A verdade suja por trás do sumiço da Cracolândia Doctor Castt #53

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É aquele cara que usa um craquezinho para para se divertir. Então ele a a cracolândia fornecia uma estrutura pro mais degradado da pro mais degradado zumbi da rua e para aquele cara que na hora do almoço no do seu comércio, ele ia lá dar uma pipadinha dentro do hotel, fazer um sexozinho rápido com Manoia. Ali era clínica geral, cara. [Música] Fala turma do Dr. Cast, mais um episódio para vocês diretamente da Creators House, a casa que hospeda o nosso podcast e muitos outros. Se você tem o seu podcast ou se você tá pensando em montar um podcast, ficar famoso, fic ficarem famosos, assim como os nossos convidados aqui de hoje, é só entrar na descrição do nosso programa que o link vai estar fixado abaixo. Hoje o episódio é Estamos em casa já, né? Engenheiro Léo é o nosso nosso sócio praticamente. Paganoto já tá voltando aqui pela segunda vez. Vamos falar sobre segurança pública, por isso que trouxemos o cara que é fera aqui, coronel aqui recém recém reformado que fala o aposentado é veterano. Veterano aqui militar não aposenta, né? É, fica na reserva os oficiais na reserva. Militar. Então hoje vamos falar sobre segurança pública para vocês. Vamos falar bastante sobre cracolândia, se se a população deve ser armada ou não deve, né, Vagnão? É isso aí, papo vai esticar hoje aí. E então já começa com você, se apresenta pra gente aí. Para quem não te conhece, você se apresenta novamente. Bom, coronel Paganoto, você já disse, hoje tô tô de secretário de segurança lá na cidade de Montemor, mas aposentei agora em janeiro, depois de 35 anos na carreira militar e contribuindo e gostando de ser convidado para esse tipo de de reunião pra gente trocar ideia, as pessoas entenderem algumas coisas que às vezes t dúvida. Eu só tenho agradecer a vocês pela nova oportunidade. Prazer de conhecer o Léo. Prazer também se apresenta também, Léo. Coner conhecer nosso amigo que que da outra vez furou não pode não pode comparecer. Furou o pneu. Não morreu minha tata avó. Ah, tá. Foi aí não consegui ver não. Ele falou: “Não quero saber de trocar de coronel aí não”. Não, fiquei com medo de ser preso. E você, Léo, vai veio trazer umas questões aí sobre segurança pública. Vamos alfinetar o coronel aí. Vamos alfinetar sempre. Acho que a questão mais cara hoje, talvez, pra população brasileira seja a segurança pública, né? Esse negócio de me alfenetar, não pode mostrar arma que depois os caras derrubam o vídeo, né? É, é isso. Pior é só deixar claro, tá aqui o Benê Barbosa perdeu a monetização de conhece o Benê Barbosa, né? Não, meu, tô falando para você que eu comecei rede social agora. Agora o Ben Barbosa, ele tem um livro sobre segurança pública, tal, e ele e é importante, né? Se a gente que a gente tava, vamos falar sobre isso, se for possível, obviamente, né? sobre a questão de armar a população ou não. E se você quer armar ou qualquer coisa que você quer liberar, as pessoas precisam ter informações sobre isso. Então, é importante que as plataformas permitam que profissionais passem informação. E até uma coisa que é preciso ver o senhor que tá entrando na política também, essa questão de legislação. Eh, o que a a as plataformas acham errado de acordo com o que agendas acham errado, como por exemplo, o armamento, a plataforma não permite. Então, você quer passar informação de qualidade para as pessoas, você não pode. Então você quer falar, você não quer pedir para ninguém atirar em ninguém. Eu quero mostrar uma área. Duvido. Não tem censura nesse país. Você tá mentindo, Léo. É mentira, Léo. E o Léo tem uma uma pistolessinha, né? Tem rosa tem uma pistolinha. Você queria mostrar a pistolinha, né? Aliás, falando em censura, primeiro um prazer tá aqui com com coronel. Já conhecia o senhor? É um prazer conhecê-lo aqui, vê-lo pela primeira vez. Já tínhamos nos nos falado. Eu o mês que vem eu tenho que prestar depoimento pra Polícia Federal. por discurso de ódio. E sabe qual foi o meu discurso de ódio? É, eu falei que eu não aceito na sociedade pedó. Então, pensa o seguinte, os senhores são dentistas, sim. Tá? E eu chego e falo assim: “Eu não aceito dentista na sociedade. Você vai se ofender porque você é dentista. Você vai reclamar. Como assim? O cara não me aceita, você vai reclamar. Se eu falo que eu não aceito na sociedade e um cara vai me denunciar, esse cara não tem que ser preso na hora? Porque o que esse cara é? É, é difícil. É difícil o que esse cara é, se ele vai me denunciar por eu não gostar de Pedro. Mas mas guarda isso daí pra gente avançar. Eu acho que é um tema bacana pra gente falar, mas eu queria começar sobre sobre aquilo que a gente já tinha combinado sobre a cracolândia, que o nosso coronel aqui esteve na tomando conta daquela região e não resolveu durante 30 anos. Foi foi e não resolveu. Teve que aposentar em janeiro. Ele aposentou resolver o problema. Aí chegou o Coronel Mo, né? Foi minha. O coronel Melo disse que resolveu. Fala pra gente, foi. Puxa aí. Puxa aí. Acho que ele tem sociedade naqueles hotelzinhos lá. E o Coronel Melo foi meu parceiro de rota, um cara amigo. Eh, eu eu conheço o Coronel Melon, um [ __ ] cara, é um oficial mais antigo que eu, mas trabalhamos juntos na na rota e não é à toa que ele tem esse mérito todo, porque ele é um cara esforçado e com vontade de fazer as coisas melhorarem. E nós vamos falar a respeito desse assunto. Boa. Mas para começar, você acha que resolveu? Tá resolvendo? Quantos por centos foi resolvido aí da só espalhou da da massa? Vamos falar da massa ali. Deixa eu já pedir perdão pelas tosses porque eu ainda não sarei daquela tosse. Então a a minha esposa falou para mim: “Dá, é difícil conversar com você tindo, dá agonia na gente”. Mas de duas uma, ou eu ou eu não vinha e falava que alguém morreu, ou eu vinha e torci, mas ia contribuir pro debate. Pode torcir assim. Inclusive o aquele aquele cachorro que você tinha morreu com essa tosse aí. Morreu com a tosse par. Eu já eu já fiz o testamento, já tô já tô no caminho. Bom, então vamos lá. sobre Cracolândia, eu para deixar claro, eu eu me formei em 93 na Academia do Barro Branco e fui designado comandante de Força Patrulha, que é quem realmente comanda as viaturas no trecho, né, no centro espanto, no centro, no sétimo batalhão. E eu fiquei ali 1 ano e 8 meses antes de ir pra rota. Então, durante 1 ano e 8 meses, eu fui gestor de policiamento na área centro. Como eu já havia comentado eh em off aqui com vocês, não havia a cracolândia, essa cracolândia que essa geração mais nova conhece, que parece um Walking Dead, um campo de zumbis, não havia isso naquela época, em 93, 94 e o início de 95, quando eu estava lá. O centro da cidade, se existisse uma universidade de psiquiatria, ela tinha que tá instalada ali na Praça da Sé. Porque o centro da cidade, para quem quer conhecer todos os tipos de perfis psicológicos, psiquiátricos dos da raça humana, é passar um tempo trabalhando ali no centro. Tem todo tipo de ser humano tá no centro, do mais maluco, com mais com a maior quantidade de desvio possível ao mais genial. Então, nós temos ali dos mais importantes desembargadores do estado ali no no Tribunal de Justiça, as cabeças que para passar num concurso desse tem que ser um cara fora de série. Os grandes empresários com empresas gigantescas ali no centro, bolsa de valores. E caramba. E você tem a a história da raça humana, que são aqueles traficantes, aqueles vagabundinhos que ficam roubando 24 horas. Ou seja, você tem todo o perfil ali no ali no centro. E ali vamos falar então sobre cracolândia. Na minha época havia uma quantidade de tráfico espalhado muito grande no centro. Já tinha essa droga o craque em muito menos quantidade. T tava no início. Sim. Já tinha um começo de craque. Mas o que acontece era espalhado em praças, espalhado em Frei Caneca. A Frei Caneca ali tinha um casarão velho que era um uma boca de tráfego, que a gente fazia flagrante lá quase toda semana. Tinha uma tal de Barata Ribeiro, onde tinha uns curtiços ali complicados. Então você tinha pontos de tráfico espalhados no centro da cidade e um monte de noia andando pelo centro furtando e roubando. Não era algo concentrado e com apoio do governo. Sim. Tá. Essa é a grande questão. Vários grupos que apoiam inclusive pedem por craco resiste, né? Porque a pessoa que pede por craco resiste para mim já tinha que ser preso. Na, na verdade, Léo, é assim, ó. Sabe aquela história e eu não, eu eu acabei de eh sair do da atividade da polícia, eu não quero ir pra cadeia agora. É, eu passei 35 anos com ocorrências graves e não fui pra cadeia. Não é agora que eu quero ir, mas eu sou obrigado a tocar num assunto político. Sabe aquela história do do isento que acha que a isenção não gera prejuízo na hora da escolha? O governo quando ele é omisso, ele no fundo ele é condescendente e e colabora pro resultado. E foi isso que aconteceu durante anos e anos naquela região, porque eh com uma política hipócrita e ineficiente, não se atacava a real a real o real motivo daquilo estar daquele jeito. na época do senhor que era que era você não combater o tráfico, eu fazer alguns flagrantes de tráfego espalhado ali e eu mantenho o grande servidor. É como se eu batesse ns computadorezinhos em volta, mas o servidor master que chamava a favela do moinho, eu não atacava. Hum. O qual foi a grande sacada da atual gestão? Vamos tirar a favela do moinho dali. Você tirou a favela do moinho, o negócio desandou. Onde fica a favela do moinho? É aquela embaixo na linha do trem que tem ali perto, sabe? A Avenida Rio Branco, era aquela aquele favelão que tinha embaixo da linha do trem. Então quando você pega, era a base. Então quando uma coisa, uma coisa é fácil, é fácil de você entender. Enquanto eu tiver doente, eu preciso de médico. Se todo mundo sarar, quem vai passar fome? é o médico. Então, enquanto eu tinha um monte de ONG recebendo salário e dinheiro, dinheiro público ali porque tá cheio de noia, por que que eu vou acabar com os noia? Lógico, eu não pago mais ONG nenhuma. Sim. Então, se tem padre que vive assim com sem teto, se fingia, dizem, né? Se isso, gente, isso aqui é uma opinião, né? Não é, não é, eu não fiz, eu não fiz uma tese científica, tá? E eu e eu parei de atuar na área centro. Mas o que eu garanto para você assim, não existe um milagre de numa gestão ter 1900 cara andando um Walking Dead ali e a gestão em seis meses some aquilo. E aí você fala que grande diferente eles fizeram ali? Eles retiraram a comunidade que era o grande servidor da droga ali de perto. Mas foi tirada a favela dali? Acabou. Fo foi foi. E foi tirada agora. Foi isso que acuma. Vocês vocês não sabem a operação que teve lá. Eu vi a operação, mas não vi, não vi o resultado. Eu não sabia que tinha tirado tudo não. Também remov essa operação. Além de tudo, é uma operação interessante que eles deram uma bolsa de mais de 200.000 lá para É. É. Vocês lembram dessa operação? Tá. Então vocês lembram dessa operação que alguns políticos foram lá e políticos de esquerda já começaram a cair matando por causa que era vem com aquele discurso de de eh de você querer fazer uma limpeza social, ou seja, várias Isso era essa palavra que eu queria higienista. Ou seja, existe ali uma rede simbiótica de gente que se dava muito bem ali, desde o traficante a ONG e a a pessoas com poder de decisão negociando a manutenção daquela baixaria toda. Tá, tinha prédio ali, ainda tem, hoje tem na na Ipiranga, mas tinha prédio ali no Rio Branco, onde viviam sem teto e gente ligada à política cobrava aluguel nos 100 tetos em prédio, em prédio ocupado, invasão, em prédio invadido, muitos, muitos, né? Isso aconteceu lá. O senhor pegou a época do da cola de sapateiro? Então, a cola de sapateiro era uma era uma eh eu não sei se ainda é, porque quando como eu parei de atuar no centro, eu não posso te dizer o que eu não vi. Na minha época, quem era os usuários de cola de sapateiro, principalmente as crianças e adolescentes. Essa é a minha pergunta que eu queria saber. Por que que criança usava e adulto não? Sim, porque era barato. Então o que acontece? Os adultos forneciam para eles a cola de sapateiro, porque você pega uma latinha de cola, você serve no saquinho 30 moleque e solta pros moleques. A hora que eles estão na loucura total, você fala: “Agora vai trabalhar, é correntinha, relógio, o que você puder trazer, você traz”. Então eles eles ganhavam dos adultos, era os receptador sempre tem uma um adulto maldito. Entendi. Coptando essas as crianças, os vagabund os os menores no crime, vamos dizer assim. É igual você pega no na boca de tráfego, tem um um cara, um adulto bem estruturado, com jurídico, com tudo, morando numa casa boa e ele vai cooptar os moleques na quebrada para ficar de avião, porque quando ele roda ele não fica preso, ele volta. É, e é curioso o senhor falar isso porque eu lembro muito bem, isso era tema de matéria da Globo todos os anos e sempre se mostrou as crianças, então a gente sempre imaginava que essas crianças eram viciadas, iam lá e elas compravam. Nunca se mostrou as pessoas que entregavam a a cola para as crianças. Então, é curioso como a verdade ela é sempre alterada na mídia, né? Você não vê realmente, eu tô sabendo que isso agora eu sei porque que não se usa mais, né? Porque eles usavam o tolueno. Tolueno é um psicoativo, né? Ele usava o tolueno como sorvete nas colas de sapateiro para para obviamente dissolver, para ficar líquida. E eles tiraram o tolueno da cola. Então sapatou da for da forma que que mostrava, parecia que as crianças compravam a cola do sapateiro, né? É, era uma coisa, era uma, pegava direto sapateiro lá. O problema era sapateiro, né? E tão incrível como como a verdade é distorcida. Uma rede, uma rede, adultos aliciavam as crianças. Eu vou contar uma história. Eu eu nunca contei essa história em podcast em lugar nenhum. O Maquen era ao lado da nossa companhia. A nossa companhia era no quarto DP ali na Consolação. Sim. E eu tinha, cara, eu tenho vergonha de falar isso por causa da velice, né? Mas tudo bem. Eu eu sou o terceiro oficial mais novo da minha turma, então apesar do chassi tá estragado, eu não sou tão velho assim. Eu acabei de fazer 52 anos, não precisa ficar me olhando com essa cara de tu tancar a mão, não. Você rodou sem sem óleo, né? Rodou murcho. Rodou, né? Rodo. É, na rodoviária a gente fala rodou murcho. E a gente tinha um surto de furto de de toca CD e toca fita em volta da Maria Antônia. Era um negócio doentil. Essa barata ribeiro, quem parava a carro ali, os caras vinham, jogava a pedrinha do da vela, da vela, estourava o vidro e levava. E o que acontece? Um um dos órgãos que mais pressiona a polícia é o tal do consegue, o conselho de segurança, que a comunidade não dá valor, mas tem uma pressão forte. comunidade que tem problema de segurança pública, se ela vai nos consegues, o capitão sofre essa pressão e ele ele age, entendeu? Só que anos e anos eu eu fui presidente de consegue, você ia tinha meia dúzia de gato pingado. Normalmente quem ia nos consegue, aquelas senhorinhas que já tá sem o marido ou o marido sem a senhorinha que não tem mais o que fazer à noite, ele vai lá ouvir, aí ele te pergunta: “Capitão, qual que é a diferença de furto e roubo?” Capitão, por que que não tem calçada na minha rua? Senhora, quem cuida de calçada é prefeitura, não é polícia. Então, sabe aquele pessoal mais simples queria mais para conversar do que elevar os problemas da comunidade? Mas o Consegue é um é um órgão, um órgão que pressiona demais quem faz a gestão. Consegue, desculpe, eu até a ignorância. Ele é municipal, tem todas as cidades, de bairro. Ela é de bairro, é, todos os bairros têm conselho de segurança. E alguém da comunidade é eleito presidente, aí o delegado daquela delegacia, porque o Consegue, na verdade, não é um bairro, ele é a área do da companhia e da delegacia. Então você pega, por exemplo, a delegacia, o 13º DP, Casaverde, não é só Casar Verde, ele tem ali peruche, ele tem alguns bairros, o bairro do Limão, aquela jurisdição do 13º DP tem um consegue. Esse consegue o capitão que comanda aquela companhia que é a primeira do nono, e o delegado titular, não é nem o plantonista. Eles têm que ir uma vez por mês na reunião com com a comunidade e escutar o que eles precisam. uma eleição como se fosse uma assistente social ali, a comunidade que escolade que escolhe que escolhe. E aí o que o que acontece? A consegue da do da região da Maria Antônia, do Maquenze, era fortíssima, tinha muita participação e eles vinham para cima com tudo. Um fato curioso, inclusive, quem era o comandante dessa companhia era o pai da Paula Oliveira da Globo, o Everardo. E eu era tenente e ele capitão. O Everardo chegava para mim e falava assim: “Recruta, maldito, desgraçado, acaba com os furtos de toca fita, eu não aguento mais a pressão da comunidade. O chefe, mas a gente fica pegando esses noia que fica furtando toca fita, enquanto não achar um receptador, não vai parar. E na rua Augusto tinha um um bar que todos os policiais iam lá tomar café de graça e o cara tratava a gente bem pra caramba. Adivinha quem era o receptador dos toca-fita e de toca CD? O cara do bar. O nosso serviço de inteligência conseguiu. Esse era corajoso, hein? conseguiu fazer um trabalho na rua do Menzi tinha sempre uns caras com aquelas com aquelas e carroça de ferro velho, sabe? Sempre coberta, lotada de toca CD e toca pitalá. Esse cara juntava tudo nas ruas com os moleques e levava pro dono do do restaurante lá do do bar. Uma dúvida pontual, o serviço de inteligência que levantou quando pegou o o receptador, quando pegou o receptador, diminuiu o furto de de toca-fita e CD para caramba. Então, quando você fala da Cracolândia, existe ali alguma coisa que é um servidor. O servidor era a favela do moinho. Não é só isso, porque teve todo um trabalho também um pouco mais sério de coopação dos usuários para encaminhamento. Mas o que o que preponderou ali a falência daquilo foi uma postura um pouco mais séria de quem tava ali e retirar o servidor do da droga, que era a favela do Minho. Agora, uma dúvida. Esse receptador aí que que era meio que infiltrado e fornecia café para vocês, fornecia coxinha também ou bolinho de frango? Eu vou falar uma coisa para você. Você sabe, você tem essa lenda, né? Não sei, não tem, vaginal. Ó, eu não não vou ajudar ninguém, não. Quero que você tá [ __ ] Depois depois pede apoio, né? Cada um existe essa lenda. Existe. Eu já te eu já te salvei uma vez. É verdade. Tem na rota, no estático, eh existe uma uma ferramenta de estímulo, não vou falar de choque porque é crime, de estímulo, que quando a pessoa eh precisa ser reenquadrada a seriedade, a gente dá um estímulo. Você precisava estagiar na rota. É um estímulo voltaico, não é? É, um engenheiro sabe como isso funciona no corpo. Na verdade, você tocou num assunto interessante, cara. Estímulo de Edson, né? Um estímulo de Edson. A alimentação do patrulheiro é uma merda. Sim. Os caras come porcaria em boteco, lanche e aí você aposenta depois de 38, depois de 30 anos de serviço. Como? Todo [ __ ] Tudo [ __ ] Não tem uma parada, um horário de almoço, né? Às vezes na rua, né? Se o cara tá na rua, até banheiro, né? Pr os cara usar. Difícil. O mais complicado não é nem não ter a parada do almoço. É que muit das vezes quando você tá parado para comer, muita gente da sociedade acha assim: “Meu amor, que esse cara tá parado comendo aqui ao invés de tá tá patrulhando, já veio pegar a marmitona aí”. Então a doutrina, a doutrina tática, que aí você vem rota, BaEP, as tropas táticas, o pessoal não come comida. Até por isso que eles falam assim: “Não, a gente tem que táar alerta o tempo todo à disposição de uma correria muito rápida e se tomar tiro na barriga vai dar uma infecção generalizada. Por causa disso a gente só come lanche e coisa coisa leve”. É, o senhor foi da rota, né? Eu fiquei 7 anos, cinco no comando de tropa de de rua, de pelotão de rota e dois infiltrado em presídio no serviço secreto. Eu encontrei esses dias, inclusive fui correr de cart lá com o Artur do Val e fomos tomar um refrigerante, um negócio lá antes de começar e encontramos dois oficiais da rota. E é curioso que a gente chegou junto e todo oficial da rota sempre assim, se é que as pessoas não reparam na postura, ele é sempre muito educado. Então a gente chegou junto, ele não, eu falei, pode passar ele não, por favor. Ele não encosta em nada, ele não se escora, ele não apoia na mesa, não é? Ele tem uma po, você vai ver, ele tá sempre em postura, ele tá de pé, ele tá direto, ele tá olhando, ele não vai se escorar em nada, ele é sempre educado, é um, ele é um policial totalmente, ele é um militar totalmente diferenciado, né? Você sabe qual foi a minha primeira banheira na rota? Minha primeira banheira, eu como oficial? Sim. Hum. Eu era primeiro tenente. Nós fomos comendo uma padaria na zona norte. Eu tava estagiando com outro oficial. Eu entrei, entrou ele, eu e o terceiro homem. Porque depois entra o motorista com o quarto homem, divide a equipe para ficar sempre gente na segurança. Quando chegaram os lanches, eu já sabia que eu não podia pedir lanche bom. Eu era estagiário, eu tinha que comer um queijo quente, no máximo um misto. Não pode pedir lanche grande que você toma ou ou bolinho de frango, né? Você é doido. Pedi isso na rota tá ferrado. Volinho de frango. Não pode na rota, mano. Você é doido. Bolinho de frango. Ponto de Vai num ba. Não é só rota não. Rota tático. Baep, tropa tática. Você fizer isso aí tá na água. Sério? Não pode coxinha. Você é doido. Você é doido. Aí que que acontece? Quando chegaram os lanches, o meu veio primeiro porque os caras pediram x salada e eu pedi misto. O meu veio 10 minutos antes. Quando botaram no prato, eu botei na boca. Quando eu olhei assim, os caras tava assim, ó. Não falaram nada. A hora que eu saí, que eu fui para fazer a segurança na viatura, tem genteente me chamou, falou assim: “Ó, quando a gente recolher às 2 da manhã, você entra lá no negócio de lavar a viatura, viu? Lá no na banheira”. Falei: “Mas que que eu fiz de errado?” Ele falou: “Você tá faminto, você tá passando fome, necessidade? Você não pode esperar a comida dos outros pra gente comer tudo junto? Isso aqui é equipe, meu. Ninguém come sozinho aqui, não. Morto de fome. Acabou o patrulhamento, você entra na banheira lá e vai molhado depois para alojamento. Molha toda a sua farda inteira, tá? Inclusive a boina. O sim, senhor. O legal disso é teve que literalmente entrar na É porque ela era uma rampa assim e saía com a viatura. Então você entrava e mergulhava e saía. E a água, a água era uma corzinha bacana porque lavava as viaturas nela de óleo. É da hora. O legal desse tipo de coisa é o seguinte, se chegar aqui, tivesse aqui um doutor em pedagogia, ele ia falar: “Meu, que absurdo ensinar as pessoas desse jeito”. Mas aí eu pergunto, o senhor errou de novo? Nunca mais nunca mais botei a mão no negócio essa tese, Léo, que uma das melhores, puto, eu vou falar mal merda aqui. Mal merda. Mas é verdade, cara. Uma das coisas, uma das coisas que mais educa o medo. Sim, eu falava isso, já contei isso, então não é não é porque o senhor tá falando, pode procurar em podcast, eu já contei. Eu lecionei 15 anos pra universidade. Engenharia não tem jeito. Se você não tá sofrendo na engenharia, o curso tá errado. É para você sofrer, né? E era normal, às vezes um aluno reclamava de uma prova ou tava difícil e tal. E eu brincava paraos meus alunos falava: “Gente, deixa eu explicar um negócio para vocês. O ser humano, ele só aprende pela dor e pelo amor. Eu não tenho tempo para ficar amando todos os meus alunos. O que sobra é isso aí, né? É, é a dor. Não tem jeito. É, sofre, sofre, mas aprende. Na, na verdade deveria ser pelo respeito. Sim, mas isso é utópico num país como o nosso. Se você entrar nas, ó, eu eu tenho uma experiência no Capão Redondo, cara. de eu tá entrando em comunidade e não foi só lá, mas essa se eu lembro porque foi mais recente aqui, eu era major. Eu entrar numa comunidade ali no Capão Redondo com a viatura tava uma mãe com uns quatro, cinco molequinhos brincando. Acho que o maisel devia ter uns 5 anos, mas tudo pirralhinho, pirralhinho. E nós entramos com a barca assim, era tão estreita a viela que eles estavam num pedaço de calçada pequeno porque eles saíram da rua pra gente passar. Quando foi passar bem perto, a mulher já olhou pra gente com cara de noje, ódio, isso aí é normal, normal. A gente a gente convive com isso o tempo todo com o pessoal de comunidade. Não todos, tem gente decente, mas uma parcela considerável olhando pra gente. Eles nos chamam de verme, né? A gente na comunidade falá os vermes passando, então aquela cara que a gente já conhece da da mãe decente. Mas o interessante foi que o molequinho ficou me olhando tipo assim querendo sorrir. Ah, velho, eu muito do vacilão tirei a arma da que a gente trabalha com a arma na mão, né? Tirei essa arma da mão, botei minha mão para fora e fiz assim pro moleque. O moleque na hora fez assim para mim, ó. Nossa, o moleque devia ter 5 anos, cara. E aí você lavou, você tomou banho na banheira de novo? Não, não, mano. Sabe que eu Não, eu era o comandante. Sabe o que que eu fiz? Eu tipo recolhi e fingi que nada, né? Só que o banco traseiro aqui, ó, o quarto, o quarto homem viu, cara. Você não, você não fez careta pro moleque não? Não, aí o quarto homem falou: “Aí, chefe, se fodeu.” Mas o rumimo mais. É uma história assim, lógico, você acha até engraçado, mas cultura relacionado a isso. E eu já eu já respondi isso várias vezes quando vê, eu vi um vídeo que é assim eh me dá nojo, né? de policial perseguindo o bandido. Chega no bairro do bandido, ele mora ali e as pessoas do bairro jogando coisas na na rota pro pro policial cair de moto, né? Aí chega lá, aí chega um policial batendo num cara, eu sempre falo, gente, o cara, o policial chegou batendo, ele não viu aquele cara pela primeira vez, ele já sabe quem é aquele cara, ele já viu aquele cara roubando, provavelmente já prendeu aquele cara, ele sabe quem é aquele cara. Aí fala: “É, mas Gianópolis lá eles não chegam batendo, masópolis eles não estão tentando derrubar a polícia da moto. Então é a forma como o bairro age, que o policial vai agir com com o bairro. Então não é porque você é pobre, é porque você é bandido que o policial ele tá agindo assim com você. É Darwin. É Charles Darwin do meio. Se adapta ao meio. Não, essa não é Charles Darvin da evolução. É essa, deixa eu lembrar que fala que o ser humano é produto do meio onde vive. É, é isso aí. Exatamente isso. Então, se você não quer ser tratado como bandido, não vai agir como bandido. Você não, porque eu sou o contrário. Eu, isso aconteceu inclusive na na Maria Antônia ali, onde o senhor conhece bem, um cara começou e era um cara até grande, começou a arrumar confusão porque ele tava atrapalhando as pessoas que estavam indo comprar no mercadinho que tem lá Express. E o cara chamou policial, chegou dois policiais e o cara era grande, começou a querer não ouvir os policiais e intimidar até os policiais. E eu já parei e fiquei ali também esperando. Eu falei: “Porque na hora que esse cara for para cima do policial, eu vou já vou meter a porrada desse cara, porque o policial não pode, eu não quero nem saber”. Eu falei assim: “Pô, eu vou lá para ajudar o cara. O policial tá do meu lado, eu vou atrapalhar, eu vou ajudar.” Falei: “O policial não pode dar um soco nesse cara. Eu dou um soco e vou embora. Quero nem saber. Dou desvai esse cara aqui, vou embora. E tua população, em vez de ajudar o policial, que é quem tá te servindo, você vai em certos bairros, ajuda um bandido. Você é um ET, Léo. Em 35 anos, eu nunca, eu nunca tive apoio de alguém da sociedade quando o negócio ficou louco. Eu parei aqui, não precisou, mas eu parei e fiquei esperando. Falei: “Não, primeiro soco, aí eu vou entrar”. Falei: “Quero nem quero nem saber”. É raro, cara. É assim, tem tem dois casos por inclusive na polícia rodoviária que eu sei de policial por isso que parou no policiamento rodoviário trabalhar sozinho do cara morrer com tiro na cabeça, ficar na viatura um tempão porque ninguém parou para ajudar. Putz, o cara morto ali com tiro na cabeça e não parava ninguém nem para pedir apoio, nada, nada, nada. Então assim, a nossa sociedade tá muito distante de algumas sociedades que a gente fica às vezes olhando e achando, nossa, eh, olha lá, eu fiz eu fiz uma uma viagem há uns anos atrás e eu fui, olha que louco isso, cara. Eu fui pra Suíça, fiquei uns dias na Suíça. E no, no metrô, tipo, num trem que a gente tava lá, a nós encontramos uma brasileira, ela ouviu a gente falando português, falou: “Ah, vocês são brasileiro?” Ela falou: “Ah, eu moro aqui há x anos, eu casei com suíço.” Aí ela tava falando assim: “Meu, aqui no fim do ano, quando o dinheiro que sobra dos impostos que não foi usado, eles fazem uma consulta popular sequer que devolve pros munícipes ou se investe em algo novo com o plebiscito ou a consulta popular, igual Brasil, cara. Igualzinho, igualzinho na Suíça mesmo.” Então, e a outra coisa que ela falou que eu fiquei assim e falei: “Mano, não dá, cara, não dá. É, é muito distância. Ela e eh tava em período de eleição lá, tinha caixas caixinha para você depositar o voto na farmácia, no posto de gasolina, na lojinha. Aí eu virei para ela, falei assim: “Meu, não tem uns caras que põam mesmo voto em várias caixinhas?” Ela olhou para mim com uma cara assim: “Qual o sentido disso? Por que você faria isso? Você vai dar seu voto? Você entende o pleito como é? Você não precisa fazer isso. Você dá o seu voto e o maior vai vencer. A mulher, cara, me quando ela falou isso, tipo, entender, né, malandragem, né, cara, é muito distante da gente, né, garoto. E só voltando um pouquinho ali na na na questão da da cracolândia, então você falou lá que os caras foram lá, limparam, tal. Eh, aí uma das perguntas, eh, para onde foram os The Walking Deads ali? E outra, como que conseguiu dessa vez fazer isso? Foi o governador, foi o prefeito, foi uma junção. Quem quem que autorizou e quem que bateu fala assim, ó, tem 20 anos que tá desse jeito, agora pode acabar com essa favela e quem que autorizou isso aí, você sabe? Eh, então eu falei para você que que quando você me falou que o assunto seria eh cracolâ, eu falei assim, ó: “Eu vou te dizer o que eu acho experiências que eu tenho, porque eu não tô dentro dessa gestão.” Então, é complicado falar o meu o meu brother lá, o Melo, que que sabe de tudo isso daí. Mas eu acredito que é assim, houve uma mudança de chavinha nas reuniões multidisciplinares, porque existe um comitê no centro formado por várias entidades. Então você põe lá Polícia Civil, Polícia Militar, Ministério Público, Defensoria Pública, que é um órgão também, Ministério Público, né, cara? Então você tem órgãos ali com poder de decisão, igreja, vários tipos de igreja. O padre do aquele padre que você foi coroinha dele. Isso. Você não pode falar, né? Fiquei traumatizado. Então esse comitê provavelmente ou mudaram as pessoas ou mudou a chavinha ali no entendimento, ou foi o próprio coronel, porque assim, não, um cara sozinho não faria porque ele ele fez um negócio lá na no Sagesp. É, ele deu uma Não tava sozinho também. Também não tava não. Então é assim, ó. Não existe gestor público, eh, a não ser que ele seja o último. Se você me falar assim: “Ah, o coronel Melo era o o governador e deu a ordem”. Aí eu ia falar: “É o é o é o Melo. O o Melo como vice-prefeito, ele tem o Nunes em cima dele e tem vários outros órgãos ali que são do estado, não são municipais. Então, teve que ter um entendimento multidisciplinar. E quando eu falo multidisciplinar, por exemplo, se o prefeito chega lá e fala assim, ó, agora nós vamos fazer tal coisa e os caras que são de direitos humanos, de ONG ou da Polícia Militar fala: “Não, não concordo, eu não vou fazer”, não sai. Eles conseguiram fazer com que todos os envolvidos nesse comitê abraçassem essa causa. É assim, você acha que até as ONGs abraçaram e não as que estavam antes. Deve ter havido alguma, alguma situação, é óbvio, vai perder dinheiro. É, deve ter havido alguma decisão ali que diminuiu o poder de decisão das ONGs, ach ou extinguiu elas ali, trouxe outras. Eu ac Você acha que o governador tem grande parte nessa nessa tem, porque se o governador não apoia isso, a Polícia Militar e a Polícia Civil não faz operação. Esquece. Você quer ver uma coisa? Eu vou te dar um um outro exemplo também. Essa retirada da comunidade do moinho teve que ter decisão judicial. A decisão judicial, eh, vai parecer absurdo também o que eu vou falar aqui. Ela é muito tratada dentro de um ambiente de Tribunal de Justiça, porque esses esses juízes que dão ordem de reintegração, de desfazimento, eles têm uma preocupação enorme se tem idoso, se tem criança, para onde vai. Pros caras terem chegado nesses 200.000 de bolsa moradia tem envolvimento em um monte de nível. Ou seja, esses caras pela primeira vez conseguiram juntar pessoas todas com vontade assim, vamos resolver isso de uma forma séria. Chega dessa palhaçada. Você acha que o governo federal também tá junto nisso daí? Eu acho que deve ter. Se eu não sei qual é a participação deles, me parece que nessa bolsa tem algum alguma algum algum valor. Eu aí eu vou falar de coisa que eu não não tenho certeza, mas se o governo federal está participando disso, é carona naquilo que já viram que ia dar certo. Entendi. Porque o que a gente sabe de todos os anos anteriores que governo de centro esquerda nunca quiseram resolver aquele problema. inclusive, eh, políticos de esquerda foram tentar, eh, fazer com que essa reintegração ali, a retirada da favela não acontecesse. É que não conseguiram. A operação foi muito bem montada. Bem, e aí a sua pergunta, para onde tá indo? Não teve cura aí? Sim, só não teve cura. Só o só o centro ali, o ponto zero ali que que foi extingo. Mas teve internação obrigatória também. Mas você acredita que os 1900 média que existia lá alguns anos morando ali os 1900? Não, não, porque tem níveis ali de comprometimento, haja clínica. É, então o que eu acho é assim, ó, espalha, né? Sim. Para Guarulhos foram vários. Espalha. É, voltaram para casa. Será? Espalha. Foram para Guarulhos, Osasco, você me pergunta, você fala assim: “Para onde foram? Para onde foram? Para onde tem outras biqueiras? Todo noia sabe que se ele não tiver facilidade para catar no ponto O, ele vai pro ponto B. Sim. Então, esses caras que não se submeteram a algum tratamento, eles migraram para outras biqueiras que eles conhecem, ruas próximas, deu uma espalhada e eles não são trouxa, entendeu? Eles não vão se juntar um [ __ ] negócio gigante de novo num lugar onde eles perceberam que toda a estrutura de governo municipal, estadual vai fazer o mesmo lá. Bronel, baseado nisso daí, te faço uma pergunta. Você acha que foi melhor pra sociedade tirar um aglomerado dessas pessoas que estavam posto ali no centro? Então, pelo menos quem quem não queria se submeter a isso não passava por ali. Ou ou se foi pior pra população ter microcélulas dessa dessa? Eu acho que é melhor pelo seguinte, primeiro porque as microcélulas já já existem. Sim, nós temos nós temos biqueiras na cidade inteira. Esquece a parte do vício na droga, pensa no álcool e no sem no sem teto. Anda lá em Santana, embaixo da Cruzeiro do Sul, você vê mulheres com cinco, seis filhos ali eh na mendicância. Você vê uma concentração enorme de gente ali. Isso porque o abrigo com não sei quantas vagas, um abrigo gigante na Isaacquinar ali do lado, mas eles não vão para abrigo, eles ficam na rua. Sim. Então esse problema não é um problema só de droga, também tem várias outras dependências. E nós temos na cidade como um todo pontos onde eles ficam. O que que atrai esse tipo de gente que tá passando necessidade? Ou por vício ou por problema financeiro, inclusive é algum apoio espalhado, perde força também, né? Quando tá mais aglomerado tem mais, tem mais apoio na verdade até pro tráfico, né? Facilita pro tráfico na verdade para as ongesado. É. É, eu acho que eu acho que o grande perdedor disso é um negócio chamado ON. Sim, porque o tráfego ele vai vender, é, ele vende pro boy, ele vende pro classe média, ele vende pro pobre. O que não falta nesse país é viciado em droga, dos de terno aos de chinelo, bermuda e camiseta. A gente tá achando que pobre que é viciado, não é, cara? Os caras que arrebenta de comprar nas bocas é filho de papai, é o papai noia. É, é os hipócritas que acha que a droga não faz mal, é recreativa, entendeu? Então que ele não tá financiando o tráfego, ele não entende que ele tá boa por Tropa de Elite, é o Tropa de Elite, aquela ali é a verdade. Então o o tráfego ele não tá preocupado se é concentrado ou é ou é espalhado. Primeiro porque hoje nós vivemos no estado a hegemonia de uma única facção, então não tem luta por ponto. Todo mundo tá ganhando feliz. Comprar aqui comprar em Guarulhos é igual pr os caras. Você tá vendendo pro mesmo mesma você tá comprando da mesma facão. É uma uma marca só. Franquia do McDonald’s. Todo lugar entregando isso. Tá todo mundo feliz com o tráfico. E a segunda coisa é se eu percebo que a sociedade e todos os órgãos de governo mudaram a chavinha e falaram: “Agora eu vou bater, vou combater isso daqui”. Por que que eu vou tentar criar guerra com eles? É o mesmo mesmo pensamento de matar polícia. Traficante nenhum concorda com morte de policial. Por quê? Porque a hora que eu mato um polícia ali, ferve de operação ali, olha o que aconteceu na Baixada. Eles não querem guerra, eles querem paz para vender a droguinha. Eu vi, eu vi o o vice-prefeito falando que a grande sacada ali foi fechar os hotéis. Você acha que talvez ele ele tenha falado isso? Porque se falar que é tenha desapropriado a favela, tirado todo mundo dali, socialmente, até politicamente dá uma enfraquecida. F, pô, pegaram a comunidade e e dispersaram todo mundo, desmancharam a comunidade toda. Então, é mais fácil falar ali que foi os hotéis, a grande Ele disse, eu vi uma entrevista no programa que as grande sacadas foram os hotéis ali que bancavam, que armazenava as drogas, que que eh as pessoas usavam droga lá dentro, né, que tinham muitos hotéis ali na na verdade ali era ali era um sistema, né? Uhum. Então, como o moinho é relativamente longe da onde era o o onde o o os noia ficavam agrupado, eles tinham que trazer a droga do moinho para distribuir na cracolândia. E aí o que acontece? Aqueles caras que estão num nível de dependência, que já tá pipando no meio da rua, no no fundo do poço, esse não precisa de de hotel, ele faz na calçada. Quantas vezes você passou de carro lá, o cara tá na rua assim, ó, louco, ele quer hotel, não. Quem frequentava os hotéis o pessoal de bem, entre aspas, que não queria ficar ali no meio. É o cara que trabalha na empresa, é o cara bem vestido. Isso. É aquele cara que usa um craquezinho para para se divertir. Então a a cracolândia fornecia uma estrutura pro mais degradado da pro mais degradado zumbi da rua e para aquele cara que na hora do almoço no do seu comércio, ele ia lá dar uma pipadinha dentro do hotel, fazer um sexozinho rápido com Manoia. Ali era clínica geral, cara. Eu vou contar, eu vou contar outra coisa. Eu vou contar outra coisa. Vou contar outra coisa para vocês. Eu comandava a zona norte ali, a região do Center Norte. A a terceira companhia do nono batalhão. Uma comunidade complicada é a da Zaknar na frente do Dake. Sim, conheço bem lá. Sim. Ali tem cara de fuzil. Ali al ali é complicadíssimo. E ali tem uma questão, inclusive ali, dependendo do que você fizer ali, eles param São Paulo porque eles atravessam ônibus, eles fazem manifestação. Sim. para aquelas aquelas, se você pegar o eixo sul norte, que é a Cruzeiro do Sul, qual que é o reflexo disso? Eu tive uma situação lá que assim, ó, era comando me ligando, falando: “Pelo amor de Deus, desobstrui”. Eu tive um problema com um delegado recruta lá que tava se achando a última bolacha do pacote. Depois eu conto ocorrência para vocês. E a chefia lá em cima na secretaria, inclusive delegados mais antigos falando: “Tira, libera, via aí, porque parou São Paulo, parou São Paulo”. E aí fechar Cruzeiro do Sul ali você pode fechar a parte da marginal. Fechando a Cruzeiro do Sul você vai pegar a avenida do estado, vai parar o ABC, tudo tudo. E aí ali tá o terminal rodoviário TT, cara. Terminal rodoviário dependendo do dia da semana, o que que causa você bloquear aquilo? Então a gente tinha que ter muito cuidado para fazer operação dentro daquela comunidade por pelo reflexo. Sim. É a mesma história de das operações nas comunidades da Baixada, perto de feriado. Se eu, como coronel, comandante da rodoviária, falar assim: “Hoje eu vou fazer uma operação na Vila Esperança, eu tô botando o meu assim a prêmio num nível que vocês não tm ideia, porque se tiver uma troca de tiro, morrer um vagabundo e os caras fizerem uma manifestação parar a rodovia na véspera de feriado, vai vir lá de cima assim: “Quem é esse [ __ ] que foi mexer com os caras na véspera do feriado?” Então não é fácil ser gestão de policiamento. Você tem que entender quais são as consequências dos seus atos, que às vezes uns caras não pensam. Aí você fala assim: “Pô, isso aí é mijar pro crime”. Não é, cara? Você tem uma cidade inteira descendo pro litoral, cara, que precisa fazer aquilo girar. Sim. Sim. E aí eu quero pegar um cara na véspera, dá corda para ele. Na segunda a gente pega. E com a cidade mais cheia também a chance de acontecer algo. E aí o que eu ia, a história que eu ia contar que é deprimente, eu tava comandando ali e eu recebi uma ligação do do chefe de operações do COPOM e ele falou para mim assim: “Ô, garoto, você tá comandando aí a terceira do nono, né?” Eu falei: “Tô, chefe”. Ele falou assim: “Cara, é o seguinte, você vai ter que fazer uma incursão dentro das Eu falei: “Ô, comando, mas aí tem que fazer um planejamento, pedir força”. Ele falou: “Não, é, é urgente, cara”. Eu falei: “O que que é?” Ele falou: “É um negócio reservado, você não pode espalhar isso e essa operação você tem que fazer com bastante cuidado.” Eu falei: “O que que é?” Ele falou assim: “Ó, tem uma esposa de um oficial do bombeiro que ela tá viciada em craque e essa menina já tá três dias fora de casa. Ela está mantendo relação sexual com os vagabundos dentro dasnarch, num estado já deplorável. E uma amiga dela conseguiu entrar e mandou a foto dela. Se você visse ela no meio do o nível dos caras que estavam com ela dentro do quarto, cara, uma pessoa mãe de algum de dois filhos do oficial, esposa de um oficial do bombeiro, [ __ ] pariu, passando por aquela situação se vendendo para uns [ __ ] noia lixento imundo por causa de pedrinha de craque. Aí eu te conto essa história da esposa de um oficial nosso. Quantos quantas dessas pessoas estão se submetendo a isso dentro desses hotéis? Então, quando o prefeito, quem quem falou foi o prefeito, o vice vice o vice Melo falou isso. É porque assim, aquela rede hoteleira, entre aspas, era o uma estrutura pro consumo de quem não queria fazer na calçada, tá? E pra prostituição, né? Tudo, cara. Ali é a clínica geral. Nossa. Você você promove os furtos e roubos para trocar por pedrinha, tudo em volta. Aquiles espalha, os malucos saindo furtando e roubando tudo que eles puder para trocar pela pedra. O resto consumindo na calçada porque tá num nível deplorável. E os que a gente não vê, que são aqueles caras bem vestido, tal, que estão pipando dentro dos hotéis e as minas que vão lá para fazer sexo em troca da droga e faz sexo com aquele tipo de gente que você vê na rua. O que eu acho legal é a narrativa. O senhor falou até quando eu falei do higienista que o senhor falou que era a palavra que o senhor tava procurando e eu já falei sobre isso, que a esquerda, aliás, eles são muito bons nisso, de acharem palavras ou narrativas para fazer coisas boas parecerem ruins. Ah, mas aí tem toda uma um estudo, né? E no final de tudo isso aí é dinheiro. Eles são exatamente. Então você ganha muito dinheiro. Não, não se interessa. Claro, tem muita gente ganhando dinheiro com as drogas. Eu acho interessante a narrativa. Tem uma narrativa que já existe há mais de década que se fala e a guerra às drogas não deu certo, perdeu-se a guerra às drogas, né? Porque as drogas continuam. Só que por essa lógica é a mesma narrativa de falar assim, ó: “Gente, a guerra ao estupro não deu certo porque os estupros continuam. Então vamos liberar o estupro. A guerra ao assassinato não deu certo porque os assassinatos continuam. vamos acabar com assassinato. Então o que eu acho curioso é como narrativas estúpidas como essa de que a guerra às drogas não deu certo continua e ninguém contrapõe. O senhor não acha que até a polícia isso, desculpa a minha sinceridade, eu acho que a polícia falha no Brasil na hora de se comunicar com a população. Eu acho que a polícia tinha que ter mais é assessoria de imprensa para explicar pra pra população as coisas, porque a narrativa contrária a polícia pode estar ganhando em muitas frentes, mas na narrativa a polícia tá sempre perdendo. Às vezes me dá até a impressão, tá? Eu eu vi um caso usando como exemplo de uma um, entre aspas artista que queria fazer um protesto, né? E o cara pegou e subiu em cima. Dá para ver que faz tempo porque era, vou falar de orelhão. Ele subiu em cima, tinha um grupo de orelhões, ele subiu em cima dos orelhões e começou a falar: “Ele não porque eu sou um artista.” E aí o policial foi lá e derrubou, cara. Derrubeou realmente de forma agressiva. O cara até podia realmente ter morrido. Só que a população começou, pô, ele é um artista. Primeiro o cara se autodeclara artista e é artista e mesmo que se mesmo que se for uma bosta, né? For. É, mas aí ele fala: “Eu não estou fazendo nada de errado e se eu tô lá”. Isso para mim, por exemplo, faltou treinamento no policial. Falar assim: “Como assim ele não tá fazendo nada de errado? Se ele sobe em cima do seu carro e começa a pular, ele tem o direito?” Do mesmo jeito que ele não tem o direito de pular em cima do seu carro, ele não tem o direito de pular em cima desse orelhão, que é um patrimônio privado, é de uma empresa privada. Ele não pode fazer isso. Então eu acho que falta essa comunicação da polícia de explicar e de passar as narrativas corretas, senhor. Não acha? Eu vou te fazer uma pergunta. Podcast, hum, é, é fenômeno de quanto tempo? No Brasil de poucos anos, começou com flow, né? Tem é por aí, começou com flow diante da pandemia. Anos, vamos 16. OK. Há 8 anos atrás, onde você ia falar isso aí? Mas os Estados Unidos, por exemplo, tem assessoria de imprensa pra polícia. Vou chegar, vou chegar há anos atrás, onde você ia falar? Não, lugar nenhum. Lugar nenhum. Nenhum. Então, de 8 anos para 100 para trás, quem fez a cabeça da população? A mídia tradicional. Sim. lotada de noia e gente que quer dizer que o legal, o legal é não seguir regras. Isso é ser bacana. Sim. Entendeu? Então é assim, ó. A polícia, eu eu tô passando por uma situação engraçada que é discussão no num condomínio do interior. Eh, você sabe a diferença de condomínio para loteamento? Sim, logicamente você tem a definição só dos lotes, tal, condomínio você tem uma estrutura, gente trabalhando, tal. Basicamente é assim, ó. Condomínio, a área interna é privada, as ruas, tá? Ah, perfeito. Verdade. Quem fiscaliza é a empresa de segurança contratada e vai aplicar a multa que tá prevista no Estatuto do Condomínio. Não, não pode entrar viatura a não ser autorizada pelo morador para atender uma ocorrência. A viatura chegar na porta de um condomínio, não tem uma ocorrência, ela não pode entrar porque ali é uma área privada, ela precisa de mandado ou estar sendo solicitado. OK? Um loteamento foi fechado, mas as ruas são públicas. A viatura entra a hora que quer e fiscaliza trânsito e mão para cabeça a hora que ela quiser. Mesmo se se esse loteamento tiver portaria, ela ele nem deveria ter portaria. A portaria só pode ter controle de acesso, mas ela não pode proibir a entrada. Um cara que não é morador do loteamento, se ele quiser entrar e você brecar, você vai responder por abuso. Então, na verdade, loteamento não existe. Loteamento é o seguinte, é uma é uma é um fechamento de uma área com um certo controle, mas a área continua pública, a área que eu falo as ruas. Como acontece na praia, né? Tem muito lugar na pré que acontece isso. O cara que não mora lá, ele pode entrar no condomínio para chegar até a praia, por exemplo, qualquer pessoa de fora. E aonde eu tô querendo chegar com essa conversa hoje? Não sei se vocês sabem, quem tem quadriciclo, os os muito inteligentes, não gente que nem nós, não, gente muito mais inteligente que a gente, fez uma portaria lá em Brasília que o quadriciclo ele tem dois tipos, o rural e o urbano, tá? O rural e é o que a gente vê. Todos que você vê são rurais. Por quê? Porque o urbano teria que ter pneu igual carro. Teria que ter freio a disco nas quatro, teria que ter diferença de tração da dianteira da traseira. Tem uma série de requisitos. Existe algum quadriciclo fabricado urbano? Não. Qual é o único quadriciclo que é implacável? O carro. o urbano. Então, não existe nenhum quadriciclo produzido no Brasil que possa ser emplacado. Ou seja, onde você pode andar com quadriciclo? Área privada, só dentro de um condomínio ou na sua chácara, sítio. Porque se você andar aonde for área pública, ele vai ser apreendido, porque ele não tem placa, ele não, você, ele tá irregular, ele é, ele é rural. E para andar em área pública você tem que ter habilitação, capacete, estar emplacado. Só que você não consegue emplacar na definição que Brasília criou. Mas e os importados? Quem importa? Todos são rurais. Todos são rurais. Todos rurais. Você não tem nenhum quadriciclo produzido com as características que que a portaria inventou ali como um quadricico urbano. Então você não anda em rua pública. Aí o que acontece? Não existe. Não tem nessa característica. Aí o que acontece? Você mora num loteamento, está tudo lindo, tudo lindo. Aí começa os MC. Manja MC? Sim. MC é top, cara. É, é, é MC, cara. É o cara que os filhos da gente t que mirar para ser um dia na vida, entendeu? é aquele cara que gosta de cumprir regra, que não não faz apologia ao crime, não usa droga, não não, cara, é aquilo que assim, ó, exemplo, exemplo, pena que meu filho faz engenharia, porque eu queria muito que ele fosse MC. É, mas nem sempre é aquilo que a gente deseja, né? Isso acontece. Aí os MC começa a alugar a casa e leva mais 45 aspirante a MC com ele, pega o quadricoolo e começa a andar 240 por hora. empinando, tirando fininha do dos moradores que estão andando a pé, destruindo a a o paisagismo, porque, cara, não tem graça se você não comprar uma Lamborghini e não entrar num estádio e destruir o o campo. Você tem que ser um cara que chame atenção, porque senão não tem graça. E aí, o que que é, qual é o reflexo disso? O reflexo disso é o pessoal que administra o loteamento falar assim: “Cara, só tem uma solução, né? Discar um 90”. Quando você diz com 90, você tá acionando um ser que ele não vem para fazer eh interpretação, ele vem para cumprir lei. O policial que fica interpretando, ele devia estar lá no STF, não na viatura. O policial sério, ele sabe o que a lei preconiza e ele vai aplicar. Então, a hora que ele aborda o quadriciclo, ele não vai perguntar se você é pai de família. Se você não estava correndo, ele vai olhar a lei de trânsito, vai falar assim: “Tá emplacado?” Não, tô aprendido. Aí os moradores que estavam tudo isento quando os MC tavam destruindo o loteamento, ninguém falava nada, tava tudo lindo ver os maluqueiros fazer aquela merda toda. Não abriu a boca para brigar com os maloqueiros, mas contra a polícia que foi lá e apreendeu os quadriciclos, que não estão emplacado, mas que são de gente de bem, os polícias são tudo maldito. Aí você fica vendo no grupo isso daí, dá vontade, você fala assim: “Ô, cidadão, o policial quando ele para um quadriciclo sem placa e ele não aprende, que crime que ele comete?” prevaricação. Pronto. Se alguém fizer uma denúncia, falar assim, ó, tirou uma foto, tá vendo que ele tá abordando esse quadricico, esse quadriciclo não saiu no guincho, o cara saiu com ele rodando e fizer essa denúncia no quartel, prevaricou, em 30 dias ele tá com inquérito policial no rabo, respondendo e vai ser expulso da PM por prevaricação. Então o policial que sabe trabalhar, ele aplica a lei, ele não interpreta porque ele vai dançar. E aí eu tenho vários exemplos para trazer para vocês. Vocês quer querem ver um? Eu falei isso num podcast e tomei umas pauladinha. O que que prevê o Código de Trânsito com licenciamento? Falta de licenciamento, apreensão, remoção. Remoção. Falta de licenciamento. Qual é o motivo? Financeiro. Financeiro. É imposto. É imposto. Ele implica imposto de propriedade que nem deveria existir. Ele ele implica em falta de segurança para conduzir o veículo. Não. Ele gera risco para terceiro? Não, não, não. Por que que eu tenho que remover? Tá na lei. Sim. Então, você tá na rodovia, você aborda um casal com três criança lá na rodovia. Sim. Você pega lá, o cara tá dois anos sem pagar licenciamento. Você deixa essa família a pé. Que que vão falar? Aconteceu com amigo meu esses dias, só que o dele foi o seguinte. Ele comprou um carro que não tava com o IPVA, o IPVA pago, só que ele comprou e pagou. Então tava tudo certo. O policial pegou, falou: “Ó, teu IP é falou: “Tá aqui, ó, tá pago.” Ele mostrou que tava pago, né? E eu só que o policial falou assim: “Não, mas não entrou no sistema ainda.” É isso mesmo, né? Então eu tenho que aprender. Só que essa é uma, eu achei um absurdo porque o seguinte, eu achei uma crítica. Eu eu achei uma crítica, perdão. Existe uma crítica às câmeras policiais, porque às vezes um policial de bom senso, se o cara tem bom senso, ele vê que é uma família honesta naquele carro, vê, ó, tá aqui o recibo, o cara realmente pagou, só não entrou no sistema. Se não entrou no sistema, é culpa do estado e não da pessoa, ele vai liberar o cara, né? Só que se ele tem câmera, ele não pode liberar. É isso que eu tô falando para você. O policial não é para ter bom senso. O policial é para aplicar a lei. Quando ele começa a ter bom senso, fica subjetivo. E ele pode achar que o bom senso dele entende que um cigarro de maconha não precisa, não precisa perder. Excesso de velocidade, todo mundo corre, vamos ter bom senso. Só dá uma só só chama atenção e libera. Ou seja, quando você pega policiais e põe eles numa sala de aula, você fala para eles assim: “Amigo, você não foi feito para interpretar, para ter consciência para nada. Você cumpre a lei, porque se você não cumprir, você prevarica.” E E qual a saída? Mudar a Constituição e mudar leis. Então, por exemplo, o Código de Trânsito Brasileiro já passou da da época de só ter remoção nas infrações que são relacionadas com segurança. Sim, claro. Área filme, por exemplo, pô, é uma [ __ ] de uma segurança ali para pro para quem tá dentro do carro, ainda mais mulher. É, pô. E e hoje nem tanto, mas já se embaçou muito com com isso o filme, né? Já já teve época aí que não são escolhas. Eu vou te perguntar. Hã, você vai num caixa eletrônico, os caras te joga no banco de trás, dois demônios e sai com o seu carro com isso filme. Eu passo com a viatura. O que que eu enxergo? Nada. Você quer isso filme? Eu quero. É escolha. Então é, eu acho que é melhor ter. Eu também acho uma situação dessa é essa é a escolha que a sociedade tem que fazer, porque se a sociedade entender que tem que tá inteiro isso filmado, depois não vai cobrar que o polícia não vê o que tá lá dentro. Por que coronel? O seguinte, ó. Eu tá, eu e o Vagnão aqui. Vamos sequestrar o Léo. Vagnão tá dirigindo. Eu tô com revólver aqui. Se mexer, morre. Ele não mexe aqui. Que como que você vai passar pela gente? O o o Léo vai est bonitão ali, ó. Tranquilo. Mas quantos mexem? Minha carreira inteira eu fiz prisão de carro roubado, olhando o comportamento dos caras dirigindo. Aconteceu esses dias. Aí uma mulher fez um sinal. Endurece, os cara ficam travado e aí eu falo assim, ó. Você pergunta: “Então é o carro da esposa do senhor não tem esse filme?” Tem. Não é para ter na frente? Sim. É o meu na frente não tem. Então no vidro da frente eu consigo enxergar o que tá ali dentro. Eu não, eu não, eu não sou a favor do Insufilme lacrado, porque eu não vejo nada. Mas aí a sua esposa vem, vem dirigindo. Aí tem um noia ali no semáforo. É ali uns 100 m antes dela chegar. Então ela tá vendo a sua esposa vir ali dirigindo ali bonitinha. A hora que ela parar ali, ele fala assim, ó: “Só tem uma mulher. Vou arrebentar aquele vidro e vou assaltar. Eu acho que dos males o menor ainda é que é minha opinião lógica, né? É melhor ter lacrado. Mas eu eu tô falando para você que eu concordo. Isso é democracia. Você pode ter se a sociedade entender que o legal é andar lacrado. Duas duas consequências são essas. Quais? Primeiro, não cobre mais tirocínio de polícia, porque a gente não enxerga nada do que tá ali dentro. Segunda coisa que você tem que é segunda coisa que você tem que entender da questão de estar todo lacrado. Se tá todo lacrado, então eu não abordo mais com fundada suspeita, eu abordo no eh como é que você aborda um cara aleatório por por por estimativa, né? Por fazer estatístico. Aí é o pior. Aí eu vou dar tudo que aquele juiz da Justiça Federal fez lá em Sorocaba. Conhece a história do juiz federal de Sorocaba? Sim, sim, sim. Ó, ó, ó. Que interessante. Imagina você sendo um policial, como é que você aborda um carro que você não tá vendo nada ali dentro? É uma insegurança absurda pro policial. Onde que tá embasado no nosso país a abordagem policial? Eh, eu ia até eu ia até entrar mais ou menos nisso daí da questão da fundada suspeita, que parece que hoje em dia não é para ter mais, né? Não, não é, não é essa não, sempre teve e não vai deixar de ter porque tá no Código de Processo Penal. Tá, mas qual é a a grande a grande questão do policial militar? Não, qualquer policial. Quem tem poder de polícia, policial civil, policial militar e se definirem que as guardas municipais podem fazer patrulhamento preventivo, ostensivo, já foi definido ou não? Ou tá tem decisões, decisões em cima de casos específicos. Ainda não há uma legislação que assegure a Guarda Municipal e dê respaldo completamente. Toda vez que estoura um BO, os caras decidem num caso. Isso é um, isso é, isso é uma das coisas terríveis porque as guardas passam, porque elas atuam como polícia nos municípios, sem o devido respaldo jurídico. É, é terrível, cara. Terrível. Mas vamos voltar lá. Qual que é o embasamento pra polícia dar mão para cabeça em você na rua? São dois duas duas hipóteses de abordagem, a abordagem policial e a abordagem administrativa. Ou você está com indício ou um flagrante criminal, que aí é o Código de Processo Penal, é o artigo 244, é afundada suspeita. Então, o que é afundada suspeita? suspeita é algum comportamento ou característica, movimento, eh eh objeto que chame a sua atenção de indício de você estar praticando ou ter praticado um crime. Sim. Local, horário. Isso é fundada a suspeita do tipo assim, ó. Você foi assaltado e você chama uma viatura e fala assim: “Ó, o cara que acabou de me assaltar entrou na primeira direita, ele tá de camiseta branca, calça jeans e é calvo.” Cara, eu sou respeitoso. Ele é calvo. É que ele já passou do calvo já faz uns anos, né? É isso. Justifica, justifica a abordagem nele. Ele preenche as características, local, tudo do que eu fui levado a crer. Isso chama fundada suspeita. É o 244 do processo penal. Essa abordagem, quando você pega o procedimento operacional padrão da PM, as outras polícias nem tem isso. Ele, ele diz o seguinte: “Se esse indivíduo estiver suspeito, só suspeito, eu faço uma abordagem na posição sul. É arma fora do coldre, sim. Apontada para baixo.” Por quê? Porque existe uma grande chance dele ser o autor e reagir. Eu tô com a arma fora do codre. Se ele, se ele for já um autor, já sabido que ele é autor, por exemplo, carro roubado, bateu a placa, é roubo, tem as características, eu vou te abordar posição terceiro olho, a arma, a arma apontada pro indivíduo, porque eu já sei que você, que você é bandido. Sim, isso tá escrito tudo previsto em procedimento operacional, beleza? Então eu só abordo posição sul ou terceiro olho quando é 244 fundada suspeita de crime. Quando que eu abordo com a arma no coudre? Na abordagem administrativa. O que que é abordagem administrativa? Quando o que a pessoa está fazendo não é crime, blitz policial alium é alguma irregularidade que não é crime. Então, por exemplo, infração de trânsito, é o cara que tá eh fazendo uma ocupação indevida do solo. Essa essa abordagemonde tá o fundamento legal dela? No Código Tributário Nacional, que define o que é poder de polícia. e poder de polícia é toda a possibilidade de você limitar direitos em em fiscalização ou benefício do bem comum de regramento que não seja o criminal. É, eu não posso nem te apontar a arma. E aí tem um tem uma segunda parcela disso tudo que eu vou falar do do juiz de Sorocaba, que é a busca minuciosa. Na infração administrativa, eu não posso nem fazer busca em você. Eu vou dizer que você tá praticando alguma infração administrativa e que você tem que parar, que senão vou te mutar. Eu posso dar geral num carro, numa infração administrativa? Não. Mas aí se torna um pouco interpretativo, né? Calma que você vai entender onde eu vou chegar. Calma, calma que você vai entender o que aconteceu em Sorocaba. Quando que eu posso revirar o seu carro se eu comecei com uma infração, porque o que acontece? Como que você fiscaliza licenciamento? para no carro e pedindo documento do veículo, puxando a placa. Não, eu sei que, por exemplo, em julho, sim, vence os final X, eu cato aqueles carros que tão antes, porque se eu parar as as placas depois dali, ainda ele tem prazo para pagar. Sim, o cara esteja mais de um ano vencido, né? É, eu tenho foco. Tanto que começou a vencer os licenciamentos, começa a ter um monte de de, né? É, os caras têm alguns critérios, por exemplo, droga, tem algumas carretas que eu sei a rota que vem lá da Bolívia e do Paraguai. E se ele tá com todo cheio de terra eh vermelha em volta, esse cara ficou desviando de trecho de de ficou ficando sinais ali, né? CR, entendeu? Então tem algumas dicazinhas, depende do foco que você quer fiscalizar. E aí o que acontece? Eu abordo você porque a sua placa me indica que você já deveria ter pago o licenciamento. Você tá tranquilaço. A hora que eu te abordei, que parou, que eu vou perguntar para você, você começa a gaguejar, começa a entrar em choque, começa a tremer. Eu saio da abordagem administrativa e iniciou ali a fundada suspeita. Eu mudei o foco. Eu tô no 244 agora porque você tá com indício comportamental de tá praticando crime, uma infração de trânsito. Que apura isso na hora é o policial. É o que ele vai falar em juízo. Sim. Certo. Ele tem fé pública, ele tem uma certa vantagem ali, né? E qual é o problema? O problema é que você aborda um casal num carro quando para ver licenciamento, quando você começa a conversar com ele, com a arma em conta, trocando ideia, não bate, a mulher fala que tá vindo do Mato Grosso, o cara fala que tá vindo do outro, ou eles começam a tremer, você, opa, pera aí, desce os dois. Eu mudei a característica da abordagem. E aí, a hora que eu vou lá atrás, tem uma 9 mmicó e 5 kg de pasta pura. Aí eu dou voz de prisão e flagrante no tráfico internacional porque eu tô perto da divisa e levo pra justiça federal porque é transnacional, é federal. Beleza? 6 meses depois que você não pode esquecer nada que você é um um master master blaster de guardar tudo na hora com detalhes, porque aquele advogado maldito que que atua pro tráfego, ganha muito dinheiro, ele vai te pegar na curva, ele sabe as brechas, sabe? Você tá lá todo dia trabalhando com um monte de BO diferente, você não pode guardar o detalhe, você não pode esquecer o detalhe. Aí você senta lá, o advogado espertão, ele vira e fala assim: “Viô polícia, só não chama de verme, viu, polícia, por que que você abordou esse carro?” O polícia vira e fala: “Ah, eu tava com uma ordem de serviço para fiscalizar licenciamento”. O advogado já faz assim: “Catei agora só falta ele me dar o que eu preciso.” Mas por que que você olhou então o porta-mala se você tava olhando o licenciamento? Aí ele, ah, eu abordei para licenciamento, mas normalmente eu dou geral no carro todo. Aí se fodeu. Aí já era. É absurdo, né, cara? Mas se ele usar o argumento, se ele fosse um policial bem treinado, coloca o cara como mais errado do que o cara que tá com a droga, né? Nessa situação se junta o advogado, o juiz, o procurador e fala assim: “Pô, amigo, o que você acabou de falar e assinar, você acabou de cometer abuso de autoridade porque você numa abordagem administrativa você fez busca minuciosa, você não podia, amigo. Não é que o juiz buscando o a justiça e o bem comum fala: “Policial, o senhor tem certeza? O senhor não começou essa abordagem porque eles estavam com algum comportamento?” havia fundado a suspeita, o juiz nem pergunta, ele fica quieto. Ele depois ele dá a sentença assim, ó. Indicia o policial em abuso de autoridade. Lei eh teoria da árvore dos frutos envenenados, prova ilícita, encade encadeia. Todas as outras provas são ilícitas, não tem validade, libera o casal sem responder nem pelo tráfico. Eles saem eh primário, sem resposta de processo nenhum. E o policial sai com abuso de autoridade respondendo. Isso é uma coisa que eu já reclamei, que eu quero morrer, aliás, com a questão da prova ilícita. Vamos supor que eu coloco uma câmera dentro da casa do senhor. Eu não tenho esse direito, tô cometendo um crime, concorda? Mas vamos supor que essa câmera pegou o senhor cometendo um assassinato. Então eu sei que o senhor é o assassino, só que essa é a única prova. O que que a lei, o que que deveria fazer a justiça? Ela deveria prender o senhor que cometeu assassinato e também me processar, porque eu fiz a legalidade, não anular a prova. Houveram dois crimes, né? Porque o crime aconteceu. Então, mas como prevalece a jurisprudência? Constituição, né, cara? Você tá meio certo, porque a jurisprudência ela ela diz o seguinte, a prova ilícita ela só tem validade em duas hipóteses. Para beneficiar o criminoso, benefício do réu como única única possibilidade de defesa e para o crime contra a vida. quando é impossível você fazer outro tipo de prova. Então esse exemplo que você deu do homicídio ainda valeria. Ela valeria. Mas se fosse violência sexual não. Então aí não, cara. Olha o absurdo. Absurdo. O problema que se for criança é pior do que lei eu não deveria falar, mas o problema não é esse, né? O problema é o crime de outros crimes, por exemplo, financeiro. Sim. E desvio de dinheiro. Esses crimes. A prova li está bem. Ô coronel, só interrompendo um minutinho, sempre que a gente, sempre que vem um policial aqui ou alguém de de segurança pública, eu faço essa pergunta aí. O Vagnão já até sabe. Vixe, parou, parou blitz de trânsito ali, né? Aí o cara se ele se ele pede documento ali para verificar a a legalidade da da situação do veículo ali, beleza? E aí o cara te pergunta assim: “Você trabalha com quê? Você tá indo para onde? A minha vontade sempre é falar assim: “Ceda cato, eu tô indo pra Marte”. A minha vontade é falar: “Por que o cara me pergunta, [ __ ] meu astronauta e eu tô indo pro Cabo Canaviral lá da Flórida para voar. [ __ ] para que pergunta essa [ __ ] Olha a merda do documento. Olha minha meu documento do carro. Olha o documento do meu para puxar assunto, pô. Você não, quando você chama o paciente lá, você não faz, dona Maria, tá calor hoje, né? Tá frio hoje, ali. Eu quero entrar na mente dela e ganhar dinheiro ali. Ali se justifica. Mas não é mais fácil ele pegar o meu RG. Você acabou de dar sua resposta. Não, não. Não é mais fácil ele pegar o meu RG e o documento do carro e verificar se entrar na sua mesa. Você acha que um marginal, todos os marginais andam com documento verdadeiro? Mas aí se ele tiver suspeita, ele encaminha pra delegacia e tira a prova. Mas como é que faz a suspeita se eu não fizer a pergunta? Mas é você tá indo para onde? Eu eu tô indo pr pra casa da minha avó. Mas o cara tá nervoso, ele gagueja. Você você é um é um problema com todo amizade e respeito que eu já tenho por você. Que é o que? Eu sei que o senhor quer falar que ele é burro para [ __ ] Pode falar. Não é cara porque esse esse pensamento é é o geral da sociedade. Sim. Não, geral não. Não. O que eu quero dizer é assim, quando você é honesto igual o Rogida besta. Isso aí todo mundo entende. Eu tenho certeza. Se eu vou contar depois a tese aqui que ele tem ele tem ele tem uma jogada para não ser parado quando ele vê o polícia que ele já me falou uma vez. Depois eu conto. Eu eu vou te dizer que se eu te perguntar sobre Ah, é boa. Se eu te perguntar sobre coisa de odontologia, o que você me falar, eu vou eu vou acreditar. Não, eu vou acreditar na sua também. Eu vou te dizer o seguinte. Pode ser que eu não concorde, mas eu posso acreditar em você. Eu vou te dizer o seguinte, primeiro, a maioria dos marginais andam com documento falso, tá beleza? E a uma a principal forma que você tem para descobrir o que você quer descobrir é na ideia, não é com documento. E a a mão paraa cabeça é um negócio horrível. Eu já tomei mão para cabeça três vezes, tá? Ninguém gosta de ser enquadrado, é péssimo. Tá cheio de policial mal educado, grosseiro. Minha a minha instituição não é a mil maravilha do mundo. São 84.000 homens, um monte deles com desvio. Um monte deles. Eu não sou, eu não sou hipócrita. Então a gente tomar a mão pra cabeça é horrível, cara. Te expõe. É uma merda. Só que é o seguinte, se eu morasse na Suíça, eu ia falar para você que eu era contra a abordagem. Se não tivesse um flagrante, eu achava que não poderia. Por quê? Porque quem fosse pego em flagrante ia ser condenado, ia morrer na cadeia, tá? Sim. E era uma justiça séria. Aí eu ia falar para você, eu acho que não tem que ficar colocando pessoas de bem em constrangimento. Como a gente vive num país violento e de impunidade, para ter alguma eficiência no combate ao crime, uma das melhores ferramentas é o mão paraa cabeça. É só você pegar a produtividade da PM, a quantidade de arma, droga e gente que ela prende. E aí eu te falo, muita gente de bem tem que passar por esse constrangimento para eu chegar no cara do mal. Tá, concordo. Mas agora a pouco você me falou o seguinte: o policial ele não tem que interpretar a lei, certo? Ele tem que só ver, entender a lei e cumprir. Isso tá na lei eh interrogatório. Verdade. Não. O que você chama de interrogatório, o policial quando ele faz em cima da fundada da da fundada suspeita, é entender se você realmente tá tranquilo e tá indo, tá coerência no que você tá respondendo ou se você tá se contradizendo. E você nem é obrigado a responder. Você não é obrigado a responder. É, mas e você não responde e o policial tem tanto esse feeling aí que eu já fui parado duas vezes em lei seca e o cara me perguntou se eu tinha as duas vezes se eu tinha bebido. Eu falei que não e eu não fiz o teste. Ele porque ele percebeu que e eu realmente não tinha bebido e ele percebeu e falou assim: “Pode ir embora e aquela f duas vezes passou policial prevaricou”. Não, como não? Porque é, não sei se é 270 ou 277 fala que uma das formas de você atestar a alcolemia é o é o testemunho do policial, é sinais de de embriag perda da capacidade de equilíbrio, teor etílico, fala. Então tem ali uns critérios que quando você não tem o o etilômetro, você pode chamar você embaça, sua mulher pergunta para você todo dia onde você vai, o que você tá fazendo o tempo todo. Não para de encher o saco mensagem no no no WhatsApp toda hora com uma vez. Você tá fugindo antes, antes de você falar, mas você para mim você tá fugindo. Na conduta ou na lei? Na lei tá escrito que o policial deve interrogar o suspeito. Não, na verdade, na verdade, conduta, pé da letra, na verdade, pé da letra. O que que você é obrigado a fornecer pro policial, se não você encorre em crime? Documento é a qualificação. Não, mas você transferiu para mim. Eu quero eu quero que volte pro policial. O policial deve fazer o interrogatório. Tá na lei que pode. Não, interrogatório é uma é um ato processual. Eh, eh, eh, durante o processo, você tá num num ambiente de contraditório, é diferente. Você tá assistido juridicamente. Você tá falando de fazer perguntas numa abordagem. Isso não é interrogatório, isso é a abordagem. A abordagem, como que ela é a abordagem no procedimento operacional comigo, não, cara. É que ele tem trauma, ele chega tarde em casa e a mulher, onde você tava, que que você tá fazendo? Ele tá traumatizado. Eu vou fazer uma pergunta. Manda para ela. Eu vou fazer uma pergunta pro Rogério que ele vai ficar, ele vai ficar com com uma reflexão hoje. Mas só para te responder, monarque aqui. Não, só para te responder, que já foi chamado de burro, tá mesmo? Não, cara, monar nem é burro. Monarque cara. Pior que tá tá aqui. Pior um monte de gente da sociedade. Tira a mão, rapaz. Um monte da sociedade, cuidado que ele gosta de pôr a mão na pistola dos outros, né? Senhor fica esperto. Eu já passei por isso e nem eu tenho. Não achei no seu caso. Eu não achei do coronel. Depois tá pegando a pistola debaixo da mesa. Você devia ter deixado ele sentar aí. Fica quieto aí. Não mexe, não mexe no meu coronel aqui não. Nós grisalho, né? Eu tô muito distante de você. Eu tô branco. Depois vou te dar um segredinho. Ele é seu cunhado? Você é casado com a irmã dele? Ele é casado com seu irmão. Não, ele é casado com a irmã da minha mulher. Comuno. Ah, tá. Então, então é é entraram os dois no bo, né? É uma porcaria. Não mexe com ele não. Deixa ele quer não. Depois a gente volta aí, meu parceiro, cara. Aí e não é de de viatiro de de brother liberdade, brotheragem tá liberado. Volta lá. Ô Marcelino, a gente não volta mais aqui, mano. O negócio tá indo para um caminho estranho, mano. Então, deixa eu falar um negócio para você. É assim, ó. A abordagem policial, qual que é a única obrigação que você tem? você tem de fornecer ao policial é a qualificação. A qualificação são os seus dados. Essa história do documento hoje com internet nós temos até algumas decisões judiciais que dizem o seguinte: o Estado tem que ter a capacidade de confirmar o seu dados mesmo que for verbal. Sim. Quando que eu posso te conduzir? Porque antigamente a gente tinha um negócio que já foi decidido que é abusivo, que é a condução para averiguação. Não pode mais. Quando que eu posso te conduzir para um distrito policial? Fundada a suspeita. Não, fundada a suspeita foi a abordagem, tá? Quando que eu posso te conduzir para um distrito policial? Quando os dados que você está me passando sugerem falsidade. E aí? Mas o sugere é relativo. Você, por exemplo, você vai fazer perguntas se você tiver acesso aos documentos que ele tá do pai errado. Não, errado não. Eu te pergunto, eu falo assim: “Qual que é o seu nome?” Você me dá um nome, dali 20 minutos eu te pergunto de novo, você fala outro, tá? Ou se você, qual que é o número do seu RG? Você pode perguntar também. Isso. Aí você olha lá, você fala um número, por exemplo, eu tenho 52 anos, meu RG começa com 20. Você tem 20, começa com 20. Ah, tá estranho. Tem, tem algumas algumas informações. Então, eu te abord, eu te abordo, você dá a entender. Eu falo que ano você nasceu? Você vai falar: “Ah, eu nasci em 98”. Ah, você pega o número do chassi, por exemplo, tá diferente do modelo do carro, essas coisas. Ou seja, tem alguma coisa nessa conversa que vai me sugerir que você tá mentindo. Aí eu posso te conduzir para fazer o o o IRGD, tá? Identificação, papiloscopia lá, papiloscopia. Então, cara, é assim, ó. A única coisa que você tem obrigação de me responder é a sua qualificação. A lei fala que a únic único dever é a qualificação. Por quê? Pela presunção de inocência. E e e além da presunção de inocência, você não pode produzir prova contra si. Sim. Direito direito jurídico. E aí o que acontece é a pergunta que eu vou fazer para você agora. Se você, como eu, estivesse dando aula para policiais de direito e o policial levantar a mão para você e falar assim: “Comandante, então quando eu for chamado numa investigação preliminar, o senhor me aconselha a responder: “Só falo em juízo ou eu responder o que um comandante está perguntando?” Ou até mesmo quando eu for depor em juízo, eu falo que eu não vou me manifestar ou eu respondo o que um juiz tá perguntando. O que que você responde para um policial desse em sala de aula? Deixa eu pensar aqui. Deixa pensar. Você é professor de direito, você conhece o direito constitucional que ele tem de É que eu não de de de calado ou não gerar prova contra si. Então isso aí o que que você fala para ele que eu poderia conduzir a o suspeito. Não, não. Ele tá sendo interrogado. Ele tá sendo alvo de uma investigação, o policial. Ah, tá. Ou seja, uma investigação preliminar em cima dele. Ele é o investigado, o policial. Tá, o policial da é o juiz que tá ouvindo, ó. Eu vou eu vou materializar o fato para você entender bem. Ele é policial, ele é o vizinho, ele alega que ele furtou alguma coisa na casa dele. Ele vai na corregedoria e faz uma denúncia. Eu sou um oficial corregedor, chamo ele para ser ouvido. Ele vai responder para mim, eu só falo em juízo. Ou ele vai responder o que eu perguntar para ele? E você, como professor de direito, ele policial está te fazendo essa pergunta. Comandante, o que eu deveria fazer quando eu estou sendo ouvido ou em juízo, ou numa investigação dentro da PM? Eu falo que eu só vou falar em juízo e quando chegar em juízo, eu falo que eu não vou falar nada, que é meu direito. O que que o senhor faria o senhor como policial sendo investigado? Cara, eu eu não conheço direito assim para para formatar esse tipo de resposta, mas eu eu acredito que se ele fornecer você respostas é mais fácil para pra defesa. Mas se ele for inocente é melhor ele responder, se ele não dever nada, ele ele responde. Agora se ele não responder, ele tá se entregando. Pô, porque se ele é igual o cara quando é abordado, ele não quer falar para onde ele vai, o que ele faz, por ele deve, se você se recusa a fazer o exame de DNA, por exemplo, é considerado que seu pai, acabou. É, é presunção, presunção de culpa de de paternidade. Ó, é o seguinte, por que que eu fiz esse exemplo para você refletir? A gente gosta dos nossos direitos, mas a gente não entende o reflexo disso prático. Eu quando dou aula para policiais militares, eu falo para ele assim, ó: “Se você fosse um civil, sim, você ficaria calado porque é direito seu constitucional”. Mas a partir do momento que você usa uma farda, qualquer juiz ou comandante que chama um policial para ser ouvido, ele tá entendendo que esse cara é reto, ele é decente, ele é honesto e ele representa o estado. Um representante do estado não pode omitir fato nenhum, porque isso é no mínimo é imoral. Pode, você pode est baseado dentro de um direito constitucional, mas o primeiro policial fardado que quando eu fizer uma pergunta fala: “Não vou responder pro senhor”, eu vou eu vou ficar na minha cabeça com dúvida se ele é honesto, porque ele ele tá omitindo o quê? Sim. Por quê? É, então todo cara fardado, policial que usa o direito de permanecer calado, se eu sou um julgador desse policial, eu falo: “Amigo, você repreend estado”. Eu não falo porque eu não vou eu não vou comprometer o Ele arrebenta com ele me mete um abuso e ainda arrebenta com com o procedimento. Mas na minha cabeça eu falo assim: “Me cara, você vai investigar mais ele, né, cara? Esse cara não fal, já que a gente tá fazendo suposição, é que me saiu a curiosidade agora aqui na sua, é, ô perdão, só para terminar, esse policial que te perguntou para onde você ia, se você responder pra Marte, o que que ele vai supor? Ele tá fazendo merda. Se for à noite no lugar êxodo, ele vai me dar um tapa na orelha, provavelmente. Vou dar um errado. Eu vou dar um exemplo mais real. Aquela sua esposa que te traiu, que você quis pegar o celular dela, não quis te dar. Por que que ela não quis te dar? Porque ela estava te traindo. Boa. Se ela não devesse nada, ela tinha dado o celular. Tá aqui, mano. Ó, eu vou eu vou falar. E agora? Agora eu não vou defender a polícia. Eu vou falar. Ó, Luana, então é o seguinte, hoje à noite quando o Wagner chegar, você pede para ver o celular dele. Tá aberto? Tem, eu não sei quem é mais filha da [ __ ] aqui. Eu fosse você, eu pegava. Vai na lixeira, põe preg pede para restaurar fotos. Eu não vou defender a polícia. Eu vou dizer para você que é o seguinte. Eu eu se um policial me abordar decentemente, me tratando com dignidade e decência, eu respondo tudo que ele me perguntou. Se eu senti que tá havendo ali abuso de autoridade e não tá sendo não tá sendo praticado como deveria essa abordagem, aí talvez é um engrosse. É, mas aí você tem você tem, você tem, amigão, você acha que se eu levar uma com os policiais desonestos numa quebrada, minha carteira vai servir nós aqui? Como que nós vamos trocar? P já já aconteceu não vou trocar com CO com policial. Não, agora não. Você fica quieto e depois você entra em contato com quem tem que contar. É, não agora que agora tem mecanismos para isso, então tá mais fácil, né? Não quero dizer qual o mecanismo, senão já vou entregar. Mas na época do senhor, sei lá, começo dos anos 2000 ou década de 90, o senhor abordasse uma mulher loira, olhos azuis, peito, donona, gata. Aí o senhor pede o documento RG. Aí no RG tá escrito João da Silva. O senhor desconfia? Que que o que que o senhor fazia? Estudava transfobia na época ou não? O senhor já parou um travesti? Eu fazia operação porque no centro tem lá o grupo de travestises e aquela região tem muito problema de briga. Sim, entre eles. Eu não sei se hoje ainda tem assim, mas chegava 5 hor da manhã, saía todo mundo louco daquelas boates, saía confusão, saía agressão, um esfaqueava o outro. Tinha muito problema lá, muito problema. Então é assim, mas e como é que faz quando você pega uma mulher e o RG é de homem? Não, na verdade, na verdade é assim, é aquilo que eu falei, quando você começa a fazer as perguntas, se as perguntas forem coerente, e hoje a gente já tem uma cartilha na Polícia Militar com orientações de como tratar todas essa toda essa questão ideológica de gênero, a gente tem toda uma orientação de como tratar, certo? Entendeu? E, eu, eu vou, eu não tô fazendo média aqui, não, para coisa política nada assim. Eu não tenho eh problema em agir de forma profissional. Não importa o que tenha do outro lado, se é mulher, se é homem, se é homossexual, se é se é travesti. Eu nem sei direito todas essas letras que tem hoje. Eu não tenho esse problema. O meu, eu sempre trabalhei com foco na parte técnica. É assim, ó. Quem é você? É fulano, tá? Polícia, vai lá, puxa, traz os dados, vê se bate, se é isso mesmo. Como que você quer ser chamado? Qual é o seu nome social? Tá, qual é o nome que você quer que eu use? Eu nunca tive problema com isso. Se você for falar em relação à busca pessoal, quem é que faz? Porque, por exemplo, a mulher, uma policial mulher, ela pode não querer, ela não tem o direito de se recusar a fazer uma revista num homem que se identifica como mulher. Quem faz a revista? Na na verdade as policiais, tanto feminino quanto masculino, não tem problema nenhum de fazer abordagem em qualquer um, porque falta revista a revista, porque a revista ela é, você não vai ficar palpando os órgãos, você vai tentar sentir eh volume, arma, é pacote de droga. Então é assim, ó. Se você Eu tinha lá no meu tor Mas homem, mas eh a mulher aborda homem. Sim, mas o homem não pode abordar. Homem não pode fazer investi homem pode fazer vestib mulher processo pode. Eu achei que não tem um entendimento que não pode mais. Não tem nada disso. Qual é a única restrição para um homem fazer uma busca numa mulher? Hã, se tiver mulher de serviço próximo e não atrasar a diligência, você tem que priorizar uma mulher abordando uma mulher. Ah, tá. Eu achei que já não podia mais. Não, não, não tem nada disso. O Léo, uma vez ele me revistou, ele achou que eu tava armado com uma 12. 22. Um 22. 12. Tem uma, o senhor falou do do Código Penal, tem, eu acho que o artigo 301 do Código Penal, eu vou levantar esse aqui, que a nossa sociedade, eu acho, é muito estranha, né? A sociedade civil parece que não participa da própria sociedade. A único, a única função da sociedade civil é trabalhar e pagar impostos. Por exemplo, você vai, vamos supor que tenha um cara que esteja passando de bicicleta e roubando celulares do Texas. Isso não vai acontecer por muito tempo e não precisa da polícia, porque um próprio texano vai ficar escondido na no telhado e vai meter bala desse cara e ele vai chamar a polícia, a polícia vai pegar o corpo e vai embora, tá? E aqui parece que eu não tenho direito a nada, eu não sou defendido e eu não tenho direito a me defender. O artigo 301 do Código Penal, se eu não me engano, senhor me corrige, senhor, qualquer um do povo pode e a polícia deve. Isso. Qualquer um do povo pode e a polícia deve, frente flagrante delito, qualquer um do povo pode e a polícia deve dar voz de prisão. Eu quero saber como é que isso funciona, porque se eu chegar, o cara tá lá cometendo um uma violência sexual ou tá roubando alguma coisa, se eu chegar para ele, o senhor está preso? Eu acho que ele não vai parar. Eu acho que eu quero saber, eu posso usar, eu como eu do povo, não sou policial, eu posso usar todos os meios necessários para, posso até matar esse cara se ele te reagir com uma agressão e injusta ou eminente que atende contra a sua vida. Sim, mas aí que tá, vamos supor que o cara tá roubando, roubando um carro. Léo, na minha opinião, é uma lei que não funciona. É mais uma das nenhum comum comprende ninguém. Em 35 anos, eu tive um único caso ali na numa travessa da Hienópolis. O cara tava fazendo um furto de produtos dentro de um mercado. Um rapaz do povo lá deu voz de prisão, prendeu ele e ficou segurando até a viatura chegar. Mas é que tá se eu der voz de prisão? Mas ele nós conduzimos ele pro DP e ele que foi o condutor. Ah, mas é porque ele ficou assegurando. Mas porque se você falar, você tá preso? Então não faz sentido, porque eu não posso falar que o cara tá preso. Eu tenho que chegar e agarrar, porque eu não tô armado. Se eu estou armado, eu posso falar: “Você tá preso”. Se ele esboçar qualquer coisa, eu meto bala. Mas até um policial, se ele falar pro cara, “Você tá preso e ele não, o policial não segurar o cara”. Policial tá armado. Então o que o cara achar não importa. Eu tenho que ir para cima do cara e agarrar o cara antes de dar voz de prisão. A diferença a diferença aqui não é uma questão legal, é uma questão de que você tá, eu sei onde você quer chegar, você tá querendo chegar na arma. Não, não, nem queria, mas eu tenho pelo menos, por exemplo, dá um matal no cara, você pode, né? Então, antes de falar, esteja preso, senão ele dá um tiro em mim. Não é, mas eu acho se eu falar o senhor está preso primeiro, eu morro. Eu acho mais uma, não sei se é uma lei, uma norma ridícula isso daí. Primeiro assim, não, na verdade, na verdade não é uma questão de ser ridícula, é uma, então o ato incide falar: “Você está preso, eu estou te preso”. É ridículo, não faz nenhum sentido. É ridículo. Não, você vai segurar o cara. Não, mas aí beleza. Você tá preso primeiro. Você tô te prendendo. Se não tivesse essa previsão legal que qualquer do povo pode, faça uma uma reflexão. Se você tivesse em cinco amigos e um cara sozinho tá espancando uma menina, você pode dar voz de prisão e quando ele vê que vocês estão em cinco e cercaram ele, ele não vai reagir. Ele vai ficar ali e você faz essa prisão, é conduzido pro DP. Essa prisão tem valor jurídico. Mas eu tenho que falar primeiro. Então aí que tá. Se o cara tá armado e eu falo primeiro, ele atira em mim. Por isso que aí eu ia na segunda parte que é assim, ó. você falar que falou primeiro nós policiais esquema. Nós policiais, nós nunca falamos pras pessoas comuns falar assim, ó, faça prisões, porque se a gente toma tiro na cara toda hora, eu vou falar para você desarmado fazer isso, correr esse risco, a gente vi, voltamos para aquela questão que vivemos numa sociedade extremamente violenta e que ninguém um não apoia o outro. Se você der voz de prisão pro cara, tiver aqueles quatro caras que não forem seu amigo, o vagabundo vai sair na mão com você, eles vão ficar olhando falando: “Caralho, esse se fodeu, quem mandou dama de besta?” Sim. Entendeu? Então a nossa sociedade ela tá doente, sem solidariedade e apoio umas pessoas com as outras. Mas quando você estuda a parte jurídica, eu preciso ter essa previsão legal, porque naqueles casos em que isso possa vir a acontecer, tem que ter um embasamento jurídico para eu condenar esse cara. Agora, se você falar é eficiente esse dispositivo jurídico na nossa sociedade é baixíssimo, quase ninguém faz. Não sei se vocês já viram tem um cara agora. Ele tocou, só para não perder, ele tocou numa numa ponto importante, o mata leão. O mata leão, o que que gerou? É, você pode matar facilmente uma pessoa york e o que que gerou num mercado aqui no Brasil. Então, cara, é assim, ó. Matou o cara, né? É por isso que chama mata leão, né? É, na verdade, na verdade, ó, você pode ver, eu sou chassi de grilo, eu não sou bombado, não sou forte. E eu trabalhei 35 anos na minha carreira cano na mão. Eu nunca saí na mão com vagabundo nenhum. Se o vagabundo viesse para cima de mim, ia sentar o pau nele, ele é armado ou não? Sim, porque eu tava armado e se ele tomar minha arma, ele me mata. Cansei de ver policial morrer do vagabundo tomar arma e matar ele. É, até porque eu acho que vocês são treinados para tirar, não são treinados para lutar jitso na polícia, né, cara? Não, aí, aí que tá o erro. Porque quando a gente tá em escola de formação, você tem aula de defesa pessoal, é bastão, é não sei o qu. Isso para mim e quando eu fui pra rua, velho, e não é, olha, é um, você tem um curso, né, cara? Isso faz isso faz parte porque tem ali a tal da uso progressivo da força. Sim. Então você tem que tá habilitado para conseguir sair na mão, porque se você for surpreendido de um cara vindo para cima e você ainda não teve tempo de sacar, você tem que ter uma mínima destreza para sair. Agora, eu nunca coloquei na minha cabeça que o que me fazia segurança operacional era o que eu aprendi de defesa pessoal. O que fez minha segurança na polícia minha vida inteira foi o cano na mão. Claro, cano na mão. Porque os cara, ó, nós não estamos com um caso agora que tá bombando aí do moleque que arrebentou a namorada, tá em estado grave? Sim. O fortão lá, vocês viram, cara? Acho que esse eu não vi de o que é o o que é inclusive MC, não é o do MC, né? Não é o cara é negócio de luta, um fortão aí que saiu com a namorada do dia do aniversário dela e e depois tiveram uma briga, a menina tá é médica, inclusive, tá em estado grave. Cara, hoje você pega uns cara, os caras são igual o pit buull, mano. Sim. É o se o cara sair na mão com você, ele vai te matar. Ele vai te matar, velho. Dependendo do tipo de lesão que ele fizer em você, já era. É sua arma. Então, tô, eu nem tô falando de arma, cara. É assim, ó. O cara é uma máquina de força. Esses caras estão tomando todo tipo de coisa. Outro dia eu vi um podcast, cara, daquele cariana, ele tava entrevistando um desses cara aí, o cara falando assim: “Mano, eu tomava uns bagulhos que eu saía mordendo, eu queria arrumar treta a todo custo, eu queria arrumar treta.” Câncero para, velho. Então é assim, ó. Um cara desse, mano, um cara desse você só segura na bala. Você só segura na bala. Então você não pode querer que a sociedade interfira em coisas que ela não tem garantia de segurança. Sim. É por isso que eu falei para você assim, um moleque, um noia, uma loqueirinho que tá lá de bermuda, chinelo, você vê que ele não tá com arma nada, fazendo um furto e o pessoal foi lá, segurou e deu voz de prisão, juridicamente ele tá embasado. Agora, aquele cara que tá fazendo algum crime, que você não sabe se ele tem uma arma o caramba, se você for lá tentar a entrevista, você vai morrer. Por isso que eu só vou ficar feliz quando eu for no Walmart e comprar uma arma. Igual nos Estados Unidos. Eu vou no Walmart, aliás, você tem lá, tem lugar lá que você abre conta no banco, você recebe uma calibre 12. Não, tem pacote, eu vi pacotes igual pacote igual aqueles tubos transparentes de bala, mas com bala munição. E aí tinha 762 assim. E agora, só para fechar o assunto do voz de prisão, você ia me falar um negócio, eu te interrompi. Não, não, mas eu lembrei. É só para fechar o assunto do voz de prisão. Não sei se vocês veem eh em Minas Gerais tem um cara que é o tal do Ben Mendes, que ele faz um papel tipo do Celso Russomano aqui em São Paulo, o Moreno. O Moreno. Aí ele vai nos lugares, nos comércios, tal. Geralmente os comérci, eu já vi ele se dando balas ve isso aí. Geralmente, geralmente o comércio tá errado em relação ao consumidor, mas aí beleza, mas ele azucrina tanto o cara, o dono, o proprietário que às vezes o cara dá um empurrão, xinga ele e qualquer coisinha que o cara faz, esteja preso, você tá preso, [ __ ] virou chacota isso daí, meu. Quem prende ninguém? Às vezes chega a polícia lá e caga para esse idiota aí porque fica mandando, dando voz de prisão. [ __ ] merda. Por nada, né? Tô falando crime sério, né? contra pessoas contra seu próprio patrimônio. Aqui no Brasil eu não tenho direito a defender o meu patrimônio. Se for uma uma uma ataque contra a minha vida, eu tenho direito. Quantra o patrimônio, ah, você fala tem, não tem. Se alguém tiver roubando o seu carro, você não pode fazer nada se você tiver armado. Se você atirar no cara, você se ferra. E o e não se entende aqui no Brasil que fala: “Ah, é um bem”. Não existe isso de bem. Eu troquei horas da minha vida para comprar aquele bem. Quando a pessoa furto, ele subtrai o meu bem. Ele substruiu parte da minha vida. Eu não recupero essa parte da minha vida. Então, o entendimento das coisas aqui no Brasil é muito errado. Eu não tenho direito a nada. Coronel, eh você falou da da você sempre não trocava soco com vagabundo, nada. Mas esse chasi aqui, como é que eu vou sair? Então, mas você não acha que você eh talvez seja uma outra época? Hoje os policiais estão dando uma segurada mais porque não tem respaldo e nenhum. E e se o cara der um tiro no cara, se ele der o segundo, talvez o juiz entenda que houve um excesso, que era para ter dado só um, mas não entende que na hora ali o cara tá vindo igual um louco em cima dele. Posso fazer um comentário pro pro coronel? Sim. Antes, antes disso, pessoal, nosso amigo Oliver, estamos aqui com o nosso coronel Paganoto, o Oliver ali. E a gente vai falar um pouquinho, a gente melhor não, né? Melhor deixar o Oliver falar um pouquinho sobre o instituto aqui. Se você quer ser um policial, assim como o nosso coronel aqui, ouve um pouquinho que o Oliver vai falar. Chega de ser mais um, chega dessa palhaçada. Chega de ser humilhado, chega de viver com um salário mínimo. Se você sonha em passar em concursos públicos, venha pro Instituto Oliver. Se você precisa terminar o ensino fundamental e médio ou os dois, venha pro Instituto Oliver concluir os estudos através do programa EJA, programa de educação de jovens adultos. Se você precisa de um curso superior reconhecido pelo MEC aceito em diversos concursos públicos, que não exige diploma ou graduação, venha pro Instituto Oliver fazer o seu curso superior sequencial de gestão em segurança pública e privada em 3 meses. Tá achando que é mentira? É só dar uma pesquisada. consegue tomar posse naqueles concursos que não exigem graduação ou diploma, somente curso superior completo em qualquer área reconhecido pelo MEC, como concurso de prefeitura, concurso de polícia, etc e etc. Chega de desculpa, está na hora de você mudar a sua realidade. É, eu tenho um amigo meu policial, jovem, eu conheço ele, tá? Eu sei que ele é uma pessoa honesta, uma pessoa de bem, é da igreja e é da igreja séria, tá? Então eu sei que ele não ia fazer porque tem igreja pilanta, tem um monte aí. Qual que é a igreja séria? Vou falar. É, mas é um cara sério, de igreja séria, então não vai fazer falso testemunho. A igreja, a igreja séria é aquela que prega os valores do bem e não explora ninguém. Isso aí. E você não pega o cara? Vou vou qualquer dia eu vou levar você na minha igreja. Então ela é dessas. Você você já te levei você na minha igreja? Não. Chama Rogério e Amor? Essa é velha. Mas vamos vamos lá. Ele tem uns uns colegas policiais que trabalham com eles, jovens também, que estão presos os caras. E eles não fizeram nada de errado, nada. Investigaram os caras, não sei por, acharam uns pics que a mulher fez, o pai fez, que todo mundo faz isso, e prenderam. Eles estão presos porque ele eles receberam pics da própria família. Então assim, tem uns absurdos que acontece com o policial e que ninguém sabe. O cara vai preso por nada. O senhor já viu coisas desse tipo assim? Já. Ó, eu vou falar falar também porque desculpa te cortar porque até o pessoal falou: “Pô, mas o cara recebeu o Pix, né?” Ele falou: “Não, será que o cara não tá fazendo recebendo dinheiro de fandido paga em dinheiro, não paga em Pix”. Se ele vai pagar o policial, ele paga em dinheiro, ele não paga em Pix. Eu vou falar uma coisa para você, é assim, ó. Se você tivesse feito essa pergunta há 15 anos atrás, eu ia te falar que tem um monte de injustiça, porque eu era um oficial muito pé de fábrica, né? Eh, pista, pura pista, com a tropa correndo 24 horas o tempo todo. Até hoje, meus maiores amigos, meus mais eh com quem eu mais tenho relação social são praças. Eu não sou muito amigo de oficiais. Eh, meu minhas amizades são tudo praças. Eu sou padrinho de filho de uma meia dúzia, então eu não tenho esse esse essa essa segregação de praça oficial na minha cabeça. Nunca foi assim. Mas eh por que que eu te falo, foi o que eu falei no começo aqui, quando você é tenente até capitão, você não tem quase informação sigilosa. Você, o serviço de inteligência da PM, ele basicamente ele fornece essas informações para comandantes. E aí, comandantes, eu tô falando comandante de batalhão e alto comando. Então você tem uma falsa noção que a grande maioria da sua tropa é todo mundo decente para caramba e você defende com unhas e dentes e acha que tudo é uma injustiça. Aí a hora que você começa a ter umas informações mais sigilosas, você começa a ver que tem uma parte da da tua tropa que não vale nada, bem pequena, mas é bem perigosa e complicado. E a instituição corta na carne. Corta. Porque o que eu tô te falando, eu no meus últimos 4 anos de batalhão rodoviário, eu mandei 22 caras embora, entendeu? Então eu vou dar um exemplo que eu que eu dei num podcast para você ver o nível da coisa. E eu não gosto de ficar falando isso que parece que eu tô falando mal da minha instituição. A minha instituição, diferente de outros ambientes, eu vou te falar que 80% dela é feito por uns caras vocacionados, uns caras que ganham mal, põe a vida em risco o tempo todo, fica buscando resolver problemas que eles não têm a menor parcela de culpa. Então, se nossa cara, é um é um troço assim que você fala, [ __ ] cara, que que prazer trabalhar com um cara desse que ele se expõe e luta o tempo todo por uma sociedade doentia que nem valoriza. Então, para esses caras, inclusive, eu dedicava o meu risco e esforço para expurgar esse esse 20% nojento. E aí eu vou te contar uma uma ocorrência, eu tenho várias, mas vou te contar uma que vocês vão ficar ficar de boca aberta. Eu comandando o batalhão rodoviário, o que que aconteceu? uma uma mulher relativamente nova, bonita, com uma roupa relativamente curta, com a criança, filho dela, devia ter uns 5 6 anos, eu não me lembro exatamente com detalhes isso, no banco de trás foi parado na base da polícia rodoviária, foi parada lá, o policial foi lá, quando ele bateu o olho, não, se encantou, puxou o documento, habilitação suspensa, habilitação suspensa. Qual que é a consequência? Remoção, multa de R$ 2900 e cassação da habilitação. Por dois anos você tem que fazer todo o processo de tirar a habilitação como se você nunca tivesse ela, que é um absurdo, né? Mas tudo bem. Então é assim, é paulada, certo? Certo. Na vida da pessoa. Ele usou isso, virou para ela, viu, querida, você sabe a consequência da de estar dirigindo com a sua habilitação suspensa? Ela Todo mundo também que tá errando paga de louco. Sim. Ah, não sei, tal. Então eu vou ter que recolher seu carro. Falou tudo isso que eu falei para vocês, a não ser que você entre comigo ali na base e tenha relação comigo. Aí o car filha da [ __ ] Não, calma, calma, calmaí que essa é a parte mais tranquila da história. A mulher, a mulher virou para ele e falou assim: “Eu tô com meu filho, cara. Você não pode estar fazendo sua proposta para mim. Eu sou casado, tô com meu filho”. Ele falou assim: “Não, você tem duas opções. Você faz o multa de 2 pau em 900 cassação e perde o carro, vai a pé para casa, desce pro litoral a pé com seu filho. Ela não, mas eu fui levar meu filho no médico também, não sei nem se era verdade, mas essa foi a justificativa. Ele falou: “A sua vida pessoal não é problema meu, é uma troca. Você faz minha vontade, eu faço sua vontade. Um bandido. Calma. Ela virou e falou o seguinte para ele: “Isso tá tudo na no inquérito, tá? Ó, eu tô sujo, ó, fedida. Eu desço, me arrumo e volto e faço o que você quer. Deixa o meu filho lá. Pode deixar seu filho trancado aí no carro. Não, não, não. Eu faço isso. Você aceita ele? Então deixa o documento. Ele só não contava que o marido dela era amigão do capitão do batalhão. Putz. Nossa, olha que azar. Esse entrou no programa Ferrá, mano. Sorte. Sorte de Deus. Esse entrou no problema, hein, cara. Quando ela desceu, avisou o marido, meu marido ainda avisou o capitão. O capitão me ligou: “Chefe, ó o que tá acontecendo. Isso, isso, isso”. Eu falei: “Para, para, é o seguinte, já pega nota de dinheiro, foto, eh, cópia no sulfite, porque se ele mudar a conversa e tentar estorquir no financeiro, já tem as provas de que não foi entujado.” Então, por o que acontece? Tirar foto da enumeração das normas. Isso porque senão ele pode falar que aquela aquela aquela dinheiro que tava com ele era de trabalho, alguma coisa, porque o advogado cria qualquer retórica. Aí eu falei: “Então, identifica as notas, leva câmera dentro do carro dela e os agentes secretos, tudo em volta, monitora, fala para ela não oferecer nada, chegar quieta e deixa ele fazer a proposta, porque é capaz de vir um bosta de um advogado e falar que ela induziu, então ela quietinha, deixa ele fazer todo.” Ele não só fez a proposta, como ele virou para ela e falou assim, ó: “Se você tá com dúvida, arrependida, então me dá em dinheiro. Ele caiu em tudo certinho. A hora que ele reforçou que ele queria ter relação com ela na base, os policiais foram. Prisão nele, prisão nele, chiquerin da viatura algemada, aquela raiva. Vamos pro batalhão para fazer a prisão em flagrante. Quando estamos lá fazendo a prisão em flagrante, começa uma gritaria no estacionamento do quartel. Aí eu saí lá, que tá acontecendo? Uma barca de tático da Baixada. E os policiais do meu batalhão segurando um um policial do tático. Eu vou matar esse desgraçado. Eu vou matar, eu vou matar. Eu falei: “O que que tá acontecendo?” marido da Não, não. Aí a mulher do Eu chamei o policial do serviço reservado. Olha, olha o que tinha acontecido. Esse maldito desse policial fez a mesma coisa com a mãe daquele policial do tático. E esse policial do tático já tinha avisado nosso pessoal do serviço secreto nosso para ficar de olho que tinha algum, porque a mãe não guardou nome, nada, não queria fazer reconhecimento. A mãe só falou pro filho: “Ó, aconteceu isso, tal”. A mãe não deve ter dado detalhes de medo do filho subir e matar o cara e ir pra cadeia. Sim. Ela só jogou, falou: “Meu cara sem vergonha, me fez uma proposta assim, assim, assim”. Ou seja, aquela mulher não era a primeira que ele tava tentando estuprar, estuprar de serviço, cara. ele foi condenado e expulso da instituição. E então eu uso esse exemplo para dar aula para os comandantes de sargento e oficiais e fala assim: “Ó, cuidado, olha às vezes o tipo de desgraçado vagabundo que tá no meio da nossa instituição. Isso é a favor de pena de morte”. Então, cara, é é assim, ó. Eu eu eu sempre eh fui fui forte quando era apura ação interna. Eu nunca fui maldoso na fiscalização. Tem alguns oficiais que acham que você ser bom comandante é você ficar esculachando o policial porque a farda tá amarrotada, porque o cabelo tá grande, a barba não foi bem feita. Eu nunca fui muito ligado nisso. Chamei atenção algumas vezes de algumas coisas que passou do limite, mas quando vinha a denúncia de cara envolvido com crime grave, aí mano eu me dedicava com requinte de detalhes para fazer esse cara embora. Entendeu? Lógico. É. Então o que que eu faço nesse caso ele ficou preso também? Anos s anos. Pouco, né? Pouco. Ele na verdade ele é um estuprador que entrou pra polícia. Entrou na tentativa, né? de tá com a criança, acho que agrava para caramba também, né? O cara lixo demais. Então, cara, então é assim, nós temos e aí você fala assim: “Pô, mas isso que você falou é complicado, porque você acha que nas outras polícias não tem?” Eu só, eu só acho que a o percentual aí eu não sei se é igual, eu tenho certeza. Entendeu? Então, cara, e nós temos problemas na área de segurança pública, temos, cara. Só que a hora que você pega a produtividade da Polícia Militar e você vê quantas pessoas eles prendem flagrante, quantas armas eles tiram de circulação, quanta droga eles apreendem, cara, você fala assim, ó, se isso fosse a uma metalúrgica, a cada 1 milhão de parafuso que eu faço, sai dois com defeito. Eu tenho que bater palma para essa instituição. Claro, porque a produtividade dela é gigantesca perto da quantidade de erro e desvio de conduta. Sim, sim. É um negócio gigantesco, cara, na nossa instituição, entendeu? Coronel, só uma dúvida. Eh, o hoje qual eh o efetivo policial militar é é muito maior do que o civil. Uma é 84.000, outra é 20.000. Civil é 20.000. Tá. Não, só curiosidade, não é exatamente isso, mas é nessa proporção. Curiade. Só curiosidade mesmo. Me permite dar uma mudadinha de assunto? Claro, meu chefe. Você manda aqui. Vamos lá. que tá acontecendo agora um um caso que a gente tem que chamar de grave em São Paulo, que é o ataque ao transporte público. Então, tô atacando ônibus, queimando ônibus e tal. E parece que esse ano já chegou, e nós estamos em julho, né? Esse ano chegou, parece que já 750 ônibus atacados, se considerar grande São Paulo e Baixada Santista. Parece que só essa semana foram sete ou oito. Parece tinha um jogo, né? um jogo de que era um desafio de um jogo. Então, tem gente falando que é jogo, tem gente falando que é facção criminosa que não pegou o contrato de ônibus, que eu acredito que a maioria dos transportes públicos é de bandido, né? Então, o senhor tem alguma informação? Sabe por que isso tá acontecendo? Esses ataques a Porque tem gente se machucando seriamente nesses ônibus, né? Eu eu vou falar para você assim, ó. Eu não tenho dados de investigação para te passar, certo? Mas tudo orquestrado, eh, com esse tamanho, com essa, com esse formato, sempre tem alguma coisa, eh, eh, relacionada a dinheiro por trás. Quando você acha que é uma manifestação por um abuso, por exemplo, não é, não tenho certeza. E me dá a impressão que há um desvio de foco com essa história de desafio de internet. Então eu vou eu vou te contar uma história. Quando eu tava infiltrado em presídio, quando eu tava infiltrado em presídio, tinha algumas rebeliões que a gente não entendia porque o presídio era homogênico. Eles falavam assim: “Caramba, como é que virou e destruiu a cadeia inteira num presídio que não tem rival?” Aí um dia um diretor virou para mim e falou assim: “Você sabe quanto custa para comprar 450 beliche, colchão, janela, porta, pintar, telhado? Você você põe isso no papel? Você sabe quanto que tira para cada licitação dessa por fora? É um acordo. Entendi. Então, quando você fala para mim assim, ó, existe algo orquestrado em grande proporção, não é uma simples manifestação. Tem algum outro interesse envolvendo tudo isso, algum recado que tá sendo dado ou algum esquema por trás disso. Sim. Por quê? Queimar ônibus. O combate parece que tá sendo meio falho, né, a isso, né? Você não vê pessoas sendo presas. Eu, de preferência gostaria de ver pessoas sendo mortas quando faz esse tipo de coisa e não tô vendo. Qual Qual que é o Qual que é o crime do dano ao patrimônio público em termos de pena? E aí quando você a maioria das vezes, eh, quando é manifestação, eles usam uma grande quantidade de pessoas da comunidade. Sim. Para dificultar a autoria. E que se você tocar um inquérito desse, todo mundo que vai lá vai falar para você assim, ó, se eu não fosse, eu seria, eu vou morrer dentro da comunidade, então. Mas quem deu essa ordem? Não sei. Lógico. Aí você fala assim: “Vou meter um cara num dano ao patrimônio público, uma trabalhadora, uma não sei o quê”. Não vou chegar numa autoria decente que é o o dono da boca, que é o traficante, é o torre da facção. Caramba. Então é a história do fumar maconha. Eu falo isso pros policiais. Muita gente acha que eu tô enfraquecendo no meus nos meus na na nos meus valores, nas minhas convicções. E não é, cara, é assim, ó. A políciaões, ela é um instrumento das vontades da sociedade. Ela representa um controle que a que a sociedade quer que seja controlada. E de que forma? A sociedade escolhe quem legisla, quem legisla cria as leis. O que eles criaram, eu tenho que cumprir. Era para ser assim, né? Não, é, esse é o conceito da democracia. Não tá sendo assim. Não tá sendo. Porque a democracia no nosso país, cara, acabou. Ela vai acabar com o nosso país. Outra coisa que eu não podia estar falando aqui. Mas é, cara, fica tranquilo que o senhor não tá sozinho. A gente tinha que mudar de democracia para meritocracia. Você tinha que ter mínimos requisitos para ser um gestor público. Que tá. Isso tem um nome, na verdade grego, antigo, há 2500 anos, que chama aristocracia. As pessoas odeiam, né? É, mas se você falar assim, já estão falando assim: “É os rico contra po” ou república não, mas aí não é questão de dinheiro, é questão de capacidade intelectual, por exemplo. Não tem nada a ver com o dinheiro. A narrativa vai ser essa. Aristocracia é só quem consegue estudar, quem consegue estudar e quem tem dinheiro. E não é fica mais, fica mais fácil o conser república, né? Quem quem produz vota, quem produz opina, quem produz eh participa não se exigir qualificação também para um cara que vai eh ocupar um cargo público é absurdo. Absurdo. O cara não não sabe administrar um mercadinho, vai administrar um país a gente tá vendo aí, inclusive antigamente a gente via isso muito como vereadores, com vereadores. Hoje a gente tá vendo com prefeitos e até governadores que são completamente analfabetos e presidentes. Esqueci de falar desse. A gente tá vendo isso. Então, pessoas são completos analfabetos. Como é que a pessoa vai ter capacidade de compreenser, compreender qualquer coisa se ele não sabe se quer ler, por exemplo. E as pessoas aí que tá, quem tá errado, porque as pessoas estão votando nessa gente. Recebi um vídeo aqui hoje, até se acha de uma, acho que é prefeita, completamente analfabeta. Falei, alguém votou nessa [ __ ] mais do que ela, então. Mas é uma faveta do que ela. Se você quiser mandar pro Mateus, você consegue, Mateus, se ele te mandar um vídeo, manda naquele no que você falou hoje. Então, vou voltar pra história da maconha para você entender. Voltar pra história da maconha. Você acha que eu tenho amigo maconheiro? Lógico. Claro que eu tenho. Claro que eu tenho. Aqui, ó. Ô, brincadeira. Se bobear, não. Se bobear não. Eu tenho parente, cara. Não é amigo, tem parente. O único amigo maconheiro que eu tenho, por conhece é um monarque. Tem outro. Vou, eu vou dizer, eu vou dizer uma coisa para você. É assim, ó. O que a a lei 11343 fala sobre o usuário de entorpecente, que é a lei de drogas, que é o artigo 28. Ele fala assim: “O o a posse do da droga para uso, para consumo próprio, ela é crime ou não é crime?” Não é mais. Não é mais. É crime. É crime. Claro. Por que que é crime? Porque qual é o conceito de crime? Crime é um fato típico e antijurídico. Ou seja, toda vez que uma lei prever uma conduta e uma sanção, é crime. Mas que não é o que dá, tem que se dar cadeia. Não tem esse conceito. Era contravenção penal. Não tem essa diferença. Você não sabe nada. Qual que é a diferença da contravenção pro crime? Eu achava que era cadeia. Pena é o crime não. A contravenção é crime a não. Então crime da quando a gente fala crime de forma genérica, não tem pena? Não, ela tem ela tem advertência, ela tem preso. Você quando você fala pena, você traz na sua cabeça privação de liberdade. Não, a pena tem várias modalidades de pena. Isso a diferença da contravenção com o crime é o tipo de pena e de prisão prevista. para contravenção, eh, é só prisão simples, para, para crime tem pena de reclusão e de detenção. Tá, mas agora com essa interpretação do STF aí que você pode até portar 40 g, se eu não me engano, de de maconha, automaticamente não. O que ele fez? ele tirou a a antijuridicidade de um fato conforme a quantidade. Então aquelas pessoas que foram pego com até aquele aquela quantidade, ela ela não comete crime por um entendimento de interpretação ali, uma decisão jurídica. Não, aí é que tá. Eu posso ser pego com 5 kg de maconha e entrar no artigo 28. Como que eu comprovo que que eu tô com posse para consumo? Por exemplo, eu trago lá 10 comprovantes de internação, chega meu pai e minha mãe e fala assim, ó: “Ele vendeu tudo que eu tenho na casa. Ele fuma essa [ __ ] aí o dia inteiro. Eu faço comprovação de que eu sou um viciado que consumo 5 kg em do dias.” Entendi. É porte para consumo. Como que é o tráfego? Comércio. Então, se eu for pego com 1 g vendendo para ele, eu tô traficando. Sim. Entendi. Aí não tem limite, não tem nada. Quem fala de quantidade é só essa decisão para tirar de um fato típico. Entendi. O resto todo, a quantidade não define. O que define é a intenção. Entendi. E o que você comprova. Então, por que que eu tô falando isso? o crime de porte de entorpecente, que é o artigo 28, que ainda é crime, porque ele é um fato típico, foi tipificado na lei de drogas como uma conduta criminosa, ele tem como pena três possibilidades. A primeira é uma admoestação verbal. O que que é admoestação verbal? Na minha época era um tapão na cara do Não, aí é física, não é verbal. Uma uma admoação física é essa, a verbal. É o Eu não sabia nem do do É o famoso a famosa bronca. Sim. Então a admoestação verbal é a bronca. É advertência verbal. É. Não, ela fala admoestação verbal porque assim vai doer do que eu falar. Posso caprichar isso [ __ ] Eu vou te eu vou te admoestar. É no trânsito tinha muito isso no passado. Quando o policial pegava na estrada ele dava uma bronca. É. Então, mas assim, as pessoas que nós escolhemos para estarem lá criar uma lei dizendo o seguinte: “Quando eu parar você com droga para você consumir, a sua pena vai ser a admoestação”. Aí se você for pego de novo, que aí é [ __ ] né? Duas, eu já te dei uma bronca. Eu te dei uma bronca. Você não mudou com a bronca que eu te dei, aí você vai ser colocado em tratamento ambulatorial. E se você reincidir de novo, você vai prestar serviço pra comunidade. E existe a profissão admoador. Então o admoestador é o juiz. É o juiz. Então, olha que interessante, as penas pro artigo 28, como não prevê pena maior do que 2 anos de privação de liberdade, o artigo 28 entra na lei 9099, que é a do juizado especial criminal, que quando você pega a lei 9099, só tem um caso de prisão em flagrante para quem comete crime com pena até 2 anos. Vocês sabem qual é? Todos os crimes, a gente consegue fazer uma cartilha aqui, que a PM tinha essa cartilha pros soldados. Todos os crimes com penas até 2 anos, elas entram na lei 9099. Qual é a única forma de uma pessoa ser presa em flagrante, cometendo qualquer um desses crimes que tenha essa pena? Hum. Subordno? Não, aí ele tá praticando outro crime que é o o de corrupção ativa. Não faço isso. Olha como é difícil, cara. A a sociedade ela não tem noção do que é jurídico e o porqu do reflexo disso arrebenta com a sociedade. A única forma de qualquer pessoa que comete um crime com pena até 2 anos de ser preso, é a hora que o policial enquadrar, aprender, ele tá praticando o crime, o policial vai falar assim: “Ó, você vai assinar aqui um termo de que você vai comparecer em juízo para responder pelo que você fez. Se ele falar assim: “Não vou assinar”. Você tá preso em flagrante, cara. A lei prevê a única modalidade de prisão em flagrante para todos esses crimes é ele se recusar a assinar um termo de comparecimento. Mas isso aí também é impraticável, né? Mas uma daquelas leis que não, mas mas nós escolhemos os caras que estão fazendo esse tipo de lei. E aí o que acontece? O todo mundo assina, concorda? Todo mundo fala: “É só assinar isso, você não vai me botar no grampo”. É, assina aí. Aí o cara assina e vai embora. Quando ele vai responder, lá na frente, lá na frente tem três institutos. A conciliação, a não é conciliação, é a reparação do dano por conciliação. Sim. é a transação penal e a suspensão condicional do processo. Ou seja, antes de antes de ser julgado, o juiz vai sentar e falar assim: “Viu, você ameaçou ele, eh, paga cinco cestas básica para ele e e arquiva o processo, você continua primário. Se o outro aceitar e eu aceitei, tá acab acabou o processo.” Sabe uma coisa que eu acho se você não aceitar a vítima não aceitar e nem o autor vai paraa transação penal. Como que é a transação penal? Quem faz essa proposta de acordo é o Ministério Público com o autor. Sim. Paga cinco cestar básica que o teu teu processo tá extinto. A vítima já perdeu até a indenização. Sim. Se não acontecer isso e ele preencher os requisitos, tem a suspensão condicional que ele fica por um período com algumas restrições e o processo extinte. Ou seja, se ele não conseguiu nenhuma dessas três possibilidades, aí ele vai ser julgado. Se ele for condenado, como a pena não é maior que 2 anos, essa pena vai ser convertida em restrição de direito. Ou seja, quem vai cade quem vai pra cadeia num crime de pena até 2 anos? Ninguém. Ninguém. Ninguém. Coronel, dá um exemplo aí. Uns três crimes de pena até 3 anos. de entorpescente, eh, dano, eh, lesão corporal leve, furto, não, furto é 4 anos. Quatro. Então, cara, se você um dia tivesse na fazer nada, porque a sua vida é muito tranquila, você estava me contando lá que que você vive muito tranquilo, você pega o código penal e olha lá todos os crimes que a pena máxima é do anos. Você vai ver que todos esses crimes ninguém vai pra cadeia. E aí, onde eu queria chegar com o negócio da maconha? Eu escolho representantes que criam uma lei como essa. Sim. Como que eu vou chegar num policial militar e falar para ele assim: “Mano, quando você pegar maconheiro, dá uma parte de tapa na cara dele”. Ah, se eu sou comandante, eu falava. Então, ele vai, ele vai ser preso. Mas ninguém porque o abuso de autoridade com a lesão, ele vai pra cadeia. Sim. Já que você falou da maconha, só então o policial militar ele tem que entender o que a sociedade quis. A sociedade quis que ninguém que usa droga seja reprimido com privação. Sim. Por que que eu vou me submeter a botar a minha liberdade e o meu profissionalismo em risco para uma coisa que a sociedade escolheu? Mas eu até, desculpa até, ô Rogério, não vai, vai. Mas eu até já fiz um comentário sobre isso. Como assim? Sempre que se fala de bandido, é, não adianta punir, tem que educar. Não adianta punir, tem que educar. Agora eu, por exemplo, como motorista ou como empresário, suas duas coisas, não tem educação para mim, é só punição, punição, punição. Então, se fosse, imagina o seguinte, o cara chega na minha empresa, tem alguma coisa errada, é multa ou o cara pode até fechar minha empresa, não tem conversa. Se agissem desse jeito com o empresário, o cara ia chegar na na minha empresa, ia ter algo errado, ele falar: “Primeiro, bronca em você, te dou a bronca e vai embora”. Aí ele volta daqui um mês, tá errado de novo. Legal, você tá errado. Agora, você vai ganhar um curso do que você tem que fazer, certo? Eu queria que fosse assim com o empresário. E como é que você sustenta essa vagabundagem, essa regalia de um monte de gente se você não der seu dinheiro pro governo? Então por isso que eu defendo pegar essa constituição, rasgar e fazer uma nova. Essa questão não é criminal. Essa questão é a voracidade para bancar um monte de coisa errada que que tem nesse país. Concordo. Concordo. Porque quando você prende um bandido é custo pro estado. Quando você dá multa no empresário é lucro pro estado. Ou a multa de carro é lucro pro estado. Só que eu vou te falar que até essa narrativa ela é perigosa. Porque é assim, ó, para para pensar, se você pegar dos 100% dos presos que estão no sistema penitenciário, eu não sei o número exato, mas eu posso te garantir que mais de 80% deles estão presos em flagrante. Foram presos em flagrante. É, a minoria é preso com investigação. É porque a a polícia civil e a polícia federal com esse número reduzido, eles se dedicam a investigação em coisas mais graves. O cara não fica investigando furto. É, entendeu? Então assim, a grande maioria que tá cumprindo pena rodar em flagrante. É só você pegar o número de prisões em flagrantes que as polícias militares fazem. E e flagrantes de policias civis, tem um monte de policial civil que fica patrulhando aí praticamente fardado e fazendo flagrante. Guarda municipal fazendo. Hoje a guarda lá do meu município prendeu sete no tráfico. Sete. Três deles foram agido. Só que no não [ __ ] ocorrência. Parabéns lá uma uma operação da guarda junto com o delegado Dr. Fernando lá do do da delegacia de Montemor e tem mais oito mandado para cumprir semana que vem. Ou seja, esses caras presos em flagrante é são a grande maioria dentro do sistema penitenciário. Mas até esse mecanismo tá sendo destruído. Eu falei isso outro dia em audiência de cust audiência de custade a metade tá tá saindo. Eu vou chegar na explicação disso para você. O que acontece? Se você fosse um advogado, nós somos dois advogados. Você se se especializa na área penal e eu na processual e você praticou um crime. Qual dos dois você contrataria? Você processual, ele penal. Penal. Penal. Você vai ser condenado. É processual. Processo sempre tá errado. Preso em flagrante. Não dá para discutir a autoria. Mas, mas dizem que o penal assim no primeiro momento é o melhor, né? É, quem diz isso aí tá te mentindo e você vai continuar. Você não entendeu, né? Não diz o que é melhor que ele vai lá, né, para ver o que que realmente aconteceu. Não, eu vou eu vou te falar da parte técnica. Conversa com o delegado. Eu não falei isso. Você que tá falando falar de sacanagem. O que eu vou te falar é o seguinte. Se você foi preso em flagrante, como que eu vou discut discutir se você cometeu ou não o crime? Você foi pego em flagrante, acabou. Não tem discussão se você é autor. Como que eu vou te soltar nas falhas do processo? Quem entende de falha de processo? O penal ou processual? Então, quem são as grandes fortunas desse país na área jurídica? Fora os tributaristas, comercial, essas coisas todas, mas na área criminal, os processualistas, porque a grande maioria dos bandidos for tudo preso em flagrante. Então, se você quer ter benefício, você vai no processo, você não vai na autoria. Autoria já tá definida, você foi pego em flagrante. É, se a gente fosse já ia para essa. Ó, essa aula eu vou dar lá em Manaus semana que vem pros cara. Quando você pega uma grande quantidade das audiências de custódia, o que que os processualistas falam pros clientes? Amigo, você você tava roubando ou você tava traficando, isso nós já sabemos que você te cataram cagante, fragrante. Te cataram cagando. Então vamos pegar o erro. É o seguinte, se o policial te bateu, ele ele acabou de cometer um crime de lesão corpor corporal com abuso de autoridade. E tudo que ele fez depois disso não vale mais. É prova ilícita. Cansar a achar a droga prova ilícita. Uhum. A arma que ele achou prova ilícita. Tudo porque na teoria da árvore dos frutos envenenados, a primeira prova foi abordagem, ele já te bateu, o resto que ele fez tá tudo anulado. Então os caras quando vão em audiência de custódia, o juiz bateu, o policial te bateu, bateu, bateu do cabelo para baixo. Aí isso que tem que bater mesmo. Já que vai dar, já que vai dar isso. E o juiz oficia, oficia a unidade policial para mandar investigar. Sim. Só que quando você requer o laudo de exame de corpo delito, como que ele vem? Negativo. Ele não apanhou. É uma jogadinha ali para eu tentar inviabilizar o processo. Mas eu já vi cara se machucando para isso. Você tem dúvida disso? Que o cara mesmo ele se autolesiona para para gerar uma prova dessa. Então hoje, cara, o nosso país tá sofrendo não por problema penal, tá sofrendo por problema processual penal. Sim. foram construindo os lobby de todo que é tipo jurídico foi construindo uma legislação para criar subterfúgios para eu arregaçar um processo porque a maioria dos do do dos criminosos nesse país são pego em flagrante. Como é que eu defendo? Você vai prender o o bandido, você tem que pôr o gema primeiro na mão direita, depois na esquerda. Se colocar na esquerda primeiro já. Aí, ó, aquela história que ele falou, por exemplo, assim, ó: “Quando eu te dou voz de prisão em flagrante, eu tenho que seguir o rito do código de processo. Eu tenho que falar que você tá sendo preso, quem é que tá te prendendo, eu tenho que te dar uma nota de culpa, eu tenho que fazer um exame de corpo, eu tenho que seguir tudo ali, porque uma daqueles critérios que geram nulidade do ato, o processualista sabe disso, ele vai, onde tá? Ele te falou seus direitos, disse que você podia ficar calado. Qualquer coisa que ele pega ali, ele arrebenta o processo. E vem cá, então se um comum der uma voz de prisão, ele tem que ler os direitos. Ele tem que falar para ele, você tem direito de permanecer calado. Wagner, você está preso. Você tem direito de permanecer que você disser é que na verdade não é nesse momento que você põe esses critérios, é na hora da elaboração do flagrante, quando ele vai ter ciência formal que ele tá sendo autuado em flagrante. Então, no distrito policial, antes dele se manifestar na parte formal, tem que ser dado essa ciência para ele. Eu tinha mais uma pergunta para fazer pro senhor. Quando quando essa essa, não sei se é lei ou essa interpretação do do Supremo em relação à quantidade mínima agora de cocaína que passou pr cocaína maconha para para 40 g. Você tava nativo ainda ou não? Tá não. Eu acho Ih, agora você me pegou, hein? Aí acho que foi ano passado. É, eu ia te perguntar depois dessa depois dessa Não, senhor, senhor saiu em janeiro, com certeza. É, é que eu não sei quando foi a decisão, cara. Então, depois dessa decisão eu ia perguntar a as viaturas agora anda com a balancinha. É, como é que você? Eu tenho eu tenho as umas ideas. É que eu já vi policial, ele pega, tipo, tem uma farmácia, uma padaria do lado, ele vem e usa a balança do estabelecimento. [ __ ] Hã, é, na verdade, o que eu sei é o seguinte, que eu e aí se eu sou do processual é a ferida pelo imetro. É, exatamente, mas essa balança aí não quem garante que essa balança estava correta? Mas é que aí na na delegacia delegacia cadeia de custódio de prova, essa essa pesagem inicial você só vai fazer para você tomar uma decisão, mas lá na lá na delegacia isso vai ter que ser com perícia no Instituto de Criminalismo. E se der 35, você molha ela? Não molha e põe no saquinho. Ah, quero ver se não quero ver se não dá 40, 50 lá. V dar uma olhadinha falar um negócio que você não vai gostar de quando você vendia papelão, você não molhava papelão. Molhando papelão, cara. Então eu já molhei papelão para vender quando era moleque. Você não vai gostar de ouvir. Eu não nunca gostei de perder tempo com esse tipo de crime. Uso para consumo. Sim. É um putade energia, dinheiro e tempo com algo que a sociedade quer que ele tome uma admoestação verbal. Essa brão que eu dou. Precisa ser o juiz. Mas tinha que dar um tapão junto. Vai só para quer me ver perder a comer. Já fez comer já. Se você é bom, então come essa [ __ ] E você comer, você tá, você já fez há mais de 20, há mais de 20 anos atrás, você prefere se manter em silêncio? Eu não tô guardado, eu só falo em juízo. Eu se eu fosse, se eu fosse policial ia ser muito igual ao capitão nascimento. Quem que, né? Mas no quem matou esse cara aqui foi você que matou, filha da [ __ ] Coronel, eu ia ser muito esse cara, coronel. Mas assim, a eu imagino que no nos últimos anos nunca ocorreu isso daí, até porque o senhor tava no comando alto ali, né? Mas assim, logo no começo, nos primeiros anos, assim, nos primeiros 5 anos, você fez alguém comer a a o carboidrato, carboidrato verde. Eu só falo em juízo. Ah, manda aí para nós, cara. Eu eu já ouvi uma história de uma mulher contando isso. O senhor contou o caso desse cara aí que, por exemplo, que que tentou estuprar a mulher, foi isso que aconteceu. Mas já vi caso de mulher, por exemplo, ela vai tomar uma multa de trânsito e a mulher se oferece para não tomar multa. O senhor já viu esse tipo de coisa? Eu nunca tive, eu nunca tive, eu nunca tive apuração nesse sentido, mas que eu sei, que eu sei que o, a, a bota da Polícia Rodoviária, ela gera e assédio feminino, isso eu sei. Mas isso entra como suborno? Se a mulher, se a mulher se oferecer, é, é suborno. Qualquer, qualquer, qualquer oferecimento de algo que te favoreça pessoalmente, você deixa de praticar ato de ofício, você tá na corrupção passiva e ativa. Mas e aí, como que coloca lá as fotos do que foi oferecido no processo? Você quer ver minha foto? Não. Então, mas como que prova isso? Porque quando eu souborno em dinheiro, eu tenho dinheiro. É a moeda, né? Mas se a mulher oferece, como é que não tem nem numeração, né? Essa aí não tem numeração. Como é que teria que fazer uma investigação? Pera aí então que eu vou ali só ver o negócio. Aí o cara volta com câmera. É, hoje as câmeras tá tá para ajudar o policial também, né? Ajuda também o policial, né? Foi muito criticado, mas tem esse lado de ajudar também. Mas a grande defesa da das câmeras corporais é esse. É a produção de prova a favor do policial. Eu falar a verdade para você, eu como foi implantado na polícia, eu sou contra, porque eh foi sem um critério de proteção institucional. E aí eu vou explicar o que que eu tô querendo dizer. É assim, ó, cara, se nós temos uma parcela da sociedade, já é nacional isso ou foi só no no acho que começou com Dória, só na cidade, né? É, o problema é que até isso foi bater no STF, o STF colocando determinação para, por exemplo, teve uma decisão bloqueando operações no litoral se a tropa não tivesse com câmera. Precisou o nosso comandante geral ir lá e explicar para um ministro assim: “Ministro, nós temos 2.000 câmeras, mas nós temos 20.000 policiais. Eu faço o que com os outros 18.000 que não tem a câmera?” Não, eles não fazem operação. Ministro, a gente gostaria de ter 20.000 Só que com 2000 câmeras é 50 milhões o, eu tô inventando aqui os números que eu não sei exatamente todo, mas é 50 milhões o contrato. Se o senhor conseguir mais 500 milhões para eu pôr na polícia inteira, a gente faz. Eu tô fazendo aqui um jeito, um jeito idiota de explicar, mas precisou para você ver, cara, como a ignorância ela destrói a a tem gente num altíssimo nível achando que você tá tá tá sendo Mas você acha que é ignorância isso? Então, sei ignorância, cara, eu tô querendo ser eu tô querendo ser ser justo em achar que realmente é ignorância, porque senão é muito pior, cara. Não. Agora o que eu falo para vocês é é é é é o seguinte. Determinadas tropas policiais, a câmera eu acho necessária, principalmente para quem faz fiscalização que envolve dinheiro. Aí eu eu sou a favor de ter. Agora quem faz combate ao crime, crime organizado, eu vou dar um exemplo para você, ó. você entra numa comunidade, as as melhores prisões que eu fiz em comunidade, eu não sei se eu falei aquele dia contigo, eh eh por exemplo, rota rota, cada comandante de equipe tem um traço de personalidade. Então vamos supor, na Matutina eu tinha um um cara lá, um sub fantástico, que o tesão dele era ficar nas nos grandes corredores de carro roubado, perto de área de desmanche. Então ele gostava de de perseguir e trocar tiro. Se você quer perseguir carro roubado, moto roubada, tem os corredores que a gente já sabe quais são, perto de desmanche que os caras estão indo levar. O que que você faz? Você fica ali e fica escutando a rede, ó. Tenta as viaturas aí. Foi tomado de roubo aí um sei lá, um gol para castal. Você fala: “Mano, espera o gol passar ou vamos esperar passar.” Então ele tinha muito êxito nesse tipo de combate. Aí você pega um outro que o cara gosta de roubar banco, ele fica nos corredores bancários. Você pega um outro que gosta de tráfico. Tráfico como que você faz? Anda dentro de comunidade. Eu meu tesão sempre foi comunidade. Então eu gostava de sair, eu ia pras pras comunidade grande, eu escondia a viatura e ficava andando lá dentro. Horas horas andando. Por quê? Você entra na casa das pessoas com educação, porque ali tem muita gente decente. Ô, senhora, tudo bem? Estamos aqui hoje, senhora quer colaborar, quer ajudar a gente? Que que tá acontecendo? Onde tá o bagulho? Tal. Tem pessoa que você fala, ela já treme, ela entra em choque. Sai daqui, pelo amor de Deus, eles vão me matar. Não vou falar nada, não sei de nada. Sai da minha casa, por favor. E você vê que é decente, se senhora, desculpa, disponha da polícia, tal. Você tá na porta ali trocando ideia. Aí você entra numa outra casa que você quando você entra, você já sente o cheiro e e o e o cara olha para você, ele fala assim: “Meu Deus, para onde eu vou correr?” Você fala: “Mano, aqui tem.” Aí você já chama ele ali na porta e fala: “E aí, mano? Quer que eu entro, reviro tua casa ou você vai me dizer onde tá?” Aí você fala: “Pô, mas é abuso, cara. Você tá ameaçando ele? Você não tem mandado, você não pode fazer isso, velho. Nós vamos combater o crime como? Com educação. E essas situações foram há mais de 20 anos também, né? Não, não, cara. Eu disse eu não tenho medo. Assim, esse é o jeito de você trabalhar dentro de uma comunidade. Você vai conversando de casa em casa. Sim. Na porta você não entra, você chama e troca ideia. Mas quando você abre a porta, você vê o que tem lá dentro. Sim. E você tem uma ideia ali, entendeu? Tem casas que quando você toca, o cara já sai pulando janela correndo, entendeu? Então, cara, eu sempre fui de de andar em comunidade. Cada policial tem ali um um jeito de trabalhar, cara. Que que ele aconteceu? O que que nós fizemos aí? Eu o microfone que tá Não, fica quieto, Mateus. Manda mensagem aí. Não liga para ele não. Não liga para ele. Já começou a gravar, Mateus? Ô, Mateus, vez pensou começar? É para você parar de cutucar o microfone. A Bia ligou, ele fica nervoso. Meu, hoje é o último dia dele, né? Ele manda, ele manda no chefe, cara. Manda. Cadê? Que [ __ ] é essa? Por isso que o militarismo é bom aqui, aqui, aqui. Agora a pouco ele fez assim para mim, ó. Aí eu pedi para ele falar, ele arruma o microfone. Como que eu vou saber que esse gesto é para arrumar o microfone do coronel? Esse Mateus é doido. É igual eu já até pergunta, mas é é esse era o dia a dia nosso no no dentro da comunidade e tal. É. Então, mas a gente tava a gente ia falar de alguma coisa antes, agora me ferrou. Perdi. Você falou até que de cada comandante gosta de de um tipo de serv de de de serviço. Eu acho que você tinha me perguntado alguma coisa antes que eu não quis falar o que que era se tinha batido. É. Aí eu falei assim: “Não, mas isso daí, esses essas essas ocasiões que você entrava dentro da casa sem o mandato?” É porque você passou de 20 anos, precisa não, não, não. Porque você não precisa de mandado quando o morador eh autoriza. Então, quando você tá andando uma comunidade, você vai na porta, você bate e a pessoa vem. Aí você começa a conversar. Mas qualquer construção falar que não entra, então, mas uma construção irregular, vamos supor, eu tenho a minha casa, eu tenho tem decisão judicial que isso não autoriza a invasão. Você não pode entrar numa casa, bem que seja um lugar, não pode entrar numa invasão. Se você, se você montar um iglu embaixo de uma ponte, eu colocar uma tenda, você não pode entrar na minha tenda. É domicílio, não pode. Nossa, que absurdo. Aí é que tá, tem muitas decisões. A gente tem, a gente hoje tá com uma Tem uma decisão boa, né? Só tem decisão ruim, cara. É uma luta insana. Você luta contra tudo e todos quando você quer fazer polícia. É, é isso, cara. É, é por isso que eu falo para você assim, ó. Se a sociedade tivesse ideia do quanto os policiais fazem para mais e se expõe, a gente deveria ser endeusado, cara. Mas não. Pegam aquela parcela menor de erro, de problemas, de desvio como esse que eu contei, que tem, eu não sou hipócrita, tem. e todo o resto do da da do esforço vocacionado, porque para e pensa qual que é a competência da Polícia Militar em termos de lei, de constituição. O que que diz a lei? Prevenção, acho que é só e repressão imediata. Repressão imediata, tá certo? Ou seja, se eu não deparar com crime acontecendo, o correto era eu ficar parado patrulhando e falando assim, ó, tá me vendo, tô prevenindo. Tanto é que P2 era para existir ou não, segundo a constituição, segundo a legislação. Qual que é o embasamento do serviço de inteligência que é a P2? Investigação. É a investigação. E a Polícia Militar ela é investigativa, não é? Para quais crimes? internos militares. Ah, tanto que a gente a gente é presidente de inquérito policial militar. Então, mas mas o P2 é o P2 não é não é da corregedoria da corregidoria não. Cada batalhão tem o seu P2. Qual é o serviço do P2? Investigação interna. Na prática ou na teoria? É assim, ó. Deixa eu explicar para você. O P2 car vão achar que eu sou contra a polícia nesse episódio aqui. Eu não tenho, eu não tenho restrição, só tô torcendo para você ser abordado e se perguntar em onde você tá indo. Eu não tenho restrição de de falar falar as verdades, cara. Não tenho. Apesar de depois apanhar, mas não tenho, cara. A verdade é assim, ó. O P2 ele é um serviço com dois chefes. Ele tem um centro de inteligência que traz todas as diretrizes, normas e o que eles querem do serviço de inteligência. E ele tem que ele responde nível hard, tá? Tipo assim, se a chefia do serviço de inteligência achar que você pisou isso aqui na bola, ele te discredenciam. Você não pode nunca mais trabalhar no serviço secreto. É rígido num nível que você não tem noção. Se você roubar no truco, ele te discredencia. É, é uma brincadeira, mas é por aí, entendeu? Se acima de suspeito, né? Só que esse serviço de inteligência, ele funciona dentro de uma unidade e esses policiais são comandados por um coronel. Tá? E aí eu vou te dizer assim, ó. A ordem que eles recebem, você é subordinado ao teu comandante, você deve satisfação para ele, você subsidia ele com informações estratégicas, mas nós estamos aqui. Não se esqueça que você é nosso do serviço de inteligência. Então o cara fica meio dividido. Dividido não, ele ele sabe que ele responde para dois. Sim. Qual que é a missão hoje do serviço de inteligência? O serviço de inteligência é público interno, certo? E público interno, eu tô falando de crime militar, sim. E processamento de informação estratégica. Então, aquelas coisas que antigamente a gente chamava de velado, o velado ele fazia campo criminal, investigação quase que polícia civil. Isso foi cortado, tá? Não é para fazer. Ah, há 10 anos, 15 anos, os P2 estão cada vez menos fazendo investigação criminal, mas ainda faz. Mas eles fazem processamento de investigação é uma coisa, processamento de informação é outra. Vou te dar um exemplo. Começa a chegar informações para ele de uma quadrilha de tráfego numa rua tal. Ele vai informar pro nosso tático que naquela rua o o tráfico tá tá descontando. Aí vocês vão lá, mas ele não vai lá tentar comprar e tentar negociar mais. Antigamente fazia essa infiltração. É, os caras eram infiltrado mesmo, né? Eu fiquei, né? Já te contei as histórias. Fiquei dois anos. Então isso a instituição foi quebrando. Por quê? Porque o lobby da Polícia Civil, do Ministério Público de usurpação de Função, foi começando a colocar um monte de gente em situação de cheque. Eles não querem que a gente faça isso de jeito nenhum, entendeu? Sim. É a mesma coisa de eu querer arrebentar os policiais civis que trabalham caracterizado. Eles não são investigativo. Só que quando nós ouv, se você botar um delegado aqui, ele vai falar: “Cara, eu preciso cumprir mandado, eu preciso fazer escolta, às vezes levar, eu preciso ter uma mínima identificação para determinados serviços, senão não consigo fazer”. E aí você entende e tem algumas informações dentro de uma de uma gestão eh eh de combate ao crime que se o P2 não abastecer a o batalhão, a gente trabalha assim, ó. Mas isso pior que não tá pegando só a polícia, né? Tá tudo ficando mais difícil pra polícia. Mas vamos supor, o pessoal do IPEN, Instituto de IP e Medidas, ele tá se criando um monte de dificuldade, por exemplo, para fiscalizar, por exemplo, o posto. O cara não consegue mais fiscalizar. Aí você vê que tem 5000 postos que pertencem ao PCC. Aí dá a impressão que tudo isso tá ligado. Então aí a gente volta naquilo que nós falamos do Código de Processo Penal. Eu crio um monte de subterfúgios para eu conseguir soltar os caras. Enquanto tá todo mundo achando que o problema é penal. Ah, eu temos o problema penal que ninguém cumpre pena. Mas não é só isso. Nós temos uma enorme quantidade de cara cometendo crime e sendo solto e absolvido e tendo um monte de benefício no subterfúgio do processo penal. Não é nem na execução. O deputado se serviu agora. O deputado Ken Catagui ele aprovou um projeto agora para o o preso cumprir pelo menos 80% da pena. Já é. Isso passou na Câmara. Isso passou na na Câmara dos Deput. Isso. A Câmara dos Deputados. Agora vai pro Senado. Isso agorado. Aí depois tem um meninão que só dar é então só dar uma canetada. E aí nó é você me conta o resultado disso aí depois. Então, se falando do IPEN, você viu que que não tá fiscalizando mais por falta de de verba, de grana. E mas para montar carro tem então, mas aí talvez talvez a justificativa seja não não tá tá tá faltando grana até assume esse BO, pô, tá deixando, tá falhando ali, mas pode ser que tenha um grande interesse por trás, quem são os donos dos postos e não ser fiscalizado. Isso que eu tô falando, porque você vê tá tudo ligado, criminalidade tá mandando em tudo. Eu assumo esse boí, falo que tá sem grana, mas aí você vende, você vende água. Pode vender água no lugar de combustível. Toda vez que você fizer uma pergunta que você não consegue achar a resposta, a resposta tá assim, ó. Tem algum esquema financeiro por trás? Sim. Imposto tem, ônibus tem, po, pode fuçar. Eu diria que no Rio de Janeiro não tenha um contrato de ônibus que seja legal em lugares como o Rio, por Mas aqui em São Paulo se sabe também que são aqui também, lógico, mas por que que estão queimando o ônibus aí? Todo mundo sabe o que que é. Aí vem a mídia e fala: “Não, porque é um desafio da internet”. Ah, vá pro inferno. Desafio da então eu sou um otário mesmo. É, eu vou sair da minha casa, vou lá botar fogo num buzão por causa da internet. Desafio de internet não. Foi preso um cara mais de 40 anos, pô. Aí pegaram o cara, ele falou assim: “Né, é um joguinho da internet”. Ah, certeza. Você sabe que eu acho que o grande desafio da sociedade brasileira eh, é tentar saber quantos anos a gente vai conseguir manipular uma quantidade enorme da sociedade com narrativa muito idiota. Sim, mas é muito fácil manipular, né? Essa resposta vai definir quanto tempo nós vamos levar para ser para ser um país decente, porque mas tem tá vendo uns políticos bomas aí, aí o senhor tem que concordar, hein? Mas eu eu não tenho esperança. Estar vindo é uma coisa, a sociedade querer isso é outro, porque você já falou, cara, a gente a gente tem ido em alguns lugares, cara, que o a pessoa não consegue falar o português. Sim. e tem poder de gestão e fiscalização de verba pública grande. Cara, eu tenho amigos, eu lembro quando eu eu eu estudei, eu fiz mestrado no IPEN, o outro IPEN, o Instituto de Pesquisa Energéticas Nucleares da USP, né? E eu lembro quando eu tava lá, eu já engenheiro formado, obviamente me chamaram pra Marinha, tem a Marinha lá, a nopen já deve conhecer. Eh, e aí me falaram que inclusive eu já entrava como oficial por ser engenheiro. Isso. Quadro, quadro especial. Isso. Só que era 8 anos só. Isso temporário. E aí não valia a pena, que aí eu não saio, não me aposento como militar, né? Não valia a pena, eu me ferrava. Mas eu conheço vários militares. É legal assim, os caras eles fazem para que nem eu conheço um coronel também. Então o cara ele faz faculdade, ele faz isso. E você tem o oficial, como o senhor falou, e o praça. Isso. E eu já falei isso em podcast, meu cara, ele é um ele é um coronel, ele é um general, ele não tem como ele ser um idiota, porque ele tem que estudar para caramba para chegar nisso aí. Só que pra sociedade, todo policial, todo militar é um cara que nunca estudou. Por isso que eu falo que falta a narrativa para explicar. O cara não sabe por tudo que você tem que passar para chegar a ser um coronel. Você não chega sem estudo. É grancismo, entende? Concordo. É grancismo. Mas não tem, por isso que a gente tem que falar do outro lado, explicar. Olha, olha quantos cursos esse cara fez, quantas faculdade que esse cara fez. Ele não vai chegar a capitão ser um idiota. Na na verdade, cara, se você parar, tem um monte de gente que ainda acha que os militares de hoje eh são os mesmos da ditadura. Os caras já morreram tudo, cara. Sim. Não tem um militar na ativa hoje daquela época. Eu eu eu comecei no exército. Minha turma são os últimos 23 generais ou 22 generais promovidos nesse governo. Minha turma são de exército, não a da PM. Nem tem ninguém da minha turma da época da ditadura. Tem ninguém, são generais na BM. Então, cara, a gente é tudo novo, é outra geração. Nós somos uma geração, eh, que até os praças, cara, você cata soldado formado em direito, engenharia. Sim. Cara, fazendo medicina, soldado da PM em que conseguiu passar em coisa pública. Quando eu entrei, cara, você chegava nos polícias, falava assim: “Meu, liga o computador”. Ele: “Que que é computador? Que máquina é essa?” Pô, eu tenho por isso que trabalhou comigo, cara, que ele não sabe digitar no computador. Ele é chulro. O negócio dele é abordar, trocar ideia com o ladrão e para cima, trocar tiro. Se você falar para ele, faz um documento, ele chefe, pelo amor de Deus, cara. Aí não, aí não. Documento não. Isso aí é pro senhor que estudou. Eu não. E essa polícia não existe mais, cara. Esses militares, eh, caracterizado como um idiota, que é o que a, a mídia gosta de passar, gosta de fazer, ela é o grancismo. É a é a é a cartilha de fazer assim, eu destruo as instituições que preservam valores e dissemino o o a transgressão como algo legal. Então, o que que eu faço? Eu eu dou 1 milhão de visualização pra festa da [ __ ] dos artistas e a hora que eu for colocar um policial em algum alguma coisa, eu coloco ele mal fardado, zoado e estorquindo. Aliás, aí o senhor falou dos artistas, outro projeto do deputado Kim Cataguini também. Ele passou um projeto que você tem que ter pelo menos uma penitenciária de segurança máxima em cada estado. E aí eles alegaram que não tinha dinheiro para isso. Você viu da onde ele tirou dinheiro? Da lei Juanê. Ele tirou dinheiro da lei Juanê para construir penitenciária. Vai passar esse projeto dele. Esse parece que já passou. Só que aí vai pro Senado também, né? Vai pro Senar, que eu te falo é chegar no final. Ah, sim, sim. Claro, claro. Entendi. Você acha que o Caetano Vel vai deixar? Mas aí, mas aí que tá. Só que eu começo pelo menos fazer isso, por mais que não passa, eu mexo com a com a opinião pública. Eu falo, olha, olha o filha da [ __ ] do Senado que ele quer dar dinheiro pro Caetano Veloso em vez de construir penitenciária para prender bandido estuprador. Você entendeu? A gente tem que começar a mexer com opinião e eu eu tô eu não falei, né, que tem que mostrar que são perdidos que não podem ser a maioria da sociedade é contra isso, cara. Mas quem decide não é a sociedade. Mas que tá quando chegar no Senado e o senador não votar, hoje eu tô lá filmando e mostrando a cara dele. Falar, ó, esse filha da [ __ ] aqui não tá votando. Não vote mais nesse car. O problema é que os caras enganam a gente para [ __ ] cara. Então, mas hoje a internet, por que que você acha que querem regular a internet? Hoje eu tenho que mostrar quem não deve ser reeleito. A gente tem um monte de vereador, deputado. Tem que montar tipo um reclame aqui de de de eu eu é é por aí. Eu tenho que mostrar o bandido que não tem que ser reeleito. Você, você acha, você acredita mesmo nisso? Eu acho que a internet, eu já falei isso várias vezes, tá? A internet, o potencial que a internet tem de salvar esse país. E é por isso que querem regular, porque as pessoas não são burras como se como a gente acha, né? Se você explicar, elas entendem. E o único a a o único meio de comunicação que tá chegando com a verdade no público é a internet. Isso, eu concordo. Então, a internet tem esse potencial absurdo, só que a gente tem que usar. Por que que a polícia é tão proibida de usar internet? Por que que eles não querem que a gente concorra a nada? É, então você entendeu? Estão com projeto para você fala na internet, você é um policial, você fala na internet, você se ferra. Então, eu, por que que eu perguntei? Por que que eu não quero? Por que que a sociedade não pode ouvir o policial? Por que que eu perguntei se você acredita nisso? Porque e eu eu acho que eu eu acho não, né? O meu pensamento é que quem tá acabando, principalmente com o nosso país, é basicamente aquele meio de classe médico média na parte de responsabilidade. Porque eu vou falar para você assim, aquela mesma comunidade que vota no absolutamente incapaz para exercer um cargo, ele vota naquela pessoa que ele fala assim, ó, quanto pior, melhor. Vota no Tiririca. Ele vota, ele vota é o voto dos R$ 50 dentro de um envelope ou de uma ordem de um chefe de facção. Mas esa aí, você falou esse não importa o que você divulgar, mas você falou que a a classe média que é o Então vou chegar nessa explicação para você entender. Essa galera que é enorme, que que tá sendo movida pelo R$ 50 dentro de um envelope ou por um chefe de facção de bairro, não importa o que você fale na internet. Ele tá votando no semianalfabeto. Sim. Ele tá votando no no total despreparo porque eu não vou nem falar nos criminosos, não vou nem falar no criminoso, vou falar no despreparado. Aí quando você começa a melhorar um pouco a condição de vida, são pessoas que t um pouco mais de acesso à informação. O cara tem internet, o cara tem um pouco mais de estudo, ele tem um pouco mais de leitura, ele tem um discernimento de que um despreparado na gestão do dinheiro público vai me faltar remédio, vai me faltar condição, vai me faltar viatura, vai me faltar um monte de coisa, que é o que está acontecendo. Esse cara, esse cara, se ele não é, se ele não levar a sério essa decisão e aí ele junta com os outros que têm um pouco mais de responsabilidade, porque aí já estão num outro nível de cara, se você pegar um empresário, o empresário ele sabe o que vai acontecer com a empresa dele, o o voto ruim, ele sabe. Esses caras têm uma análise econômica da coisa. Agora aquela aquele meião quando ele fica isento ou ele volota ruim também, ele fortalece aquela aquela camada enorme lá embaixo que tá votando por ordem de facção, por por coisa idiota. Então, a única solução de você renovar a a gestão pública, e aí você fala dos cargos eletivos, é sair desse desse mundo de ignorância total. para o resto que tem um pouco de discernimento. E aí tá o problema, porque na última eleição tem pessoas que eu convivo que tem conhecimento, tem faculdade, tem tudo e escolher o voto baseado em coisa tosca, velho. Eu conheço vários assim, tipo assim, eu cheguei num amigo e falei para ele assim: “Meu, você votou em quem?” Quando ele respondeu, eu falei assim: “Por qu, velho?” Ele falou: “Porque o outro se manifesta de um jeito que eu não gosto”. Aí eu falei: “Ô, ô, Mongoloide, você sabe que o outro é um, mas embaixo dele tem 150.000 funcionário comissionado?” E aí, cara, essa estrutura gigantesca com uma certa ideologia, qual que é o resultado disso? Não, mas aquele cara lá, eu falei: “Ô, Mongoloide, você tá vendo uma pessoa, você não tá vendo uma estrutura de governo?” Então, cara, e não é não é o cara o cara lá com pouca informação. Eu eu eu acho que teria que ser pela Constituição para melhorar, cara. Isso sim. Aí você tem critérios, né? É. Aí você coloca assim, ó. Aposentado que não declara imposto de renda não vota, pensionista não vota, funcionário público não vota, quem recebe bolsa família não vota, pessoal. Mas pera aí, pera aí. O ap, um monte de coisa falar. O aposentado não, que não, que não, que não, porque se ele for aposentado de um salário mínimo, esse cara também não contribui com a sociedade. Agora se você tá associando inteligência com com o sucesso financeiro. Não, não, mas é e às vezes não tem isso, mas na maioria tem. Não, eu concordo que tem. É que no, porque o imagina o cara trabalhou a vida toda. Então, eu, aliás, é uma coisa que eu sou contra na nossa sociedade ocidental que isso é forte na oriental. A gente não dá valor no no na no ocidente, via de regra. O Brasil, então nem se fala, a gente não dá valor ao conhecimento dos mais velhos, mas esse aposentado que ganha um salário mínimo, ele é massa de manobra, então teria que ser só aposentado que declara imposto de rede. Sabe por que eu discordo da da sua visão? Não pode, pode, pode brigar aqui. Porque você aposentou em janeiro. É, mas ele declara imposto de renda. Ele declara primeiro aposentado. Qualquer um declara imposto de renda. Já acho um absurdo. Não interessa o quanto que ele recebe. Mas aí a gente colocaria outro critério, ó, que ganha acima de 5000. ganha acima de sete, entendeu? Porque senão você sabe que a toda vida esse cara foi massa de manobra. Sim. Você definir critérios de quem tem acesso a a poder votar é é muito é muito perigoso. O que eu acho eu acho que a gente deveria eu acho que a gente deveria melhorar a régua de quem está disputando o cargo, não de quem vai votar. Mas de quem quem escolhe também? Então você quer ver? Eu vou te dar um outro exemplo. Não, mas por isso que a gente discorde, beleza. É, é a maioria pensar elite que faz a transformação de ó, se escuta funk já não pode votar. Já tinha, para mim já era assim. Escutou funk, não vota. Corintiano. Corintiano não. Corintiano vai, porque eu tenho muitos amigos corintianos. Muito inteligente. Eh, e aí a gente volta a falar de alguns direitos que eles acabam destruindo a sociedade. Presunção de inocência. Presunção de inocência. a gente defende ela de forma absoluta ou relativa. Não existe presunção de inocência no Brasil. O que que você entende como presunção de inocência? Que eu sou inocente até que se prove o contrário. Sim. Não, o o conceito é então o conceito da presunção de inocência é: “Eu serei considerado culpada somente após o trânsito emjulgado.” Enquanto não trânsito julgado senhor considera o quê? Julgado até a última instância. Trânsito emjulgado era cabe mais recursos. É até e tipo a segunda instância. Você pode ter trânsito emjulgado na primeira instância, tá? Trânsito emjulgado, o sinônimo dele é não cabe recurso. Definiu, você é culpado. O juiz de primeira instância, ele ele estabelece isso? Não. O que estabelece isso é o Código de Processo Penal, os prazos. Por exemplo, você tem 15 dias para recorrer, perdeu o prazo, precluiu, não cabe mais recurso. Então, mas se ele recorrer, ele pode levar isso aí até o Supremo. Não, se você perdeu isso e se ele tá cumprindo os prazos e ainda cabe recurso, você é o quê? Então, mas aí quando inocente até que se prove o contrário, mas é quem tem mais conhecimento e mais dinheiro, então ele tem acaba tendo, não é? Mas não, eu tô só parte conceitual. E por que que eu tô falando para você eh que a gente tem que tomar muito cuidado com algumas discussões conceituais. Até até um determinado ano na polícia existia a punição disciplinar sem direito de contraditório. Então eu como comandante olhava para você e falava assim: “Meu, teu cabelo tá grande, hein, velho? Você vai ficar dois dias preso”. Eu não te dava o direito de explicar se tá grande, se não tá, de medir, de tirar uma foto. Você não tem recurso. Sim. É verdade. Sabida, eu te puno e você vai cumprir a pena. É legal isso? Não, não. Alguém acha isso legal? Não, não. Porque quando eu trouxer isso para outras camadas da sociedade civil, ninguém vai aceitar não ter direito de se defender do contraditório e da ampla defesa. Beleza? Quando você fala de presunção de inocência, é muito complicado você falar assim: “Ó, ele só é culpado depois do trânsito julgado.” Isso é tão perigoso que se eu se eu imputar esse crime para ele, ele ainda tem recurso, ele entra com uma ação de indenização dizendo que eu estou acusando ele de algo que não tá definido. É um perigo isso. Você você falar onde onde a gente chega nessa questão de onde a gente quer chegar da da presunção de inocência? Se eu for discutir presunção de inocência, a gente começa a entrar nessa celuma que é complicada, você defender ou não a presunção de inocência. Só que quando você fala em cargo público, olha que interessante, você hoje resolve prestar concurso para PM. Beleza? Você pode ter tido um cheque sem fundo na época que tinha cheque. Eu acredito que na investigação social não vai passar, né? Não passa e não vão nem te te dar direito à defesa. É. Não, mas se for não tem a linha certa lá, se for assinatura, os caras vão fazer uma pesquisa. Você respondeu um inquérito por assalto. Ah, não. Você pode de jeito nenhum. De jeito nenhum. Mas você foi absolvido. Ah, tá. Mas pode. Você acha que você passa? Imagino que não passe. Não passe, né? Porque lá no concurso fala assim: Idone moral. Essa idoneidade, quem vai avaliar é quem tá fazendo a investigação. Quem tá fazendo essa investigação, a hora que ela puxar o inquérito lá, você pode não ter sido condenado por dois motivos. Quais são? falta de prova ou negativa de autoria, inexistência do fato. Então, se foi negativa de autoria e inexistência do fato, beleza. Mas se foi falta de prova, é sinônimo de dizer assim: “Pode ser, se eu não conseguir provar”. Mas ainda, mas traz esse exemplo para pr conceito que a gente faz um inquérito arquivado com falta de prova. Você vai fazer você vai fazer essa essa essa reflexão para mim para mim você tá fugindo. Inquérito, você tá fugindo da da um inquérito. Não, eu vou te levar num campo que você vai pirar. Um inquérito arquivado por falta de prova, você continua inocente ou culpado? Sem inocente. Inocente. Inocente. Conceitualmente sem inocente. Você pode ser PM? Não. Não. Por quê? Porque a suspeita é eu posso dar um parecer numa investigação social dizendo o seguinte, ó, ele não serve para entrar na no concurso porque ele respondeu um inquérito de roubo. Posso? Pode não. Se ele entrar com abbias corpus, na verdade é abas datas ritos é ele. Mas não é o que importa, é o que importa para você entender o raciocínio. Assim, ó. Se ele entrar com abas datas e ele pegar um relatório desse, chegar para um juiz e falar assim: “Ó, eu fui eu fui retirado desse edital por um inquérito que eu não fui condenado, eu sou inocente.” Ele ele ele volta pro edital. Mas aí não seria normas da PME. É que eu não conheço as normas da PM. Nenhuma norma da PM pode ser inconstitucional. Se eu, se eu te puno por algo que você não é culpado, eu tô abusando. Abusando. É, eu não posso te tirar de um edital por algo que você não foi condenado. Então, mas só que aí o que acontece? O que acontece paraa PM? Eu posso falar para você, numa investigação social, se você responderu inquérito criminal, você não vai entrar com ou sem condenação. Isso. Você você acha isso certo pra PM? Acho, acho. Calma. Você acha certo isso para PM? Não basta a esposa de César ser honesta. Ela tem que parecer honesta. Alguém te falou isso recentemente, né? E aí eu vou e aí eu vou falar para você. Se a gente encher essa sala aqui, colocar 100 pessoas, hum, e falar: “Hoje nós somos avaliadores do concurso para entrar na polícia”. Essa pessoa respondeu um inquérito de roubo e foi arquivado por falta de provas. Nós vamos aprovar ou reprovar? 100% vai falar: “Reprova”. Reprova. Sim. Beleza. Se você botar 100 caras aqui e sentar lá um candidato a deputado e falar para ele eles assim, ó, esse cara vai ser deputado, ele já respondeu o inquérito por desvio de verba, mas foi arquivado por falta de provas. O pessoal, ah, presunção de inocência. Mas aí que que acontece? A maioria vota, não é? Aí as pessoas podem votar. Mas aí eu não não consegui ver uma analogia entre as situações aí, porque a minha analogia é o seguinte: quem não contribui não vota. Não, esse esse entendimento seu eu já entendi concordo. Não faz isso aí. Você tá isso você para mim preso também não tem que poder votar. Lógico que não. E depende do crime, ele tem que perder o direito de votar para sempre. Lógico que sim. O que eu tô dizendo para você assim, em termos de gestão pública, dinheiro público, ninguém que responde um inquérito que fique à dúvida da inoridade da idoneidade deveria poder concorrer. Tem um deputado aí que foi pego fazendo rachadinha, confessou que fez a rachadinha, não aconteceu nada. A pena dele foi devolver o dinheiro. Quer dizer, então é bom roubar porque só se eu for pego eu devolvo dinheiro. Das outras vou devolver. Aonde eu cheg aonde eu cheguei com essa história toda para você? Quando a gente quer escolher um policial que ganha R$ 3.000 por mês, você chega na sociedade e você é criterioso ao extremo. Se ele tiver uns cheques sem fundo, ele tá, ele tá desligado do edital tal. Um deputado que respondeu 10 inquéritos de desvio de verba, você vai pegar uma comunidade inteira votando nele, cara. Sim. É um absurdo isso. O cara roubou também, ele por foi pego roubando qualquer coisa. Ele tem que perder direitos políticos para sempre. É, cara, a réua, a régua do candidato tem que subir, não de quem eleg, mas do eleitor, se a gente não levar o eleitor, a gente não leva o país. Porque se a regra do candidato for lá em cima, até o cara que vota mal corre o risco de votar num cara bom, né? Porque você tem candidatos bons lá em cima. Se você só eleva a liga, a régua do candidato, pode ter certeza que vai acontecer. o próprio crime, vai pegar o moleque lá, vai deixar ele todo certinho, cara, esse candidato. É, não adianta. Eu conheço cidade aí que você tem um monte de bandido de vereador. Para mim político, a maioria é daquele jeito, né? Mas assim, ainda tem as situações políticas que um grupo se junta e imputa alguma coisa nele, então fica também daria essa margem, né? Por isso que por isso que eu acho que o primeiro ponto é partir para pro conceito da República. Quem quem quem produz votos? Eu concordo. Eu acho que já melhoraria, sei lá, 80% da situação, porque o cara que produz, ele normalmente tem coisa. Exatamente. A gente vai pegar os viés, a gente vai pegar porque, [ __ ] meu, você rala para caramba, você não sei o quê. Aí que acontece pega boa parte aí do mapa para cima. É, é, é que aqui você quer colocar tudo de uma vez, como eu já falei, eu já tenho até, eu tenho projeto assim, não é mudar o sistema, é enganar o sistema. Você tem que enganar o sistema, né? Então você vai entrar com uma coisa que ninguém vai discutar. O cara foi preso, o cara foi preso e condenado, é certeza, por exemplo, por estupro. Ele perde o direito para voto para sempre. É isso. Não, isso não é nem para ter dúvida, né? Então não vão discordar. Aí eu boto esse, aí eu adiciono mais uma coisa aí, mais uma coisa, entendeu? Não pode entrar com tudo de uma vez. É, tem que ir enganando o sistema. O grande problema, só que eu acho assim, ó, eu ia até falar, acabei não falando. A história lá do sargento Neri que eu contei para vocês. É, a Polícia Militar ela é um negócio interessante, cara. Os grupos de policiais até alguns anos atrás eles não falavam de política, porque a polícia é a política, é órgão de estado, não é órgão de governo. Eu fazia parte dos grupos desse, aí dá até malestar das coisas, dos vídeos que os caras mandam lá no grupo. E aí, cara, é assim, ó, essa questão de crítica política, acompanhamento, é uma coisa recente na Polícia Militar, entendeu? E a e a nossa tropa, ela é faminta, ela é tão ela é tão mal valorizada, vamos dizer assim, que ela fica sedenta por qualquer coisa. Cara, pensa você trabalhando com com que eles trabalham com três pau e meio líquido por mês. Nossa, é [ __ ] [ __ ] Então, então assim, ela é sedenta, sim. Elas ficam esperando e tem polícia de outros estados que ganham mais, não tem? Tem uns muito mais e outros estão no mesmo nível que a gente aqui. Então você concorda que a gente tem que mudar esse pacto federativo e tem deixar o dinheiro de São Paulo em São Paulo para pagar a questãoagão fala não, porque o São Paulo mandou um trilhão e não sei quanto para Ori. Manaus o cara de Manaus veio dobro do que o policial de São Paulo. São Paulo. A gente tem que deixar o dinheiro de São Paulo, a uma parte dele, pelo menos uma boa parte em São Paulo para eu pagar o policial bem, para eu pagar o professor bem. O pacto federativo ferro brasile ferro 12 um fica aqui sofre. A maioria dos estados sofrem só os estados mais pobres mesmo que estão se beneficiando com isso. Até a representatividade é um absurdo, né? Porque quando você pega a quantidade de população e tem tem estado aí que tem o mesmo número de senador que a gente e e tem um nem 10% da população também deputado tal. Isso tudo aí tem muito erro. Mas o que eu ia [ __ ] eu me perdi de novo, cara. Tô ficando. Você vai contar a história do seu amigo? Então, a nossa tropa tá sedento. E quando ela tá sedenta, ela ela escolhe, vota em alguns policiais militares e ela acha que esse cara vai arregaçar de fazer coisa boa. E aí um dia um dia eu encontrei o o esse sargento, falei para ele assim: “Porra, mano, mas vocês não passam um projeto, cara? Como é que pode ficar 4 anos não passar um projeto?” Ele falou: “Chefe, o senhor não conhece o que é isso aqui, né?” né? Eu falei: “Não, não conheço, mano”. Ele falou: “Então, vou explicar pro senhor como é que funciona.” Funciona assim, ó. Eu faço parte de um partido. Eu preciso convencer o meu partido para apoiar o meu projeto. Já é difícil. É difícil. Eu tenho que ser um cara bem relacionado no meu partido. Não posso criar inveja porque se os car mais partido cheio de viés, cada um querendo fazer, caras mais importante do meu partido perceber que eu vou me despontar com esse projeto, o meu partido me corta. Então, primeiro, eu tenho que ser um cara muito, mas muito hábil dentro do meu partido, politicão. Se eu for líder, eu já tô com um passo dado, porque eu vou participar da reunião dos líderes, do colégio dos líderes. Mas se eu não for líder, o meu líder tem que falar: “Vou te atender, coleguinha do meu partido, e vou levar o seu projeto”. Aí beleza. Vamos supor que você é o líder ou ou você conseguiu fazer a cabeça do teu líder. o teu líder vai lá na quinta noite, tô falando da da estadual, e tem lá mais 21 líderes de partidos e você precisa de X assinaturas dos líderes pro seu projeto ser pautado. Então, se você tiver numa legislatura em que a quantidade de líderes de partido forem do teu viés, a chance dessa galera fala assim: “Ah, vou ajudar o Rogérião lá, o negócio dele é é tá tá dentro daquilo que a gente também concorda. Vou vou assinar”. Só que isso você vai em um em um e cada um que você vai ali, ó, ele também tá enxergando. Meu, esse cara vai aparecer para [ __ ] com isso, hein? Esse cara vai se dar bem com isso aí, hein, meu. Não sei não. Que que eu vou pedir para ele depois? Começa dentro do próprio partido. Mas nesses 21 você tem que ter uma capacidade, o líder, de fazer a cabeça desses líderes. Se o projeto for do líder, ele tá defendendo algo que é dele. Se o projeto for de outro coleguinha lá, que ele tem até ciúme que ele tá sendo aparecendo e bem votado, você acha que ele vai perder tempo fazendo a cabeça de todos esses líderes para um projeto que não é dele, a relatoria de outro. Então é assim, cara. Uma vez eu virei para ele e falei: “Porra, cara, você tá abraçando e se dando bem com os caras de esquerda, velho. Você é BaEP, o caramba falou: “Chefe, eu preciso de pelo menos x assinaturas de de partidos desse para um projeto meu passar e se eu brigar com esses caras, ninguém dá uma assinatura para mim”. Eu falei: “Caraca”. Ele falou: “Chefe, isso aqui é uma feira, todo mundo negociando tudo. Eu só tô conseguindo trocar a ideia porque eu sou líder. Ele era o único deputado do partido dele. Ele falou: “Eu sou líder porque eu sou único”. Se eu tivesse mais deputado no meu partido, eu tava [ __ ] Eu não conseguia chegar nem no colégio. Então aí, cara, você conseguiu fazer de 21, 16 cara assinar, eu não lembro exatamente esses números. Vai pautar. Quando pauta? Quando o presidente da casa resolve aí aquela aquela história que lá em Brasília a gente vê que o cara fala: “Vou pautar daqui dois anos”. Sim. Entendeu, cara? Olha, olha o que é para você levar um projeto. Por isso que o cara faz assim: “Vou fazer um o projeto do dia do passarinho da cabeça azul”. Você vê todo dia não. E você vê todo dia os deputados também desesperados. Protocolei o pedido de impeachment, protocolei não sei o que lá. É só para dizer que tá fazendo alguma coisa. Serviço aí não tem prática nenhuma. Então o problema não é se eleger, você vai se eleger e você vai ficar 4 anos lá sem passar um projeto. Quando você pega um cara desse que fez aprovar na casa dele um projeto, que nem o Kim, você falou já de dois, mano, ele tá com uma capacidade de persuasão de trocar ideia e de negociar lá em cima e disposição de de mídias sociais também que a que acaba, acredito que trazendo um pouco mais de de força, né? A internet ajuda. A internet ajuda. Eu vou falar para você que eu acho que a habilidade dele de incutir na cabeça do outro que isso vai ser bom é é mais do que a internet. Ele tem uma capacidade de de Ele tem uma capacidade de vou eu vou levar o coronel para missão. Eu acho que não. Ele tem não tem meu é bom. É muito bão. Muito bom. Caramba, velho. A gente vai ter que eu vou eu vou acabar com o meu casamento. Isso aí que vai me indenizar. Eu aqui, eu já a mulher já ligou aqui. O caramba. Caramba, a gente viajou aqui no tempo, hein? 11. Vamos, vamos marcar um próximo aí para continuar. Da hora. Eu, eu até falei pro Wagner, falei: “Wagner, vamos focar na segurança pública, porque eu sei que o tanto o Léo como o coronel, a gente já vai falar de um monte de outras coisas, um assunto puxa o outro. Não que é errado, mas nem contamos ocorrência, só falamos de coisa.” É, eu queria saber o cara que você fez comer a maconha, você não contou? Não. Pipocou. Pipocou. Pipocô. Pipocou. Quando não faz virar supositório a maconha. nessa câmera aqui, dá um recado pro pessoal, fala suas redes sociais primeiro, eh, se declara já o novo não pode ainda, não, não. Primeiro, obrigado de novo o convite aqui, mas eu posso, eu posso falar. Foi um prazer enorme conhecer o coronel, como falei, já tinha conversado. Espero que a gente possa trabalhar juntos, se Deus quiser. Leva ele para lá. Leva ele para lá. Se não for no mesmo partido um dia ou ou numa legislatura, a gente continua defendendo nossas ideias onde tiver. Ide? Com certeza. Com certeza. A gente quer o bem dessa sociedade. Parem de votar em idiotas, por favor, né? Votem em gente que tenha que tenha currículo, competência, que tenha que tenha histórico de resultados. Boa sempre falo isso. Boa vontade, honestidade. É boa vontade. Tem um monte aí que fala que tem, mas é bom você pegar o cara que tenha currículo, histórico de resultados, né? É isso que é importante. Pensa, pensa no futuro, né? Pensa e eh não volta ali para só algo momentâneo. Pensa nos seus filhos, no no no futuro do país, o que você vai deixar. A piquenha não chegou, né? Chegou a primeira parte da pic interesse pessoal só naquele momento ali. Então vamos ter um pouquinho de consciência aí. Então pro pessoal que tiver, quiser me seguir também bota Engenheiro Léo no Google que aparece meu Twitter, Instagram, canal no YouTube, aparece tudo. Engenheiro Léo no Google vai me achar fácil. E quando você for declarar e que realmente vai sair como deputado estadual, você volta aqui, né, Léo? Vou tenho que voltar, vou voltar no monte porque já todo mundo fala voltar no monte, mas volta aqui também com certeza. Coronel, Coronel, suas redes sociais, onde te acha futuro candidat, vamos seguir o coronel lá. O Instagram começou agora. Então, coronel pagan lá. Tanto Instagram, TikTok, acho. O YouTube tem tudo isso aí, Marcelino. Ele é ti, ele é ti, ele é ti, a gente tem tudo isso aí, Marcelino. Jogou para gano, apareceu, cara. E cara, eu sou tão tão recruta nisso aí que eu respondo todo mundo lá, cara. Tá certinho, né? Meu filho virou para mim, falou: “Pô, você vai responder todo mundo”. Eu falei, respondo, cara. Posso deixar os caras falando todo mundo não consigo, mas respond. Mas é que você é outro nível. Eu sou um inseto na rede social perto de você. Mas obrigado, viu, gente? Valeu. E é muito bom estar com um monte de gente que pensa igual. É isso aí, Magnão. Mais alguma coisa ou fechamos por aqui? Fechamos. Queria quero agradecer aqui ao Léo mais uma vez a parceria, Coronel. Foi um prazer, muito bom ter. Espero que tenha mais vezes aí e agradecer aos patrocinadores também, eh, Instituto Oliver e Nova Imagem, Aspen Jalecos, agradecer que todo mundo abraça esse projeto aí e que também o o o Dr. Cash é aberto a outras ideias, esquerda, tá? A mesa tá aqui, a gente faz, nós fazemos convite. Vem aqui, quebra tudo, não vem nós vamos vir aqui, quebrar, inclusive, não, eu quero trazer a galera de esquerda e o Léo também e o coronel debater, porque eu acho que sem sem debate, sem democracia não se constrói nada. Mas é isso pessoal, muito obrigado e até a próxima. Valeu, [Música]

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