A TAM perde Seu Comandante | A História da TAM EP.3
0hoje mais um marco na história da TAN da TAM uma companhia que está crescendo em céus turbulentos na aviação comercial nacional hoje vamos apresentar o voo inaugural da TAN com destino ao aeroporto Santos do Mor no Rio de Janeiro com a operação do Fersey no episódio anterior vimos como a T deixou de ser uma companhia regional para se tornar uma das líderes do mercado doméstico com carisma disciplina e uma filosofia própria de gestão Rolin Amaro quebrou monopólios trouxe aviões do exterior desafiou a lógica da indústria e conquistou a confiança de milhares de passageiros a do Rolin era mais do que uma companhia aérea ela era uma experiência mas a ambição do empresário era maior ele queria o mundo hoje vamos acompanhar como a deu seus primeiros passos na aviação internacional e enfrentou turbulências internas tragédias públicas e o maior desafio de todos a morte precoce do seu fundador entender como a empresa se reergueu se expandiu pela América Latina e anos depois deu origem a uma das maiores companhias aéreas do hemisfério sul Alatan esta não é só uma história sobre aviões é uma história sobre coragem visão e sobre o legado de um comandante que acreditava que voar alto era só o começo seja bem-vindo ao último episódio da nossa série sobre a trajetória da Tang [Música] a compra da Lapsa poderia ter sido um fardo para Tan mas o desafio reservava uma surpresa pouco depois da aquisição ao vasculhar as gavetas da empresa paraguaia o diretor financeiro da Tan Mercosur encontrou algo inusitado ações esquecidas da CIT uma empresa global de comunicação aeronáutica elas haviam se valorizado recentemente e o valor da participação chegava a 18 milhões de dólares naquele momento aquele era um tesouro perdido que de repente amortizou parte do investimento de rolin enquanto isso a frota antiga da lapsa foi aposentada em seu lugar chegaram dois Foker 100 ideais para voos internacionais de curta e média distância a Tam Mercosur nascia com uma companhia local mais inxuta e cheia de restrições apesar da autorização para operar voos internacionais a empresa enfrentava travas severas para embarcar passageiros para os Estados Unidos por exemplo Atan só podia ocupar 25% das vagas disponíveis para brasileiros mesmo assim em pouco mais de um ano a nova operação já faturava mais de 35 milhões de dólares por ano e deixava o vermelho para trás mas para Rolin aquilo ainda era pouco ele queria voar mais alto e para isso precisava de rotas nobres a Imbraer por sua vez pressionava o governo brasileiro para abrir espaço para mais uma companhia aérea com bandeira internacional o lobby funcionou em 1996 o governo abriu uma licitação para 100 novas rotas internacionais com VASP e Transbrasil em crise Aan praticamente correu sozinha o resultado ficou com 92 das 100 rotas a partir dali a companhia de Rolin ganhou concessões para voar para os Estados Unidos França Espanha e Uruguai mas ele sabia que para competir de verdade no exterior precisava de aliados foi assim que fechou parcerias estratégicas com a Air France na Europa e com a American Airlines nos Estados Unidos e mais iniciou os planos de renovação da frota mirando em aeronaves de grande porte como Airbus A330 avião que colocaria a Tanz mas Rolin também não descuidava do mercado interno em fevereiro de 1996 começou a substituir os antigos Foker F27 pelos Foker 50 turboélices mais modernos espaçosos e silenciosos tudo caminhava bem atan crescia firmava parcerias conquistava rotas mas no horizonte uma rachadura se formava e o futuro da companhia de Rolin estava prestes a entrar em turbulência foi um dos mais graves acidentes da história do Brasil o avião Datã com 96 pessoas a bordo caiu quando tentava decolar o acidente deixou 105 mortos segundo a lista da empresa aérea 90 passageiros seis tripulantes e nove moradores do bairro atingido na manhã do dia 31 de outubro de 1996 um Feratã o voo 402 decolou do aeroporto de Congonhas com destino ao Rio de Janeiro a bordo estavam 91 passageiros e seis tripulantes menos de 30 segundos após a decolagem a tragédia aconteceu e todos perderam a vida por uma falha no reversor o mecanismo que inverte o empuxo para ajudar na desaceleração a aeronave perdeu sustentação e colidiu com um conjunto de casas na zona sul de São Paulo além das pessoas que estavam a bordo outras pessoas perderam sua vida em solo esse foi o primeiro grande acidente da história da Tan e um choque profundo para a empresa que até então havia construído uma reputação sólida de segurança e excelência no atendimento para piorar o acidente foi com o avião que Rolin havia escolhido e defendido como símbolo da companhia o Fer 100 o que o faria pagar um preço ainda mais alto por sua vontade de ser diferente o momento era de comoção nacional mas para Rolin havia mais um agravante ele desembarcou em São Paulo às 5 da manhã do dia seguinte mas não comunicou a sua família os diretores da Tan ou sua assessoria de imprensa saiu direto do aeroporto para a casa de seu amigo Peri Eagle também aviador e presidente do grupo Ultra o filho de Eagle Ernesto chegou a morar com Maurício filho de Rolin quando ambos estudavam nos Estados Unidos ernesto era um dos passageiros do voo 402 ele tinha apenas 27 anos é um momento difícil né difícil para nós dolorido emotivo passional mas é a realidade nós temos que enfrentá-la eh eu tô eu estava no exterior viajei pilotei o avião a noite toda para poder estar aqui hoje eu queria dar satisfação à sociedade aos nossos clientes a vocês porque o mercado sempre nos apoiou o mercado sempre nos ajudou e eu pessoalmente estava preocupado em falar alguma coisa ainda que não tivesse muita coisa que dizer embora próspera a Tanã não tinha situação financeira tão consolidada que lhe garantisse sofrer um bac de grandes proporções e a imprensa explorou a tragédia de forma demolidora nos dias seguintes a Tamp ficou em silêncio e continua a fazer o que sempre fazia rol indenizou cada uma das famílias que processaram a Tã em valores entre 300 e 800.000 a turbulência enfraqueceu quando ficou muito claro a responsabilidade do fabricante do avião pelo acidente e aos poucos os clientes foram voltando mas mesmo quando nada parecia forte o suficiente para convencer os passageiros de voar novamente pela Tan Rolin permaneceu imutável seus aviões decolaram e pousaram nos horários de sempre mesmo quando não havia passageiros e a Tan se recuperou menos de um ano após o acidente a empresa bateu recorde: 420.000 passageiros em um único mês e apesar da tragédia o faturamento de 1996 já passava dos 500 milhões de [Música] dólares depois do acidente do 402 a preocupação de Rolin com a segurança de seus aviões tornou-se obsessiva mesmo assim ele enfrentou uma sucessão de incidentes que considerava inexplicáveis sua central de distribuição foi roubada um gran caravã desapareceu no Nordeste e menos de um ano depois do acidente do voo 402 um de seus aviões foi alvo de um atentado aeronáutica vai divulgar daqui a pouco o laudo sobre as causas da explosão do Foker 100 da Tan a Polícia Federal diz que já tem provas para indiciar o professor Leonardo Teodoro de Castro como responsável pela explosão que mês passado causou uma morte a Polícia Federal já tem provas suficientes para indiciar o professor Leonardo Teodoro de Castro como responsável pelo atentado à bomba no avião da Tan independentemente de um novo depoimento do professor o principal instrumento dos policiais é o laudo dos técnicos da Aeronáutica rolin viu o filme passar na sua frente outra vez não tinha sido um desastre nas mesmas proporções que o 402 mas um novo incidente com o Fer seria suficiente para destruir a Tan até sair um laudo oficial Rolin estava certo que a exploração da incerteza sobre o que ocorreu pela imprensa iria arruiná-lo para se proteger Rolin permitiu que a revista Veja fotografasse o rombo no avião mesmo com a Tan impedida de mostrar qualquer coisa para a imprensa embora tudo tenha se resolvido da melhor forma possível Rolen estava magoado porque acreditava que as autoridades deveriam ter esclarecido desde o início que a Tan não tinha sido vítima de um acidente mas de um [Música] atentado o laudo do Centro Técnico aeroespacial sobre o acidente com avião Datã no dia 9 de julho ainda é mantido em segredo a conclusão do CTA sobre a explosão na aeronave não foi divulgada mas chegou ao DAC Departamento de Aviação Civil no Rio de Janeiro as dúvidas que o comandante da Tan tinha foram alimentadas porque no final a explosão do Foker 100 nunca foi suficientemente esclarecida antes do acidente com o Foker em Congonhas Rolin se aproximou de um personagem muito conhecido no mundo dos negócios o banqueiro Jorge Paulo Leman então principal sócio do Banco Garantia o mercado aéreo regional no país crescia a razão de 73% ao ano muito graças à própria T esse crescimento chamou a atenção de Leman e aos poucos Rollin se deixou convencer por seus conselheiros de que uma empresa de investimentos como parceira traria alguns benefícios o braço direito de Rollin Daniel Mandelli foi o autor intelectual e o operador da venda de 23% da TAN aos fundos administrados pelo Garantia em 1997 por um pouco mais de R$ 70 milhões deais em julho de 1998 o Garantia começou a transferir sua participação na TAN ao Credit Swiss First Boston entraram novos parceiros mas a natureza da associação permaneceu nesse ponto a companhia aérea crescia 30% ao ano e lançava novas linhas conquistando novos clientes nos trechos entre as grandes capitais sem perder a vista o cliente executivo Rolin passou a alcançar o grande público só no trecho Rio São Paulo o percurso mais lucrativo Aan passou a ter 23 vo por dia passada a turbulência dos recentes acidentes a TAN também voltou a vislumbrar rotas internacionais mais longas como São Paulo Miami e como planejado comprou cinco Airbus a 330 200 por 450 milhões de dólares viajar para Miami deste jeito é coisa do [Música] passado bem-vindo ao futuro apoios para cabeça e pés vídeos individuais poltronas que reclinam muito mais e poltronas que viram camas ervas da T para Miami o avião mais moderno do mundo menos de um ano depois para renovar a frota de aeronaves para voos nacionais A foi às compras novamente dessa vez foram 38 aviões da Airbus por mais de 1,5 bilhão de dólares enquanto a Tã crescia e dava lucro ainda que modesto a concorrência amargava pesados prejuízos a Varg mergulhava em uma crise administrativa e financeira profunda suas dívidas já iam além do bilhão de dólares não eram só dívidas de investimento mas um passivo que começava a se agigantar como uma bola de neve com as novas linhas e voos a Tan já ultrapassava Transbrasil e a VASP em números de passageiros transportados e se aproximava da gigante Varg com um perfil financeiro muito mais saudável [Música] em 2000 Aan comprou a antiga fábrica de trores da Companhia Brasileira de Tratores a CBT em São Carlos o local já contava desde os tempos da CBT com uma pista de pouso de 150 m e um galpão onde só o refeitório tinha 2.000 m² a fábrica havia falido em 1995 e ficou abandonada até ser adquirida pela TAN rolim e a diretoria traçavam um plano em três fases cada etapa previa a construção de um novo hangar com a capacidade para manutenção de quatro aviões ao mesmo tempo além disso a empresa começou a reforma de um museu da aviação batizado de asas de um sonho enquanto isso Atan consolidava sua presença nos voos internacionais com os Airbus A330 e aliança estratégica com American Airlines a companhia alcançava o perfil de passageiro que sempre buscou e mais uma vez vencia pela quantidade no início dos anos 2000 a frota branca e vermelha já contava com 98 aeronaves das quais 58 eram jatos com mais de 100 acentos e a idade média inferior a 5 anos um dos parques aéreos mais modernos da América Latina e mesmo com o crescimento acelerado Rolim não desacelerava agora eu sempre digo uma coisa que maior do que a qualidade do serviço que nós prestamos é só mesmo a nossa ambição né nós somos muito ambiciosos não é sem sem nenhuma causa e apenas com todo o efeito que nós colocamos aqui o relógio ó São Paulo Nova York Los Angeles Paris e Tóquio você quer dizer alguma coisa com isso não nós não estamos indo lá não é mas just não é lançou um serviço de cargas fretava jatos nos fins de semanas e buscava rentabilidade em cada detalhe da operação e ainda tomou decisões extremamente difíceis e importantes um exemplo claro foi tirar os funcionários da TAN do Fundo de Previdência dos Aeronautas o Aeros que também reunia empresas como Varg e Transbrasil a VARig maior participante começou a atrasar contribuições e tomar empréstimos do fundo os funcionários aposentados de duas companhias aéreas enfrentam dificuldades financeiras porque não conseguem receber a pensão do fundo criado pelas empresas rolin viu o risco contribuir junto com outras empresas mas vê seus funcionários saírem prejudicados em caso de um colapso em 1999 negociou a saída da TAN do Aeros levou consigo todos os recursos depositados e transferiu o patrimônio para um fundo privado o Multipensions Bradesco ao mesmo tempo passou a investir pesadamente em treinamento fundou a Academia de Serviços da TAN em São Paulo e apesar dos salários da companhia serem mais baixos do que a média do setor institui um modelo pioneiro de bônus para todos os funcionários para Rolin manter a equipe era prioridade demitir era um trauma pessoal por isso preferia salários mais contidos e estabilidade nos momentos de crise mas para continuar crescendo não bastava apenas fortalecer a casa era a hora de partir para fora e as aquisições se tornariam o próximo [Música] passo nos anos 80 Rolling já havia tentado comprar a VASP como mostramos no episódio anterior a negociação fracassou mas no fim da década de 1990 ele seguiu em busca da consolidação a principal oportunidade era Transbrasil já em colapso técnico e financeiro antes de comprá-la firmou um contrato para operar algumas de suas rotas em 2000 TansBrasil passaram a dividir custos operacionais em uma parceria emergencial o cenário externo também trazia desafios o Brasil enfrentava máx desvalorização do real num ambiente muito semelhante ao que ficou conhecido como a década perdida dos anos 80 rollin conhecia muito bem aquela dinâmica comandava uma empresa com receitas em real e despesas em dólar e sabia que a sobrevivência dependia de corte de gastos e disciplina mas ele pensava além da crise acreditava que no longo prazo apenas uma companhia aérea com escala real sobreviveria à combinação de concorrência internacional e recessão na visão de Rolin a Tan era essa companhia a única com estrutura e ambição para consolidar o mercado e sustentar o crescimento em meio ao caos apesar da tentativa o negócio com a TransBrasil não deu certo com a morte de Omar Fontana a TransBrasil também passou a enfrentar uma crise ainda mais severa cin voltou a mirar a VASP mas novamente encontrou um obstáculo o preço wagner Canhedo pedia 200 milhões de dólares pela companhia valor que para Rolin não refletia a real situação da empresa enquanto isso a Tan seguia crescendo em setembro de 2000 a companhia ultrapassou a Varg pela primeira vez no mercado doméstico superar a Varg foi a consagração de uma trajetória mas a ambição de Rolin continuava crescendo ele queria construir uma operação com escala continental capaz de enfrentar crises e competir globalmente restava apenas um caminho adquirir a própria VARG o plano esbarrava na concentração de capital o mercado e o governo temiam que a fusão das duas maiores empresas aéreas criasse um monopólio a ideia de pulverizar o controle da TAN passou a ser debatida como precondição para o avanço das negociações dentro da empresa havia quem defendesse que Rolin reduzisse sua participação para facilitar a fusão mas isso contrariava tudo que ele havia construído atan era fruto de seu esforço e abrir mão do controle era inaceitável ainda assim ele seguiu com um plano tentou convencer autoridades e conselheiros de que a União traria eficiência estabilidade e benefícios para todo o setor aéreo rolin mantinha a estrutura da Tan em chuta a gestão valorizava quem crescia dentro da empresa a hierarquia era informal o acesso direto mas à medida que a companhia crescia o modelo centralizado mostrava sinais de esgotamento o controle informal já não era suficiente para lidar com a complexidade de uma empresa de grande porte a falta de uma estrutura profissionalizada começava a gerar atritos entre os executivos a disputa por espaço e autoridade tornou inevitável uma reestruturação rolin iniciou um processo que ele mesmo chamaria de desrolização a transição da Tan para uma organização corporativa mas mesmo nesse processo ele ainda centralizava decisões chave enquanto isso a ideia da fusão com a Varig seguia viva e com ela a possibilidade de abrir capital e formar uma holding que controlaria diferentes unidades de negócio da TAN essa era uma fase de transição a empresa caminhava para profissionalização mas sem se afastar completamente da cultura construída por seu fundador rolin por sua vez começava a admitir ainda que em silêncio que a Tania continuar existindo sem ele ao mesmo tempo os bastidores da fusão entre Tan e Varg avançavam rolin seguia firme no propósito que a nova empresa teria comando único e esse comando deveria estar sob sua liderança mesmo com resistência ele se mantinha na mesa de negociação com o apoio da Airbus da Fundação Rubenberta e o início das conversas com os espanhóis da CEP o plano de criar a maior companhia aérea da América Latina começava a parecer viável a construção dessa companhia passaria também pela Argentina rolin articulava a compra da aerolíneas argentinas e a união com a Aerovip criando uma nova estrutura binacional Atan transportes argentinos do Mercosul era um plano grandioso e Rolin naquele momento estava em sua melhor forma tudo parecia convergir para aquele que seria o movimento mais ousado de sua carreira mas como tantas vezes aconteceu na aviação o céu pode fechar de repente e o plano que parecia perfeito estava prestes a ser [Música] interrompido no domingo 8 de julho de 2001 após uma intensa agenda de reuniões encontros e viagens Rolin decidiu pilotar pessoalmente seu helicóptero Rubinson 44 recém- adquirido era um voo curto partindo da fazenda da família em Ponta Porã rumo a Serro Corá no Paraguai a bordo além do comandante estava Miguel Cândia um grupo de historiadores e uma jornalista 30 km antes do destino a aeronave perdeu uma das paz e caiu o helicóptero mergulhou de uma altura de 150 m não houve sobreviventes esse era o fim da trajetória de um dos empresários mais admirados do Brasil um homem que construiu um império aéreo a partir de uma pista de terra batida no interior paulista que imprimiu sua marca não apenas na aviação mas em todo o mundo dos negócios o Rolinho eu conheci em circunstâncias muito particulares há quase 40 anos atrás e me tornei amigo dele durante esse período todo ele lutando pela TAN eu do meu lado tentando fabricar aviões mas sempre ligados ao amor comum que sempre nos unia a aviação olinho eu creio que é escusado dizer nesse momento é uma pessoa excepcional ele sempre como empreendedor um corajoso investidor o amor dele ao Brasil era enorme eh queria construir e isso ele conseguiu o patrimônio que ele deixa o número de empregos que ele criou as oportunidades que ele gerou são um tributo que a nação deve a ele nesse momento em que nós não teremos mais a possibilidade de vê-lo a morte de Rolim congelou os planos da fusão com a Varg a aquisição das aerolíneas argentinas e a criação da chamada Ambev da Aviação sem seu líder carismático a Tan seguiria sozinha mas seu legado estava consolidado a cultura de excelência o foco obsessivo no cliente e a busca por rentabilidade em cada detalhe haviam se tornado parte do DNA da empresa aos poucos o garoto da roça transformou-se no comandante que ensinou ao Brasil que é possível fazer negócios com princípios e que para voar alto é preciso primeiro [Música] sonhar a morte de Rolin Amaro em 2001 não apenas marcou o fim de uma era mas o início de um novo capítulo repleto de desafios e transformações sem o carisma e a liderança centralizadora do comandante Atan precisou se reorganizar a sucessão foi conduzida por um conselheiro que já havia sendo estruturada a presidência ficou com seu cunhado Daniel Mandelli e depois com Marco Antônio Bolonha a companhia tentava preservar os princípios deixados por Rolin mas o ambiente era outro ainda em 2002 o mundo enfrentava os reflexos do 11 de setembro que afetou profundamente o setor aéreo global aan sentiu o impacto mas resistiu em 2003 a empresa voltou ao azul e no ano seguinte foi pioneira ao lançar o bilhete eletrônico do Brasil uma medida que aumentou a eficiência e reduziu os custos operacionais mas os anos seguintes também foram marcados por uma nova tragédia boa noite um avião da TAN derrapou na pista do aeroporto de Congonhas em São Paulo atravessou uma avenida invadiu um prédio da companhia e pegou fogo o Airbus com capacidade para 170 pessoas partiu de Porto Alegre pouco depois das 5 da tarde e o tráfego aéreo está interrompido esse foi o maior acidente aéreo da história do Brasil até então 199 pessoas perderam a vida a imagem da Tan que havia se reerguido com tanto esforço voltava a ser colocada à prova ainda assim a empresa seguiu em 2008 anunciou a compra do Pantanal Linhas Aéreas em 2010 deu início a maior mudança desde a era Rollin a fusão com a chilena L Airlines nascia em 2012 a Latan a maior companhia aérea da América Latina com sede administrativa no Chile a Latan buscava ampliar sua atuação global com foco nos voos internacionais e na integração de malhas aéreas a marca Tan passou a ser gradualmente substituída até ser oficialmente extinta em 2016 a nova empresa passou por momentos de expansão e crise em 2020 afetada pela pandemia do COVID-19 entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos mas conseguiu preservar suas operações e em 2022 concluiu a reestruturação financeira hoje a transporta dezenas de milhões de passageiros por ano com presença em vários países da América Latina e voos para destinos na Europa América do Norte África e Oceania ela é uma gigante mas carrega em sua origem o sonho de um garoto do interior de São Paulo que acreditava que voar podia ser mais do que luxo ou status podia ser um serviço uma missão uma paixão afinal de contas qual é o segredo do sucesso como é que as pessoas conseguem chegar lá o senhor que foi um funcionário depois acabou adquirindo a empresa que hoje é considerado até é considerada a empresa de maior crescimento na aviação aérea afinal de contas qual é o segredo ficar com a boca fechada qual que é o segredo ele o segredo só não conta d uma dica mas não é você acha que eu não tinha que falar tenho que falar dá uma dica então uma dica uma dica é boca fechada isso mesmo viu sempre boca fechada sempre boca fechada esta série foi inspirada no livro Sonho Brasileiro de Thales Guaraci que serviu como uma das principais referências para a construção narrativa e pesquisa sobre a trajetória de Rolin Amaru e Datan recomendamos fortemente a leitura o link para o livro está na descrição você sabia que o curioso mercado agora tem sua própria newsletter enquanto todo mundo lê as mesmas notícias de sempre tem gente descobrindo os bastidores do mercado de um jeito diferente na nossa newsletter você encontra as melhores histórias do mundo dos negócios além de recomendações de conteúdos para você ir ainda mais fundo é gratuito e direto no seu e-mail e sempre tem algo interessante para você ler aponte a câmera do celular para o Qcode que está aí na tela ou acesse o link no comentário fixado do vídeo te esperamos lá no









