A Origem Genética dos Brasileiros, como nunca te contaram…

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a incrível genética do povo brasileiro o que define um povo é a sua terra a sua língua a sua cultura no caso do Brasil uma nação de dimensões continentais a resposta reside num mosaico humano de complexidade ímpar sob a pele de mais de 200 milhões de almas corre uma história escrita em ADN um código genético que narra séculos de encontros migrações e missigenação para desvendar este código mergulhamos nos dados mais recentes do último senso nacional e nos resultados do revolucionário estudo genético publicado pela Universidade de São Paulo no ano de 2025 este vídeo é o resultado dessa investigação profunda que cruza a demografia com a genética para pintar o mais fiel retrato do povo brasileiro convidamos-lo a embarcar conosco nesta viagem ao coração da identidade brasileira este trabalho exigiu uma investigação profunda se aprecia o nosso conteúdo subscreva o canal e deixe o seu gosto como forma de apoio a história genética do Brasil começa com os seus habitantes originais os povos ameríndios cujas linhagens povoaram este vasto território durante milênios com a chegada dos portugueses no século X inicia-se um processo de transformação demográfica radical e por vezes violento os colonizadores europeus maioritariamente homens espalharam-se inicialmente pela costa pouco depois teve início o maior movimento de migração forçada da história humana o tráfico transatlântico de africanos escravizados oriundos sobretudo da África Ocidental e Central que foram desembarcados maioritariamente no Nordeste e Sudeste para trabalhar nos engenhos de açúcar e nas minas de ouro a partir do final do século XIX o Brasil abriu as suas portas a novas vagas migratórias italianos e alemães fixaram-se predominantemente na região sul moldando a sua demografia espanhóis sírios libaneses e japoneses também chegaram em números expressivos concentrando-se os últimos em São Paulo e no Paraná adicionando novas camadas a este complexo tecido humano ao analisarmos a linhagem paterna através do ADN do cromossoma Y que é transmitido de pai para filho o estudo da USP revela uma narrativa clara marcada pelo poder colonial a contribuição europeia é esmagadoramente dominante correspondendo a aproximadamente 66% do patrimônio genético masculino do país o aplogrupo R1B o mais comum na Europa Ocidental e particularmente na Península Ibérica é o principal marcador desta herança em segundo lugar encontramos a ancestralidade africana com cerca de 27% sendo o raplo grupo é um B1A prevalescente na África subsariana o mais representativo por fim a contribuição à merndia para a alinhagem masculina é significativamente menor calculada em apenas 7% principalmente através de aplogrupos do tipo Q estes números espelham a estrutura social da colônia onde o homem europeu ocupava o topo da pirâmide e a sua descendência masculina perpetuou essa dominância genética ao longo das gerações a história contada pelo ADN mitocondrial herdado exclusivamente da mãe para os seus filhos e filhas é drasticamente diferente e revela a outra face da missigenação brasileira aqui o cenário é de um equilíbrio notável formando a base da chamada matriz triíbrida do Brasil a análise da Universidade de São Paulo demonstra que as linhagens maternas ameríndias representam a maior fatia com cerca de 35% através dos aplos A B C e D o que indica que as mulheres indígenas foram a base da formação de muitas famílias nos primórdios da colonização logo a seguir com 33% surge a contribuição africana principalmente através dos diversos raplogrupos do tipo L a herança matrilinear europeia com hallogrupos como o H o U e o K contribui com os restantes 32% esta distribuição quase equitativa demonstra que o processo de missigenação no Brasil foi fundamentalmente o resultado da união de homens europeus com mulheres ameríndias e africanas o ADN autossômico que herdamos de todos os nossos antepassados pinta um retrato panorâmico e regionalmente diverso o Brasil não é geneticamente homogêneo na região norte a influência é a mais marcada atingindo picos de mais de 40% em certas populações coexistindo com uma forte base europeia movendo-nos para o Nordeste a ancestralidade africana torna-se a componente mais proeminente superando frequentemente os 45% um legado direto da economia açucareira a região Sudeste a mais populosa é um mosaico complexo com uma base maioritariamente europeia a rondar os 60% mas com a mais significativa contribuição africana em números absolutos do país já a região sul destaca-se por ter a mais elevada contribuição genética europeia ultrapassando os 75% devido à imigração massiva de alemães e italianos por fim o Centro-Oeste apresenta um perfil equilibrado com uma forte componente europeia seguida de perto pela Ameríndia refletindo a sua história de expansão de fronteiras a aparência física ou fenótipo dos brasileiros reflete esta complexa tapeçaria genética segundo o último senso pela primeira vez na história a maioria da população 45,3% identifica-se como parda um termo que abrange uma vasta gama de mestiçagens os autodclarados brancos constituem 43,5% enquanto os pretos representam 10,2% amarelos e indígenas somam menos de 2% esta distribuição varia imenso o Sul tem a maior percentagem de brancos superando os 70% enquanto no Nordeste a soma de pardos e pretos ultrapassa os 75% no que toca a estatura a média nacional segundo o estudo da USP situa-se em 1,73 cm para os homens e 1,60 cm para as mulheres existem ligeiras variações regionais com as médias mais altas a serem registadas na região sul onde a contribuição genética de povos do norte da Europa é mais significativa os olhos são frequentemente chamados de janelas da alma mas no Brasil são também um mapa da nossa complexa herança genética a predominância esmagadora é do olho de cor castanha em todas as suas matizes presente em aproximadamente 79% da população esta característica é um traço comum partilhado pelas três grandes matrizes formadoras do povo brasileiro a ameríndia a africana e a europeia ibérica os tons intermédios como o mel e o avelã que se encontram em cerca de 9% dos indivíduos são o resultado direto e visível da missigenação as cores recessivas como o azul e o verde são significativamente mais raras calculadas em cerca de 8% no total a sua incidência geográfica não é uniforme estando fortemente concentrada na região sul e em áreas de colonização europeia específica como em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul testemunhando o impacto genético das migrações mais recentes se a cor dos olhos revela focos de migração a cor e principalmente a textura do cabelo brasileiro contam a história da missigenação em todo o território cerca de 86% da população possui cabelos de tonalidade escura entre o castanho e o preto contudo esta aparente uniformidade de cor esconde uma enorme diversidade na forma a textura do fio é um marcador ancestral poderoso o cabelo liso remete tanto à herança a merndia como a parte da europeia o cabelo ondulado é maioritariamente europeu e os cabelos encaracolados e crespos são um forte indicador da ancestralidade africana a imensa variedade de texturas intermédias que se observa na maioria dos brasileiros é a prova viva da união destes três continentes num só povo os cabelos naturalmente loiros presentes em menos de 10% da população e os ruivos em menos de 1% são raros e tal como os olhos claros estão associados a vagas migratórias europeias mais específicas a distribuição dos grupos sanguíneos no Brasil também conta uma história de origens múltiplas o sistema ABO revela que o grupo O é o mais comum presente em cerca de 46% da população esta alta frequência está ligada tanto à herança ameríndia onde o grupo O é quase universal como a muitas populações africanas em segundo lugar está o grupo A com aproximadamente 38% maioritariamente de origem europeia o grupo B é menos frequente com cerca de 12% e o grupo AB é o mais raro com apenas 4% quanto ao fator RH a esmagadora maioria da população perto de 88% possui o fator RH positivo enquanto 12% tem o fator RH negativo a maior frequência do fator RH negativo é observada nas regiões com maior ancestralidade europeia nomeadamente o Sul e o Sudeste uma vez que esta característica é significativamente mais comum em populações europeias do que em africanas ou ameríndias se a cor da pele ou a textura do cabelo fossem indicadores fiáveis da ancestralidade de um indivíduo o Brasil seria um país de fácil leitura contudo a genética moderna demonstra precisamente o contrário estudos genéticos de referência conduzidos por algumas das principais universidades brasileiras aprofundaram esta questão revelando que o genoma do brasileiro médio é uma colxa de retalhos de tal forma entrelaçada que o fenótipo se torna frequentemente um guia enganador a análise revelou um facto fundamental uma percentagem considerável de brasileiros que se autoidentificam como brancos incluindo indivíduos com traços como cabelo louro e olhos azuis possui uma ancestralidade africana significativa no seu ADN autossômico de forma ainda mais expressiva a investigação demonstrou que em média a contribuição genética europeia no genoma de brasileiros que se identificam como pretos aproxima-se dos 50% ser racista no Brasil é portanto lutar contra a própria realidade genética do país ao final desta jornada pelo ADN brasileiro a conclusão é inequívoca não existe um único brasileiro genético mas sim uma infinidade de brasis que coexistem dentro de um mesmo povo a identidade nacional é um mosaico dinâmico com uma base paterna predominantemente europeia e uma base materna trihíbrida cujas proporções se alteram drasticamente de norte a sul da cor da pele à altura do tipo sanguíneo a cor dos olhos cada característica é um testemunho vivo de uma história de cinco séculos de encontros conflitos e uniões compreender esta diversidade não é apenas um exercício científico é um passo fundamental para entender a riqueza social e cultural que define esta nação única no mundo o Brasil é em sua essência a própria personificação da missigenação esperamos que esta viagem genética tenha sido esclarecedora para continuar a apoiar o nosso trabalho não se esqueça de subscrever o canal deixar o seu gosto e explorar outros documentários que preparamos para si m

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