A QUEDA silenciosa da AMBEV: Como a concorrência virou o jogo?

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Tem empresa que nasce grande, outras viram gigantes depois de engolir as rivais, mas poucas fizeram isso com tanta se de crescimento quanto a Ambev. Ela uniu concorrentes históricas, passou o rodo no mercado, foi parar na bolsa e virou peça chave no maior império cervejeiro do mundo. Mas será que tamanho é garantia de futuro? Hoje a precisa provar que sabe mais do que cortar custo e empilhar latinha. Eu sou a Beatriz Sales e te convido a mergulhar com a gente nessa história aqui na UVP Capital. Seja bem-vindo. [Música] Antes de virar essa potência que a gente conhece, a Ambev era só uma ideia distante, porque o que existia mesmo era briga. De um lado, a Brama, fundada no Rio de Janeiro em 1888, já querendo ser a número um. Do outro, a Antártica, que nasceu um pouco antes, em 1885, em São Paulo, com estilo mais discreto, mas com planos bem ambiciosos. Essas duas cervejarias cresceram rápido e cresceram brigando. Disputavam espaço no mercado, nos bares, nas prateleiras e, claro, no gosto do consumidor. Mas a treta não era só na propaganda ou no sabor. As duas investiam pesado em tudo que envolvia produção e distribuição, refrigerantes, fábricas de vidro, caminhões, tampinhas, cada uma querendo dominar o setor de ponta a ponta. Enquanto a Brama apostava em marketing e escala, a Antártica foi criando um sistema logístico que parecia coisa de empresa internacional e ainda mandava bem com guaraná, que virou quase um patrimônio nacional. Só que nos anos 90 o jogo começou a mudar. O mercado brasileiro passou a chamar atenção de gigantes de fora e as ruas perceberam que continuar brigando podia acabar mal, porque quando o concorrente é global a treta local não segura. Aí aquela ideia impensável começou a circular e se ao invés de se destruírem elas se juntassem. Essa história da fusão, aliás, é o que muda tudo, mas segura aí, porque isso é assunto para daqui a pouco. Agora, falando em fusão de ideias boas, se você curte história de empresas que começaram lá atrás e hoje estão dominando o mercado, aproveita e já se inscreve no canal. Aqui a gente mistura informação com conteúdo de verdade, do tipo que te faz entender o mundo dos negócios com clareza e sem enrolação. Então, seja mais uma vez bem-vindo ao VP Capital e vamos lá. [Música] Em 1999, Brama e Antártica deixaram a rivalidade de lado e fizeram o impensável. Se juntaram. Não foi por amizade, claro, foi estratégia pura. O nome da união, Ambev, Companhia de Bebidas das Américas. Ambiciosos, sim, mas eles tinham um plano grande para justificar. Na época, o mercado de bebidas estava mudando rápido. As multinacionais estavam de olho no Brasil e a ameaça de ser engolido por um player internacional era real. Para continuar crescendo e se proteger, as duas ex-rivais resolveram virar uma só. Foi uma fusão enorme que causou barulho no setor e deu muito o que falar nos jornais da época. Após a fusão, a nova empresa passou a controlar mais de 60% do mercado de cervejas no país. Isso levantou críticas, claro, gente falando de monopólio, concorrência desleal, aumento de preços. O CAD, órgão que fiscaliza esse tipo de movimento, analisou com calma, colocou algumas exigências e, no fim liberou. Por trás de tudo isso, estavam três nomes que já tinham peso no mercado financeiro brasileiro. Jorge Paulo Leman, Marcel Teles e Carlos Alberto Cicupira. O trio, conhecido pelo estilo de gestão direto e focado em resultados, já era acionista da Brama por meio da GP Investimentos e teve papel central na criação da nova empresa. E foi aí que a Bev deu outro passo importante, abrir o capital na bolsa. Em 2000, a empresa fez seu IPO na B3 com o ticker Aev 3. Também listou ações nos Estados Unidos, na NIS com ticker AEV. A abertura de capital foi uma forma de levantar recursos para financiar a expansão e também colocar a empresa no radar dos investidores globais. Com dinheiro em caixa, governança estruturada e operação gigante, a Ambev estava pronta para ir além do Brasil e foi exatamente isso que ela fez. [Música] A essa altura da história, você já entendeu que a fusão entre Brama e Antártica foi o nascimento da BEV, mas tem um nome que a gente precisa parar para falar com calma, Jorge Paulo Leman. Porque se tem alguém que mudou o rumo dessa história, foi ele. O Leman não fundou a Brama, nem a Antártica, nem ave, mas ele foi o cara que fez a Brama deixar de ser só uma cervejaria tradicional e virar uma máquina de eficiência. E mais, ele foi o cérebro por trás da cultura de gestão que transformou a Ambev numa gigante e que mais tarde ia influenciar até a Budweiser. A história dele por si só já daria um vídeo. Filho de pai suíço com mãe brasileira, ex-jogador de tênis profissional, chegou a jogar o Imbandon. Formado em Harvard nos anos 60. Ele sempre foi discreto e alérgico à exposição, mas nos bastidores eram uma força. Em 1989, ele e seus sócios, Marceles e Carlos Alberto Sicupira, como nós falamos aqui, compraram o controle da Brama por meio da GP Investimentos, quando a empresa ainda era meio desorganizada, pouco lucrativa e cheia de vícios de gestão. Eles chegaram com estilo que viraria marca registrada, gestão por mérito, corte de desperdício, cultura de dono e foco total em resultado. Nada de tapinha nas costas ou promoções por tempo de casa. O lema era simples. Gente boa atrair gente boa. E se você não performava, rua. Diz a lenda que uma das primeiras coisas que fizeram foram colocar um freezer dentro da sala de reuniões e encher de brama. Só podiam ser bebidas que tivessem saído direto da fábrica. Assim, eles sabiam se a distribuição estava funcionando ou não. Se chegasse quente, algo estava errado. Esse jeito de pensar virou a base da culturave. obsessão por eficiência e metas agressivas. E foi com essa mentalidade que eles conduziram a fusão com a Antártica em 1999, criando a Ambev e colocando a empresa no caminho da dominação total do mercado. Leman, Teles e Sicupira nunca foram apenas investidores. Eles colocaram o dedo em tudo, estratégia, cultura, escolha de líderes e continuaram mandando no jogo mesmo depois da AMBEV virar parte de um grupo internacional. Aliás, foi justamente essa base construída por eles que permitiu que a beve crescesse ainda mais e topasse fusões muito maiores nos anos seguintes. Então, antes da gente cruzar o Atlântico e falar da união com a Interb, vale guardar esse nome. Leman pode não ter feito cerveja, mas sem ele a Ambev talvez nunca tivesse saído do bairro. [Música] Depois da fusão entre Brama e Antártica, a Ambev ficou gigante dentro do Brasil, mas os planos não paravam aí. Em 2004, veio o próximo passo, se juntar com a Interbw, uma cervejaria belga dona de marcas como Stella e Becks. O resultado a criação da Imbeve, que logo se tornaria a maior cervejaria do mundo. Essa fusão foi um divisor de águas. ANBEV não só passou a fazer parte de um grupo global, como também levou seu estilo de gestão direto ao ponto para dentro da Europa. A lógica era clara, menos desperdício, mais eficiência e foco total em resultado. Isso vinha diretamente dos bastidores da Ambev e do trio Leman, Tes e Siicupira, que agora tinham influência também fora do Brasil. Mas apesar da fusão, a AMBEV continuou existindo como uma operação separada aqui na América Latina, ou seja, ainda era uma marca forte no Brasil e nos países vizinhos, só que agora com muito mais força de investimento e alcance internacional. Com essa nova estrutura, a empresa passou a ter presença em mais de uma dezena de países da América Latina e Caribe, com um portfólio que misturava rótulos populares com marcas premium. O nome em Bevinda não era tão conhecido do grande público, mas quem trabalhava no setor sabia. Essa união colocou o Brasil no mapa dos negócios globais de verdade. E a história não parou por aí, porque 4 anos depois, essa mesma IMBV decidiu mirar ainda mais alto. O alvo da vez nada menos que a dona da Budgeweiser. [Música] Se juntar com a Interbw já tinha sido um passo gigante. O que vem em seguida foi histórico. Em 2008, a Embev, onde a Bev já era a peça central, resolveu ir além. Fez uma proposta para comprar a Unhauser Bush. A cervejaria americana dona da Budweiser. Na época, a Anhauser era considerada intocável, tinha mais de 150 anos de história e era símbolo de orgulho nacional nos Estados Unidos. Mas os belgasileiros da Embev estavam determinados. colocaram na mesa uma proposta de 52 bilhões de dólares, uma das maiores aquisições do setor de alimentos e bebidas da história. Foi um choque. Teve protesto, campanha de americanos contra venda, tentativa de barrar a negociação, mas no fim o dinheiro falou mais alto e o negócio saiu. Nascia ali a AB em BEV, o maior grupo cervejeiro do planeta. E sim, o Brasil estava no centro disso tudo. A gestão da nova empresa seguiu o estilo 3G: metas agressivas, corte de custos, foco em eficiência e resultados rápidos. Era um jeito de fazer negócios que assustava muita gente, mas dava lucro, muito lucro. A Ambev continuou com seu nome e estrutura aqui na América Latina, mas agora fazia parte de um conglomerado que controlava marcas como Budweiser, Stella, Corona, Becks, Hull Garden, além das brasileiras como Scol, Brama, Antártica, Boêmia e Original. Com isso, a BEV passou a ter ainda mais poder, investimento e presença internacional. E no Brasil continuava dominando com folga, mas novos desafios já começaram a surgir e nem tudo ia ser tão fácil daqui para frente. [Música] Se você quiser aprender a investir para fugir desse tipo de problema ou dos impostos que eles vão criar, que eu vou te recomendar é www.vp.br. Clica aqui no botão faço análise de perfil. A gente estruturou toda uma área de wealth aqui dentro da nossa empresa. Então agora além do conhecimento mais básico aqui que você pode ter para fazer os seus investimentos para quem tem mais dinheiro, a gente tá com área só de proteção do patrimônio, né? Pra gente poder fazer uma sucessão patrimonial mais inteligente, pagando menos tributos, abrir uma empresa offshore para você fazer os seus investimentos lá fora ou mesmo investir lá fora mantendo a sua residência fiscal aqui no Brasil mesmo. Você que já trabalha para fora, recebeu o seu dinheiro direto em dólar, já locar esse dinheiro lá direto lá fora, tudo isso a gente tá aqui para te ajudar. Se você tem, né, interesse em qualquer uma dessas áreas, entra aí alp.com.br, BR preenche esse questionário aqui. Ele é só o começo da nossa conversa, tá? Então, quando a gente começa a conversar aqui, você se matricula primeiro na escola. Lá dentro você vai saber se você precisa de uma holding patrimonial. 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Consultoria número um também do maior banco de investimentos da América Latina. Foi mal, desculpa. Desculpa, mas dá para chorar. O choro é livre. A caixa de comentário tá aqui. Se quiser reclamar, pode chorar aqui. Depois da criação da AB em BEV, a Ambevou quase sinônimo de cerveja na América Latina. Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia, Chile, Uruguai, em todo lugar. Era difícil entrar num bar e não encontrar uma marca da empresa. E além de cerveja, a marca conta também com o portfólio de refrigerantes, como Guaraná Antártica, Pepsi, H2O, entre outros. Mas nem tudo foram brindes. O modelo de gestão agressivo, aquele da eficiência máxima e coste de custos a qualquer custo, começou a sofrer críticas. Funcionários reclamando de pressão absurda por resultados, fornecedores espremidos e um clima de faca nos dentes que nem sempre combinava com criatividade ou inovação. E teve também a concorrência, a Hein cresceu forte no Brasil, ganhando o público jovem e mais exigente. Ao mesmo tempo, cervejarias artesanais começaram a conquistar nichos e fidelizar clientes. A Ambev, que sempre jogou com escala, teve que correr atrás de imagem de marca, inovação e até reposicionamento. começou a investir mais em diversidade, sustentabilidade e inclusão e novas bebidas, como com bucha e drinks prontos. Uma decisão estratégica motivada por uma mudança no comportamento do consumidor, que passou a exigir produtos alinhados com a sua visão de mundo e seu estilo de vida. Hoje, a empresa ainda é um monstro no setor, mas está num momento de transição, tentando manter a liderança no mercado que está mudando. Os hábitos de consumo não são mais os mesmos. A galera quer mais variedade, autenticidade, marcas com propósito e isso vale tanto paraa cerveja quanto para qualquer outro produto. Avev entendeu que não dá mais para vencer só com preço baixo e logística fiada. Tem que se conectar com o consumidor de outro jeito. E é nesse ponto que a história continua, não como um final, mas como um novo ciclo. E falando em ciclo, se você tá aqui com a gente até agora, já percebeu que entender o que tá por trás das marcas é essencial. Não é só sobre a cerveja que você toma ou o refrigerante que você pede no almoço. É entender que tudo é negócio e que sempre haverá alguém gastando e alguém lucrando com isso. Se você entende que organizar as suas finanças e passar a investir em algo que para você é o passo que tem o poder de mudar o seu futuro, a escola de investimentos da UVP é para você. Agora, se você tem o perfil de quem acredita que dá para fazer fortuna rápido, acredita em promessas da internet, joguinho de apostas ou qualquer imbecilidade que fuja da lógica da estratégia irracional do mercado, aí realmente a UVP não é o seu lugar. Aqui na descrição desse vídeo você encontra o formulário para preencher e assim nós vamos conseguir avaliar se realmente você tem a mentalidade e o perfil que pode de fato crescer e aproveitar do conhecimento que nós temos a oferecer. A maioria das pessoas falam todos os dias que querem se organizar, que querem mudar a sua qualidade de vida, mas tem preguiça até de preencher o formulário. Então assim, tá na sua mão, ninguém fará nada por você. Avalie, se decida e se for para cima mesmo, clica no link e a gente vai trabalhar juntos a partir daí. Show. Dito o que precisava ser dito, vamos continuar com o nosso estudo por aqui. Foco na Ambev. [Música] Abev já passou por quase tudo. Fusão histórica, expansão global, liderança de mercado e críticas pesadas ao modelo de gestão. Mas agora ela enfrenta um desafio diferente e talvez mais complicado. Continuar relevante num mercado que não para de mudar. Aev entendeu o recado, começou a testar novos caminhos, investiu em startups, bebidas não alcoólicas, novas embalagens, energias renováveis, logística reversa e também deu atenção pra imagem, tentando se reconectar com o público mais jovem, a famosa Genz, que tem buscado um estilo de vida mais saudável e isso acaba excluindo o consumo de álcool. É daí que veio a ideia, por exemplo, que nós falamos aqui da MBEV entrar no mercado de combucha e drinks prontos e lançar campanhas com pautas sociais que até pouco tempo não faziam parte do vocabulário da marca. Gente, quem lembra dos comerciais de cerveja que existiam no Brasil nos anos 90? Pois muito que bem, agora a gente sabe que se for preciso se adaptar, o mercado se adapta. Na tecnologia, eles apostaram forte no Zé Delivery, que virou febre na pandemia, e no BIS, uma plataforma B2B que conecta diretamente com os donos de bares e mercados, uma espécie de Mercado Livre da cerveja, só que controle de ponta a ponta da cadeia. Mas mesmo com essas iniciativas, a pressão é real. A concorrência da Heineken é cada vez mais forte. As cervejarias artesanais seguem crescendo e o consumidor não é mais fiel como antes. A reputação do modelo 3G, que já foi aclamado por investidores do mundo todo, agora vem sendo questionada. A filosofia do corte de custos como prioridade número um parece ter perdido o charme e pode ser um problema no momento em que o mercado exige mais inovação e menos planilha. O futuro dave vai depender da capacidade dela de se reinventar sem perder o que a fez chegar até aqui. E essa é uma equação difícil. Ela ainda é gigante, com marcas fortíssimas, infraestrutura absurda e muito caixa, mas isso não garante mais nada. E é por isso que vale acompanhar cada movimento dessa empresa, porque quando um player desse tamanho muda, o mercado todo sente. Então, se você curte esse tipo de conteúdo e quer continuar acompanhando as próximas histórias de gigantes e também os seus tropeços, considere se inscrever no canal da UVP Capital. Hoje eu fico por aqui e até a próxima.

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