A UNIVERSIDADE QUE LIGOU BOLSONARO AO NEONAZISMO

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Imagine a cena. Um estudante de direita chega em uma sala de aula para realizar uma prova de vestibular. Ele se concentra, respira fundo, toma a caneta em suas mãos e se prepara para responder à redação que pode decidir seu futuro. Mas ao verificar o tema sobre o qual deve escrever, ele encontra uma acusação política e ideológica embutida na proposta da prova. Agora ele tem dois caminhos. ir contra as suas convicções e escrever o que o professor deseja para garantir uma boa nota ou agir conforme sua consciência, sabendo que pode reprovar e atrasar seu futuro. Essa é uma história real e aconteceu na Universidade Federal de Sergipe. Você entenderá agora como foi a proposta de redação que relacionou Bolsonaro ao neonazismo e por as universidades brasileiras são espaços frequentes de militância ideológica. Antes de continuarmos, compartilha este vídeo para que mais pessoas tenham acesso a essas informações. Para aumentar a divulgação, curta o vídeo e se inscreva no canal da Brasil Paralelo. Ative o sininho para não perder as próximas produções. A Universidade Federal de Sergipe suspendeu a prova de redação do vestibular EAD na terça-feira, dia 12 de agosto, depois da repercussão negativa. Acontece que um dos textos motivadores citava a eleição de Jair Bolsonaro e atribuía ao bolsonarismo uma ligação direta com o crescimento de grupos neonazistas no país. A reação foi imediata. O vereador de Aracaju, Lúcio Flávio, divulgou o enunciado nas redes sociais, classificou a proposta de redação como ideológica e denunciou o caso na tribuna da Câmara Municipal. Isto aqui é crime. O que aconteceu na Universidade Federal de Sergipe, uma instituição pública federal que deveria ser democrática, de pensamento pluralista, sem preconceito, acaba de criar uma pecha em quem é de direita, acaba de criar um carimbo, uma acusação, chamando de neonazista as pessoas que são de direita, apoiadores do Bolsonaro e o próprio Bolsonaro. numa redação que avaliaria estudantes para serem aprovados no no vestibular EAD. Ele anunciou que levará o episódio ao Ministério Público Federal, ao Conselho da Universidade Federal de Sergipe e ao Projeto Escola sem Partido. Em nota, a universidade afirmou que não tem acesso prévio às questões elaboradas pela comissão de concursos vestibulares e declarou não compactuar com qualquer forma de discriminação, polarização política ou radicalismos ideológicos. A instituição garantiu que adotará medidas para segurar a lisura dos próximos processos seletivos. Se você quer entender mais sobre a doutrinação ideológica nas universidades brasileiras, assista ao podcast Conversa Paralela sobre este tema com os especialistas em educação, Ana Maria Camargo e Gabriel Mendes. [Música] O trecho da prova que cria essa associação está na proposta de redação. Nesta etapa, o candidato é apresentado a dois textos de apoio que contextualizam o tema sobre o qual ele escreverá. O primeiro texto trazia dados sobre o crescimento de células neonazistas no Brasil e foi retirado da última parte de uma matéria da revista Fórum chamada A ameaça atual, Neonazismo. No século XX. Para a revista Fórum, o Brasil teria registrado um crescimento expressivo de grupos neonazistas com mais de 500 células ativas, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste. A maioria delas era de movimentos políticos nacionalistas misturados com a religião. O fragmento relata que casos de violência atribuídos a esse movimento teriam se multiplicado e que alguns de seus integrantes recorreriam a discursos de liberdade de expressão ou patriotismo para se inserir no debate público. Internautas levantaram questionamentos sobre a neutralidade da matéria utilizada na prova universitária. A revista Fórum foi fundada pelo jornalista Renato Rovai, como consta em seu site oficial. O dono da revista não esconde seu viés partidário nas redes sociais, com fotos ao lado do presidente Lula e posts contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Já o segundo texto de apoio gera uma associação direta entre a eleição de Jair Bolsonaro e a ascensão dos grupos extremistas apresentados no primeiro texto. O texto foi retirado da revista Veja. A matéria explora quatro coisas que explicariam a ascensão do neonazismo no Brasil e uma delas seria a eleição de Jair Bolsonaro. Após os dois textos motivadores, a prova entrega ao aluno a proposta de redação. Os discursos de extrema direita e ultranacionalistas são disseminados e potencializados por meio de diversos novos formatos de comunicação, como as plataformas digitais. Diante desse cenário, como assegurar a defesa da democracia e dos direitos humanos? Além do vereador, várias pessoas na internet questionaram o viés ideológico da proposta. A própria universidade se demonstrou surpresa com o conteúdo e disse não compactuar com o que foi feito. Alegou não ter tido acesso prévio à questão e, após a denúncia cancelou a prova de redação. Se estiver gostando do vídeo, deixe um like. Isso sinaliza para nós que você assistiu até aqui e que podemos seguir produzindo mais conteúdos neste formato. O episódio reacendeu discussões sobre a neutralidade acadêmica em instituições públicas. A Constituição Federal, em seu artigo 37, estabelece o princípio da impessoalidade, segundo o qual órgãos e entidades da administração pública devem evitar favorecer ou prejudicar grupos ou indivíduos por convicções políticas ou ideológicas. Inserir em uma prova um enunciado que vincula diretamente um personagem político a um movimento extremista configura uma narrativa parcial, especialmente quando o exame é voltado a milhares de jovens que buscam acesso ao ensino superior. Desde a redemocratização, movimentos e partidos de esquerda mantém forte presença no meio acadêmico, com influência em centros acadêmicos, sindicatos e entidades estudantis. Alunos de viés conservador frequentemente têm sido perseguidos e ameaçados em salas de aula por discordarem de seus professores e colegas de classe. Tira a mão, tira a mão. Não vou embora. Vou ficar aqui. Eu não vou sair. Eu não vou sair. Então a gente vai te expulsar. Então expulsa. Tenta. Chamando todo mundo. Não rela em mim. Não rela em mim. Por que você vai me bater? Não rela mã em mim. vai me bater. Vou se não vou sair. Vai embora, velho. Eu não vou sair. Aqui é público. Eu posso ficar aqui. Recua, Baista, recua, recua, recua. Materiais escolares de alunos da rede pública apresentam narrativas pró governo com expressões de conotação política e ideológica. Teses de doutorado carregadas de ideologia ganham espaço no meio acadêmico. A UNI entidade máxima dos estudantes brasileiros, aliados a centrais sindicais e movimentos de esquerda, organizam eventos nacionais com foco na militância. Muitos estudantes que não compactuam com suas propostas já foram atacados com violência nesses eventos que se dizem plurais e apartidários. Por que que velho não pode? Foi pouco. Pessoal, eu acabei de ser agredida aqui na entrada do congresso da UN. Simplesmente bateram no meu celular e ela me deu um tapa no pescoço. Oficialmente ela me deu um soco no pescoço. Porque que velho não pode? Agredida. Que que você vai falar ron? Olha isso. Olha isso. Vocês não merecem. Vocês não merecem já. Vocês não merecem. Mas eu tô de boa. Tô de boa. Eu tô de boa. Tipo, cara, foi pouco. Foi pouco. Foi pouco. Estou no lugar só por ser bemvindo. Eu estou me posicionando. Representa a juventude brasileira. A entidade não esconde seu viés ideológico ao enviar cartas de apoio ao presidente Lula, pedindo inclusive a prisão de Bolsonaro. Para saber mais sobre a história da UNI, assista ao episódio A Face Oculta da UNI, disponível gratuitamente aqui no canal da BP. Professores também já foram perseguidos e expulsos da própria sala que estavam dando aula por estudantes militantes. O movimento Escolas em partido criado em 2004 surgiu como uma resposta a esse fenômeno, defendendo normas que impeçam professores e instituições de transmitir opiniões políticas ou ideológicas em contextos pedagógicos. Denúncias sobre militância ideológica em salas de aula, palestras e processos seletivos t se tornado frequentes nos últimos anos. Se você quer entender como o ambiente universitário brasileiro se tornou terreno fértil para disputas ideológicas e imposições de linguagem, precisa assistir ao documentário original Unitopia, exclusivo no streaming da Brasil Paralelo. As câmeras da Brasil Paralelo entraram nas universidades públicas brasileiras para mostrar o que muitos tentam esconder. Entrevistamos especialistas em educação, professores, alunos e servidores que revelam a pressão vivida no meio acadêmico, o cerceamento do pensamento crítico e a transformação das salas de aula em espaços de doutrinação. Um ambiente que deveria fomentar o livre debate, a ciência e a busca pela verdade passou a sufocar qualquer opinião que não se encaixe na cartilha ideológica dominante. Torne-se o membro da Brasil paralelo para assistir ao documentário Unitopia e descubra porque esse tipo de caso, como que ocorreu na Universidade de Sergipe está longe de ser um episódio isolado. Toque no link na descrição para conhecer nossos planos e mergulhe nesse oceano de conhecimento hoje mesmo. M. [Música]

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