A REUNIÃO MAIS ASSUSTADORA DE SADDAM HUSSEIN
0Estamos no Iraque, 1979. O presidente, recém-nomeado, convocou todos os seus companheiros de partido para um encontro em um teatro local em Bagdad. Seu nome Sadã Hussein. Ele está no cargo oficialmente há menos de uma semana e agora quer que todos saibam. O Iraque é dele. É Júlio e a temperatura lá fora passa dos 40º. O salão está sufocante. O ar parado e pesado, extremamente quente. Sadã no centro do palco. Não tem pressa. Arruma papéis. Folheia anotações, observa a plateia. Alguns segundos antes de Sadão, palco, um de seus homens anunciou com voz firme a todos que uma trama terrível contra o presidente, contra o Iraque, havia sido descoberta. Ele fixou os olhos na multidão e disse que um grupo de membros de alto escalão do partido BAF conspiraram para remover Saddã Hussein do poder e termina dizendo: “Os culpados estão nessa sala neste momento. A multidão fica paralisada em silêncio. Homens engoliram em seco. Ninguém sabia o que viria seguir. Presidente está no controle total. Sadã chama um homem ao palco, alto, magro, de meia idade. Ele caminha lentamente pelo corredor. É Abdul Hussein, membro do Conselho de Comando Revolucionário, um homem bem influente, mas semanas antes ousou se opor a Sadã em uma reunião. Um erro fatal. Ele sobe ao palco, arruma o microfone, então lentamente, com a voz trêmula, começa a confessar. Fala, ele diz que foi responsável pela trama para derrubar Sadã, que tentou convencer outros a se juntarem a ele. Enquanto isso, Sadã se acomoda bem ao lado, em uma longa mesa cheia de microfones e acende um charuto cubano. Eu era o responsável pela trama contra o novo presidente. Eu sou o homem que tentou fazer com que os outros se juntassem a mim contra Sadã. Mas nada do que Mahu diz é verdade. Ele foi brutalmente torturado, informado de que se não subisse ao palco para confessar, sua esposa e sua filha seriam violentadas diante dele. Ele não teve escolha. Nesse momento, ele está mentindo para salvar a sua família. E no processo entregou nomes de colegas que nada tinham a ver com a conspiração para derrubar o regime. Depois de concluir sua fala, Sadã retorna ao microfone. Ele não tem pressa. Acende outro charuto. Pergunta a todos no teatro que meios devemos usar contra esses traidores? E ele mesmo responde: “Não há outro caminho senão a espada”. Os membros do partido aterrorizados começam a aplaudir com desespero. Um aplauso forçado, tenso. Que mais poderiam fazer? Então, Sadã dá uma instrução aos reunidos. Quando eu ler o seu nome, levante-se, recite o slogan do partido e saia da sala. Um a um, os nomes são chamados. Os homens se levantam, dizem o lema e são conduzidos até a porta. Ninguém diz nada para onde estão indo, mas provavelmente eles tinham uma ideia. A maioria das pessoas, embora relutante, obedecem as ordens, ouvem o seu nome, se levantam totalmente em pânico, recitam o slogan e seguem para fora do teatro a passos tensos. [Música] Um homem, no entanto, fica claramente confuso após o seu nome ser chamado. Eu eu não fiz nada. Sadã nem se dá o trabalho de olhar para ele, apenas repete friamente. Quando eu tiver lido o seu nome, você deve se levantar, recitar o slogan do partido e sair da sala. Sadã continua até ter chamado 68 nomes. Ele sorri e agradece aos que permaneceram no salão pela lealdade. A plateia explode em aplausos nervosos. Alguns aplaudem de pé e outros choram de alívio. Sadã satisfeito. Ele derrama lágrima e limpa os olhos. Do lado de fora, todas as pessoas que foram chamadas são levadas em caminhões, direto paraa prisão, sem despedidas. Nos dias seguintes, ocorreram 68 julgamentos. 22 homens, incluindo cinco do Conselho de Comando Revolucionário, são condenados à morte. Sadã escolhe pessoalmente os carrascos para completar a tarefa de realizar as execuções. São homens do próprio partido BAF, velhos camaradas, agora forçados a executar seus amigos. Nenhum deles é executor profissional. Eles são levados ao prédio onde, segundo Sadã, a conspiração foi planejada. Os condenados são arrastados para o pátio do prédio e forçados a ficar de joelhos enquanto são vendados. Então, cada um dos carrascos recebe uma arma e um alvo designado. Eles estão a minutos de matar companheiros de partido. Do lado de fora, milhares de iraquianos participam de uma manifestação organizada por Sadã, com cartazes, bandeiras e gritos de apoio ao presidente e condenando os prisioneiros. Ele garantiu que houvesse uma manifestação ao mesmo tempo que as execuções para que todos saibam o que acontecerá com as pessoas que o desobedecer ou tentar desafiá-lo. E o mais importante, mostrar aos próprios executores o peso da lealdade forçada. Então, um a um, os antigos amigos de Sadã e os companheiros de partido são baleados. Alguns carrascos tão nervosos e assustados erram os primeiros disparos. Precisam atirar mais vezes. O chão do pátio se cobre de sangue. É horrível. Mas Adam está satisfeito. Provavelmente a primeira coisa que passou pela cabeça dele foi um excelente começo para minha carreira presidencial. Então, a primeira ordem oficial do recém-nomeado presidente do Iraque foi executada. Eu sou Maurício Braim e se esse vídeo te impactou, deixa o like. É assim que você me ajuda a continuar trazendo mais histórias marcantes como essa. Te vejo no próximo vídeo.







