiver um que queira, ainda assim que ele quisesse, com a constituição que nós temos hoje, ele não poderia. E a gente chega nesse colapso em 27. Então, enquanto programa de partido, ter a liberdade pro governante decidir para onde é que o dinheiro vai, porque ele foi eleito para isso e acabar 100% com eh eh essa esquema que deturpou e distorceu a política brasileira, que é a emenda parlamentar. Quando eu entrei, que uso no meu primeiro mandato em 2019, a emenda individual impositiva, que é que todo parlamentar é obrigado a receber e indicar pro seu estado para mandar para, enfim, hospital, escola, prefeitura, governo do estado, que que é o menor valor, porque é o valor que até deputado de oposição recebe, era de R$ 15 milhões deais ao ano. Hoje é de 40 milhões. e assim passou-se apenas um um um outro mandato, né? Eh, eh, e, e esse valor já, eh, quase que triplicou, sem contar o dinheiro ainda do orçamento secreto, que sobrevive ainda na e ainda é conduzido pelo Lula, apesar das críticas dele na época do governo Bolsonaro, eh, que aí é gente que leva 100, 150 milhões, né, de de quem não tem controle, né, do orçamento secreto, você não tem muito controle do que Exato. Você não sabe o quanto é pago, você não sabe. E o e não tem controle, não só para ter esquema e e roubarem dinheiro público, mas não tem controle para não gerar ciúme, problema político dentro da própria base do governo. Porque um deputado não pode saber o quanto o outro tá recebendo para não cobrar a fatura máxima do do governo, para não falar: “Ó, o deputado do MDB tá recebendo mais do que aqui do PP e aí governo não vamos volotar em Isso dava problema no mensalão, né? No mensalão aconteceu isso, né? Quando veio à tona, quanto um ganhava, outro ganhava menos. É, exatamente. Inclusive, inclusive para não ter delator, né? Então, eh eh e essa é uma lógica que não só eh eh é bizarra, né? São R 50 bilhões deais que deveria ser utilizado para investimento, né, para infraestrutura e etc. Que no Brasil é uma piada, né? Nos últimos 40 anos a gente teve 0,4% do PIB infraestrutura. Se compara com a China, com a Europa, com os Estados Unidos, o o pior, o lanterninha investe 2%, né? E é cinco vezes mais do que a gente investiu nos últimos 40 anos. não à toa, a gente, enfim, ainda depende desde o pubcheque do modelo rodoviário. Então, um um economicamente falando, né, ter acabar com essa distorção de emenda parlamentar, garantir o investimento público nesse sentido e ter uma defesa forte, né, eh eh do fomento da produção nacional, mas não no fomento da produção nacional, nesse modelo falido que nós temos hoje de olha, para desenvolver a indústria nacional, vamos aumentar o imposto de importação e obrigar todos os empresários, por exemplo, no caso da Petrobras, a política de conteúdo local, olha, até o terceiro, quarto grau, você é obrigado a comprar 100% da indústria nacional. Aí na prática você compra um produto mais caro, pior, e a sua indústria fica para trás em relação ao mundo e só sobrevive porque você tem imposto de importação muito alto e a obrigatoriedade por lei de contratar esse produto nacional. Não é esse plano de desenvolvimento nacional que a gente quer que fracassou. A gente quer justamente o contrário, derrubar imposto de importação para que os nossos empresários possam importar as máquinas, os bens de capital, eh, dos melhores do mundo, que vão fazer os produtos mais baratos e de maior qualidade e aí ganhar competitividade. Eh, derrubar imposto de importação, inclusive para competição com os produtos internos, que é a lógica inversa do que foi feito pelo lobby da Magazine Luía, do Velho da Avan aqui no governo Lula para aprovar a chamada taxa das blusinhas, né? eh eh e desenvolver infraestrutura para diminuir o custo eh eh da logística do escoamento de produção aqui e também ter corte de gasto obrigatório pra gente reduzir eh a carga tributária sobre indústria nacional. É esse modelo de desenvolv. Nós queremos ter uma indústria nacional. Queremos, nós queremos que as coisas sejam produzidas aqui, que a gente agregue valor aqui. Queremos, mas com um método completamente diferente do nacionalismo, do nacional desenvolvimentismo fracassado, que, enfim, foi adotado, desenvolvido ali, pelo menos desde Vargas ali, passando pela ditadura militar até dos governos petistas, né? Tem e coisa trabalhista, essa essa vocês têm alguma proposta para atualizar alguma coisa na CLT ou se livrar da CLT? É, não, não tem que atualizar nada na CLT, tem que rasgar a CLT inteira, né? Eh, assim, ela ela é absolutamente imprestável, porque ah, não, mas nós estamos garantindo direitos. Não, a partir do momento que metade do custo da folha de pagamento é você mandar pro governo e a outra metade você mandar pro trabalhador, você gera o efeito que a gente tá vendo agora. A CLT não tem efeito prático, porque 40 milhões de pessoas estão na informalidade e elas estão na informalidade justamente por causa do custo da folha de pagamento, né? O empresário paga muito e o funcionário recebe pouco. Então não tem salvação não. A gente tem que terminar. E e tem a questão da MEI também, né? a questão da ME que que praticamente substituiu assim a a e eu acho que a ME foi foi um talvez um eh algo eh que ainda não foi explorado como deveria, porque a a maioria das pessoas estão estão optando pela MEI porque facilita tudo, eh aumenta também a renda do do cidadão. E tudo bem que tem muita gente que reclama que não não tem nenhuma garantia de direitos, mas de repente podia ao invés da CLT fazer um um upgrade aí, vamos dizer na MEI e transformar ME em várias categorias. Não sei se é uma opção, eu que opção que vocês têm também, vocês já pensaram nisso? Se vocês têm algum estudo, alguma coisa em relação a isso. É, não, na realidade, a MEI é um subterfúgio pra gente não ter o colapso total do nosso mercado de trabalho, sem dizer que nós estamos relativizando ou atacando a CLT, né? Porque todo mundo sabe que que a CLT é um modelo insustentável. Então tem a MEI, mesmo quem passa do teto da do da MEI, que aliás a atualização desse teto é uma pauta que tem defendido dentro do Congresso, mas tem muita resistência do governo, porque o governo não quer arrecadar menos, né? Mas o teto não é atualizado nem pela inflação há muito tempo. Mas mesmo quem ultrapassa o teto de meio é contr prestador de serviço, principalmente é contratado via PJ, né? Ah, advogado é PJ, médico é PJ. É, é, é. É, mas tem uma uma questão da meio da daquele imposto que paga, que não vai cobrir eh uma aposentadoria no final como prometeram, né, na época, acho que foi na época da Dilma que que inventaram a MEI, né? Não lembro agora, mas que que se promete de que aquele aquele valor que se paga mensal eh vai se transformar numa espécie de aposentadoria. Depois eu não, quer dizer, se o INSS já tá com esses problemas todos, com esses rombos todos, acredito que o rombo da MEI também, quer dizer, a MEI não vai suprir esse rombo ou não vai suprir alguma aposentadoria para essas pessoas. Você você acha que não não seria interessante rever isso de alguma forma ou não sei? Eh, tô tô refletindo aqui com você agora. Aleatório. A MI entra numa questão maior que é o simples, né? Eh, e no simples, o primeiro, assim, costumo dizer que a gente tá num sistema tributário tão bizarro que a gente precisa criar um regime tributário especial chamado simples, né? Ou seja, a gente tá admitindo que o geral é complicado, né? Olha, no geral, o nosso sistema tributário é um lixo, então eu tenho esse aqui que é simples, o resto é difícil, né? Eh, todo o sistema tributário deveria ser simples. Tô dizendo que todo e aqui simples, utilizando tudo em letras minúsculas, né? Não falando sobre a a política pública simples, mas o o sobre o sistema previdenciário, eh, ele é insustentável de qualquer maneira, né? Ainda que ainda que a gente tivesse dois requisitos fundamentais pro nosso sistema de repartição, que, aliás, o sistema de repartição sobre só existe hoje em dois lugares, né, que no Brasil e na Venezuela. eh o nosso sistema previdenciário que depinda que a gente tivesse os dois requisitos para sobrevivência desse desse sistema que é mão de obra formal, nós não temos porque para você tá contribuindo paraa previdência você precisa estar contratado formalmente. E bônus demográfico que nós não temos também, aliás, em 2026 o número de idosos vai ultrapassar o número de jovens pela primeira vez no na história do Brasil. Então, ainda quem tiver esses dois requisitos, é um modelo insustentável. e modelos sustentável, basicamente porque o governo ele não guarda o dinheiro que que aqueles que estão trabalhando, né, eh pagam como contribuição previdenciária, não guarda e muito menos investe, ou seja, não tem rendimento nenhum, pelo contrário, aquilo vira gasto, né? Então você tá contribuindo pra previdência, mas muitas vezes esse dinheiro tá indo para durante muito tempo, quando a previdência era superabitária, há alguns anos atrás, esse dinheiro não ficava paraa previdência, né? Esse dinheiro na realidade era utilizado depois eh para pagar gastos do dia a dia do governo. Eu queria até retomar a ideia de estruturar o partido no, assim como eu vi muitas entrevistas vi eh suas e do Renan, né, do Renan dos Santos. eh falando dessa estrutura eh meio que inspirada no PT, né? Porque o PT é um partido forte. No entanto, eu acho totalmente diferente a trajetória de vocês da do PT. Eu acho assim, eu não sei o que você pensa sobre isso, mas é uma coisa que eu sempre fico pensando quando eu ouço, né? Eu penso, gente, é tão distante, né, o que vocês estão fazendo e a clareza que vocês têm de projeto para o país em relação ao PT. O PT nunca teve projeto para o país, né? Essa é uma verdade. A estrutura que eles tiveram foi o salão, como tava, né? A gente a gente bem sabe assim, eles tiveram essa força dentro do da da do Congresso devido a esse tipo de barganha, esse tipo de trabalho sujo mesmo, né? que eles sempre estiveram dispostos a fazer. Então, muitos daqueles que que criaram o partido inclusive foram embora no já no início do governo Lula porque se assustaram com o que veio ali, né? Então eu não sei se é uma estrutura na qual vocês se inspirem realmente assim ou se é mais uma forma de dizer assim: “Olha, nós queremos ter um partido forte, né? Mas eu acho que a estrutura de vocês já é diferente, né? E eu acho muito arriscado assumir. Eu é o que eu é uma opinião, né? Claro que eu não tô tô dando uma opinião até como como pessoa que acompanha de longe, né? E a gente aqui, como não é imprensa, né? a gente tem essa essa possibilidade de ver as coisas dessa perspectiva. Então, eu não vejo como uma inspiração eh pro partido de vocês, pelo contrário, vocês começaram justamente assim, a meu ver eh contra isso, né? O impeachment da Dilma, eu até achei, viu, poucas vezes perguntam para você como que você chegou ali no Fora Dilma, né? E eu assisti uma das suas entrevistas, eu acho que se você puder até falar aqui pros assinantes do NEM, eles vão eh gostar de saber, porque eu acho que nem todo mundo sabe a sua trajetória anterior a a esse Fora Dilma, né? Até uma entrevista em que você diz assim que eh que na sua família você não tem não tinha muita conversa sobre política, né? Que a sua inspiração na política não foi exatamente da sua família, né? Mas em outra entrevista eu lembro de você falar assim que o maior medo que você tem não é da lei, da polícia, da justiça, mas é da sua mãe. E isso é uma grande formação política, né? A gente ter esse essa educação doméstica, né? Paraa política. Isso é a política, né? é você ter essa formação que que vai paraa quando vai paraa sociedade tá pensando eh em algo maior do que o próprio PT, né? PT é uma coisa, eu não, ela tá escandalizada aqui, que esse negócio da história do PT, eu fico porque eu vi várias entrevistas e eu acho que é tão afastado e tão distante porque, por outro lado também, e aí eu já aproveito emendo a pergunta, né, para ficar você poder falar das duas coisas ao mesmo tempo. Eh, quando o partido tava para sair, eu assisti uma entrevista no em uma, enfim, eles estavam dando noticiando que o partido seria criado. Ah, mas já tem 30 partidos, mais um partido, né, no Wall. E aí era o Josias de Souza, ele falava assim: “Olha, eh, é um partido para virar puxadinho do Bolsonaro, igual o novo. E isso é constante, né? vocês t que sempre est explicando como que vocês não vão ser o novo, né? Então não dá para ser o PT, nem dá para ser o novo, né? Então eu acho que o caráter do partido assim, ele se destaca, eu não saberia dizer como, mas eu é isso que que eu acho que você eh eh poderia tentar destacar, porque eu acho que todo mundo vê que é diferente, né? Tanto do PT quanto do novo, pelo menos até agora. a trajetória de vocês, como vai ser daqui para diante, a gente não tem como dizer, né? Tem muita gente ameaçando você, inclusive, né? Dizendo que se vocês não andarem certinho como deve, as pessoas vão vão, né? Eu vi um, acho que um candidato de vocês lá em Santa Catarina, né, que falou isso. Ah, sim, Marcelo, brigadeiro. É, então acho que é isso que eu que eu tenho dúvida mesmo. É uma dúvida minha que talvez seja de outras pessoas, né? e que e daquilo que eu acompanho do trabalho de vocês, né, do seu principalmente, né, porque dos outros eu não acompanha o site do MBL, eu vejo o seu trabalho como deputado, né? É, não, quando a gente fala sobre o PT, né, eh, claro que a gente não tá falando sobre pagar propina e ter um projeto autoritário de poder. O paralelo faz é não, mas o paralelo que faz é eh como o PT se estruturou como partido em termos de formação de quadro e de militância, né? Porque o PT de fato tem pessoas, são pouquíssimos os partidos no Brasil que você tem um militante que bate no peito e fala: “Eu voto nesse partido, esse é o meu partido.” O PT é um deles, né? Ninguém sai na rua falando: “Olha, eu sou um MDBista por convicção. Não, eu voto no PP por convicção, não. Eu voto no União por convicção. Não, no PT tem juventude do PT, tem militância do PT, tem bandeira do PT que o cara orgulhosamente ostenta, né, na sua universidade, no seu no seu meio de trabalho. Então, quando a gente fala, quando a gente faz o paralelo com o PT, é sobre ter uma militância forte, engajada, é sobre eh não se preocupar só com aquele que vai vencer a eleição, com o mandatário, mas dá uma importância maior paraa base de sustentação desse mandatário do que pro próprio mandatário. ou seja, a estrutura de formadores de opinião, a estrutura de militantes, a estrutura de influenciadores, a estrutura eh que o PT construiu majoritariamente, né, nas universidades, no sindicato e na e em setores da igreja, eh, é mais importante do que o deputado federal do PT, assim como no na missão, no MBL, a militância eh eh a base eh eh aqueles que tão no dia a dia, eh, trabalhando para que exista um partido, para que existam mandatários, são mais importantes do que aquele que ocupa o poder. Agora, claro que em termos de conteúdo, né, a nossa própria origem é enfrentando o PT, né, o eh é o maior escândalo de corrupção da história do petrolão, é, fazendo o o enfrentamento contra perseguições e a liberdade de expressão. Eu com 19 anos de idade, a Dilma tinha colocado o Cardoso para me fazer dossiê contra mim, eh, eh, e colocado o COAF, né, para, eu me lembro até hoje que eu tinha, eu tinha uma, eu tinha uma conta no Santander, né, e no governo Dima não podia ter conta bancária, porque ela colocava o COAF mesmo para me colocar na lista negra dos bancos. Então, assim, verdade. Sério mesmo? Você não sabia disso. Sério? sério, né? Era é no nível bizarro assim de de perseguição. Então, é claro que em termos de de conteúdo, de projeto de país, né, nós estamos no lado geometralmente oposto ao do PT e não existe a menor chance até até assim, é uma ignorância de ignorância de que é que é comum, aliás, eu tava vendo um estudo outro dia sobre jornalistas e e aqueles que trabalham no setor que o jornalista tá tá retratando e é especialista naquele aquele setor, né? Então, fizeram um experimento que é o seguinte, eh, colocaram uma várias pessoas, né, para ler lerem jornais. Eh, por exemplo, um treinador ou um jogador de futebol lendo uma coluna esportiva e um jornal com outros assuntos que ele não domina, né? Um cientista, um cara, um médico, um cara da área da da saúde, lendo um artigo sobre saúde e também sobre outros assuntos quais eles não domina. E aí ele tinha que dar uma nota, né, para a reportagem que trata do assunto que ele domina e paraas reportagens que tratam dos assuntos que ele não domina. Todo especialista dá nota baixa pra área em que ele trabalha, que que e que tá sendo retratado numa reportagem, né? Ou seja, se eu sou um técnico de futebol, leio uma coluna sobre futebol, fal: “Iso aqui é um lixo, o cara não tem menor ideia do que tá falando. Um médico, eu tô lendo uma coluna sobre saúde”. Eu falo: “Esse cara não tem menor noção do que ele tá falando”. E todos deram nota alta para as reportagens dos assuntos que eles não entendiam. Ou seja, o jornalista, para quem não entende sobre assunto, faz parecer que tá fazendo um bom retrato, um retrato sério, um comentário lúcido, né, daquele tema que a pessoa não domina. Mas quem domina o assunto sabe que ele só tá falando baboseira, né? Mas o perigo tá em você não perceber que todo o resto que você não domina tem a mesma qualidade daquilo que você domina, que você tá vendo que é um lixo. Eu tô falando isso justamente por causa dos jornalistas que retratam política, né, que muitas vezes para vamos separar, né, a a militância, a distorção, né, você manipular efetivamente uma coisa para defender o seu ponto de vista, porque você é um jornalista mau caráter. Mas se a gente excluir tudo isso, que é uma grande parcela, ainda assim a própria qualidade, né, eh eh de você retratar de fato o que tá acontecendo, de você entender o que tá acontecendo, eu vejo isso todos os dias na Câmara, né? o o o jornalista não tem o menor domínio sobre aquela matéria. Muitas vezes tem uma fonte única de um técnico que dá uma opinião envieszada para ele sobre aquele assunto e ele reproduz aquele assunto. Os jornalistas que estão lá há 10 anos e não entendem procedimentos básicos da Câmara sobre o projeto tramitar na comissão, sobre um projeto tramitar em plenário, sobre o que que é um requerimento de urgência. Então é muito é muito despreparo porque basta uma análise pragmática. Ninguém precisa acreditar que ou ter fé, né, na honestidade ou no nas boas intenções de nós, do MBL ou do Partido Missão e de que por isso, pelas boas intenções, que nós não vamos nos tornar um novo. Basta fazer uma ou um novo partido do centrão ou um anexo ao bolsonarismo. Basta fazer uma análise sobre a nossa atitude, porque se a gente quisesse ser um anexo do bolsonarismo, a gente seria com muita facilidade. Já teriam sido, né? É, eu faria a minha com a mão na última eleição, aumentaria a minha votação e passaria pan. Seria até mais fácil, né? Seria até mais fácil. É isso. É exatamente isso. Você faz análise pragmática, é muito mais fácil. Se eu quiser seguir esse caminho, eu não vou fundar partido. Fundar partido dá trabalho, da dor de cabeça, né? Dá processo, né? Se anexar a um projeto de poder de outro, mais fácil surfar a onda de outro é muito mais simples. Se a gente quiser ser mais um partido centrão, para que que eu vou fundar um partido para começar sem tempo de TV e sem fundo, se eu quero ser um cara do Centrão. Se eu quisesse ser um cara do centrão, ficava no meu partido, pegava 3 milhões para fazer a minha campanha, né, que é o que qualquer um que tem mandato hoje consegue em qualquer partido. Eh, e usava o tempo de TV e e tava muito mais confortável, né, nessa minha posição do que fundar partida. Então assim, um um mínimo de de análise, né, sobre as nossas atitudes, sobre o que nós estamos fazendo, já leva à conclusão de que não faz sentido estarmos fazendo o que nós estamos fazendo se fosse para se tornar um novo ou se fosse para se tornar um anexo de bolsonarismo. E sobre e sobre o que me levou pro impeachman, né? Eh, eu acho que foi foi primeiro um acidente do destino e e um um efeito bola de neve, né? Porque nunca me interessei por política. Como você viu na entrevista em casa, meus pais nem se lembravam que eles tinham votado, né? Então nunca foi política, nunca foi uma coisa, um assunto em casa. Eh, na verdade, queria ser programador nessa fase da minha vida. Inclusive, eu tava terminando o curso técnico do processamento de dados no colégio da Unicamp de Limeira. E e nesse último ano do colégio técnico, que eu tava fazendo junto com o médico, professor de história, começou um debate sobre o Bolsa Família, né? E aí tinha que fazer uma tarefa, né, uma apresentação sobre isso. E aí eu fui pesquisar, fui ler sobre, acabei encontrando alguns alguns autores liberais aí no meio do caminho e fiz um vídeo, né, para essa para essa atividade em sala de aula falando sobre Bolsa Família, eh fazendo uma contraposição principalmente a um a um a um ponto levantado pelo professor de que o Bolsa Família tinha efeito multiplicador, né, de que eh eh fazia a economia crescer e a gente estava vivendo num bom momento, principalmente entre outras coisas, mas principalmente por causa do Bolso Família. E aí o meu meu posamento no vídeo é que não, né, de que tem redistribuição de renda, mas não tem criação de riqueza, não tem efeito multiplicador, né? Eh, eh, as pessoas usam para consumir, não tem um investimento de longo prazo, porque a pessoa tá recebendo pouco para sobreviver, né? Ela não vai comprar um debentor de infraestrutura para transformar o Bolsa Família numa rodovia. Eh, seu professor te disse isso ou você disse isso? Não, eu, né, de de de que não tem é meu professor tava por sorte tinha um tinha um professor mais tolerante, mas ele tava na visão contrária, né, de que não, porque o o no cálculo do PIB entra o consumo das famílias, então o Bolsa Família aumentava o consumo das famílias, então isso tinha um efeito de de crescimento econômico. Só que crescimento baseado em gasto público, baseado em consumo, não aumenta a produtividade, não faz crescer país. Então, eh, claro que na época eu falei de uma maneira bem mais rasa, bem mais superficial do que eu tô falando agora, mas a ideia geral era essa, né? Eh, e, e gravando, lendo também, né? Eh, eh, tinha a capacidade de falar livremente assim. Eh, e aí eu fiz esse vídeo, só que esse vídeo ficou público no YouTube, né? E as pessoas começaram a assistir, né? E eu me lembro de de uma época de alguns youtubers, né, que falavam um pouco mais sobre política, eh, na época que assistiram e tal e e compartilhavam. Lembro do Daniel Fraga, que era um um youtuber anarcocapitalista. Eu lembro do do Clarion. Sabe onde ele sabe onde ele tá? Olha, eu sei o seguinte, ele inclusive é que assim, eu eu não eu não fico com uma dor no coração tão grande de não ter comprado Bitcoin. Porque quando o Daniel Praga me falou para comprar Bitcoin, quando Bitcoin valia centenas de milhares de vezes a menos, eh, eu tinha 17 anos de idade, então assim, não tinha dinheiro para comprar Bitcoin ainda, que fosse Bitcoin barato, então eu não fico com esse ai [ __ ] podia ter, não podia, não ia, não tinha, não tinha de onde tirar, mas ele todos os meses, desde 2011, 2010, comprava todo o salário dele em Bitcoin, 100%. Então assim, ele tá bilionário, né? Eh, eh, hoje ele tá bilionário e há boatos de que ele fugiu para Singapura, né? Porque ele é o ele é o único anarcocapitalista que eu conheço que vivia pela sua palavra, porque vinha a polícia na casa dele, tem filho, vinha a polícia na casa dele para intimar, ele rasgava e falava: “Eu não reconheço a autoridade do estado”. Se [ __ ] né? E e aí gravava vídeo falando: “Ah, vai penhorar meus bens? Penhora meus bitcoins”. Então, [ __ ] na época o governo nem sabia o que era e ele tava, ele tava é, ele tava com o papelzinho ali na mão, não tinha nem como, como penhorar. Eh, e aí acho que chega num ponto em que ele seria preso, né? E aí ele vai embora. Eh, mas o a o meu início foi esse, né? Começando com esse vídeo e as pessoas pedindo para falar sobre outros assuntos sobre os quais não tinha menor noção do que falar. Eu fui, comecei a ler, comecei até a matar algumas aulas para ler, eh, e, e, e continuei fazendo o canal crescer. Acho que ali para, ali para 2013 para 14 tinha seus 100.000 inscritos. E e aí eu sou eu sou eu faço uma página no Facebook também chamada Liberalismo da Zoeira, que eu descobri que até hoje alguns dos moderadores que eu coloquei na época ainda estão fazendo publicações. Não tinha a menor noção para ser que eu fosse abrir e e tivesse 10 anos sem nada, né? Eh, e aí o eu sou contratado em 2014 para fazer em rede social a campanha de um candidato a deputado estadual que tava explorando o nicho liberal que na época era minúsculo, né? Então não tinha muitos votos. E do outro lado tava o Renan, o Alexandre e o Pedro que fundaram a MBL comigo e que na época Mas já tinha Ah, você vocês fundaram MBL, né? Nessa época que você foi trabalhar com com marketing aí de de propaganda já tinha depois que não tinha, foi depois, porque a gente se conhece nessa época por ser rivais, né? Eles estavam fazendo campanha para um outro candidato que disputava o mesmo nicho. É, aí a gente dividiu o voto e adivinha, os dois perderam. Eh, só que a gente gostou do trabalho um do outro e etc. e independentemente dos candidatos quais a gente estava trabalhando, que enfim, a gente não teve nenhum vínculo depois com esses candidatos, mas a gente manteve entre nós. Mas durante tanto a campanha que eu fiz como a que eles fizeram, nós conhecemos o Danil Gentile. E aí a gente queria continuar trabalhando no segundo turno, mas obviamente, né, né, nem a É nem Dilma nos contrataram. Eh, a gente queria por vontade própria, né? Eh, e aí a gente teve a ideia de fazer um vídeo de humor com o Danilo, né, da gente escrever um roteiro e aí o Danilo gravar eh para participar da do segundo turno, né, com um vídeo de humor. E era um vídeo, acho que até hoje tá no ar, que o Danilo tá apresentando um jornal estatal No futuro 2018, né, a gente grava em 2014 para mostrar como como que seria o Brasil em 2018 se a Dilma tivesse vencido as eleições. Então ele tá preso apresentando o jornal estatal e só contando notícia boa sobre o governo. Embora a reforma política da presidenta determinou que o melhor para a nação era não haver mais eleições, nossa querida e amada mamãe Dilma humildemente declarou hoje que vai abrir mão da presidência em prol da alternância do poder. Ela disse: “É importante para uma democracia madura a alternância do poder. Por isso eu vou sair da presidência e alternar o poder com Lula”. 40, 50 milhões de visualizações. E daí que, enfim, a gente se aproxima, começa a a trabalhar junto e chama a nossa primeira manifestação que a gente considera a fundação do MBL, que é dia 1eo de novembro de 2014, quando sai a capa da Veja com a delação do Yusf metade do rosto da Duma, metade do rosto do Lula, dizendo aí, eles sabiam de tudo que ele tá livre agora, né? Hã, é o CF agora já o CF cancelou, foramas nulas todas, tudo que ele apresentou de prova nunca existiu. Eh, e nessa época, logo que saiu essa capa, eu acho que foi a juventude do PT, que tinha vandalizado junto com outros outros partidos de esquerda que tinham vandalizado o grupo Abril. Então, a gente fez essa primeira manifestação em defesa eh da liberdade de expressão e e da em defesa da da operação Lava-Jato e da liberdade de imprensa, né? Ironicamente, mesmo mesmo imprensa que bate na gente hoje, mas a nossa primeira manifestação de fundação foi inclusive em defesa da liberdade de imprensa. É. E aí depois veio fora Dilma. Isso. Logo depois de 2015 eu leio um artigo do Ivis Gandra paraa Folha falando sobre a hipótese de crime de responsabilidade por causa da compra da refinaria de Passadina. E aí a gente decide chamar a nossa manifestação pelo impeachment 15 de março de de não lembro agora, não lembro se foi 15, se foi 13, eh, de março de 2000 e 15, que é, enfim, explode, acaba viralizando muito, sendo uma manifestação gigantesca e que nos dá o o protagonismo depois de conduzir o processo de impeachment a partir dessa dessa manifestação. É, posso fazer mais uma pergunta? Eh, então, em relação a você falou da nova constituição, né? Eh, eu achei, eu até o que uso colocou aqui de um jeito, a pergunta que ficou eh bastante engraçada, que vai ser possível sair alguma coisa que preste numa constituinte com Erica Hilton, Gaz Hoffman, Sargento Farur e o delegado Caveira. Como que vai fazer uma nova constituinte com esse quadro dos três poderes atual? Porque você tem que considerar aí que o judiciário vai considerar inconstitucional a nova constituinte, né? E assim, como seria possível viabilizar isso? Como você imagina que seria possível? Porque você já entrou com pedido, né? Tem uma solicitação que tá andando lá, né, no congresso. Só fazer o adendo, só fazer o adendo. Essa essa pergunta era inspirada José Bonifácio, que quando for fazer a primeira constituição, né? ficou famosa aquela frase dele que ele ia, ele falou que ia eh enforcar os constitucionalistas na Praça da Constituição. Aí foram perguntar por ele falou: “Porque não tem ninguém que preste aqui fazer uma constituição vamos começar, né? Aí essa é a pergunta. É como é que a gente consegue fazer uma nova constituição, uma constituinte com com classe política tão degradada? Eh, até mesmo porque ninguém tá seguindo as regras que existem, né? Não, não é uma questão, não é que a constituição seja, ela é ruim, mas nem ela tá sendo seguida, né, como uma nova, eh, regra num num ambiente em que ninguém mais tá disposto a seguir regras, né? Porque isso tá bem bem claro, né? Essa essa Você acha que precisa de um novo pacto que federativo? É, ah, quer dizer, fala aí sobre a Constituição e é não sobre meios, tá? Eh, primeiro, não seria com o atual Congresso, não seria com o atual Supremo, não seria com o atual governo. A gente tá levantando um debate que nós sabemos que não vai acontecer agora, mas estamos levantando um debate para que primeiro as pessoas tenham na cabeça do problema que é a nossa constituição, que as pessoas não têm, isso não é um assunto hoje que nós queremos tornar um assunto para daí eh chamar um plebiscito. E acho que o plebiscito é o primeiro passo da gente ter legitimidade eh eh e e popular e e mostrar que a maioria esmagadora da população, uma vez que entenda que o problema é a Constituição, eh eh se se manifestaria para uma nova constituinte. Uma coisa que o Marcos, você falou sobre o Supremo declarar inconstitucional, né? Uma coisa que o Marcos Lisboa fala é que a nossa Constituição é uma das únicas que não prevê o próprio fim, né? Então não existe um procedimento formal pra gente convocar uma uma Assembleia Nacional Constituinte. Então, de fato, teria que ser eh por um por um apelo popular muito grande por um momento de inflexão na história. E aí, como como pretendemos criar esse momento de inflexão na história? Acho que eh aí depende de nós vencermos uma eleição presidencial, depende da gente ter um presidente da República e não abrir nesse debate da constituinte, não falar: “Olha, tá aqui um papel em branco, eh, eleitos, vai lá, cada um e coloca um artigo.” Não, acho que fazer o modelo de olha, o presidente tá propondo esse modelo de constituição, nós vamos eleger uma assembleia para votar sim ou não a essa constituição, né? E eh eh vamos submeter primeiro à população. Se a população quer eleger essa assembleia, se ela quiser, aí a gente chama uma eleição especialmente para para votar essa constituição e daí esse modelo para não ter aí dois elementos para evitar pressões corporativistas, né? O primeiro é esse de ter um texto, né, pronto aí formado por por escrito por notável e submetido pelo presidente para ser avaliado, né, pela pelo Congresso. E a outra maneira de se evitar pressões corporativistas é a inelegibilidade do deputado constituinte, que eu defendo. Defendo assim, se a gente vai convocar uma eleição pra Assembleia Nacional Constituinte, ó, você quer ser deputado que vai votar sim ou não pra Constituição, você vai ficar 8 anos inelegível, porque você não pode votar sim ou não pensando em agradar o eleitor para você se eleger na próxima eleição, que é a coisa que aconteceu na constituição de 88, né? Eh, muita demanda de curto prazo sendo atendida e colocada para sempre na Constituição, porque aquele deputado era o deputado do táxi, era o deputado de não sei o que, não sei que lá e colocou, era o deputado do Rio que tinha preço pelo Dom Pedro II. Aí foi lá, colocou Dom Pedro I, o colégio Dom Pedro II na Constituição, enfim. Eh, então acho que são são esses dois elementos do do sobrecomo, né? Eh, eh, do do meio que a gente faria. Isso envolveria muito eleger um presidente da República e colocar esse presidente da República para já na sociedade. Aí mais uma vez ressaltando a importância do trabalho de base, já a gente tendo influenciadores, advogados, eh empresários, né, tendo um caudo cultural que torne esse ambiente propício, tem um presidente que proponha isso e aí um plebiscito para mostrar a força popular que aquele texto tem para ser aprovado e aí chamar a Assembleia Constituinte. Então, eu vi uma entrevista sua também com não entrevista, era uma conversa que você teve com os estudantes na Câmara que tava recentemente no seu canal, né? Sim, sim. e eram estudantes, eu não sei se eram universitários, eu não achei a ação. e você explica para eles como que você conseguiu eh de certo modo dentro das regras atuais, né, eh sendo um deputado sem voto, né, que você meio que sozinho ali no seu partido, né, e você foi conhecer as regras ali, as normas do do da Câmara para poder eh pelos procedimentos dar um nó ali, conseguir ter voz ali dentro. né? Então, e eu eh eh sempre penso nisso, que de algum modo não é como Bolsonaro, por exemplo, adora dizer, né, que é ah, não podia fazer nada, não podia, né? Sempre você tem alguma coisa ali, um meio de de se de fazer valer a sua voz. Então, dá para não vender a alma e trabalhar ali dentro da câmara, né? pelo que você falou ali para eles, aparentemente é possível fazer isso. Então, dentro das regras atuais, dá para você caminhar com essa com esse plebiscito, por exemplo. Você acredita que você consegue? Sim, sim. Não, que hoje é o caminho, hoje é o caminho legal mais próximo que a gente tem de dar legitimidade para uma nova constituição, né? consultar a população por um instrumento que já tá previsto em lei, que é o plebiscito, eh, se ela deseja ou não que seja convocada essa assembleia. E aí, e daí a partir daí, como isso será feito, não tem previsão na lei, vai ter que nós vamos ter que nos inspirar em como foi feito anteriormente, né? Assim como na época da ditadura também não tinha previsão para pós ditadura, não tinha previsão de como se fazer a assembleia de de eh assembleia para para escrever a Constituição de 88, né? Então, eh, o o caminho é esse. Mas o que você falou é, é, é verdade, né? Porque eu sendo um deputado, só pegar um só para pegar um projeto como exemplo que eu aprovei no no ano passado no plenário, projeto de aumento de pena para furto, roubo e receptação. Eh, eu sou um deputado, né, e consegui aprovar esse projeto e o Bolsonaro, presidente da República, com discurso de endurecimento de segurança pública, não aumentou a pena de furto, roubo e receptação, né, eh, tendo um poder infinitamente maior do que o meu. e ainda e ainda eu sendo um deputado de oposição, eh se eu fosse da base do governo, ainda teria maior facilidade ainda de aprovar e os meus projetos. E e é um um dois meios que eu encontrei. Um é o que você colocou, né, de de estudar o regimento e e eu já não negocio mais o meu próprio voto, porque meu meu voto é um, faz pouca diferença, mas eu negocio a incheção de saco. Fala e ó, você quer votar isso aqui agora ou daqui a 20 horas que eu vou deixar você aqui dentro do plenário, né? Eh, se você não quer votar daqui a 20 horas, você deixa pautar o meu projeto ou você faz essa alteração no seu. Eh, esse é um dos instrumentos, né? Eh, e eu costumo dizer que, né, eu não, né, é uma coisa comum, né, ser falado na Câmara de que sobre negociação de obstrução que todo mundo quer jantar com a esposa, né, ninguém quer chegar em casa eh 4 da madrugada, como foi como foi na nessa última sessão de quarta-feira dessa semana. Eh, e o outro meio é pressão popular, né? O outro meio é você ter você trabalhar a comunicação como a gente trabalha, trabalhar a pressão em rede social como a gente trabalha e daí conseguir assinaturas para urgência, pra PEC, eh, com a própria militância cobrando os parlamentares, que é uma coisa que funciona. OK. A gente a gente gosta de ficar esculhabando com com político, debochando de político, mas eh a esperança assim assim, tem um você como exemplo, você faz o seu trabalho lá bem feito e por mais que tem muita gente que não gosta do MBL, não gosta de vocês, mas é precisa admitir que o seu trabalho é relevante. Eh, tem mais pessoas no seu perfil lá ou você tá sozinho, você realmente é o estrangeiro naquele lugar? Olha, é difícil. Eu acho que acho que realmente eu sou sou um deputado estrangeiro lá dentro, porque eh eu sou uma espécie em extinção, né? Eh eh exótica. Eh precisa de autorização do IBAMA para me abater um eh se cansa, né? E é bem cansativo, não é desgastante isso assim? Eh eh não só eh eu falo porque até, né, a gente pensa, imagina o quanto a gente cansa de ficar falando mal. Agora imagina você tá lá dentro tentando fazer seu trabalho. Assess, é, eu assisti essa essa, né, aquela questão do dos precatórios, né, na Câmara. E eu fiquei pensando, eu falei, o o Hugo Mota tirou sarro ali de você, que você é aplicado, né? Mas eu fiquei imaginando que eh há há que se ter juventude mesmo para aguentar aturar ali, né, essa essa essa pressão, né, porque outros deputados também foram contrários, né, mas eu não sei se eles estariam dispostos a a obstruir aquilo tudo. Não sei como é que foi a até conta para, né? Eu acho que não sei se os assinantes estão sabendo o que foi aprovado também, né? A gravidade daquilo que foi aprovado, como a oposição foi uma grande oposição, né? Nesse caso, acho que seria importante. É basicamente assim, a oitava PEC de calote em precatório desde a Constituição de 88, né? Com vários discursos dizendo, “Vamos resolver de uma vez por todas.” Falei: “Tá bom, 4 anos daqui a 4 anos vocês vão aprovar outra, né? Eh, eh, e, e na, na última eu tava também no governo Bolsonaro, né, em que o PT todo é calote, vamos votar contra e tal, aí agora o PT apresenta e vota a favor. É, eh, e a oposição, em sua maioria, dita, oposição de direita bolsonarista, em sua maioria vota a favor, né? e alguns poucos que vão lá só na tribuna na discussão só para se posicionar contra, mas de obstruir mesmo, de atrapalhar a votação, só eu. E e esse especial não é só calote, né? Não é só a gente em 10 anos ter mais R 1 trilhão 500 bilhões deais em dívida, mas abrir no ano que vem R bilhões400 milhõesais pro Lula gastar, né? Isso com o voto da oposição. Eh, então sim, nesse caso teve outro caso na na de anistia de dívida dos estados, que também é uma coisa que é sempre feita, né? Você faz o compromisso de, olha, eu vou negociar o seu juro, vou negociar a sua dívida estado, mas você tem que fazer a lição de casa. Você vai fazer uma reforma administrativa, você vai fazer a reforma da previdência e você vai me dar ativo os seus empresas estatais, né, títulos que você tenha e eu vou executar se você não eu vou tomar de você se você não cumprir a lesão de casa, né? Aí o que acontece, eu lembro para mim um caso muito emblemático é o Rio de Janeiro. Eh, Rio de Janeiro tem uma sequência de de governadores horrorosos, né? Eh, que individam e afundam o estado e aí sempre negociação de dívida e tal, perdão, e os outros estados acabam pagando a dívida do Rio de Janeiro, especialmente estado de São Paulo. Eh, e aí a gente tinha provado, né? Olha, Rio, entra aí no regime de recuperação fiscal, faz a ele de casa, enxuga a máquina. Se vocês não fizerem isso, a gente vai tomar a Sedai. A Sedai é a empresa que é a garantia que vocês estão dando pra gente, que vocês não vão eh eh pegar esse benefício que a gente tá dando e depois dar uma banana pro ajuste. E aí a Assembleia Legislativa do Rio vende a Sedai eh eh joga pro caixa do governo e eles não podiam vender porque não é deles, tá como garantia, né? A mesma coisa de eu ser de eu dar uma casa como garantia pro empréstimo no banco e aí eu vendo a casa, né? Eh, eh, mas a assembleia fez aí na hora de punir, né, o Congresso Nacional, né, que que era para reagir, faz o seguinte, não é anistio o Rio de Janeiro da sua responsabilidade. Então, é mais uma é mais uma escolhação nesse sentido. E e nesse caso, né, dessa dessa dessa PEC do Caló, era mais um que assim, eu tava sozinho, eh, eh, e nesse caso sozinho mesmo, porque não tinha nem para não era nem para obstruir, não tinha nem para discursar e para votar contra, né? Eh, até até o o Nicolas fez um vídeo tirando sarro, né? Ele ele ele gravou o as orientações no painel, né? E falou: “Olha, quem que é o único cara, o único infeliz que consegue colocar novo Sol PL eh para voltar junto contra o requerimento de obstrução dele?” É o Kim. Aí ele ele felou minha cara, eu sou eu mesmo. Eh, então sobre esperança, sobre ter jeito, eh, com a maior parte dessa classe política de hoje, não. E nós e nós devemos e essa classe merece que a gente continue a escolhambando. Agora, a gente fundou um partido justamente na intenção de substituir, né, essa classe por algo completamente diferente, né? Você quer fazer uma pergunta? Pode fazer. Sim. Então, eh, emendar a questão do Lindberg, né, que você fez ali um combinado com ele no podcast do Vilela e depois te passaram a perna. É isso no o seu projeto das blusinhas, né, da taxa das blusinhas. Eu acho lindo esses nomes que a gente arruma pro E teve essa questão de um outro deputado que foi apresentou o projeto especial sobre medida. É, na verdade, o o nesse nesse caso específico, né, da taxa das blusinhas, o Lindberg, ele disse que o PT é contra, disse que o Lula é contra, mas já no próprio podcast dizia que não ia assinar o meu projeto. Agora, talvez o que pode acontecer, né, pro Lula levar todos os méritos, eh, eles publicarem uma medida provisória, né? Eh, não assinaram a urgência do meu projeto, não acionaram a colautoria do meu projeto, mas eles mandaram a medida provisória para cair tudo no colo do Lula. Ele cria o imposto, aí depois ele quer ficar com a fama do Salvador que acabou com o imposto. Eh, mas o que da perna e da muleta, né? É o que o que o Lindberg de fato deu calote foi na assinatura da emendante privilégio que ele falou: “Não, eu assino, me comprometo, você sai daqui com uma vitória parcial”. E nessa nessa desde o debate até hoje, todo dia eu encho o saco dele no plenário. E aí meu e a sua promessa? Não sei o que ele não estamos lendo texto, estamos analisando se é aquilo mesmo que você falou. Falou: “Porra, tem três parágrafos o texto e demora essa que vocês estão lendo esse texto aí há uns séculos. Tá me enrolando aí, [ __ ] Me dá me dá o não honesto, né? pelo menos e e em vez de ficar falando que você tá lendo, tá uma vergonha na cara. Ah, ele deve tá lendo o livro do Shopenha Hour que ele te deu. É, pois é. Ele tá ach que enolação. Então, mas assim, mesmo sem a assinatura do PT, isso eu tô bastante intimista, porque faltam cinco só assinaturas de 171, então a maior parte a gente já a gente já coletou e acho que eh em dois ou três meses a gente deve conseguir terminar. Uhum. Quem é o seguinte, eh, quando a gente noticiou no no Nem, eh, sobre missão, tal, teve muita muita gente gosta do ML, acompanha, mas tem os haters também. Então, resumindo, resumindo assim, o pessoal eh reclama ainda muito do áudio do Artur, né? Acho que vai ser eternamente vocês vão ter que ter que acarregar esse esse problema do áudio do Artur. Eh, e mas também veio muita gente meio que aquela história do fundão, né? Mas e de qualquer forma, eu acho que que talvez eh tirando tudo isso, se você quiser falar sobre isso, tudo bem, mas eu acho que a coisa mais importante, eu acho que talvez que levantaram eh e é uma curiosidade minha também, vocês se arrependeram muito de ter apoiado o Bolsonaro no segundo turno em 2018, eh, porque já não era um pouco, eu falo por mim assim, quando porque eu tava nesse meio Olaavete, essas coisas todas, quando começou a vir história de Bolsonaro, eu já achei que o negócio ia tava tava desando, né? Porque virou uma loucura. Eh, eu trabalhava numa editora que eh era editora que publicava Olavo de Carvalho. Então, eram pessoas que iam todo a cada seis meses iam se consultar lá com o Olavo de Carvalho, a astrologia dele e tudo mais e voltavam cada vez mais radicais, cada vez mais eh a loucura assim já era perceptível, né? Mas eh em 2018 acho que teve aquela fenômeno do Bolsonaro, mas vocês acabaram pelo menos no segundo turno, né, apoiando o Bolsonaro. Se sim arrependem disso ou não? Acho que isso é mais importante do que essas histórias de fundão, do áudio do Artur, tal. Acho que seria legal você falar disso, porque até porque vocês tomaram um caminho totalmente diferente e romperam com Bolsonaro, talvez quase desapareceram, né? Quase derreteram. E seria legal você falar sobre isso? É, não, acho o seguinte, eh, tem até uma entrevista que pro Ricaperrone, que os bolsonaristas usaram muito para me bater na eleição, que foi quando ele pergunta, né, pô, mas entre o Bolsonaro e o Alkmin aí, você acha que que quem que seria o menos pior? Falei, acho que o Alkmin, né? E aí caiu o mundo em cima de mim. Eh, mas ali uma mantive minha posição, minhas críticas, falei que o que o que o Bolsonaro não tinha habilidade política nenhuma e que isso poderia fazer ele ele ser engolido ali pelo Congresso, como de fato aconteceu. Mas considerando as circunstâncias da época, eh, as promessas da época, os compromissos da época, principalmente dele, de pá, vamos ter um liberal aqui no Ministério da Economia, vamos ter o o humor no Ministério da Justiça, eh no segundo turno, eu acho que assim é é muito difícil julgar com que com o que aconteceu depois, comparar com os conhecimentos e com as circunstâncias que a gente teve na época, né? Não, acho que considerando que nós sabíamos na época que foi um erro na no segundo turno, não acho acho que a gente não não tomaria nenhuma decisão diferente tendo as informações que a gente tinha naquela época. Eh, por mais que a gente soubesse de vários problemas, nós não sabíamos nem teríamos como saber de todos os problemas que vieram a surgir depois, principalmente em questões éticas, principalmente em relação ao combate à corrupção e principalmente eh no Não dava para imaginar que ia virar essa loucura que virou. É, não, mas principalmente no mínimo de institucionalidade, assim, a gente parecia que ia ter algum limite, mas é uma principalmente no no no malcaratismo travestido de pragmatismo em devolver os direitos políticos do Lula para ele vencer a eleição, né? Eu acho que esse ponto é é bastante crítico, né, da da nomeação do do Cásio Nunes, que acabou votando pela suspeição do Moro e pelo uso das provas ilegais ali da operação Spuffing para anular a a operação Lava-Jato. Acho que esse foi foi o ponto mais crítico e e absolutamente imprevisível, né, Bolsonaro, eh, devolver direitos políticos do Lula, acho que era uma coisa que no segundo turno de 2018 era absolutamente impensável, Laí, é, eu não sei se a gente ainda eh pode dizer que que o Bolsonaro ele vai manter algum tipo de popularidade depois disso que aconteceu essa semana, depois da humilhação dele, porque ele tem se humilhado bastante, né, assim, dá até vergonha de ver a ele perdeu o controle numa entrevista, fez aquela, eles estão chamando de coletiva de imprensa o que ele fez lá no Senado. Eu nem entendi muito bem, não li direito sobre o que ele foi fazer no Senado, mas assim, você acha que ele ainda tem alguma e o pessoal tem dito também que tudo que aconteceu depois da tarifa do Trump favoreceu o Lula. Você acha que é isso mesmo? Como que você acha que vai ficar esse par? Não, eu não acho, eu eu não acho que o Bolsonaro perdeu toda a popularidade, não. Acho que a maior parte da popularidade dele, ele mantém, tá? eh a a popularidade com a qual ele saiu da última eleição, o que ainda não faz dele, não é o suficiente para fazer dele majoritário, né? Não faz, não é o suficiente para garantir que ele tenha um apoio de mais da metade do eleitorado votante, né? O que a gente não não estamos falando de mais da metade do Brasil, nós estamos falando aí de 50 e poucos milhões de pessoas. Eh, então tô dizendo que o Bolsonaro não tem não tem esse número, mas que que ele tem um peso gigantesco hoje é innegável, né? E que mantém mesmo após esse desgaste é innegável. Eh, mas eu concordo com a análise de que o Trump reviveu o Lula e deu um baita de um presente pro Lula, eh, e mais prejudicou o Bolsonaro do que ajudou. E assim, tendo muita clareza de pensamento de que o Trump tá pouco se lixando pro Bolsonaro, né? ele colocou ele no meio lá da carta como desculpa para subir uma tarifa que ele já queria subir, como fez com outros 21 países. E a preocupação com liberdade de expressão e com eh eh rede social, né? Se de fato o Trump tivesse preocupado com postura de regimes em relação à rede social, a tarifa paraa China seria maior do que do pro Brasil, né? Porque a China é proibido, né? você tem Instagram, você a mesmo TikTok eh eh na China, apesar de ser uma rede chinesa, eh também tem restrições muito grandes, porque o TikTok dá acesso ao mundo exterior. Eh, então se a preocupação dele fosse essa, ele teria uma tarifa maior pra China. E outro ponto, se tivesse preocupação com liberdade de expressão e com democracia também não teria negócios, principalmente com países no Oriente Médio, eh, e boa relação com esses países e baixas tarifas como ele tem. Então, uma desculpa que ele teve e foi bem jogado da parte dele, porque ele tirou o ônus e a e e ele acabou com qualquer possibilidade de união do Brasil, né, de bolsonaristas, de petistas, de gente que não é nenhum nem outro para enfrentar uma tarifa estrangeira, né? Falando: “Olha, nós temos um inimigo externo, né? Nós temos o o Trump que tá impondo esse revés pra gente.” A partir do momento que ele coloca o Bolsonaro no meio, já não tem uma unidade contra o Trump. você tem a briga do do lulista jogando a culpa no Bolsonaro e do bolsonarista jogando a culpa no Lula, né? E o Trump, que é o principal ator, fica em segundo plano. Eh, então eu tenho eu tenho avaliação assim de que isso deu um respiro pro Lula, não à toa o o PT e o Lula estão mais corajosos em enfrentar, em xingar o Congresso Nacional do que eles estavam antes, né? Era um era um era um um regime enfraquecido, era um governo enfraquecido que ganha um fôlego de popularidade a partir dessa atitude mesmo. O Lula, né? Ele tava ele tava meio sumido, tava meio a cabis baixo, ele voltou com tudo, né? Sim. Não, exatamente isso. Ele ele ele ele tava abatido e foi revivido agora por essa tarifa. Mas você acha você acha que isso isso eh se prolonga ou vai ser momentâneo? Talvez porque isso não muda nada na questão da economia, né? economia tá em frangalha, tá? É, eu acho que o eu acho que primeiro vai depender de como o Lula aproveitar esse bom momento para ele eh eh para construir eh as suas as suas políticas para construir a sua estratégia eleitoral pro ano que vem. Se ele souber surfar bem nisso, eh eu acho que isso muda sim. Você acha que ele você acha que ele vai ser candidato? Eu vi algum lugar você falando que também não, porque eu acho que não. Eu tenho tenho eu, eu tenho, eu tenho a impopular opinião e e com pouca e a opinião de pouca adesão de que eh de que ele não é candidato. Acho que a chance dele ser candidato foi dada pelo Trump agora, né? Antes eu antes eu batinava, ó, 0% de chance dele ser candidato. Agora eu acho que ele ganhou fôlego. Ganhou fôlego. Eh, eh, mas a mais a minha minha avaliação antes é de que ele analisando a própria popularidade e também a saúde, que não é das melhores, para disputar uma eleição presidencial, ele não seria candidato. Hoje eu ainda ainda diria que a probabilidade dele não ser candidato é maior do que dele ser, mas que ele ganhou, que ele reviveu com o Trump, reviveu. E mas a principal vantagem que o Lula ganha nessa história toda é a maneira [ __ ] como o Eduardo Bolsonaro e o Jair tem brigado com o Tarcísio. que o Tarcísio, eh, que eu acho que existe um perigo grande por causa dessa grande coligação que estava se tornando e eh tava orbitando aí o Tarcísio dele sair com o apoio do PL, do PP, do União, do Republicano, falou: “Bom, não vai sobrar capital político para ele aprovar nada, porque ele já vai entrar devendo ministérios antes de aprovar qualquer projeto, né? eh eh devendo emendas antes dele aprovar qualquer projeto para retribuir o apoio de campanha. Então não vai nem sobrar capital político para ele fazer reformas decentes eh eh estruturantes depois. Mas agora nós estamos um passo atrás que é o passo dele definitivamente não ser candidato se não tiver o apoio do Bolsonaro, o que está se desenhando a partir dos ataques do Eduardo contra ele, porque o Eduardo tá louco achando primeiro que ele vai ter direitos políticos, não vai. O Eduardo vai ficar inelegível. Eh, e segundo, ainda que ele estivesse elegível, que ele tivesse alguma chance de ser o candidato a presidente de algum partido, eh, eh, com a legenda concedida por algum partido, o que também, né, não acho que vá acontecer, mas nesse nesse desespero dele, ele tá atacando o Tarcío e o e em o Tarcismo não sendo candidato, mais uma vez a a posição do Lula é fortalecida por causa de brigas internas dentro do pobre bolsonarismo. Então acho que esses são os dois principais efeitos e o e essas coisas todas acaba assim escondendo aqueles problemas que são, né, como você falou do shutdown, né, que existe esse, não, não é que existe talvez, né, aparentemente a chance de que parece que isso já já está acontecendo em algumas áreas, né? até li um artigo do Maíson da Nóbrega, que ele fala de algumas áreas que já estão meio eh paradas, que as agências de eh as agências reguladoras estão já bem eh um trabalho bem complicado, né? E a questão da segurança pública, que você tem sido um foco seu bem bem presente até a aquela a lei, né? Eh, nova agora que a pessoa precisa crimes em crimes casos de crimes edos, a pena, cumprir 80% da pena, né? Agora foi aprovada. Sim, é, já tá aprovada ou ainda vai proí ao senado. É, e até se você pudesse falar um pouco dos argumentos da esquerda contrária a essa essa aprovação, né, e essa questão do shutdown, que eu acho que são os dois são dois grandes problemas que ficam escondidos, né, nessa briga para pelas eleições. E aí você vê um Tarcísio ali quase um grande candidato, mas completamente perdido, né, sem saber quem ele atende primeiro ali. A impressão que dá é essa, como que uma pessoa assim conseguiria lidar com esses com essas questões que que serão eh também o foco do próximo governo, né? Sim. É, os argumentos nessa votação assim foram bem ridículos de de em relação ao cumprimento de 80% da pena em regime fechado para crime de ondo. Eh, porque fala, não precisa modular os efeitos, diminui a chance de ressocialização em regime fechado. Então, esses 80% a gente concorda se foi reincidente? Eu falei, mano, você estão de brincadeira, né? Você precisa matar duas mulheres antes de você cumprir 80% da pena, precisa estuprar duas pessoas antes de você cumprir 80% da pena, precisa matar, sequestrar, estorqu, né? eh mediante sequestro a partir só da segunda pessoa. E eh não teve, vocês não dizem aí que teve gente aí que foi torturada pela ditadura e vocês foram torturados. Você acha que o torturador a partir da segunda tortura só que ele tem que cumprir 80% da pena? Então eh nem sei né? 80%. É 80. É exato. Que para mim não tinha nem que ter progressão e nenhum crime. Eh enfim. E tá tá a pena tá lá que seja cumprida aquela pena. Mas e assim, é uma argumentação tão frágil que nem eles próprios, a maioria deles não teve coragem de votar contra, né? Porque o núcleo da esquerda sem o centrão tem lá os seus 130 votos, né? E salvo engano, foram só 58 que votaram contra, né? Os outros não tiveram coragem de votar, não votaram a favor, mas também não tiveram coragem de votar contra. Eh, então eles próprios já sabiam da fragilidade do próprio argumento. E do outro ponto em relação ao chetidão, é isso, né? eh eh as vinculações que a nossa Constituição faz, assim, mais uma vez, nenhuma outra constituição do mundo faz essa mesma vinculação. E quando a gente vai falar de desvinculação orçamentária, tem aquele escândalo lá que o Lindper fez no debate, que é absurdo, vai cortar da saúde, vai cortar da educação, então eu falei, olha, os países desenvolvidos não tem a vinculação que a gente tem e gastam mais com com com saúde e educação do que a gente, né? eh não tem as as mesmas vinculações previdenciárias e os aposentados deles ganham mais do que os nossos, né? Eh, não tem a política Estados Unidos não tem política de valorização real do salário mínimo. O salário mínimo na é reajustado há muito tempo. O trabalhador médio americano ganha muito mais do que o trabalhador brasileiro, né? Aqui o gerente de McDonald’s dos Estados Unidos é classe média alta no Brasil. Então, eh, a desculpa, né, de que é para desenvolver e tal. E e aí é o que eu disse também na no debate, né? Bom, se vinculação orçamentária é tão boa, vamos vincular 100% do orçamento, a gente não precisa de presidente. A Constituição automaticamente define onde que vai ser gasto do dinheiro. [ __ ] se é bom a gente travar, engessar o orçamento, vamos engessar tudo logo, né? Eh, a gente já economiza com com os ministros, com o presidente e deixa deixa só os os servidores efetivos aplicarem o orçamento que já tá previsto na Constituição. Que para terminar assim, olhando o seu retrospecto assim, a tua trajetória, né? Eh, você começou lá com com um vídeo, como você disse aqui pra gente, a coisa foi, como é que você falou, bola de neve, né? Ah, olhando para trás assim, eh, você que que você acha? Eh, você se orgulha da sua trajetória? assim, orgulhar, acho que você se orgulha, mas eh o lugar que você tá hoje eh obviamente que você nunca imaginou, talvez lá fazendo aquele vídeo que você ia tá eh, eh, se tornar um deputado federal e e atuante também, quer dizer, tendo voz e tudo mais. Eh, hoje você poderia dizer que você tá fazendo o que você realmente gosta, que você tá feliz com você tá fazendo ou você ainda tem, você é jovem, você ainda tem perspectivas e eh de fazer mais coisas na sua vida ou outra coisas totalmente diferentes da política? Não, eu eu eu me orgulho da minha trajetória e não faria nada de diferente, né? Acho que até os momentos em que com a cara na parede, né? foi um importante, assim, inclusive foram mais importantes daqueles que eu em que eu dei certo, por assim dizer, em que eu fiz sucesso, porque, né, o o erro traumatiza, ensina muito mais que eu acerto. Mas sobre, ah, você tá fazendo o que você gosta, gosta é uma palavra muito forte, né? Eh, você tá feliz? Feliz é uma palavra mais forte ainda. Eh, eu acho que eu tenho uma grande vantagem em relação a outras pessoas da minha geração e abaixo, que é um propósito muito claro, né? Eh, quando eu converso com outras pessoas da minha idade ou mais jovens, eh, uma coisa que fica muito clara para mim é: “Ah, [ __ ] o cara não sabe porque que ele tá na terra, né? ele não sabe o que fazer da vida, ele não sabe por fazer ou se ele já tá fazendo alguma coisa, ele não sabe o porque que ele tá fazendo. Eu não, eu com todos os desprazeres, os altos e baixos daquilo que eu tô fazendo, eu sei exatamente o porquê e sei que é o propósito correto que eu tenho pra minha vida sobre fazer coisas diferentes, né, eu já disse várias vezes e e saibam que eu que eu pretendo resistir firmemente aos meus eleitores, de que não quero ficar o resto da vida na política e que eu tenho vontade sim de dar aula, de fazer mestrado, doutorado, de advogar e que eh eu não quero o o caos da política até o fim da minha vida, mesmo porque eu eu pretendo ter um período um pouco mais tranquilo, né? eh, talvez não me aposentando, porque eu acho que até o resto da minha vida, eh, e eu até vejo que que as pessoas que continuam trabalhando, óbvio, não no mesmo ritmo do da sua juventude, do seu ápice de produtividade, mas que continuam trabalhando até o resto da vida, tem mais saúde, mais longevidade. Mas também porque eu acho que se eu não trabalhar nada, eu ficaria bastante entediado. Então, eh, sim, tenho tenho eu tenho outros planos para fora da política. É isso aí. Então, eh, Kin, obrigado pela pela conversa, não vou lhe chamar de entrevista isso, porque foi uma bate-papo mesmo pra gente falar sobre coisas que você tá fazendo e também o futuro aí com missão. Boa sorte para vocês, vocês vão precisar. E agradeço também você que tá com a gente até agora. Dá like no na no vídeo, na plataforma que você tiver. Eh, compartilhe também e também faça sua assinatura no não a imprensa e ajude a gente manter esse trabalho. A gente vem fazendo aqui como quem faz o trabalho árduo lá como estrangeiro lá na câmara. A gente também é um estrangeiro no jornalismo. Como de uso a gente se define pel aquilo que a gente não é, né? Então é isso, eh, obrigado por Obrigado, Laí, por Obrigada você por ajudar a conduzir aqui estreando com a gente. Vai voltar mais vezes, com certeza. E é isso. Grande abraço para vocês. Um abraço. Tchau. Tchau. Tchau. Obrigado, gente. Abraço.

Comments

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *