A VERDADE SOBRE A CARNE PROCESSADA: FAZ MAL?

Carnes processadas são cancerígenas para 
humanos. Foi isso que disse a OMS em 2015. Mas se a carne processada faz tanto mal assim, 
por que ela continua à venda nos supermercados? No vídeo de hoje, você vai entender o que é essa classificação e o quanto você teria 
que comer para desenvolver câncer. Será que bacon e peito de peru entram na lista? Com a ajuda da Marina, nutricionista 
e nossa parceira aqui no canal, eu vou te dar uma solução pra evitar esse risco 
sem deixar de comer aquilo que você gosta. Mas, afinal, que tipo de 
carne é de fato processada? Segundo a OMS, carne processada é aquela que passa 
por salgamento, curagem, fermentação, defumação ou outros processos para realçar 
sabor ou melhorar a preservação. E sim, eu sinto dizer. Bacon 
é uma carne processada. No vídeo do câncer ignorado em 
jovens, muita gente me questionou. Talvez ele não seja um 
ultraprocessado cheio de conservantes, que passou por vários processos 
industriais como salsicha, presunto ou mesmo aquele 
bacon embalado no plástico. Mas mesmo o bacon feito em casa passa 
por defumação por pelo menos 2 horas. E essa fumaça contém uma série 
de substâncias cancerígenas, provenientes da queima do carvão ou da madeira. Uma dica pra você saber se a carne é processada 
ou não, é pensar na sua durabilidade: um corte de carne in natura deixado fora da 
geladeira vai ficar escuro, com cheiro ruim e provavelmente infestado de 
moscas em poucos dias não é não? Agora experimenta colocar uma fatia de 
bacon ou uma salsicha na mesma situação. Vai demorar pelo menos uma semana para 
atingir o mesmo nível de degradação. O bacon por causa da defumação e da salga, que eliminam as bactérias e 
dão uma durabilidade maior… E a salsicha, presunto e outros industrializados 
por causa de alguns aditivos e conservantes. Olha a lista de ingredientes de uma salsicha: São esses ingredientes em vermelho que fazem 
com que a salsicha seja uma carne processada. Além da salsicha, também podemos incluir 
presunto, peito de peru, mortadela, salame, salgadinhos à base de carne e 
aquele bacon frito que muita gente ama. Que esses alimentos são práticos 
e gostosos, não há dúvidas. É bem mais simples colocar 
uma fatia de mortadela no pão do que fazer um frango desfiado 
para comer junto com o sanduíche. Esse é o principal motivo pelo qual as 
pessoas escolhem carnes processadas, além do preço mais baixo. Mas tem mesmo algum problema nessas 
carnes? O que os cientistas descobriram? Praticidade e preço ajudaram as carnes 
processadas a ganhar popularidade, mas os cientistas da Agência Internacional 
de Pesquisa em Câncer, a IARC, notaram um aumento de estudos relacionando 
o consumo de carnes processadas com câncer, em especial, um tipo de câncer de 
intestino chamado câncer colorretal. E o papel dessa Agência, que é 
ligada à OMS, é dar um parecer, classificando um produto em grupos de acordo 
com a sua capacidade de causar o câncer. O primeiro parecer que essa 
organização deu, em 2015, resultou na entrada das carnes processadas no grupo 1 da IARC, que significa 
“carcinogênico para humanos” De acordo com 22 cientistas de 10 países 
diferentes, e mais de 400 estudos avaliados, carnes processadas estão junto de tabaco, álcool e a fumaça de óleo diesel, 
para vocês terem uma ideia. Eu já vou te explicar qual 
daqueles ingredientes da lista da salsicha é o mais relacionado ao câncer, e como você pode fazer para se proteger. Mas antes, o que significa estar no 
grupo de “carcinogênico pra humanos”? Eu já te adianto que apesar de estar 
no mesmo grupo que o tabaco e álcool, não “é tudo a mesma coisa” 
e isso ninguém te conta. Em 2019, pesquisadores do maior projeto Global 
de avaliação do risco de morte por doenças, estimaram que o tabagismo foi responsável por 
mais de 8 milhões de mortes pelo mundo todo, enquanto que uma dieta rica em carne processada foi responsável por cerca 
de 300 mil mortes anuais. Ok. Não dá pra comparar a 8 milhões, 
mas ainda assim é muita coisa. As principais doenças associadas 
ao consumo de carne processada são doenças cardiovasculares, diabetes 
e em terceiro lugar, câncer. Eu não sei vocês, mas eu amo bacon no hambúrguer, eu quero saber o que tem nessas 
carnes que pode até causar câncer. Apesar de não ser uma resposta simples, existem sim ingredientes que são bem 
estudados e podem causar câncer A gente pode falar dos hidrocarbonetos 
aromáticos políciclicos e aminas policíclicas, nomes lindos de substâncias produzidas principalmente na queima do carvão 
da churrasqueira e na fumaça preta quando os óleos da carne 
são aquecidos além da conta. É por causa dessas duas substâncias aí 
que o churrasco e o próprio bacon defumado são considerados alimentos que 
causam câncer em seres humanos. Quando elas são absorvidas 
e metabolizadas no fígado, elas formam compostos que 
reagem com o DNA das células, aumentando o risco de mutações 
e consequentemente, de câncer. Mas ainda tem os alimentos processados que são 
vendidos naquelas bandejas de plástico, sabe? Eles precisam ficar guardados por dias na 
geladeira e, pra isso, contêm “nitrosaminas”. Vamos usar como exemplo, pessoal, a salsicha. 
Olha pra lista de ingredientes dela: Tá vendo esse último ingrediente aí ? Um 
conservante, chamado nitrito de sódio. Ele está aí por um motivo bem importante: 
prevenir o crescimento de bactérias, dentre elas a Clostridium botulinum, que 
causa uma doença grave chamada botulismo, Essa doença pode comprometer o sistema 
respiratório e até levar à morte. Então adicionar nitritos aos 
alimentos industrializados é uma forma de fazer o alimento durar mais, sem causar intoxicações alimentares. O problema é que esse nitrito, quando é 
adicionado às carnes no momento do processamento, pode reagir com outros componentes 
da carne e formar nitrosaminas. As nitrosaminas, em estudos com animais, 
demonstraram ser carcinogênicas e genotóxicas, ou seja, elas também podem causar danos ao DNA. E é aí que entra o alerta da IARC, 
trazendo consciência para um problema, e pressionando para que a indústria alimentícia 
e a tecnologia de alimentos encontrem soluções, que nem sempre são simples. Nesse caso dos nitritos, atualmente têm 
sido testadas concentrações mais baixas, que formam menos nitrosaminas no alimento e 
ainda controlam a contaminação bacteriana. Outra alternativa é o uso de ascorbato, que também 
parece reduzir a formação dessa molécula tóxica. E com tudo isso que você ouviu até agora, é normal que você queira jogar fora todas as 
carnes processadas que tem no seu armário, e protestar na frente dos supermercados. Aí você vai ter que incluir no seu 
protesto o consumo de bebida alcoólica, a venda de cigarros, a venda de 
produtos ricos em gordura saturada, a venda de produtos ricos em 
açúcar e baixos em fibras… e ainda assim, se sobrar algum alimento in natura, você ainda vai ter que ter 
cuidado com as quantidades, porque comida saudável em 
excesso também pode causar ganho de peso e trazer outros riscos associados. E isso não é uma piada de mal gosto, e sim um 
lembrete que você é responsável pelo que compra e por como você organiza sua alimentação. Da mesma forma que você não vai ter câncer porque 
tomou 1 gole de cerveja no final de semana, o câncer não vai aparecer porque você comeu um 
cachorro quente com a família depois do cinema. É isso que muita gente não te conta sobre câncer. O risco de câncer é multifatorial, ou seja, ele leva em conta diversos hábitos 
de saúde, além de fatores genéticos. É como se você fosse pontuando a 
cada hábito prejudicial que você tem e perde pontos de risco quando 
você adquire hábitos saudáveis. Mas… e se eu não consigo ficar 
sem comer presunto e amo bacon? Existe um substituto tão bom quanto eles? Olha… O ideal é realmente consumir o 
mínimo possível de carnes processadas. Mas se você acompanha a série de 
nutrição aqui no canal já sabe que aqui a gente não divide os 
alimentos entre “bons” e “ruins”, porque tudo depende de um contexto. Uma pessoa que come uma fatia de presunto 
por dia, mas também come frutas e vegetais, se exercita e não fuma, essa pessoa não 
tem os mesmos riscos de saúde do que outra que além de comer presunto, se 
acaba no bacon frito todo santo dia, nunca passou perto de uma 
feira e nem de uma academia. O meu objetivo, pessoal, não 
é trazer verdades absolutas, mas te apresentar a ciência de uma forma que você entenda e que possa 
tomar melhores decisões. E eu eu já vou te mostrar a lista da Marina 
com dicas pra substituir carnes processadas de uma forma que até você 
que ama bacon vai aproveitar, mas por enquanto só te peço que você se inscreva 
no canal e se quiser apoiar o meu trabalho, Número 1. Se você gosta do sabor do 
bacon torrado nos alimentos, substitua, pelo menos parcialmente, por páprica defumada; Vai ficar muito gostoso. 2. Se você não conhece outro 
substituto para o presunto e queijo, sabe aquele pãozinho lá no fim da tarde? intercale um dia com presunto, e um dia sem. Mas se quiser outras ideias 
de recheios para sanduíche, você pode fazer pastinhas com atum enlatado ou frango desfiado e creme de 
ricota, ou, caso for vegetariano, creme com tofu, grão de bico 
ou até molho vermelho caseiro. E número 3. Se você não abre mão da carne processada 
em alguns momentos da vida, saiba que, assim como a carne processada pode 
aumentar o risco de câncer colorretal, o consumo adequado de fibras é um forte 
candidato a reduzir o risco deste mesmo câncer. Por isso, capriche nos vegetais, 
frutas, cereais integrais e leguminosas. Tá vendo, nem foi tão difícil? A regra geral é ter cautela, mas não precisa 
abandonar as carnes processdaas por completo. Lembra que a sua saúde depende de vários 
fatores e que temos muito a aprender ainda. Assim como as pessoas que assistiram a esse 
vídeo aqui, e aprenderam mais sobre um suplemento que realmente pode aumentar a força muscular. Um grande abraço, não me cancele por causa do 
bacon, e eu te vejo no próximo vídeo. Tchau.