A Triste ROMANTIZAÇÃO das FAVELAS NO BOSTIL
0Hoje vamos falar sobre a triste e deprimente romantização das favelas aqui no Brasil. Caso você ainda não tenha notado, existe uma turminha bem peculiar que resolveu transformar a vivência em áreas de risco, como favelas, em algo quase poético, como se o perigo e a precariedade fossem motivos para se orgulhar. E o mais curioso, para não dizer irônico, é que a maioria das pessoas que adoram romantizar a vida na favela, curiosamente nunca morou em uma favela. Engraçado como o perigo parece mais charmoso o vício de uma varanda de um apartamento, não é assim? Eu acho sensacional você morar na favela. Você deveria se orgulhar de morar na favela. Isso é uma cultura maravilhosa, não é verdade? Enquanto isso, eu tô aqui com o meu iPhone na mão, vivendo no meu AP na barra da Tijuca. Enfim, a Globosta, os MCs de Funk e principalmente a esquerda, decidiram convencer o morador de favela que aquele é o seu lugar ideal, perfeito para criar os filhos entre tiroteios, a falta de saneamento, Wi-Fi improvisado e ruas dominadas por tracantes. Porque sejamos honestos, é muito mais conveniente fazer o pobre achar que pertence à favela do que realmente tirá-lo de lá. Concorda? O dia que eu subi a favela do Vidgal no Rio de Janeiro de moto e sem capacete, eu pedindo pro almoço dar um oi para vocês. Kak. Dava tchau para todo mundo e já estava me sentindo moradora doiggal. Quase perdi meu celular em uma curva. Imagine só o prejuízo que ia ter k perder meu aparelho de trabalho. Tudo por uma aventura. Enquanto a Patricinha vive em uma de suas aventuras exóticas, tratando a favela como se fosse um parque temático, mostrando pro seu público infantilo como é incrível subir no morro, os moradores de verdade estão lá embaixo se escondendo de tiroteio, fechando o comércio por ordem do tráfego, aguentando bailão de funk até 5 da manhã, tendo que levantar cedo para trabalhar no dia seguinte. Mas claro, a favela venceu, né? Pelo menos é o que diz aquele gênio do funk que criou essa frase estúpida. E hoje morando numa mansão de mais de 3 milhões, ao que um trabalhador CLT no Bostil ralando por 30 anos jamais conseguiria alcançar. E é claro, esse funqueiro nunca mais vai pisar numa favela, a não ser para gravar um clipe de funk e alimentar essa ilusão. Enquanto isso, segue influenciando jovens a acreditar que viveram bem ou caos é algo digno. Como diria a página Como tanca o bostil, o morador de favela não tem acesso a coisas básicas, como saneamento básico, coleta de lixo, segurança, qualidade de vida, saúde, paz na hora de dormir e muito menos a educação. Mas a favela venceu, não é? Porque o MC [ __ ] tá andando de poste comendo as minas, né, trut? A favela de verdade nunca venceu. Quem vence é quem sai dela. Esquece com quem deixa o som alto na favela. O bom de você morar na favela é que você pode escutar a música a hora que quiser e no volume que quiser, meu parceiro. Abr se o vizinho denunciar pelo som alto, fica tranquilo que o vizinho não vai chamar um 90 para você. É segredo. O máximo que o vizinho vai fazer é te dar um papo de melhoria para você baixar um pouquinho do volume. Exatamente. E depois que o vizinho pedir para baixar um pouquinho o volume, muito provavelmente não estará mais entre nós. Mas isso você não fala, não é? Break, break, break, sei lá que [ __ ] de nome é esse. E claro, o vizinho também não vai chamar o 190, até porque se ele fizer isso, ele vai de arraça, né? Segredo, né, chefe? Mas lembrando que você não é obrigado a desligar o seu som, meu parceiro, até porque a favela tá o tempo todo em clima de festa. Todo final de semana tem ba, a maioria das casas vivem com som alto. Então, uma coisa que você não vai ver na favela é alguém batendo na tua porta pedindo para tu abaixar o volume do teu. E lógico, você não é obrigado a baixar seu som. Que se [ __ ] aquele vizinho que acorda 4 da manhã para trabalhar, não é? Afinal, empatia virou luxo, não é não, chefia. Nessa madrugada, o fotógrafo Thiago Freitas de Souza, morador da comunidade de Santo Cristo em Niterói, se levantou para reclamar do som alto, não deixava a filha dormir. A resposta ao pedido de silêncio foi o som de um tiro. Thago foiado no quintal de casa. Ele só queria um pouco de silêncio. Thiago Freitas de Souza, de 32 anos, morava na comunidade Santo Cristo em Niterói. Ele morreu hoje de manhã na porta de casa. No boletim de ocorrência está registrado que Thiago saiu de casa para pedir a traficantes que diminuíssem o barulho, porque a filha tava acordando a todo momento. A mulher de Thiago contou que logo depois ouviu um som de tiro. Ai gente, mas conversa. O diálogo é a base de tudo, gente. Não existe diálogo em bairro de pobre. Porque se você pede para poder abaixar um som ou algo do tipo, cara, tu vai ouvir as maiores atrocidades da tua vida e até ameaçado você pode ser. É muito fácil você vir pra internet falar alguma coisa quando você não vive aquela realidade, entendeu? Quando você mora dentro de um condomínio perfeito com porteiro 24 horas. É sempre muito fácil pro esquerdola social de iPhone vir aqui na internet e dizer: “Gente, é só dialogar. Vamos conversar com o traficante. Ele também é ser humano.” Gente, o problema de quem diz isso é que nunca teve um fuzil apontado pra cara quando estava chegando do trabalho, como acontece com a maioria dos moradores de favela. Aí o morador tenta citar o diálogo e o resultado a gente já conhece. Como bem disse o rapaz no vídeo, é muito simples dar lição de moral sobre uma realidade que você só conhece por documentário na Netflix. Aqui no Morrão funciona desse jeito. Muitas casas são grudadas no córrego. Mas sabe o que é mais doido? Tem gente morando aqui há 30, 40, 50 anos. E só para vocês entenderem, essas casas aqui não nasceram do nada não, viu, gente? Antigamente tudo isso aqui era rio, mas a rocinha cresceu rápido, desordenado e aonde ninguém queria morar virou opção para quem não tinha escolha. E o que para vocês podem parecer um choque? Pra gente já virou rotina e por incrível que pareça, muitos moradores já até se acostumaram com o cheiro desse local. Essa é a verdadeira realidade do morrão. Mas mesmo assim a gente segue vivendo a nossa vida, segue construindo e o melhor de tudo, a gente segue sonhando. Mas morar na favela é incrível, não é? Socialista de apartamento. Olha que maravilha. Nenhum saneamento básico, o esgoto correndo solto, o lixo acumulado em cada esquina, um verdadeiro paraíso urbano. Imagina só que delícia que é você criar uma criança no lugar desses, onde um simples tropeço pode virar um acidente grave ou pior custar vida. Mas você aí do conforto do seu AP com ar- condicionado e piso laminado, insiste em dizer que isso é resistência, é cultura, é orgulho. Vai viver um mês aqui, depois a gente conversa, tá bom? É isso que me revolta de verdade. Enquanto tem gente vivendo como verdadeiros guerreiros, porque chamar de morador é pouco, que enfrentam em pleno século XX condições que mais parecem ter saído da Idade Média, como o esgoto a céu aberto, lixo para todo lado, água contaminada e um abandono total. Aparece um imbecil no Twitter querendo pagar de coach, dizendo que a favela é lugar de orgulho, que é cultura. Cultura de que, irmão? De viver no meio da miséria, do medo e da falta de dignidade. [ __ ] deixa de ser idiota, cara. Para de romantizar a desgraça dos outros só porque dá curtida nessa desse teu post aí. Olha a situação de vida dessas pessoas, cara. Pelo amor de Deus. Aqui a gente tá numa área que é colada no esgoto, tem risco de doença, infiltração nas paredes. Quando chove isso aqui tudo alada, transborda. Por causa disso, o aluguel aqui é ainda mais barato do que em outros lugares da favela. Hoje uma casa de um quarto, sala, cozinha e banheiro numa área dessa tá custando de 600 a 650. Se for de 2/4 pode chegar de 750 a 800. Mas além do preço, tem outra coisa que vai chamar muito a atenção de vocês, as construções. Se liga nesse prédio aqui, a fundação diferenciada. A coluna parece que foi feita só para testar a gravidade. A necessidade faz a galera ser criativa. É o famoso faz ou fica sem teto, papai? Olha isso. Pagar R$ 700 para morar num lixão a céu aberto é praticamente uma piada de mau gosto. Olha a construção ali, como o rapaz do vídeo falou, desafiando totalmente as leis da gravidade de Newton. capaz de desabar ali e acontecer algo pior, como acontece em várias casas desse naipe aí. Mas daí você olha pro governo, pros MCs milionários, pra Globosta e, claro, pra esquerda nojenta. Nenhum deles mostram nenhum 1% da podridão que eu tô expondo aqui nesse vídeo. Eles preferem continuar vendendo a ilusão que está tudo bem. Enquanto isso, tem gente vivendo em condições desumanas, pagando R$ 700 para morar num verdadeiro lixão a céu aberto. E o mais irônico, aquele bonitão de Twitter que romantiza a favela com discurso pronto. Não aguentaria passar nem 24 horas nesse cenário aí. Essa é a [ __ ] da realidade. Cruel, suja, invisível para quem vive de curtida e discurso hipócrita. Aqui no Morrão, o porco ele some com lixo. Essa é a função dos porcos da favela. Nem sempre a coleta de lixo funciona como deveria no morrão. E quem ajuda a comunidade a ficar mais limpa é o porco. O que o caminhão não leva, o porco leva. Agora vocês estão ligado porque tem tanto porco na rocinha. E aí, esquerdola, que tal colocar um porquinho no teu apíque, para comer o teu lixo? Aí não, né? É um animal sujo, nojento, não é? Melhor mesmo é criar o seu chiwaazinho aí, né? Bem bonitinho, com pelinho sedoso. Melhor deixar o porco na favela mesmo, fazendo o papel que o estado abandonou, já que o caminhão de lixo não sobe no né, bebê? É bonito romantizar a miséria quando ela não está batendo na porta da sua varanda. E sendo bem sincero, a glamorização da favela, ela serve sim para muita coisa. E não, não é sacanagem. Ela serve para muita coisa. Serve, por exemplo, pro marketing social, que vende a miséria como autenticidade, ao estado que disfarça a omissão, como respeito cultural e a militância que usa como palco o vitimismo político. Mas para o favelado não serve de absolutamente nada, pois ele vai continuar sem um mínimo de saneamento básico, sem segurança, sem absolutamente nada. E para você que chegou nessa parte do vídeo e ainda não conseguiu entender, bote isso na [ __ ] da sua cabeça. Favela não é cultura de nada, não é patrimônio, não é motivo de orgulho ou algo assim. A favela em si é uma razão para você conseguir trabalhar muito para um dia conseguir sair desse lugar deplorável que muitos gostam de romantizar como se fosse o paraíso. Você talvez não perceba, mas tenta abrir os olhos. O estado quer exatamente isso de você, que você ame a miséria onde ele mesmo te jogou. quer ver você dócil, grato, dizendo que a favela venceu enquanto vive uma vida dura, pobre e morre sem jamais ser saído da favela. Presta bem atenção no que eu vou te dizer. O MC que fala A favela venceu já pulou fora há muito tempo da favela. No máximo ele aparece por lá para gravar um clipe ou outro ali, tirar uma foto, mas morar de novo ali nunca mais. Cara, ele venceu. A favela ficou para trás. A Globosta e os esquerdistas de discurso bonito também não vivem no murro. estão muito bem protegidos nos seus apartamentos, em condomínios com porteiros, cerca elétrica e câmera em cada canto. Enquanto isso, você tá aí sobrevivendo no caus tiroteio, lixo, esgoto e abandono. Vocês me perguntam direto, Juan, as merdas que soltamos no banheiro cai aonde? Todos eles vem para cá. Então tudo que sai do banheiro, xixi, cocô, papel higiênico, água do banho, vai para esses rios que antigamente eram limpos, viu? Mas com o crescimento da favela, esses rios acabaram se transformando em vala, que é o que vocês estão vendo aí, ó. Tá de brincadeira. O bagulho aqui é diferenciado, filhão. Na maioria das casas aqui do Morrão, as tubulação são improvisadas. É desse jeito aí que vocês estão vendo, tá ligado? Aí isso facilita a entrada de mestre splint, de barata, de inseto dentro das casas. E muita gente aqui viv em casas pequenas, né? E aí o rato acaba sendo morador extra. Eles são abusadão, nem paga aluguel. Acorda, irmão. Para de engolir essa narrativa podre que transformou o sofrimento em bandeira de orgulho. Não tem vitória nenhuma nisso, é só manipulação. Ah, e agora não pode mais falar a favela, né? Agora tem que dizer comunidade, senão é preconceito com o povo da favela. Olha o nível da disse. Eles marquiam a realidade com palavras bonitas para suavizar o caos, como se mudar o nome fosse resolver o problema. Ah, pelo amor de Deus, né? É tudo tão bem disfarçado, tão cuidadosamente construído, que você nem percebe mais quem realmente tá tentando te acordar dessa Matrix podre e quem tá te embalando nela com discurso florido. É o bom e velho truque, mudar o rótulo para fingir que o conteúdo é outro. Só que o esgoto ainda corre a céu aberto, irmão. Não é trocando favela por comunidade que vai mudar alguma coisa. Mas cara, que coisa idiota. E antes que venha 83 falar que eu tô com preconceito com o favelado, eu não tenho preconceito com o morador de favela, eu tenho contra a favela em si, que deveria ser extinguída do Brasil. A maioria das pessoas que vivem nesses territórios são trabalhadoras, honestas e resilientes. São pessoas boas, sobrevivendo com pouco e criando soluções onde o estado falha. E elas não merecem viver esse tipo de coisa. Aliás, nenhum ser humano merece passar por esse tipo de coisa e viver num lugar como aquele. Já a presença do tráfico muitas vezes ocupa o buraco deixado pelo poder público, que nunca garantiu segurança, saúde, educação ou infraestrutura digna, como vimos nesses vídeos aqui. O menor ali vai crescendo e vendo os amigos dele morrendo ou sendo aliciados, não por escolha, mas por falta de opção. Essa cultura da favela, essa romantização podre que inventaram, não se resolve com um passe de mágica. Não é só você jogar o favelado no condomínio com um porteiro na entrada e achar que tá tudo pronto, que todos os problemas sumiram. E também não é pintando meia dúza de parede que você vai apagar o esgoto, a violência e a miséria. Isso na verdade é só uma maquiagem social pro turistinha ver. Resolver de verdade, irmão. Existe rede de apoio, existe vontade real de mudança. Povo da favela precisa ser ajudado, sim, mas também precisa ser ouvido, acolhido, sem ser arrancado de suas raízes. Porque muitos querem sair do caos, mas não querem abandonar a família que ainda mora lá na favela. O estado tem a obrigação de fazer alguma coisa. Em vez de financiar viagem para político vagabundo para Dubai ou bancar o show do Gustavo Lima, deveriam estar investindo esse dinheiro do povo para tirar essas famílias da lama, para dar estrutura, dignidade, dar um futuro. Mas enquanto isso não acontece, continuam fingindo que a favela é poesia urbana, que a favela venceu e assim continua a vida aqui no Bostil. E eu sei que vai ter muita gente aqui nos comentários falando: “Ah, mas eu moro numa favela e não é assim como você tá show no vídeo”. Tá certo, bonitão. A tua favela aí que pode ser muito bem um condomíniozinho, pode não ser assim como eu coloquei aqui no vídeo. Que bom para você, cara, de verdade, se orgulha disso para você não precisar morar num lugar como esses aqui que eu coloquei no vídeo. Mas não se esqueça, você não é o único morador de favela no Brasil. Para você pode estar tudo certo? Maravilha. Agora olhe para essas pessoas aqui que eu coloquei no vídeo, será que para elas também tá tudo certo? Será que elas também estão achando da hora essa vida? Reflita sobre isso. Enfim, eu vou ficando por aqui. Espero que tenham curtido o vídeo. Se gostou, deixe seu gostei. Se inscreve no canal e ativa o sino para você receber os próximos vídeos. Meus sérios agradecimentos aos membros tancadores aqui do canal. Tá aqui o nome dessa galera. Vou deixar aqui o nome de todo mundo. E é isso, eu vou ficando por aqui e até o próximo vídeo, se Deus quiser. Grande abração e falou. [Música] เฮ [Música] [Música]









