A RELAÇÃO entre LAMPIÃO, PADRE CÍCERO e COLUNA PRESTES!
0E aí resolvida essa questão política, eh, como é que eu desenrolar aqui que o padreiro quando saiu do poder e uma coisa, vamos lá, mas uma coisa interessante aí, né, que outro encontro que vai ter também, veja, por causa deste evento da se ficou conhecido na história como Sedição de Juazeiro, por causa do evento da sedição do Juazeiro e por causa do gênio militar do Floro Bartolomeu e mais outros dois que faziam parte do Estado Maior e Ceroniano, né, do padre Cícero. Este evento então eh atraiu a atenção do governo federal para aquelas para aqueles líderes, fazendo com que o governo os procurasse para fazer frente a um evento que começou a ocorrer no interior do Brasil chamado Coluna Prestes. Hum. Quem lembra da Coluna Prestes, né? A Coluna Prestes andou mais de 20.000 1000 km no interior do Brasil, levando a revolução para os rincões do país e eles evitavam até os centros urbanos maiores. E se falava então que a coluna press estava pra prestes a invadir o Ceará. Então, utilizar-se ia o gênio militar de Floro Bartolomeu, utilizando este grupo de de cangaceiros, de pessoas que entendiam também um pouco da linguagem eh não muito convencional da guerra, como os esses militares estavam fazendo uma espécie de guerrilha para fazer frente. Floro Bartolomeu pedi uma ajuda vultosa para poder eh fazer frente a esse grupo. Isso já isso nós já estávamos em 1926. Ele estava extremamente doente já nessa época que o padre Ca o o Floro Bartolomeu. E campanha contra o comunismo com promoção imperdível, frete grá e três cursos de bônus até o dia 7 de agosto. Aproveite. Ele ele veio a falecer no teatro militar, né, no Teatro da Guerra. Ele faleceu eh maculado pela sífiles, né? Tentou se recuperar no Rio de Janeiro. Ele tem ele tá enterrado no cemitério de Botafogo, no Rio de Janeiro. Flor Bartolomeu, com honras honras militares. Ele foi brigadeiro honorário, né, do exército brasileiro e ele foi enterrado com honras militares pelo governo federal. Eh, então ele pediu essa ajuda eh financeira do governo, pediu até uma uma renovação também muito alta, mas o o tribunal não liberou a o o dinheiro. Mas ele também teve uma ele teve uma ideia que ele disse: “Não, eu agora vou me utilizar também, não, eu agora vou me utilizar também não só do do do meu grupo, mas também de uma figura, né, muito conhecida. Aí entra a figura, né, no sertão pernambucano chamada Virgulino Ferreira, Lampião, vulgo vulgo Lampião. E aí chega uma carta para Virgulindo Ferreira, assinada pelo meu padrinho Cício convocando que ele fosse pro Juazeiro para receber a Pat. Quem assinou a carta foi o padre Cícero. É, a carta tá com a assinatura do padre Cícero. Tá com eles já, eles tiveram algum encontro com mais de um. Não, tiveram, tiveram um encontro só. Padre Cícero e o Lampião. O Lampião teve um encontro só. Aí resultado, o ele manda carta, Lampião desconfia, pensa que é uma emboscada, né? Aí não, mas eu conheço aqui é o padre, o portador disse: “Não, não tenha medo que vai dar tudo certo.” E aí Lampião vai para Juazeiro do Norte em março de 18 1926. No ano que vem vai fazer 100 anos, né? encontro dos dois. Aí, resultado, o autor Lira até diz, né, que foi o é Deus e o diabo na terra do Sol, né? Aí, pronto. Aí ele vai lá, se encontra com ele vai se encontrar com com o padre Cícero. E aí a chamada era o quê? A chamada seria eh dinheiro, armas para fazer frente a o a coluna Prestes. Coluna Prestes. Mas a Coluna Prestes, quando ele estava indo para lá, quando Lampião estava indo para Juazeiro, a coluna Prest do do Ceará. Eles desistiram. Eles desistiram. Eles fizeram, eles fizeram um movimento eh de dissuasão. Eles ameaçaram ir para um determinado lugar, mas eles estavam indo para outro. E eles não est fato é que eles não iriam mais pro Ceará, eles não iriam para Juazeiro e eles já estavam indo pro sul, voltando pro sul do país. De modo que quando Lampião estava indo para lá, já não tinha mais necessidade de se utilizar do gênio dos cangace. Mas como o o recado já tava dado e ele já estava indo, ele não ia desistir mais. Ele foi para lá. E aí quando ele tava lá, a a a a Beata Mocinha, né, entra correndo na casa de padre Cícer tá acontecendo uma desgraça. O que é que que é que tá acontecendo? Lampião tá, tá aqui. Não, mas dele não vai fazer nada não. Fique calma que fique calma que não vai acontecer nada não. Aí pronto. Aí Lampião fica lá, fica na casa de um poeta chamado João Mendes de Oliveira. Ele já tinha duas irmãs que moravam lá. Eh, ele fica na casa desse poeta, ele passa em torno de três a qu dias no Juazeiro e aí ele tem um encontro com com eh com o padre Cícero, um encontro pessoal com o padre Cícero e ele exige a nomeação de captão, né? Ele disse: “Não, eu vim aqui para receber a patente e eu só saio daqui com a patente”. Aí, resultado. Aí o padre Cero chamou um funcionário público chamado Pedro Abuquer Kuchoa, eh, da de uma intendência agrônoma. E ele disse, disse que assim, que quem é a pessoa mais, quem é o mais oficial aqui? É o servidor público, né? Então tá bom. Então, assina aí a ordem de serviço. Eu nomei Lampião como capitão, capitão do exército patriótico e tudo mais. Aí ele foi lá, eh, nomeou, nomeou eh, Lampião, deu a patente, Lampião ficou, né? Ele é muito vaidoso. A partir daquele momento, ele exigiu ser chamado de capitão, né? Que história. Aí perguntaram a perguntaram a ao Pedro, né? Mas como é que você fez isso? Você disse mesmo, na naquela naquela hora ali, se fosse para eu destituir o presidente da República, eu destituí. Ai, ai, ai. Aí, pronto. Aí ele ele eh então ele saiu de lá e ele saiu, né, do Ceará e ele nunca Lampião no Ceará, ele nunca teve, não, nunca saltou lá o Ceará, ele teve pouca atuação no Ceará, né? Lampião não teve muita atuação no Ceará por causa dos coronéis, por causa do padre Cícero, né? Ele teve pouca atuação também na Paraíba por causa do coronel Zé Pereira. Era forte demais, né? Em Pernambuco ele comeu muito pesado aqui por causa dos dos dos policiais aqui do Manuel Neto e tantos outros, tantos outros, né? O Teófanis Ferraz, que é avô também de Geraldo Ferraz, amigo nosso. E mais um lugar que ele fez muita coisa foi Sergipe, Bahia, Alagoas, viu? Principalmente na Bahia. na Bahia Lampião deitou e rolou. Mas é outra história, né? É outra história. Depois a gente trata disso. É, é outra história. Agora continuamos aí a do padre Cícer. Padre Cícero é um santo popular ou não? É um santo. Ele era tido e havido como santo, né, pelo povo. Ele era Ah, quanto o finalzinho da vida dele, né, que já tá se aproximando. É, já tá se aproximando ali 1900, quando o Floro Bartolomeu morre. Aí uma pessoa que passa a ter grande influência com o padre Cor que ficou a Beata Mocinha, né? Tem até a música minha minha santa beata mocinha. Eu vim aqui vim ver meu padinho que é de Luiz Gonzaga, né? Meu padem, né? Meu padinho é fez uma aí a a ela teve muita influência, né? Com o padre Cícero, Berta Mocinha era uma espécie de eh Pascoalin. Era pascoalina, né? Pascoalina. Saiu de de Ana Catarina Emeric para Pascoal. Essa mulher é importante. É. Aí resultado. O o Então assim, o padre Cícero, ele aí vem o aí vem a 1930. Quem é que chega o poder? Getúlio Vargas, né? E aí com o Getúlio Vargas, o Getúlio Vargas ele faz uma política anti política dos coronéis. Exatamente. Ele é centralizador, né? Centralizador, etc. aqui na Paraíba, né? Ficou eh eh foi um foi mais eh eh como é que eu posso dizer? Foi o mais emblemático, né? Porque João Pessoa era do grupo, né? De Ah, é de de Se bem que a morte dele não teve nada a ver. Não teve nada a ver. Ele morreu aqui perto, numa rua aqui perto, aqui do outro lado da do rio, né? na no café na chamada de cafeteria Glória e ele morreu nas mãos de João Dantas que chegava a ser parente no nosso ariano, mas por outros motivos. Eh, tinham se descoberto cartas de uma mulher, etc. Então, isso isso isso foi publicado nos jornais e João Dantas ficou muito, muito angustiado, chateado com aquilo, pegou uma arma, saiu lá de Olind, pegou uma arma, João Pessoa deu um tiro nele, né? Só que aí o o foi utilizado como mote para para revolta para revolta, né, João? Eh eh padre Cícero fazia a política de Júlio Júlio Prestes, né, contra eh ah, o padre C estava do lado do Júlio Prestes. Do Júlio Prestes. É, inclusive tinha um um tinha um um candidato no governo do Ceará que era Justiniano de Serpa. E aí esse esse era o pessoal que fazia aquele duplo movimento. E aí ele tava, digamos, mais pro lado dos coronéis, mais pro lado do do dos liberais, né, de da turma de de get mais pro lado geturista, melhor dizendo. Aí tem uma anedota política que padre Cícero dizia pro povo: “Não vote em Justiniano de Serpa”. Veja o nome dele tem serpa. Serpa é serpente. Isso é maçom. Isso é maçom. Aí ninguém vota em Justiana de Serpa. Aí Justini de Serpa debanda pro lado dos coronéis. Aí Patric dizia: “Vota em Justin de Serpa”. Eh, veja o nome, o nome é é Justiniano, vem de justo. Aí a turma dizia: “Mas meu padrinho, o senhor não tá dizendo que ele era ruim no momento?” Eu disse: “Não é porque eu não escutei direito, mas é porque o Justiniano vem de justo”, tudo mais. Aí fica essa essa questão política, né? Mas aí eh, sim, e é importante dizer quando o Floro Bartolomeu morreu, eh, 1926, Floro morreu em 26, né, no ano no ano que Lampião foi a o Joazeiro, quando Floro Bartolomeu morreu, quem assumiu a vaga dele na na Assembleia Federal foi na deputância, na deputância federal foi padre Ca. Mas Padre César, ele nunca foi lá, não. Nunca foi, nunca foi no Rio de Janeiro, não. não chegou a assumir a cadeira lá não, mas ele foi eleito, ele foi eleito deputado federal. Aí resultado o o com a chegada do governo Getúlio Vargas, aí vem os intendentes dos estados, os interventores, os interventores, o lembro Juarez Távora, né? Joar foi famoso. O vice-rei do Nordeste foi famoso. E o interventor do Ceará foi o irmão dele, Manuel Távora, que indicou lá em Juazeiro, o intendente municipal, o prefeito lá, Geraldo da Cruz, que era um farmacêutico já desalinhado com o padre Cícero. Este farmacêutico que chega lá em 32, aí ele faz um ato simbólico que bateu firme, né, no nosso caro padre Cícero. Ele mandou tirar, teve ele ele ele ele publicou um decreto 751 no município lá de do de 32 em Juazeiro e ele mandou tirar a foto de Patri Cícero da das repartições públicas. E aí isso isso bateu firme, né, na alma do nosso caro Padre Cícero. Então, simbolicamente, padre Cícero já estava morto, né, do campo de vista político. Político. Ele era de uma de uma linha pré-getulista, préjetulista, outro Brasil. de mundo, outro Brasil. Esse Brasil novo não era esse Brasil, não era a cara dele. Não era a cara dele. Não era a cara dele. Eh, e aí aliado a esse fato, ele começou a manifestar os problemas da idade também, né? E uma doença que o que mais o atingiu foram doenças de ordem intestinal. Eh, essa ele ele começou a ficar cego também. Ele ficou cego do Ele chegou a cegar dos dois olhos. Eh, pagou caríssimo para um oftalmologista do Recife tentar recuperar a visão dele, mas não conseguiu recuperar. E aí aquela figura começou a definhar, né, começou a a olhos vistos, o padre tava morrendo, né? Tava morrendo e e de fato ele ele veio a falecer no dia 20 de julho de 1934. Eh, já expelindo material fecal pela boca. Nossa, que triste, hein? Nossa, doloroso, né? Doloroso. Ele tomava remédios potentes para para diminuir a dor lancinante que ele sentia por por gativos, etc., para tentar, né, espelir aquilo dali. Não conseguia, sofreu demais. E em no no dia 20 de julho, ele eh depois de tantas orações das das beatas e das pessoas que estavam ao redor dele, o nosso caro padre Cero, ele falece e aí causa uma comoção jamais vista naquele lugar, né? Uma multidão pega o caixão, sai nas ruas para velar o padre, né? Eh, não se tinha mais pano preto nas cidades, nas cidades de tanto luto que se vestiu. Hoje em dia o povo nem veste luto mais, né? Não, mas na época era sério isso. É, minha mãe dizia que hoje em dia ninguém veste luto mais não. Hoje acabou o luto. Era sério, morri uma pessoa próxima, não podia sair, não podia em festa, não podia fazer nada. Não, não. E a pessoa vestia luto, né? Vestia luto, ficava de luto, vestia preto mesmo. Então não tinha mais. Tem alguma coisa aí, Emílio. Tá quanto tempo aí já? 20 minutos falta. Você acaba de assistir um corte do Caravelas Podcast. Na tela está aparecendo o episódio completo e outro corte. Muito obrigado pela atenção.