‘A SUBSTÂNCIA’: Quem É o Verdadeiro MONSTRO na DITADURA da BELEZA? Análise do filme | Futurices
0a gente precisa falar sobre esse filme Oi gente tudo bem com vocês meu nome é bela asler Esse é o futuristas um canal voltado especialmente pra ficção científica futurologia ou tecnologia então se você é novo por aqui gosta desses temas se inscreve aí deixa o like também que ajuda muito o canal tá E hoje eu quero comentar com vocês sobre um filme que eu confesso que só fui ficar sabendo da existência quando começou aí uns burburinhos nas internets não sabia também que ele trazia ali uma pitada de sci-fi apesar de ser um sci-fi bem soft né bem fantasioso então vocês Imaginem aí qual foi a minha surpresa depois de assistir a substância longa que com certeza é um dos melhores e mais grotescos que eu vi esse ano e quando se trata de grotesco vocês sabe que eu adoro né então fui lá correndo ver e gostei muito e gente é muito difícil falar sobre esse filme Sem adentrar um pouco no que é a substância tá e como esse experimento funciona então se você não gosta de spoiler nenhum tem medo até de sinopse vai lá assiste o filme depois volta aqui pra gente conversar tá mas assim Fora esse detalhamento sobre a substância em si eu não vou dar detalhes né spoilers sobre a Trama e muito menos do desfecho então Fiquem tranquilos a substância acompanha a Elizabeth sparkle vivida pela super demy Moore uma atriz premiada que conforme as rugas começaram a aparecer deixou rapidinho de ser Sens ação em Hollywood então para se manter nos holofotes ela passou a apresentar um programa de ginástica na TV nos modes do que a Jenny Fonda fazia ali na década de 80 mas o Harvey que é o dono da emissora decidiu que o tempo da Elizabeth já passou mesmo e que agora ela precisa ser substituída por um modelo mais jovem digamos assim né porque não é mais tão atraente Como já foi a atriz fica devastada né obviamente Nesse contexto no momento de desespero Total ela decide experimentar tal substância uma droga experimental e ilegal que promete criar uma versão melhor de você e o resultado É no mínimo surpreendente em um processo bastante doloroso e violento as costas da Elizabeth se abrem e de lá nasce a su uma mulher linda jovem de 20 e Poucos Anos interpretada pela talentosíssima Margaret qualey porém como Nem tudo são flores para Su existir a Elizabeth também tem que existir na verdade como o próprio filme Deixa claro em vários momentos elas são a mesma pessoa e precisam revisar cada semana mas as regras desse experimento não não são seguidas a risca o que acaba levando ambas a uma espiral de horrores que evolui de uma competição feroz para algo muito mais sombrio E perturbador então Elizabeth só queria uma versão melhor de si mesma né mas ao invés disso acaba no meio de um grande pesadelo por uma escolha errada mas e você você tá protegido dirigido escrito e produzido pela francesa corali farge que também é a mente por trás do óo vingança de 2017 a substância é um filme que usa da visceralidade do horror corporal para dessecar questões sobre etarismo machismo e a ditadura da Beleza mostrando como tudo isso pode levar uma mulher a travar uma batalha destrutiva contra si mesma ou seja o filme esfrega na nossa cara sem meias palavras tá a pressão Insana por padrões de beleza irreais o preconceito que vem com o envelhecimento né e a objetificação constante das mulheres e a corali faz isso com uma coragem Absurda né entregando um horror Fora do Comum que aterroriza mas ao mesmo tempo Beira o cômico Em alguns momentos também se apoiando no absurdo de um jeito que faz a gente rir para não chorar basicamente tá ao mesmo tempo a diretora leva o sci-fi ao limite usando Body horror para evidenciar as pressões violentas que as mulheres enfrentam na busca de uma perfeição que claro sempre vem com um prazo de validade até porque a idade chega para todo mundo né e é exatamente nesse ponto que eu acho que a escolha da demy Moore pro papel da Elizabeth não podia ser mais perfeita a sem dúvidas é um dos maiores nomes de Hollywood né E se tornou um verdadeiro sex simbo nos anos 90 depois de protagonizar filmes como Proposta Indecente aed sexual e striptes por exemplo mas conforme o tempo passou e a idade veio ela acabou enfrentando na pele as pressões da indústria e apesar da demy não falar abertamente sobre o assunto ela precisou reverter alguns procedimentos estéticos recentemente né que deram errado E é claro que a aparência dela nesse meio-tempo Foi motivo de muito mexirico na indústria e nas redes tudo isso dá um certo do toque metalinguístico pro papel dela em a substância né Adiciona uma certa camada Extra de profundidade pra interpretação dela já que as experiências que ela viveu tem tudo a ver com as questões que o filme escancaram aliás talvez O que torna a crítica de a substância ainda mais revoltante não que isso faça diferença para todos os efeitos né é que essa mulher tá com 61 anos e tá desse jeito tá gente 61 então é impressionante como ela sempre foi e sempre será belíssima né Eu com 61 me imagino igual a vovó Juju Mas enfim bacate a quale também tá muito bem aqui eu acho que ela cria um papel até bastante complexo que consegue transitar muito bem entre a inocência e o cinismo mostrando essa dualidade entre a jovem cheia de potencial e o lado mais sombrio de ser o produto perfeito da sociedade e é interessante como essa dinâmica entre as duas personagens só ressalta o peso das pressões externas que afetam tanto Juventude quanto quem já passou por ela né e o que realmente me impressiona é que apesar da corrali ainda tá consolidando a sua carreira né a substância é só o seu segundo longam metragem é impossível não perceber a maturidade do trabalho dela porque ela conduz a narrativa com uma vitalidade impressionante e como eu falei com muita coragem também como se cada cena fosse uma oportunidade de desafiar As convenções e empurrar o espectador para além do previsível Na verdade o filme cria promessas desde o início e entrega pra gente uma nova resolução Inesperada o tempo todo chegando literalmente a explorar o limite do que era possível basicamente nesse sentido eu acredito que a forma como a diretora Abraça o exagera aqui transforma o filme em si em um ato disruptivo quase alegórico algo que não só desvia das expectativas e dos padrões estabelecidos mas que também destrói esses conceitos completamente é como se o próprio filme por ser usado extravagante e fora do comum trouxesse na sua essência a capacidade de romper com as Convenções da mesma forma que a diretora sugere que deveria acontecer no mundo real então é uma obra que não teme desestabilizar ou forçar a gente a enfrentar desconfortos que muitas vezes o cinema convencional tenta suavizar ou evitar mesmo para isso a diretora post tem estética bastante estilizada utilizando fotografia figurino direção de arte e design de som para que cada cena seja marcante esse Impacto vem por exemplo através das cores como no contraste entre o casaco amarelo da Elizabeth e um cômodo todo branco contraste esse que a própria substância cria em o mesmo contexto outras vezes a lente distorce tudo ao nosso redor focando em close-ups que destacam partes do corpo uma mosca dentro de um copo agulhas furando a pele de um jeito que quase que dói na gente ou uma boca que come Camarões de jeito grotesco deixando claro a repugnância do chefe da Elizabeth ao mesmo tempo o som de a substância é tão forte e tão claro que parece uma espécie de asmr dos infernos que em vez de te relaxar te deixa inquieto apavorado E enojado fora que a trilha sonora pulsante traz um ritmo ainda mais Frenético pros acontecimentos a substância também faz uma sátira inteligente ao fetichismo do Olhar masculino ao usar a direção de maneira provocativa para explorar o conceito do Meio gis Ou seja aquele olhar objetificadas nas mulheres como se elas fossem um conjunto de partes ao invés de um indivíduo completo então o filme por várias vezes traz ângulos bem expositivos das personagens em especial da su quase como se a câmera tivesse se deliciando em destacar partes do corpo feminino como pernas decotes e até mesmo detalhes do figurino enquanto ignora completamente o contexto da personagem como um todo na verdade mesmo nas cenas mais monstruosas o filme traz uma exposição detalhada que faz a gente questionar né Quem é o verdadeiro Monstro em o mundo que cria essas ões e depois finge surpresa diante das consequências né a substância também não poupa críticas aos homens que perpetuam esse ciclo né que nem o dono da emissora que não por acaso foi batizado de Harvey sendo uma crítica direta ao ex-produtor de Hollywood Harvey weinstein que foi denunciado por inúmeros casos de sexual e abuso de poder na indústria cinematográfica outra coisa que eu achei bem curiosa é a ambientação atemporal de a substância o filme parece acontecer nos dias de hoje mas ao mesmo tempo tem um clima meio retrô meio oitentista criando uma sensação de desconexão com o tempo isso funciona quase como uma alegoria da personagem né que se agarra desesperadamente Ao seu passado de glórias tentando manter viva uma memória que já não cabe mais na realidade em que ela vive agora ao mesmo tempo eu acredito que essa indefinição permite que o filme não se prenda as discussões atuais sobre gênero em Hollywood isso porque hoje em dia uma atriz que já foi muito bem sucedida como Elizabeth poderia né abrir a sua própria produtora Criar o seu programa ou se Reinventar de várias formas mas eu acho que o filme não segue por esse caminho mais l lógico para manter a metáfora mais simples né e direta sem trazer essas opções mais modernas que poderiam complicar a mensagem mais a substância é um filme que além de abraçar o grotesco e o absurdo de forma magistral cumpre com excelência o papel de abrir discussões extremamente relevantes sobre o nosso tempo desde a cultura das celebridades e dos padrões inatingíveis de beleza até o uso de medicamentos e de procedimentos estéticos sem limites mas o que eu acho que realmente eleva o filme com certeza é o fato do longa ter sido feito através das Dores e da vicia de uma mulher né inclusive quando Perguntaram pra diretora Qual foi o ponto de partida pra ideia de a substância ela falou que quis trazer as próprias experiências pro filme especialmente tudo que sofreu com a própria aparência durante a vida inteira e para trazer as próprias palavras da Kali fraj aqui que ressoou muito comigo também enquanto mulher ela fala que em todos os estágios da sua vida sempre sentiu que só seria amada se tivesse certa aparência ou se se comportasse de um jeito específico quando ela era mais jovem ela sofria por não ser magro o suficiente ou por não ter o formato de corpo considerado ideal e daí quando ela envelheceu veio também a sensação de que não era mais jovem o suficiente então é um ciclo interminável onde sempre parece faltar algo isso faz você se sentir invisível ou não mais amada pelo resto do mundo ela também comenta que a sociedade se organiza de maneira muito rígida com o olhar masculino ditando o que seria a mulher perfeita e essa visão acaba profundamente incutida na forma como as mulheres enxergam a si mesmas Ou seja a substância por mais exagerado e grotesco que pareça é assustadoramente real e faz a gente pensar se no fundo o verdadeiro horror não tá nos Monstros criados né mas sim na sociedade que moldo expectativas impossíveis pelas cenas apelativas sanguinolência gor escancarados eu acredito que o filme não seja para todo mundo tá mas no mais eu achei a substância simplesmente Espetacular tá um filme necessário e disruptivo que realmente eleva ficção científica para outro patamar e que não tem medo de ser o que é e de dizer o que quer da mesma forma que todas nós gostaríamos de ser todos os dias mas e você você já viu a substância gostou não gostou me conta embaixo que eu quero muito saber sua opinião tá e se você gostou desse vídeo não esquece do seu like da inscrição que ajuda um montão um beijo e a gente se vê no futuro [Música]







