A prova mais forte de que MARTE já foi HABITÁVEL

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Cientistas precisavam provar que Mart eles fizeram isso com uma pedra, mas não essa pedra, é claro. Parece uma ideia absurda, mas faz todo sentido, porque foi um grupo de rochas que trouxe a evidência mais forte de que o planeta vermelho já foi habitável. Mas como pode uma rocha provar que um planeta já foi habitável? Quais requisitos Marte cumpriu para abrigar vida? E será que houve uma época na qual ele tinha condições até melhores que as da Terra paraa vida surgir? Fica nesse vídeo que até o final você vai conseguir entender tudo e ainda vai poder explicar para quem te perguntar sobre esse assunto. Hoje, Marte é um deserto gelado e incapaz de gerar vida, mas uma pedra trouxe mais evidências de que ele não foi assim no passado. E o que será que ela tenha mais para nos revelar? Ao longo de décadas, a humanidade sonhou com Marte. Primeiras imagens do planeta Vermelho fizeram as pessoas acreditarem que havia canais em Marte, fazendo crescer o imaginário sobre o planeta. Primeiro pensamos em marcianos como nossos vizinhos. Depois, com as descobertas de que Marte está mais para um deserto congelado, com pouca perspectiva de vida, começamos a pensar na possível colonização do planeta. E tudo isso sendo representado, é claro, na ficção. Mesmo hoje com Marte sendo um lugar vazio e castigado por gigantescas tempestades de areia, ele ainda atrai os nossos olhos, não pelo que ele é agora, mas pelo que ele foi no passado. Evidências de antigas redes de rios e deltas mostraram que a água já correu livremente por sua superfície. Depósitos minerais indicaram que lagos inteiros se formaram e evaporaram ao longo de sua história. Talvez Marte possuiu até um oceano que cobria parte do hemisfério norte. Estudos sugerem que Marte teve uma atmosfera mais densa e protetora, capaz de manter temperaturas menos hostis. E detecções recentes feitas pelo Curiosity e pelo Perseverance já mostraram formações que podem ter origem geológica ou biológica, deixando no ar a mensagem: “Marte já foi muito diferente, talvez até um pouco parecido com a Terra e em algum momento pode até ter sido acolhedor pra vida. Mas apesar de todas essas evidências, havia uma peça que faltava. Para podermos dizer que Marte já foi habitável e pode ter sustentado a vida, é preciso mais do que água. É preciso também estabilidade química, ciclos que mantenham um ambiente vivo e dinâmico. E na Terra, um dos grandes motores disso é o ciclo do carbono. E por muito tempo não tínhamos certeza se Marte já teve algo parecido, até que o Hover Curiosity encontrou as tais rochas carbonáticas na cratera Gale, mas por que encontrar essas rochas era tão importante e necessário? Bom, elas são rochas que em sua composição possuem carbonatos que se formam a partir do dióxido de carbono dissolvido em água líquida. Funciona assim. Quando o CO2 da atmosfera entra em contato e se difunde e dissolve na água, ele se mistura e forma uma solução levemente ácida, o ácido carbônico. Depois ele pode reagir com minerais que contém cálcio, magnésio ou ferro. E dessa reação nascem os carbonatos, minerais que uma vez cristalizados ficam preservados por bilhões de anos. Em Marte, esses minerais se formaram em condições extremamente secas quando a atmosfera era rica em CO2 e conforme ela se tornava cada vez mais rarefeita, o CO2 teria começado a se tornar rocha. Aqui na Terra, esse processo acontece em oceanos, lagos e até cavernas, registrando desde a química da atmosfera até as atividades de organismos vivos. É por isso que geólogos chamam os carbonatos de arquivos naturais do clima, porque eles guardam informações sobre quanta água havia disponível, sobre a composição da atmosfera e até sobre o equilíbrio de gases que sustentam a vida. Agora pensa no que isso significa em Marte. Se encontrássemos rochas carbonáticas lá, isso iria nos ajudar a comprovar que em algum momento do passado o planeta tinha água líquida estável e também uma atmosfera suficientemente rica em dióxido de carbono para alimentar esse processo químico. Em outras palavras, Marte não era apenas um deserto seco e frio. Ele poderia ter sido um planeta habitável. Mas por que a descoberta de rochas carbonáticas indica que Marte já foi habitável? Porque o ciclo do carbono é como a engrenagem que mantém aqui na Terra a vida equilibrada. Nós somos feitos de carbono, a nossa comida é feita de carbono, o nosso mundo é movido a carbono. E ele cicla no planeta da seguinte forma: o dióxido de carbono circula entre a atmosfera, os oceanos, as rochas e os seres vivos. As plantas e as algas, por exemplo, usam o CO2 no processo de fotossíntese para produzir energia e liberar oxigênio. Os animais devolvem esse carbono ao ambiente quando respiram. Quando organismos morrem, parte desse carbono pode ficar aprisionado em sedimentos, dando origem a rochas carbonáticas ou combustíveis fósseis ao longo de milhões e milhões de anos. Ao mesmo tempo, vulcões e processos geológicos também liberam CO2 de volta à atmosfera, fechando esse ciclo. Além disso, esse ciclo em equilíbrio é vital, porque o carbono não é só a matériapra para moléculas orgânicas, como proteínas e DNA. Ele também é um regulador do clima do planeta. O dióxido de carbono na atmosfera é um gás de efeito estufa e funciona como um cobertor. Em pequenas quantidades, ele ajuda a manter a temperatura estável e adequada pra vida. Sem ele, a Terra seria uma bola de gelo. Em excesso, o planeta se torna mais quente e instável, como estamos observando agora com as mudanças climáticas. Agora pense em Marte. Se encontramos sinais de que esse ciclo também já aconteceu por lá, significa que o planeta tinha um sistema ativo de trocas entre a atmosfera, água e minerais. Isso sugere que ele não apenas era um deserto passivo, mas sim um mundo dinâmico, com processos capazes de sustentar condições estáveis por longos períodos. E é isso que a vida precisa para surgir. Em outras palavras, a descoberta dos carbonatos mostra que Marte não só teve água líquida, como também pode ter tido a engrenagem química que regula o ambiente e permite que a vida floresça. É como se o planeta tivesse cumprido mais um dos pré-requisitos fundamentais para ser habitável. E até aqui eu espero ter cumprido os seus pré-requisitos para você poder curtir e hypar este vídeo. Então se ele já te ajudou até aqui, me ajude a fazer eles chegarem mais pessoas indicando pro YouTube que este é um conteúdo de qualidade e assim você também apoia o meu trabalho aqui na internet. Agora, apesar de termos encontrado todas essas evidências, até então não encontramos fósseis de alienígenas microscópicos em Marte. Nenhum hover até agora cavou o solo e encontrou uma colônia de micróbios petrificados. E mesmo que encontrasse, essa provável colônia, deveria ser analisada aqui na Terra para podermos ter certeza de qualquer coisa e aí sim poder bater o martelo. Mas a ciência avança juntando peças e o que temos hoje é um quebra-cabeça cada vez mais completo. A descoberta das rochas carbonáticas mostra que no passado distante Marte reuniu muitos dos pré-requisitos que a vida precisa para existir. Primeiro, havia água líquida em abundância, rios, lagos e, possivelmente, até mares. A água é fundamental não apenas como um solvente universal, mas também como um meio onde reações químicas podem acontecer. Depois havia minerais essenciais como argilas, sulfatos e silicatos, que oferecem nutrientes e superfícies para reações químicas importantes. E também havia fontes de energia da radiação solar até a energia química que poderiam sustentar formas de vida simples. E agora com os carbonatos, sabemos que Marte também teve um ciclo químico fundamental, parecido com o ciclo do carbono da Terra, capaz de regular o clima e criar um ambiente mais estável. Quando juntamos tudo isso, Marte deixa de ser apenas um deserto árido para se tornar um planeta que, em um passado remoto, cerca de 4 bilhões de anos atrás, poderia realmente ter oferecido as condições básicas pra vida florescer. condições que na época poderiam ter sido até melhores que as da Terra, que há 4 bilhões de anos ainda era extremamente quente, mas que mesmo assim foi capaz de gerar vida. Infelizmente perdemos a chance de termos vizinhos marcianos, porque com o passar dos bilhões de anos, o núcleo de Marte foi resfriando e o planeta perdeu o seu campo magnético global. Sem essa proteção, o vento solar começou a varrer a atmosfera pro espaço. E sem a atmosfera densa, a pressão caiu, a água líquida evaporou ou congelou e o clima se tornou cada vez mais hostil. E o que antes poderia ter sido o mundo azul foi se transformando nesse deserto frio e avermelhado que conhecemos hoje. Ainda assim, existe uma mera possibilidade. Talvez a vida não tenha desaparecido por completo. Se microrganismos realmente surgiram naquele passado úmido, eles poderiam ter encontrado refúgio em bolsões subterrâneos de água líquida, escondidos do frio extremo e protegidos da radiação letal da superfície. Talvez embaixo das camadas de rocha e gelo, Marte ainda guarde pequenos oases invisíveis, onde a vida resiste em silêncio há bilhões de anos. E eu espero poder ainda estar aqui para ver os primeiros humanos pisando em Marte e quem sabe descobrir se Marte teve ou não vida há bilhões de anos. Mas e você acredita que Marte já abrigou vida no passado ou realmente somos os únicos no sistema solar? E se você acredita que existe vida fora da Terra, por que até hoje não as encontramos? Será que ela não existe ou não quer aparecer? Estariam todas as civilizações avançadas se escondendo com medo de serem descobertas ou destruídas? Ou essa hipótese da floresta negra revela algo muito mais profundo sobre os seus criadores, nós. Foi isso que eu discuti nesse vídeo aqui e te mostrei porque talvez você não deveria ter medo da hipótese da floresta negra. Muito obrigada por ter me acompanhado até aqui. Eu te vejo na nossa próxima viagem rumo ao desconhecido do universo e até mais. M.

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